Convenção 2021 - 2022
Convenção 2021 - 2022
Convenção 2021 - 2022
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2021
a 31 de dezembro de 2022 e a data-base da categoria em 01º de janeiro.
A partir de 1º de janeiro de 2021, fica assegurada aos empregados abrangidos por esta convenção coletiva, a título
de salário de ingresso, a importância mensal de R$ 1.270,00 (um mil e duzentos e setenta reais), com exceção
apenas dos seguintes trabalhadores, que terão salário de ingresso específico:
b) Office boys, copeiros, empacotadores, faxineiros e demais trabalhadores em serviço de limpeza à R$ 1.136,00
(um mil cento e trinta e seis reais).
c) Mecânicos à R$ 1.270,00 (um mil e duzentos e setenta reais), acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo primeiro – Aos comissionistas puros e mistos será assegurada uma garantia mínima mensal equivalente
ao valor do salário de ingresso da categoria R$ 1.270,00 (um mil e duzentos e setenta reais), acrescido de 20%
(vinte por cento), quando o total da sua remuneração no mês (a soma de todas as verbas: comissões, parte fixa,
RSR, adicionais a qualquer título, etc.) não atingir a referida quantia.
Parágrafo segundo – Aos empregados contratados como Menor Aprendiz (Contrato de Aprendizagem), nos termos
da Lei 10.097/2000,será garantido o “salário mínimo hora”, devendo ser adotado, como base de cálculo, o valor do
salário mínimo nacional.
Parágrafo terceiro – As diferenças salariais, referente ao retroativo de janeiro à abril de 2021 serão pagas na folha
de pagamento, já devidam,ente reajustada,referente a maio/2021.
REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS
As empresas representadas pelo SINCODIV/DF concedem, à categoria profissional representada pelo Sindicato dos
Empregados no Comércio do DF, um reajuste salarial de:
a) 4,50% (“quatro vírgula cinquenta por cento”) para os empregados com salário-base de até R$ 2.500,00 (dois mil
e quinhentos reais),
b) 3,00% (três por cento) para os empregados com salário-base superior a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos
reais) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
c) Para os empregados que recebem salário-base acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), fica pactuado que,
excepcionalmente, para a presente Convenção Coletiva, não é estabelecido nenhum índice obrigatório de reajuste
salarial., cabendo a livre negociação entre empregado e empregador.
Parágrafo primeiro – Para os empregados com salário-base de até R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), o
reajuste de 4,50% será aplicado da seguinte forma:
a) 2,25% (“dois vírgula vinte e cinco por cento”) a incidir sobre o salário vigente em 31/12/2020, a ser pago/devido
a partir da folha de pagamento do mês de janeiro/2021 (inclusive).
b) 2,25% (“dois vírgula vinte e o por cento”) a incidir sobre o salário vigente em 31/12/2020, a ser pago/devido a
partir da folha de pagamento do mês de julho/2021 (inclusive), ou seja, sem pagamento de retroativo desde a data-
base (janeiro/2021).
Parágrafo segundo – Para que não haja dúvida sobre a aplicação do reajuste de 4,50% previsto no parágrafo
anterior (para salário-base de até R$ 2.500,00), fica registrado o seguinte exemplo: empregado com salário de R$
2.000,00 em 31/12/2020. O reajuste total de 4,50% será de R$ 90,00, sendo que R$ 45,00 (2,25%) serão
incorporados ao salário a partir de janeiro/2021 (novo salário de R$2.045,00) e os outros R$ 45,00 (2,25%) serão
incorporados ao salário a partir de julho/2021 (novo salário de R$ 2.090,00).
Parágrafo terceiro – Para os empregados com salário-base acima de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)
até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o reajuste de 3,00% será aplicado da seguinte forma:
a) 1,50% (“um e meio por cento”) a incidir sobre o salário vigente em 31/12/2020, a ser pago/devido a partir da
folha de pagamento do mês de janeiro/2021 (inclusive).
b) 1,50% (“um e meio por cento”) a incidir sobre o salário vigente em 31/12/2020, a ser pago/devido a partir da
folha de pagamento do mês de julho/2021 (inclusive), ou seja, sem pagamento de retroativo desde a data-base
(janeiro/2021).
Parágrafo quarto – Para que não haja dúvida sobre a aplicação do reajuste de 3,00% previsto no parágrafo anterior
(para salário-base acima de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), fica
registrado o seguinte exemplo: empregado com salário de R$ 4.000,00 em 31/12/2020. O reajuste total de 3,00%
será de R$ 120,00, sendo que R$ 60,00 (1,50%) serão incorporados ao salário a partir de janeiro/2021 (novo salário
de R$4.060,00) e os outros R$ 60,00 (1,50%) serão incorporados ao salário a partir de julho/2021 (novo salário de
R$ 4.120,00).
Parágrafo quinto– Em qualquer caso poderá ser aplicado o princípio da proporcionalidade de 1/12 avos por mês
trabalhado para empregados admitidos após 1º de janeiro de 2020, ou seja, entre 01/01/2020 e 31/12/2020.
Parágrafo sexto – Tendo em vista a data em que a presente CCT é assinada, as diferenças salariais retroativas
decorrentes da aplicação do reajuste salarial previsto nesta cláusula (apenas a primeira parcela, ou seja, apenas o
reajuste que será aplicado/devido desde janeiro/2021), deverão ser pagas na folha de pagamento referente ao mês
de maio/2021, devendo constar o pagamento no respectivo comprovante, de forma destacada.
Parágrafo sétimo– Será facultada a compensação dos aumentos e antecipações salariais concedidos no período
de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2020, excetuando-se aqueles decorrentes de implemento de idade,
equiparação salarial, promoção, reajuste salarial de data base previsto/decorrenteda CCT 2019/2020 e término de
aprendizagem.
Parágrafo oitavo – Para o pagamento de rescisão complementar em razão do reajuste salarial, as empresas terão
o prazo de até 30 (trinta) dias após a assinatura desta Convenção.
OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E
CRITÉRIOS PARA CÁLCULO
CLÁUSULA QUINTA - COMISSIONISTAS, CÁL.FÉRIAS, 13º SALÁRIO, AV. PRÉV, VERBAS, DSR E
SAL. MATER
O valor das férias, 13º salário, aviso prévio e verbas rescisórias do empregado comissionista serão calculados
tomando-se por base as 8 (oito) últimas comissões recebidas.
Parágrafo primeiro – Os empregados que recebem verbas variáveis (comissões) receberão o repouso semanal
remunerado de acordo com o seguinte cálculo: dividem-se as verbas variáveis pelos números de dias úteis e o
resultado multiplica-se pelo número de domingos e feriados verificados no mês.
Parágrafo segundo– O repouso semanal remunerado, calculado na forma prevista no parágrafo PRIMEIRO desta
cláusula, será pago na conformidade da lei.
