Nano e Microestrutura Concreto
Nano e Microestrutura Concreto
Nano e Microestrutura Concreto
NANOESTRUTURA E MICROESTRUTURA DO
CONCRETO ENDURECIDO
Vladimir Paulon
Unicamp
Ana Paula Kirchheim
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Em
E sntese,
t o concretot poded ser estudado
t d d como um
material constitudo de partculas de agregado, englobadas
por uma matriz porosa de pasta de cimento,
cimento com uma zona
de transio entre as duas fases, constituda de
caractersticas prprias. A conexo dessas trs fases tem
importncia significativa nas propriedades do concreto.
No ponto de vista das trs propriedades essenciais do
concreto resistncia mecnica, porosidade e durabilidade
a ligao entre a pasta de cimento e o agregado resulta de
um entrelaamento mecnico dos produtos de hidratao do
cimento com o agregado e da reao qumica entre este e a
pasta de cimento.
p
O
O cimento Portland obtido por meio da moagem do clnquer
manufaturado e da adio de sulfatos de clcio (5-10%), na
forma de dihidrato (gipsita) ou anidrita, em cada cimento
especfico, para moderar e retardar o incio da pega. O p de
cimento composto por gros de vrios tamanhos e formas,
geralmente variando de 1 m a 50 m (MEHTA & MONTEIRO,
MONTEIRO
2008).
As
As propriedades do clnquer so fortemente afetadas pela
quantidade e composio de suas fases. Devido s fases
potencialmente mais reativas, a composio do clnquer
controla a cintica da hidratao do cimento.
A pasta de cimento hidratada pode conter os slidos que
formaro a micro e nanoestrutura do concreto.
concreto
Livro Concreto: Cincia e Tecnologia
Editor: Geraldo C. Isaia
O concreto
t como material
t i l compsito,
it fases
f
E t t
Estrutura na forma
f de
d camadas
d E t t
Estrutura coloidal
l id l
Figura 2 Morfologia do C-S-H (a) as setas brancas indicam uma borda de produtos
internos (parte superior esquerda) e externos do C-S-H; (b) aumento da regio com
produtos
d t internos
i t de
d CC-S-H;
S H ((c)) aumento
t dda regio
i com produtos
d t externos
t fib
fibrosos d
de C
C-
S-H (RICHARDSON, 2004).
Figura 7 Representao esquemtica da concentrao de ons liberados pelo cimento e pelo agregado,
para um determinado intervalo de tempo: a) caso em que o agregado no solvel;
b) caso em que o agregado se dissolve parcialmente (adaptado de MASO
MASO, 1980)
1980).
Dentre
D t as diversas
di estaes
t de d trabalho
t b lh do
d ALS est
t o Microscpio
Mi i
de Transmisso por Raios X Moles. Os raios X nessa estao tm
comprimento
p de onda de 1 a 50 m,, no agredindo
g substncias
orgnicas e facilitando a identificao dos elementos qumicos. O
XM-1 difere de um microscpio de transmisso comum por utilizar
como lentes objetiva e condensadora duas zonas de fresnel.
fresnel Aps a
radiao passar atravs da amostra, uma lente objetiva cria,
condensa e aumenta a imagem digital em um detector CCD, o qual a
transfere para o computador. O esquema tico, incluindo lentes
objetivas, pinhole e cmera CCD, est em vcuo, no entanto as
amostras permanecem sob presso atmosfrica.
atmosfrica O instrumento
alcana uma resoluo de 40 m (FISCHER et al., 2006) e permite
imagens em amostras com 10 m de espessura em gua.
Como
C exemplo
l ddo titipo d
de resultado
lt d encontrado,
t d pode d ser citado
it d o
trabalho de Kirchheim (2008), que utilizou a tcnica para identificar
as diferenas
na hidratao do aluminato triclcico cbico e
ortorrmbico (Na-C3A) e pde observar em tempo real a dissoluo
das partculas de C3A em presena de sulfatos e subsequente
formao de etringita,
etringita como mostra a Figura a seguir
seguir.
Figura 16 Imagens in situ da hidratao de partculas de C3A cbico em soluo saturada de hidrxido de
clcio e gipsita. Relao lquido/slido= 50 ml/g. Tempo de hidratao indicado. As barras de escala
correspondem a 1 m (KIRCHHEIM, 2008).
A
A tomografia
t fi computadorizada
t d i d o processo de d se obterbt
uma imagem bidimensional de uma seo transversal de
um corpo (ou tridimensional,
tridimensional se vrias sees so obtidas),
obtidas)
pelo processamento de uma srie de projees
unidimensionais, resultantes da interao da radiao com
o corpo. Na tomografia computadorizada convencional, as
imagens reconstrudas a partir de algoritmos possibilitam a
visualizao
i li da
d distribuio
di t ib i dos
d coeficientes
fi i t de
d atenuao
t
dentro de uma seo transversal do corpo analisado.
Figura 17 Tomografia de uma seo com um grande vazio de ar na pasta de cimento. Cristais de gelo
na forma dendritica (a) inexistentes durante o descongelamento e (b) reaparecendo com morfologia
alterada
lt d d durante
t o segundo
d congelamento.
l t B
Barra dde escala
l 50 m.