Amilenismo Critica PDF
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1
IGREJA LUTERANA
SEMINRIO
CONCRDIA
Diretor
Gerson Luis Linden
Professores
Acir Raymann, Anselmo Ernesto Graff, Clvis Jair Prunzel, Gerson Luis Linden,
Leopoldo Heimann, Norberto Heine (CAAPP), Paulo Gerhard Pietzsch, Paulo
Proske Weirich, Paulo Wille Buss, Raul Blum, Vilson Scholz
Professores Emritos
Donaldo Schler, Paulo F. Flor
IGREJA LUTERANA
ISSN 0103-779X
Revista semestral de Teologia publicada em junho e novembro pela Faculdade
de Teologia do Seminrio Concrdia, da Igreja Evanglica Luterana do Brasil
(IELB), So Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil.
Conselho Editorial
Paulo Wille Buss (Editor), Paulo Proske Weirich (Editor Homiltico)
Assistncia Administrativa
Nara Coelho e Crin Fester
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Revista Igreja Luterana
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e-mail: [email protected]
www.seminarioconcordia.com.br
2
NDICE
ARTIGOS
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS? 7
Gerson L. Linden
OS CATECISMOS DE LUTERO: 33
A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
Clcio Leocir Schadech e Clvis Jair Prunzel
AUXLIOS HOMILTICOS 75
IGREJA LUTERANA
Volume 67 Junho de 2008 Nmero 1
3
IGREJA LUTERANA
4
NOTA DO LEITOR
com satisfao e gratido a Deus que a congregao de profes-
sores da Faculdade de Teologia do Seminrio Concrdia lana mais um
nmero de Igreja Luterana. Nosso objetivo continua sendo o de ofe-
recer subsdios para a reflexo teolgica e a prtica pastoral. Temos a
convico de que os artigos includos nesta edio identificam-se ple-
namente com este objetivo.
O diretor e professor Gerson Luis Linden examina a histria e os
ensinos do ps-milenarismo e os confronta com a teologia e prtica
luterana. Num artigo que fruto de um trabalho de concluso de curso
de especializao em teologia, Clcio L. Schadech e seu orientador
Prof. Clvis J. Prunzel refletem sobre os Catecismos de Lutero. Embora
tenham sido escritos h quase quinhentos anos, estes catecismos con-
tinuam a ter um importante lugar na teologia e no ensino da igreja
luterana. Os autores convidam o leitor a re-examinar o contedo des-
tes manuais catequticos para perceberem a relao harmoniosa en-
tre suas partes, unidas em torno do tema central da justificao do
pecador pela f em Cristo. Os dois ltimos artigos so tradues de
textos originalmente publicados em revistas teolgicas da Igreja
Luterana Snodo de Missouri (LCMS). Embora seus autores, ao escre-
verem estes artigos, tivessem em mente a realidade norte-americana
e, mais diretamente, a da LCMS, julgamos importante e relevante re-
produzi-los aqui, tendo em vista que os assuntos enfocados neles tam-
bm se constituem em tema de debate e se evidenciam na prtica da
vida congregacional e nacional da Igreja Evanglica Luterana do Bra-
sil. Agradecemos aos editores do Concordia Journal de Saint Louis e
do Concordia Theological Quarterly de Fort Wayne por gentilmente
terem autorizado a traduo e publicao dos artigos de suas revis-
tas. Finalmente, os auxlios homilticos procuram ir ao encontro das
necessidades dos pastores que se afadigam na palavra e no ensino.
Reconhecemos, agradecidos, o esforo de todos os colaboradores
que generosamente ofertaram dons e tempo precioso para viabilizar
mais esta edio. Aos leitores, uma boa e proveitosa leitura!
5
IGREJA LUTERANA
6
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-
MILENARISTAS?
Gerson L. Linden1
1
O Professor Gerson Luis Linden, Mestre e Doutorando em Teologia, Diretor Geral do
Centro Educacional Concrdia de So Leopoldo, RS, e Professor de Exegese Bblica
(Novo Testamento) e Sistemtica no Seminrio Concrdia e na ULBRA.
2
Erickson, Opes Contemporneas na Escatologia, 51. Erickson no o nico autor que
classifica a teologia luterana como sendo ps-milenarista. Judisch argumenta contra uma
tal posio mostrando que a Confisso de Augsburgo explicitamente exclui da Igreja
Luterana todos os que advogam o milenarismo (incluindo o ps-milenarismo), no ape-
nas no artigo especfico sobre o assunto (XVII), mas em outras partes (Postmillennialism
and the Augustana, 159).
3
CTRE LCMS, Os Tempos do Fim, 11. As designaes pr-, ps- e amilenarismo
caracterizam diferentes posies teolgicas quanto relao entre a segunda vinda de
Cristo e o milnio mencionado em Apocalipse 20. Assim, resumidamente, o pr-
milenarismo sustenta que a vinda de Cristo acontecer antes do milnio, ou seja, inaugu-
rar um perodo (normalmente entendido como literal) de mil anos de paz sobre a terra. O
ps-milenarismo sugere que a segunda vinda de Cristo acontecer aps o milnio, enten-
dido este como um perodo no literal de tempo. E o amilenarismo interpreta o milnio
como sendo todo o perodo entre a ascenso de Jesus e sua segunda vinda: algumas
vezes chamado milenarismo realizado porque o perodo referido em Apocalipse 20 est
agora em um processo de realizao. [...] aqueles que adotam esta posio concordam
que os mil anos referidos em Apocalipse 20 uma expresso figurada para o presente
reino de Cristo, que comeou com sua ascenso ao cu e ser manifesto plenamente na
sua seguinda vinda (Ibid., p. 11).
4
importante lembrar que h outras subdivises nestas posies teolgicas. A mais
importante delas diz respeito distino entre o pr-milenarismo histrico e o
dispensacionalismo (pr-milenarismo dispensacional). Para maiores detalhes, ver: CTRE,
Os Tempos do Fim, pp. 7-10.
7
IGREJA LUTERANA
1. PS-MILENARISMO
5
Clouse, Four Views, 209.
6
Davis, Christs Victorious Kingdom, 9.
7
Sandlin, A Postmillennial Primer, 1.
8
Davis, Christs Victorious Kingdom, 17.
8
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
9
Bahnsen, The Prima Facie Acceptability of Postmillennialism, 69-76.
10
Por exemplo, Barker e Godfrey, Theonomy A Reformed Critique.
11
Em 1609, uma exposio otimista de Thomas Brightman sobre o livro de Apocalipse foi
publicada, Apocalypsis Apocalypseos; nela ele tentou criar coragem na igreja em meio a
perseguies, apontando para a promessa da Escritura de uma era de triunfo para a igreja
na terra. Esta era seria caracterizada pela converso dos judeus e da plenitude dos
gentios, pela queda do papado e dos turcos, por tranquilidade e por uma igreja revitalizada,
tendo Cristo governando as naes pela sua palavra (Bahnsen, The Prima Facie
Acceptability of Postmillennialism, 77).
12
Um dos delegados ingleses Assemblia de Westminster: Gouge falava das promes-
sas especficas a respeito de um futuro de glria para a igreja crist, encontradas nas
profecias do Antigo Testamento, nas palavras de Cristo e de seus apstolos, e especial-
mente no livro de Apocalipse; de acordo com ele, elas no se aplicam ao mundo porvir,
mas ao estado glorioso da igreja antes do dia d2o julgamento um estado caracterizado
pelo chamado e converso dos judeus e da plenitude dos gentios para dentro de uma
igreja visvel (Bahnsen, 79,80).
13
De acordo com Bahnsen, o mais famoso telogo dos anos 1630 e 40 o lder puritano
em Boston. Os textos que aparecem na pgina ttulo de seu sermo de despedida para
aqueles que partiam para a Nova Inglaterra no navio Arbella em 1630 (2 Sm 7.10; Sl
22.27,30,31) evidenciam sua crena de que todas as naes do mundo viro para reco-
nhecer o verdadeiro Deus vivo; os colonizadores deveriam guardar na mente que os
propsitos de Deus em relao ao milnio deveriam ser servidos atravs dos seus esfor-
os (especialmente na evangelizao dos ndios) (78).