Parágrafo terceiro – O salário-maternidade será calculado de acordo com o art. 89 da Instrução Normativa nº 20,
de 18 de maio de 2000, do INSS, ou seja, considerando a média simples dos últimos seis meses trabalhados, sendo
que em nenhuma hipótese poderá ser inferior ao valor previsto nesta cláusula, tanto para as empregadas sob
sistema comissionista puro, quanto para o misto.
Fica pactuado que as comissões, gratificações, prêmios ou expressões equivalentes, pagos com ou sem
habitualidade por terceiros aos empregados das concessionárias de automóveis, quando da indicação e negociação
de seus serviços e produtos (por exemplo: financiamentos, acessórios para veículos, seguro, serviço de
despachante, etc.) não integram a remuneração do empregado que é paga pela própria concessionária, não
servindo de base de cálculo para qualquer verba trabalhista e previdenciária.
Quando da concessão do vale-transporte, as empresas poderão efetuar o seu pagamento em espécie, no valor
equivalente à passagem do dia, podendo o pagamento se dar de forma semanal, quinzenal ou mensal.
Parágrafo primeiro – No caso de haver reajuste de passagens e optando a empresa pelo pagamento em espécie,
deverá, quando for o caso, essa proceder ao respectivo complemento.
Parágrafo segundo – Mesmo quando o pagamento se der em espécie, poderá ser descontado o percentual legal,
sendo que os valores pagos não integrarão os salários, para quaisquer efeitos legais, pois indispensáveis à
prestação dos serviços e cumprindo a finalidade da Lei nº 7.418/85.
Parágrafo terceiro – Entende-se que a base de cálculo para desconto do vale-transporte compreenderá a
remuneração fixa e variável.
Parágrafo quarto – Os estabelecimentos comerciais que funcionem após as 22h fornecerão transporte aos seus
empregados.
As empresas fornecerão aos seus vendedores, contracheque discriminando salários, descontos, repousos e as
devidas comissões. Também colherão assinatura dos mesmos nos mapas de venda, boletos ou relatórios que
registrem as vendas efetuadas.
CLÁUSULA NONA - PRÊMIOS
Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em
dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão do cumprimento de metas ou de desempenho superior
ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Parágrafo único – As importâncias pagas a título de prêmios (inclusive, mas não se limitando, aos prêmios de
metas individuais e coletivas, campanhas internas e externas, dentre outros), ainda que pagas com habitualidade
(mensal ou outra periodicidade), não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
A função de caixa ou operador de caixa poderá ser exercida, a qualquer momento, pelos consultores de serviços ou
pelos vendedores de peças.
Parágrafo primeiro– As empresas que descontarem dos salários de seus empregados, no exercício efetivo da
função de caixa eventual, diferenças verificadas, pagará a estes, exceto nos casos de dolo, a título de quebra de
caixa, um valor mensal equivalente a 15% (quinze por cento) do seu salário, enquanto no exercício da função.
Parágrafo segundo – Fica estabelecido que o valor pago a título de quebra de caixa tem natureza indenizatória,
não integrando a remuneração do empregado para qualquer efeito.
ADICIONAL DE HORA-EXTRA
As duas primeiras horas de trabalho do dia, excedentes à jornada normal, serão remuneradas acrescidas do
adicional de 50% (cinqüenta por cento). As horas subseqüentes a estas duas serão remuneradas acrescidas do
adicional de 100% (cem por cento).
Ao integrante da categoria que foi contratado até 31/12/2018 e que já contar ou vier a completar, durante a vigência
da presente Convenção, com um período de no mínimo 5 (cinco) anos ininterruptos de efetiva prestação de serviços
na mesma empresa, fica garantido, durante a vigência da presente Convenção, um adicional não cumulativo de 4%
(quatro por cento) sobre seu salário base, a título de adicional por tempo de serviço, sem incorporar ao salário.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO
As empresas que não fornecem alimentação ficam obrigadas ao fornecimento de ticket-refeição, por dia trabalhado,
para todos os empregados. A partir de 01/06/2021, o ticket-refeição passam a vigorar os seguintes valores
mínimos:
A) R$ 16,00 (dezesseis reais), se a empresa for associada ao SINCODIV e o empregado não for associado
ao SINDICOM/DF;
B) R$ 18,00 (dezoito reais), se a empresa for associada ao SINCODIV e o empregado for associado ao
SINDICOM/DF;
C) R$ 20,00 (vinte reais), se a empresa não for associada ao SINCODIV e o empregado for associado ao
SINDICOM/DF;
D) R$ 20,00 (vinte reais), se a empresa não for associada ao SINCODIV e o empregado não for associado
ao SINDICOM/DF.
Parágrafo primeiro – Os valores dos tickets-refeição poderão ser pagos em espécie, podendo o pagamento se dar
na forma semanal, quinzenal ou mensal, em rubrica destacada no contracheque, conforme conveniência.
Parágrafo segundo – A concessão do benefício em dinheiro será feita através de rubrica destacada no
contracheque sendo que o valor do mesmo não integrará a base de remuneração para quaisquer efeitos legais
trabalhistas ou previdenciários.
Parágrafo terceiro – As empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva poderão descontar, nos salários dos
seus empregados, o mesmo percentual estipulado na legislação que regulamenta o PAT (Lei nº 6.321/76 e seu
Decreto nº 05/91 – Programa de Alimentação do Trabalho), sobre os valores do auxílio refeição fornecido. No
entanto, para o empregado associado ao SINDICOM/DF, o percentual de desconto fica limitado a 15%,
considerando que a legislação atual permite o desconto de até 20%. Caso haja alteração na legislação que altere o
percentual máximo de desconto, esse novo percentual será aplicado, mas será mantida a mesma proporção de
desconto diferenciado (menor) para os empregados associados ao SINDICOM/DF.
Durante a vigência da CCT 2021, as empresas concederão aos empregados sindicalizados, que ganham até R$
1.905,00 (mil novecentos e cinco reais), uma cesta básica de alimentos “in natura” garantida pelo “Título de
Relacionamento” na Categoria CESTA E ALIMENTOS E SIMILARES do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento e pelo registro no Ministério do Trabalho PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador). A partir de
01/06/2021, a cesta básica será devida também para os empregados sindicalizados que ganham até R$ 2.000,00
(dois mil reais).
Parágrafo primeiro – As cestas básicas deverão conter no mínimo os produtos abaixo relacionados:
Parágrafo terceiro – As empresas poderão fornecer a cesta básica em espécie, cartão/alimentação ou dinheiro.
