Confecao Manutencao Orteses Proteses
Confecao Manutencao Orteses Proteses
Confecao Manutencao Orteses Proteses
Brasília – DF
2013
2013 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fon-
te e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Venda proibida. Distribuição gratuita. A responsa-
bilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do
Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
<www.saude.gov.br/bvs>.
Tiragem: 1ª edição – 2013 – 250.000 exemplares
Elaboração, distribuição e informações
MINISTÉRIO DA SAÚDE Colaboradores
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Ana Daniela Rezende P. Neves
Departamento de Gestão da Educação na Saúde Bruna da Silva Ferreira
Esplanada dos Ministérios, bloco G, sala 739 Denise Macedo Mancini
Gilza das Mercês Silva
CEP: 700.58-900 – Brasília/DF
Ludimila Candida Xavier
Tels.: (61) 3315-3848 / 3315-2240
Marco Aurélio de Rezende
Site: www.saude.gov.br/sgtes
Maria Aparecida Timo Brito
E-mails: [email protected] / [email protected]
Projeto gráfico, capa e diagramação
Coordenação Dino Vinícius Ferreira de Araujo
Felipe Proenço de Oliveira
Mônica Diniz Durães Ilustração
Robert José Marques Ferreira
Mozart Sales
Vera Lúcia Ferreira Mendes Fotografia
Dagoberto Miranda Barbosa
Elaboradores
Alysson Alvim Campos Fotos
Claudia Cristina Granja Ramos Bentim Acervo SORRI-BAURU
Dagoberto Miranda Barbosa Acervo CRER
Denize Vilela Novais Editora responsável:
Eduardo Inglez Yamanaka MINISTÉRIO DA SAÚDE
José Rikio Dias Suzuki Secretaria-Executiva
Luciana Marçal da Silva Subsecretaria de Assuntos Administrativos
Maria Estela Bandeira Moreira Rueda Coordenação-Geral de Documentação e Informação
Milton Seigui Oshiro Coordenação de Gestão Editorial
Pedro El Daher Neto SIA, Trecho 4, lotes 540/610
Ricardo Giusti CEP: 71200-040 – Brasília/DF
Thais Romanelli de Carvalho Tels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794
Fax: (61) 3233-9558
Revisão Técnica Site: www.saude.gov.br/editora
Andre Pedrinelli E-mail: [email protected]
Bárbara Ferreira Leite
Darlan Martins Ribeiro Normalização: Maristela da Fonseca de Oliveira
Divaina Alves Batista Revisão: Silene Lopes Gil
Luiz Carlos Junio Sampaio Teles
Suzzi Carmen de Souza Lopes
Ficha Catalográfica
ISBN 978-85-334-2041-0
Lista de Abreviações:
1. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
2. Abotec – Associação Brasileira de Ortopedia Técnica
3. AFO – Ankle-footorthosis – Órtese, Tornozelo e Pé
4. AIPD – Ano Internacional das Pessoas Deficientes
5. BPC – Benefício de Prestação Continuada
6. CAT – Comitê de Ajudas Técnicas
7. CAT-CAM – Contoured Adducted Trochanteric – Controlled Alignment
Method
8. CDPD – Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência
9. CEOs – Centros de Especialidades Odontológicas
10. CERs – Centros Especializados em Reabilitação
11. CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde
12. CIR – Comissão Intergestores Regional
13. CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
14. CMS – Conselho Nacional de Saúde
15. Conade – Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência
16. Conasems – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
17. Conass – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
18. CORDE – Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência
19. EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
20. EPI – Equipamento de Proteção Individual
21. FSESP – Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública
22. GLP – Gás liquefeito de petróleo
23. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
24. ICIDH – International Classification of Impairments, Disabilities and
Handicaps – Classificação Internacional de Comprometimentos,
Deficiências e Incapacidades
25. INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
3
MINISTÉRIO DA SAÚDE | SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
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Sumário
Apresentação........................................................................................ 7
Introdução............................................................................................ 9
1 Módulo 1
Unidade de Aprendizagem 1
Políticas Públicas de Saúde: História do Sistema Único de Saúde (SUS). 13
2 Unidade de Aprendizagem 2
Reabilitação.......................................................................................... 35
3 Módulo 2
Unidade de Aprendizagem 3
A Oficina de Órtese e Prótese: Gestão da Oficina e o Controle de
Qualidade do Trabalho Executado........................................................ 57
4 Unidade de Aprendizagem 4
Biossegurança....................................................................................... 73
5 Módulo 3
Unidade de Aprendizagem 5
Cinesiologia e Anatomia Aplicada......................................................... 85
6 Módulo 4
Unidade de Aprendizagem 6
Processo de Confecção de Órteses Suropodálicas.................................. 133
7 Unidade de Aprendizagem 7
Processo de Confecção de Próteses para Pessoas com Amputações
Transtibiais e Transfemurais.................................................................. 153
8 Módulo 5
Unidade de Aprendizagem 8
Adequação Postural em Cadeira de Rodas............................................. 191
7
Introdução
9
O Módulo I traz informações sobre políticas públicas, incluindo a histó-
ria do SUS desde a promulgação da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de1990,
passando pelas diferentes etapas de consolidação do direito à saúde para a
população brasileira, pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi-
ciência, culminando no Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, e no Plano
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. Ainda no
Módulo I, na segunda unidade, são discutidas as definições sobre deficiência,
a terminologia atual, os tipos (classificações) e a transição pelos diferentes
paradigmas que envolvem as mudanças de percepção do locus ocupado pela
pessoa com deficiência na sociedade, no decorrer do tempo. São apresentados
os conceitos de funcionalidade, potencialidade, autonomia e emancipação, in-
formações sobre Acessibilidade e Tecnologia Assistiva, além dos princípios da
ética, humanização do cuidado, projetos terapêuticos singulares e da reabilita-
ção promovida pelas equipes multidisciplinares de Saúde.
Já o Módulo II traz informações sobre gestão de oficinas ortopédicas e
controle de qualidade do trabalho e dos equipamentos fabricados. São discu-
tidas técnicas para gestão estratégica de produtos manufaturados e sua apli-
cabilidade prática no dia a dia das oficinas ortopédicas do SUS e apresentadas
informações sobre controle da qualidade e engenharia da qualidade com foco
nos equipamentos fabricados, incluindo a sustentabilidade e a conservação das
órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPMs) pelos pacientes.
