Acessórios e Dispositivos de Caldeiras

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PR-REITORIA ACADMICA

BURITIS / CARLOS LUZ / SILVA LOBO

5. ACESSRIOS E DISPOSITIVOS DE CALDEIRAS


5.1 APARELHOS DE ALIMENTAO DE GUA
A cada quilograma de vapor extrado da caldeira, deve corresponder equivalente quantidade de
gua injetada. No se verificando a reposio, o nvel de gua, no interior da caldeira, comea a
baixar. Enquanto, as superfcies metlicas, expostas ao contato dos gases quentes, estiverem
banhados pela gua, nenhum dano ocorre ao equipamento.
No momento porm, que o nvel ultrapassar o limite mnimo ao estabelecido, compromete-se a
segurana da unidade. Criam-se condies de ruptura das paredes metlicas ou mesmo de
exploses devido o superaquecimento da placa metlica. Por essa razo, cabe ao operador,
embora auxiliado pela automao do processo de alimentao, vigiar permanentemente o nvel
exibido pelo visor transparente existente na caldeira.
A introduo da gua, nos Geradores de Vapor, se faz com os aparelhos de Alimentao.
Sob o ponto de vista termodinmico, o aparelho de alimentao, realiza um trabalho
representado pelo deslocamento de uma massa de gua associada a uma presso capaz de
vencer as resistncias oferecidas pelo circuito. A figura 5.1, apresenta um esquema tpico de
instalao de alimentao de gua, com bomba centrfuga, controlada automaticamente por uma
vlvula.

Tubulo de vapor

Vlvula de controle
Bomba de alimentao

Esquema de uma Linha de Alimentao de gua de Caldeira


Fig 5.1

5.1.1 INJETORES
So equipamentos para alimentao de gua usados em pequenas caldeiras de comando manual
e tambm foram muito empregados em locomotivas a vapor. Seu princpio, simples, baseia-se
no uso do prprio vapor de caldeira ou de ar comprimido que injetado dentro do aparelho,
onde existem os cnicos divergentes e as vlvulas de reteno, de controle, e de sobrecarga,
conforme figura 5.2.
Quando o ar ou vapor passa pelos cnicos divergentes, forma vcuo, faz com que a vlvula de
admisso seja aberta e arrasta por suco a gua do reservatrio para dentro da caldeira. Se a
gua entra em excesso, sai atravs de uma vlvula de sobrecarga.

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Injetor de gua
Fig.5.2

5.1.2 BOMBAS ALTERNATIVA


Tambm conhecidas como bombas de pistes, de ao direta ou de deslocamento positivo,
podem ser acionadas por motores eltricos ou a vapor.
A bomba acionada eletricamente tem sido aplicada em pequenas caldeiras que operam em
presses elevadas, pois as bombas centrfugas para altas presses dificilmente atingem
pequenas capacidades.
Sua constituio esquemtica, representada na figura 5.3, conta com uma cmara, duas vlvulas
de reteno e um mbolo.

Bomba Alternativa ou de mbolo


Fig.5.3
As bombas acionadas a vapor mais difundidas so as denominadas Bombas duplex a vapor ou
tambm conhecidas por Burrinhos, disponveis no mercado para atender geradores com
produes de vapor at 50 t/hora e presses at 21 kgf/cn2. Nestas o vapor aciona o par de
pistes de maior dimetro movimentando assim os pistes menores de injeo de gua.
Estes tipos de bombas, devido a presena de lubrificao contnua dos cilindros, apresentam o
inconveniente de arrastarem leo para o interior da caldeira, por isso, geralmente, cumprem o
papel de bomba de reserva.

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5.1.3 BOMBAS CENTRFUGAS

So bombas que tm dado os melhores resultados, pela simplicidade de seus componentes,


facilidade de manuteno, pela grande vazo que nos oferece, atingindo at 500.000 litros de
gua por hora, e por operar em regime contnuo, ao contrrio das bombas alternativas onde a
alimentao se processa em golpes contnuos.
Seu funcionamento consiste em um disco com um jogo de palhetas que giram em alta
velocidade e fazem a suco da gua. Cada disco forma um estgio, cuja quantidade pode
variar de acordo com a capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa presso empregam-se
bombas com apenas um estgio e nas de alta presso so usados multiestgios.
As bombas centrfugas so passveis de serem acionadas por motores eltricos ou por turbinas a
vapor, estas ltimas aplicveis apenas em geradores de maiores capacidades e presses. Podem,
ainda, ter carcaa cilndrica e bipartida.

5.1.4 CONTROLE AUTOMTICO DE GUA DE ALIMENTAO

Os aparelhos de controle automtico de alimentao dividem-se em dois grupos, identificados


pelo critrio de funcionamento (liga-desliga) ou modulante.

