CCL00420010
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Rio de Janeiro
Agosto/2010
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE PROJETOS
DE MINERAÇÃO
INTRODUÇÃO
São apresentadas, neste capítulo, as informações básicas sobre a elaboração de
projetos e as técnicas mais adequadas às avaliações econômicas.
Pretende-se que o leitor tenha noção das técnicas empregadas na elaboração e
avaliação econômica de projetos de mineração, e perceba a importância desta fase que
precede a implantação de um empreendimento mineral. No que se refere às técnicas de
elaboração de um projeto, serão abordados: aspectos gerais do projeto; engenharia de
projeto, mercado; e avaliação de custo e de receita. Essas informações servem de base
à montagem do fluxo de caixa e à avaliação econômica do empreendimento.
É necessário enfatizar que, por mais bem elaborados que tenham sido a pesquisa
e os projetos de lavra e beneficiamento, todo esforço da equipe técnica poderá ser
desperdiçado se não houver uma competente avaliação econômica que assegure, com
uma margem de risco aceitável, a viabilidade econômica do empreendimento.
Os investimentos em mineração se caracterizam pela limitação de sua vida útil;
uma vez extraído todo o minério economicamente explorável existente na jazida, é
forçoso o encerramento das operações. Impõe-se, assim, que durante a vida útil da
mina o investidor receba de volta o capital aplicado, acrescido de remuneração
compatível com os riscos do negócio.
No caso da mineração, em particular, essa análise se reveste da mais alta
relevância, tendo em vista as características específicas desse tipo de empreendimento:
(i) localização quase sempre próxima ao depósito mineral e, na maioria das
vezes, distante dos centros urbanos;
(ii) uso intensivo de capital e longo prazo de maturação;
(iii) dimensionamento e processo de beneficiamento específico para limitação
na disponibilidade do bem mineral, face ao caráter não renovável das
reservas minerais.
Esses aspectos, inerentes ao setor mineral, fazem com que a decisão de investir
seja respaldada em análise econômica detalhada, a partir de projetos bem elaborados,
objetivando minimizar os riscos do empreendimento.
As consequências decorrentes de falhas na elaboração do projeto e em sua
avaliação econômica podem acarretar grandes prejuízos financeiros e, em alguns casos,
resultam na inviabilidade do empreendimento.
900 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
MERCADO
Em termos gerais, o objetivo do estudo de mercado relativo a um projeto é
definir, para um determinado período, quem vai comprar o produto, em que
quantidade, a qual preço, quais os concorrentes e qual a parcela do mercado que
caberá a cada concorrente.
Um erro grave, no estudo do mercado e de difícil correção, constitui uma das
causas mais frequentes dos fracassos de projetos.
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 901
ENGENHARIA DO PROJETO
Refere-se à definição de premissas de projeto, elaboração de projeto conceitual,
básico, detalhamento, implantação e posta em marcha, com a participação de
engenheiros de diferentes especialidades. Aqui são feitas referências à fase técnica do
estudo, comentando-se os aspectos básicos a serem considerados quanto à engenharia,
tais como:
(i) localização;
(ii) reservas e capacidade de produção;
(iii) ensaios e pesquisas preliminares;
(iv) seleção do processo de produção;
(v) especificação dos equipamentos e montagens;
(vi) edificações;
(vii) projetos complementares de engenharia;
(viii) escala de produção e localização.
902 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
AVALIAÇÃO DE CUSTO
Os investimentos e a avaliação de custos na mineração se caracterizam pela
limitação da vida útil da mina; uma vez extraído todo minério economicamente
explotável existente, é forçoso o encerramento das operações. Impõe-se assim, que
durante a vida útil da mina, o investidor tenha ressarcido o capital aplicado, acrescido
de remuneração compatível com os riscos do empreendimento. Assim, a avaliação de
custo de uma jazida se baseia em estimativas de grandezas econômicas, a saber:
(i) vida útil da mina, obtida com base na reserva de minério existente;
(ii) custos iniciais, vida útil dos equipamentos, instalações e substituições dos
mesmos;
(iii) custos anuais de produção, transporte, administração e comercialização;
(iv) custos para reabilitação da área lavrada, ao fim da vida útil da mina;
(v) capital de giro;
(vi) condições de financiamentos que possam ser obtidos para a instalação
inicial da mina;
(vii) despesas de administração correspondentes ao ciclo de produção e
beneficiamento.
Custos de Administração
Os custos de administração incluem todos os salários do pessoal de engenharia e
de administração, material consumido, aluguéis de escritórios, luz, comunicações,
despesas de viagem, treinamento de pessoal e seguros. Incluem, ainda, despesas
médicas e hospitalares, de educação e de recreação do pessoal.
Custos de Comercialização
Os custos de comercialização compreendem os salários do pessoal de marketing
e de vendas, despesas de viagem, despesas com propaganda e comissões de
intermediários; estas últimas costumam ser expressivas no caso das exportações.
Capital de Giro
O capital de giro pode ser uma importante parcela do capital total, necessário
para um novo projeto. É necessário estimá-lo cuidadosamente, não só calculando sua
componente inicial, como os acréscimos necessários ao longo do tempo,
principalmente quando são previstos aumentos futuros no nível das operações.