Em outra unidade de aprendizagem ligada ao Módulo II, são apresenta-
dos e discutidos os conceitos de segurança no trabalho, abrangendo o correto
uso dos equipamentos coletivos e individuais de segurança.
O Módulo III faz um apanhado sobre Anatomia, Cinesiologia e Biome-
cânica utilizando uma linguagem clara e objetiva. Este módulo traz informa-
ções importantes que se fazem necessárias em todo o processo de confecção
das OPMs ortopédicas, desde a interpretação correta da prescrição até a dis-
cussão com a equipe técnica sobre possíveis correções e ajustes indispensáveis
ao uso funcional dos equipamentos pelo usuário. Ortesistas e protesistas terão
acesso à nomenclatura técnica, a conceitos básicos de osteologia, artrologia e
miologia. Serão apresentados os planos e eixos de movimento, as diferentes
classes de alavancas, além de conhecimentos sobre todas as fases da marcha
humana. Ainda neste módulo serão discutidos conteúdos teóricos sobre as
órteses suropodálicas e as próteses transtibiais e transfermurais, incluindo as
definições, classificações, tipos e indicações clínicas.
No Módulo IV será apresentado o passo a passo da confecção das órteses
suropodálicas rígidas e articuladas e das próteses transtibiais e transfemurais.
O processo é discutido desde a retirada do primeiro molde até o procedimen-
to de entrega e possíveis ajustes a serem realizados pelo técnico.
Por fim, no Módulo V, o técnico terá a oportunidade de rever e/ou co-
nhecer as principais indicações clínicas para o uso da cadeira de rodas e as
situações especiais que necessitam de adequação postural. Também serão tra-
tados, nesta unidade de aprendizagem, os tipos de cadeiras de rodas incluindo
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Referências
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE: HISTÓRIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7508.
htm>. Acesso em: 13 abr. 2013.
33
MINISTÉRIO DA SAÚDE | SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
PAIM, J.; TRAVASSOS, C.; ALMEIDA, C.; BAHIA, L.; MACINKO, J. Saúde
no Brasil 1. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios.
Disponível em: <http://download.thelancet.com/flatcontentassets/pdfs/
brazil/brazilpor1.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2013.
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | REABILITAÇÃO
Módulo 1
Unidade de Aprendizagem 2
Reabilitação
• Definição
• Terminologia
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• Tipos
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | REABILITAÇÃO
Paradigmas
Para Lanna Júnior (2010), até meados do século XX, as pessoas com
deficiência ou com outras patologias eram institucionalizadas, ou viviam con-
finadas em isolamento domiciliar. A partir de 1950, surgem os serviços de
Assistência Social com o paradigma da “integração social” ou de “serviços”,
buscando a adequação da pessoa com deficiência à comunidade, em especial
aos ambientes de trabalho. Em 1980, o modelo adotado evolui para “supor-
te”, que pode ser de diferentes tipos desde suporte social, econômico, físico
e/ou instrumental e têm como função favorecer a inclusão social. Atualmente
vivemos o paradigma da “emancipação”, a busca de condições para autono-
mia, escolhas próprias, gerenciamento da própria vida, enfim, a dignidade e o
exercício da cidadania.
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2.1 Funcionalidade
2.2 Potencialidades
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | REABILITAÇÃO
valorizar suas potencialidades para que consigam com dignidade exercer sua
cidadania.
2.3 Autonomia
2.4 Emancipação
• Inclusão
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• Exclusão
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• Qualidade de Vida
4.1 Acessibilidade
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0,68
0,15
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Fonte: http://barreirasarquitetonicas.blogspot.com.br
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5 Humanização do Cuidado
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6 Ética na Saúde
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a. Reabilitação
A OMS define a reabilitação de pessoas com incapacidades como um
processo que promova e/ou mantenha níveis ótimos de função física, senso-
rial, intelectual, psicológica e social, oferecendo os instrumentos necessários
para atingir a independência e a autonomia.
As origens e estrutura da reabilitação variam de país para país, mas a
maior parte do progresso e modernização ocorreu no pós-2ª Guerra Mundial
com o regresso dos militares mutilados em serviço.
A Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas afirma que uma
pessoa com incapacidades não deve se tornar “objeto de cuidado permanen-
te”. A regra número três dos standards deste mesmo documento preconiza a
criação de oportunidades iguais para pessoas com incapacidades e declara,
entre outros assuntos, que “os governos devem desenvolver os seus próprios
programas de reabilitação para todos os grupos de pessoas com incapacidades
“[...] e que “todas as pessoas com deficiências e/ou incapacidades múltiplas
devem ter acesso a cuidados de reabilitação.”
Os termos tratamento e reabilitação não são sinônimos. O primeiro pre-
vê a cura e o segundo tem o objetivo de atingir o máximo do potencial de
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais, psicológicas e de funcionamento
social.
A reabilitação com foco na funcionalidade amplia os horizontes e con-
textualiza o indivíduo, a família e a comunidade privilegiando aspectos rela-
cionados à inclusão social, ao desempenho das atividades e a sua participação
na sociedade, ainda que de forma adaptada. Promove o acesso aos recursos e
permite a retomada da vida mesmo que o indivíduo tenha algumas limitações
de atividades ou restrições, porém com o claro objetivo de atingir seu melhor
desempenho e maior independência, conforme relata Delisa (2002) e World
Health Organization (2011).
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8 Conclusão
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Referências
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GOLD, M.; STEVENSON, D.; FRYBACK, D. Halys and Qalys And Dalys,
OhMy: Similarities and Differences in Summary Measures of Population
Health. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v. 23, n.115–134, 2002.
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Módulo 2
Unidade de Aprendizagem 3
A Oficina de Órtese e Prótese:
Gestão da Oficina e o Controle de
Qualidade do Trabalho Executado
1 Conceito de Gestão
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Planejamento
Controle Organização
Direção
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1.2.1 Programa 5S
As atividades do chamado Programa 5S surgiram no Japão, logo após
a II Guerra Mundial, basicamente para combater a sujeira das fábricas e para
melhorar o ambiente geral de trabalho.
