Fisiologia Do Sistema Respiratório
Fisiologia Do Sistema Respiratório
Fisiologia Do Sistema Respiratório
e Humana
Material Terico
Fisiologia do Sistema Respiratrio
Reviso Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Fisiologia do Sistema Respiratrio
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Este modulo tem por objetivo que o aluno compreenda o
funcionamento fisiolgico bsico do sistema respiratrio. Alm disso,
o aluno deve ser capaz de entender as principais respostas desse
sistema diante das exigncias fsicas.
ORIENTAES
Ol, aluno (a)!
Alm disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo
possvel, na pasta de atividades, voc tambm encontrar a avaliao, a atividade
reflexiva e a videoaula. Cada material disponibilizado mais um elemento para
seu aprendizado. Por favor, estude todos com ateno!
UNIDADE Fisiologia do Sistema Respiratrio
Contextualizao
A Fisiologia do Sistema Respiratrio, tpico abordado nesta unidade, dedica-
se a estudar a respirao, trocas gasosas e o aporte de oxignio essencial para
sobrevivncia humana. O entendimento desse sistema em repouso, e principalmente
sob situao de exerccio fsico relevante, pois durante a prtica de atividade
fsica necessitamos de uma maior disponibilidade de oxignio para manuteno do
desempenho atltico. O aumento da disponibilidade de oxignio se d atravs do
aumento da ventilao. Porm, em casos especficos, como um treinamento prescrito
equivocadamente, a hiperventilao pode ocorrer de forma descontrolada, podendo
levar a exacerbado aumento do pH sanguneo, e acarretando srios problemas.
Portanto, ao final desta unidade, entenderemos como o corpo humano capta ar do
ambiente e troca gases necessrios para sobrevivncia, absorve nutrientes, e quais
os efeitos da atividade fsica no sistema respiratrio.
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Anatomia Funcional da rvore Respiratria
Seres humanos so aerbios, isso significa que o oxignio um elemento
fundamental para sua sobrevivncia. Nas clulas, a oxidao de nutrientes ocorre
quase sempre na presena de oxignio. Portanto, imprescindvel a obteno
desse gs, presente na atmosfera, e sua conduo para as clulas na utilizao do
metabolismo aerbio. Essa troca de oxignio (O2) e gs carbnico (CO2) entre o
meio ambiente e o organismo humano ocorre por meio do sistema respiratrio.
Importante! Importante!
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Importante! Importante!
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No prolongamento da rvore respiratria, o nmero de alvolos aumenta e a pa-
rede dos bronquolos respiratrios passa a ser constituda apenas por alvolos. Os
pulmes possuem cerca de 300 milhes de alvolos. Os alvolos so estruturas de pa-
redes delgadas por onde os gases atmosfricos e sanguneos podem se difundir (Fig. 2).
Mecnica da Respirao
O movimento do ar ambiente para os pulmes denominado ventilao
pulmonar. O ar que entra pelo nariz ou pela boca percorre um caminho dividido em
3 zonas que compem o sistema respiratrio: (1) zona de transporte (zona 1 a 16),
que formada pelas vias respiratrias superiores e pela rvore traqueobrnquica;
(2) zona de transio (17 a 19); e (3) zona respiratria (20 a 23), que constituda
pelos ductos, sacos alveolares e os alvolos, a qual constitui o local de permuta
gasosa (Fig. 3).
Figura 3 Representao esquemtica das subdivises do sistema respiratrio. Extrado de Phiton-Curi (2013).
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Msculos da Respirao
Os msculos respiratrios so msculos esquelticos estriados que apresentam
maior resistncia fadiga, fluxo sanguneo elevado, maior capacidade oxidativa e
densidade capilar. Sos eles (Fig. 4):
diafragma: principal msculo da inspirao. Durante a inspirao o diafragma
se contrai. O alongamento e o aumento do volume da cavidade torcica
induzem a expanso do ar existente nos pulmes, levando a uma reduo da
presso intrapulmonar abaixo da presso atmosfrica. Com isso, o ar flui para o
interior dos pulmes. Na expirao, o diafragma relaxa e a parede torcica e as
estruturas abdominais comprimem os pulmes para, assim, o ar fluir para fora.