O capital de giro deve cobrir as seguintes parcelas:
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 905
Investimentos Iniciais
Os custos de capital só podem ser estimados após fixada a taxa de produção
anual, bem como, determinada a tecnologia de lavra e beneficiamento dos minérios e
elaborado um anteprojeto das instalações e dos equipamentos a serem utilizados. Uma
lista detalhada de custos deve incluir:
(i) custos dos estudos técnicos e econômicos e dos projetos de engenharia;
(ii) custos pré-operacionais (correspondentes à fase inicial de produção,
quando a qualidade dos produtos ainda está em testes);
(iii) transporte e instalação dos equipamentos de mineração;
(iv) instalações gerais (oficinas, escritórios, residências, escolas, hospitais,
recreação etc);
(v) caminhões e outros materiais gastos, quando o transporte rodoviário da
mina ao destino for feito pelo minerador.
Substituições de Equipamentos
Os equipamentos e instalações de uma empresa de mineração constituem um
complexo, cujas partes têm vidas úteis diferentes. Normalmente os prédios e
instalações fixas têm vida igual ou superior à vida da mina, apresentando ainda boas
condições de utilização quando todo o minério economicamente explotável estiver
exaurido; assim, não há em geral qualquer substituição de tais parcelas do ativo fixo. Já
com as máquinas, equipamentos e instalações móveis ocorre o oposto: em regra é
necessário substituí-las ao longo da explotação da jazida, e os custos dessas
substituições constituem significativos desembolsos que devem ser incluídos no fluxo
de caixa.
ENTRADAS:
receita pela venda de minério, concentrado, metal ou outro tipo de produto
mineral;
valor recuperado pela venda de equipamentos usados;
retorno do capital de giro no fim da vida útil do empreendimento;
outras receitas não operacionais.
SAÍDAS:
despesas com aquisição de direitos minerários, royalties ou arrendamentos;
despesas com desenvolvimento da lavra (preparação para início da produção);
investimentos para implantação da mina e usina de tratamento (máquinas,
equipamentos, obras de engenharia etc);
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 909
investimento de capital de giro (recursos para fazer face aos estoques e despesas
em geral, principalmente na fase inicial de operação);
custos operacionais de lavra e tratamento (matérias-primas, água, energia,
manutenção de máquinas e equipamentos, salários, encargos sociais, despesas
administrativas etc);
impostos sobre a renda e circulação de mercadorias, compensação financeira,
COFINS, taxas e outros tributos.
Cálculo do Fluxo de Caixa
Conforme definido anteriormente, o fluxo de caixa corresponde à diferença entre
as entradas e saídas de caixa que, de maneira resumida, podem ser relacionadas e
calculadas conforme indicado a seguir.
1. Investimentos
Capital Fixo
Obras de Engenharia
Pesquisa e Desenvolvimento
Capital de Giro
2. Receitas
Operacionais
Não Operacionais
3. Taxas e Tributos Sobre o Faturamento
4. Custos Operacionais
5. Renda Líquida (5=2-3-4)
6. Depreciação/Amortização
7. Renda Tributável (7=5-6)
8. Contribuição Sobre o Lucro (8=7 x Alíquota)
9. Imposto de Renda (9=7 x Alíquota)
10. Lucro Após o Imposto de Renda (10=5-8-9)
11. Fluxo de Caixa (11=10+6-1)
Existindo a possibilidade de financiamento devem ser considerados, no cálculo do
fluxo de caixa, os seguintes pontos:
910 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
(i) subtrair da Renda Líquida (5) as despesas com os juros incidentes sobre o
saldo devedor do financiamento — a Renda Tributável (7), portanto,
contempla a diferença referente aos juros;
(ii) adicionar ao Lucro Após o Imposto de Renda (10), o valor do financiamento
e subtrair as parcelas correspondentes às amortizações.
As estimativas de fluxo de caixa devem incluir todos os dados econômicos
associados a um projeto, durante toda sua vida útil, iniciando no momento de sua
implantação e estendendo-se pelos períodos futuros.
Os fluxos de caixa para os anos mais recentes são mais importantes
economicamente do que os dos períodos futuros a 10, 15 ou mais anos, devido ao valor
do dinheiro no tempo (ver conceito na seção seguinte). Por esta razão, não é
recomendável a elaboração de fluxos de caixa para períodos superiores a 30 anos,
considerando os valores equivalentes, em relação ao ano de início da implantação do
projeto, passam a ser desprezíveis, por se aproximarem de zero.
Na Figura 1 está sumarizada a lista de dados para apuração do Fluxo de Caixa,
cujos itens serão comentados, a seguir, com relação aos aspectos não abordados
anteriormente.
PRODUÇÃO X PREÇO
RECEITA
CUSTOS DEPRECIAÇÃO/
OPERACIONAIS AMORTIZAÇÃO
RENDA
TRIBUTÁVEL
IMPOSTO DE
INVESTIMENTOS
RENDA
FLUXO DE CAIXA
Estimativa de Preço
O preço é, sem dúvida, o dado mais relevante em uma avaliação econômica. É, ao
mesmo tempo, a variável mais complexa de ser estimada, salvo raras exceções, como
nos casos em que a oferta é atomizada, o bem mineral é abundante e o preço praticado
no mercado já alcançou uma relativa estabilidade; exemplo: minério de ferro. Mesmo
assim, a entrada em operação de uma grande mina pode provocar desequilíbrio entre a
oferta e a demanda e, consequentemente, alteração no preço.
