Fisc I Irs I 2024
Fisc I Irs I 2024
Fisc I Irs I 2024
Clara Gariso
Telma Lopes
Fevereiro de 2024
Imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares
Lei n.º 82/2023 de 29 de dezembro
OE 2024
• Os artigos 12.º -A, 12.º -B, 25.º, 53.º, 55.º, 57.º, 68.º, 70.º, 72.º, 76.º,
78.º, 78.º -D, 78.º -E, 78.º -F, 81.º, 87.º, 99.º, 101.º e 152.º do Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (Código do
IRS)
Atualizações 2024
• Salário minímo 820€ (Decreto-Lei 107/2023 de 17 de novembro)
Rendimento Coletável
x
Taxas
=
Coleta
+
Tributação autónoma
=
Coleta Total
-
Deduções à coleta
-
Retenções na Fonte e pagamentos por conta
6
=
IRS a pagar ou receber
ENGLOBAMENTO (art.º 22 do CIRS)
1-O rendimento coletável em IRS é o que resulta do englobamento dos rendimentos das várias categorias auferidos em cada
ano, depois de feitas as deduções e os abatimentos previstos.
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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
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Subsídio de alimentação
• Exemplo 1 sem vale refeição:
• Óscar, recebe mensalmente, 1000€ e 10€/dia subsídio de alimentação
• 20 dias
• Excluída de tributação 6€*20=120€
• Parte tributada: (10€-6€)*20=80€
• Valor mensal sujeito a IRS: 1.080,00€
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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
17
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
10)Os resultantes da aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão social, por preço
inferior ao valor de mercado, de qualquer viatura que tenha originado encargos para a
entidade patronal;
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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
c) Os abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha de movimentar numerário,
na parte em que excedam 5 % da remuneração mensal fixa;
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Km e ajudas de custo, valores 2024
• €0,40 por quilómetro deslocação em viatura própria
• Deslocações nacionais:
• Trabalhadores: €62,75
• Membros do governo: €69,19
• Deslocações internacionais:
• Trabalhadores: €148,91
• Membros do governo: €167,07
Decreto-Lei n.º 106/98
1 - O abono da ajuda de custo corresponde ao pagamento de uma parte da importância diária que estiver fixada ou da sua
totalidade, conforme o disposto nos números seguintes.
2. Mirian, é contabilista certificada na empresa Gama sediada em Lisboa. Em janeiro de 2024 no âmbito das suas funções
deslocou-se a Faro 2 dias Recebeu 150€ de ajudas de custo. Qual o valor tributado e qual o valor excluído de tributação?
Trata-se de uma deslocação dentro do território Nacional. O limite para a ajuda de custo, neste caso, para Trabalhadores em geral
em funções públicas que serve de referência para o setor privado é de €62,75.
• Assim, €62,75*2 dias=€125,50 (valor excluído de tributação)
• Valor a tributar €150-125,50=€24,50
3. Vanyla, é comercial na empresa Opticália sediada em Lisboa. Em janeiro de 2024 no âmbito das suas funções efetuou várias
deslocações em viatura própria, totalizando 900km. A empresa atribuiu uma compensação de 0,40€ por Km. Qual o valor tributado
e qual o valor excluído de tributação?