Ele chegou ao Brasil nos anos de 1990, trazido de empresas japonesas, e
tem por objetivo um conjunto de ações constantes em nível operacional para
promover a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, diminuir des-
perdícios, reduzir custos, aumentar a produtividade, além de criar e manter
um ambiente de trabalho saudável.
O Programa 5S objetiva promover o entendimento e a aplicação de cin-
co conceitos fundamentos na cultura japonesa, expressos por cinco palavras
começadas com a letra “S”: seiri – senso de ordenação; seisou – senso de lim-
peza; seiketsu – senso de saúde e shitsuke – senso de autodisciplina.
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Referências
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Biossegurança
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Agentes extintores:
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Fonte:Acervo CRER.
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Fonte: <http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/M%C3%B3dulo02/5_8%20-
-%20EQUIPAMENTOS%20DE%20PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf>.
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Fonte: <http://arcanjoepis.blogspot.com.br/2012/12/hospitalares-hoteis-e-restaurantes.html>.
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Fonte: <http://www.lojasksi.com.br/produto/998330/Bota-PVC-27-cm-Fujiwara-CA-28286/>.
Fonte: <http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/
M%C3%B3dulo02/5_8%20-%20EQUIPAMENTOS%20DE%20PROTE%C3%87%C3%83O%20
INDIVIDUAL.pdf>
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Como utilizar: Colocar no rosto de forma que possa cobrir os olhos que
não permita a entrada de partículas em qualquer lado e/ou respingos.
Quando trocar: Somente quando apresentar algum defeito que impeça
sua utilização e/ou diminui a visualização por meio da lente e/ou perda.
Aprovado para: Proteção dos olhos do usuário contra impactos de par-
tículas volantes multidirecionais e/ou respingos.
Responsabilidade: O funcionário é responsável pela higienização e lim-
peza, conservação e a troca do equipamento.
Fonte: <http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/
M%C3%B3dulo02/5_8%20-%20EQUIPAMENTOS%2DE%2PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf>.
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Figura 10 – Respirador
Fonte: <http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10Manuais/M%C3%B3dulo02/5_8%20-
-%20EQUIPAMENTOS%20DE%2PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf>.
Figura 11 – Luvas
Fonte: <http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/M%C3%B3dulo02/5_8%20-
-%20EQUIPAMENTOS%20DE%20PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf>.
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Referências
Módulo 3
Unidade de Aprendizagem 5
Cinesiologia e Anatomia Aplicada
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Cartilagem
De acordo com Hall (2005), as faces ósseas articulares ou de sustentação
de peso são recobertas por um tipo especial de tecido conjuntivo denso e es-
branquiçado, macio, poroso, permeável e hidratado, a cartilagem articular. É
elástica, absorve choques, previne o desgaste direto dos ossos e garante melhor
encaixe. Estas cartilagens não possuem inervação ou suprimento sanguíneo
próprio. Sua nutrição é realizada pelo líquido sinovial durante o movimento.
O líquido nutre a cartilagem, lubrifica a articulação e converte a pressão
compressiva em pressão hidrostática que é menos lesiva às estruturas.
A quantidade de líquido é mínima, aproximadamente dois mililitros, isto
cria uma pressão subatmosférica que aumenta a adesão e a estabilidade articular.
Podem se apresentar na forma de estruturas muito especializadas como
os meniscos dos joelhos.
Cápsula
“É uma membrana conjuntiva que envolve a articulação como um man-
guito”. (DANGELO; FATTINI, 2007).
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Fibras IIA
Consideradas intermediárias porque, apesar das características RG, tam-
bém possuem a capacidade de transmissão de energia aeróbia. Por isso são
conhecidas como rápidas oxidativas e glicolíticas (ROG).
Fibras IIB
Verdadeiras RG. Possuem alto potencial anaeróbio.
Fibras IIC
São raras e indiferenciadas e podem participar na reinervação ou trans-
formação de unidades motoras.
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É descrita por Rasch (1991) como uma articulação constituída pelos três
ossos que formam a pelve (ílio, ísquio e púbis) que se fundem, aproximada-
mente aos 18 anos de idade, para formar uma cavidade dirigida à lateral, para
frente e para baixo, denominada cavidade acetabular e o fêmur, cuja cabeça
se encaixa nesta cavidade. É bilateral e os lados direito e esquerdo são unidos
pelo sacro com quem se articulam firmemente formando a cintura pélvica.
O quadril é a articulação mais proximal do membro inferior.
É uma articulação sinovial, classificada como esferoide do tipo bola e
soquete. É triaxial e apesar de apresentar grande amplitude de movimento,
apresenta considerável estabilidade estrutural.
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Músculos do Tornozelo
Grupo Posterior Superficial
Gastrocnêmio
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1.9 Alavancas
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1.10.1 Ativo
1.10.2 Passivo
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1.11 Postura
Equilíbrio
“Ocorre quando as forças que atuam sobre um corpo estão balanceadas
e ele tende a permanecer em repouso” (GARDINER, 1983).
Para o mesmo autor, o equilíbrio pode ser estável ou instável ou neutro.
Estável
Se as forças atuantes tendem a mantê-lo em sua posição de origem após
ter sido deslocado.
Instável
Se as forças que agem sobre o corpo aumentam o deslocamento inicial.
Neutro
Se as forças que agem sobre um corpo em repouso tendem a recolocá-lo
em ‘sua posição original após ele ter sido deslocado, diz-se que está em equilí-
brio estável (GARDINER, 1983).
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Centro de Gravidade
É o ponto no qual age a linha de ação do peso. Para Lippert (2003),
aproximadamente ao nível da segunda vértebra sacral.