Para a maioria dos minerais metálicos, o que se verifica, com frequência, é a
instabilidade de seus preços, o que faz com que a previsão dos mesmos se torne muito
difícil. Os minerais não metálicos apresentam, em geral, preços mais estáveis, mesmo
assim sujeitos a flutuações bruscas, principalmente para aqueles que são
comercializados em nível internacional. Portanto, face ao grande significado do preço
do bem mineral na análise econômica do projeto, essa variável deve ser objeto de um
estudo específico, bastante profundo, sob pena de se obter resultados na análise
econômica não compatíveis com a realidade. Qualquer desvio no preço esperado pode
mudar consideravelmente o resultado da análise. Um preço superestimado pode indicar
uma taxa de retorno favorável para um projeto que, na verdade, é duvidoso; de forma
semelhante, um preço subestimado pode provocar a rejeição de um projeto que, a
rigor, é um bom investimento e, portanto, está se perdendo uma oportunidade
lucrativa.
Nos casos em que a produção prevista para um projeto seja pequena e, com
certeza, não deverá provocar desequilíbrio da oferta versus demanda no mercado, a
estimativa de preço pode ser projetada com base na tendência de preços do passado.
Essa projeção é baseada na expectativa de que as condições do passado persistirão no
futuro e, desta forma, estão sendo ignoradas possíveis mudanças em tecnologia, gosto,
nível de renda e outras variáveis exógenas. Se faz necessário, portanto, atenção especial
a esses fatores, quando da elaboração da estimativa de preços futuros.
Outro método para a estimativa de preços é a aplicação de análise de regressão,
onde são considerados os fatores que influenciam a oferta e a demanda dos bens
minerais. A identificação do volume de reservas e dos correspondentes custos de
produção observados em outras empresas, associada à projeção de demanda, ajuda a
projetar o preço mínimo que poderá ocorrer a um determinado bem mineral. Esses
métodos são complexos e requerem a participação de profissionais especializados.
O detalhamento de suas metodologias é amplo e está fora do âmbito deste capítulo.
Deve ser reafirmado, portanto, que a estimativa de preço é um problema de
solução complexa. Muitas empresas possuem especialistas exclusivamente dedicados a
esta questão e ainda contratam consultores externos para que possam ser obtidas as
estimativas menos tendenciosas possíveis. É comum trabalhar com um faixa de preços,
ao invés de um preço fixo.
912 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
Estimativa da Receita
Definido o nível de produção e o preço unitário de cada bem a ser produzido, a
estimativa da receita é obtida mediante a simples multiplicação entre a quantidade de
venda anual prevista e o preço estimado.
No entanto, algumas precauções devem ser tomadas: o preço considerado deve
ser f.o.b 1 (mina ou usina de tratamento) e a quantidade deve ser a prevista para a
venda (e não a previsão de produção). Portanto, deverá ser diminuído do preço de
venda previsto, os custos de transporte até o destino − entrega ao comprador, ponto de
venda ou local de embarque, conforme o caso.
O objetivo do avaliador consiste em fazer a estimativa da receita líquida das
vendas, deve-se levar em conta os prêmios e as multas devidas às variações de teor
metálico, granulometria etc, em relação aos padrões estabelecidos, aos quais
correspondem os preços básicos contratuais. Outras receitas não decorrentes da venda
dos produtos, como prestação de serviços a terceiros, venda de energia elétrica
produzida etc, devem ser também estimadas, quando for o caso.
Síntese do Fluxo de Caixa
Os dados de entradas e saídas do fluxo de caixa (descritos anteriormente), após
calculados para cada ano, representam valores que só serão efetivados no decorrer da
vida útil do empreendimento. Dessa forma, a avaliação econômica dos resultados
alcançados deverá levar em consideração essa realidade, mediante a utilização do
conceito de valor do dinheiro no tempo.
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914 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
Relação Benefício-Custo.
Taxa Média de Retorno (TMR)
Este método é obtido pela relação entre a média anual das entradas líquidas de
caixa e o valor absoluto do investimento na fase pré-operacional.
Na Tabela 1, são apresentados os resultados dos fluxos de caixa de duas
alternativas de investimento (A e B), cujos valores estão expressos em unidades
monetárias ($u.m.).
Tabela 1 – Resultados dos fluxos de caixa de duas alternativas de investimentos
de (A e B).
Fluxos de Caixa ($u.m.)
Fase Ano Alternativa A Alternativa B
Pré-operacional 0 -100 -200
Operacional 1 +40 +70
“ 2 +40 +70
“ 3 +40 +70
“ 4 +40 +70
“ 5 +40 +70
Total - +100 +150
Tem-se, portanto:
TMRA = [(5 x 40) : 5 ] : 100 = 0,40 ou 40% a.a.
TMRB = [(5 x 70) : 5 ] : 200 = 0,35 ou 35% a.a.
De acordo com os resultados obtidos, a alternativa A se apresenta mais atrativa
que a alternativa B, pois : TMRA > TMRB.
O método da TMR é derivado do método da Taxa de Retorno Contábil (TRC) que,
embora seja calculado de forma semelhante, usa a média anual dos lucros contábeis, ao
invés da média anual das entradas líquidas de caixa. A TRC, portanto, despreza o
conceito de fluxo de caixa e, por isso, é menos significativa que a TMR.
A TMR apresenta apenas uma aproximação sobre a lucratividade do projeto, não
devendo ser aplicada no processo decisório de investimentos, por apresentar falhas que
serão esclarecidas adiante, quando for feita a comparação entre os métodos e
mostradas as vantagens e desvantagens dos mesmos. A principal razão para seu
conhecimento é a facilidade de entendimento do método, servindo de introdução ao
aprendizado dos demais, que têm metodologias semelhantes.