14
O principal telogo independente na Inglaterra na ltima metade do sculo XVII: Ele
explicou o reino de Deus como o controle espiritual dos cristos, resultando na conformi-
dade obediente palavra de Cristo. Os reinos anticristos sero ento abalados, confor-
me Owen, e sero substitudos com o triunfo do reino de Cristo, sinalizado pela converso
dos judeus (Bahnsen, 84).
15
Clouse, Four Views, 11.
9
IGREJA LUTERANA
16
Davis, Christs Victorious Kingdom, 18.
17
Bahnsen, The Prima Facie, 98, 99. Uma pergunta que se poderia fazer qual o
posicionamento especfico sobre a escatologia est por detrs da viso luterana a respei-
to da misso!
18
Davis, Christs Victorious Kingdom, 21.
10
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
19
Walter Rauschenbusch, por exemplo, em seu A Theology for the Social Gospel, falou do
milnio vindo atravs do desenvolvimento natural de uma sociedade ideal que expressa-
ria a irmandade pblica do homem (Bahnsen, The Prima Facie, 50).
20
Bahnsen, The Prima Facie, 48-50.
21
Davis, Christs Victorious Kingdom, 12-16.
22
David Chilton argumenta fortemente contra a identificao do evangelho social com o
ps-milenarismo: Tal identificao completamente absurda, sem qualquer fundamento.
Os lderes do movimento do evangelho social eram humanistas e socialistas evolucionistas
e eram abertamente hostis ao cristianismo bblico. verdade que eles emprestaram
alguns termos e conceitos do cristianismo, a fim de pervert-los para seus prprios usos.
Assim eles falavam a respeito do reino de Deus, mas o que eles queriam dizer com isto
estava muito distante da f crist tradicional (Paradise Restored, 228).
23
Boettner, The Millennium, 4.
11
IGREJA LUTERANA
24
Para Boettner, o livro de Apocalipse tem de ser interpretado figurativamente tambm em
referncia aos mil anos. Para ele, aquele perodo se refere a um tempo do futuro sobre a
terra e ao tempo em que as almas esto no estado intermedirio (The Millennium, 66).
Para uma interpretao de Apocalipse 20 do ponto-de-vista amilenarista e luterano, ver:
Paulo F. Flor, O Milenismo Luz de Apocalipse 20.1-10, Vox Concordiana 13/2 (1998),
So Paulo, pp. 41-61.
25
Sandlin, A Postmillennial Primer, 29.
26
Sandlin considera o texto de Daniel como sendo talvez o argumento mais persuasivo a
favor do ps-milenarismo no AT (Ibid, 32).
12
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
27
Sandlin, Ibid., 30-38.
28
Sandlin, Ibid., 27.
29
Grenz, The Millennial Maze, 184.
13
IGREJA LUTERANA
30
Bahnsen, The Prima Facie, 66, 67.
31
Ibid., 68.
32
Boettner, The Millennium, 14.
33
O telogo dispensacionalista Herman A. Hoyt concorda que um grande nmero de
pessoas ser salvo. Entretanto, na viso pr-milenarista isto acontecer no perodo da
tribulao e durante o milnio (In Clouse, Four Views, 146).
14
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
34
Boettner, The Millennium, 36.
35
Chilton, Paradise Restored, 107-113.
36
Boettner, The Millennium, 38.
37
Boettner, The Millennium, 40-44. Deve-se observar que o livro foi editado em 1958.
Hoje 50 anos depois a situao mudou, tendo em vista, por exemplo, o rpido cresci-
mento do Islamismo.
15
IGREJA LUTERANA
38
Ibid., 50-53.
39
Ibid., 54,55.
40
Davis, Christs Victorious Kingdom, 16.
41
Boettner, The Millennium, 58.
16
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
42
Outra subdiviso do ps-milenarismo o Restauracionismo. Conforme Stephen Hunt,
Em contraste com o reconstrucionismo, o restauracionismo formou um grupo sectrio
que propunha uma retirada do mundo social e poltico. [...] Os restauracionistas interpre-
taram seu movimento como precipitando um derramar do Esprito Santo, que assumiria
uma expresso concreta atravs de estruturas eclesisticas sem paralelo. O reino no
seria deste mundo, mas existiria como uma sociedade alternativa, dirigida conforme as
regulamentaes de Deus, por Seu povo (The Rise, Fall and Return of Post-
millennariarism, 57,58). Outros dois movimentos podem ser considerados como repre-
sentando alguma forma de ps-milenarismo. Primeiro, a teologia da libertao, na Amri-
ca Latina. Operando com algumas bases da teologia da esperana, a teologia da liberta-
o criticava a teologia europia por ser tmida em termos de aes prticas que provo-
cariam uma mudana na sociedade. A teologia da libertao mudou a metodologia que era
utilizada pela teologia europia, focalizando sua ateno na atividade correta (ortopraxis)
e no na ortodoxia (a crena correta). Segundo, o movimento neopentecostal, com a
teologia do reino agora. (Grenz, The Millennial Maze, 193,4.). Um exemplo pode ser visto
na Igreja Universal do Reino de Deus. Fundada em 1977 por Edir Macedo, tem mais de
cinco milhes de seguidores e proprietria de diversas estaes de rdio e de um canal
de TV nacional. Uma de suas caractersticas principais a teologia da prosperidade. Em
sua tese de doutoramento, o telogo e socilogo Leonildo Silveira de Campos cita Edir
Macedo: Ns jamais teremos f suficiente nas promessas de Deus para ter o que quere-
mos se nossos lbios continuarem a confessar derrotas [...] Para um cristo no existe
um eu no posso, nem o difcil. No, no . Voc pode fazer qualquer coisa se voc
crer (Teatro, Templo e Mercado, 366,7).
43
Barker, William S. & W. Robert Godfrey. Eds. Theonomy A Reformed Critique, p. 11. Na
opinio destes autores, a Teonomia uma viso distorcida da tradio reformada.
44
Ibid., p. 9.
45
Grenz, The Millennial Maze, 194. Stephen Hunt chama a ateno para o fato que o
Reconstrucionismo tem pouca aceitao fora dos Estados Unidos e pode ser entendido
como parte da nova direita crist que surgiu nos anos 70 (The Rise, fall and Return of
Post-millennarianism, 55).
17
IGREJA LUTERANA
46
Sandlin, A Christian Reconstructionist Primer, 36, 37.
47
Ibid., 47.
18
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
48
Barker & Godfrey, Theonomy A Reformed Critique, 9.
49
Esta revista era publicada pela Chalcedon Foundation, fundada em 1965 por Rousas
John Rushdony. Hoje ela edita artigos atravs de uma pgina eletrnica: www.chalcedon.edu
50
Rushdoony, Postmillennialism versus Impotent Religion, 124.
51
Gentry, Postmillennialism, 44,45.
19
IGREJA LUTERANA
52
Ibid., 29,30.
53
H pontos de contato entre o amilenarismo e o ps-milenarismo. Hoekema, em sua
resposta ao captulo de Boettner (no livro, Four Views), aponta quatro aspectos nos quais
h concordncia: (1) a maneira como o reino de Deus se amplia hoje, i.e., atravs da obra
do Esprito Santo e da pregao do evangelho; (2) o retorno visvel de Cristo e a subsequente
ressurreio dos mortos e o julgamento geral; (3) uso tanto de interpretao literal como
de figurativa da Escritura; (4) uma interpretao no-literal do milnio como um perodo
que dura mais de mil anos. O ponto de discordncia refere-se a como devemos entender
o milnio (Four Views, 149).
54
Gaffin, Theonomy and Eschatology, 202.
55
Ibid., 202.
56
Ibid., 207.
57
Ibid., 210-214.
20
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
58
Ibid., 218. Uma considerao bsica que de acordo com o Novo Testamento, Cristo
poderia ter voltado a qualquer tempo desde o ministrio dos apstolos; tudo o que se
esperava a partir das profecias, exceto o retorno de Cristo e suas consequncias, foram
satisfeitas no decurso da histria da redeno, terminando com o ministrio deles (Ibid.,
219).