• O subsídio de transporte varia com o número de quilómetros percorridos. Neste caso, o valor da compensação foi de
900km*€0,40=€360
• Valor exluído de tributação: 900km*€0,40=€360
• Valor a tributar: €0
Artigo 2.º-A Delimitação negativa dos rendimentos da
categoria A : não são tributadas
1- Não se consideram rendimentos do trabalho dependente:
a) As prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes obrigatórios de
segurança social, que visem assegurar reforma, invalidez ou sobrevivência;
b) Os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidade social e de
lazer mantidas pela entidade patronal,
c) As prestações relacionadas exclusivamente com ações de formação profissional dos
trabalhadores,
d) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com a aquisição de passes sociais
a favor dos seus trabalhadores, desde que a atribuição dos mesmos tenha carácter
geral;
e) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença
em benefício dos seus trabalhadores ou respetivos familiares desde que a atribuição
dos mesmos tenha carácter geral;
f) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com encargos, indemnizações ou
compensações, pagos no ano da deslocação, em dinheiro ou em espécie, devidos pela
mudança do local de trabalho, quando este passe a situar-se a uma distância superior a
100 km do local de trabalho anterior, na parte que não exceda 10 % da remuneração
anual, com o limite de € 4 200 por ano
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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
Exemplo 1:
•Subsídio anual:450*12=€5.400
•Limite=€1.680
•Serão excluídos €1680
•Serão tributados : €5400-€1.680=€3.720
•Exemplo 2:
•Remuneração mensal: €4.500
•Subsídio deslocação mensal :€450
•Remuneração anual: 4500*14=63.000
•Limite €63.000*10%=6300, mas este valor será desconsiderado porque ultrapassa €4.200€
•Subsídio anual:€450*12=€5.400
•Limite=€4.200
•Serão excluídos: €4.200
•Serão tributados : €5.400-€4200=€1.200
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
Art.º 24 CIRS
Artigo 24.º
Rendimentos em espécie
1 - A equivalência pecuniária dos rendimentos em espécie faz-se de acordo com as seguintes regras,
de aplicação sucessiva:
c) Tratando-se de géneros, pela cotação de compra na bolsa de mercadorias de Lisboa ou, não
existindo essa cotação, pelo preço médio do respetivo ano ou do último determinado e que
constem da estiva camarária;
d) Pelos preços de bens ou serviços homólogos publicados pelo Instituto Nacional de Estatística;
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Art.º 24 CIRS
• 5 - Quando se tratar da atribuição do uso de viatura automóvel
pela entidade patronal, o rendimento anual corresponde ao
produto de 0,75 % do seu valor de mercado, reportado a 1 de
janeiro do ano em causa, pelo número de meses de utilização da
mesma.
• Rendimento=35.000*0,75%*12=3.150€
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Categoria A
Dedução Específica - Art. 25, 26, 27º
1 - Aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se, até à sua concorrência, e por cada titular que os tenha auferido, os
seguintes montantes:
a) (euro) 4 104;
b) As indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade patronal por rescisão unilateral do contrato individual de trabalho sem
aviso prévio em resultado de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado ou, nos restantes casos, a indemnização de
valor não superior à remuneração de base correspondente ao aviso prévio;
c) As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade,
habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam, em relação a cada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto
desta categoria, sendo acrescidas de 100 %. (OE 2024)
Se, porém, as contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais de saúde excederem o limite
fixado na alínea a) do número anterior, aquela dedução é pelo montante total dessas contribuições.
A dedução prevista na alínea a) do n.º 1 pode ser elevada até 75 % de 12 vezes o valor do IAS desde que a diferença resulte de
quotizações para ordens profissionais suportadas pelo próprio sujeito passivo e indispensáveis ao exercício da respetiva atividade
desenvolvida exclusivamente por conta de outrem.
Exemplo:
Rendimento Bruto 20.000€
Descontos para Segurança Social 2.200€
Quotas Sindicais 0€
Quotas Ordens Profissionais 0
RB=20.000
SS=2.200€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 1, a) = 4.104€
+
31
Exemplo:
Rendimento Bruto 50.000€
Descontos para Segurança Social 5.500€
Quotas Sindicais 0€
Quotas Ordens Profissionais 0
RB=20.000
SS=5.500€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 2) = 4.104€
+
32
Exemplo:
Rendimento Bruto 20.000€
Descontos para Segurança Social 2.200€
Quotas Sindicais 100€
Quotas Ordens Profissionais 0
Artigo 25º nº1 c) As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios de saúde,
educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam, em relação a
cada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto(LIMITE) desta categoria, sendo acrescidas de 100 %
RB=15000
SS=1650
SIND=100€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 1, a) = 4.104€
+
= art. 25º, nº 1, c) = € *
4.304€
*1% x 20.000€ = 200€(limite é de 1% do RB)
Majoração = 100€ x 2 = 200€
• Subsídios e subvenções;
• …..