Sendo em cartão ou dinheiro, o valor mínimo será de R$ 100,00 (cem reais). Sendo feito em dinheiro, o seu valor
deverá constar de rubrica própria, destacada no contracheque. Em razão da data de assinatura desta CCT, o novo
valor de R$ 100,00 (cem reais) será devido a partir de 01/06/2021, ou seja, não haverá pagamento de diferenças
referente ao mês de janeiro/2021 a maio/2021, quando o valor permanecerá sendo R$ 92,00 (noventa e dois
reais) por mês, neste período.
Parágrafo quarto – Independentemente do valor e da forma de concessão, o benefício previsto nesta cláusula não
integrará a base de remuneração para quaisquer efeitos legais, inclusive trabalhistas e previdenciários.
Parágrafo quinto – Na forma como previsto no § 1º do art. 2º, do Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, as
empresas poderão descontar dos salários dos empregados beneficiados pela Cesta Alimentação até 20% (vinte por
cento) do valor do benefício.
Parágrafo sexto– Fica assegurada a concessão do beneficio durante as férias, licença maternidade e licença
doença.
Parágrafo sétimo – O pagamento do benefício, sendo ele em dinheiro, cartão ou a entrega da cesta in natura, deve
ocorrer até o 10º (décimo) dia útil do mês subsequente.
AUXÍLIO SAÚDE
Parágrafo único – Caberá a cada empresa definir a Seguradora e ficará a critério da empresa a definição do valor
da participação do empregado.
AUXÍLIO MORTE/FUNERAL
No caso de falecimento do empregado, a empresa pagará, mediante a apresentação de Certidão de Óbito, a título
de Auxílio Funeral, ao cônjuge ou dependente legal, valor equivalente a um salário de ingresso estabelecido no
caput da Cláusula Segunda, contra-recibo, inclusive se o fato ocorrer durante o período de experiência.
Parágrafo único– Estão desobrigadas a efetuar o pagamento as empresas que já possuem seguro que garantam,
ao cônjuge ou dependente legal do empregado falecido, o recebimento de quantia igual ou superior ao valor do
salário de ingresso.
SEGURO DE VIDA
Parágrafo único - Caberá a cada empresa definir a Seguradora e ficará a critério da empresa a definição do valor
da participação do empregado.
OUTROS AUXÍLIOS
Para que o Sindicato Profissional proporcione aos associados empregados das empresas acordantes, benefícios de
assistência odontológica (compreendendo serviços básicos) como limpeza e aplicação de flúor, restauração e
extração, o SINCODIV/DF contribuirá, durante toda a vigência da presente Convenção Coletiva, com a importância
de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). A contribuição supra refere-se à quotização entre as empresas associadas ao
SINCODIV/DF.
As empresas, caso queiram, poderão conceder gratuitamente, no mês de dezembro de 2021 e 2022, uma cesta de
natal aos seus empregados.
Parágrafo único – A cesta poderá ser fornecida in natura, em dinheiro ou por meio de cartão de benefício. Em
qualquer caso, a cesta não integrará a base da remuneração para quaisquer efeitos legais.
EMPRÉSTIMOS
Conforme Lei 10.820/2003, as empresas poderão firmar convênios junto aos bancos credenciados para beneficiar
seus empregados.
Parágrafo primeiro – A critério da empresa, fica permitido que a assinatura do “Termo de Quitação” ocorra perante
o SINDICOM ou perante a Comissão de Conciliação Prévia (CCP), uma vez que se trata de comissão paritária,
formada por representantes do SINDICOM.
Parágrafo terceiro – Fica estabelecido que deverá haver um revezamento entre os solicitantes, considerando a
concessionária e/ou grupo econômico em que o empregado é registrado. Em outras palavras, uma mesma
concessionária (e/ou concessionárias de um mesmo grupo econômico) não poderá formalizar “Termos de Quitação”
em sequência (em “bloco”). Para atestar que o revezamento está sendo respeitado, caberá ao SINCODIV organizar
e manter uma lista das solicitações e das formalizações de “Termos de Quitação” ocorridas no mês e daquelas
agendadas para os meses subsequentes, enviando uma cópia de tais listas ao SINDICOM, mensalmente. No
entanto, fica permitido que uma mesma empresa (ou grupo econômico) possa formalizar “Termos de Quitação” em
bloco e em sequência, desde que fique constatado que não há outra empresa (ou grupo econômico) interessada.
Parágrafo quinto – Havendo acordo entre as partes interessadas (empregado e empregador), o SINDICOM ou a
CCP ficam obrigados a registrar que a assinatura do “Termo de Quitação” contou com a presença do representante
da entidade sindical.
Parágrafo sexto – Caberá às empresas e aos empregados definir o período que será considerado no “Termo de
Quitação”, não sendo obrigatório que este se refira apenas às verbas trabalhistas devidas no período de 1 (um) ano,
sendo exigido, porém, que no referido documento constem as verbas e o período a que elas se referem, de maneira
individualizada. No entanto, ficam pactuadas as seguintes regras:
a) só será admitida a formalização de 1 (um) “Termo de Quitação” a cada 12 (doze) meses, considerando o
mesmo empregado e empregador;
b) não poderão constar no “Termo de Quitação” parcelas que digam respeito a fatos anteriores a 14/07/2017.
Parágrafo sétimo – Será devido, exclusivamente pela empresa, o custo de R$150,00 (cento e cinquenta reais) por
cada “Termo de Quitação” que vier a ser formalizado, seja perante o SINDICOM, seja perante a CCP. Para as
empresas associadas ao SINCODIV, o custo será de R$ 50,00 (cinquenta reais). O total desse faturamento, em
ambos os casos (associada e não associada ao SINCODIV), será dividido em partes iguais entre o SINDICOM e o
SINCODIV, independentemente do local onde foi formalizado.
AVISO PRÉVIO
Se no curso do aviso prévio (qualquer que seja o comunicante) ficar comprovado que o empregado obteve novo
emprego, ele ficará dispensado do cumprimento integral do aviso prévio, desonerando ambas as partes do
respectivo pagamento.
Parágrafo único – Caso a iniciativa de rescisão do contrato tenha sido do empregado e este obtenha um novo
emprego, ele deverá prestar serviços normalmente pelo prazo mínimo de 10 (dez) dias após comunicar e comprovar
o fato formalmente ao empregador (prazo para que a empresa possa se reorganizar). Não prestando pelo menos
esses 10 (dez) dias de trabalho, o empregado fica obrigado a indenizar o aviso prévio integralmente.
MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA/TERCEIRIZAÇÃO
Apesar de a Lei n.º 13.467/2017 ter revogado o § 1º do art. 477 da CLT para dispensar a necessidade de
homologação das rescisões de contrato de trabalho, os sindicatos acordam em manter a referida obrigação, até
31/12/2022 (termo final de vigência desta CCT), para os casos de rescisão de contratos de trabalho com mais de 1
(um) ano de duração.
c) comparecendo o empregador, não se realizar a homologação por motivos alheios a sua vontade. Nessa
hipótese, o Sindicato Profissional deverá, obrigatoriamente, atestar o comparecimento do empregador no Termo de
Rescisão.
