Fisc I Irs I 2024

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Fiscalidade I

Clara Gariso
Telma Lopes
Fevereiro de 2024
Imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares
Lei n.º 82/2023 de 29 de dezembro
OE 2024

Decreto Lei 442 – A/88 de 30 de Novembro

Entrada em vigor: 1 de Janeiro de 1989


Atualizações 2024
• (Aditada pela Lei n.º 56/2023, de 6 de outubro) Pacote mais
habitação
• Artigo 230.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares

• Os artigos 12.º -A, 12.º -B, 25.º, 53.º, 55.º, 57.º, 68.º, 70.º, 72.º, 76.º,
78.º, 78.º -D, 78.º -E, 78.º -F, 81.º, 87.º, 99.º, 101.º e 152.º do Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (Código do
IRS)
Atualizações 2024
• Salário minímo 820€ (Decreto-Lei 107/2023 de 17 de novembro)

• IAS 509,26€ (Portaria n.º 421/2023, de 11 de dezembro)


• IAS (Indexante de Apoios Socias)

• Subsídio de refeição 6€, desde abril de portaria 107 – A/ 2023


Características do imposto
• Pessoal – tem em consideração a capacidade contributiva do sujeito e
do seu agregado familiar.
• Direto –tributa manifestações imediatas de rendimentos
• Periódico – obrigação renovação de anualmente com a entrega da
modelo 3
• Progressivo: á medida que o rendimento aumenta, também aumenta
e taxa do imposto.
• Sobre o Rendimento
Esquema de cálculo do IRS
Rendimento Bruto de cada categoria
-
Englobamento
Deduções específicas de cada categoria
=
Rendimento Líquido de cada categoria

Rendimento Coletável
x
Taxas
=
Coleta
+
Tributação autónoma
=
Coleta Total
-
Deduções à coleta
-
Retenções na Fonte e pagamentos por conta
6
=
IRS a pagar ou receber
ENGLOBAMENTO (art.º 22 do CIRS)
1-O rendimento coletável em IRS é o que resulta do englobamento dos rendimentos das várias categorias auferidos em cada
ano, depois de feitas as deduções e os abatimentos previstos.

3 - Não são englobados para efeitos da sua tributação:


a) Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos não residentes em território português, com exceção das mais-valias
previstas nas alíneas a) e d) do n.º 1 do artigo 10.º que não sejam imputáveis a estabelecimento estável nele situado e
sem prejuízo do disposto nos n.os 13 e 14 do artigo 72.º(OE/2023)
b) Os rendimentos referidos nos artigos 71.º e 72.º auferidos por residentes em território português, sem prejuízo da
opção pelo englobamento e do englobamento obrigatório neles previsto.
4 - Ainda que não englobados para efeito da sua tributação, são sempre incluídos para efeito de determinação da taxa a
aplicar aos restantes rendimentos, os rendimentos isentos, quando a lei imponha o respetivo englobamento.
5 - Quando o sujeito passivo exerça a opção referida no n.º 3, fica, por esse facto, obrigado a englobar a totalidade dos
rendimentos da mesma categoria de rendimentos.
8 - Quando os dependentes, nas situações referidas no n.º 9 do artigo 13.º, tiverem obtido rendimentos devem os mesmos
ser incluídos na declaração do agregado em que se integram, ou serem divididos em partes iguais a incluir, respetivamente,
em cada uma das declarações, devendo para o efeito ser comunicado o agregado familiar no Portal das Finanças, até 15 de
fevereiro do ano seguinte àquele a que o imposto respeita, a existência de residência alternada prevista no referido acordo.
10 - Sempre que a lei imponha o englobamento de rendimentos auferidos por sujeitos passivos não residentes em território
português são tidos em consideração, para efeitos de determinação da taxa a aplicar de acordo com a tabela prevista no n.º 1
do artigo 68.º, todos os rendimentos auferidos, incluindo os obtidos fora deste território, nas mesmas condições que são
aplicáveis aos residentes. (OE/2023)
Rendimento Líquido
Rendimento Bruto de cada categoria

Deduções específicas de cada categoria

Rendimento Líquido de cada categoria


Deduções Específicas:
Chamam-se deduções específicas a certas quantias que, para efeitos
ficais, podem ser subtraídas aos rendimentos brutos de cada categoria.

Tais deduções podem revestir a natureza de contribuições, encargos,


despesas, custos, prejuízos, etc, estando em diversos casos sujeitos a
limites máximos fixados em quantitativo ou em percentagem.

Depois de feitas as deduções específicas obtém-se o rendimento líquido.


Categorias de Rendimentos : Art.º 1º: Incidência real:
o que está sujeito a imposto?

Categoria A - Rendimentos do trabalho dependente; 2º

Categoria B - Rendimentos empresariais e profissionais;3º

Categoria E - Rendimentos de capitais; 5º

Categoria F - Rendimentos prediais; 8º

Categoria G - Incrementos patrimoniais; mais valias


9º/10º

Categoria H – Pensões 11º.


Categoria A
Artigos: 2.º, 2 A, 24.º a 27.º(Profissões de desgaste
rápido: Deduções )
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

• 1 - Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas as remunerações pagas ou


postas à disposição do seu titular provenientes de:

• a) Trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo de contrato individual de trabalho ou de


outro a ele legalmente equiparado;
• ….
• c) Exercício de função, serviço ou cargo públicos;
• d) Situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva, com ou sem prestação de trabalho
Conceito de remuneração artigo 2º nº2
Remunerações:
• ordenados,
• salários,
• vencimentos,
• gratificações,
• percentagens,
• comissões,
• participações,
• subsídios ou prémios,
• senhas de presença,
• emolumentos,
• participações em multas e outras remunerações acessórias, ainda que periódicas,
fixas ou variáveis, de natureza contratual ou não.

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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

Situações equiparadas a trabalho dependente (n.º 3):


a) As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das
pessoas coletivas e entidades equiparadas, com exceção dos que
neles participem como revisores oficiais de contas;
b) As remunerações acessórias, nelas se compreendendo todos os
direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remuneração
principal que sejam auferidos devido à prestação de trabalho ou
em conexão com esta e constituam para o respetivo beneficiário
uma vantagem económica, designadamente:
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

1. Os abonos de família e respetivas prestações complementares….limites


2. O subsídio de refeição na parte em que exceder o limite legal ou vale de
refeição - 60% (6€ e 9,60)
3. As importâncias despendidas, obrigatória ou facultativamente, pela entidade
patronal:
i. Com seguros e operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de
pensões, fundos de poupança reforma ou quaisquer regimes
complementares de segurança social, desde que constituam direitos
adquiridos e individualizados dos respetivos beneficiários;

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Subsídio de alimentação
• Exemplo 1 sem vale refeição:
• Óscar, recebe mensalmente, 1000€ e 10€/dia subsídio de alimentação
• 20 dias
• Excluída de tributação 6€*20=120€
• Parte tributada: (10€-6€)*20=80€
• Valor mensal sujeito a IRS: 1.080,00€

• Exemplo 2 com vale refeição: limite:5,2*1,6=8,32


• Dino, recebe mensalmente, 1000€ e 10€/dia subsídio de alimentação, em vale
refeição
• Excluída de tributação 6€*1,6=9,6€*20=192
• Parte tributada: (10€-9,6)*20=8€
• Valor mensal sujeito a IRS: 1.008,00€