msculos intercostais: so msculos primrios da inspirao. Localizam-se
entre as costelas e inserem-se no esterno. Durante um exerccio fsico intenso,
a expirao ativa, portanto, ocorre a participao dos msculos intercostais
e abdominais que atuam sobre as costelas e a cavidade abdominal reduzindo
as dimenses torcicas, resultando em aumento da presso intrapulmonar e,
consequentemente, da expirao.
msculos escalenos: se originam nos processos transversos das cinco vrtebras
cervicais inferiores e se inserem na poro superior das primeiras e segundas
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costelas. A contrao do msculo escaleno eleva o esterno e as duas primeiras
costelas, acarretando expanso para cima e para fora do gradil costal superior.
J foi considerado msculo acessrio da respirao, porm j foi mostrado
que eles esto sempre ativos na inspirao basal (repouso). A atividade deste
msculo comea no incio da inspirao, juntamente com o diafragma e o
intercostal, e atingem sua atividade mxima no final da inspirao.
msculos acessrios: so recrutados quando a demanda ventilatria (durante
prtica de atividade fsica, por exemplo) excede a capacidade dos msculos
respiratrios primrios da inspirao ou quando houver disfuno de algum
deles. Esternocleidomastodeo, trapzio, grande dorsal, peitoral maior e
o elevador da espinha so msculos acessrios. Os msculos abdominais
tambm podem funcionar como msculos acessrios da inspirao durante
hiperventilao, exerccio e na paralisia diafragmtica.
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capacidade inspiratrio (CI): volume mximo inspirado voluntariamente a
partir do final de uma expirao espontnea.
Cap. Residual
Funcional
Residual
Volume
(VR)
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movimento dos gases a velocidade com que os gases podem difundir-se atravs
da gua dos tecidos. Quanto maior a rea da membrana respiratria, maior ser a
quantidade de gs que se difunde em determinado perodo de tempo. Quanto maior
a solubilidade do gs na membrana respiratria, maior a velocidade com que ele
se difunde. Ou seja, quanto maior a quantidade de gs dissolvido em determinada
rea da membrana, maior a quantidade, proporcionalmente, de gs que poder
atravess-la ao mesmo tempo.
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A alta utilizao de O2 leva a uma for- Alvolo
mao de CO2 e aumento da presso intra- PCO2 = 40mmHg
celular deste gs. A presso do CO2 eleva-
da leva difuso do CO2 para o sangue, de
onde ser transportado at os pulmes e,
neles, difunde-se para os alvolos, onde a
PCO2 = 46 PCO2 = 40
presso de 40mmHG (Fig. 8).
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Controle da Respirao
A respirao controlada por um sistema complexo que otimiza os gastos
energticos dos msculos respiratrios em funo das necessidades metablicas.
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Esse sistema capaz de manter a tenso dos gases no sangue arterial dentro
de limites estreitos, mesmo em circunstncias fisiolgicas extremas, como exer-
ccio fsico muito intenso ou em locais de alta atitude e em grande nmero de
situaes patolgicas.
Importante! Importante!
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Quimiorreceptores Centrais
So clulas especializadas que respondem a alteraes qumicas do sangue ou
outros lquidos corpreos. Os neurnios, de forma geral, so afetados pela reduo
da presso de O2 ou pela queda do pH. No caso do sistema respiratrio, existem
neurnios especializados que respondem ao aumento da presso de O2 e reduo
do pH no sangue ou no liquor. Os quimiorrecectores centrais so mais sensveis ao
aumento da presso de CO2 do que queda da presso de O2.
Quimiorreceptores Perifricos
So clulas localizadas em regies estratgicas, no arco artico e na bifurcao
das cartidas. Os corpsculos articos e carotdeos so quimiorreceptores que
respondem a alteraes nas presses parciais de O2, CO2 e de pH do sangue
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arterial. Ou seja, so ativados quando h queda da presso de O2, aumento da
presso de CO2 e queda do pH. Eles respondem mais intensamente a alteraes
na presso de O2.
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Material Comlementar
Indicaes para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vdeos
SuperInteressante Colees O Corpo Humano Respiracao OS caminhos do Ar
https://goo.gl/l02IEW
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Referncias
CURI, R.; ARAJO FILHO, J. P. Fisiologia bsica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2009.
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