6 - Os rendimentos referidos neste artigo ficam sujeitos a tributação desde o momento em que para efeitos de
IVA seja obrigatória a emissão de fatura ou documento equivalente ou, não sendo obrigatória a sua emissão,
desde o momento do pagamento ou colocação à disposição dos respetivos titulares, sem prejuízo da aplicação
do disposto no artigo 18.º do Código do IRC, sempre que o rendimento seja determinado com base na
contabilidade.
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Categoria B
Rendimentos Empresariais e Profissionais – Art.º 3
10 - No caso de transferência para o património particular do sujeito passivo de bens imóveis que
tenham estado afetos à sua atividade empresarial e profissional com determinação dos
rendimentos com base na contabilidade, quando tenham sido praticadas depreciações ou
imparidades, os correspondentes gastos fiscalmente aceites durante o período em que o imóvel
esteve afeto à atividade devem ser acrescidos, em frações iguais, ao rendimento do ano em que
ocorra a transferência e em cada um dos três anos seguintes. (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)
11 - O montante total apurado nos termos do número anterior acresce ao valor de aquisição para a
determinação de quaisquer mais-valias sujeitas a imposto. (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)
Operações relacionadas com a emissão de criptoativos, incluindo a mineração, ou a validação de transações de criptoativos através de
mecanismos de consenso. (OE 2023)
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Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável (Art 28)
Regimes Principais:
• Regime simplificado de tributação,
• Contabilidade Organizada
Outros Regimes
• Atos isolados (art.º 30),
Dispensa de contabilidade organizada;
Aplicam-se os coeficientes previstos para o regime simplificado até
200.000€;
- Contabilidade organizada.
Rend. Liq. = Art. 32º = 170.500€ - (40.000€ + 100.000€) = 30.500€* taxa imposto
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Exemplo:
• O que aconselharia a Paulo Freitas? Fundamente.
42
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável
• 13 - A dedução ao rendimento que decorre da aplicação dos coeficientes previstos
nas alíneas b) e c) do n.º 1 está parcialmente condicionada à verificação de despesas
e encargos efetivamente suportados, acrescendo ao rendimento tributável
apurado nos termos dos números anteriores a diferença positiva entre 15 % dos
rendimentos brutos das prestações de serviços previstas naquelas alíneas e o
somatório das seguintes importâncias: (N.º aditado pela Lei n.º 114/2017, de 29 de
dezembro)
• a) Montante de dedução específica previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º
(4104€) ou, quando superior, os montantes comprovadamente suportados com
contribuições obrigatórias para regimes de proteção social, conexas com as
atividades em causa, que não sejam dedutíveis nos termos do n.º 2; (4104 ou cont
Seg. social)
• b) Despesas com pessoal e encargos a título de remunerações, ordenados ou
salários, comunicados pelo sujeito passivo à Autoridade Tributária e Aduaneira nos
termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 119.º;
• c) Rendas de imóveis afetas à atividade empresarial ou profissional que constem de
faturas e outros documentos, comunicados à Autoridade Tributária e Aduaneira, nos
termos previstos no n.º 2 do artigo 78.º-E;
43
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável
44
EXEMPLO
O Sr. João Aniceto é contabilista certificado (trabalhador independente) desde 2014, enquadrado, para
efeitos de IRS, no regime simplificado de tributação, com residência fiscal no Porto, cujo imóvel do qual é
proprietário, é, simultaneamente, utilizado para o seu escritório.
Foram apurados os seguintes elementos, relacionados com o exercício da referida atividade, ao longo do
ano de 2019:
• Rendimentos provenientes exclusivamente da atividade: 40 000 EUR.
• Despesas parcialmente afetas à atividade e como tal comunicadas no Portal das Finanças (água, luz e
comunicações): 1 000 EUR.