5.1.4.1 APARELHO DE CONTROLE DE ALIMENTAO DE GUA LIGA-


DESLIGA.
H dois aparelhos bsicos que respondem por esta caracterstica; um denominado Regulador de
Nvel com Eletrodo e o outro Regulador de Nvel com Bia.
Regulador De Nvel Com Eletrodos

Este sistema consiste em aproveitar a condutividade eltrica da gua, atravs de trs


eletrodos que podem ser de ao inoxidvel e tamanhos diferentes, correspondendo, cada
tamanho, a um nvel de gua: o central, o mximo e o mnimo. Este dispositivo
montado na parte superior do tambor de vapor, e os eletrodos esto ligados a um rel de
nvel de gua que, atravs de seus contatos, comandar a bomba de alimentao de gua.

A bomba entrar em funcionamento quando a gua atingir a ponta de eletrodo central e


dever parar quando a gua atingir o eletrodo de nvel mximo ( o menor eletrodo). Se o
nvel da gua atingir a ponta do eletrodo maior o rel desligar o queimador ou em
alguns sistemas poder fazer funcionar um alarme que dar ao operador a indicao do
defeito (figura 5.4).

Regulador De Nvel Com Bia

Podero ser construdos de vrias formas mas os principais constam de uma garrafa que ligada
ao tambor de vapor e uma bia que flutua no seu interior. Qualquer flutuao do nvel interno
transmitidos a esta bia, presa na parte superior por uma haste (3), conforme fig. 5.5.
A haste movimenta-se dentro do recipiente (5), e ao passar pelo campo magntico (2) produzido
pelo im permanente (1) faz movimentar a clula de mercrio (4) pelo pino pivotado (A). A
bomba assim fica dependendo do sistema liga-desliga, das chaves de mercrio, alimentando ou
no a caldeira.

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Indicador De Nvel Com Eletrodo, onde: E = Eletrodo; VVN -1 e 2 = Vlvula do visor


de nvel superior e inferior; VDN = Vlvula do dreno de nvel; VDRN = Vlvula de
dreno reguladora de nvel; CN = Coluna de nvel e TP-1 e 2 = Torneiras de prova
1 e 2.
Fig.5.4

Demonstrao Esquemtica de um Regulador de Nvel com Bia usando Chaves de Mercrio

Fig.5.5

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5.1.4.2 APARELHOS DE CONTROLE DE ALIMENTAO DE GUA


MODULANTE
Elemento Termosttico Para Controle De Nvel

Tem a finalidade de controlar o fluxo da gua na caldeira. Seu funcionamento baseia-se no


principio da dilatao dos corpos pelo calor (figura 5.6).
Sua construo bastante simples. formado por dois tubos concntricos, sendo que o tubo
externo o tubo de expanso e o interno serve para fazer a ligao com o tambor de vapor pela
sua parte superior, onde recebe uma quantidade de vapor. Faz tambm a ligao com o tambor
de vapor em um ponto correspondente ao nvel mnimo, recebendo, portanto, pela parte de
baixo, gua do tambor de vapor.
O tubo termosttico abrange quase toda a extenso da fornalha, sendo que em uma das
extremidades rigidamente ligado a serpentina de aquecimento e a outra extremidade
permanece livre, a fim de poder dilatar-se e mover a vlvula de admisso da gua.
Quando a caldeira est com uma queima total, a extremidade livre do tubo termosttico mantm
a vlvula de admisso em posio que passe, apenas, a gua para repor a quantidade que est
sendo evaporada.
Se houver uma baixa no nvel de gua, aumentar a temperatura do elemento termosttico,
devido ao aumento da quantidade do vapor dentro do tubo. Com isso, o tubo se dilata
movimentando o conjunto de comando da vlvula de admisso da gua, fazendo com que a
mesma se abra dando passagem gua de alimentao.
medida que a gua vai entrando no tambor, a quantidade de vapor dentro do tubo
termosttico tambm vai diminuindo, dando lugar gua que bem mais fria que o vapor,
fazendo, desta forma, com que o tubo, que se havia expandido pelo calor, agora se contraia em
virtude da mudana de temperatura: medida que a temperatura diminui no interior do tubo,
este se contrai, fazendo com que o conjunto de comando faa a reduo da entrada de gua at
que o nvel seja equilibrado.
O nvel normal de gua na caldeira poder ser elevado ou baixado vontade, dentro de limites
razoveis. Uma porca de regulagem, localizada na extremidade do tubo, pode ser girada para
proporcionar o nvel desejado mesmo com a caldeira em funcionamento.
Um amortecedor protege o regulador contra esforos bruscos quando a vlvula est fechada e o
tubo de expanso est contrado

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Controle De Nvel Proporcional A Um Elemento De Ao Mecnica Por Efeito Termosttico


Fig.5.6

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Elemento Termohidrulico Para Controle De Nvel

Uma outra concepo, conforme figura 5.7, denomina-se controle de nvel termohidrulico, que opera
agora graas dilatao e contrao da gua contida numa cmara cilndrica anelar fechada.

