Treinamento Sobre Pneumatica

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Treinamento de Pneumática – CAMOZZI DO BRASIL Eng.

César Guimarães

ÍNDICE

1 – Princípios básicos do ar...........................................................................02

1.1 – Características........................................................................................02

1.2 – Pressão....................................................................................................02

1.2.A – Pressão Atmosférica...........................................................................02

1.2.B – Pressão Absoluta e Manométrica/Relativa.......................................03

1.3 – Vazão........................................................................................................03

1.4 – Temperatura............................................................................................03

2 – Princípios básicos da pneumática...........................................................04

2.1 – Vantagens................................................................................................04

2.2 – Desvantagens..........................................................................................04

2.3 - Lei de Gay-Lussac...................................................................................04

2.4 – Leis dos Gases Ideais............................................................................05

3 – Especificação de cilindros........................................................................05

3.1 – Consumo de ar........................................................................................05

3.2 – Velocidade do êmbolo............................................................................06

4 - Simbologia Pneumática Normalizada.......................................................07

5 - Circuitos Pneumáticos e Eletropneumáticos..........................................15

5.1 – Circuitos Simples....................................................................................15

5.2 - Soluções Pneumáticas e Eletropneumáticas utilizando o mesmo circuito..18

6 – Exercícios...................................................................................................

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TREINAMENTO DE PNEUMÁTICA

1 – Princípios Básicos do ar:

1.1 – Características:

Compressibilidade: O ar permite reduzir o seu volume quando sujeito a ação


de uma força exterior.

Elasticidade: Uma vez extinta a força exterior o ar volta ao seu volume


inicial.

Difusibilidade: O ar permite misturar-se homogeneamente com qualquer


meio gasoso que não esteja saturado.

Expansibilidade: O ar pode ocupar o volume de qualquer recipiente


adquirindo o seu formato.

1.2 – Pressão:

Em termos de pneumática, define-se pressão como sendo a força exercida


em função da compressão do ar em um recipiente, por unidade de área
interna dele. Sua unidade no S.I. é dada em N/m 2 ou Pa (pascal), embora
seja comum ainda a utilização de unidade como atm, bar, kgf/mm 2, Psi, etc.
Tomemos o exemplo a seguir: um corpo ao ser apoiado sobre um plano
horizontal, terá o seu peso distribuído uniformemente ao longo da superfície
de contato. A força em cada unidade de área é calculada pela fórmula:

P=F onde: p=pressão


A F=força
A=área

1.2.A – Pressão Atmosférica:

As camadas de ar exercem um peso sobre a superfície da Terra. A


atmosfera exerce sobre nós uma força equivalente ao seu peso e ela atua
em todos os sentidos e direções com a mesma intensidade.
A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude, pois em grandes
alturas, a massa de ar é menor do que ao nível do mar.

0 m = 1013 mbar
500 m = 955 mbar
2000 m = 795 mbar
8000 m = 356 mbar

Visto que a altitude e as condições do tempo também alteram a pressão


atmosférica, adota-se uma pressão de referência que é pressão atmosférica
absoluta ao nível do mar (1013 mbar = 760 Torr = 1,033 kg/cm 2 = 14,7 PSI).

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1.2.B – Pressão Absoluta e Manométrica/Relativa:

A pressão manométrica ou relativa é a que se lê nos instrumentos de


medição (manômetros) em compressores, ou linhas de ar comprimido e
também em catálogos e especificações técnicas. Esta pressão não
considera a pressão atmosférica.
A pressão absoluta é a soma da pressão atmosférica com a pressão
manométrica, ou a pressão do ar existente no interior de qualquer recipiente
fechado.

1.3 – Vazão:

A vazão representa o volume deslocado de um fluido numa unidade de


tempo.

Q=V onde: Q=vazão


t V=volume de fluido deslocado
t=tempo

Em tubulações, a vazão do fluido depende da velocidade e da seção


transversal do tubo. Assim:

Q = v . A onde: Q=vazão
v=velocidade
A=área de seção transversal do tubo

Em compressores, a vazão representa a quantidade de ar descarregada em


um determinado intervalo de tempo, também chamada “capacidade efetiva”
ou “ar livre”. As unidades de vazão são: l/min, m 3/min, m3/h. Estas unidades
se referem a quantidade de ar ou gás comprimido efetivamente nas
condições de temperatura e pressão no local onde esta instalado o
compressor. Como estas condições variam em função da altitude, umidade
relativa e temperatura, são definidas condições padrão de medidas, como:
Nm3/h (normal metro cúbico por hora) definido a presão de 1,033 kg/cm 2,
temperatura de 0ºC e umidade relativa 0%.

1.4 – Temperatura:

As partículas constituintes dos corpos estão constantemente em movimento,


sendo dotadas de uma energia de movimento ou energia de agitação.
A esta energia de agitação das partículas chamamos de energia térmica do
corpo.