• Valor Patrimonial Tributário do referido imóvel: 100 000 EUR. Face ao exposto, o rendimento líquido
respeitante à referida atividade que deveria ser englobado no exercício de 2019, para efeitos de IRS, é de:
45
EXEMPLO-RESOLUÇÃO
• Aplicar o n.º 13 e 14 do art 31º do CIRS
• ….
a) Montante de dedução específica previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º (4104 ou
cont para Seg.Social)…
d) …1,5 % do valor patrimonial tributário dos imóveis afetos à atividade empresarial ou
profissional
• 14 - As despesas e encargos previstos nas alíneas c), d) e e) do número anterior quando
apenas parcialmente afetos à atividade empresarial e profissional são considerados em
apenas 25 %
40.000*0,75=30.000 (por se tratar de atividade profissional, prevista na lista anexa ao
artigo 151º do CIRS)
• 25% x (1,5% x 100000 + 1000) +4104 = 4729
• 15% x 40.000 = 6000
• 6000 - 4729 = 1271
• 30.000 + 1271 = 31.271
46
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável
Exemplos:
Juros / Lucros e adiantamento sobre lucros
Instrumentos de aplicação financeira
Títulos de dívida pública/ Obrigações / Certificados de depósito
Unidades de participação em fundos
Outros
Uso ou concessão do uso de equipamento agrícola/ industrial,
comercial ou científico;
Cedência de equipamentos e redes informáticas, incluindo
transmissão de dados ou disponibilização de capacidade informática
instalada em qualquer das suas formas possíveis;
Cessão temporária de direitos de propriedade intelectual/ industrial,
quando não auferido pelo titular originário;
Categoria E
Deduções Específicas:
Notas:
Os lucros devidos por pessoas coletivas sujeitas e não isentas do IRC são, no caso de opção pelo
englobamento, considerados em apenas 50 % do seu valor.
Tributação-regra: rendimentos reais e efetivos.
Exceção: “presunções legais” (são ilidíveis, isto é, “juris tantum”) – Art.º 6.º e 40.º
51
Categoria F – artigo 8º do CIRS
• Artigos: 8, 41
Categoria F – artigo 8º do CIRS
b) Desde o momento em que a prestação pecuniária anual constitua rendimento ou seja deduzida
pelo proprietário em virtude do não cumprimento pelo morador das suas obrigações nos termos
previstos no diploma que cria o direito real de habitação duradoura, na parte respeitante à caução
inicial.
55
Categoria F – artigo 8º do CIRS
Dedução específica 41º
Ä Todos os gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obter ou garantir tais
rendimentos, com exceção dos gastos de natureza financeira, dos relativos a depreciações e dos
relativos a mobiliário, eletrodomésticos e artigos de conforto ou decoração, bem como do
adicional ao imposto municipal sobre imóveis;
Ä No caso de fração autónoma de prédio em regime de propriedade horizontal, são dedutíveis,
relativamente a cada fração ou parte de fração, outros encargos que, nos termos da lei, o
condómino deva obrigatoriamente suportar e que sejam efetivamente pagos pelo sujeito
passivo.
56
Categoria F – artigo 8º do CIRS
Dedução específica
Ä O imposto municipal sobre imóveis e o imposto do selo, pagos em determinado ano, apenas
são dedutíveis quando respeitem a prédio ou parte de prédio cujo rendimento seja objeto de
tributação nesse ano fiscal;
Ä Podem ainda ser deduzidos gastos suportados e pagos nos 24 meses anteriores ao início do
arrendamento relativos a obras de conservação e manutenção do prédio, desde que entretanto o
imóvel não tenha sido utilizado para outro fim que não o arrendamento.
Ä Os gastos referidos nos números anteriores devem ser documentalmente comprovados.
Ä Sublocação: não beneficia de qualquer dedução.
57
Exemplo Categoria F
Manuel é proprietário de um imóvel em Leiria. Durante o ano de 2022 efetuou obras de
remodelação no valor de 5000€. Anualmente suporta com condomínio 600€ e com IMI 525€.
