Indústria e Comércio de Brita
Indústria e Comércio de Brita
Indústria e Comércio de Brita
ANÁLISE ECONÔMICA DA
PRODUÇÃO DE AGREGADOS
1. INTRODUÇÃO
O planejamento e gestão de projetos e empreendimentos devem ser
fundamentados em um consistente Plano de Negócios, o qual investiga,
seleciona e define alternativas relacionadas ao objetivo do projeto,
empreendimento ou negócio, aos meios a serem mobilizados, aos resultados a
serem alcançados e à forma de avaliá-los, sistematicamente.
3. PREMISSAS BÁSICAS
A simulação empreendida encontra-se fundamentada nas seguintes
premissas:
Contexto geral:
Vida Útil: adotou-se vinte anos como período de vida útil dos
empreendimentos.
Pesquisa Mineral: os dimensionamentos estimados consideram a necessidade de
se conhecer em profundidade o volume de material necessário à programação de
lavra ao longo da vida útil de cada modelo produtivo.
Período de Inversões: nas situações consideradas, estima-se o prazo de dois anos
para a instalação da unidade de produção, incluída a realização da pesquisa mineral.
Regime de Operação: considera-se a operação em regime de 22 dias/mês
(264 dias/ano).
- Alternativa A: 1 turno de 8 h Ö 176 h/mes Ö 2.112 h/ano.
- Alternativa B: 2 turnos de 8 h Ö 352 h/mes Ö 4.224 h/ano.
- Alternativa C: 3 turnos (2 de 8 h e 1 de 6 h) Ö 484 h/mes Ö 5.808 h/ano.
Modelo 1 1 Turno
1 Turno
Cenário A Modelo 2 2 Turnos
3 Turnos
1 Turno
Modelo 3 2 Turnos
3 Turnos
Modelo 1 1 Turno
1 Turno
Cenário B Modelo 2 2 Turnos
3 Turnos
1 Turno
Modelo 3 2 Turnos
3 Turnos
4.1. Cenário A
4.2. Cenário B
5. INVESTIMENTOS
Para o Cenário A, os investimentos necessários à implantação dos
Modelos de produção concebidos, encontram-se resumidos no Quadro 3.
200 Análise Econômica da Produção de Agregados
Terraplenagem 10 20 36
Estradas de Acesso 14 80 150
Edificações 305 420 500
- Lavra 10 15 20
- Beneficiamento 195 225 300
- Expedição 20 20 20
- Serviços de Apoio 80 160 160
TOTAL 329 520 686
Fonte: Calaes G, Piquet Carneiro B.
202 Análise Econômica da Produção de Agregados
5.1.6 – Eventuais
Para fazer face às despesas diversas adicionais, é estimado o valor
correspondente a 10% das inversões principais (obras civis, máquinas e
equipamentos e instalações e montagens). Tem-se, portanto:
b) - Sondagens:
Capital de Giro Próprio 239 488 807 1.049 1.149 2.043 2.713
R$ mil
Alternativa A Alternativa B Alternativa C
Modelos Custo Caixa Custo Caixa Custo Caixa
anual 1 mínimo 2 anual 1 mínimo 2 anual* mínimo
Modelo I 1.680 64 - - - -
Modelo II 2.983 113 4.288 162 5.267 200
Modelo III 5.586 212 9.039 342 11.629 440
Obs.: (2) = [(1) / 264 dias/ano] x 10 dias.
c) Estoques:
R$ mil
Modelos Alternativa A Alternativa B Alternativa C
Custo 1 Materiais2 de Custo 1 Materiais2 de Custo 1 Materiais2 de
direto/ano consumo direto/ano consumo direto/ano consumo
Modelo I 808 22 - - - -
Modelo II 1.305 37 2.610 74 3.589 102
Modelo III 3.453 104 6.906 208 9.496 286
Obs.: (2) =[ (1) x PCDP x 15] / 264 dias/ano, onde PCDP = percentual do custo direto de produção.
6. CUSTOS DE PRODUÇÃO
Os custos de produção nos Modelos analisados foram estimados
levando-se em conta os regimes de operação considerados e a plena ocupação
das capacidades instaladas. Neste item, são descritos os critérios adotados
nessa estimativa, bem como a composição dos custos diretos e indiretos e a
consolidação do custo total da produção.
6.1.2. Lavra
6.1.3. Beneficiamento
6.1.4. Expedição
Custo Direto Anual 808 1.305 2.610 3.589 3.453 6.906 9.496
Produção (mil t/ ano) 158,4 316,8 633,6 871,2 950,4 1.900,8 2.613,6
Custo direto unitário (R$/ t) 5,10 4,12 4,12 4,12 3,63 3,63 3,63
Fonte: Calaes G, Piquet Carneiro B.