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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

4) Os subsídios de residência ou equivalentes ou a utilização de casa de habitação


fornecida pela entidade patronal;

5) Os resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior à de referência


para o tipo de operação em causa, concedidos ou suportados pela entidade patronal,
com exceção dos que se destinem à aquisição de habitação própria permanente de
valor não superior a € 180 426,40 e cuja taxa não seja inferior a 70 %;

6) As importâncias despendidas pela entidade patronal com viagens e estadas, de


turismo e similares, não conexas com as funções exercidas pelo trabalhador ao serviço
da mesma entidade;

7) Os ganhos derivados de planos de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de


efeito equivalente, sobre valores mobiliários;

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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

8) Os rendimentos, em dinheiro ou em espécie, pagos ou colocados à disposição a título


de direito a rendimento inerente a valores mobiliários;

9) Os resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador ou membro de órgão social de


viatura automóvel que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo
escrito entre o trabalhador ou membro do órgão social e a entidade patronal sobre a
imputação àquele da referida viatura automóvel;

10)Os resultantes da aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão social, por preço
inferior ao valor de mercado, de qualquer viatura que tenha originado encargos para a
entidade patronal;

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Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º
c) Os abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha de movimentar numerário,
na parte em que excedam 5 % da remuneração mensal fixa;

d) As ajudas de custo* e as importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio** em


serviço da entidade patronal, na parte em que ambas excedam os limites legais;

e) Quaisquer indemnizações resultantes da constituição, extinção ou modificação de relação


jurídica que origine rendimentos do trabalho dependente….
(…)
b) Na parte que exceda o valor correspondente ao valor médio das remunerações regulares
com carácter de retribuição sujeitas a imposto, auferidas nos últimos 12 meses, multiplicado
pelo número de anos ou fração de antiguidade ou de exercício de funções na entidade
devedora, nos demais casos, salvo quando nos 24 meses seguintes seja criado novo vínculo
profissional ou empresarial, independentemente da sua natureza, com a mesma entidade,
caso em que as importâncias serão tributadas pela totalidade
*A ajuda de custo serve para cobrir serviços do trabalhador em representação da empresa.
** Compensação pela deslocação do funcionário em viatura própria.

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Km e ajudas de custo, valores 2024
• €0,40 por quilómetro deslocação em viatura própria

• Deslocações nacionais:
• Trabalhadores: €62,75
• Membros do governo: €69,19
• Deslocações internacionais:
• Trabalhadores: €148,91
• Membros do governo: €167,07
Decreto-Lei n.º 106/98
1 - O abono da ajuda de custo corresponde ao pagamento de uma parte da importância diária que estiver fixada ou da sua
totalidade, conforme o disposto nos números seguintes.

2 - Nas deslocações diárias, abonam-se as seguintes percentagens da ajuda de custo diária:


• a) Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 13 e as 14 horas - 25%;
• b) Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 20 e as 21 horas - 25%;
• c) Se a deslocação implicar alojamento - 50%.
3 - As despesas de alojamento só são consideradas nas deslocações diárias que se não prolonguem para o dia seguinte,
quando o funcionário não dispuser de transportes colectivos regulares que lhe permitam regressar à sua residência até
às 22 horas.
4 - Nas deslocações por dias sucessivos abonam-se as seguintes percentagens da ajuda de custo diário:
• a) Dia da partida: (ver tabela no documento original) b) Dia de regresso: (ver tabela no documento original) c) Restantes
dias - 100%.
• 5 - Atendendo a que as percentagens referidas nos n.os 2 e 4 correspondem ao pagamento de uma ou duas refeições
e alojamento, não haverá lugar aos respectivos abonos quando a correspondente prestação seja fornecida em espécie.
Exemplos:
• Márcia, tesoureira na ULHT, aufere uma remuneração mensal de
900€. Recebe ainda um abono para falhas de 80€ por mês. Qual o
montante mensal sujeito a tributção?

• Limite: 5%*€900=€45 (excluído de tributação)


• Valor tributado: €80-€45=€35
• Valor total sujeito a tributação: €900+€35=€935
https://www.economias.pt/ajudas-de-custo/
• As ajudas de custo são montantes pagos para cobrir serviços do trabalhador em representação da
empresa, como deslocações, refeições, dormidas ou estadas. Decorrem de legislação aplicável ao setor
público e os valores são atualizados anualmente por Portaria, o que não tem acontecido nos últimos
anos.
• As ajudas de custo são definidas para o setor público, mas o setor privado usa-as como referência. Os
patamares definidos são os máximos isentos de imposto para o trabalhador. Pode ainda haver
tributação autónoma sobre as empresas.
• Valor do subsídio de transporte
• O subsídio de transporte varia com o número de quilómetros percorridos, o veículo utilizado e,
quando alugado, o número de colaboradores que o utilizam.
Exemplos:
1. Quézia, é secretária de Direção na empresa Gama. Em janeiro de 2024 no âmbito das suas funções deslocou-se a Luanda 5
dias Recebeu 500€ de ajudas de custo. Qual o valor tributado e qual o valor excluído de tributação?
Trata-se de uma deslocação ao estrangeiro. O limite para a ajuda de custo, no estrangeiro, para Trabalhadores em geral em funções
públicas que serve de referência para o setor privado é de €148,91.
• Assim, €148,91*5 dias=744,55 (valor excluído de tributação)
• Valor a tributar €0

2. Mirian, é contabilista certificada na empresa Gama sediada em Lisboa. Em janeiro de 2024 no âmbito das suas funções
deslocou-se a Faro 2 dias Recebeu 150€ de ajudas de custo. Qual o valor tributado e qual o valor excluído de tributação?
Trata-se de uma deslocação dentro do território Nacional. O limite para a ajuda de custo, neste caso, para Trabalhadores em geral
em funções públicas que serve de referência para o setor privado é de €62,75.
• Assim, €62,75*2 dias=€125,50 (valor excluído de tributação)
• Valor a tributar €150-125,50=€24,50
3. Vanyla, é comercial na empresa Opticália sediada em Lisboa. Em janeiro de 2024 no âmbito das suas funções efetuou várias
deslocações em viatura própria, totalizando 900km. A empresa atribuiu uma compensação de 0,40€ por Km. Qual o valor tributado
e qual o valor excluído de tributação?
• O subsídio de transporte varia com o número de quilómetros percorridos. Neste caso, o valor da compensação foi de
900km*€0,40=€360
• Valor exluído de tributação: 900km*€0,40=€360
• Valor a tributar: €0
Artigo 2.º-A Delimitação negativa dos rendimentos da
categoria A : não são tributadas
1- Não se consideram rendimentos do trabalho dependente:
a) As prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes obrigatórios de
segurança social, que visem assegurar reforma, invalidez ou sobrevivência;
b) Os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidade social e de
lazer mantidas pela entidade patronal,
c) As prestações relacionadas exclusivamente com ações de formação profissional dos
trabalhadores,
d) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com a aquisição de passes sociais
a favor dos seus trabalhadores, desde que a atribuição dos mesmos tenha carácter
geral;
e) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença
em benefício dos seus trabalhadores ou respetivos familiares desde que a atribuição
dos mesmos tenha carácter geral;
f) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com encargos, indemnizações ou
compensações, pagos no ano da deslocação, em dinheiro ou em espécie, devidos pela
mudança do local de trabalho, quando este passe a situar-se a uma distância superior a
100 km do local de trabalho anterior, na parte que não exceda 10 % da remuneração
anual, com o limite de € 4 200 por ano