Parágrafo segundo – As empresas fornecerão ao empregado, por ocasião da demissão, a RSC (Relação de
Salários e Contribuições) e a Guia do depósito da Multa dos 40% do FGTS (GRFP), no ato da homologação, bem
como a carta de referência, salvo, quanto a este último, se o empregado tiver sido dispensado por justa causa.
Parágrafo terceiro – O pagamento da rescisão será feito preferencialmente por meio de depósito bancário na conta
do empregado ou cheque administrativo. No caso de depósito bancário, este tem de ser realizado até o dia da
homologação, devendo a empresa apresentar o comprovante de depósito no ato da homologação.
Parágrafo quarto – As divergências quanto a entendimentos sobre os reais valores devidos não impedirão a
homologação e o respectivo pagamento das parcelas constantes dos TRCT, sendo que o Sindicato, nesse caso,
procederá à homologação com ressalvas quanto às parcelas controversas.
As garantias de emprego excepcionais previstas nesta CCT, as quais não tenham previsão legal ou que prevejam
prazo maior ao estipulado por lei, deixam de existir, para todos os efeitos (inclusive pecuniários, ou seja, sem
pagamento de indenização correspondente), quando a função (a atividade) que era exercida pelo empregado for
extinta ou o estabelecimento comercial (a loja onde o empregado trabalhava) encerrar suas atividades. Da mesma
forma, a garantia de emprego deixa de existir nos casos de demissão por justa causa ou por acordo entre as partes,
sendo esta última devidamente assistida pelo sindicato profissional.
O empregado que participar de atividades escolares ou qualquer outra espécie de curso regular ou de formação
(inclusive treinamentos exigidos pelas fabricantes e/ou concessionárias), fica obrigado, após o seu término, a
permanecer no emprego pelo mesmo prazo de duração do curso (garantida a permanência mínima de 6 meses,
independentemente da duração do curso), quando este for custeado integralmente pela empresa. No caso de
custeio parcial pela empresa, o tempo de permanência no emprego será proporcional ao percentual de participação
da empresa nas despesas com o curso.
Parágrafo primeiro – O empregado que pedir demissão ou for dispensado por justa causa antes de vencido o
prazo obrigatório de permanência no emprego, fica obrigado a ressarcir a empresa o valor total das despesas por
ela efetuadas.
Parágrafo segundo – No caso de pedido de demissão, o empregado fica desobrigado de ressarcir a empresa caso
ele comprove que terá de tomar posse em cargo que tenha conquistado por meio de concurso público. Por outro
lado, o empregado, ao ser informado pela empresa que ele participará de algum curso, compromete-se a informar a
empresa, previamente, sobre sua eventual aprovação em concurso público, ficando a critério da empresa manter ou
não a sua participação no curso. Caso o empregado não informe tal fato a empresa e venha a participar do curso,
ele não ficará dispensado de efetuar o ressarcimento das despesas, ainda que ele tenha de tomar posse no cargo
em que foi aprovado no concurso público.
Parágrafo terceiro – Quando a realização de cursos for uma solicitação da empresa, fica vedada a exigência de
participação no custeio por parte do empregado.
Parágrafo quarto – Antes da realização dos cursos, a empresa deverá cientificar o seu empregado sobre as regras
previstas nesta cláusula.
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ATRIBUIÇÕES DA FUNÇÃO/DESVIO DE FUNÇÃO
As empresas ficam proibidas de utilizar os empregados que não sejam do setor especifico para serviços de carga e
descarga de caminhões.
NORMAS DISCIPLINARES
É vedada às empresas a realização de balanços aos domingos e feriados, devendo os mesmos ser realizados em
dia útil de trabalho, salvo na hipótese de necessidade da empresa, quando serão pagos os adicionais previstos na
legislação trabalhista e nesta CCT aos empregados que trabalharem nestes dias.
A conferência dos valores de caixa será realizada dentro da jornada de trabalho do operador responsável e na
presença deste. Impedido pela empresa de acompanhar a conferência dos valores por ele operados ficará o
empregado isento de responsabilidade por eventuais erros verificados.
Fica proibido descontar da remuneração dos empregados os valores de cheques devolvidos por insuficiência de
fundos ou irregularidades, exceto nos casos em que não tenham sido obedecidas as normas da empresa.
Parágrafo primeiro – O empregador informará ao empregado por escrito e contra-recibo as normas para
recebimento de cheques.
Parágrafo segundo– Em caso de não atendimento dessa exigência por parte do empregador, o empregado não
poderá ser responsabilizado pela devolução de cheque.
Os empregados receberão uniformes gratuitos quando for de uso obrigatório, ressalvado às empresas a
indenização por extravio/inutilização dolosa ou mal-uso do uniforme pelo empregado.
Parágrafo primeiro – Obriga-se o empregado a zelar pela conservação do uniforme, usando-o somente quando em
serviço, bem como no trajeto casa-trabalho-casa.
Parágrafo segundo – Ao final do contrato de trabalho, os empregados deverão devolver os uniformes que tenham
sido fornecidos a menos de 06 (seis) meses.
Não será considerado salário-utilidade o fornecimento, pela empresa, de telefone celular ou similares (Nextel, bip,
pager etc) para o exercício das atividades laborais, ainda que o empregado também utilize o aparelho para fins
particulares e que o custo da conta fique a cargo integralmente da empresa.
Parágrafo primeiro – Caso o aparelho seja fornecido exclusivamente para uso particular do empregado, o benefício
será considerado salário-utilidade, integrando a base de cálculo da remuneração pelo valor do gasto mensal
autorizado pela empresa.
Parágrafo segundo – O uso do celular ou aparelho similar não caracteriza horas de sobreaviso, exceto na hipótese
em que a empresa exija do empregado que este permaneça em casa, aguardando ser convocado para o serviço.
Parágrafo terceiro – O uso do email, Whatsapp, Instagram, Facebook e demais sistemas similares, pela sua
própria natureza e funcionamento, torna impossível a sua fiscalização e controle, tendo em vista, dentre outros
motivos, que o usuário pode visualizar e responder às mensagens no momento que melhor que convier. Deste
modo, o uso de tais sistemas, por si só, não caracteriza tempo à disposição do empregador, ou seja, não caracteriza
a prestação de serviço em favor da empresa, ficando o empregado desobrigado de enviar e responder mensagens
após o seu horário normal de trabalho.
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, o empregado substituto fará jus ao
salário contratual do substituído, excluídas as vantagens pessoais deste.