Arrendou o Imóvel em novembro de 2022 a Inês por 550€/mês. Nessa data suportou com o
contrato de arrendamento imposto de selo no valor de 55€. Para que Inês pudesse utilizar a casa
nas devidas condições Manuel, equipou a cozinha com frigorifico, fogão e alguns outros
pequenos eletrodomésticos, tendo suportado na WORTEN 2500€. Manuel habitou no imóvel até
à realização das obras para colocar o imóvel no mercado de arrendamento.
Apure o rendimento coletável em 2022 e em 2023
59
Categoria G- Incrementos patrimoniais – artigo 9º
• Artigos: 9, 10, 42 a 52
Categoria G- Incrementos patrimoniais – artigo 9º
Mais-valias;
Indemnizações:
Danos não patrimoniais, a menos que sejam fixadas por
decisão judicial ou arbitral ou por transação;
Danos emergentes não comprovados, e lucros cessantes,
Importâncias atribuídas em virtude da assunção de
obrigações de não concorrência
• As indemnizações devidas por renúncia onerosa a posições contratuais
ou outros direitos inerentes a contratos relativos a bens imóveis
Acréscimos patrimoniais não justificados
Mais-valias:
62
Mais valias artigo 10º
1 - Constituem mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos
empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem de:
1. Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis,
2. Alienação onerosa de partes sociais e de outros valores mobiliários
3. Alienação onerosa da propriedade intelectual ou industrial ou de experiência
adquirida no setor comercial, industrial ou científico, quando o transmitente não seja
o seu titular originário;
4. Cessão onerosa de posições contratuais ou outros direitos inerentes a contratos
relativos a bens imóveis;
5. Operações relativas a instrumentos financeiros derivados, com exceção dos ganhos
previstos na alínea do n.º 2 do artigo 5.º;
6. Operações relativas a warrants autónomos, quer o warrant seja objeto de negócio
de disposição anteriormente ao exercício ou quer seja exercido, neste último caso
independentemente da forma de liquidação;
7. Operações relativas a certificados que atribuam ao titular o direito a receber um
valor de determinado ativo subjacente, com exceção das remunerações previstas na
alínea r) do n.º 2 do artigo 5.º;
8. Cessão onerosa de créditos, prestações acessórias e prestações suplementares.
63
Mais valias artigo 10º
3 - Os ganhos consideram-se obtidos no momento da prática dos atos previstos no n.º 1, sem
prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:
a) Nos casos de promessa de compra e venda ou de troca, presume-se que o ganho é obtido logo
que verificada a tradição ou posse dos bens ou direitos objeto do contrato;
b) Nos casos de afetação de quaisquer bens do património particular a atividade empresarial e
profissional exercida pelo seu proprietário, prevista na alínea i) do n.º 1, o ganho só se considera
obtido no momento da ulterior alienação onerosa dos bens em causa ou da ocorrência de outro
facto que determine o apuramento de resultados em condições análogas;
c) Nos contratos de permuta de bens presentes por bens futuros, a tributação apenas ocorre no
momento da celebração do contrato que formaliza a aquisição do bem futuro, ou no momento da
sua tradição, se anterior.