25
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

Exemplo 1:

•Remuneração mensal: 1.200€


•Subsídio de deslocação mensal :450€
•Remuneração anual:1200*14=16.800
•Limite: €16800*10%=€1.680

•Subsídio anual:450*12=€5.400
•Limite=€1.680
•Serão excluídos €1680
•Serão tributados : €5400-€1.680=€3.720

•Exemplo 2:
•Remuneração mensal: €4.500
•Subsídio deslocação mensal :€450
•Remuneração anual: 4500*14=63.000
•Limite €63.000*10%=6300, mas este valor será desconsiderado porque ultrapassa €4.200€

•Subsídio anual:€450*12=€5.400
•Limite=€4.200
•Serão excluídos: €4.200
•Serão tributados : €5.400-€4200=€1.200
Categoria A
Rendimentos do trabalho dependente - Art. 2º

Quantificação dos rendimentos em espécie:

Art.º 24 CIRS
Artigo 24.º
Rendimentos em espécie

1 - A equivalência pecuniária dos rendimentos em espécie faz-se de acordo com as seguintes regras,
de aplicação sucessiva:

a) Pelo preço tabelado oficialmente;

b) Pela cotação oficial de compra;

c) Tratando-se de géneros, pela cotação de compra na bolsa de mercadorias de Lisboa ou, não
existindo essa cotação, pelo preço médio do respetivo ano ou do último determinado e que
constem da estiva camarária;

d) Pelos preços de bens ou serviços homólogos publicados pelo Instituto Nacional de Estatística;

e) Pelo valor de mercado, em condições de concorrência.

28
Art.º 24 CIRS
• 5 - Quando se tratar da atribuição do uso de viatura automóvel
pela entidade patronal, o rendimento anual corresponde ao
produto de 0,75 % do seu valor de mercado, reportado a 1 de
janeiro do ano em causa, pelo número de meses de utilização da
mesma.

• Cássia, financeira na ULHT, teve à sua disposição uma viatura


BMW, no valor de 35.000€, durante todo o ano de 2023.
Quantifique este rendimento.

• Rendimento=35.000*0,75%*12=3.150€

29
Categoria A
Dedução Específica - Art. 25, 26, 27º
1 - Aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se, até à sua concorrência, e por cada titular que os tenha auferido, os
seguintes montantes:

a) (euro) 4 104;

b) As indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade patronal por rescisão unilateral do contrato individual de trabalho sem
aviso prévio em resultado de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado ou, nos restantes casos, a indemnização de
valor não superior à remuneração de base correspondente ao aviso prévio;

c) As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade,
habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam, em relação a cada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto
desta categoria, sendo acrescidas de 100 %. (OE 2024)

Se, porém, as contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais de saúde excederem o limite
fixado na alínea a) do número anterior, aquela dedução é pelo montante total dessas contribuições.

A dedução prevista na alínea a) do n.º 1 pode ser elevada até 75 % de 12 vezes o valor do IAS desde que a diferença resulte de
quotizações para ordens profissionais suportadas pelo próprio sujeito passivo e indispensáveis ao exercício da respetiva atividade
desenvolvida exclusivamente por conta de outrem.
Exemplo:
Rendimento Bruto 20.000€
Descontos para Segurança Social 2.200€
Quotas Sindicais 0€
Quotas Ordens Profissionais 0

RB=20.000
SS=2.200€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 1, a) = 4.104€
+

Rend. Liq. = 20.000€ - 4.104€ = 15.896€

31
Exemplo:
Rendimento Bruto 50.000€
Descontos para Segurança Social 5.500€
Quotas Sindicais 0€
Quotas Ordens Profissionais 0

RB=20.000
SS=5.500€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 2) = 4.104€
+

Rend. Liq. = 50.000€ - 5.500€ = 44.500€

32
Exemplo:
Rendimento Bruto 20.000€
Descontos para Segurança Social 2.200€
Quotas Sindicais 100€
Quotas Ordens Profissionais 0

Artigo 25º nº1 c) As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios de saúde,
educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam, em relação a
cada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto(LIMITE) desta categoria, sendo acrescidas de 100 %

RB=15000
SS=1650
SIND=100€
Dedução Especifica = art. 25º, nº 1, a) = 4.104€
+
= art. 25º, nº 1, c) = € *
4.304€
*1% x 20.000€ = 200€(limite é de 1% do RB)
Majoração = 100€ x 2 = 200€

Rend. Liq. = 20.000€ - 4.304€ = 15.696€


33
Categoria B
• Artigos: 3, 4, 20, 28 a 39
Categoria B
Rendimentos Empresariais e Profissionais – Art.º 3

Rendimentos provenientes de:


Actividades comerciais, industriais, agrícola, silvícola ou pecuária;
Atividades de prestação de serviços
(Portaria 1011/2001, de 21 de Agosto);
Propriedade intelectual ou industrial, quando auferidos pelo titular originário
(abrange quer rendimentos obtidos com a cedência temporária quer com a sua
alienação);
Outros rendimentos conexos com as atividades
Atos isolados
Rendimentos imputados da transparência fiscal – estes rendimentos são
integrados na Cat. B como rendimentos líquidos (art. 20º, nº 2)
Categoria B
Rendimentos Empresariais e Profissionais – Art.º 3

c) As mais-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais,


definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, designadamente as resultantes da transferência para o
património particular dos empresários de quaisquer bens, com exceção dos bens imóveis, afetos ao ativo da
empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas condições, decorram das
operações referidas no n.º 1 do artigo 10.º, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos
empresariais e profissionais; (Lei n.º 75-B/2020)

• Subsídios e subvenções;

• …..
6 - Os rendimentos referidos neste artigo ficam sujeitos a tributação desde o momento em que para efeitos de
IVA seja obrigatória a emissão de fatura ou documento equivalente ou, não sendo obrigatória a sua emissão,
desde o momento do pagamento ou colocação à disposição dos respetivos titulares, sem prejuízo da aplicação
do disposto no artigo 18.º do Código do IRC, sempre que o rendimento seja determinado com base na
contabilidade.

