Acessórios e Dispositivos de Caldeiras
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Tubulo de vapor
Vlvula de controle
Bomba de alimentao
5.1.1 INJETORES
So equipamentos para alimentao de gua usados em pequenas caldeiras de comando manual
e tambm foram muito empregados em locomotivas a vapor. Seu princpio, simples, baseia-se
no uso do prprio vapor de caldeira ou de ar comprimido que injetado dentro do aparelho,
onde existem os cnicos divergentes e as vlvulas de reteno, de controle, e de sobrecarga,
conforme figura 5.2.
Quando o ar ou vapor passa pelos cnicos divergentes, forma vcuo, faz com que a vlvula de
admisso seja aberta e arrasta por suco a gua do reservatrio para dentro da caldeira. Se a
gua entra em excesso, sai atravs de uma vlvula de sobrecarga.
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Injetor de gua
Fig.5.2
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Podero ser construdos de vrias formas mas os principais constam de uma garrafa que ligada
ao tambor de vapor e uma bia que flutua no seu interior. Qualquer flutuao do nvel interno
transmitidos a esta bia, presa na parte superior por uma haste (3), conforme fig. 5.5.
A haste movimenta-se dentro do recipiente (5), e ao passar pelo campo magntico (2) produzido
pelo im permanente (1) faz movimentar a clula de mercrio (4) pelo pino pivotado (A). A
bomba assim fica dependendo do sistema liga-desliga, das chaves de mercrio, alimentando ou
no a caldeira.
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Fig.5.5
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Uma outra concepo, conforme figura 5.7, denomina-se controle de nvel termohidrulico, que opera
agora graas dilatao e contrao da gua contida numa cmara cilndrica anelar fechada.
O tubo externo, por sua vez, liga-se pela parte inferior ao diafragma de uma vlvula de controle. Pela
conexo superior desta camisa introduz-se gua limpa at o fluido transbordar.
A caldeira entrando em operao, apenas uma parcela desta cmara entra em contato com o vapor o
qual promove o aquecimento e conseqente dilatao da parte correspondente de gua. O aumento de
volume reflete sobre o diafragma da vlvula de controle, portanto sobre o orifcio de passagem de gua
de alimentao.
medida que o nvel oscila, a gua contida na cmara recebe contato com maior ou menor superfcie
de aquecimento, respondendo com variaes nas dilataes e contraes do fluido de maneira a
transmitir vlvula de controle, posies diferentes de ingresso ou interrupo da passagem da gua.
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A figura 5.8 exibe uma verso mais moderna de controle de nvel em caldeiras, introduzindo o ar
comprimido como fluido auxiliar.
Fig.5.8
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Visor de nvel
Fig.5.10
Manter o nvel de gua da caldeira um importante papel do operador que ter que dispensar-lhe uma
especial ateno.
Antes de se iniciar a operao da caldeira, deve ser feita uma drenagem no nvel, a fim de que se
eliminem algumas impurezas que por ventura tenha-se localizado no nvel ou nas conexes do mesmo.
Nas caldeiras manuais, o nvel importantssimo porque dar ao operador uma noo exata de quanto
a gua dever ser introduzida na caldeira.
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5.5 MANMETROS
Aparelho com o qual se mede a presso de gases, de vapores e de outros fludos. muito utilizado na
indstria, entre outros fins, para verificar a presso de caldeiras e de vasos sob presso.
O conhecimento desta presso obrigatrio, no s sob o ponto de vista de segurana, como tambm,
para a operao econmica e segura da caldeira.
A figura 5.11 mostra as partes Internas, de forma esquemtica, de um manmetro de Bourdon padro
cujo funcionamento baseia-se na tendncia de flexo, que experimenta um tubo de bronze curvado, de
seo elptica, quando aplicada, em seu interior, uma presso superior atmosfera. Geralmente o
tubo se curva em arco de circunferncia. Ao atuar a presso no interior do tubo, sua extremidade livre
descreve um pequeno movimento, que ampliado mediante um sistema de alavancas que atuam sobre
o setor dentado, fazendo girar a agulha indicadora.
Existem vrios tipos de manmetros: manmetro tubular, manmetro com lquido amortecedor
(glicerina ou silicone), manmetro diferencial, e outros tipos que so abordados em instrumentao e
controle no constitundo objetivo principal do presente curso.
A escala de uma manmetro pode ser graduada em quilograma, fora por centmetro quadrado
(Kgf/cm2), em atmosferas (atm), em libras-fora por polegada quadrada (lbf/pol2 ou psi), ou em
qualquer outra unidade de presso. A tabela abaixo d a correspondncia entre estas unidades.
atm Kgf/cm2 psi
1 1,033 14,22
0,96 1 14,7
0,065 0,068 1
A indicao em psi usual no sistema ingls e no Brasil utiliza-se mais correntemente indicaes em
kgf/cm2.
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No primeiro tipo, a presso do vapor atuando sobre a rea do disco de vedao, abre totalmente a
vlvula.