916 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
Relação Benefício-Custo
O método da Relação Benefício-Custo (RBC), também conhecido como Relação
Benefício-Custo Não-Descontados, corresponde à relação entre as entradas líquidas de
caixa (benefícios) e as saídas líquidas de caixa (custos). A RBC mede, portanto, o retorno
em relação ao investimento, sem considerar o valor do dinheiro no tempo. Com base no
exemplo anterior, tem-se:
5x40u.m.
RBC A = = 2,00u.m.
100
5x70u.m.
RBC A = = 1,75u.m.
200
Os resultados alcançados indicam que para cada unidade monetária
($ u.m.) investida haverá um retorno de 2,0 u.m. na alternativa A e de 1,75 u.m. na
alternativa B. Naturalmente, do ponto de vista da RBC a alternativa A é mais atraente
que a alternativa B. No entanto, ambas as alternativas indicam que o retorno é superior
ao investimento.
De acordo com a RBC, a alternativa pode ser aceita sempre que a RBC ≥ 1,0 e
deve ser descartada sempre que a RBC < 1,0, caso em que o capital recuperado é
inferior ao investimento.
Métodos Baseados no Fluxo de Caixa Descontado
Os métodos baseados no fluxo de caixa descontado são os que consideram, de
forma combinada, o fluxo de caixa e o valor do dinheiro no tempo. Isto faz com que,
usando-se esses métodos, as alternativas de investimentos ou projetos possam ser
avaliadas em uma mesma data (presente ou futura) ou, segundo a uniformização da
distribuição dos fluxos de caixa, num mesmo horizonte de tempo. Neste grupo estão
sendo apresentados os seguintes métodos:
(i) valor atual líquido;
(ii) razão do valor atual líquido;
(iii) relação benefício-custo descontado;
(iv) valor anual equivalente;
(v) taxa interna de retorno.
∑
t =n
VAL = t =0
FC t /(1 + i) t [1]
onde:
t é um ponto no tempo, geralmente um ano;
n é a vida total do projeto, normalmente em anos;
i é a taxa de desconto atribuída como sendo atrativa ao
projeto;
FC é o fluxo de caixa em cada ponto no tempo.
Alternativa A
VAL A 51,63
RVAL A = = = 0,516 [3]
VA IA 100
Alternativa B
VAL B 65,34
RVAL B = = = 0,327 [4]
VA IB 200
Os resultados alcançados indicam que ambas as alternativas podem ser aceitas
pois apresentam um RVAL> 0, ou seja, um retorno adicional além do mínimo desejado
(10%). No entanto, a alternativa A se apresenta mais atrativa que a alternativa B, em
termos de rentabilidade do empreendimento, pois, conforme indicado anteriormente,
quanto maior o RVAL maior o VAL (ou retorno) por unidade de investimento. Como o
RVAL é função da taxa de desconto, o seu resultado varia de acordo com a taxa
aplicada. Quanto maior a taxa, menor o RVAL e vice-versa.
A maior importância do RVAL é que este permite ordenar várias alternativas de
projetos independentes, com investimento inicial e vida útil desiguais. Nos casos de
projetos mutuamente excludentes, em que é necessário optar por uma das alternativas,
este método se aplica perfeitamente, desde que haja coerência com o resultado do
VAL; isto é, se uma alternativa mutuamente excludente apresenta o melhor resultado,
tanto para o VAL como para o RVAL, ela deve ser escolhida, pois tem o maior lucro
(indicado pelo VAL) e a melhor rentabilidade (indicada pelo RVAL). Nos casos em que
esses resultados não acontecem, a decisão deve ser tomada com base na análise
incremental entre os projetos.
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 921
bastante simplificada, e evita-se o cálculo para cada fluxo de caixa anual. Usando-se o
exemplo anterior e considerando-se a taxa de desconto de 10%, tem-se:
VAEA = VALA . [FRC(i,n)] [8]
onde: FRC(i,n) é o fator de recuperação de capital (vide a Tabela A.4) para uma
determinada taxa de desconto ( i ) e uma determinada vida útil ( n ).
Assim, VAEA = 51,63 u.m. X 0,2296 = 11,855 u.m.
De forma análoga: VAEB = 65,34 u.m. X 0,2296 = 15,003 u.m.
Os resultados acima indicam que ambas as alternativas podem ser aceitas, sendo
a alternativa B mais atraente que a alternativa A, por apresentar um maior VAE.
No caso exemplificado, ambas as alternativas tinham a mesma vida útil, o que
resultou, obviamente, em um maior VAE para a alternativa com maior VAL. No entanto,
ao se comparar alternativas com vida útil desigual, os resultados poderão se apresentar
de forma não proporcional, entre o VAL e o VAE.
Usando-se o VAE como técnica de avaliação, a alternativa pode ser aceita sempre
que o resultado for positivo e deve ser rejeitada quando o resultado for negativo.
Dentre as alternativas aceitas, a prioridade deve ser dada às alternativas com maior
VAE.
O VAE é muito útil na comparação de alternativas mutuamente excludentes, o
que o classifica como o mais adequado nos casos de substituição de equipamentos, nas
comparações entre projetos de mineração - normalmente com vida útil desigual -, ou
mesmo nas simulações dentro de um mesmo projeto de mineração, em que são
analisadas hipóteses bastante diferentes entre sí, inclusive com relação à vida útil.