36
Categoria B
Rendimentos Empresariais e Profissionais – Art.º 3

10 - No caso de transferência para o património particular do sujeito passivo de bens imóveis que
tenham estado afetos à sua atividade empresarial e profissional com determinação dos
rendimentos com base na contabilidade, quando tenham sido praticadas depreciações ou
imparidades, os correspondentes gastos fiscalmente aceites durante o período em que o imóvel
esteve afeto à atividade devem ser acrescidos, em frações iguais, ao rendimento do ano em que
ocorra a transferência e em cada um dos três anos seguintes. (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)

11 - O montante total apurado nos termos do número anterior acresce ao valor de aquisição para a
determinação de quaisquer mais-valias sujeitas a imposto. (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)

Operações relacionadas com a emissão de criptoativos, incluindo a mineração, ou a validação de transações de criptoativos através de
mecanismos de consenso. (OE 2023)

37
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável (Art 28)

Regimes Principais:
• Regime simplificado de tributação,
• Contabilidade Organizada

Outros Regimes
• Atos isolados (art.º 30),
Dispensa de contabilidade organizada;
Aplicam-se os coeficientes previstos para o regime simplificado até
200.000€;

• Regras da Categoria A, serviços prestados a uma única entidade,


(n.º 8 do art.º 28)
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável (Artº 28)

Regime simplificado de tributação:


• Montante anual ilíquido de rendimentos desta categoria N-1 < € 200.000
(n.º 2 do art.º 28);

• Podem optar pela determinação dos rendimentos com base na


contabilidade (n.º 3 e 4 do art.º 28);

• No exercício de início de atividade: valor anual de rendimentos estimado,


caso não seja exercida a opção pela contabilidade organizada.
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável

• Regime simplificado de tributação (Art.º 31): Aplicação de coeficientes…..


a) 0,15 às vendas de mercadorias e produtos, bem como às prestações de serviços efetuadas no âmbito de atividades de restauração e
bebidas e de atividades hoteleiras e similares, com exceção daquelas que se desenvolvam no âmbito da atividade de exploração de
estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento;
b) 0,75 aos rendimentos das atividades profissionais especificamente previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º;
c) 0,35 aos rendimentos de prestações de serviços não previstos nas alíneas anteriores;
d) 0,95 aos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou utilização temporária da propriedade intelectual ou
industrial ou a prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico, aos
rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, ao resultado positivo de
rendimentos prediais, ao saldo positivo das mais e menos-valias e aos restantes incrementos patrimoniais e criptoativos;
e) 0,30 aos subsídios ou subvenções não destinados à exploração;
f) 0,10 aos subsídios destinados à exploração e restantes rendimentos da categoria B não previstos nas alíneas anteriores;
g) 1 aos rendimentos decorrentes de prestações de serviços efetuadas pelo sócio a uma sociedade abrangida pelo regime da transparência
fiscal, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º do Código do IRC.
• h)0,50 aos rendimentos da exploração de estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento, localizados em
área de contenção. Oe 2020
Exemplo:
O Paulo Freitas , arquiteto de interiores de profissão, exerce a atividade por conta própria. Sabendo que obteve rendimentos de
170.500 euros até ao final de n-1, dos quais 50.000 resultam da venda de diversos artigos de decoração, cujo custo de aquisição
ascendeu a € 40.000, e no âmbito da sua atividade suportou gastos na quantia de € 100.000, totalizando assim gastos totais de €
140.000, apure o rendimento líquido desta categoria aplicando:
- o regime simplificado;
- 50. 000€ vendas – rendimento empresarial
- 170.500-50.000=120.500 – rendimentos profissionais
Art. 31º, nº 1, b) = 75% x 120.500€ = 90.375€ - pq se trata de uma atividade profissional, código 1001 do artigo 151º
Art. 31º, nº 1, a) = 15% x 50.000€ = 7.500€
Rend. Liq. = 90.375+7.500=97.875€
Rendimento liquido total=97.875*taxa imposto, sujeitos a englobamento….

- Contabilidade organizada.

Rend. Liq. = Art. 32º = 170.500€ - (40.000€ + 100.000€) = 30.500€* taxa imposto

41
Exemplo:
• O que aconselharia a Paulo Freitas? Fundamente.

42
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável
• 13 - A dedução ao rendimento que decorre da aplicação dos coeficientes previstos
nas alíneas b) e c) do n.º 1 está parcialmente condicionada à verificação de despesas
e encargos efetivamente suportados, acrescendo ao rendimento tributável
apurado nos termos dos números anteriores a diferença positiva entre 15 % dos
rendimentos brutos das prestações de serviços previstas naquelas alíneas e o
somatório das seguintes importâncias: (N.º aditado pela Lei n.º 114/2017, de 29 de
dezembro)
• a) Montante de dedução específica previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º
(4104€) ou, quando superior, os montantes comprovadamente suportados com
contribuições obrigatórias para regimes de proteção social, conexas com as
atividades em causa, que não sejam dedutíveis nos termos do n.º 2; (4104 ou cont
Seg. social)
• b) Despesas com pessoal e encargos a título de remunerações, ordenados ou
salários, comunicados pelo sujeito passivo à Autoridade Tributária e Aduaneira nos
termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 119.º;
• c) Rendas de imóveis afetas à atividade empresarial ou profissional que constem de
faturas e outros documentos, comunicados à Autoridade Tributária e Aduaneira, nos
termos previstos no n.º 2 do artigo 78.º-E;

43
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável

• d) 1,5 % do valor patrimonial tributário dos imóveis afetos à atividade empresarial ou


profissional ou, quanto aos imóveis afetos a atividades hoteleiras ou de alojamento
local, 4 % do respetivo valor patrimonial tributário, de que o sujeito passivo seja o
proprietário, usufrutuário ou superficiário;
• e) Outras despesas com a aquisição de bens e prestações de serviços relacionadas com a
atividade, que constem de faturas comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira nos
termos do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, ou emitidas no Portal das
Finanças, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º, designadamente despesas
com materiais de consumo corrente, eletricidade, água, transportes e comunicações,
rendas, contencioso, seguros, rendas de locação financeira, quotizações para ordens e
outras organizações representativas de categorias profissionais respeitantes ao sujeito
passivo, deslocações, viagens e estadas do sujeito passivo e dos seus empregados;
• f) Importações ou aquisições intracomunitárias de bens e serviços relacionados com a
atividade.

14 - As despesas e encargos previstos nas alíneas c), d) e e) do número anterior quando
apenas parcialmente afetos à atividade empresarial e profissional são considerados em
apenas 25 %

44
EXEMPLO
O Sr. João Aniceto é contabilista certificado (trabalhador independente) desde 2014, enquadrado, para
efeitos de IRS, no regime simplificado de tributação, com residência fiscal no Porto, cujo imóvel do qual é
proprietário, é, simultaneamente, utilizado para o seu escritório.
Foram apurados os seguintes elementos, relacionados com o exercício da referida atividade, ao longo do
ano de 2019:
• Rendimentos provenientes exclusivamente da atividade: 40 000 EUR.
• Despesas parcialmente afetas à atividade e como tal comunicadas no Portal das Finanças (água, luz e
comunicações): 1 000 EUR.
• Valor Patrimonial Tributário do referido imóvel: 100 000 EUR. Face ao exposto, o rendimento líquido
respeitante à referida atividade que deveria ser englobado no exercício de 2019, para efeitos de IRS, é de:

RESPOSTA: 31 271 EUR.