No segundo tipo, a ao de presso abre parcialmente a vlvula. O vapor escapando, projeta-se sobre
um disco provido de anel de regulagem que provoca a mudana de direo do fluido. A fora de
reao completa a abertura da vlvula.
Na operao:
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Para assegurar esta performance, as vlvulas de segurana devem ser fabricadas, sob controle de
qualidade, instaladas corretamente e ser submetidas a sistemticas inspees e mantidas em condies
de funcionamento perfeito.
Podemos encontrar, basicamente, dois tipos de vlvulas de segurana:
a) de contrapeso (figura 5.12)
Fig.5.12
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Fig.5.13
Ocorrendo uma destas falhas, a fornalha da caldeira ficaria sujeita a uma exploso, caso no houvesse
a interrupo imediata do fornecimento do combustvel.
Conforme a concentrao da mistura (ar/combustvel), a magnitude de exploso poder se tornar
perigosa, causando danos ao equipamento e provocando risco de vida ao seu operador.
A maior parte dos casos de exploso, ocorrem durante o acendimento da chama.
Os dispositivos usualmente empregados nestes sistemas de proteo so dos seguintes tipos:
POR TERMOELTRICOS
So formados por lminas bimetlicas (lminas de metais diferentes) e de uma chave eltrica. As
lminas bimetlicas ficam instaladas no caminho dos gases e tambm esto ligadas ao circuito, de tal
modo, que no possvel acender o queimador com a chave aberta. Acendendo a caldeira, o calor dos
gases desprendidos dilata as lminas, queimando-se a caldeira as lminas e se contraem abrindo e
interrompendo o circuito eltrico do queimador.
POR CLULAS FOTOELTRICAS
Trata-se de um sistema bem aperfeioado que trabalha com uma clula fotoeltrica, um amplificador e
um rel. O seu funcionamento baseado na colorao das chamas. Se estas se apagarem a
luminosidade no interior da fornalha ser diminuda, a clula fotoeltrica comandar o amplificador e
o rel que abrir seus contatos, interrompendo o circuito dos queimadores.
Os sistemas fotocondutivos para segurana de chama tem quase o mesmo funcionamento dos
fotoeltricos, sendo modificado o tipo de clula. Utiliza-se das irradiaes infravemelhas das chamas e
faz uso de amplificadores especial.
Os amplificadores conseguem estabelecer diferenas entre o calor das chamas e o calor dos refratrios
da fornalha.
Estes controladores funcionam como equipamentos de segurana, fazendo com que a caldeira seja
parada e religada automaticamente, controlando perfeitamente a gua de alimentao e os limites de
presso.
Tambm efetua a parada de emergncia comandada pelo circuito de segurana.
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5.7.1 PRESSOSTATOS
PRESSOSTATO DE CONTROLE DE MXIMA PRESSO DA CALDEIRA
Tem a finalidade de controlar a presso interna da caldeira por meio de um comando para os
queimadores (figura 5.14).
constitudo de um fole metlico (ou de um diafragma) que comanda uma chave eltrica por meio de
um dispositivo de regulagem da presso. medida que diminui a presso dentro da caldeira o fole (ou
diafragma) se contrai, fechando o circuito eltrico, dando partida ao queimador. Quando a presso for
restabelecida o fole (ou diafragma) se dilata e far a abertura dos contatos, interrompendo o
funcionamento dos queimadores. Nas caldeiras semi-automtica e chave interrompe o circuito do
queimador, quando atingida a presso de corte e mantm o circuito travado, impedindo que seja
reacendido manualmente, at que seja atingida a presso de operao.
Fig.5.14
Pressostato Modular
De construo quase idntica ao pressostato de mxima presso, faz a regulagem do leo e do ar para
os queimadores. A sua diferena para o pressostato acima, que este no faz a simples partida ou
parada de motor da bomba de combustvel e regulador de ar nos pontos preestabelecido de presso.
Ele regula a velocidade do motor nas presses intermedirias s prefixadas, dando um perfeito
equilbrio ao regulador de ar-combustvel.
Todo este trabalho conseguido atravs do motor modulador que consiste (alm dos enrolamentos do
motor) de um rel de equilbrio e de um reostato de balanceamento. Portanto o motor trabalha junto
com o reostato da chave moduladora.
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Permite a vazo de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior parte das aplicaes so vlvulas
do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da vazo.
A vlvula conhecida como gaveta, aplica-se em grandes unidades, sem responsabilidade sobre o
controle da vazo.
Vlvula De Alimentao
Fig.5.15
Vlvulas de Escape de Ar
Outra vlvula do tipo globo que controla a sada ou entrada de ar na caldeira, nos incios e fins de
operao. Apresenta dimenses de a 1.