59
Chilton, Paradise Restored, 221,2.
60
Gaffin, Theonomy and Eschatology, 220.
61
Especialmente as palavras os casados sejam como se o no fossem; mas tambm os
que choram, como se no chorassem .
21
IGREJA LUTERANA
62
Gaffin, Theonomy and Eschatology, 221, 2.
63
Robert B. Strimple, An Amillennial Response, 65.
64
Isto exemplificado por um breve sumrio da viso escatolgica dos luteranos, confor-
me Walter A. Meier, em seu estudo, Eschatological Events, 19,20. A mesma nfase
sobre a segunda vinda de Cristo pode ser notada no estudo de Jeffrey Gibbs, Regaining
Biblical Hope: Restoring the Prominence of the Parousia, Concordia Journal, Outubro de
2001, 310-322. Traduzido em Igreja Luterana, 65/1 (2006), A Proeminncia da Parousia,
28-43.
22
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
65
Fagerberg, A New Look at the Lutheran Confessions, 297.
66
Judisch, Postmillennialism and the Augustana, 161.
67
Ver: W. Pannenberg, Systematic Theology, vol. III. Traduzido por George W. Bromiley.
Grand Rapids: Eerdmans, 1998; tambm: James W. Voelz, The Kingdom of God and
Biblical Eschatology, What Does This Mean? Principles of Biblical Interpretation in the
Post-Modern World. 2 ed. St. Louis: Concordia, 1997.
68
Nichols, Sectarian Apocalypticism, 328.
23
IGREJA LUTERANA
69
George Forell, Justification and Eschatology in Luthers Thought, citado em Lindberg,
Eschatology and Fanaticism in the Reformation Era, 276,7.
70
Lindberg, Eschatology and Fanaticism in the Reformation Era, 265, 6.
71
A New Look at the Lutheran Confessions, 298.
24
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
72
Por exemplo, o telogo reformado Anthony Hoekema, em seu livro A Bblia e o Futuro,
usa esta distino como critrio para a principal diviso do livro. Entre os luteranos,
podem ser citados, por exemplo, John R. Stephenson, Eschatology. Confessional Lutheran
Dogmatics. Vol. XIII. Fort Wayne: Luther Academy, 1993; Comisso de Teologia e Rela-
es Eclesiais Lutheran Church-Missouri Synod. Os Tempos do Fim - Um Estudo sobre
Escatologia e Milenarismo. Traduo de Gerson Luis Linden. Porto Alegre: Concrdia,
2003.
25
IGREJA LUTERANA
73
Rast, Pietism and Mission, 299. Rast cita telogos luteranos dos sculos XVIII e XIX
(Johann A. Bengel, J. George Schmucker, Joseph A. Seiss) que exemplificam a conexo
entre pensamento pietista e uma interpretao milenarista da escatologia.
26
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
74
Ibid., 318.
75
Eschatology and Fanaticism in the Reformation Era, 275.
27
IGREJA LUTERANA
76
Chilton deixa isto muito claro quando argumenta que os profetas anunciaram o futur
o a fim de estimular uma vida piedosa. O propsito da profecia tico (155, nfase de
Chilton).
28
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
77
neste sentido que nos parece pertinente que a Igreja faa planejamento de suas aes
e seja pr-ativa na sua atuao no mundo; ou seja, no aproveitar das oportunidades dadas
por Deus para que a palavra da salvao seja veiculada de todas as maneiras e para o
maior nmero de pessoas.
78
Sandlin, A Postmillennial Primer, 2.
29
IGREJA LUTERANA
30
POR QUE LUTERANOS NO SO PS-MILENARISTAS?
31
IGREJA LUTERANA
32
OS CATECISMOS DE LUTERO:
A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
Clcio Leocir Schadech e Clvis Jair Prunzel1
INTRODUO
1
Este artigo foi originalmente apresentado, em 2006, como um Trabalho de Concluso de
Curso para obteno do grau de Especializao em Teologia no Seminrio Concrdia de
So Leopoldo. O Prof. Clvis J. Prunzel serviu como orientador da pesquisa. Clcio Leocir
Schadech, pastor da IELB cedido para a Igreja Evanglica Luterana de Portugal, exerce
seu ministrio na Ilha de Aores. O Prof. Clvis Jair Prunzel Mestre em Teologia e
Professor de Teologia Sistemtica no Seminrio Concrdia e na ULBRA.
33
IGREJA LUTERANA
34
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
2
Cm, Prefcio, 1.
3
Cm, Prefcio, 2.
4
Cm, Prefcio, 4.
5
Robert Kolb, Editors Introduction to the Large Catechism in The Book of Concord: The
Confessions of the Evangelical Lutheran Church. Minneapolis: Fortress Press, 2000, p.
379: The catechisms represented a Bible for the laity because they dealt with material
necessary for each Christian to know.
6
A controvrsia a respeito da Ceia do Senhor teve seu auge com o Colquio de Marburg
em outubro de 1529. O debate reuniu Lutero e Zwnglio para uma discusso sobre a
doutrina da Ceia. Sobre a controvrsia sacramentria, ver: Kittelson, James. Luther, The
Reformer: The story of the man and his career, p. 221-226. 7 A controvrsia antinomista
aconteceu entre os anos 1530-1540. Joo Agrcola comeou a ensinar que a lei no era
necessria aos cristos e ela no deveria ser pregada a estes. Robert Kolb, op.cit., p. 378:
Agrcola insisted that true repentance could not arise from fear of punishment but only
from love of God.
35
IGREJA LUTERANA
8
Essa frase aparece quase como um subttulo nas partes principais do Catecismo. Ver
Livro de Concrdia, Catecismo Menor, pp. 366, 370, 372, 375, 378, 379, 380.
9
Martim Warth, Catecismos: Introduo ao Assunto in Obras Selecionadas 7, p. 324.
10
CM, Prefcio Menor, 6.
36
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
11
Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of Luthers Catechisms, 2000, p.
47. It contains, and in turn is defined by, those components of Scripture that the church
has at all times and in all places identified as formative texts for shaping a Christian
identity end shaping a Christian life.
12
Ibidem, p. 125. Arand explica que nessa ordem, o Credo est ligado f, histria,
passado, com as coisas que Deus fez; o Pai Nosso se refere esperana, ressurreio e
futuro, sobre as coisas que esto por vir; e os Dez Mandamentos se referem ao amor, lei
e ao presente, sobre o que o cristo deve fazer.
13
Santo Agostinho, A Instruo aos Catecmenos, Traduo de Maria da Glria Novak.
Petrpolis: Vozes, 1978.
14
Robert Kolb, op.cit., p. 345: In the late Middle Ages booklets written for catechetical
instruction focused on the sacrament of penance: the preparatory works of faith and
contrition, the thoroughness of confession, the succeeding works of satisfaction (especi-
ally prayers, fasting, almsgiving), and finally preparation for a good death.
37
IGREJA LUTERANA
15
Charles Arand, op. cit., p. 132.
16
Charles Arand, op. cit., p. 39: a practice of the early church that supplemented
prebaptismal catechesis with instruction on a fourth topic, namely, the sacraments.
17
Charles Arand, op. cit., p. 40: exposition of the nature and benefits of the sacraments
were not commonplace.
18
CM, Do Batismo, 1.
19
CM, Do Batismo, 6.
38
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
2. O CATECISMO E O EVANGELHO:
PARA QUE EU LHE PERTENA
20
Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of Luthers Catechisms, 2000, p.
129.
39
IGREJA LUTERANA
21
Martinho Lutero, Breve Forma dos Dez Mandamentos; Breve Forma do Credo; Breve
Forma do Pai-Nosso in Obras Selecionadas 2, p. 174.
22
CM, Credo, 3.
23
CM, Pai-Nosso, 2.
24
Charles Arand, op.cit., p. 136.