45
EXEMPLO-RESOLUÇÃO
• Aplicar o n.º 13 e 14 do art 31º do CIRS
• ….
a) Montante de dedução específica previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º (4104 ou
cont para Seg.Social)…
d) …1,5 % do valor patrimonial tributário dos imóveis afetos à atividade empresarial ou
profissional
• 14 - As despesas e encargos previstos nas alíneas c), d) e e) do número anterior quando
apenas parcialmente afetos à atividade empresarial e profissional são considerados em
apenas 25 %
40.000*0,75=30.000 (por se tratar de atividade profissional, prevista na lista anexa ao
artigo 151º do CIRS)
• 25% x (1,5% x 100000 + 1000) +4104 = 4729
• 15% x 40.000 = 6000
• 6000 - 4729 = 1271
• 30.000 + 1271 = 31.271

46
Categoria B
Determinação do Rendimento Tributável

Contabilidade Organizada (Art.º 32 e 33):


Para além das limitações previstas no Código do IRC, não são dedutíveis:

•As remunerações dos titulares de rendimentos da categoria B, assim


como outras prestações a título de ajudas de custo, utilização de viatura
própria ao serviço da atividade, subsídios de refeição e outras prestações
de natureza remuneratória, não são dedutíveis para efeitos de
determinação do rendimento da referida categoria.

•Quando o sujeito passivo afete à sua atividade empresarial e profissional


parte do imóvel destinado à sua habitação, os encargos dedutíveis com
ela conexos referentes a amortizações ou rendas, energia, água e telefone
fixo não podem ultrapassar 25 % das respetivas despesas devidamente
comprovadas.
Categoria E
• Artigos: 5, 6, 40, 40 A, 40 B
Categoria E
Rendimentos de Capitais - Art.º 5

Consideram-se rendimentos de capitais:


• Todos os frutos e demais vantagens económicas,
• Qualquer que que seja a sua natureza/ denominação,
• Sejam pecuniários ou em espécie,
• Procedentes de elementos patrimoniais, bens, direitos ou
situações jurídicas, de natureza mobiliária, bem como da respetiva
modificação, transmissão ou cessação
• Com exceção dos que são tributados noutras categorias.
Categoria E
Rendimentos de Capitais - Art.º 5

Exemplos:
Juros / Lucros e adiantamento sobre lucros
Instrumentos de aplicação financeira
 Títulos de dívida pública/ Obrigações / Certificados de depósito
 Unidades de participação em fundos
Outros
 Uso ou concessão do uso de equipamento agrícola/ industrial,
comercial ou científico;
 Cedência de equipamentos e redes informáticas, incluindo
transmissão de dados ou disponibilização de capacidade informática
instalada em qualquer das suas formas possíveis;
 Cessão temporária de direitos de propriedade intelectual/ industrial,
quando não auferido pelo titular originário;
Categoria E
Deduções Específicas:

NÃO HÁ DEDUÇÕES ESPECÍFICAS

Notas:
 Os lucros devidos por pessoas coletivas sujeitas e não isentas do IRC são, no caso de opção pelo
englobamento, considerados em apenas 50 % do seu valor.
 Tributação-regra: rendimentos reais e efetivos.
 Exceção: “presunções legais” (são ilidíveis, isto é, “juris tantum”) – Art.º 6.º e 40.º

51
Categoria F – artigo 8º do CIRS

• Artigos: 8, 41
Categoria F – artigo 8º do CIRS

Rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos


Categoria F – artigo 8º do CIRS
Consideram-se rendas:
As importâncias relativas à cedência do uso do prédio ou de parte dele e aos serviços
relacionados com aquela cedência;
As importâncias relativas ao aluguer de maquinismos e mobiliários instalados no imóvel
locado;
A diferença, auferida pelo sublocador, entre a renda recebida do subarrendatário e a paga ao
senhorio;
As importâncias relativas à cedência do uso, total ou parcial, de bens imóveis, para quaisquer
fins especiais, designadamente publicidade;
As importâncias relativas à cedência do uso de partes comuns de prédios em regime de
propriedade horizontal;
As importâncias relativas à constituição, a título oneroso, de direitos reais de gozo temporários,
ainda que vitalícios, sobre prédios rústicos, urbanos ou mistos;
As indemnizações que visem compensar perdas de rendimentos desta categoria.
As importâncias relativas aos contratos de direito real de habitação duradoura (2020)
Categoria F – artigo 8º do CIRS

5 - Os rendimentos decorrentes de contratos de direito real de habitação duradoura ficam sujeitos


a tributação:

a) Desde o seu recebimento ou colocação à disposição na parte respeitante ao pagamento da


prestação pecuniária mensal;

b) Desde o momento em que a prestação pecuniária anual constitua rendimento ou seja deduzida
pelo proprietário em virtude do não cumprimento pelo morador das suas obrigações nos termos
previstos no diploma que cria o direito real de habitação duradoura, na parte respeitante à caução
inicial.

55
Categoria F – artigo 8º do CIRS
Dedução específica 41º

Aos rendimentos brutos prediais deduzem-se:

Ä Todos os gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obter ou garantir tais
rendimentos, com exceção dos gastos de natureza financeira, dos relativos a depreciações e dos
relativos a mobiliário, eletrodomésticos e artigos de conforto ou decoração, bem como do
adicional ao imposto municipal sobre imóveis;
Ä No caso de fração autónoma de prédio em regime de propriedade horizontal, são dedutíveis,
relativamente a cada fração ou parte de fração, outros encargos que, nos termos da lei, o
condómino deva obrigatoriamente suportar e que sejam efetivamente pagos pelo sujeito
passivo.

56
Categoria F – artigo 8º do CIRS
Dedução específica

Aos rendimentos brutos prediais deduzem-se:

Ä O imposto municipal sobre imóveis e o imposto do selo, pagos em determinado ano, apenas
são dedutíveis quando respeitem a prédio ou parte de prédio cujo rendimento seja objeto de
tributação nesse ano fiscal;
Ä Podem ainda ser deduzidos gastos suportados e pagos nos 24 meses anteriores ao início do
arrendamento relativos a obras de conservação e manutenção do prédio, desde que entretanto o
imóvel não tenha sido utilizado para outro fim que não o arrendamento.
Ä Os gastos referidos nos números anteriores devem ser documentalmente comprovados.
Ä Sublocação: não beneficia de qualquer dedução.

57
Exemplo Categoria F
Manuel é proprietário de um imóvel em Leiria. Durante o ano de 2022 efetuou obras de
remodelação no valor de 5000€. Anualmente suporta com condomínio 600€ e com IMI 525€.
Arrendou o Imóvel em novembro de 2022 a Inês por 550€/mês. Nessa data suportou com o
contrato de arrendamento imposto de selo no valor de 55€. Para que Inês pudesse utilizar a casa
nas devidas condições Manuel, equipou a cozinha com frigorifico, fogão e alguns outros
pequenos eletrodomésticos, tendo suportado na WORTEN 2500€. Manuel habitou no imóvel até
à realização das obras para colocar o imóvel no mercado de arrendamento.
Apure o rendimento coletável em 2022 e em 2023

2022 2023 ARTIGO 41º nº7 e 55º


RB=550*2=1.100€ RB=550*12=6600
Despesas=5000+50*2+(525/12*2)+55 DEDUÇÃO=4142,5+50*12+525
Despesas=5242,50 DEDUÇÃO=5267,5
RL=1100-5242,5 RL=6600-5267,5
RL=-4142,5 (pode ser reportado nos RL=1.332,5
termos do artigo 55º, durante 6 anos,
58
até 2028)
Exemplo categoria F
• O resultado líquido negativo da categoria F obtido por um sujeito passivo de IRS
residente em Portugal, pode ser reportado para períodos seguintes.