Controle de Nvel Proporcional a um Elemento com Princpio de Atuador Termo-Hidrulico


Fig.5.7
O sistema compreende um duplo cilindro concntrico, instalado com uma inclinao pr definida em
relao ao nvel interno da caldeira. O primeiro, aletado em toda extenso, forma uma camisa fechada,
enquanto o interno une-se ao tambor de forma a receber as oscilaes do nvel de gua.

O tubo externo, por sua vez, liga-se pela parte inferior ao diafragma de uma vlvula de controle. Pela
conexo superior desta camisa introduz-se gua limpa at o fluido transbordar.
A caldeira entrando em operao, apenas uma parcela desta cmara entra em contato com o vapor o
qual promove o aquecimento e conseqente dilatao da parte correspondente de gua. O aumento de
volume reflete sobre o diafragma da vlvula de controle, portanto sobre o orifcio de passagem de gua
de alimentao.
medida que o nvel oscila, a gua contida na cmara recebe contato com maior ou menor superfcie
de aquecimento, respondendo com variaes nas dilataes e contraes do fluido de maneira a
transmitir vlvula de controle, posies diferentes de ingresso ou interrupo da passagem da gua.

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Controle de Nvel Pneumtico

A figura 5.8 exibe uma verso mais moderna de controle de nvel em caldeiras, introduzindo o ar
comprimido como fluido auxiliar.

Fig.5.8

5.2 ALIMENTAO DE COMBUSTVEL


No caso de combustvel lquido o fornecimento no deve ser feito diretamente do tanque principal para
o consumo e sim passar por um reservatrio intermedirio, evitando-se problemas de flutuao de
carga e baixa temperatura do combustvel no bombeamento. Esse reservatrio deve ser instalado no
circuito mais prximo da bomba de leo tendo antes um filtro da bomba, uma vlvula de gaveta e a
linha de retorno do excedente ao depsito, sendo sua principal finalidade o aquecimento de leo
(figura 5.9).
Devido quantidade do Fuel oil fornecido com alto teor de parafina o sistema de aquecimento deve
ser misto (eletricidade e vapor), a fim de elevar e manter a temperatura do leo acima do ponto de
fluidez (ponto de baixa viscosidade).
Caso o leo combustvel seja muito viscoso, ele deve ser recirculado no sistema de preaquecimento at
atingir a temperatura ideal, antes de ser admitido na caldeira para no entupir o pulverizador, em razo
da viscosidade imprpria.
No incio de funcionamento, quando o leo no est ainda a uma temperatura tima de pulverizao,
deve-se usar querosene.

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Bomba de leo combustvel


Fig.5.9
No caso dos combustvel slidos a alimentao pode ser manual ou mecanizada No caso de
alimentao manual de combustvel slido deve ser armazenada na casa da caldeira uma quantidade
suficiente para at duas horas, evitando-se o acmulo de combustvel que retira a liberdade de ampla
circulao que o operador deve ter..

5.2.1 CONTROLE AUTOMTICO DE COMBUSTO


Trs so as grandezas relacionadas com o problema de malha aberta que responde pela regulagem
automtica da combusto:
o consumo de combustvel
o consumo de ar para a combusto
a extrao dos gases formados

O controle destas trs grandezas visam:


manter o suprimento de calor da fonte supridora, de acordo com a demanda do processo.
assegurar um mnimo de consumo de combustvel para atingir as condies propostas, ou
seja, alcanar a mxima eficincia;
manter as condies de operao da fornalha dentro de parmetros satisfatrios.

No fundo os objetivo so os mesmos. A quantidade de combustvel se ajusta com a presso da


caldeira, de modo que uma queda na presso significa falta de combustvel, e excesso, significa
combustvel a mais. Portanto a regulagem da presso de forma a mant-la dentro dos limites fixados
na operao, implica necessariamente na modificao do suprimente de combustvel.
A interveno nesta fonte de calor determina a modificao do volume de ar necessrio sua queima,
dentro dos parmetros compatveis com uma combusto perfeita. Esta variao provocada na
formao de volumes de gases de combusto, deve ser vigiada por uma ao paralela, que garanta a
sua (gases) extrao completa de forma a assegurar uma presso definida na cmara de combusto da
caldeira.

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5.3 ALIMENTAO DE ENERGIA ELTRICA


feita atravs do quadro de comando que o componente da caldeira onde esto os dispositivos
eltricos que permitem a operao da caldeira. Para o caso das caldeiras com alimentao a
combustvel lquido eles so mais complexos pois comandam o acendimento automtico e o controle
da chama, alm de outros comandos como o de nvel de gua que controla as bombas de alimentao e
os rels de alta presso.
No caso de caldeiras de alimentao por combustvel slido (lenha) os quadros de comando so mais
simples pois basicamente possuem apenas o comando de nvel automtico que controla o
funcionamento das bombas de alimentao de gua e o aumento de presso.
Os comandos so colocados em um armrio que os abrigam da poeira e umidade, tais comandos so
basicamente:
seleo do comando manual ou automtico;
chave de ligar e desligar a bomba dgua;
chave de liga e desliga o ventilador de exausto;
alarme sonoro de advertncia;
lmpada piloto;
chaves magnticas de ligao do nvel automtico.