40
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
uma vez que atravs dele se conhece a Deus como Ele . O evento
objetivo e real da cruz mostra para a criao a face misericordiosa de
Deus, ligando novamente Criador e criatura para uma nova vida.
Dentro dessa estrutura, os Dez Mandamentos so vistos segundo
a lei natural. Eles assumem uma funo de manual de instruo
para o uso prprio da criao25 e esto inscritos no corao do ho-
mem. Por outro lado, o Credo j algo totalmente diferente e no
pode ser conhecido se no for revelado. Conforme Lutero, os Dez
Mandamentos, ademais, esto inscritos nos coraes de todos os
homens; ao Credo, porm, nenhuma inteligncia humana o pode com-
preender, devendo ser ensinado unicamente pelo Esprito Santo.26
Os mandamentos de Moiss so teis no porque foram promul-
gados por Moiss, mas porque so um resumo e um arranjo muito
prtico daqueles mandamentos que esto implantados no corao
do homem.27 Nesse sentido, eles se aplicam e podem ser conhecidos,
ainda que parcialmente, por todos os homens, pois fazem parte da
natureza. A revelao destes por Moiss no tira esse carter natu-
ral do declogo, apenas enfatiza uma lei j existente.
A dificuldade para a criatura conhecer este Deus exigido nos
Mandamentos. Pois ainda que a natureza revele que existe um Deus,
ou ainda que o homem perceba que ele precisa confiar em um ser
superior de onde provm cuidado e todo o bem,28 ainda assim, ele
no pode saber e nem descobrir pela prpria vontade que Deus
esse. Na explicao do Primeiro Mandamento, Lutero enfatiza que
onde o homem prende o seu corao e confia, ali est o deus dele.
Nesse sentido, a f uma realidade para todas as pessoas. Entre-
tanto, segundo Arand, onde o objeto da f o verdadeiro Deus, ali a
f tambm verdadeira e ela encontrar o que precisa.29
25
Charles Arand, op.cit., p. 137.
26
CM, Credo, 67.
27
Martinho Lutero, Breve Forma dos Dez Mandamentos; Breve Forma do Credo; Breve
Forma do Pai-Nosso in Obras Selecionadas 2, p. 189. Tambm em LW 47:90: And later
when he wants to set up a special law and nation apart from all others, as he has been
commanded to do, he first introduces God himself; he is the universal God of all the
nations, who gives the universal Ten Commandments -which prior to this had been implan-
ted at creation in the hearts of all men - to this particular people orally as well. In his day
Moses fitted them nicely into his laws in a more orderly and excellent manner than could
have been done by anyone else. Luthers works, vol. 47: The Christian in Society IV (J. J.
Pelikan, H. C. Oswald & H. T. Lehmann, Ed.), Fortress Press: Philadelphia.
28
CM, Dos Mandamentos, 2.
29
Charles Arand, op.cit., p. 155: The question centers on true faith or false faith. Where
the object of faith is the true God, there ones faith is true. And their faith will find the
support it needs.
41
IGREJA LUTERANA
30
CM, Dos Mandamentos, 24.
42
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
31
CM, Dos Mandamentos, 47.
32
Charles Arand, The God behind the First Commandment, in Lutheran Quarterly 8,
(Winter 1994): 397.
33
CM, Credo, 33.
43
IGREJA LUTERANA
34
Martinho Lutero, Breve Forma dos Dez Mandamentos; Breve Forma do Credo; Breve
Forma do Pai-Nosso in Obras Selecionadas 2, p. 184.
35
Cm, Credo, 4.
36
CM, Credo, 29.
44
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
37
CM, Credo, 69.
38
CM, Do Sacramento do Altar, 4.
39
Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of Luthers Catechism.,2000, p.
167: Thus over and against Rome, Luther stressed the necessity of faith for receiving
and appropriating the blessings of the sacraments. In the case of sacramentarians, Luther
emphasized Gods presence and work in selected elements from the created order.
40
CM, Do Batismo, 2.
41
CM, Do Sacramento do Altar, 24.
42
CM, D Batismo, 1.
45
IGREJA LUTERANA
43
Charles Arand, op.cit., p. 168: Christ and Baptism do the same thing. Christ rescued us
from sin, death, and the power of the devil. Similarly, Baptism also rescues us from sin,
death, and the power of the devil. In Baptism God links our destiny to the destiny of Jesus
Christ.
44
CM, Do Batismo, 41.
45
Cm, Como se Deve Ensinar as Pessoas Simples a se Confessarem, 16.
46
Charles Arand, op.cit., p. 169: First, the pastor no longer functions as examiner, judge,
and executioner over the Christians conscience. Instead, he exists for one purpose and
one purpose only to offer the forgiveness of sins.
46
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
47
CM, Do Batismo, 79.
48
Charles Arand, op.cit., p. 170: In absolution we become what we are - baptized.
49
CM, Do Sacramento do Altar, 30.
50
CM, Do Sacramento do Altar, 65.
47
IGREJA LUTERANA
Deveres, ele enfatiza que o cristo no vive para si mesmo, mas para
o prximo, dando e recebendo todos os benefcios do Deus Criador,
Deus Redentor e Deus Santificador. Como criaturas de Deus, o ho-
mem agora incentivado a aceitar a sua vocao e fazer parte da
criao divina como instrumento de amor e misericrdia.
Embora parea muito bvio, interessante notar que as pessoas
esto inseridas dentro do contexto da criao e, evidentemente,
nesse contexto que todas as suas imperfeies se manifestam, espe-
cialmente a tentao de querer ser deus. Para evitar esse mal, as
pessoas so sempre de novo lembradas de que so criaturas e que
precisam agir como tal, desenvolvendo funes especficas dentro dos
limites da criao. Essas funes controlam e direcionam a vida crist
em prol do prximo, servindo de canais da ao de Deus. Wingren
destaca que o evangelho e a vocao so colocados lado a lado. Se-
gundo ele, a vocao a forma concreta da lei e a igreja a forma
concreta do evangelho52.
Isso, sem dvida, um reflexo daquilo que Lutero identificou como
Dois Reinos. O primeiro tem a ver com a criao e o segundo com a
salvao. A tentao de querer ser Deus precisa ser controlada sob a
vocao, que coloca a criatura numa situao de receptora e doadora
dos bens divinos. Quando algum apresenta boas obras diante de
Deus no Reino do cu, a ordem de Deus quebrada em ambas as
realidades, nem Deus nem o prximo recebem a devida ateno.53 Foi
isso que aconteceu na Idade Mdia, quando a vida monstica foi in-
centivada.
A igreja tem o papel de nutrir o crente com o Evangelho de Jesus
Cristo. No Catecismo isso aparece claro no Terceiro Artigo, no Pai Nos-
so, que uma arma do crente contra o Maligno, nos Sacramentos,
nas Oraes e na Confisso. Especialmente nos Sacramentos, o cren-
te tem acesso direto a Cristo e recebe perdo dos pecados. A Confis-
so tambm tem papel importante por causa do Evangelho que con-
forta o pecador. Assim, o crente nutrido com a Palavra de Deus para
51
Charles Arand, op.cit., p. 151 worthiness is no longer defined by a series of peniten-
tial acts of purification, but as believing.
52
Gustav Wingren, Luther on vocation, 2004, p. 123: A Christian lives in vocation and in
the church. Vocation is the concrete form of the law, and the Church is the concrete form
of the gospel.
53
Ibidem, p. 13: When one presents works before God in the Kingdom of heaven, Gods
order is disrupted in both realmsNeither God nor ones neighbor receives that which is
properly his.
48
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
54
Gustav Wingren, Luther on vocation, 2004, p. 29: to understand what is meant by the
cross of vocation, we need only remember that vocation is ordained by God to benefit, not
him who fulfils the vocation, but the neighbor who, standing alongside, bears his own cross
for the sake of others.
49
IGREJA LUTERANA
xar de olhar para si mesmo e olhar para o nico Deus, e tambm para
o prximo que tambm foi criado por Deus. A estrutura do Catecismo
Menor muito rica nesse sentido, pois ela une partes essenciais e as
coloca dentro da dinmica Lei/Evangelho, numa perspectiva trinitria.