• Artigo 55º Reporte de perdas


• O resultado líquido negativo apurado em determinado ano na categoria F só
pode ser reportado aos seis anos seguintes àquele a que respeita;

59
Categoria G- Incrementos patrimoniais – artigo 9º

• Artigos: 9, 10, 42 a 52
Categoria G- Incrementos patrimoniais – artigo 9º

 Mais-valias;
 Indemnizações:
Danos não patrimoniais, a menos que sejam fixadas por
decisão judicial ou arbitral ou por transação;
Danos emergentes não comprovados, e lucros cessantes,
 Importâncias atribuídas em virtude da assunção de
obrigações de não concorrência
• As indemnizações devidas por renúncia onerosa a posições contratuais
ou outros direitos inerentes a contratos relativos a bens imóveis
 Acréscimos patrimoniais não justificados
Mais-valias:

62
Mais valias artigo 10º
1 - Constituem mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos
empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem de:
1. Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis,
2. Alienação onerosa de partes sociais e de outros valores mobiliários
3. Alienação onerosa da propriedade intelectual ou industrial ou de experiência
adquirida no setor comercial, industrial ou científico, quando o transmitente não seja
o seu titular originário;
4. Cessão onerosa de posições contratuais ou outros direitos inerentes a contratos
relativos a bens imóveis;
5. Operações relativas a instrumentos financeiros derivados, com exceção dos ganhos
previstos na alínea do n.º 2 do artigo 5.º;
6. Operações relativas a warrants autónomos, quer o warrant seja objeto de negócio
de disposição anteriormente ao exercício ou quer seja exercido, neste último caso
independentemente da forma de liquidação;
7. Operações relativas a certificados que atribuam ao titular o direito a receber um
valor de determinado ativo subjacente, com exceção das remunerações previstas na
alínea r) do n.º 2 do artigo 5.º;
8. Cessão onerosa de créditos, prestações acessórias e prestações suplementares.

63
Mais valias artigo 10º

Afetação de quaisquer bens do património particular, com exceção dos bens


imóveis, a atividade empresarial e profissional exercida em nome individual pelo
seu proprietário.

3 - Os ganhos consideram-se obtidos no momento da prática dos atos previstos no n.º 1, sem
prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:
a) Nos casos de promessa de compra e venda ou de troca, presume-se que o ganho é obtido logo
que verificada a tradição ou posse dos bens ou direitos objeto do contrato;
b) Nos casos de afetação de quaisquer bens do património particular a atividade empresarial e
profissional exercida pelo seu proprietário, prevista na alínea i) do n.º 1, o ganho só se considera
obtido no momento da ulterior alienação onerosa dos bens em causa ou da ocorrência de outro
facto que determine o apuramento de resultados em condições análogas;
c) Nos contratos de permuta de bens presentes por bens futuros, a tributação apenas ocorre no
momento da celebração do contrato que formaliza a aquisição do bem futuro, ou no momento da
sua tradição, se anterior.

64
Mais- valias artigo 10º
(…)5 - São excluídos da tributação os ganhos provenientes da transmissão
onerosa de imóveis destinados a habitação própria e permanente do sujeito
passivo ou do seu agregado familiar, desde que verificadas, cumulativamente,
as seguintes condições:
a) O valor de realização, deduzido da amortização de eventual empréstimo
contraído para a aquisição do imóvel, seja reinvestido na aquisição da
propriedade de outro imóvel, de terreno para construção de imóvel e ou
respetiva construção, ou na ampliação ou melhoramento de outro imóvel
exclusivamente com o mesmo destino situado em território português ou
no território de outro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
Económico Europeu, desde que, neste último caso, exista intercâmbio de
informações em matéria fiscal;
b) O reinvestimento previsto na alínea anterior seja efetuado entre os 24
meses anteriores e os 36 meses posteriores contados da data da
realização;
c) O sujeito passivo manifeste a intenção de proceder ao reinvestimento,
ainda que parcial, mencionando o respetivo montante na declaração de
rendimentos respeitante ao ano da alienação;

65
Mais valias artigo 10º

• 5 - São excluídos da tributação…


• e) O imóvel transmitido tenha sido destinado a habitação própria e
permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar,
comprovada através do respetivo domicílio fiscal, nos 24 meses
anteriores à data da transmissão; (Aditada pela Lei n.º 56outubro)/2023, de 6 de outubro

• f) Os sujeitos passivos não tenham beneficiado, no ano da obtenção


dos ganhos e nos três anos anteriores, do presente regime de
exclusão, sem prejuízo da comprovação pelo sujeito passivo, efetuada
em procedimento de liquidação, de que a não observância da
presente condição se deveu a circunstâncias excecionais
outubro
. (Aditada pela Lei n.º 56outubro)/2023, de 6 de
Mais- valias artigo 10º

6 - Não haverá lugar ao benefício referido no número anterior quando:

a) Tratando-se de reinvestimento na aquisição de outro imóvel, o adquirente o não afete à


sua habitação ou do seu agregado familiar, até decorridos doze meses após o
reinvestimento; Domicílio fiscal!!!
b) Nos demais casos, o adquirente não requeira a inscrição na matriz do imóvel ou das
alterações decorridos 48 meses desde a data da realização, devendo afetar o imóvel à sua
habitação ou do seu agregado até ao fim do quinto ano seguinte ao da realização
c) ....
d) Os imóveis que tenham beneficiado de apoio não reembolsável concedido pelo Estado

67
Mais- valias artigo 10º

❑ Regime transitório do artigo 5.º do Decreto-Lei


n.º 442-A/88, de 30 de Novembro
 Aquisições de bens antes de 1.01.89, cuja alienação não estava sujeita a Imposto de Mais-
valias.
 A data de aquisição de ações resultantes de transformação de sociedade por quotas em
anónima é a data de aquisição das quotas que lhes derem origem (art. 43º, nº 4, al. b))

❑ Regime do reinvestimento – artigo 10º, nº 5

❑MVC=Valor de realização-valor de aquisição


❑MVF= Valor de realização-valor de aquisição * coeficientes de desvalorização da moeda
Exemplo
1)Em 1990, Jéssica, adquiriu um imóvel por 50.000€. Em 2023, vendeu
por 130.000.
MVC =Valor de realização - Valor de aquisição
MVC= (130.000€-50.000€)=80.000€
MVF=130.000-50.000*2,52 (coef desv moeda para 1990)
MVF=130.000-126.000
MVF=4.000€, 43ºnº2 b) apenas são tributados 50%, 2000€*50%=1000
75000/130000=50%
2) Em 2005, Laércio, adquiriu um imóvel por 150.000€. Em 2023, vendeu
por 230.000.
MVC = 230.000-150.000=80.000
MVF=230.000-150.000*1,31
MVF=230.000-196.500
MVF=33.500€, 43ºnº2 b) apenas são tributados 50%, 16.750€
69
Mais- valias artigo 10º
Os ganhos previstos no n.º 5 são igualmente excluídos de tributação, desde que verificadas,
cumulativamente, as seguintes condições:
a) O valor de realização, deduzido da amortização de eventual empréstimo contraído para a aquisição
do imóvel e, se aplicável, do reinvestimento previsto na alínea a) do n.º 5, seja utilizado para a
aquisição de um ou mais de um dos produtos seguintes:
i) Contrato de seguro financeiro do ramo vida;
ii) Adesão individual a um fundo de pensões aberto;
iii) Contribuição para o regime público de capitalização