5.4 VISOR DE NVEL


Consiste em um tubo de vidro colocado no tambor de vapor (figura 5.10) e que tem a finalidade de dar
ao operador a noo exata da altura onde se encontra a gua da caldeira. Na maioria das caldeiras o
nvel de gua exatamente no centro do tubo de vidro, o que corresponde ao centro do tambor de
vapor. Existem, porm, caldeiras que no seguem esta regra cabendo ao operador certificar-se do
quanto corresponde a marca de nvel dos indicadores.

Visor de nvel
Fig.5.10
Manter o nvel de gua da caldeira um importante papel do operador que ter que dispensar-lhe uma
especial ateno.
Antes de se iniciar a operao da caldeira, deve ser feita uma drenagem no nvel, a fim de que se
eliminem algumas impurezas que por ventura tenha-se localizado no nvel ou nas conexes do mesmo.
Nas caldeiras manuais, o nvel importantssimo porque dar ao operador uma noo exata de quanto
a gua dever ser introduzida na caldeira.

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5.5 MANMETROS
Aparelho com o qual se mede a presso de gases, de vapores e de outros fludos. muito utilizado na
indstria, entre outros fins, para verificar a presso de caldeiras e de vasos sob presso.
O conhecimento desta presso obrigatrio, no s sob o ponto de vista de segurana, como tambm,
para a operao econmica e segura da caldeira.
A figura 5.11 mostra as partes Internas, de forma esquemtica, de um manmetro de Bourdon padro
cujo funcionamento baseia-se na tendncia de flexo, que experimenta um tubo de bronze curvado, de
seo elptica, quando aplicada, em seu interior, uma presso superior atmosfera. Geralmente o
tubo se curva em arco de circunferncia. Ao atuar a presso no interior do tubo, sua extremidade livre
descreve um pequeno movimento, que ampliado mediante um sistema de alavancas que atuam sobre
o setor dentado, fazendo girar a agulha indicadora.
Existem vrios tipos de manmetros: manmetro tubular, manmetro com lquido amortecedor
(glicerina ou silicone), manmetro diferencial, e outros tipos que so abordados em instrumentao e
controle no constitundo objetivo principal do presente curso.
A escala de uma manmetro pode ser graduada em quilograma, fora por centmetro quadrado
(Kgf/cm2), em atmosferas (atm), em libras-fora por polegada quadrada (lbf/pol2 ou psi), ou em
qualquer outra unidade de presso. A tabela abaixo d a correspondncia entre estas unidades.
atm Kgf/cm2 psi

1 1,033 14,22

0,96 1 14,7

0,065 0,068 1

Partes internas de um manmetro de Bourdon


Fig.5.11

A indicao em psi usual no sistema ingls e no Brasil utiliza-se mais correntemente indicaes em
kgf/cm2.

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Os manmetros, de um modo geral, indicam a presso relativa (tambm denominada presso


manomtrica) e no a presso absoluta. Isso quer dizer que, para se obter a presso dita absoluta,
tem-se que somar presso indicada no manmetro, a presso atmosfrica local (presso absoluta =
presso manomtrica + presso atmosfrica).
Cada caldeira tem uma capacidade de presso determinada. Sendo assim, os manmetros utilizados
em cada caldeira devem ter a escala apropriada. A presso mxima de funcionamento da caldeira
dever estar sempre marcada sobre a escala do manmetro, com um trao feito a tinta vermelha, para
servir de alerta ao operador no controle da presso.

5.6 DISPOSITIVOS DE SEGURANA

5.6.1 VLVULAS DE SEGURANA


Sua funo de promover o escape de excesso do vapor, caso a presso mxima do trabalho permitida
da caldeira venha a ser ultrapassada, e os outros dispositivos de segurana venha a falhar.
Quando uma caldeira possui duas vlvulas de segurana, uma delas dever abrir com 5% acima da
presso mxima de trabalho permitida e a outra com 10% acima da presso mxima permitida.
Para garantir um perfeito funcionamento da vlvula de segurana, deve-se observar o seguinte:
Todas as vlvulas de segurana devero ser experimentadas uma vez ao dia, acionando-se
a alavanca de teste manual.
Promover a inspeo das sedes das vlvulas pelo menos uma vez por ano.
Fazer periodicamente um teste de funcionamento da vlvula. Isto se faz colocando uma
manmetro aferido na caldeira e, em seguida, fechando todas as sadas de vapor at que a
vlvula comece a funcionar. Para a aferio da vlvula devem ser observadas as
porcentagens acima indicadas, e tambm deve-se observar que durante o teste a presso
mxima da caldeira no deve ultrapassar 10% da presso mxima permitida.