Parágrafo único – Para fins do disposto nesta cláusula, considera-se de caráter não eventual a substituição que
perdurar por período superior a 15 (quinze) dias.
ESTABILIDADE GERAL
No período de vigência desta Convenção Coletiva de Trabalho, fica permitido o trabalho em 08 (oito) domingos por
ano para as concessionárias associadas ao SINCODIV. Para as concessionárias não associadas, fica permitido o
trabalho em 04 (quatro domingos) por ano.
Parágrafo primeiro – A forma de escolha dos domingos e os procedimentos de comunicação deverão observar as
seguintes regras:
a) Do total de domingos, 2 (dois) deles serão definidos exclusivamente pelo SINCODIV. Nesses 2 (dois) domingos
definidos pelo SINCODIV, todas as concessionárias poderão funcionar, sejam associadas ou não do sindicato. Os
demais domingos serão definidos por cada concessionária, individualmente, sendo 6 (seis) domingos para as
associadas do SINCODIV e 2 (dois) domingos para as não associadas do SINCODIV.
b) Nos 2 (dois) domingos em que a definição caberá exclusivamente ao SINCODIV, o sindicato compromete-se a
informar a decisão ao SINDICOM, por escrito, até 18:00 horas de quinta-feira (3 dias antes do domingo em que
pretende funcionar).
c) A concessionária que decidir funcionar no domingo (a escolha individual), seja ela associada ou não SINCODIV,
deverá comunicar sua decisão ao SINCODIV, por escrito, até as 18:00 horas de quinta-feira (3 dias antes do
domingo em que pretende funcionar), cabendo ao SINCODIV repassar a informação ao SINDICOM até as 18:00
horas do dia seguinte (sexta-feira).
Parágrafo segundo– O número limite de domingos por ano refere-se ao funcionamento da empresa em si e não do
estabelecimento (da loja), ou seja, os estabelecimentos comerciais (lojas) das empresas não serão contabilizados
individualmente, como se cada um deles tivesse seu próprio limite de domingos por ano. Deste modo, ao informar
sobre o funcionamento em determinado domingo, a empresa poderá optar pela abertura ou não de todas as suas
lojas no Distrito Federal. No entanto, ainda que opte por funcionar apenas um dos seus estabelecimentos, terá sido
contabilizado que a empresa funcionou naquele domingo.
Parágrafo terceiro– Os empregados que trabalharem nos domingos e nos feriados terão direito aos seguintes
benefícios:
a) Pagamento de gratificação mínima no valor de R$ 66,37 (sessenta e seis reais e trinta e sete centavos), cujo
valor deverá constar do contracheque. A partir de 01/06/2021, a gratificação mínima passará a ser de R$ 70,00
(setenta reais);
b) Alimentação gratuita;
c) Vale-transporte ou pagamento de passagem de ônibus gratuita, para os empregados que não tiverem condução
própria;
d) Os empregados que trabalharem na forma deste acordo terão folga antecipada para cada domingo e feriado
trabalhado;
Parágrafo quarto – Nos feriados existentes durante a vigência da presente Convenção, fica vedado o trabalho
apenas nos seguintes: 01 de janeiro de 2021; 02 de abril de 2021, 01 de maio de 2021 e 25 de dezembro de 2021.
Nos dias 24 e 31 de dezembro de 2021, as empresas deverão encerrar o expediente de trabalho até as 14:00 horas.
Parágrafo quinto – Em caso de descumprimento da disposição desta cláusula relativa ao número máximo de
aberturas aos domingos, a empresa infratora pagará, na primeira infração, multa no importe de R$ 16.720,00
(dezesseis mil setecentos e vinte reais). Em caso de reincidência, o valor da multa dobrará, tomando-se por base o
valor da última multa aplicada, da seguinte forma: 1ª infração R$ 16.720,00 (dezesseis mil setecentos e vinte reais),
2ª infração, R$ 33.440,00 (trinta e três mil quatrocentos e quarenta reais), 3ª infração, R$ 66.880,00 (sessenta e seis
mil e oitocentos e oitenta reais), 4ª infração, R$ 133.760,00 (cento e trinta e três mil e setecentos esessenta reais), e
assim por diante.
Parágrafo sexto – O valor das multas será dividido igualmente entre o Sincodiv/DF e o Sindicom/DF, cabendo a
cada um deles a decisão, legitimidade e a adoção dos procedimentos para efetuar a cobrança da sua parte 50%
(cinqüenta por cento).
Parágrafo sétimo – As disposições desta cláusula aplicam-se, inclusive, às filiais, áreas de “show room” ou
qualquer outro tipo de estabelecimento/empreendimento vinculado à concessionária que vise à comercialização
e/ou exposição de veículos/motos/caminhões, independentemente de sua localização no Distrito Federal. No
entanto, as limitações sobre a quantidade de domingos e o funcionamento nos feriados não se aplicam às
concessionárias cujas lojas/quiosques funcionem dentro de shopping center. Para tais lojas/quiosques, devem ser
aplicadas as regras estipuladas pelo shopping, ficando elas desobrigadas a informar ao SINCODIV e SINDICOM os
domingos e feriados em que o shopping vai funcionar. Em relação aos empregados destas lojas/quiosques, eles
terão direito aos benefícios previstos no parágrafo segundo desta cláusula. Além disso, fica pactuado que o
empregado não poderá trabalhar em domingos seguidos, ou seja, terá de haver alternância entre os domingos
trabalhados (domingo sim, domingo não).
Parágrafo oitavo – O Sindicato Laboral obriga-se a não firmar qualquer tipo de instrumento (inclusive Acordo
Coletivo de Trabalho) com empresas integrantes da categoria econômica (associadas ou não ao SINCODIV) que
contenha qualquer disposição contrária ao que prevê esta cláusula, ainda que tal alteração tenha sido aprovada por
assembléia de empregados e que haja a concessão de alguma contrapartida pela empresa.
ESTABILIDADE MÃE
A empregada gestante terá garantido o emprego até 60 (sessenta) dias após o término da licença-maternidade,
devendo esta avisar a empresa do seu estado atual.
Fica assegurada a estabilidade ao empregado que prestar serviço militar ou tiro de guerra, a partir da data da
incorporação e até 45 (quarenta e cinco) dias após o retorno ao emprego, que deverá se dá, no máximo, em 30
(trinta) dias após a baixa.
ESTABILIDADE ADOÇÃO
Conforme art. 392-A da CLT, à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será
concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 da CLT.
Parágrafo primeiro – A empregada se obriga a comunicar a empresa do início do processo de adoção.
Parágrafo segundo– Para que as empresas disponham de prazo razoável para reorganização interna, em razão do
gozo da licença-maternidade da adotante, deverá a empregada comunicar ao seu empregador, com antecedência
mínima de 15 (quinze) dias, o início da referida licença.