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1.12 Marcha
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1.12.3 Passo
• Contato inicial
• Resposta da carga
• Apoio médio
• Apoio terminal
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• Pré-balanço
• Balanço inicial
• Balanço médio
• Balanço final
1.12.9 Cadência
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• Balanço inicial
• Balanço médio
• Balanço final
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2 Órteses Suropodálicas
2.1 Definição
2.3 Tipos
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Do ponto de vista funcional, nas fases iniciais após alguma lesão neuro-
lógica ou ortopédica, as órteses suropodálicas não articuladas rígidas podem
ser prescritas com a finalidade de manter a articulação do tornozelo em ângu-
lo neutro, evitando assim a deformidade do pé em equino (“pé de bailarina”),
situação que pode causar dores e/ou desconforto, além da impossibilidade do
apoio do pé na cadeira de rodas, ortostatismo e até algum futuro treino de
marcha.
Durante o ortostatismo, esta modalidade de órtese pode ser utilizada
para promover a estabilização do tornozelo, evitando entorses, torções, lesões
ligamentares, entre outras condições decorrentes da instabilidade dinâmica
desta articulação.
Quando alguma contratura articular já está instalada, uma órtese su-
ropodálica articulada e associada a um distrator, capaz de promover forças
contrárias às forças deformantes, pode ser indicada, visando ao ganho de am-
plitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo. Nestes casos, mesmo que
o aparelho possua alguma articulação, seu comportamento é de uma órtese
rígida, pois raramente esta será utilizada durante a marcha.
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3 Amputações
3.1 Etiologia
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1 – Hemipelvectomia
2 – Desarticulação do quadril
3 – Transfemural
4 – Desarticulação do joelho
5 – Transtibial
6 – Desarticulação do tornozelo
7 – Syme
8 – Parcial do pé
Considerando exclusivamente a confecção de próteses de membros infe-
riores disponíveis na tabela SUS, os níveis transtibiais e transfemurais respon-
dem pela maior parte da produção de uma oficina ortopédica. Seu método de
elaboração é complexo e requer grande experiência prática. Por esta razão se-
rão abordadas, neste material, as técnicas específicas de produção destes dois
tipos de próteses, visando a atender a enorme demanda do SUS de dispensação
qualificada destes equipamentos.
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Tipos de encaixe
Blohmke (1997) afirma que os três tipos de encaixes para próteses abai-
xo do joelho mais utilizados são: Patella Tendon Bearing (PTB), Kondylen
Bettung Münster (KBM) e Prótese Tibiale Supracondylienne (PTS).
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Encaixe quadrilátero
O encaixe quadrilátero (Figura 24) leva em consideração grande par-
te da anatomia do coto e é, segundo Schiele e Schon (1993), considerado o
encaixe-padrão. Grande parte da descarga de peso é feita sobre a tuberosidade
isquiática, sendo que o contra-apoio é realizado por uma pressão na parte
frontal (lado oposto). Esta disposição pode gerar um estreitamento e uma
pressão excessiva sobre as áreas irrigadas. O deslocamento da musculatura
devido ao apoio isquiático, assim como a tendência da inclinação do quadril
(devido à posição posterior do apoio em relação à articulação de quadril), são
efeitos colaterais deste tipo de encaixe.
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | CINESIOLOGIA E ANATOMIA APLICADA
De acordo com Blohmke (1997), para atingir uma boa estabilização ro-
tacional, deve-se criar um ângulo de aproximadamente 35º (parte proximal do
encaixe visto de cima). Além disso, deve-se criar uma pressão lateral na região
intermediária do encaixe, para colocar o fêmur em adução.
Devido ao desequilíbrio entre os músculos adutores e abdutores, torna-
-se necessário aumentar a pressão lateral, quanto mais curto for o coto do
paciente. Isso pode ter como consequência, um inconveniente aumento de
pressão sobre os tecidos moles na parte medial do coto, gerando desconforto
ao usuário.
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5.1 Fatores que Podem Influenciar na Indicação Correta das Próteses segundo
(KHUN, 1997)
• Estado geral.
• Idade.
• Peso.
• Profissão.
• Sexo.
• Nível de atividade física.
• Tipo de esporte.
• Arquitetura/acessibilidade.
• Condição social e econômica.
• Capacidade intelectual.
• Nível da amputação.
• Posição do coto.
• Musculatura.
• Possibilidade de contato terminal (leve toque) diferente do con-
tato distal.
• Edemas.
• Capacidade de descarga.
• Partes ósseas (espículas, deformidades e má postura).
• Sensibilidade da pele (diabetes e hanseníase).
• Flacidez.
• Neuromas.
• Pele aderente.
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1- Diabetes.
2- Câncer.
3-Hanseníase.
4- Mielodisplasia
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1 – Pele aderente.
2 – Excessos de partes moles.
3 – Alterações cicatriciais
4 – Alterações Musculares.
5 – Flacidez.
6 – Atrofia
Mioplastia
1 – Miodese
• Idade
• Experiência anterior com próteses
1 – Avaliar o tempo de uso com um tipo de próteses, para evitar a resis-
tência ao novo tipo (CARVALHO, 2003)
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6.1.1 Pré-natais
• Paralisia Cerebral.
• Infecções.
• Alterações Circulatórias.
6.1.2 Pós-natais
• Patologias Degenerativas.
• Traumatismos.
• Infecções.
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6.2.1 Temporárias
6.2.2 Definitivas
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Referências
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | CINESIOLOGIA E ANATOMIA APLICADA
Santos, 1995.
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
Módulo 4
Unidade de Aprendizagem 6
Processo de Confecção de
Órteses Suropodálicas
1.1 Órteses
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Esta interface pode ser uma malha tubular, plástico filme ou outro dis-
positivo similar. É fundamental colocar na região anterior, uma tala de
polipropileno, que pode ser de 2mm ou 3mm de espessura, de 2cm a
3cm de largura e comprimento que seja suficiente para recobrir toda a
superfície do pé, da ponta dos dedos até próximo ao joelho. Esta tala
será usada para proteger o paciente no momento de cortar e destacar o
molde negativo.
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
7º: Submergir o rolo de atadura gessada na água até que esta fique com-
pletamente encharcada e, ao retirá-la da água, fazer leves pressões para extrair
o excesso (Figura 3).
135
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10º: Com o molde já seco, traçar linhas perpendiculares com o lápis cópia
na parte anterior do membro. Estas linhas servirão para orientar o técnico quan-
to ao fechamento do molde, no momento do seu preenchimento (Figura 7).