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Entenderemos temperatura como uma medida do estado de agitação das


partículas que constituem os corpos. Quanto maior a temperatura, mais
agitadas ficam as partículas do corpo.
Quando dois corpos em temperatura diferentes são postos em contato,
espontaneamente há transferência de energia térmica (calor) do corpo mais
quente para o frio até ser atingido o equilíbrio térmico.
Algumas grandezas, como o comprimento, volume, resistência elétrica,
variam de acordo com a temperatura, são as grandezas termométricas.

2 – Princípios básicos da Pneumática:

Pneumática: Conceituada como sendo a matéria que trata dos movimentos e


fenômenos dos gases.

2.1 - Vantagens:

Quantidade: o ar para ser comprimido existe em quantidades ilimitadas


Transporte: por meio de tubulações, não existindo a necessidade de linhas
de retorno, como no hidráulico.
Temperatura: o ar comprimido é insensível às oscilações desta, permitindo
um funcionamento seguro.
Segurança: não apresenta perigos de explosão ou incêndio.
Limpeza: não há risco de poluição ambiental.
Construção: elementos de comando e ação são menos robustos e mais
leves, podendo ser construídos em liga de alumínio, tornando seu custo
relativamente menor, portanto mais vantajoso.

2.2 – Desvantagens:

Preparação: para excelente rendimento e prolongamento da vida útil dos


equipamentos, o ar comprimido requer uma boa preparação, ou seja, isento
de impurezas e umidade.
Escape de ar: sempre que o ar é expulso de dentro de um atuador, ao
passar pela válvula comutadora, provoca um ruído relativamente alto, sendo
obrigatório, em casos extremos, a utilização de silenciadores.
Compressibilidade: impossibilita a utilização da pneumática com velocidades
uniformes e constantes.

2.3 – Lei de Gay-Lussac:

A figura abaixo apresenta um recipiente com manômetro e termômeto. No


interior, sob o êmbolo, há uma certa quantidade fixa de gás a uma
temperatura T1 e pressão P1. O recipiente é então aquecido elevando assim
a temperatura do gás e causando com isso uma expansão térmica dele.
Essa expansão resulta na elevação do êmbolo. Entretanto, se não houver
nenhuma carga crescente atuando sobre o êmbolo, a pressão em P2
permanece inalterada (constante – P1=P2).

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Como pode ser notado (V1<V2) e (T1<T2), para esta condição de pressão
constante verifica-se a existência de uma relação entre as variáveis de
estado (V, T), ou seja, o volume eleva-se proporcionalmente ao aumento da
temperatura.

Exemplo: O recipiente em questão possui inicialmente um volume de 0,5 m3


de gás hélio a 20º C.Qual será o volume ocupado por esse gás quando a
temperatura chegar a 35º C?

V1 V2 V2 = V1 . T2
T1 T2 T1

V2 = V1 . T2 = 0,5 . 35 = 0,875 m3
T1 20

2.4 - Lei dos Gases Ideais:

Pode haver situações em que tenhamos a variação das três variáveis


citadas (V, T, P). Deste modo, a relação entre elas para os estados inicial e
final de um processo é representada pela Lei dos Gases Ideais.

P1 . V1 = P2 . V2
T1 T2

3 – Especificação de Cilindros:

3.1 – Consumo de ar:

Importante para a preparação do ar comprimido e para abranger o custo de


energia.

Cálculo:

– Q = consumo total em Nl/min


– q = consumo de ar por cm de curso em Nl/min (conforme tabela)
– s = curso em cm
– n = número de cursos por minuto

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Cilindros de Simples Ação:

– Q = (s * n * q) (Nl/min)

Cilindros de Dupla Ação:

– Q = 2 (s * n * q) (Nl/min)

3.2 – Velocidade do êmbolo:

A velocidade do êmbolo, depende de fatores importantes como os descritos


abaixo:

– Dimensões do cilindro
– Carga
– Posição de montagem
– Comprimento do tubo
– Vazão nominal da válvula que faz a pilotagem do cilindro
– Diâmetro do tubo de alimentação
– Pressão de operação

Para aumentarmos a velocidade do êmbolo, podemos:

– Utilizar válvulas de escape rápido


– Aumentar a vazão nominal com válvulas de maior performance
– Tubulação com menor comprimento

Para reduzirmos a velocidade do êmbolo, podemos:

– Utilizar válvulas reguladoras de vazão


– Estrangular o ar de escape com silenciadores
– Diminuir a vazão nominal das válvulas

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4 – Simbologia Pneumática Normalizada:

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5 – Circuitos Pneumáticos e Eletropneumáticos:

5.1 – Circuitos Simples:

Exemplo 1: Acionamento de um cilindro de simples ação, através de uma


válvula 3/2 vias acionamento botão e retorno mola.