Alm disso, o Catecismo se torna muito prtico, porque ele fala de
coisas concretas do dia-a-dia das pessoas. Acima de tudo, ele um
manual que ensina como viver por f. Ele ensina o que o homem de
fato, o que ele recebe de Deus e como ele pode clamar a Deus. Alm
disso, o homem pode ver no Catecismo um guia para sua vida em
diferentes vocaes. Cada pessoa foi comprada por Cristo e cada
pessoa foi colocada numa vocao especfica que no pode ser imita-
da nem transferida. O que Deus criou, ele o criou para mim; o que
Jesus fez, ele o fez por mim; o que o Esprito Santo fez, ele o fez
por mim. Essa nfase na primeira pessoa do singular enfatiza a ao
de Deus na vida de cada pessoa numa relao ntima e nica, que
no pode ser imitada, nem copiada ou comparada.
Muito mais do que um livro que dita normas, o Catecismo aponta
para a dinmica existente na criao de Deus antes e depois do evento
salvfico: Jesus Cristo comprou a humanidade com seu santo e preci-
oso sangue para que esta lhe pertena e viva submissa a ele. O vi-
ver submisso a Ele implica a existncia de um Ser superior, do qual
se espera todo bem. Esse ser o Deus Trino exigido no Primeiro
Mandamento e revelado no Credo: O Deus Criador d existncia e
vida a tudo que existe; o Redentor compra a humanidade para dentro
do seu Reino; o Esprito Santo revela esse Deus atravs dos meios da
graa.
Essa perspectiva trinitria ajuda a entender melhor o Catecismo
de Lutero e enfatiza a dinmica da nova vida da criatura de Deus
como propriedade de Cristo. Em especial, ele destaca a ao divina
na vida de cada pessoa e guia os cristos em seu dia-a-dia como
agentes de Deus na famlia, na sociedade e na poltica, enfim, em
todo o mundo.
50
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
55
Vilson Scholz, O Papel Hermenutico do Catecismo Menor de Lutero in Igreja Lutera-
na, ano 1992, nmero 1, p. 5-12.
56
Gene Edward Veith, Catequese, Pregao e Vocao in BOICE, James (org.). Reforma
Hoje: Uma Convocao feita pelos Evanglicos Confessionais, 1999, p. 84. Tambm
Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of Luthers Catechisms, 2000, p.
147: The genius of the Small Catechism lies in the way that it pulls together the chief
parts of the catechism so as to concentrate their focus on a singular biblical theme woven
through the entire Scriptures.
51
IGREJA LUTERANA
57
Vilson Scholz, op.cit., p. 5-12.
52
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
58
Gene Veith, op.cit., p. 92.
59
Charles Arand, Meeting the challenge for Tomorrow: Formation through Catechesis in
Formation in the Faith: Catechesis for Tomorrow. Concordia Seminary Publications, Sym-
posium Papers, Number 7, 1997, p. 65: To use the catechisms as our primary texts
brings out the point that these are the Christians companions, nourishment, battle gear,
and clothing
60
CM, Prefcio Maior, 7.
61
CM, Prefcio Maior, 9.
53
IGREJA LUTERANA
62
Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of Luthers Catechisms., 2000, p.
141. When the catechist or pastor devotes several months at a time to the study of one
particular portion of the catechism, it may become easy to lose sight of the forest on
account of the trees.
63
Charles Arand, Meeting the challenge for Tomorrow: Formation through Catechesis in
Formation in the Faith: Catechesis for Tomorrow, 1997, p. 75: Overall message of Cate-
chism: The Art of Living from Faith to Faith.
54
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
64
Ibidem, p. 75: A) Commandments (Need for Faith): 1. Discuss the commandments in
the context of creation, creaturely obligations; 2. emphasize First Commandment; dis-
cuss how it is integrated into subsequent nine commandments; 3. deal with each com-
mandment within the context of Gods threat and promises. B) Creed (Gift of Faith): 1.
Focus on the theme God gives; we receive; 2. discuss how theme of Creator integrates
all the various verbs of the First Article together; begin with my person as miracle of
creation; 3. focus on Christ as Our Lord and the Christus Victor theme; 4. stress the
Spirit as one who implements reign of Christ through the means enumerated; 5. show how
the entire Creed is the Christian answer and response to the First Commandment. C)
Lords Prayer (Cry of Faith): 1. Focus on prayer as the very voice of a faith that seeks
everything in God (And fulfills the First Commandment); 2. Tie prayer to Christ and Spirit
who give us respectively the right and privilege to pray; 3. Deal with the individual petiti-
ons within the framework of the battle between God and Satan.
65
Cm, Prefcio, 7-17.
66
Para exemplos de gravuras ver Charles Arand, That I May Be His Own: An overview of
Luthers Catechisms, 2000, p. 200-211.
67
Gene Edward Veith, op.cit., 1999, p. 86. Aplicao do Trivium na catequese: Gramtica:
decorar lgica: perguntas e respostas retrica: confirmao e profisso de f. Gra-
mtica se refere ao conhecimento bsico de certa rea do conhecimento; Lgica refe-
re-se capacidade de pensar e processar idias a respeito de certa rea do conhecimen-
to; Retrica saber expressar aquilo que se sabe. Nesse sentido, o Trivium pode ser
entendido como conhecimento, pensamento e expresso.
55
IGREJA LUTERANA
68
Charles Arand, Meeting the challenge for Tomorrow: Formation through Catechesis in
Formation in the Faith: Catechesis for Tomorrow, 1997, p. 77-82.
56
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
CONCLUSO
57
IGREJA LUTERANA
BIBLIOGRAFIA
58
OS CATECISMOS DE LUTERO: A ARTE DE ENSINAR A VIVER POR F
59
IGREJA LUTERANA
60
APROXIME-SE DO ALTAR:
UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA
E PRTICA DA SANTA CEIA
Joel D. Biermann1
1
Este artigo, de autoria do professor Joel D. Biermann, professor de Teologia Sistemtica
no Concordia Seminary, St. Louis, USA, foi originalmente apresentado numa Conferncia
Teolgica do Distrito Minnesota Sul, em setembro de 2007. O ttulo original : Step Up to
the Altar: Thinking about the Theology and Practice of the Lords Supper. O artigo foi
publicado na revista teolgica Concordia Theological Quarterly, Number 72, April 2008,
pp. 151-162. A traduo de Anselmo Ernesto Graff, professor de Teologia Prtica no
Seminrio Concrdia e ULBRA. Algumas expresses que no texto original se referiam
especificamente realidade americana e da LCMS foram omitidas ou adaptadas ao con-
texto do leitor brasileiro. Usado com permisso.
61
IGREJA LUTERANA
62
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
2
Um relatrio da Comisso de Teologia e Relaes Eclesiais da LCMS: Admisso Santa
Ceia: Fundamentos do Ensino Bblico e Confessional (St. Louis: The Lutheran Church-
Missouri Synod, 2000), http://www.lcms.org/graphics/assets/media/CTCR/admisup.pdf.
63
IGREJA LUTERANA
3
Essa distino muito bem explicada e aplicada no Documento Admisso Santa Ceia,
pp.41-48, cujo endereo eletrnico est na nota anterior.
64
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
65
IGREJA LUTERANA
66
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
67
IGREJA LUTERANA
68
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
69
IGREJA LUTERANA
4
David S. Yeago, Gnosticism, Antinornianism, and Reformation Theology: Reflections on
the Costs of a Construal Pro Ecclesia 2, no. 1 (1993): 3749.
5
Yeago, Gnosticism, Antinornianism, and Reformation Theology. Uma vez libertadas da
lei, nota bem, pessoas esto na liberdade de escolher o que lhes agrada e de tomar suas
referncias sobre comportamento aceitvel da cultura ou de qualquer outra fonte que for
conveniente ou confortvel.
Yeago, Gnosticism, Antinomianism, and Reformation Theology, 42.
6
70
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
7
Yeago, Gnosticism, Antinomianism, and Reformation Theology, 42.