As vlvulas de contrapeso so as mais simples, porm no atendem os requisitos atrs anunciados.


Sua vedao nem sempre impede vazamentos contnuos.
As vlvulas de mola predominam nos dias de hoje. H dois tipos de vlvulas de mola:
de baixo curso;
de alto curso.

No primeiro tipo, a presso do vapor atuando sobre a rea do disco de vedao, abre totalmente a
vlvula.
No segundo tipo, a ao de presso abre parcialmente a vlvula. O vapor escapando, projeta-se sobre
um disco provido de anel de regulagem que provoca a mudana de direo do fluido. A fora de
reao completa a abertura da vlvula.

Estas vlvulas so muito mais perfeitas, abrindo e fechando instantaneamente.


Os fabricantes fornecem estas vlvulas nas dimenses adequadas, desde que se forneam a vazo e
presso do vapor.
As vlvulas de segurana exigem cuidados especiais desde a sua instalao.
Na instalao deve-se:
evitar choques;
acertar o prumo (velocidade da vlvula)
evitar alterar a regulagem original do fabricante.

Na operao:

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no permitir acrscimo de peso na vlvula;


testar diariamente seu funcionamento;
eliminar vazamentos contnuos.

As vlvulas de segurana evitam, portanto, a contnua elevao da presso no gerador de vapor.


Vlvulas de segurana corretamente dimensionadas devem:
1. Abrir totalmente a um presso definida, evitando o desprendimento de vapor
antecipadamente.
2. Permanecer aberta enquanto no houver queda de presso ou seja, retorno da presso para
as condies de trabalho do gerador.
3. Fechar instantaneamente e com perfeita vedao logo aps a queda de presso.
4. Permanecer perfeitamente vedada para presses inferiores sua regulagem.

Para assegurar esta performance, as vlvulas de segurana devem ser fabricadas, sob controle de
qualidade, instaladas corretamente e ser submetidas a sistemticas inspees e mantidas em condies
de funcionamento perfeito.
Podemos encontrar, basicamente, dois tipos de vlvulas de segurana:
a) de contrapeso (figura 5.12)

b) de mola (figura 5.13)

Fig.5.12

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Fig.5.13

5.6.2 PROTEO E CONTROLE DE CHAMA


Caldeiras que usam queimadores de slidos pulverizados (carvo), lquidos (BPF, diesel,...) ou gasosos
(gs de gasognio, GLP,...) necessitam de um sistema de proteo e controle de chama para
supervisionar principalmente:
procedimento incorreto de ligao;
falta de chama por qualquer motivo.

Ocorrendo uma destas falhas, a fornalha da caldeira ficaria sujeita a uma exploso, caso no houvesse
a interrupo imediata do fornecimento do combustvel.
Conforme a concentrao da mistura (ar/combustvel), a magnitude de exploso poder se tornar
perigosa, causando danos ao equipamento e provocando risco de vida ao seu operador.
A maior parte dos casos de exploso, ocorrem durante o acendimento da chama.
Os dispositivos usualmente empregados nestes sistemas de proteo so dos seguintes tipos:
POR TERMOELTRICOS
So formados por lminas bimetlicas (lminas de metais diferentes) e de uma chave eltrica. As
lminas bimetlicas ficam instaladas no caminho dos gases e tambm esto ligadas ao circuito, de tal
modo, que no possvel acender o queimador com a chave aberta. Acendendo a caldeira, o calor dos
gases desprendidos dilata as lminas, queimando-se a caldeira as lminas e se contraem abrindo e
interrompendo o circuito eltrico do queimador.
POR CLULAS FOTOELTRICAS
Trata-se de um sistema bem aperfeioado que trabalha com uma clula fotoeltrica, um amplificador e
um rel. O seu funcionamento baseado na colorao das chamas. Se estas se apagarem a
luminosidade no interior da fornalha ser diminuda, a clula fotoeltrica comandar o amplificador e
o rel que abrir seus contatos, interrompendo o circuito dos queimadores.
Os sistemas fotocondutivos para segurana de chama tem quase o mesmo funcionamento dos
fotoeltricos, sendo modificado o tipo de clula. Utiliza-se das irradiaes infravemelhas das chamas e
faz uso de amplificadores especial.
Os amplificadores conseguem estabelecer diferenas entre o calor das chamas e o calor dos refratrios
da fornalha.
Estes controladores funcionam como equipamentos de segurana, fazendo com que a caldeira seja
parada e religada automaticamente, controlando perfeitamente a gua de alimentao e os limites de
presso.
Tambm efetua a parada de emergncia comandada pelo circuito de segurana.

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5.7 DISPOSITIVOS DE CONTROLE


Estes dispositivos so projetados para garantir que a caldeira funcione em perfeita segurana.