Taxa Interna de Retorno
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala o
valor atual dos fluxos de caixa positivos ao valor atual dos fluxos de caixa negativos, em
uma alternativa de investimento. Em outras palavras, a TIR é a taxa de desconto que,
aplicada ao fluxo de caixa de um projeto, produz um VAL = 0.
Enquanto os métodos descritos anteriormente (VAL, RVAL e VAE) são calculados a
partir de uma taxa de desconto pré-determinada, o método da TIR consiste em
determinar a taxa de retorno do empreendimento. O cálculo da TIR é procedido,
normalmente, pelo processo de tentativa e erro (iterativo) a partir do cálculo do VAL.
Se VALi > 0, tem-se: TIR >i
Se VALi < 0, tem-se: TIR < i
Calculando-se a TIR, para as alternativas do exemplo anterior, tem-se:
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 923
Alternativa “A”
ANO FC FVA (a VAL (a 28%) FVA (a 29%) VAL (a
($u.m.) 28%) ($u.m.) 29%)
($u.m.)
0 -100 1,0000 -100,00 1,0000 100,00
1 40 0,7813 31,25 0,7752 31,01
2 40 0,6104 24,42 0,6009 24,04
3 40 0,4768 19,07 0,4658 18,63
4 40 0,3725 14,90 0,3611 14,44
5 40 0,2910 11,64 0,2799 11,20
TOTAL 100 - 1,28 - -0,68
Através de interpolação linear, obtém-se o valor percentual da TIR:
TIR = 28% + [ 1,28 / ( 1,28 + 0,68 ) ]% = 28,7%
Alternativa “B”
ANO FC FVA (a VAL FVA (a 23%) VAL
($u.m.) 22%) ($u.m.) ($u.m.)
0 -200 1,0000 -200,00 1,0000 -200,00
1 70 0,8197 57,38 0,8130 56,91
2 70 0,6719 47,03 0,6610 46,27
3 70 0,5507 38,55 0,5374 37,62
4 70 0, 4514 31,60 0,4369 30,58
5 70 0,3700 25,90 0,3552 24.86
TOTAL 150 - 0,46 - -3,76
Por interpolação linear:
TIR = 22% + [ 0,46 / ( 0,46 + 3,76 ) ]% = 22,1%
A TIR é usada tanto para se conhecer a taxa de retorno esperada para uma
alternativa de investimento, como para classificar os projetos em termos de
rentabilidade; quanto maior a TIR, mais interessante é o projeto, quando analisado
exclusivamente por este método, que é eficiente para a seleção de alternativas
independentes. A condição mínima aceitável é que a TIR seja maior que a taxa de
atratividade ou custo de capital.
No exemplo dado, ambas as alternativas apresentaram resultados que
recomendam a aceitação dos projetos, considerando-se uma taxa mínima de
atratividade de 10%. No caso, a alternativa A apresentou uma taxa de rentabilidade
melhor quer a da alternativa B.
Na análise das alternativas mutuamente excludentes, a eficiência do método fica
limitada aos casos em que os resultados da TIR sejam coerentes com os resultados do
VAL; ou seja, na comparação entre duas alternativas, se uma delas apresentar o maior
VAL e a maior TIR, esta deve ser a escolhida. Quando os resultados forem divergentes e
os horizontes diferentes, deve ser procedida a análise incremental, isto é: o cálculo da
TIR referente à diferença entre os fluxos de caixa das duas alternativas analisadas.
924 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
Os métodos baseados no fluxo de caixa descontado (VAL, RVAL, RBCD, VAE e TIR),
ou seja, os que consideram o valor do dinheiro no tempo, embora superiores aos
métodos simples, também não são perfeitos. Na maioria dos casos, eles são usados de
forma complementar, principalmente quando se deseja escolher entre alternativas
mutuamente excludentes. Esses métodos têm a vantagem de considerar em seus
cálculos toda a vida do empreendimento, bem como as variações nos investimentos e
retornos ao longo do tempo. Outras vantagens e desvantagens ocorrem para cada
método, conforme apresentadas adiante. São indicados a seguir, os resultados do
exemplo apresentado neste capítulo.
Método Alternativa “A” Alternativa “B”
Valor Atual Liquido (VAL) 51,63 u.m. 65,34 u.m.
Raz!ão do Valor Atual Líquido
(RVAL) 0,516 0,327
Relação Benefício-Custo
Descontado (RBCD) 1,516 1,327
Valor Anual Equivalente (VAE) 11,855 u.m. 15,003 u.m.
Taxa Interna de Retorno (TIR) 28,7% 22,1%
O Valor Atual Líquido - VAL tem a vantagem de ser o método mais apropriado
para a avaliação do valor econômico de um projeto e, por conseguinte, permite obter
um parâmetro relevante para negociação. Seu principal problema é a necessidade de
determinação prévia de uma taxa de desconto apropriada.
O método da Razão do Valor Atual Líquido - RVAL, embora também necessite da
taxa de desconto pré-determinada, tem a vantagem de permitir a comparação entre
alternativas de projetos com diferentes investimentos iniciais, por meio da medição do
VAL por unidade monetária de investimento.
A Relação Benefício-Custo Descontado - RBCD tem as mesmas características da
RBC (método simples), com a vantagem de considerar o valor do dinheiro no tempo.
O Valor Anual Equivalente - VAE tem a vantagem de permitir ajustar,
uniformemente, os custos ou retornos de um projeto, ao longo de toda a vida do
empreendimento. Daí o fato de ser o método mais apropriado para a comparação entre
alternativas com diferentes períodos de vida útil. A exemplo do VAL, necessita de uma
taxa de desconto pré-estabelecida.