Parágrafo terceiro – Caso a adoção tenha sido promovida por casal que trabalhe no mesmo grupo econômico, a
licença adotante (na forma do art. 392-A da CLT) será concedida a apenas um (a) dos(as) funcionários(as). Para
o(a) outro(a), a licença será de 5 (cinco) dias, por aplicação analógica do art. 10º, § 1º do ADCT.
Os empregados não poderão recusar, quando solicitados, a abrir os armários individuais, gavetas ou escaninhos
proporcionados ao seu uso, conforme previsão na cláusula intitulada 'Vestiários", facultada à empresa a realização
de inspeção relativa ao uso correto e adequado, bem como condições de higiene e limpeza, desde que na sua
presença.
Nos estabelecimentos em que a atividade exija troca de roupas no local de trabalho, ou em que seja exigido o uso
de uniformes ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário, dotado de armários individuais, com chave
privativa, e que somente poderão ser abertos pela empresa na presença do respectivo usuário.
Nas atividades em que não haja exigência de troca de roupas no local de trabalho, não será exigido o vestiário,
bastando que o empregador proporcione gavetas, escaninhos ou cabides em que os empregados possam guardar
ou pendurar roupas ou pertences de seu uso pessoal, respeitado a individualidade de utilização.
Parágrafo único – As empresas disponibilizarão local apropriado dentro de suas dependências para que seja
realizada sindicalização, desde que avisada com antecedência mínima de 24 horas.
As empresas colocarão assentos para os empregados que habitualmente trabalham em pé, no atendimento ao
público, que serão utilizados nas pausas que o trabalho permitir.
OUTRAS ESTABILIDADES
Aos empregados que exerçam atividade vinculada à segurança e controle de portaria da empresa (por exemplo:
vigia, porteiro agente de portaria, agente de patrimônio, etc.) a jornada poderá ser em escala de 12:00 X 36:00
(doze horas de trabalho por trinta e seis horas de descanso), caso em que o empregado poderá trabalhar mais de 8
horas por dia ou mais de 44 horas por semana sem que essas horas excedentes sejam consideradas extras, desde
que o total por mês não ultrapasse 220 horas de trabalho.
PRORROGAÇÃO/REDUÇÃO DE JORNADA
Fica permitida a concessão de intervalo intrajornada de 30 (trinta) minutos para jornadas superiores a 6 (seis) horas.
Parágrafo único – A adoção ao intervalo intrajornada de 30 (trinta) minutos não precisa se dar de forma definitiva e
permanente, prevendo esta Convenção Coletiva apenas a possibilidade de que ele seja de 30 (trinta) minutos.
Deste modo, é permitida a variação diária quanto à duração do intervalo, sendo de no mínimo 30 (trinta) minutos e
no máximo de 2 (duas) horas.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
As horas extras trabalhadas em qualquer dia poderão ser compensadas por folgas, na proporção de uma hora de
trabalho por uma hora de descanso, desde que a compensação ocorra dentro dos 06 (seis) meses subseqüentes à
sua prestação, não podendo exceder ao limite de 02 (duas) horas extras diárias. Para as empresas associadas ao
SINCODIV, fica permitida a compensação em até 12 (doze) meses.
Parágrafo primeiro – Para as empresas não associadas ao SINCODIV, a compensação de horas extras poderá ser
feita juntamente ao período de férias do empregado. Neste caso, o prazo da compensação de horas extras poderá
ser maior do que o estipulado no caput da presente cláusula (de 6 meses), respeitado o limite máximo de 1 ano
previsto no art. 59, § 2º da CLT.
Parágrafo segundo– Quando da rescisão do contrato de trabalho, se houver saldo de horas não compensadas, o
empregador pagará tais horas extras junto com o pagamento das verbas rescisórias. Em relação às “horas
negativas”, serão adotadas as seguintes regras:
a) Se for o caso de demissão sem justa causa, o empregador não poderá descontar as horas negativas;
b) Se for o caso de demissão por justa causa ou pedido de demissão do empregado, fica permitido o desconto de
todas as horas negativas.
Parágrafo terceiro – No final de 6 meses (para empresas não associadas) ou de 12 meses (para empresas
associadas) serão compensados os acréscimos ocorridos, iniciando-se nova contagem de horas, e, se no somatório
das horas excedentes persistir saldo não compensado, será pago com o adicional das horas previstas nesta
Convenção Coletiva de Trabalho.
Parágrafo quarto – Os eventuais atrasos, faltas e saídas antecipadas dos empregados, sem justificativa, poderão
ser compensados pelas horas extras porventura realizadas.
CONTROLE DA JORNADA
CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - TOLERÂNCIA PARA INÍCIO E TÉRMINO DA JORNADA
Não serão computadas como jornada extraordinária nem consideradas como atraso as variações de horário no
registro de ponto até o limite total de 15 (quinze) minutos por dia. Caso o limite de atraso seja ultrapassado, o
mesmo será descontado integralmente.
Paragrafo único – As variações serão consideradas horas extras ou atrasos a cada vez que, dentro de um mês, a
soma atingir o total de 60 (sessenta) minutos.
É garantida ao empregado, em caso de falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filhos, a falta de até 03 (três) dias
corridos sem perda da remuneração.
Parágrafo primeiro – As ausências estipuladas no caput da presente cláusula serão consideradas mediante
apresentação do atestado de óbito.
Parágrafo segundo – A documentação comprobatória do motivo das ausências deverá ser entregue por ocasião do
retorno do empregado à atividade.
Os intervalos de 30 (trinta minutos) para amamentação previstos no art. 396 da CLT poderão ser acumulados em
um único intervalo durante a jornada, a critério da empregada-mãe, desde que o mesmo coincida com o horário de
início ou final de um dos turnos da jornada de trabalho. Uma vez fixado o horário, este só poderá ser alterado por
acordo entre empregada e empregador.
FÉRIAS E LICENÇAS
DURAÇÃO E CONCESSÃO DE FÉRIAS
É permitido às empresas a concessão das férias em 3 (três) períodos, sendo um de no mínimo 14 (quatorze) dias
corridos e os demais não inferiores a 5 (cinco) dias corridos cada um, desde que este fracionamento seja aceito pelo
empregado.
Parágrafo único – Fica facultado ao empregado gozar suas férias em período que coincida com a época de seu
casamento, desde que comunique a empresa com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias e desde que não se
dê em períodos de picos de vendas da empresa.
LICENÇA REMUNERADA
Na terça-feira de carnaval (16/02/2021), em substituição ao dia 30/10/2021, será comemorado o dia do comerciário,
sendo considerado feriado, ficando assegurada a remuneração normal e sendo expressamente proibido o trabalho
neste dia.
CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - COMEMORAÇÕES CARNAVALESCAS
Fica assegurado ao comerciário estudante, nos dias de provas escolares, provas do ENEM e prova de vestibulares
que coincidam com o seu horário de trabalho, o abono do tempo necessário à realização das provas e locomoção,
desde que pré-avisado o empregador, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro horas) e, no prazo de 05
(cinco) dias, comprovado o comparecimento às provas, por documento fornecido pelo estabelecimento de ensino.
As empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva reconhecerão os atestados médicos passados por
facultativos do Sindicato de Empregados e Sesc, desde que credenciados pelo INSS, exceto quando as empresas
oferecerem assistência médica aos seus empregados, ou através de convênio, quando somente serão aceitos os
atestados passados por médicos a elas conveniados, sendo que as empresas com até 150 (cento e cinqüenta)
empregados ficam desobrigadas de contratação de médico do trabalho/coordenador, de acordo com a Portaria nº 08
de 08/05/1996 da Secretaria de Saúde do Ministério do Trabalho - S.S.M.T., combinado com a Portaria nº 865/95, do
Ministério do Trabalho.
Parágrafo primeiro – Serão aceitos atestados emitidos por odontologistas, nos casos de cirurgia quando ficar
atestada a incapacidade de locomoção.
Parágrafo segundo– O empregado, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas contados do recebimento do
atestado médico/odontológico, fica obrigado a providenciar os meios necessários para comunicar ao empregador a
impossibilidade de comparecimento ao trabalho e o número de dias de repouso concedidos pelo profissional que o
atendeu, sob pena de serem considerados como faltas não justificadas os dias de ausência.
RELAÇÕES SINDICAIS
ACESSO DO SINDICATO AO LOCAL DE TRABALHO
Durante a vigência desta Convenção, as empresas concederão a freqüência livre dos dirigentes sindicais para
atenderem a realização de assembléias reuniões e trabalhos sindicais, devidamente convocados e comprovados
pelo sindicato laboral, sem prejuízos da remuneração, que será paga pela empresa, desde que avisada com 24
horas (vinte e quatro horas) de antecedência.
Parágrafo único – Em todos os casos só será garantida a liberação de 1 (um) empregado dirigente sindical por
grupo econômico.
Conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária realizada pelo SINCODIV-DF, no dia 08 de dezembro de
2020 e de acordo com o disposto no art. 8º, inciso III e IV da Constituição Federal, as empresas integrantes destas
categorias recolherão, semestralmente, em favor do SINCODIV-DF, mediante guia a ser fornecida, CONTRIBUIÇÃO
CONFEDERATIVA, conforme estabelecido na seguinte tabela:
Parágrafo segundo – O atraso no pagamento da contribuição supra mencionada acarretará na incidência de multa
de 10% (dez por cento) do valor da contribuição, bem como juros de mora de 1% ao mês e correção monetária a ser
calculada pela média entre o INPC/IBGE e o IGPM/FGV.
Mediante apresentação da cópia da ficha de filiação do empregado que preveja o desconto da mensalidade, as
empresas descontarão, em folha de pagamento, as mensalidades devidas ao Sindicato nos termos do art. 545 da
CLT, repassando os respectivos valores, no prazo de 10 (dez) dias do efetivo desconto, através de boleto específico
enviado às empresas pela Entidade Sindical Obreira.
Parágrafo primeiro– Para efeito de comprovação de que os descontos foram feitos corretamente, as empresas
deverão remeter ao SINDICOM, mensalmente, até 10 (dez) dias do mês subseqüente ao desconto, uma relação
ordenada de todos os empregados atingidos pelo desconto.
Parágrafo segundo – No ato da contratação, as empresas entregarão fichas de sindicalização para os novos
empregados, sendo que tais fichas deverão ser fornecidas pelo SINDICOM/DF.
Parágrafo terceiro– Por tratar-se de uma espécie de contribuição que diz respeito exclusivamente aos
trabalhadores, o SINDICOM/DF assume a inteira responsabilidade pela instituição da referida mensalidade e seu
respectivo desconto, comprometendo-se a ressarcir o SINCODIV/DF e as empresas por ele representadas por
qualquer e eventual prejuízo que estes venham a sofrer decorrente de tal mensalidade e descontos ou até mesmo
da assinatura desta Convenção Coletiva com a presente cláusula.
Parágrafo quarto – No caso de adoção de qualquer medida judicial e/ou extrajudicial para reaver ou contestar o
desconto a que se refere esta cláusula, o SINDICOM/DF se compromete a assumir o pólo passivo da relação
processual, desde que notificado, por escrito, no prazo de até 3 (três) dias úteis após o recebimento da notificação
pela empresa.
As mensalidades devidas pelos empregados associados ao SINDICOM serão reguladas em cláusula própria,
prevista nesta Convenção Coletiva, intitulada “Mensalidades”. No entanto, para que seja efetuado qualquer outro
tipo de desconto no salário dos empregados que seja destinado ao SINDICOM, independentemente da forma de
sua instituição e nomenclatura (por exemplo: contribuição sindical, assistencial, negocial, social, confederativa, etc.),
o SINDICOM deverá apresentar autorização por escrito, na qual constará expressamente o nome do desconto (o
nome da contribuição), o valor do desconto, a data da autorização, a data em que o desconto pode ser efetuado,
contendo também o nome do empregado (de próprio punho) ou seu CPF ou sua assinatura. Tal autorização deve
ser apresentada pelo SINDICOM ao departamento de pessoal da empresa ou Grupo de Empresas, em qualquer
época durante a vigência desta CCT, a critério do SINDICOM. O desconto será realizado na folha de pagamento
referente ao mês seguinte ao da apresentação da autorização. Realizado o desconto, a empresa deverá fazer o
repasse ao SINDICOM até o dia 15 do mês seguinte em que o desconto foi efetuado.
Parágrafo primeiro – A fim de facilitar o procedimento para o SINDICOM, é permitida a elaboração de autorização
coletiva, ou seja, um único documento por empresa ou por empresas do mesmo grupo econômico (devendo constar
a sua identificação de forma clara), no qual conste a relação dos nomes de todos os funcionários daquela empresa
que autorizam o desconto.
Parágrafo segundo – Por tratar-se de contribuições que dizem respeito exclusivamente aos trabalhadores, o
SINDICOM/DF assume a inteira responsabilidade pela instituição das referidas contribuições e seu respectivo
desconto, comprometendo-se a ressarcir o SINCODIV/DF e as empresas por ele representadas por qualquer e
eventual prejuízo que estes venham a sofrer decorrente de tais contribuições e desconto, ou até mesmo da
assinatura desta Convenção Coletiva com a presente cláusula.