Exemplo 2: Acionamento de um cilindro simples ação, utilizando uma válvula


acionada por botão e retorno mola e uma válvula acionada por pedal e retorno
mola. Deverá ser também utilizado um elemento lógico “OU”. A função de um
esquema pneumático como estas características é avançar a haste do cilindro
ou acionando o botão ou acionando o pedal.

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Exemplo 3: Acionamento de um cilindro simples ação, utilizando duas válvulas


acionadas por botão e retorno mola. Deverá ser utilizado também um elemento
lógico “E”. A função de um esquema pneumático como este é avançar a haste
do cilindro acionando as duas válvulas, somente assim a haste será avançada.

Exemplo 4: Acionamento de um cilindro de simples ação utilizando duas


válvulas botão e retorno mola, uma válvula pedal, um elemento lógico “E” e um
elemento lógico “OU”. A função de um esquema pneumático como este é
avançar a haste do cilindro acionando ou as duas válvulas botão/mola ou
acionando o pedal.

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Exemplo 5: Acionamento de um cilindro de dupla ação, através de uma válvula


5/2 vias acionamento solenóide e retorno mola.

Exemplo 6: Acionamento de um cilindro de dupla ação utilizando uma válvula


acionamento e retorno solenóide e duas válvulas reguladoras de fluxo tipo
unidirecional. A função de um esquema pneumático como este é avançar ou
retornar a haste do cilindro acionando a válvula. As válvulas reguladoras de
fluxo tem como objetivo aumentar ou diminuir a velocidade da haste.

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5.2 – Soluções Pneumáticas e Eletropneumáticas utilizando o mesmo circuito:

Exemplo 1.1: Utilização de um fim de curso do tipo micro-switch que atuará


sobre o solenóide SOL1 e um contato auxiliar (partida) atuando sobre o
solenóide SOL2. Atuando sobre a chave partida, a válvula solenóide SOL2
sofrerá uma inversão momentânea e irá comutar a válvula VC para a posição
da direita, permitindo assim a alimentação do cilindro de dupla ação. Ao final de
seu curso, o batente na ponta da haste pressionará o micro-switch m que, por
sua vez, irá acionar a SOL1, provocando uma nova inversão da válvula de
comando VC, e o atuador passará a ser alimentado em sua câmara frontal
retornando à sua posição inicial. Este tipo de esquema pneumático é chamado
de COMANDO REPETITIVO onde é preciso agir novamente sobre a chave
partida para provocar um novo ciclo e onde é impossível para o ciclo quando
este inciado.

Exemplo 1.2: Para este caso, substituímos as válvulas solenóides por uma
válvula botão e retorno mola. Substituímos o micro-switch m por uma válvula
rolete que quando tocada pela haste do cilindro libera o ar comprimido que
aciona a válvula pneumática de 5/2 vias, que por sua vez aciona o cabeçote
dianteiro do cilindro fazendo com que a haste retorne a posição inicial.

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Exemplo 2.1: Utilização de dois contatos de fim de curso (m1 e m2) do tipo
micro-switch que atuarão sobre os solenóides SOL1 e SOL2, e um interruptor
partida que controla o disparo e parada do circuito. Perceba que o micro-switch
m1 é do tipo NA, porém se encontra fechado mediante o batente da haste que
o pressiona; a chave partida também é do tipo NA e se encontra desativada,
porém quando ativada o término do ciclo só será possível levantando-a, pois se
trata de chave com retenção.

Exemplo 2.2: Para este caso, substituímos as válvulas solenóides por uma
válvula botão/trava. Substituímos os micro-switchs m1 e m2 por válvulas rolete.
Perceba que se elevarmos o botão quando a haste estiver avançando, ela irá
até o fim de curso m1, provocará inversão de sua válvula, pois ela está
continuamente alimentada pelo fluxo de ar, causando nova comutação e com
isso o retorno do atuador. Se, no entanto, elevarmos o botão durante o
movimento de retorno, ao chegar no fim de curso m2, o sistema ficará parado,
pois m2 deixou de ser alimentado.

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Exemplo 4.1: Este sistema muito similar ao anterior, entretanto, nesse circuito,
é acrescentado ao comando uma chave de emergência emerg que a qualquer
momento, quando iniciado o movimento de avanço da haste, sendo
pressionada a chave, provocará a inversão da válvula solenóide SOL1 e a
conseqüente comutação, fazendo com que o movimento de expansão cesse.
Apesar de se tratar de uma montagem de segurança, depende da vontade do
operado.

Exemplo 4.2: A solução pneumática para executar essa mesma tarefa irá
requerer o uso de um elemento lógico “OU”. Para este caso, substituímos as
válvulas solenóides por uma válvula botão/trava. Substituímos os micro-switchs
m1 e m2 por válvulas rolete. De diferente do sistema anterior somente a
ligação pneumática.

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6 – Exercícios:

Exercício 1:

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Exercício 2:

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Exercício 3:

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Exercício 4:

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Exercício 5:

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