A Taxa Interna de Retorno - TIR mostra-se como uma das técnicas de avaliação
mais usadas pelas seguintes razões: oferece uma medida de rentabilidade em forma de
percentual (preferida pelos empresários e analistas) ao invés de u.m. como ocorre no
caso do VAL e do VAE; e não necessita a definição de uma taxa de desconto pré-
determinada para o seu cálculo. Os pontos negativos do método são: a necessidade da
926 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
TIR ser comparada a uma taxa de desconto, como também ocorre com o VAL e o VAE; a
inconveniência de apresentar, em alguns casos, mais de uma TIR ou mesmo nenhuma; e
a dificuldade na interpretação do sentido econômico financeiro, dando a entender que
a TIR é a taxa de retorno sobre o capital investido, o que, na maioria das vezes, não é
verdadeiro.
Em síntese, os métodos que utilizam o fluxo de caixa descontado permitem uma
melhor avaliação sobre a atratividade do investimento por considerarem o custo de
capital. No entanto, embora complementares aos métodos simples, essas técnicas não
esgotam o processo de análise econômica. Nos casos de projetos de mineração que
envolvem altos investimentos financeiros, se fazem necessárias as análises de
sensibilidade e de risco, objetivando avaliar as incertezas e seus possíveis impactos nos
projetos. Essas técnicas não serão examinadas neste capítulo, sendo apresentados
apenas seus conceitos básicos.
O objetivo da análise de sensibilidade é identificar os parâmetros críticos de um
projeto, que, ao sofrerem variações, poderão alterar, significativamente, sua
economicidade. A análise de sensibilidade permite estimar, portanto, os efeitos nas
medidas de avaliação econômica (VAL, RVAL, TIR, etc.), ao se alterar, para mais ou para
menos, parâmetros intrínsecos do projeto de mineração, tais como: teor do minério,
custos operacionais e preço de venda do produto mineral. No momento em que são
identificadas as variáveis críticas de um projeto, elas passam a ser objeto de atenção
especial por parte do responsável pela decisão de sua implantação.
A análise de risco tem o objetivo de avaliar o risco associado aos resultados
econômicos esperados para um determinado projeto e, consequentemente, a
probabilidade de sucesso ou insucesso, se o projeto for implantado. Nos casos dos
projetos de mineração, onde o nível de incerteza é elevado, a análise de risco é
procedida mediante a incorporação da possibilidade de ocorrência de diferentes valores
para cada um dos parâmetros identificados como críticos através da análise de
sensibilidade.
Finalmente, os resultados obtidos com as técnicas de avaliação econômica,
associados à uma apreciação dos fatores intangíveis, são os ingredientes que permitem
decidir sobre a oportunidade de implantação de um determinado projeto. A não
utilização das técnicas aqui abordadas torna o processo decisório fique altamente
vulnerável com relação ao sucesso econômico do projeto, principalmente quando se
trata de empreendimento de mineração, onde o nível de incerteza é, em geral, muito
elevado.
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 927
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SOUZA, P. A. Avaliação econômica de projetos de mineração - análise de sensibilidade e
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928 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
1 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,10 1,12 1,15 1,20
2 1,04 1,06 1,08 1,10 1,12 1,14 1,17 1,21 1,25 1,32 1,44
3 1,06 1,09 1,12 1,16 1,19 1,23 1,26 1,33 1,40 1,52 1,73
4 1,08 1,13 1,17 1,22 1,26 1,31 1,36 1,46 1,57 1,75 2,07
5 1,10 1,16 1,22 1,28 1,34 1,40 1,47 1,61 1,76 2,01 2,49
6 1,13 1,19 1,27 1,34 1,42 1,50 1,59 1,77 1,97 2,31 2,99
7 1,15 1,23 1,32 1,41 1,50 1,61 1,71 1,95 2,21 2,66 3,58
8 1,17 1,27 1,37 1,48 1,59 1,72 1,85 2,14 2,48 3,06 4,30
9 1,20 1,30 1,42 1,55 1,69 1,84 2,00 2,36 2,77 3,52 5,16
10 1,22 1,34 1,48 1,63 1,79 1,97 2,16 2,59 3,11 4,05 6,19
11 1,24 1,38 1,54 1,71 1,90 2,10 2,33 2,85 3,48 4,65 7,43
12 1,27 1,43 1,60 1,80 2,01 2,25 2,52 3,14 3,90 5,35 8,92
13 1,29 1,47 1,67 1,89 2,13 2,41 2,72 3,45 4,36 6,15 10,70
14 1,32 1,51 1,73 1,98 2,26 2,58 2,94 3,80 4,89 7,08 12,84
15 1,35 1,56 1,80 2,08 2,40 2,76 3,17 4,18 5,47 8,14 15,41
16 1,37 1,60 1,87 2,18 2,54 2,95 3,43 4,59 6,13 9,36 18,49
17 1,40 1,65 1,95 2,29 2,69 3,16 3,70 5,05 6,87 10,76 22,19
18 1,43 1,70 2,03 2,41 2,85 3,38 4,00 5,56 7,69 12,38 26,62
19 1,46 1,75 2,11 2,53 3,03 3,62 4,32 6,12 8,61 14,23 31,95
20 1,49 1,81 2,19 2,65 3,21 3,87 4,66 6,73 9,65 16,37 38,34
21 1,52 1,86 2,28 2,79 3,40 4,14 5,03 7,40 10,80 18,82 46,01
22 1,55 1,92 2,37 2,93 3,60 4,43 5,44 8,14 12,10 21,64 55,21
23 1,58 1,97 2,46 3,07 3,82 4,74 5,87 8,95 13,55 24,89 66,25
24 1,61 2,03 2,56 3,23 4,05 5,07 6,34 9,85 15,18 28,63 79,50
25 1,64 2,09 2,67 3,39 4,29 5,43 6,85 10,83 17,00 32,92 95,40
26 1,67 2,16 2,77 3,56 4,55 5,81 7,40 11,92 19,04 37,86 114,48
27 1,71 2,22 2,88 3,73 4,82 6,21 7,99 13,11 21,32 43,54 137,37
28 1,74 2,29 3,00 3,92 5,11 6,65 8,63 14,42 23,88 50,07 164,84
29 1,78 2,36 3,12 4,12 5,42 7,11 9,32 15,86 26,75 57,58 197,81
30 1,81 2,43 3,24 4,32 5,74 7,61 10,06 17,45 29,96 66,21 237,38
Nota: Este fator é utilizado para o cálculo do valor futuro, conhecido um determinado valor atual e a taxa de desconto.