136
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
12º: Com o molde aberto na região do corte, proceder, com gentil re-
moção, para não danificá-lo ou deformá-lo e que, após retirado, deverá ser
cuidadosamente fechado, tomando-se como referência as linhas previamente
traçadas (Figura 9).
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
Materiais necessários
• Gesso em pó;
• Água;
• Balde;
• Atadura gessada;
• Misturador para gesso;
• Espátula;
• Grosa para gesso plana e meia-cana;
• Lápis cópia;
• EPIs (máscara descartável, calçado de segurança etc. – utilizar du-
rante todo o procedimento).
Procedimento
15º: Fechar a parte anterior do molde negativo, na região onde ele foi
cortado, removendo-o do pé do paciente. Para isto, utiliza-se uma atadura
gessada, cuidando para que o molde fique alinhado e completamente selado,
com abertura apenas na parte superior (Figura 11).
16º: Caso se observe que a medida não atingiu o grau de flexão dorsal
desejado, poderá ser feito o corte e o reposicionamento cuidadoso do molde
negativo. Ressalta-se que este procedimento só pode ser realizado para peque-
nas correções, uma vez que há o risco de se perder a referência primitiva da
anatomia do paciente. Após execução desse procedimento, selar novamente o
molde.
17º: Preparar um tubo de alumínio ou aço, que servirá de suporte para
sustentar o molde posteriormente. O tubo deve ter diâmetro de ½”, ¾” ou 1”,
dependendo do tamanho e peso do molde, deverá ser cortado com compri-
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
20º: Inserir o tubo com cuidado para ele fique cerca de 5cm do fundo do
molde e permaneça centralizado (Figura 15).
141
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Orienta-se para esta etapa o limite distal de 5mm a 10mm (de acordo
com o tamanho do pé) antes da cabeça do primeiro metatarso (borda
medial) e como limite proximal, o contorno do calcanhar, de 1cm a 3cm
atrás do nível da espícula do navicular. O limite lateral do arco dá-se ao
nível da quarta falange, de forma mais suavizada, sendo que a parte mais
acentuada será do lado medial, suavizando o contorno do arco à medida
que se desloca para lateral.
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143
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2 Termomoldagem
2.1 Materiais
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2.2 Procedimentos
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Figura 21 – Termomoldagem
147
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3 Prova
3.1 Materiais
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Figura 23 – Prova
4 Acabamento
4.1 Materiais
• Velcro;
• Couro;
• Courvin;
• Linha de costura;
• Cola adesiva de contato;
• Pincel;
• Plastazote;
• Eva;
• Passador;
• Rebite;
• Tesoura;
• Martelo;
• Furadeira;
• Estilete, faca ou dispositivo de corte.
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4.2 Procedimentos
44º: O primeiro passo do acabamento é lixar as bordas até o ponto mar-
cado na prova (Figura 24).
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ÓRTESES SUROPODÁLICAS
48º: Em seguida, montar as correias com velcros (Figura 26). Estas cor-
reias podem ser de diversos materiais. De couro, courvin ou apenas os velcros.
Utilizam-se passadores com lingueta de couro e correias em courvin costura-
das com velcro. As correias são montadas na parte superior da perna, próxi-
ma ao limite superior da órtese, na região do tornozelo e antepé. De acordo
com a necessidade do paciente, pode haver alterações no posicionamento das
correias. Podem ser necessários tirantes antivaro ou antivalgo no tornozelo,
podendo ser dispensado o uso do velcro do antepé para o uso com calçado,
entre outras situações específicas.
151
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4.2.1 Entrega
152
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Módulo 4
Unidade de Aprendizagem 7
Processo de Confecção de Próteses para
Pessoas com Amputações Transtibiais
e Transfemurais
1.1 Prótese
153
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154
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1.2.2 Procedimentos
1º: Realizar a higienização das mãos, recepcionar o paciente com pro-
fissionalismo, de maneira cortês e educada, esclarecendo-lhe sobre o procedi-
mento a ser realizado.
2º: Calças as luvas, acomodar o paciente em uma cadeira ou maca, rea-
lizar avaliação prévia.
155
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9º: Medir, na perna sem amputação, a altura da base da patela até o chão
(Figura 6).
157
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depositadas uma sobre a outra até obter uma espessura desejável (cerca de dois
ou três rolos) (Figura 10).
15º: Modelar as ataduras com as mãos antes que elas se sequem com-
pletamente, massageando para que a anatomia do coto fique bem modelada,
sobretudo o côndilo medial. Realizar pressões acima dos côndilos femorais,
tendão patelar e fossa poplítea. As regiões anterior-medial e anterior-lateral,
também precisam estar bem modeladas com relativa pressão na forma trian-
gular. À medida que o gesso vai secando, as modelagens realizadas com mas-
sagem contínua vão se configurando de forma mais definida. Neste ponto se
pode permitir uma leve flexão do coto (Figura 11).
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• Gesso em pó;
• Água;
• Balde;
• Atadura gessada;
• Misturador para gesso;
• Espátula;
• Grosa para gesso plana, meia-cana e redonda;
• Lápis cópia;
• EPIs (máscara descartável, calçado de segurança etc. – devem ser
utilizados durante todo o procedimento).
1.3.2 Procedimentos
161
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elementos até obter uma textura pastosa e homogênea, sem nenhum resíduo
do gesso em fragmentos (Figura 13).
O tempo de secagem pode variar de acordo com a mistura, a qualidade do gesso, a ma-
nipulação e até mesmo com o clima. Em média de 30 minutos, possivelmente, o molde já
tenha consistência para ser trabalhado. Isso pode ser verificado se apalpando a extremi-
dade superior da mistura, por onde foi envazado o gesso.
162
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE PRÓTESES PARA PESSOAS COM AMPUTAÇÕES TRANSTIBIAIS E TRANSFEMURAIS
Com a descarga de peso, ocorre um “rebaixamento” das estruturas do coto, o que resulta
no aumento do volume dele no interior do encaixe. Tal situação justifica a necessidade do
alívio distal de até10mm, que visa a reduzir a pressão no encaixe definitivo.