b) O sujeito passivo ou o respetivo cônjuge ou unido de facto, na data da transmissão do imóvel,


se encontre, comprovadamente, em situação de reforma ou tenha, pelo menos, 65 anos de
idade; (OE2021)
c) A aquisição do contrato de seguro financeiro do ramo vida, a adesão individual a um fundo de
pensões aberto ou a contribuição para o regime público de capitalização seja efetuada nos seis
meses posteriores contados da data de realização;
d) Sendo o investimento realizado por aquisição de contrato de seguro financeiro do ramo vida
ou da adesão individual a um fundo de pensões aberto, estes visem, exclusivamente,
proporcionar ao adquirente ou ao respetivo cônjuge ou unido de facto uma prestação regular
periódica durante um período igual ou superior a 10 anos, de montante máximo anual igual a 7,5
% do valor investido;

70
Mais- valias artigo 10º

• 16 - Os ganhos obtidos com a alienação onerosa de direitos reais sobre bens


imóveis que tenham estado afetos à atividade empresarial e profissional do
sujeito passivo são tributados de acordo com as regras da categoria B, caso a
alienação ocorra antes de decorridos três anos após a transferência para o
património particular do sujeito passivo.
• (OE 2021)

71
Incrementos patrimoniais – Dedução específica

Artigo 42.º Deduções

Sem prejuízo do disposto relativamente às mais-valias, não são feitas quaisquer


deduções aos restantes rendimentos qualificados como incrementos patrimoniais.

72
Mais- valias artigo 10º -Deduções

Artigo 43.º Mais-valias

• 1 - O valor dos rendimentos qualificados como mais-valias é o correspondente ao


saldo apurado entre as mais-valias e as menos-valias realizadas no mesmo ano,
determinadas nos termos dos artigos seguintes.
• ….
• Apenas considerado em 50% do seu valor, nos restantes casos.
• Caso seja h.p.p, os 50% poderão ainda ser excluídos de tributação, caso haja
reinvestimento total do valor realizado!

73
Quantificação do ganho - n.º 4 do artigo 10º

Diferença entre o valor de realização e o valor de aquisição.

As regras para determinar o valor de realização constam do artigo 44º


à valor de realização no caso de imóveis (art. 44º, nº 2)
Prevalece o que for considerado para efeitos de IMT se superior contraprestação

As regras para determinar o valor de aquisição :


Ø Aquisições onerosas :
Ø de imóveis, - Art.46º (O valor considerado para liquidação de IMT)
Ø de partes sociais e outros valores mobiliários – Art.48º (cotação, custo documentalmente provado…)
Ø De outros bens e direitos - Art. 49º

Ø Aquisição Gratuita – artigo 45º (O valor considerado para liquidação de IS)


Ø Artigo 50.º Correção monetária (corrigido sempre que tenham decorrido mais de 24 meses entre a aquisição e a alienação)

74
Artigo 47.º Equiparação ao valor da aquisição

• No caso de transferência para o património particular do titular de rendimentos


da categoria B de quaisquer bens, afetos à atividade empresarial e profissional,
considera-se valor de aquisição o valor de mercado à data da transferência, com
exceção dos bens imóveis em que o valor de aquisição corresponde ao valor do
bem à data em que este foi adquirido pelo sujeito passivo, de acordo com as
regras previstas nos artigos 45.º ou 46.º, consoante o caso. (OE2021)

75
Artigo 50.º Correção monetária
• 1 - O valor de aquisição ou equiparado de direitos reais sobre os bens
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º, bem como de partes
sociais no caso da alínea b) do referido número, é corrigido pela
aplicação de coeficientes para o efeito aprovados por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças, sempre que
tenham decorrido mais de 24 meses entre a data da aquisição e a
data da alienação ou afetação.
Artigo 51.º Despesas e encargos
• 1 - Para a determinação das mais-valias sujeitas a imposto, ao valor de aquisição acrescem:
• a) Os encargos com a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos 12 anos, e as
despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e alienação, bem como a
indemnização comprovadamente paga pela renúncia onerosa a posições contratuais ou outros direitos
inerentes a contratos relativos a esses bens, nas situações previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º;
• b) As despesas necessárias e efetivamente suportadas, inerentes à aquisição e alienação, nas situações
previstas nas alíneas b), c) e k) do n.º 1 do artigo 10.º.
• 2 - Os encargos e as despesas referidos na alínea a) do número anterior relativos a imóveis que tenham
beneficiado de apoio não reembolsável, concedido pelo Estado ou outras entidades públicas para a
aquisição, construção, reconstrução ou realização de obras de conservação de valor superior a 30 % do valor
patrimonial tributário do imóvel para efeitos de IMI e sejam vendidos antes de decorridos 10 anos sobre a
data da sua aquisição, da assinatura da declaração comprovativa da receção da obra ou do pagamento da
última despesa relativa ao apoio público não reembolsável que, nos termos legais ou regulamentares, não
estejam sujeitos a ónus ou regimes especiais que limitem ou condicionem a respetiva alienação, apenas são
considerados na parte que exceda o valor do apoio não reembolsável recebido.
• 3 - Para efeitos da alínea a) do n.º 1, não são considerados os encargos com a valorização de bens imóveis
que tenham sido realizados durante o período em que permaneceram afetos à atividade empresarial e
profissional.
Exemplo Categoria G Mais Valias
O Sr. José vendeu por € 100 000,00 um prédio urbano destinado a habitação própria e permanente, que havia
adquirido em 2012, por € 50 000,00, tendo para o efeito contraído um empréstimo bancário de € 40 000,00. Sabendo
que o montante em dívida do referido empréstimo é de € 10 000,00 e que pretende adquirir novo prédio, com
idêntica finalidade, para que não haja tributação, basta reinvestir:
MVC= 100.000-50.000=50.000€
MVF=100.000-50.000*1,12=
MVF=100.000-56.000
MVF=44.000€, 43ºnº2 b) apenas são tributados 50%, 22.000€

Valor de realização: 100.000€


Valor de aquisição(2012)-50.000€
Resposta: O valor de realização deduzido do empréstimo de € 10 000,00. (90.000€)
Artigo 44º
Artigo 10º nº5 a)

Se reinvestir 50.000€, a MV a tributar será


50.000/90000=56%
22.000*56%=12.222,22, são excluídos, serão tributados 44% ou seja 9.777,78.