Vlvula de Reteno
figura 5.16
Vlvulas de Descarga
Alm da descarga de fundo, caldeira de certo porte, recebem outro sistema de descarga para assegurar
uma dessalinizao contnua da gua, feita por meio de vlvula globo agulha.
uma vlvula do tipo globo , cuja seco corresponde a 10% da vlvula principal. Sua funo
assegurar o suprimento de vapor para acionamento de rgos da prpria caldeira, como:
bombas de alimentao
aquecimento de leo
injetores
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Vlvulas de Alvio
uma vlvula instalada na parte superior do praquecedor de leo, para evitar que o leo combustvel
atinja presses superiores aos nveis adequados no mesmo.
Tubulaes
5.7.4.1 PREAQUECEDOR DE AR
O preaquecedor de ar um equipamento que tem a finalidade de aproveitar o calor dos gases no
aquecimento do ar necessrio combusto (figura 5.17). O preaquecedor transfere o calor dos gases
quentes para o ar que est entrando para a combusto.
Fig.5.17
Classificao
Os preaquecedores podem ser classificados de acordo com o princpio de operao, em:
a) Preaquecedor regenerativo
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Nos preaquecedores regenerativos, o calor dos gases de combusto transferido indiretamente para o
ar, atravs de um elemento de armazenagem, por onde passa o ar e o gs de combusto,
alternadamente, conforme desenho esquemtico da figura 5.18.
Preaquecedor de ar regenerativo
Fig.5.18
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Fig.5.19
c) Preaquecedor com colmeia refratria
Os gases quentes, ao passarem pela colmeia refratria trocam o calor com o frio para a combusto
(figura 5.20).
Fig.5.20
5.7.4.2 ECONOMIZADOR
Sua finalidade aquecer a gua de alimentao da caldeira (ver esquema da figura 5.21). Est
localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos geradores de vapor sendo que os
gases so obrigados a circular atravs dele, antes de sarem pela chamin.
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Fig.5.21
Existem vrios tipos de economizadores e na sua construo podem ser empregados tubos de ao
malevel ou tubo de ao fundido com aletas. Os economizadores podem ser:
SEPARADO
Usados nas caldeiras de baixa presso (25 kg/cm2) e construdo geralmente de tubos de ao ou ferro
fundido com aletas; no seu interior circula a gua e por fora os gases de combusto.
INTEGRAL
Empregado na maioria dos geradores de vapor, apesar de requerer mais cuidados que o economizador
em separado. Dever ser retirado da gua de alimentao todo o gs carbnico e o oxignio, isto
porque, quando estes elementos so aquecidos aumentam a corroso dos tubos. Este economizador
tem grande capacidade de vaporizao e constitudo por uma serpentina e tubos de ao malevel.
A corroso nos tubos dos economizadores pode ser tanto de dentro para fora como de fora para dentro.
Os furos de fora para dentro so causados pelos gases que aquecem e arrastam enxofre contido no
leo. Ao se juntarem com o oxignio e com outros elementos contidos nos gases, formam um
poderoso agente corrosivo (cido sulfrico, por exemplo). Os furos de dentro para fora so causados
pela circulao da gua no tratada que contm oxignio e gs carbnico, principais agentes da
corroso interna dos tubos.
5.7.4.3 SUPERAQUECEDORES
a) Consideraes sobre o vapor saturado superaquecido.
Se aquecermos gua em um recipiente fechado, quando a gua atingir uma certa temperatura esta se
transforma em vapor (temperatura de 100C aproximadamente, ao nvel do mar). Enquanto existir
gua dentro do recipiente, o vapor ser saturado e a temperatura no aumentar.
Mantendo-se o aquecimento at que toda a gua se evapore teremos o vapor superaquecido, com o
conseqente aumento de temperatura.
Este processo de superaquecimento do vapor seria impraticvel nas caldeiras, pois quando a gua
evaporasse, os tubos se queimariam e tambm no haveria uma demanda suficiente na rede de vapor.
Assim sendo, empregamos aparelhos destinados a elevar a temperatura do vapor sem prejuzo para a
caldeira.
O vapor saturado mais indicado para uso em aquecimento, pois devido mudana de fase permite a
troca de calor a temperatura constante, apresentando como inconveniente a grande formao de
condensado.
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O vapor superaquecido utilizado em turbinas a vapor, devido a ausncia de umidade exigida para
operar nessas turbomquinas por questes de deteriorizao das ps, vibrao e queda de rendimento.
Contudo existem situaes de utilizao do vapor superaquecido para aquecimento e processo, o
caso em que se tem extensas tubulaes de vapor, isto , a parcela de calor de superaquecimento serve
para vencer as perdas trmicas da linha, chegando ao processo como vapor saturado com um mnimo
de umidade (~2%), necessrio a determinados processos industriais.
Figura 5.22
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Fig.5.23
5.7.4.4 PURGADORES
So dispositivos automticos que servem para eliminar o condensado formado nas linhas de vapor e
nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor.
Os bons purgadores, alm de remover o condensado, eliminam, tambm, o ar e outros gases
incondensveis, (CO2, por exemplo), que possam estar presentes.
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