28º: Com uma grosa de secção circular, realizar uma pressão, desbastan-
do na região do tendão patelar, cuidando para que não atinja o limite inferior
da patela.
29º: Suavizar as bordas do encaixe, preenchendo com gesso a região
imediatamente superior a elas, suavizando as curvas.
30º: Fazer um acabamento superficial no molde para que fique com a
superfície lisa. Para isso, pode-se utilizar uma malha fina de nylon ou aço, re-
alizando um “lixamento” em toda sua superfície.
1.4.1 Materiais
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1.4.2 Procedimentos
164
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1.6.1 Materiais
• Polifórmio de 5mm;
• Polifórmio de 3mm;
• Plastazote de 12mm;
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1.6.2 Procedimentos
166
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Existem no mercado cones prontos que facilitam e agilizam a confecção do encaixe in-
terno. Caso decida-se utilizar cones pré-fabricados, apenas aquecer, vestir sobre o coto e
modelar.
1.7.1 Materiais
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1.7.2 Procedimentos
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60º: Colocar uma proteção para evitar que a resina que será envazada
não entre em contato com a pirâmide do adaptador (Figura 20).
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Figura 22 – Laminação
Figura 23 – Laminação
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Figura 24 – Laminação
173
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1.8.1 Procedimentos
Neste exemplo será usado adaptador com tubo, adaptador para pé Sach ou dinâmico,
adaptador com abraçadeira para tubo e pé Sach ou dinâmico. Os adaptadores podem
ser em alumínio, aço ou titânio, sendo que, para o alumínio, deve-se observar o limite de
peso corpóreo indicado pelo fabricante. Não será discutida aqui a tecnologia de com-
ponentes protéticos, pois existem vários modelos disponíveis no mercado, e a utilização
destes depende da correta indicação e da disponibilidade de recursos financeiros (com-
ponentes de maior tecnologia têm custo mais elevado).
174
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É comum que nas primeiras protetizações, a pessoa não conseguir uma descarga ideal de
peso, aparentando que a prótese está ligeiramente mais alta. Nestes casos é recomenda-
do utilizar uma palmilha no lado contralateral para compensar a diferença até que se faça
a correta adequação.
175
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2 Amputação Transfemural
São as amputações ao nível da coxa, entre a desarticulação do joelho e
a desarticulação do quadril, que podem ser subdivididas em três níveis: terço
proximal, médio e distal.
O coto transfemural com amputação no terço distal apresenta melhor
condição de protetização devido ao maior braço de alavanca e maior volu-
me muscular. Porém amputações muito distais limitam a utilização de alguns
joelhos protéticos que necessitam de maior espaço para montagem (distância
entre a linha articular do joelho e o adaptador de encaixe).
Amputações muito proximais dificultam a reabilitação do amputado. O
pequeno braço de alavanca poderá comprometer a marcha e dificultar a sus-
pensão, sendo necessário, em alguns casos, o uso de dispositivo auxiliar como
cinto pélvico. Além disso, cotos curtos tendem à maior flexão do quadril e,
devido ao dissinergismo entre o glúteo médio (abdutor) e os adutores ampu-
tados, podem desenvolver deformidades em abdução.
Neste nível de amputação é contraindicada a descarga distal de peso,
sendo necessária a perfeita modelagem do encaixe protético com contato total
do coto e a boa acomodação da parte óssea às partes moles, o que facilita a
colocação da prótese, levando à boa aceitação, ao conforto e à segurança na
marcha.
Além disso, de acordo com Carvalho (2003), as amputações transfemu-
rais aumentam o gasto energético da marcha em aproximadamente 65%.
É importante considerar que a correta seleção dos componentes da pró-
tese em relação ao grau de atividade do paciente, e a confecção do encaixe sem
excesso de material proporciona uma marcha harmônica que tem como be-
nefício a diminuição do gasto energético com menor esforço cardíaco. Ainda
neste nível de protetização, o tipo de joelho a ser utilizado deve ser escolhido
de acordo com a necessidade de uso do paciente para a melhor relação custo-
-benefício.
A seguir será descrito o processo de confecção de uma prótese endoes-
quelética transfemural, com encaixe quadrilátero e joelho monocêntrico, me-
cânico com freio. Existem outras técnicas de encaixes, bem como uma grande
variedade de componentes e tecnologias disponíveis. Escolheu-se discorrer
sobre este modelo específico de prótese por tratar-se da configuração mais
usada.
176
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2.1.2 Procedimentos
177
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4º: Marcar com lápis cópia, de 5cm em 5cm, traços ao longo de toda a
lateral do coto, iniciando ao nível da virilha, e com uma fita métrica, medir a
perimetria sobre os traços (Figura 29).
178
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10º: Após envolver o coto com a atadura, antes que ela se seque, massa-
gear toda a superfície do coto para uniformizar o molde. Exercer então uma
pressão sobre o ísquio e uma contrapressão, na parte anterior do coto, ao nível
do ísquio. A pressão deve ser feita com os dedos da mão agrupados e estendi-
dos e de forma perpendicular ao coto (Figura 32).
179
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11º: Marcar, com o lápis cópia, o contorno das bordas, onde serão re-
movidos os excessos (Figura 33).
180
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• Gesso em pó;
• Água;
• Balde;
• Atadura gessada;
• Misturador para gesso;
• Espátula;
• Grosa para gesso plana, meia-cana e redonda;
• Lápis cópia;
• EPIs (áscara descartável, calçado de segurança etc. – devem ser uti-
lizados durante todo o procedimento).
2.3.2 Procedimentos
181
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O tempo de secagem pode variar de acordo com a mistura, a qualidade do gesso, a ma-
nipulação e até mesmo o clima. Em média de 30 minutos, possivelmente, o molde já te-
nha consistência para ser trabalhado. Isso pode ser verificado apalpando a extremidade
superior do molde.
Para melhorar a vedação do encaixe, o desbaste perimétrico do molde poderá ser maior
na parte proximal e no bordo lateral, abaixo do trocânter.
Cotos mais volumosos, com maior quantidade de tecido mole, podem sofrer maior
redução.
Cotos menos volumosos e mais musculosos, menor redução. Manter algum alívio na
região do trocânter para evitar pressão.