8
Robert Benne, Lutheran Ethics, in The Promise of Lutheran Ethics, ed. Karen L. Bloom-
quist and John R. Stumrne (Minneapolis: Fortress Press, 1998), 11-30, esp. 27-28.
9
Reinhard Htter, The Twofold Center of Lutheran Ethics, in The Promise of Lutheran
Ethics, ed. Karen L. Bloomquist and John R. Stumme (Minneapolis: Fortress Press, 1998),
31-69, esp. 42-43.
10
Gilbert Meilander, Reclaiming the Quest for Holiness, Lutheran Quarterly 13 (1999):
483-492, esp. 488.
11
Para maiores informaes sobre as duas espcies de justia algum pode comear
consultando Charles P. Arand and Joel Biermann. Why the Two Kinds of Righteousness?
Concordia Journal 33 (2007): 116-135.
71
IGREJA LUTERANA
72
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXO SOBRE A TEOLOGIA E PRTICA DA SANTA CEIA
73
IGREJA LUTERANA
VI. CONCLUSO
74
AUXLIOS HOMILTICOS
SRIE ANUAL TRADICIONAL REFORMULADA
Lucas 19.29-38
CONTEXTO LITRGICO
CONTEXTO LITERRIO
75
IGREJA LUTERANA
DESTAQUES DO TEXTO
76
PRIMEIRO DOMINGO NO ADVENTO
77
IGREJA LUTERANA
APLICAO HOMILTICA
Gerson L. Linden
So Leopoldo, RS
78
SEGUNDO DOMINGO NO ADVENTO
Salmo 105.1-7, Malaquias 4.1-6, Hebreus 12.25-29, Marcos 13.19-27
Marcos 13.19-27
CONTEXTO LITRGICO
TEXTO
79
IGREJA LUTERANA
80
SEGUNDO DOMINGO NO ADVENTO
pre nos direciona para o alto, para as nuvens (13.26). Nas nuvens
Ele vem glorioso e vitorioso pela sua morte, ressurreio e ascenso.
Assim ns o veremos. Foi assim na Sua primeira vinda; assim ser na
Sua ltima (At 1.10-11).
SUGESTES HOMILTICAS
Sugesto de tema
Boas novas para tempos difceis.
Acir Raymann
So Leopoldo, RS
81
IGREJA LUTERANA
Mateus 3.1-12
82
TERCEIRO DOMINGO NO ADVENTO
83
IGREJA LUTERANA
O melhor da festa esperar por ela! Mas que festa? Aquela que o
Credo Niceno nos sugere: Cristo vir pela segunda vez, em glria, para
julgar os vivos e os mortos !!! Esta a festa, o ltimo Dia. Enquanto
isso, ns estamos sendo preparados para sermos convidados a entrar
nela. Alguns elementos apresentados no texto nos ajudam a estarmos
preparados para esta festa. Primeiro, Joo Batista tem seu ministrio
de origem divina. Ele fala como Isaas falou, como Elias falou e anuncia
a mesma coisa que Jesus ir anunciar a seu povo. Precisamos perceber
a presena de Jesus este o verdadeiro arrependimento tornar-
nos de descrentes em crentes. E este arrependimento nos coloca no
ambiente de culto quando celebramos a presena de Cristo na Palavra
e Sacramentos. Aqui temos o Pentecostes, quando o Esprito de Deus
desce sobre o seu povo e abre seus olhos para ver quem at ento
no tinham visto, ao qual Joo Batista apontara. E este Pentecostes
est diretamente conectado ao do Dia do Juzo. Portanto, todo o minis-
trio, tanto o de Joo como o de Jesus e o nosso, conectando-nos
diretamente com o Julgamento Final. Arrependimento, batismo e f so
os contedos principais de nossa mensagem e eles nos apontam para
Cristo, hoje e eternamente. So eles que nos preparam para a festa
final. Por isso, o melhor da festa esperar por ela...
84
QUARTO DOMINGO NO ADVENTO
Salmo 19.1-6, Jeremias 23.5-6, Filipenses 4.4-7, Lucas 1.26-38
Lucas 1.26-38
85
IGREJA LUTERANA
86
QUARTO DOMINGO NO ADVENTO
Em primeiro lugar, Gabriel nos diz que vai nascer um menino. Isto
feito no mesmo padro dos anncios do Anjo do SENHOR no AT (Gn
16.11; Jz 13.3). Ao mesmo tempo, lembra o anncio proftico de Is
7.14 (a sequncia e chamars o nome dele idntica, aqui em Lucas,
ao texto grego da Septuaginta, em Is 7.14). , tambm, semelhante
(e ao mesmo tempo diferente) do anncio feito a Zacarias (Lc 1.13).
No caso deste, o anncio resposta s oraes, algo que no se
repete com Maria.
O filho de Maria receber o nome de Jesus. Era um nome comum
naquele tempo, sendo a forma grega do nome Josu e significando
o SENHOR salva. At aqui, nada de excepcional. Jesus ser grande.
Outra vez, h certa semelhana com o anncio do nascimento de Joo
Batista. No entanto, h, tambm, uma sensvel diferena: Joo ser
grande diante do Senhor (Lc 1.15); Jesus ser grande. E a diferen-
a entre Joo e Jesus no pra por a: Jesus ser chamado Filho do
Altssimo. Ser chamado, neste caso, no simplesmente receber o
nome, mas ser o que o nome expressa. Altssimo a traduo para
Elyon, um ttulo para Deus que Lucas gosta de usar (Lc 1.32,35,76;
6.35; 8.28; At 7.48; 16.17) e que comum, no AT, especialmente em
Daniel. Filho do Altssimo , no mnimo, um ttulo messinico, a par-
tir de 2Sm 7.13-16; Sl 89.26-29. Mas o seu significado pleno ficar
evidente no que segue.
O menino que vai nascer rei, e o seu reinado no ter fim (2Sm
7.13; Sf 3.15; Mq 4.7; 5.2). Ele ser tambm santo e Filho de Deus.
Por qu? Porque o Esprito Santo (tambm chamado, no paralelo, de
poder do Altssimo) vir sobre Maria. Joo descreve isto, em Jo 1.1-
18, como a encarnao do Verbo. Lucas nos mostra a ao do Esprito
Santo nesse processo. (Notar, outra vez, o contraste com Joo Batis-
ta, que ser [apenas] cheio do Esprito Santo, j do ventre materno
Lc 1.15.) Quanto a santo, significa separado para o servio de
Deus. (Mais tarde, em Lc 4.34, um demnio afirmar o vnculo entre
santidade e Deus.) Todos os primognitos eram santos, pertenciam
ao SENHOR (x 13.12; Lc 2.23). Porm Jesus ser santo num sentido
todo especial: ele o primognito de Maria (Lc 2.7), mas , acima de
tudo, o Filho de Deus. E este ser, tambm, o motivo de sua conde-
nao no Sindrio (Lc 22.70-71). E a mensagem de Gabriel tem como
ponto culminante o anncio do Natal, nos seguintes termos: o ente
santo que h de nascer (Natal!) ser chamado Filho de Deus.
O quarto domingo de Advento o incio da semana do Natal. Ago-
ra, sim, hora de comear a falar sobre o Natal, no perodo de Adven-
to. Antecipar para o final de novembro deixar que o comrcio deter-
mine a pauta da Igreja! Neste domingo, os olhos e ouvidos devem se
87
IGREJA LUTERANA
Vilson Scholz
So Leopoldo, RS
88
VSPERA DE NATAL
Salmo 96.1-10, Isaas 9.2 (3-5) 6-7, Tito 2.11-14, Lucas 2.1-20
Lucas 2.1-20
CONTEXTO
89
IGREJA LUTERANA
NFASES
90
VSPERA DE NATAL
PARALELOS
91
IGREJA LUTERANA
SUGESTO HOMILTICA
APLICAO
92
DIA DE NATAL
Salmo 98.1-7, Miquias 5.2-4, Hebreus 1.1-6, Lucas 2.1-20
Lucas 2.1-20
CONSIDERAES PRELIMINARES
TEXTO
93
IGREJA LUTERANA
94
DIA DE NATAL
PENSAMENTOS HOMILTICOS
Norberto E. Heine
Porto Alegre, RS
95
IGREJA LUTERANA
Lucas 2.25-38
DESTAQUES DO TEXTO
96
PRIMEIRO DOMINGO APS O NATAL
97
IGREJA LUTERANA
98
PRIMEIRO DOMINGO APS O NATAL
2. F
Reconhecem a necessidade do Salvador: so pecadores perdidos.
