Pneumatica 1
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Pneumatica 1
Pneumática
Derivado do termo grego (pneumatikos que significa "fôlego", "alma"), a pneumática é o uso de gás
pressurizado na ciência e tecnologia.
"Pelas razões mencionadas e à vista, posso chegar à conclusão de que o homem dominará e poderá
elevar-se sobre o ar mediante grandes asas construídas por si, contra a resistência da gravidade".
A frase, de Leonardo Da Vinci, demonstra apenas uma das muitas possibilidades de aproveitamento do ar
na técnica, o que ocorre hoje em dia em grande escala. Como meio de racionalização do trabalho, o ar
comprimido vem encontrando, cada vez mais, campo de aplicação na indústria, assim como a água, a
energia eléctrica, etc.
Vantagens
1) Incremento da produção com investimento relativamente pequeno.
2) Redução dos custos operacionais. A rapidez nos movimentos pneumáticos e a libertação do operário
(homem) de operações repetitivas possibilitam o aumento do ritmo de trabalho, aumento de produtividade
e, portanto, um menor custo operacional.
3) Robustez dos componentes pneumáticos. A robustez inerente aos controles pneumáticos torna-os
relativamente insensíveis a vibrações e golpes, permitindo que acções mecânicas do próprio processo
sirvam de sinal para as diversas sequências de operação. São de fácil manutenção.
4) Facilidade de implantação. Pequenas modificações nas máquinas convencionais, aliadas à
disponibilidade de ar comprimido, são os requisitos necessários para implantação dos controles
pneumáticos.
5) Resistência a ambientes hostis. Poeira, atmosfera corrosiva, oscilações de temperatura, humidade,
submersão em líquidos, raramente prejudicam os componentes pneumáticos, quando projectados para
essa finalidade.
6) Simplicidade de manipulação. Os controlos pneumáticos não necessitam de operários
superespecializados para sua manipulação.
7) Segurança. Como os equipamentos pneumáticos envolvem sempre pressões moderadas, tornam-se
seguros contra possíveis acidentes, quer no pessoal, quer no próprio equipamento, além de evitarem
problemas de explosão.
8) Redução do número de acidentes. A fadiga é um dos principais factores que favorecem acidentes; a
implantação de controlos pneumáticos reduz sua incidência (liberação de operações repetitivas).
Limitações
1) O ar comprimido necessita de uma boa preparação para realizar o trabalho proposto: remoção de
impurezas, eliminação de humidade para evitar corrosão nos equipamentos, engates ou travamentos e
maiores desgastes nas partes móveis do sistema.
2) Os componentes pneumáticos são normalmente projectados e utilizados a uma pressão máxima de
1723,6 kPa. Portanto, as forças envolvidas são pequenas se comparadas a outros sistemas. Assim, não é
conveniente o uso de controlos pneumáticos em operação de extrusão de metais. Provavelmente, o seu
uso é vantajoso para recolher ou transportar as barras extrudadas.
3) Velocidades muito baixas são difíceis de ser obtidas com o ar comprimido devido às suas propriedades
físicas. Neste caso, recorre-se a sistemas mistos (hidráulicos e pneumáticos).
4) O ar é um fluido altamente compressível, portanto, é impossível se obterem paradas intermediárias e
velocidades uniformes. O ar comprimido é um poluidor sonoro quando são efectuadas exaustões para a
atmosfera. Esta poluição pode ser evitada com o uso de silenciadores nos orifícios de escape.
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumática"
FUNDAMENTOS DA PNEUMÁTICA I
Introdução
Muito já foi escrito a respeito do ar comprimido, de sua existência desde a civilização grega até os dias
actuais em que foi definida como Pneumática, portanto não é o intuito deste trabalho repeti-lo. Por estar
fundamentada em conceitos da Física, da Química e da Matemática podemos sintetizar a Pneumática
como a ciência que estuda a utilização do ar atmosférico como fonte de energia, cabendo aos
equipamentos pneumáticos e outros artefactos a transformação desta energia em trabalho. A Pneumática
abrange também o estudo sistemático da utilização do ar comprimido na tecnologia de accionamentos,
comando e controlo de sistemas automáticos.
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Pneumática
1.0 - Fundamentos Físicos da Pneumática
Princípio de Pascal - A pressão se distribui uniformemente sob a superfície do seu recipiente P=F/A
1.3.2 - Densidade das partículas em função da pressão 1.3.3 - Comportamento das partículas de ar
As unidades de medida de pressão utilizadas actualmente na maioria dos Países são as do S.I. Mas é
comum ainda encontrarmos unidades antigas e mesmo as de origem anglo/americana como o psi, gl/m
etc…
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1.6 - Volume e Caudal
Sempre que estas grandezas forem usadas, devemos especifica-los sempre nas condições normais de
pressão e temperatura. O volume será sempre em Nm³ ou em Nl, o caudal ou o consumo em Nm³/h ou
Nl/m e a temperatura na escala absoluta Kelvin, sendo que o fraccionamento pode ser indicado em graus
ºC (Celsius).
O S.I. recomenda que os símbolos que definem as grandezas ou unidades não aceitam o plural, assim 1
bar , 2 bar e não bares, 1 Kelvin e não Kelvins etc.
1.6.1 - Caudal
Uma confusão usual é confundir fluxo com caudal, grosso modo podemos dizer que fluxo define um fluido
em movimento e quadal define a quantidade de fluido escoando num determinado espaço de tempo e se
designa com a letra V ou melhor com a letra Q .