Modelar de forma mais vigorosa nas regiões, abaixo e ao redor do trocânter. A maior
pressão favorece o posicionamento do fêmur em adução. Controlar as perimetrias com
uma fita métrica, para orientar o volume a ser reduzido.
Fatores como qualidade do gesso, temperatura ambiente etc. podem influenciar o
produto final.
182
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Não sendo possível a correção no encaixe, retoma-se o molde positivo para realizar as
correções. Nesta condição, recomenda-se moldar novo encaixe de prova e refazer o
processo de prova.
2.6.1 Materiais
183
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2.6.2 Procedimentos
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Considerações Finais
189
Referências
Módulo 5
Unidade de Aprendizagem 8
Adequação Postural em Cadeira de Rodas
1 Conceitos
1.1 Principais Alterações Clínicas que Criam Incapacidades Motoras que São
Indicativas do Uso de Cadeira de Rodas
191
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• Médico Fisiatra.
• Fisioterapeuta.
• Terapeuta Ocupacional.
• Engenheiro.
• Técnico em adequação de cadeiras de rodas.
• Fonoaudiólogo (quando necessário e em algumas instituições).
• Avaliação.
• Seleção do equipamento ideal e prescrição das adaptações.
192
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• Regulagem do mancal.
• Tilt fixo.
• Tilt móvel.
193
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194
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• Prevenir as deformidades.
• Distribuir a pressão, diminuindo ou eliminando o risco de úlceras
por pressão.
• Otimizar o desempenho funcional.
• Ampliar a liberdade de movimento.
• Promover o conforto.
• Aumentar o nível de tolerância na postura assentada.
• Possibilitar o suporte corporal.
• Facilitar o transporte.
• Promover a inclusão social.
Adaptações:
195
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201
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Autonomia
O bom posicionamento do indivíduo na cadeira de rodas aumenta a mo-
bilidade, a autonomia, o conforto e a segurança levando à melhoria na postura
sentada, favorecendo funções básicas como respiração, nutrição e fluxo sanguí-
neo, prevenindo dores e, além disso, melhorando a sociabilidade (BURNS, 1999).
Conforto
Indivíduos com incapacidades graves que não podem andar ou até mes-
mo sentar sozinhos, podem passar a vida deitados ou sendo carregados, por
esse motivo, os profissionais lançam mão do uso da cadeira de rodas. Para
muitos, a cadeira de rodas é um estigma de incapacidade e dependência, po-
rém a liberdade de ir e vir estão diretamente relacionados à melhor qualidade
de vida e maior independência.
Condições de Saúde
O mau posicionamento na cadeira de rodas pode levar o indivíduo a ter
problemas como: rigidez, contraturas, deformidades, restrição do movimen-
to, úlceras de pressão, além de comprometer o desenvolvimento emocional e
intelectual (RATLIFFE, 2000).
Portanto, uma cadeira de rodas sem adaptações acarreta em danos ao
paciente, podendo levar a uma postura inadequada com possíveis contraturas
e deformidades; prejudicar as funções básicas como respiração, nutrição pela
dificuldade de deglutição, alteração no sistema circulatório dificultando o re-
torno venoso; surgimento de dores e assim refletir diretamente nos aspectos
psicossociais, alterando a qualidade de vida do paciente.
Uma cadeira de rodas mal ajustada pode, na verdade, contribuir para fadiga desnecessária,
lesões à pele, deformidades do tronco ou de membros, e pode inibir a funcionalidade.
(ADLER, 2005).
202
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
• Expectativa do usuário.
• Adequação do ambiente físico.
• Adequação do ambiente social.
• Cooperação da família.
1.3.4 Avaliação
O ponto principal para a prescrição do equipamento ideal é o detalha-
mento da avaliação, tendo como principais critérios os seguintes itens:
• Identificação.
• Anamnese.
• Diagnóstico.
• Etiologia.
• Tempo de lesão.
• Cirurgias.
• Medicamentos.
203
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• Cadeira de rodas.
• Já possui?
• Qual a marca/modelo?
• É adaptada?
• Há quanto tempo possui?
• Tempo de uso/dia.
• Propulsão.
• Transferências.
• Local de uso.
• Transporte.
• Queixas.
• Aspectos cognitivos.
• Comunicação.
204
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
• Espasticidade.
• Alteração cognitiva.
• Deformidades/ossificação heterotrófica/escoliose/luxação de qua-
dril/quadril em ventania.
• Úlceras de pressão (escaras).
• Alteração/deficiência visual/baixa visão.
• Disfagia.
• Padrão respiratório.
• Hipotonia.
• Doenças progressivas.
• Gastrectomia.
• Traqueostomia.
• Uso de aparelhos respiratórios/oxigênio.
205
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206
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
207
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Infantil Ferro, conjunto assento-encosto, tipo poltrona, tilt Crianças tetraplégicas com controle postural
Tipo Tetraplégico/ acionado por pedal de 5º a 35º e apoio de cabeça. deficitário, sem propulsão independente,
“carrinho” Suporte de peso: até 50kg. podem ser encaminhadas para adequação
30–36–40 postural.
Infantil Alumínio, conjunto assento-encosto, tipo poltrona, Crianças tetraplégicas com controle postural
Tipo Tetraplégico/ tilt milimétrico de 0º a 25º, reclino de encosto, deficitário, sem propulsão independente,
“carrinho” reclinável independente do assento da poltrona de 0º a 40º e limitação para flexão de quadril > 15º e cifose
30–38–40–42–44 apoio de cabeça. torácica estruturada podem ser encaminhadas
Suporte de peso: até 70kg. para adequação postural.
Infantil Alumínio, conjunto assento-encosto, tipo poltrona, Crianças tetraplégicas com controle postural
Tipo Tetraplégico/ tilt milimétrico de 0º a 40º e apoio de cabeça. deficitário, sem propulsão independente,
“carrinho” Suporte de peso: até 70kg. podem ser encaminhadas para adequação
Alumínio postural.