Capacidade de Produção (mil t/ano) 158,4 316,8 633,6 871,2 950,4 1.900,8 2.613,6
Investimentos Totais (R$ 106) 7,2 16,3 16,6 16,9 26,5 27,4 28,1
Inversões Fixas 6,4 14,6 14,6 14,6 23,4 23,4 23,4
Despesas Pré-Operacionais 0,5 1,2 1,2 1,2 2,0 2,0 2,0
Capital de Giro 0,2 0,5 0,8 1,0 1,1 2,0 2,7
Investimento/t de capacidade instalada (R$) 45,61 51,46 26,23 19,36 27,88 14,41 10,74
Receita Bruta (R$ 106/ano)1 2,9 5,9 11,7 16,1 17,6 35,1 48,4
Custo dos Prod. Vendidos (R$ 106/ano) 1,7 3,0 4,8 6,3 5,6 9,8 13,1
Custo Direto 0,8 1,3 2,6 3,6 3,5 6,9 9,5
Custo Indireto 0,9 1,7 2,2 2,7 2,1 2,9 3,6
Custo Unitário de Produção (R$/t) 10,61 9,42 7,61 7,26 5,88 5,14 4,99
Depreciação e Amortização 0,6 1,5 1,5 1,5 2,3 2,3 2,3
Lucro Líquido/Receita Líquida 6,4 8,6 27,7 32,4 30,3 38,9 41,5
Lucro Líquido/Investimento Total (%) 2,2 2,7 16,9 26,6 17,4 43,1 61,6
Taxa Interna de Retorno (% a.a.) 3,7 4,4 16,8 24,0 17,5 34,3 44,3
Prazo de Retorno “Pay back” (anos) 16,0 14,6 5,2 3,7 5,0 2,7 2,2
Ponto de Equilíbrio (%)a 96,5 92,8 56,7 44,4 52,7 30,6 23,9
Geração de valor privado-VPLb a 12,5% -3,1 -6,5 6,2 16,3 11,3 53,5 85,2
aa.(R$M)
Geração de valor privado-VPL a 60% aa.(R$M) -0,7 1,2 51,9 89,8 87,9 246,6 365,6
Fonte: Calaes G, Piquet Carneiro B.; aOcupação da Capacidade Instalada; bVPL = Valor Presente
Líquido.
Cenário A
Modelos
Alternativa A Alternativa B Alternativa C
Modelo I - 3,1 - -
Modelo II - 6,6 4,6 13,5
Modelo III 8,6 46,0 74,0
Cenário B
Modelos
Alternativa A Alternativa B Alternativa C
Modelo I - 4,1 - -
Modelo II - 8,1 2,0 10,3
Modelo III 5,0 39,8 65,9
Cenário B
Modelos
Alternativa A Alternativa B Alternativa C
Modelo I 1,3 - -
Modelo II 2,7 14,3 21,1
Modelo III 15,4 31,1 40,4
45,0%
40,0%
35,0%
30,0%
TIR (%a.a.)
25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Cen.A - Cen.A - Cen.A - Cen.B - Cen.B - Cen.B -
Mód. I Mód. II Mód. III Mód. I Mód. II Mód. III
80
70
60
50
R$ milhões
40
30
20
10
0
-10
Cen.A -Cen.A -Cen.A -Cen.B -Cen.B -Cen.B -
Mód. I Mód. II Mód. III Mód. I Mód. II Mód. III
Cenários / Módulos de Produção
1 Turno 7,8
Cenário A Modelo 2 2 Turnos 23,6
3 Turnos 32,7
1 Turno 24,0
Modelo 3 2 Turnos 44,8
3 Turnos 57,2
1 Turno 20,6
Modelo 3 2 Turnos 40,4
3 Turnos 50,8
(i) O setor de agregados para construção civil deve ser enfocado como
um arranjo produtivo regional compreendido pela respectiva cadeia
industrial, envolvendo não apenas as operações de lavra,
beneficiamento e comercialização de brita e areia (natural e
processado a partir da rocha dura), como também os segmentos de
consumo e comercialização intermediária, bem como o de
produção secundária (reciclagem de ECD, além de outros possíveis
rejeitos).
Manual de Agregados para Construção Civil – CETEM 227
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALAES, G. Avaliação Econômica de Propriedades Minerais.1995. Apostila para
Seminário com a equipe da Gerência de Avaliação de Garantias Reais e de
Mineração e Metalurgia do BNDES, Rio de Janeiro, 1995.