5.7.1 PRESSOSTATOS
PRESSOSTATO DE CONTROLE DE MXIMA PRESSO DA CALDEIRA
Tem a finalidade de controlar a presso interna da caldeira por meio de um comando para os
queimadores (figura 5.14).
constitudo de um fole metlico (ou de um diafragma) que comanda uma chave eltrica por meio de
um dispositivo de regulagem da presso. medida que diminui a presso dentro da caldeira o fole (ou
diafragma) se contrai, fechando o circuito eltrico, dando partida ao queimador. Quando a presso for
restabelecida o fole (ou diafragma) se dilata e far a abertura dos contatos, interrompendo o
funcionamento dos queimadores. Nas caldeiras semi-automtica e chave interrompe o circuito do
queimador, quando atingida a presso de corte e mantm o circuito travado, impedindo que seja
reacendido manualmente, at que seja atingida a presso de operao.

Fig.5.14

Pressostato Modular

De construo quase idntica ao pressostato de mxima presso, faz a regulagem do leo e do ar para
os queimadores. A sua diferena para o pressostato acima, que este no faz a simples partida ou
parada de motor da bomba de combustvel e regulador de ar nos pontos preestabelecido de presso.
Ele regula a velocidade do motor nas presses intermedirias s prefixadas, dando um perfeito
equilbrio ao regulador de ar-combustvel.
Todo este trabalho conseguido atravs do motor modulador que consiste (alm dos enrolamentos do
motor) de um rel de equilbrio e de um reostato de balanceamento. Portanto o motor trabalha junto
com o reostato da chave moduladora.

5.7.2 CHAVE SEQNCIAL


Tem a finalidade de promover na caldeira um ciclo completo de operaes ou seja:
a) modulao automtica
b) ignio eltrica
c) apagar a caldeira por motivo de segurana
d) limitar a presso
e) promover a ignio automaticamente.

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Seu funcionamento parecido com o do pressostato modulador, s que ao invs de apresentar o


reostato para regulagem de velocidade do motor, apresenta um conjunto de contatos, sendo destinados
um para cada operao a ser feita. Portanto quando termina um ciclo de operao, imediatamente,
comea outro.

5.7.3 VLVULAS E TUBULAES


Vlvula Solenide

So comandados eletricamente, abrindo e fechando, dando passagem ao leo, e vapor.


Um bom lubrificante para a haste mvel da vlvula solenide o grafite em p.
Nas cadeiras flamotubulares com queima a leo ou a gs, o leo diesel, ou gs, para a chama piloto
controlada por uma vlvula solenide, dotada de uma bobina, que, quando energizada, atrai o
obturador pelo campo eletromagntico formado, abrindo a passagem do combustvel.
Vlvula Principal De Sada De Vapor

Permite a vazo de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior parte das aplicaes so vlvulas
do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da vazo.
A vlvula conhecida como gaveta, aplica-se em grandes unidades, sem responsabilidade sobre o
controle da vazo.
Vlvula De Alimentao

Destinam-se a permitir ou interromper o suprimento de gua no gerador de vapor. So do tipo globo


com passagem reta (figura 5.15).

Fig.5.15
Vlvulas de Escape de Ar

Outra vlvula do tipo globo que controla a sada ou entrada de ar na caldeira, nos incios e fins de
operao. Apresenta dimenses de a 1.
Vlvula de Reteno

Geralmente, vlvula de alimentao permanece totalmente aberta. As vlvulas de reteno,


colocadas logo aps a anterior, impedem o retorno da gua sob presso do interior da caldeira (figura
5.16).
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figura 5.16
Vlvulas de Descarga

Tambm conhecidas como vlvulas de dreno, permitem a purga da caldeira.


Esto sempre ligadas s partes mais inferiores das caldeiras. O lodo do material slido em suspenso,
geralmente acumulado no fundo dos coletores ou tambm inferiores das caldeiras projetado
violentamente para fora da unidade, quando se abrem estas vlvulas.
H dois tipos de vlvulas de descarga que se instalam em srie:
1 Vlvula de descarga lenta, cuja funo principal assegurar a perfeita vedao do sistema.
uma vlvula de passagem reta do tipo globo.

2 Vlvula de descarga rpida, que abre a seco plena instantaneamente, assegurando a


vazo da gua com violncia capaz de arrastar os depsitos internos.

Alm da descarga de fundo, caldeira de certo porte, recebem outro sistema de descarga para assegurar
uma dessalinizao contnua da gua, feita por meio de vlvula globo agulha.

Vlvula de Vapor de Servio

uma vlvula do tipo globo , cuja seco corresponde a 10% da vlvula principal. Sua funo
assegurar o suprimento de vapor para acionamento de rgos da prpria caldeira, como:
bombas de alimentao
aquecimento de leo
injetores

Vlvulas de Introduo de Produtos Qumicos e de Descarga Contnua

So ambas do tipo globo agulha de fina regulagem.