30–38–40–42–44
Infantil Alumínio, duplo X, mancal com duas posições Pacientes com propulsão semidependente
Tipo Tetraplégico de regulagem horizontal, garfo adaptado para (ex.: paralisia cerebral (PC) diparética com
Duplo X diferentes tamanhos de rodas dianteiras. funcionalidade comprometida em membros
Com mancal Suporte de peso: até 90kg. superiores (MMSS) que necessitem de tilt
28–30,5–33–35,5–38 posterior e ajuste para melhor alinhamento
do eixo ombro-roda traseira e lesões de ombro
podem ser encaminhados para adequação
postural.
Fonte: Elaboração própria.
208
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
1.4.1 Medidas
• Reclinável.
• Com mancal.
• Braço escamoteável.
• Braço articulado – AB
• Largura da cadeira.
• Comprimento.
1.4.2 Confecção
I – Processo de Confecção
1 – Assento e Encosto
209
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Tipo de espuma
Poliuretano expandido. Uso geral.
Látex: utiliza-se quando necessário uma camada sobre a espuma de
poliuretano expandido. Utiliza-se em pacientes com proeminências
ósseas ou aumento da sensibilidade.
Confecção
Cortar espuma na mesma medida da madeira
Assento
1/3 da porção proximal utiliza-se espuma com densidade 45.
2/3 da porção distal utiliza-se espuma com densidade 37.
Encosto
Espuma com densidade 28.
Colagem
Passar cola na espuma, na base de madeira.
Esperar secar por alguns minutos.
Juntar as duas superfícies.
2 – Apoio de Cabeça
• Confecção
Separar apoio de cabeça.
Traçar na parte superior da espuma um contorno com 1cm de folga
de borda.
Cortar espuma de 2cm a 2,5 cm.
Passar cola na espuma, na base de madeira.
Esperar secar por alguns minutos.
Juntar as duas superfícies.
• Prova
Regulagem
Horizontal e vertical
Lateral
210
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
3 – Apoio de Braço
• Composição
Base Fixa
5 – Apoio de Tronco
• Confecção
211
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6 – Apoio de Pé
• Confecção
Separar o apoio de pé.
Espuma do tipo poliuretano expandido.
Objetivo: distribuição de peso corporal.
Cortar a espuma, com densidade 28, na mesma medida da madei-
ra.
Passar cola entre a espuma e a madeira.
Esperar secar por cinco minutos.
Juntar as duas superfícies.
7 – Cintos
• Camiseta
Fixação no encosto.
Parte superior: passar no acrômio.
Parte inferior: passar sobre a última costela, pois não pode estar
sobre as vísceras.
• Pélvico
212
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Bandeja.
Haste para dieta.
Suporte de O2.
Suporte bipap.
Suporte de coletor de urina.
Suporte de bateria.
Apoio lateral de coxa removível.
Apoio lateral de coxa fixo.
Anteparo lateral de quadril.
Abdutor de coxa fixo.
Abdutor de coxa removível.
Encosto bipartido.
Chapa angulada em alumínio para reclino ângulo assento/encosto.
Suporte para tablete.
5 – Preparação para Prova
• Montagens das hastes no assento e encosto
• Montagem do assento e encosto
• Arredondar cantos vivos
• Alinhar
1.4.3 Prova
6 – Prova
• Avaliação
• Regulagens e Ajustes
213
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8 – Forração
10 – Entrega
• Avaliação final
• Colocação de cintos
• Regulagens e ajustes
1.4.4 Acabamento
11 – Tapeceiro
Cuidados antes da forração:
Especificação do material:
• Seguir os contornos.
• Não deixar folga nas costuras, dobras e excesso de cola.
• Passar uma demão de cola.
• Verificar a mesma direção e sentido do tecido para costura.
214
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
• Seguir os contornos.
• Não deixar folga nas costuras, dobras e excesso de cola.
• Passar uma demão de cola.
• Utilizar o mesmo modelo de tecido do assento e encosto.
• Deixar a parte final da costura para baixo e atrás do apoio de cabeça.
Processo de acabamento do apoio de braço:
• Seguir os contornos.
• Não deixar folga nas costuras, dobras e excesso de cola.
• Passar uma demão de cola.
• Verificar a mesma direção e sentido do tecido para costura.
• Seguir os contornos.
• Não deixar folga nas costuras, dobras e excesso de cola.
• Passar uma demão de cola.
• Verificar a mesma direção e sentido do tecido para costura.
• Realizar a montagem de forma independente para manter as peças
separadas.
• Seguir os contornos.
• Não deixar folgas nas costuras.
• Passar uma demão de cola.
• Verificar a mesma direção e sentido do tecido para costura.
• Seguir os contornos.
• Não deixar folgas nas costuras.
• Passar uma demão de cola.
• Verificar a mesma direção e sentido do tecido para costura.
215
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Pélvico:
Faixa Torácica:
Acessórios:
216
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1.5.1 Documentação
Alguns itens que, com o uso, devem ser revistos e realizar manutenção
preventiva com o objetivo de menor gasto energético do paciente e maior du-
rabilidade dos equipamentos.
Manutenção de Órtese Suropodálica:
• Troca de velcros.
217
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• Troca de passadores.
• Higienização de forros de EVA.
• Troca de forros de EVA.
• Troca de borracha antiderrapante.
Manutenção de Próteses:
1 – Transfemural
• Higienização de encaixe.
• Lubrificação de joelho.
• Troca de bucha de bronze do joelho monocêntrico.
• Regulagem dos parafusos.
• Realinhamento da prótese.
• Troca da válvula de sucção.
• Troca da meia cosmética.
• Troca da espuma de revestimento.
2- Transtibial
• Higienização do encaixe.
• Higienização do encaixe interno flexível – EVA ou Liner
• Regulagem dos parafusos.
• Realinhamento da prótese.
• Troca da meia cosmética.
• Troca da espuma de revestimento.
218
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
219
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220
CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | CONSIDERAÇÕES FINAIS
221
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CONFECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO | ADEQUAÇÃO POSTURAL EM CADEIRA DE RODAS
Referências
BURNS, S.P., BETZ, K.L. Seating pressures with conventional and dynamic
wheelchair cushions in tetraplegia. Archives of Physical Medicine and
Rehabilitation, v. 80, 5, p. 566-71, May 1999.
223
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