64
Mais- valias artigo 10º
(…)5 - São excluídos da tributação os ganhos provenientes da transmissão
onerosa de imóveis destinados a habitação própria e permanente do sujeito
passivo ou do seu agregado familiar, desde que verificadas, cumulativamente,
as seguintes condições:
a) O valor de realização, deduzido da amortização de eventual empréstimo
contraído para a aquisição do imóvel, seja reinvestido na aquisição da
propriedade de outro imóvel, de terreno para construção de imóvel e ou
respetiva construção, ou na ampliação ou melhoramento de outro imóvel
exclusivamente com o mesmo destino situado em território português ou
no território de outro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
Económico Europeu, desde que, neste último caso, exista intercâmbio de
informações em matéria fiscal;
b) O reinvestimento previsto na alínea anterior seja efetuado entre os 24
meses anteriores e os 36 meses posteriores contados da data da
realização;
c) O sujeito passivo manifeste a intenção de proceder ao reinvestimento,
ainda que parcial, mencionando o respetivo montante na declaração de
rendimentos respeitante ao ano da alienação;
65
Mais valias artigo 10º
67
Mais- valias artigo 10º
70
Mais- valias artigo 10º
71
Incrementos patrimoniais – Dedução específica
72
Mais- valias artigo 10º -Deduções
73
Quantificação do ganho - n.º 4 do artigo 10º
74
Artigo 47.º Equiparação ao valor da aquisição
75
Artigo 50.º Correção monetária
• 1 - O valor de aquisição ou equiparado de direitos reais sobre os bens
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º, bem como de partes
sociais no caso da alínea b) do referido número, é corrigido pela
aplicação de coeficientes para o efeito aprovados por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças, sempre que
tenham decorrido mais de 24 meses entre a data da aquisição e a
data da alienação ou afetação.
Artigo 51.º Despesas e encargos
• 1 - Para a determinação das mais-valias sujeitas a imposto, ao valor de aquisição acrescem:
• a) Os encargos com a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos 12 anos, e as
despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e alienação, bem como a
indemnização comprovadamente paga pela renúncia onerosa a posições contratuais ou outros direitos
inerentes a contratos relativos a esses bens, nas situações previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º;
• b) As despesas necessárias e efetivamente suportadas, inerentes à aquisição e alienação, nas situações
previstas nas alíneas b), c) e k) do n.º 1 do artigo 10.º.
• 2 - Os encargos e as despesas referidos na alínea a) do número anterior relativos a imóveis que tenham
beneficiado de apoio não reembolsável, concedido pelo Estado ou outras entidades públicas para a
aquisição, construção, reconstrução ou realização de obras de conservação de valor superior a 30 % do valor
patrimonial tributário do imóvel para efeitos de IMI e sejam vendidos antes de decorridos 10 anos sobre a
data da sua aquisição, da assinatura da declaração comprovativa da receção da obra ou do pagamento da
última despesa relativa ao apoio público não reembolsável que, nos termos legais ou regulamentares, não
estejam sujeitos a ónus ou regimes especiais que limitem ou condicionem a respetiva alienação, apenas são
considerados na parte que exceda o valor do apoio não reembolsável recebido.
• 3 - Para efeitos da alínea a) do n.º 1, não são considerados os encargos com a valorização de bens imóveis
que tenham sido realizados durante o período em que permaneceram afetos à atividade empresarial e
profissional.
Exemplo Categoria G Mais Valias
O Sr. José vendeu por € 100 000,00 um prédio urbano destinado a habitação própria e permanente, que havia
adquirido em 2012, por € 50 000,00, tendo para o efeito contraído um empréstimo bancário de € 40 000,00. Sabendo
que o montante em dívida do referido empréstimo é de € 10 000,00 e que pretende adquirir novo prédio, com
idêntica finalidade, para que não haja tributação, basta reinvestir:
MVC= 100.000-50.000=50.000€
MVF=100.000-50.000*1,12=
MVF=100.000-56.000
MVF=44.000€, 43ºnº2 b) apenas são tributados 50%, 22.000€
78
Exemplo Categoria G Mais Valias
1)Se reinvestir 90.000€ ou valor superior, a importância a tributar será zero.
10º nº
2) Suponha que adquiriu um novo imóvel por 150.000€, mas com recurso a crédito no valor de 100.000€
Suponha MVF =48000€
• Estamos na presença de um reinvestimento parcial
• Valor a reinvestir 90.0000, mas foi reinvestido 50.0000€ (150.000€-100.000=50.000€)
• 50.000/90.000=56% do valor realizado foi reinvestido, logo será excluída de tributação:
48.000*50%*56%=13.440€
• Ou seja será tributada=24.000-13.440=10.560€
• Ou
• Será tributado:48.000*50%*44%=10.560€
79
Categoria H
• Artigos: 11, 53
Categoria H
Rendimentos de pensões – Art.º 11º
Rendimentos:
• Pensões de aposentação ou de reforma, velhice, invalidez ou
sobrevivência, bem como outras de idêntica natureza, e as pensões de
alimentos;
• Prestações a cargo de companhias de seguros, fundos de pensões, ou
quaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares
de segurança social em razão de contribuições da entidade patronal, e que
não sejam consideradas rendimentos do trabalho dependente;
• As pensões e subvenções não compreendidas nas alíneas anteriores;
• As rendas temporárias ou vitalícias.