78
Exemplo Categoria G Mais Valias
1)Se reinvestir 90.000€ ou valor superior, a importância a tributar será zero.
10º nº

2) Suponha que adquiriu um novo imóvel por 150.000€, mas com recurso a crédito no valor de 100.000€
Suponha MVF =48000€
• Estamos na presença de um reinvestimento parcial
• Valor a reinvestir 90.0000, mas foi reinvestido 50.0000€ (150.000€-100.000=50.000€)
• 50.000/90.000=56% do valor realizado foi reinvestido, logo será excluída de tributação:
48.000*50%*56%=13.440€
• Ou seja será tributada=24.000-13.440=10.560€
• Ou
• Será tributado:48.000*50%*44%=10.560€

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Categoria H
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Categoria H
Rendimentos de pensões – Art.º 11º

Rendimentos:
• Pensões de aposentação ou de reforma, velhice, invalidez ou
sobrevivência, bem como outras de idêntica natureza, e as pensões de
alimentos;
• Prestações a cargo de companhias de seguros, fundos de pensões, ou
quaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares
de segurança social em razão de contribuições da entidade patronal, e que
não sejam consideradas rendimentos do trabalho dependente;
• As pensões e subvenções não compreendidas nas alíneas anteriores;
• As rendas temporárias ou vitalícias.
Categoria H
Deduções Específicas - Art.º 53º

Aos rendimentos brutos da categoria H de valor anual igual ou inferior a (euro) 4 104
deduz-se, até à sua concorrência, a totalidade do seu quantitativo por cada titular que os
tenha auferido.

Se o rendimento anual, por titular, for superior ao valor referido no número anterior, a
dedução é igual ao montante nele fixado.

São ainda deduzidas:


a) As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios
relativos à saúde, educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social
e desde que não excedam, em relação a cada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto
desta categoria, sendo acrescidas de 100 %;
b) As contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais
de saúde, na parte que exceda o montante da dedução prevista no n.º 1.
Exemplo dedução espefícica cat H

1. Ana, reformada aufere mensalmemte 260€ de pensão.


• Qual a dedução especifica e o rendimento liquido da Ana.
• RB=260*14=3.640€
• 3640€-3640€=0 (até à sua concorrência, do rendimento)

João, reformado aufere mensalmemte 760€ de pensão.


• Qual a dedução especifica e o rendimento liquido da João.
• 760*14=10.640€
• 10.640*11%=1.170,40, logo a dedução específica será de 4104 por ser maior que os montantes
descontados para s seg, social
• RL=10.640-4104=6.536€

• * pensão minima do regime geral em Portugal 2024 é de 245, 79€

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Artigo 12.º - Delimitação negativa da incidência

O IRS não incide:


➢Indemnizações recebidas em consequência de lesão corporal, doença ou morte,
pagas ou atribuídas:
➢Pelo Estado (…);
➢Ao abrigo de contrato de seguro;
➢ decisão judicial ou acordo homologado judicialmente
➢Prémios literários, artísticos ou científicos, quando não envolvam a cedência,
temporária ou definitiva, dos respetivos direitos de autor, desde que atribuídos em
concurso,
➢(…)
Artigo 12.º - Delimitação negativa da incidência
O IRS não incide:

➢Rendimentos provenientes do exercício da atividade de profissionais de espetáculos ou desportistas quando


rendimentos tributados em IRC;
➢Subsídios para manutenção, nem sobre os montantes necessários à cobertura de despesas extraordinárias
relativas à saúde e educação, pagos pela Segurança Social, pela Santa Casa da Misericórdia ou pelas IPSS em
articulação com aqueles;
➢Os prémios atribuídos aos praticantes de alto rendimento desportivo, bem como aos respetivos treinadores,
por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo.
➢Incrementos patrimoniais provenientes de transmissões gratuitas sujeitas ao IS.
➢(…)
➢11* - São excluídos, até ao limite de 1000 €, os rendimentos anuais resultantes das seguintes atividades:
➢a) Transação da energia excedente produzida para autoconsumo a partir de fontes de energia renovável, por
unidades de produção para o autoconsumo, até ao limite de 1 MW da respetiva potência instalada;
➢b) Transação da energia produzida em unidades de pequena produção a partir de fontes de energia renovável,
até ao limite de 1 MW da respetiva potência instalada (OE 2023)
Artigo 12.º-A Regime fiscal aplicável a ex-residentes
1 — São excluídos de tributação 50 % dos rendimentos do trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais
dos sujeitos passivos, até ao montante do limite superior do primeiro escalão previsto no n.º 1 do artigo 68.º -A, pelo período de 5
anos, que:

a) Se tornem fiscalmente residentes nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 16.º até 2026;

b) Não tenham sido considerados residentes em território português em qualquer dos cinco anos anteriores;

c) Tenham sido residentes em território português em qualquer período antecedente ao previsto na alínea anterior;.

2 - Não podem beneficiar do disposto no presente artigo os sujeitos passivos que tenham solicitado a sua inscrição como residente
não habitual.

Este artigo aplica-se aos rendimentos auferidos no primeiro ano em que o sujeito passivo reúna os requisitos previstos no seu n.º 1 e
nos quatro anos seguintes, cessando a sua vigência após a produção de todos os seus efeitos em relação aos sujeitos passivos que
apenas venham a preencher tais requisitos em 2024.
Artigo 12.º-B Isenção de rendimentos das categorias A e B
• O IRS Jovem é um programa que dá uma isenção parcial sobre os rendimentos do trabalho dependente (categoria A) e sobre os rendimentos do
trabalho independente (categoria B) durante cinco anos, seguidos ou interpolados. Assim, os jovens abrangidos pelo regime ficam isentos de
imposto relativamente a uma parte dos seus rendimentos anuais.
1 - Os rendimentos da categoria A e B, auferidos por sujeito passivo entre os 18 e os 26 anos que não seja considerado dependente, ficam parcialmente
isentos de IRS, nos cinco primeiros anos de obtenção de rendimentos do trabalho após o ano da conclusão de ciclo de estudos igual ou superior ao
nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, mediante opção na declaração de rendimentos a que se refere o artigo 57.º (declaração modelo 3 – Anexo A)
2 - A idade de opção pelo regime previsto no número anterior é estendida até aos 30 anos, inclusive, no caso do ciclo de estudos concluído corresponder
ao nível 8 do Quadro Nacional de Qualificações.
3 - A isenção prevista no n.º 1 aplica-se:
• a) No primeiro ano da obtenção de rendimentos após a conclusão do ciclo de estudos e nos quatro anos seguintes, desde que a opção seja exercida até à
idade máxima referida nos números anteriores;
• b) Em anos seguidos ou interpolados, desde que a idade máxima do sujeito passivo não ultrapasse os 35 anos, inclusive.
4 - O disposto no n.º 1 determina o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º
5 — A isenção a que se refere o n.º 1 é de 100 % no primeiro ano, 75 % no segundo ano, 50 % no terceiro e quarto anos e 25 % no último ano, com os
limites de 40 vezes o valor do IAS, 30 vezes o valor do IAS, 20 vezes o valor do IAS e 10 vezes o valor do IAS, respetivamente. (OE 2024)
6 - A isenção prevista nos números anteriores só pode ser utilizada uma vez pelo mesmo sujeito passivo.
7 - A identificação fiscal dos sujeitos passivos que concluam em cada ano um dos níveis de estudos a que se refere o n.º 1 é comunicada à Autoridade
Tributária e Aduaneira nos termos a definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da ciência, tecnologia e ensino
superior e da educação.
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