Recebem pela f a justia de Deus em Cristo Jesus.
Louvam e do graas.
Esto preparados para despedir-se em paz.
2. Olhos da f
So olhos iluminados pelo Esprito Santo agindo por meio da
Palavra.
99
IGREJA LUTERANA
100
A VSPERA DE ANO NOVO
VSPERA DO NOME DE JESUS1
Salmo 8, Isaas 51.1-6, Romanos 8.31-39, Mateus 1.18-21
Mateus 1.18-21
O NOME DO SALVADOR
CONTEXTO
NFASES TEOLGICAS
1
Os nomes em itlico correspondem nomenclatura tradicional dos domingos do ano
eclesistico.
101
IGREJA LUTERANA
NFASE TEOLGICA
102
A VSPERA DE ANO NOVO VSPERA DO NOME DE JESUS
SUGESTES HOMILTICAS
Romanos 8.31-39
Deus por ns: significa que foram vencidas as trevas do mundo
visto por Deus e, tambm, as trevas em que o mundo via Deus. O ser
humano, como criatura religiosa, tem contra si Deus e o mundo, a
morte e o pecado. H uma tenso, um contraste em quem no
redimido. O ser humano sempre acusado pela lei! No entanto, este
Deus, que se revela em Cristo, por ns! O prprio Deus no nos
acusa mais. O sofrimento pelo qual passa o homem mostra a condi-
o do homem que est inserido em um cosmos que sofre por cau-
sa do pecado. Toda natureza sofre, pois Deus sujeitou a Criao ao
homem e amaldioou a terra por causa do pecado (Gn 1.26, 3.17). A
morte o salrio que o pecado traz e esse salrio cobrado de todas
as formas. O sofrimento aponta para essa realidade! Mas apesar desta
realidade do sofrimento que acusa claramente a todo o ser humano
sua culpabilidade perante Deus e o mundo, que o condena para a
morte, isso tudo liberto em Jesus, que est ao nosso lado e nada
neste cosmos pode nos separar de seu amor. Todas as provas
que o cosmos oferece contra ns perante Deus, em Jesus, Deus v
a nova realidade: a justificao! A teologia da glria ignora a realida-
de do cosmos entregue ao pecado e sujeita a vontade de Deus ao
bem estar fsico, conquistado atravs da f! Qualquer falha desta res-
posta divina em conceder bnos est relacionada com a falta de
f do crente! A Teologia da Cruz mergulha Jesus na condio mais
desprezvel que o homem pode chegar, a morte com seus sinais para
103
IGREJA LUTERANA
DESDOBRAMENTOS
APLICAO PRTICA
OBRAS CONSULTADAS
104
A VSPERA DE ANO NOVO VSPERA DO NOME DE JESUS
Rafael Wilske
Dois Irmos, RS
105
IGREJA LUTERANA
Lucas 2.21
CONTEXTO
TEXTO
106
DIA DE ANO NOVO CIRCUNCISO E NOME DE JESUS
USO HOMILTICO
107
IGREJA LUTERANA
108
Epifania
Salmo 72.1-11; Isaas 60.1-6; Efsios 3.1-12; Mateus 3.1-12
Mateus 3.1-12
CONTEXTO LITRGICO
CONTEXTO BBLICO
109
IGREJA LUTERANA
O TEXTO DE MATEUS
110
EPIFANIA
DISPOSIO
111
IGREJA LUTERANA
INTRODUO
112
EPIFANIA
CONCLUSO
- Repetir e sublinhar o significado e importncia de Epifania de
Jesus, destacando os ciclos do Ano Eclesistico.
- Repetir e sublinhar a razo da longa viagem dos magos do
Oriente: Encontrar, conhecer, adorar e confessar o nome do Salvador
Jesus.
- Destacar a leitura da Sagrada Escritura (Biografia de Jesus), das
devoes em casa, dos cultos pblicos de adorao (tambm enfoque
missionrio gentios).
- Lembrar o desejo dos gentios (gregos)
- Senhor, queremos ver Jesus (Jo 12.20)
e dos gentios do Oriente:
- Viemos para adorar Jesus
e ento, em conjunto, confessar a explicao de Lutero sobre o 2
Artigo:
- Creio que Jesus Cristo...
Leopoldo Heimann
So Leopoldo, RS
113
IGREJA LUTERANA
Mateus 3.13-17
NOTA INTRODUTRIA
CONTEXTO
O TEXTO
114
PRIMEIRO DOMINGO APS EPIFANIA BATISMO DO SENHOR
115
IGREJA LUTERANA
REFLEXES HOMILTICAS
116
SEGUNDO DOMINGO APS EPIFANIA
Salmo 36.5-10, Isaas 61.1-3, Tiago 1.17-18, Joo 2.1-11
Joo 2.1-11
CONTEXTO HISTRICO
117
IGREJA LUTERANA
118
SEGUNDO DOMINGO APS EPIFANIA
119
IGREJA LUTERANA
CONTEXTO LITRGICO
SUGESTO HOMILTICA
O Primeiro de Muitos
INTRODUO
120
SEGUNDO DOMINGO APS EPIFANIA
CONCLUSO
Jlio Jandt
Curitiba, PR
121
IGREJA LUTERANA
Mateus 8.23-27
122
TERCEIRO DOMINGO APS EPIFANIA
Assunto: Confiana
Objetivo: Refletir sobre a realidade do mundo em que vivemos
e levar todos a depositarem toda sua confiana em esperana na-
quele que o Senhor, Jesus Cristo. Motivar a igreja para que seja
instrumento da Epifania de Jesus ao mundo.
Tema: Busquemos segurana em Jesus
123
IGREJA LUTERANA
INTRODUO
CONCLUSO
Cezar Schuquel
So Leopoldo, RS
124
QUARTO DOMINGO APS EPIFANIA
Sexagsima
Salmo 1, Deuteronmio 7.6-9, 1 Corntios 1.4-9,
Mateus 13.24-30(36-43)
Mateus 13.24-30(36-43)
125
IGREJA LUTERANA
Tema: Consultoria
DESDOBRAMENTOS
Introduo
Para que haja certeza quanto qualidade e procedncia das se-
mentes, preciso consultar um especialista: Deus. Somente na pala-
vra e sacramentos podemos ter certificado de procedncia e qualida-
de. E nesta palavra que encontramos parmetros para fazer distin-
o entre boas e ms sementes. Deus quem estabelece o parmetro.
126
QUARTO DOMINGO APS EPIFANIA
127
IGREJA LUTERANA
Marcos 8.31-38
128
QUINTO DOMINGO APS EPIFANIA
129
IGREJA LUTERANA
Esboo
1. O plano da Salvao passa pela cruz de Cristo.
2. O discipulado passa pela cruz do testemunho.
3. A cruz do testemunho passa pela autonegao.
4. A autonegao passa pela transformao operada pelo Esprito
Santo.
Lademir R. Petrich
Juiz de Fora, MG
130
TRANSFIGURAO DO SENHOR -
LTIMO DOMINGO APS EPIFANIA
Salmo 84.1-10; xodo 24.4b-18; 2 Pedro 1.16-21 ou
2 Corntios 4.6-10; Lucas 9.28-36
INTRODUO
131
IGREJA LUTERANA
A voz do Pai que confirma ser Jesus o seu Filho, a quem devemos
ouvir.
1
A antiga tradio indicava o monte Tabor, mas o historiador Josefus afirma que ali havia
uma fortaleza romana, que impedia o acesso ao monte. Por isso conclumos que Jesus
subiu no monte Hermon.