Categoria H
Deduções Específicas - Art.º 53º
Aos rendimentos brutos da categoria H de valor anual igual ou inferior a (euro) 4 104
deduz-se, até à sua concorrência, a totalidade do seu quantitativo por cada titular que os
tenha auferido.
Se o rendimento anual, por titular, for superior ao valor referido no número anterior, a
dedução é igual ao montante nele fixado.
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Artigo 12.º - Delimitação negativa da incidência
a) Se tornem fiscalmente residentes nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 16.º até 2026;
b) Não tenham sido considerados residentes em território português em qualquer dos cinco anos anteriores;
c) Tenham sido residentes em território português em qualquer período antecedente ao previsto na alínea anterior;.
2 - Não podem beneficiar do disposto no presente artigo os sujeitos passivos que tenham solicitado a sua inscrição como residente
não habitual.
Este artigo aplica-se aos rendimentos auferidos no primeiro ano em que o sujeito passivo reúna os requisitos previstos no seu n.º 1 e
nos quatro anos seguintes, cessando a sua vigência após a produção de todos os seus efeitos em relação aos sujeitos passivos que
apenas venham a preencher tais requisitos em 2024.
Artigo 12.º-B Isenção de rendimentos das categorias A e B
• O IRS Jovem é um programa que dá uma isenção parcial sobre os rendimentos do trabalho dependente (categoria A) e sobre os rendimentos do
trabalho independente (categoria B) durante cinco anos, seguidos ou interpolados. Assim, os jovens abrangidos pelo regime ficam isentos de
imposto relativamente a uma parte dos seus rendimentos anuais.
1 - Os rendimentos da categoria A e B, auferidos por sujeito passivo entre os 18 e os 26 anos que não seja considerado dependente, ficam parcialmente
isentos de IRS, nos cinco primeiros anos de obtenção de rendimentos do trabalho após o ano da conclusão de ciclo de estudos igual ou superior ao
nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, mediante opção na declaração de rendimentos a que se refere o artigo 57.º (declaração modelo 3 – Anexo A)
2 - A idade de opção pelo regime previsto no número anterior é estendida até aos 30 anos, inclusive, no caso do ciclo de estudos concluído corresponder
ao nível 8 do Quadro Nacional de Qualificações.
3 - A isenção prevista no n.º 1 aplica-se:
• a) No primeiro ano da obtenção de rendimentos após a conclusão do ciclo de estudos e nos quatro anos seguintes, desde que a opção seja exercida até à
idade máxima referida nos números anteriores;
• b) Em anos seguidos ou interpolados, desde que a idade máxima do sujeito passivo não ultrapasse os 35 anos, inclusive.
4 - O disposto no n.º 1 determina o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º
5 — A isenção a que se refere o n.º 1 é de 100 % no primeiro ano, 75 % no segundo ano, 50 % no terceiro e quarto anos e 25 % no último ano, com os
limites de 40 vezes o valor do IAS, 30 vezes o valor do IAS, 20 vezes o valor do IAS e 10 vezes o valor do IAS, respetivamente. (OE 2024)
6 - A isenção prevista nos números anteriores só pode ser utilizada uma vez pelo mesmo sujeito passivo.
7 - A identificação fiscal dos sujeitos passivos que concluam em cada ano um dos níveis de estudos a que se refere o n.º 1 é comunicada à Autoridade
Tributária e Aduaneira nos termos a definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da ciência, tecnologia e ensino
superior e da educação.
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