A primeira emprega-se quando se procede o tratamento interno de gua da caldeira, permitindo a
vazo regulada de produtos qumicos.
A segunda assegura a descarga contnuo da caldeira, a fim de manter a concentrao de slidos totais
em soluo na gua, aqum dos limites mximos permitidos para evitar incrustaes.

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Vlvulas de Alvio

uma vlvula instalada na parte superior do praquecedor de leo, para evitar que o leo combustvel
atinja presses superiores aos nveis adequados no mesmo.
Tubulaes

Rede geral de alimentao de gua.


Esta rede se inicia no fornecedor de gua para a caldeira.
A rede de gua no deve ter vazamentos.
recomendvel que a gua sofra um tratamento qumico antes de ser bombeada para dentro da
caldeira.
Considerando que foi feito o tratamento, a gua bombeada para o interior da caldeira, passando antes
pelo preaquecedor (se a caldeira assim estiver equipada).
Nesse trecho, dependendo da caldeira, h todo um jogo de dispositivos automticos que controlam o
momento em que deve ser a gua adicionada e o momento que ela j suficiente, ativando e
desativando a bomba.
Se a gua for lanada na parte onde tem vapor, estando ela bem mais fria, provocar um choque
trmico, que poder causar srias conseqncias. Portanto, a admisso feita abaixo do nvel de gua
e o mais distante possvel da fornalha.
No se deve injetar gua fria em caldeira quente quando o nvel dgua estiver baixo. Deve-se
diminuir o fogo a at apag-lo, esfriando a caldeira. Caso isto no seja observado, corre-se o risco do
choque trmico e da provvel imploso da caldeira.
Rede Geral de leo Combustvel
Esta rede comea no reservatrio principal de combustvel, conduzindo o mesmo at a bomba e da ao
combustor. Os esquemas de distribuio do combustvel variam, pois dependem do projeto do
fabricante.
De maneira geral, dispositivos eltricos controlam a bomba e dosam o fluxo de combustvel para a
mistura correta com o ar.
Se a rede de gua no deve ter vazamentos, esta menos ainda. Os combustveis so inflamveis,
portanto podem provocar acidentes. Alm disso, criam ainda outra condio insegura no trabalho, pois
eliminam o atrito e o operador pode acidentar-se por quedas, etc.
Rede de Drenagem
Esta a rede que sai da parte mais baixa da caldeira e vai terminar fora da caldeira. Prximo da
caldeira ela tem uma vlvula comum. A rede conduz uma mistura de gua e vapor para um local
protegido, onde no possa atingir algumas pessoas. O objetivo drenar a caldeira, isto , eliminar os
detritos, sujeiras e composto de corroso que se acumulam dentro dela.
Esta rede, normalmente, acionada manualmente e convm estar protegida.
Rede de Vapor
O vapor um fluido pouco corrosivo, para o qual os diversos materiais podem ser empregados, at a
sua temperatura limite de resistncia mecnica aceitvel.
Os limites de temperatura esto fixados, principalmente em funo da resistncia fluncia dos
diversos materiais. Os tubos do ao (de qualquer tipo), so ligados com solda de encaixe para
dimetro at 1 - 2, e com solda de topo para dimetro maiores.
Em quaisquer tubulaes para vapor, muito importante a perfeita e completa drenagem do
condensado formado, por meio de purgadores. Para auxiliar a drenagem, feita, algumas vezes, a
instalao dos tubos com um pequeno caimento constante na direo do fluxo, principalmente em
linhas de vapor saturado, onde maior a formao de condensado. Alguns projetista tm por norma
colocar, tambm , eliminadores de ar nos pontos altos das tubulaes.
Todas as tubulaes de vapor devem ter isolamento trmico.
- Registro de sada de vapor - estabelece demanda de vapor para os utilizadores.
- Rede de vapor para preaquecimento leo combustvel no preaquecedor
- Estabelece demanda de vapor preaquecimento de leo combustvel no preaquecedor.
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- Rede de vapor para preaquecimento do leo combustvel no tanque de armazenamento


- Estabelece demanda de vapor para preaquecimento do leo combustvel no tanque de
armazenamento.

5.7.4 OUTROS ACESSRIOS

5.7.4.1 PREAQUECEDOR DE AR
O preaquecedor de ar um equipamento que tem a finalidade de aproveitar o calor dos gases no
aquecimento do ar necessrio combusto (figura 5.17). O preaquecedor transfere o calor dos gases
quentes para o ar que est entrando para a combusto.

Fig.5.17
Classificao
Os preaquecedores podem ser classificados de acordo com o princpio de operao, em:
a) Preaquecedor regenerativo

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Nos preaquecedores regenerativos, o calor dos gases de combusto transferido indiretamente para o
ar, atravs de um elemento de armazenagem, por onde passa o ar e o gs de combusto,
alternadamente, conforme desenho esquemtico da figura 5.18.
Preaquecedor de ar regenerativo
Fig.5.18

b) Preaquecedor com colmeia metlica


Esse preaquecedor constitudo de placas de ao finas e corrugadas que so aquecidas quando da
passagem dos gases de combusto e resfriadas quando da passagem do ar. Seu formato assemelha-se a
uma roda gigante, girando lenta e uniformemente (figura 5.19).