Portanto quando Q = 2 Nm³/h definimos um caudal de 2 metros cúbicos de um gás por hora e em seu
estado normal de pressão e temperatura.
Q = quadal
A1 = velocidade do fluido na área 1
A2 = velocidade do fluido na área 2
ρ = (ró) densidade do fluido (1,29 kg/m³ para o ar).
2.0 - Humidade do ar
O ar atmosférico contém sempre uma percentagem de água em forma de vapor.
A quantidade depende da humidade da atmosfera e principalmente da temperatura. Quando o ar
atmosférico esfria, chega-se a um certo ponto em que ocorre a saturação.
Este fenómeno é conhecido como ponto de condensação ou ponto de orvalho. Se o ar esfria mais, a
humidade se condensa formando pequenas gotas de água que se separam do ar em forma de
condensado.
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A quantidade de água que o ar pode reter depende inteiramente da temperatura; 1 m³ de ar comprimido é
capaz de reter a mesma quantidade de vapor de água que 1 m³ de ar a pressão atmosférica.
A tabela abaixo nos mostra a quantidade de água, em gramas por metro cúbico (g/m³) que o ar pode
conter, para uma ampla faixa de temperaturas, desde –40ºC até + 40ºC, e um gráfico que mostra uma faixa
de –30ºC a +80ºC. Em caso de ter de calcular a quantidade de condensado que se produz numa instalação
recomenda-se o uso do Nm³/h (ar aspirado pelo compressor).
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A condensação será igual à quantidade total de água no ar, menos o volume que o ar comprimido pode
reter, assim nas fases (a) e (b) ao comprimir o ar, 84,9 g – 34,5 g = 50,6 g de água que se condensa e se
separa do ar comprimido pela redução do volume após a compressão.
Observar que esta água deve ser eliminada antes que ela chegue ao sistema, para evitar atingir os
equipamentos pneumáticos. Resfriadores, secadores, filtros e principalmente tubulações correctamente
calculadas e instaladas reduzem substancialmente os efeitos nocivos que o condensado causa aos
equipamentos pneumáticos.
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Grosso modo podemos comparar um coeficiente de caudal Cv 1 = S 18mm², isto é, um orifício de 18 mm²
equivale a uma vazão de Cv 1. Pelo diagrama abaixo podemos relevar a relação entre a pressão e o
caudal equivalente através de um orifício de Secção de 1mm² = 54,44 Nl/min.
O diagrama p/Q mostra a relação entre pressão e o caudal para um orifício de área equivalente a Secção
de 1mm².
O triângulo traçado no ângulo inferior direito demarca a zona de fluxo sónico, isto é, a velocidade do ar está
próximo da velocidade do som (334 m/s), o que provoca uma queda de pressão na saída do componente
que impossibilita a utilização prática. Para haver fluxo é necessário que haja um diferencial de pressão
porém existe um limite. Na prática podemos estimar em torno de 2 bar. Caso a pressão de trabalho fosse
de 6 bar deveríamos ter uma pressão primaria de 8 bar, que já é um limite da chamada pressão
económica.
Utilização do diagrama
A escala de pressão do lado esquerdo indica ambas as pressões, de entrada e de saída. A primeira linha
da esquerda representa fluxo zero, pois a pressão de entrada e de saída é a mesma. As várias curvas,
para pressões de entrada de 1 a 10 bar, indicam como a pressão decresce (diminui) a medida que o fluxo
(caudal) aumenta.
Exemplo 1: Pressão de entrada de 6 bar, queda de pressão 1 bar = pressão de saída 5 bar.
Acompanhamos a linha “6” até o cruzamento com a linha horizontal “5”. Deste ponto descemos
verticalmente até a linha base que representa a escala de vazão onde encontramos o valor de 54,44 l/min.
Os valores definem uma vazão nominal Qn e pode ser comparado rapidamente aos valores muitas vezes
encontrados em catálogos. Se 54,44 Nl/min é o caudal através de um orifício de 1mm² (não confundir com
1mm de diâmetro) e uma válvula apresentar um orifício equivalente de 4,5 mm² ao respectivo caudal será
de: 54,44*4,5 = 245 Nl/min.
Exemplo 2: Um dado componente com um “S” de 12mm² trabalha a uma pressão de 7 bar e o consumo do
sistema é de 600 Nl/min. Qual é a pressão de saída resultante? – Um caudal de 600 Nl/min através de um
“S” de 12mm² corresponde a um caudal de 600/12 = 50 Nl/min de um
“S” de 1mm². Podemos fazer a conversão usando o diagrama, seguimos a curva “7” até o cruzamento com
a linha vertical correspondente a 50 Nl/min e neste ponto encontramos um valor de ~ 6,3 bar, teremos
então um ∆p de 0,7 bar bastante compatível em uso prático.
O limiar da zona de fluxo sónico ou subsónico pode ser facilmente definido quando a relação de pressão
entre entrada e saída for maior ou menor que 1896:
Fluxo sónico = p1 + 1013 ≥ 1896*(p2+1013)
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Fluxo subsónico = p1 + 1013 > 1.896*(p2+1013)
O volume Q para um fluxo subsónico equivale:
Observar que em sistemas pneumáticos nunca se deve utilizar vazão sónica, pois para uma pressão de
alimentação de 6 bar, teríamos apenas 2,7 bar na saída de utilização. Alguma concessão pode ser feita
aquando da utilização de geradores de vácuo.
A tabela abaixo resume os valores comparativos das diversas unidades utilizadas para a definição do
caudal:
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