Cada coluna da Tabela A-1 relaciona o valor atual de uma unidade monetária investida no momento atual.
Por exemplo: R$1,00 investido hoje, para ser recebido daqui há doze anos, considerando-se uma taxa de juros de 10%a.a.
terá um valor futuro de R$3,14.
Se o valor investido for de R$500,00, considerando o mesmo prazo e a mesma taxa de juros, o valor futuro será de R$1.570,00.
Ou seja: 500x3,14 (o montante em reais multiplicado pelo fator encontrado na tabela).
CETEM Tratamento de Minérios – 5ª Edição 929
1 0,98 0,97 0,96 0,95 0,94 0,93 0,93 0,91 0,89 0,87 0,83
2 1,94 1,91 1,89 1,86 1,83 1,81 1,78 1,74 1,69 1,63 1,53
3 2,88 2,83 2,78 2,72 2,67 2,62 2,58 2,49 2,40 2,28 2,11
4 3,81 3,72 3,63 3,55 3,47 3,39 3,31 3,17 3,04 2,85 2,59
5 4,71 4,58 4,45 4,33 4,21 4,10 3,99 3,79 3,60 3,35 2,99
6 5,60 5,42 5,24 5,08 4,92 4,77 4,62 4,36 4,11 3,78 3,33
7 6,47 6,23 6,00 5,79 5,58 5,39 5,21 4,87 4,56 4,16 3,60
8 7,33 7,02 6,73 6,46 6,21 5,97 5,75 5,33 4,97 4,49 3,84
9 8,16 7,79 7,44 7,11 6,80 6,52 6,25 5,76 5,33 4,77 4,03
10 8,98 8,53 8,11 7,72 7,36 7,02 6,71 6,14 5,65 5,02 4,19
11 9,79 9,25 8,76 8,31 7,89 7,50 7,14 6,50 5,94 5,23 4,33
12 10,58 9,95 9,39 8,86 8,38 7,94 7,54 6,81 6,19 5,42 4,44
13 11,35 10,63 9,99 9,39 8,85 8,36 7,90 7,10 6,42 5,58 4,53
14 12,11 11,30 10,56 9,90 9,29 8,75 8,24 7,37 6,63 5,72 4,61
15 12,85 11,94 11,12 10,38 9,71 9,11 8,56 7,61 6,81 5,85 4,68
16 13,58 12,56 11,65 10,84 10,11 9,45 8,85 7,82 6,97 5,95 4,73
17 14,29 13,17 12,17 11,27 10,48 9,76 9,12 8,02 7,12 6,05 4,77
18 14,99 13,75 12,66 11,69 10,83 10,06 9,37 8,20 7,25 6,13 4,81
19 15,68 14,32 13,13 12,09 11,16 10,34 9,60 8,36 7,37 6,20 4,84
20 16,35 14,88 13,59 12,46 11,47 10,59 9,82 8,51 7,47 6,26 4,87
21 17,01 15,42 14,03 12,82 11,76 10,84 10,02 8,65 7,56 6,31 4,89
22 17,66 15,94 14,45 13,16 12,04 11,06 10,20 8,77 7,64 6,36 4,91
23 18,29 16,44 14,86 13,49 12,30 11,27 10,37 8,88 7,72 6,40 4,92
24 18,91 16,94 15,25 13,80 12,55 11,47 10,53 8,98 7,78 6,43 4,94
25 19,52 17,41 15,62 14,09 12,78 11,65 10,67 9,08 7,84 6,46 4,95
26 20,12 17,88 15,98 14,38 13,00 11,83 10,81 9,16 7,90 6,49 4,96
27 20,71 18,33 16,33 14,64 13,21 11,99 10,94 9,24 7,94 6,51 4,96
28 21,28 18,76 16,66 14,90 13,41 12,14 11,05 9,31 7,98 6,53 4,97
29 21,84 19,19 16,98 15,14 13,59 12,28 11,16 9,37 8,02 6,55 4,97
30 22,40 19,60 17,29 15,37 13,76 12,41 11,26 9,43 8,06 6,57 4,98
Nota: Este fator é utilizado para o cálculo do valor atual referente a uma série uniforme de valores futuros, a uma determinada taxa de desconto.
Cada coluna da Tabela A-3 relaciona o valor atual de uma série uniforme de unidades monetárias, aplicada a uma taxa de juros, por um determinado
período de anos.