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Fig.5.19
c) Preaquecedor com colmeia refratria
Os gases quentes, ao passarem pela colmeia refratria trocam o calor com o frio para a combusto
(figura 5.20).

Fig.5.20

5.7.4.2 ECONOMIZADOR
Sua finalidade aquecer a gua de alimentao da caldeira (ver esquema da figura 5.21). Est
localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos geradores de vapor sendo que os
gases so obrigados a circular atravs dele, antes de sarem pela chamin.

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Fig.5.21
Existem vrios tipos de economizadores e na sua construo podem ser empregados tubos de ao
malevel ou tubo de ao fundido com aletas. Os economizadores podem ser:
SEPARADO
Usados nas caldeiras de baixa presso (25 kg/cm2) e construdo geralmente de tubos de ao ou ferro
fundido com aletas; no seu interior circula a gua e por fora os gases de combusto.
INTEGRAL
Empregado na maioria dos geradores de vapor, apesar de requerer mais cuidados que o economizador
em separado. Dever ser retirado da gua de alimentao todo o gs carbnico e o oxignio, isto
porque, quando estes elementos so aquecidos aumentam a corroso dos tubos. Este economizador
tem grande capacidade de vaporizao e constitudo por uma serpentina e tubos de ao malevel.

A corroso nos tubos dos economizadores pode ser tanto de dentro para fora como de fora para dentro.
Os furos de fora para dentro so causados pelos gases que aquecem e arrastam enxofre contido no
leo. Ao se juntarem com o oxignio e com outros elementos contidos nos gases, formam um
poderoso agente corrosivo (cido sulfrico, por exemplo). Os furos de dentro para fora so causados
pela circulao da gua no tratada que contm oxignio e gs carbnico, principais agentes da
corroso interna dos tubos.

5.7.4.3 SUPERAQUECEDORES
a) Consideraes sobre o vapor saturado superaquecido.
Se aquecermos gua em um recipiente fechado, quando a gua atingir uma certa temperatura esta se
transforma em vapor (temperatura de 100C aproximadamente, ao nvel do mar). Enquanto existir
gua dentro do recipiente, o vapor ser saturado e a temperatura no aumentar.
Mantendo-se o aquecimento at que toda a gua se evapore teremos o vapor superaquecido, com o
conseqente aumento de temperatura.
Este processo de superaquecimento do vapor seria impraticvel nas caldeiras, pois quando a gua
evaporasse, os tubos se queimariam e tambm no haveria uma demanda suficiente na rede de vapor.
Assim sendo, empregamos aparelhos destinados a elevar a temperatura do vapor sem prejuzo para a
caldeira.
O vapor saturado mais indicado para uso em aquecimento, pois devido mudana de fase permite a
troca de calor a temperatura constante, apresentando como inconveniente a grande formao de
condensado.

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O vapor superaquecido utilizado em turbinas a vapor, devido a ausncia de umidade exigida para
operar nessas turbomquinas por questes de deteriorizao das ps, vibrao e queda de rendimento.
Contudo existem situaes de utilizao do vapor superaquecido para aquecimento e processo, o
caso em que se tem extensas tubulaes de vapor, isto , a parcela de calor de superaquecimento serve
para vencer as perdas trmicas da linha, chegando ao processo como vapor saturado com um mnimo
de umidade (~2%), necessrio a determinados processos industriais.

b) Processo de superaquecimento de vapor


Para superaquecer o vapor empregam-se aparelhos denominados superaquecedores. Estes aparelhos
normalmente aproveitam os gases da combusto para dar o devido aquecimento ao vapor saturado,
transformando-o em vapor superaquecido.
Os superaquecedores so construdos de tubos de ao em forma de serpentina cujo dimetro varia de
acordo com a capacidade da caldeira. Estes tubos podem ser lisos ou aletados.
Quando instalados dentro das caldeiras esto localizados atrs do ltimo feixe de tubos, entre dois
feixes de tubos, sobre os feixes de tubo ou ainda sobre a fornalha (figura 5.22). A caldeira pode,
apresentar o superaquecedor em separado (figura 5.23). Neste caso, ele depender de uma fonte de
calor para o aquecimento; normalmente, instalada uma outra fornalha.

Figura 5.22

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Fig.5.23

5.7.4.4 PURGADORES
So dispositivos automticos que servem para eliminar o condensado formado nas linhas de vapor e
nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor.
Os bons purgadores, alm de remover o condensado, eliminam, tambm, o ar e outros gases
incondensveis, (CO2, por exemplo), que possam estar presentes.

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