Parágrafo terceiro – No caso de adoção de qualquer medida judicial e/ou extrajudicial sobre a presente cláusula e
o respectivo desconto, o SINDICOM/DF se compromete a assumir o polo passivo da relação processual, desde que
notificado, pelo SINCODIV e/ou pela empresa, por escrito, no prazo de até 3 (três) dias úteis após o recebimento da
notificação.
Parágrafo quarto – Fica desde logo instituída, em favor do SINDICOM, a chamada “contribuição negocial laboral”.
Tal contribuição constou da primeira pauta laboral enviada ao SINCODIV, aprovada em assembleia dos
empregados. No entanto, ainda que seja uma cláusula de interesse do SINDICOM e seus representados, na última
pauta patronal o SINCODIV condicionou a aprovação e validade da cláusula à inclusão dos requisitos previstos no
caput desta cláusula (especialmente a autorização de desconto por parte do empregado atingido). A referida pauta
patronal foi analisada em assembleia laboral, realizada nas dependências das concessionárias, pelo SINDICOM,
entre os dias 19/04/2021 e 05/05/2021, com a participação de toda a categoria profissional. A pauta foi aprovada por
maioria, sendo que, os que aprovaram a pauta patronal, assinaram a concordância com o desconto da “contribuição
negocial laboral”. Sendo assim, a “contribuição negocial laboral” de 2021 fica instituída, observadas as seguintes
disposições:
a) Para os empregados que tenham registrado sua concordância com a última pauta patronal (sejam eles
sindicalizados ou não), as empresas descontarão 2 (duas) parcelas no valor de R$ 30,00 (trinta reais) cada, nos
salários de maio e junho de 2021, em favor da Entidade Profissional, para ampliação da assistência prestada e
desenvolvimento patrimonial.
b) O desconto na folha de pagamento do mês de maio de 2021 será repassado ao Sindicato obreiro até o dia 10
de junho de 2021;
c) O desconto na folha de pagamento do mês de junho de 2021 será repassado ao Sindicato obreiro até o dia 10
de julho de 2021.
d) O pagamento (repasse) ao Sindicato Laboral será feito por meio de depósito em conta corrente do SINDICOM,
mediante guia à disposição no site www.sindicomdf.com.br
e) Para que os descontos sejam efetuados, o SINDICOM deve enviar a cada empresa a documentação que
comprove que o empregado autorizou o desconto (a lista de votação na assembleia laboral que aprovou a pauta
patronal, na qual conste o nome do empregado escrito de próprio punho ou número de identificação ou assinatura
do empregado, com a identificação de que ele aprovou a pauta que previa o desconto). Tal documentação deve ser
enviada à empresa até o dia 14/05/2021. Não sendo respeitada essa data, o SINDICOM desde logo concorda que
deverá haver prorrogação correspondente dos meses em que haverá o desconto e o repasse ao sindicato.
DISPOSIÇÕES GERAIS
MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Fica mantida a Comissão de Conciliação Prévia Intersindical – CCP, nos moldes da previsão constantes dos artigos
625-A e 625-C, com a redação dada pela Lei nº 9.958/2000, em 29/08/2002, através do Termo Aditivo à Convenção
Coletiva de Trabalho.
A presente Convenção Coletiva de Trabalho aplica-se aos empregados e às concessionárias de veículos, motos e
caminhões, bem como empresas de consórcios, locadoras de automóveis ou qualquer outra empresa do mesmo
grupo econômico da concessionária que, direta ou indiretamente, incremente e/ou esteja vinculada à área
operacional/comercial/administrativa da concessionária.
Fica estipulada multa equivalente a 30% (trinta por cento) do salário de ingresso a ser paga pela empresa que
descumprir obrigação de fazer decorrente de disposições desta Convenção, revertendo o valor em favor do
empregado prejudicado.
Parágrafo único – Quando se tratar de descumprimento da cláusula referente ao desconto assistencial dos
empregados, o total descontado e não recolhido no prazo será corrigido pela média dos índices fornecidos pelo
INPC/IBGE; ICV-DF/CODEPLAN e IGP-M/FGV do mês anterior, acrescido de multa de 10% (dez por cento) sobre o
total a ser recolhido.
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OUTRAS DISPOSIÇÕES
As cláusulas estabelecidas no presente instrumento normativo não prevalecerão nos casos de condições mais
favoráveis já concedidas espontaneamente pelas empresas a seus empregados, mantidas, pois, as vantagens
desta sobre aquelas.
Parágrafo único – As condições de trabalho estipuladas neste instrumento normativo vigoram no prazo assinado,
não integrando, de forma definitiva, os contratos de trabalho (CLT, art. 614, § 3º e Súmula 277 do TST).
Ainda que o Ministério da Economia (por meio da sua Secretaria do Trabalho) demore ou até mesmo se negue a
homologar a presente Convenção por questões meramente técnicas/burocráticas, as partes reconhecem a validade
imediata do que é pactuado neste instrumento, a qualquer tempo, foro e circunstância. Neste caso, os Sindicatos
farão as adaptações necessárias para atender à solicitação do ente público, sem que isso implique em alteração do
mérito, ou seja, do que foi pactuado pelas partes. Além disso, em caso de eventual divergência de texto entre a
versão impressa e assinada da CCT e a versão da CCT que consta no sistema Mediador, as partes concordam que
deve prevalecer a versão impressa e assinada, devendo ser feitas as correções necessárias no sistema Mediador.
Parágrafo único – No caso de ajuizamento de ação coletiva que tenha como objetivo a anulação ou alteração de
cláusulas desta Convenção Coletiva, ambos os Sindicatos assumem o compromisso de aceitar/pedir seu ingresso
no processo como litisconsortes para defender o presente instrumento da forma como foi celebrado.
Apesar de a CCT anterior ter previsto a vigência até 31/12/2021 (com exceção de algumas cláusulas específicas,
que teriam vigência até 31/12/2020), por este instrumento as partes resolvem renovar a vigência a partir deste ano
(2021), pactuando a vigência por mais 2 (dois) anos, até 31/12/2022, para toda a CCT, com as exceções abaixo
descritas. Sendo assim, a presente Convenção Coletiva vigorará a partir de 1º de janeiro de 2021 até o dia 31 de
dezembro de 2022, com exceção das seguintes cláusulas, que vigorarão até 31 de dezembro de 2021:
a) Reajuste Salarial
c) Ticket-refeição
e) Dia do comerciário
f) Comemorações carnavalescas
g) Cesta básica
i) Contribuição confederativa
j) Mensalidades
m) Mais 2 (duas) cláusulas de livre escolha de cada Sindicato (exclusão ou modificação de cláusula já existente ou
inclusão de nova cláusula).
GERALDA GODINHO DE SALES
MEMBRO DE DIRETORIA COLEGIADA
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DO DF
ANEXOS
ANEXO I - ATA ASSEMBLEIAS ITINERANTES CCT 2021/2022
Anexo (PDF)