Por exemplo: O montante de R$1,00 a se recebido durante um período de dez anos, considerando-se uma taxa de juros de 60%a.a, tem um valor atual
de R$7,36. Se o valor investido for de R$1.200,00, considerando o mesmo prazo e a mesma taxa de juros, o valor futuro será de R$8.832,00. Ou seja:
1.200,00x7,36 (o montante em reais multiplicado pelo fator encontrado na tabela).
932 Elaboração e Avaliação de Projetos CETEM
1 1,0200 1,0300 1,0400 1,0500 1,0600 1,0700 1,0800 1,1000 1,1200 1,1500 1,2000
2 0,5150 0,5226 0,5302 0,5378 0,5454 0,5531 0,5608 0,5762 0,5917 0,6151 0,6545
3 0,3468 0,3535 0,3603 0,3672 0,3741 0,3811 0,3880 0,4021 0,4163 0,4380 0,4747
4 0,2626 0,2690 0,2755 0,2820 0,2886 0,2952 0,3019 0,3155 0,3292 0,3503 0,3863
5 0,2122 0,2184 0,2246 0,2310 0,2374 0,2439 0,2505 0,2638 0,2774 0,2983 0,3344
6 0,1785 0,1846 0,1908 0,1970 0,2034 0,2098 0,2163 0,2296 0,2432 0,2642 0,3007
7 0,1545 0,1605 0,1666 0,1728 0,1791 0,1856 0,1921 0,2054 0,2191 0,2404 0,2774
8 0,1365 0,1425 0,1485 0,1547 0,1610 0,1675 0,1740 0,1874 0,2013 0,2229 0,2606
9 0,1225 0,1284 0,1345 0,1407 0,1470 0,1535 0,1601 0,1736 0,1877 0,2096 0,2481
10 0,1113 0,1172 0,1233 0,1295 0,1359 0,1424 0,1490 0,1627 0,1770 0,1993 0,2385
11 0,1022 0,1081 0,1141 0,1204 0,1268 0,1334 0,1401 0,1540 0,1684 0,1911 0,2311
12 0,0946 0,1005 0,1066 0,1128 0,1193 0,1259 0,1327 0,1468 0,1614 0,1845 0,2253
13 0,0881 0,0940 0,1001 0,1065 0,1130 0,1197 0,1265 0,1408 0,1557 0,1791 0,2206
14 0,0826 0,0885 0,0947 0,1010 0,1076 0,1143 0,1213 0,1357 0,1509 0,1747 0,2169
15 0,0778 0,0838 0,0899 0,0963 0,1030 0,1098 0,1168 0,1315 0,1468 0,1710 0,2139
16 0,0737 0,0796 0,0858 0,0923 0,0990 0,1059 0,1130 0,1278 0,1434 0,1679 0,2114
17 0,0700 0,0760 0,0822 0,0887 0,0954 0,1024 0,1096 0,1247 0,1405 0,1654 0,2094
18 0,0667 0,0727 0,0790 0,0855 0,0924 0,0994 0,1067 0,1219 0,1379 0,1632 0,2078
19 0,0638 0,0698 0,0761 0,0827 0,0896 0,0968 0,1041 0,1195 0,1358 0,1613 0,2065
20 0,0612 0,0672 0,0736 0,0802 0,0872 0,0944 0,1019 0,1175 0,1339 0,1598 0,2054
21 0,0588 0,0649 0,0713 0,0780 0,0850 0,0923 0,0998 0,1156 0,1322 0,1584 0,2044
22 0,0566 0,0627 0,0692 0,0760 0,0830 0,0904 0,0980 0,1140 0,1308 0,1573 0,2037
23 0,0547 0,0608 0,0673 0,0741 0,0813 0,0887 0,0964 0,1126 0,1296 0,1563 0,2031
24 0,0529 0,0590 0,0656 0,0725 0,0797 0,0872 0,0950 0,1113 0,1285 0,1554 0,2025
25 0,0512 0,0574 0,0640 0,0710 0,0782 0,0858 0,0937 0,1102 0,1275 0,1547 0,2021
26 0,0497 0,0559 0,0626 0,0696 0,0769 0,0846 0,0925 0,1092 0,1267 0,1541 0,2018
27 0,0483 0,0546 0,0612 0,0683 0,0757 0,0834 0,0914 0,1083 0,1259 0,1535 0,2015
28 0,0470 0,0533 0,0600 0,0671 0,0746 0,0824 0,0905 0,1075 0,1252 0,1531 0,2012
29 0,0458 0,0521 0,0589 0,0660 0,0736 0,0814 0,0896 0,1067 0,1247 0,1527 0,2010
30 0,0446 0,0510 0,0578 0,0651 0,0726 0,0806 0,0888 0,1061 0,1241 0,1523 0,2008
Nota: Este fator é utilizado para o cálculo do valor atual referente a uma série uniforme de valores futuros, a uma determinada taxa de desconto.
Cada coluna da Tabela A-4 relaciona o fator de recuperação de capital referente a uma unidade monetária investida no momento atual, a uma taxa
de juros definida.
Por exemplo: R$1,00 investido hoje, para ser recebido durante seis anos, considerando-se uma taxa de juros de 10%a.a., terá uma anuidade
correspondente a R$0,2296. Se o valor investido for de R$100,00, considerando o mesmo prazo e a mesma taxa de juros, o valor da anuidade será de
R$22,96. Ou seja: 100x0,2296 (o montante em reais multiplicado pelo fator encontrado na tabela).