132
TRANSFIGURAO DO SENHOR - LTIMO DOMINGO APS EPIFANIA
Eis que dois vares falavam com ele, Moiss e Elias. Os quais
apareceram em glria e falavam da sua partida, que ele estava para cum-
prir em Jerusalm. Eles vieram do cu. Como? Do cu com seus cor-
pos? Sim. Os dois j estavam de corpo e alma glorificados nos cus,2
de onde vieram para falar com Jesus.
Mas por que esses dois? No temos outros homens importan-
tes como No, Abrao ou outros profetas? Moiss o representante
da lei, que lhe foi entregue no monte Sinai. Elias o representante
dos profetas. E Jesus veio para cumprir a lei e os profetas, como o
afirma o prprio Jesus: No penseis que vim revogar a Lei ou os Profe-
tas; no vim para revogar, vim para cumprir (Mateus 5.17). E o apsto-
2
Sabemos que Moiss faleceu na presena de Deus, que o sepultou (Dt 34). De Judas
sabemos que o arcanjo Miguel contendeu com o diabo e disputava a respeito do corpo de
Moiss (Jd 9). Sua presena aqui demonstra que Deus o ressuscitou e o levou de corpo e
alma ao cu. Elias foi levado vivo ao cu, num carro de fogo (2Rs 2).
133
IGREJA LUTERANA
lo Paulo afirma: Porque o fim da lei Cristo, para justia de todo aquele
que cr (Romanos 10.4). Cristo cumpriu toda a exigncia da lei em
nosso lugar. O profeta Isaas afirma: Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgresses e modo pelas nossas iniquidades; o castigo que
nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados
(Isaas 53.5).
Os discpulos reconheceram Moiss e Elias, mesmo que Moiss
tivesse vivido 1600 antes de Cristo e Elias 900 anos antes.
Lucas relata o contedo da conversa: E falavam da sua partida,
que ele estava para cumprir em Jerusalm (Lc 9.31), a saber, sobre
seu sofrer e morrer. O que Moiss ordenou e os profetas anunciaram,
que ele sofreria em Jerusalm. Sobre isso conversavam na glria
celestial, para assim triunfar sobre todos os poderes das trevas.
Pedro estava to impressionado e disse: Mestre, bom estar-
mos aqui; ento faamos trs tendas [...] no sabendo, porm, o que
dizia (v.33). Eles se sentiram no cu, mas s por um momento. Jesus
prometeu aos seus: Quero que onde eu estou estejam tambm os que
me deste. E o apstolo Joo afirma: Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda no se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havere-
mos de v-lo como ele (1 Joo 3.2).
Diante disso no queremos vacilar na f, nem nos deixar con-
fundir com as muitas e falsas afirmaes da mdia sobre Cristo. Ele
o verdadeiro e unignito Filho de Deus, nico e suficiente Salvador da
humanidade para que todo o que nele cr no perea, mas tenha a
vida eterna. E o prprio Deus Pai o confirmou.
134
TRANSFIGURAO DO SENHOR - LTIMO DOMINGO APS EPIFANIA
Horst R. Kuchenbecker
So Leopoldo, RS
135
IGREJA LUTERANA
Quarta-feira de Cinzas
Salmo 51.1-13, Isaas 59.12-20, 2 Corntios 5.19-6.2, Mateus 11.20-30
Mateus 11.20-30
VINDE A MIM
A NARRATIVA
136
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
fala no reconheceu que Joo Batista era o Elias que estava por vir,
nem acreditaram que Jesus, que comia com pecadores e publicanos,
pudesse ser o Cristo de Deus.
O reino dos cus se apresentou de uma forma incompreensvel.
Deus revelou a sua vontade numa abordagem prtica, fazendo com
que a realidade desfeita do den voltasse a ser possvel. uma rea-
lidade para a qual o homem somente tem acesso se for levado at
ele. Por outro lado, digno de nota o fato de que essa nova realida-
de no elimina ainda no elimina a realidade atual, mas j pro-
jeta um novo sentido e ordem, onde pode ser esperada a revelao
de muitas coisas, tais como aquelas onde os cegos vem, os coxos
andam, os surdos ouvem, os mortos so ressuscitados e o evangelho
pregado aos pobres (11.5). A realidade da pregao do evangelho
figura entre estas vrias coisas realizadas por Jesus.
Estas coisas querem revelar o reino dos cus e aquele que tor-
nou o reino visvel no mundo. Por meio delas, Jesus, a quem tudo foi
entregue, quer revelar o Pai, e em viva voz convida aqueles se acham
curvados pelo peso das culpas, que eles mesmos alimentam em suas
vidas ou que so alimentadas por outras pessoas, mais sbias tal-
vez. Os pequeninos foram agraciados, pois ouvem Jesus dizer Vinde
a mim, e, por conseguinte, ouvem tambm o Pai a sorrir e se alegrar,
pois a sua forma de salvar realmente funciona, traz resultado e lhe
agrada muito.
A razo pela qual em Jesus existe alvio e descanso porque o
seu jugo suave, e o seu fardo leve. Estes dois adjetivos subli-
nham que essa oferta feita por Jesus , de certa forma, desigual e
injusta, pois ele quer ficar com aquilo que causa cansao e sobrecar-
rega, e, por outro lado, quer dar o que leve e suave.
Jesus quer atrair as pessoas carinhosamente para si. Diante da
sabedoria do mundo, Deus coloca a humanidade de Cristo e a sua
cruz como sabedoria divina. Ele vem manso e humilde de corao,
assumindo a forma de servo, tornando-se a semelhana de homens
(Fp 2.7). Deus quer estar to prximo, to humilde, to prestativo e
cheio de vontade de levar as cargas. Simplesmente vem do alto, at
ns. Ele que recebeu tudo do Pai, que conhece o Pai, e que conhe-
cido do Pai, vem para restaurar a criao e torn-la novamente per-
feita.
Alguns podero acreditar que a Palavra de Deus no sinal sufici-
ente da presena do Reino dos cus e ficaro espera de sinais mai-
ores, como milagres, dons extraordinrios, vida cheia de prosperida-
de. Entretanto, o sinal de Deus o seu Evangelho em Cristo Jesus,
por meio do qual perdoa os pecados, alivia as cargas e diz que j
137
IGREJA LUTERANA
est tudo resolvido. Paulo disse que aprouve a Deus salvar os que
crem pela loucura da pregao (1 Co 1.21) e que a palavra da cruz
loucura para os que se perdem, mas para ns, que somos salvos,
poder de Deus (1 Co 1.18). Outra forma no h. Elevar-se at ao cu
por conta prpria sempre pode ser uma sada, entretanto, Jesus tor-
na as coisas claras e diretas, pelo menos para Cafarnaum, que pre-
tendia seguir esse rumo: Descers at ao inferno. No fim das contas,
estar cansado pode se revelar em boa coisa. Deus age nos contrri-
os. Quem est cansado j no se esfora muito, nem se importa que
outro faa o trabalho por ele.
Nesse sentido, a quarta-feira de Cinzas um dia para a comuni-
dade se reunir e carregar as cargas uns dos outros, acompanhar e
ser acompanhado por outros diante do pecado, reconhecer a huma-
nidade do irmo e juntar-se a Davi: Cria em mim, Deus, um corao
puro [...] O convite de Jesus coloca uma nova perspectiva diante das
pessoas e permite que elas ocupem suas vidas com aquilo que real-
mente interessa: permite que elas sejam criaturas de Deus colocadas
como coroa da criao divina. A preocupao agora se volta para as
coisas daqui de baixo, para as pessoas, para a vida, para a famlia,
para os amigos, etc. A preocupao com as coisas do alto foram re-
solvidas por Jesus.
Dietrich Bonhoeffer uma vez afirmou que algum que confessa seus
pecados na presena de um irmo sabe que j no est sozinho con-
sigo mesmo (Live together, trans. John W. Doberstein, NY: Harper and
Row, 1954, p. 116). Estar acompanhado no pecado e ser aliviado da
culpa , sem dvida, uma grande bno para todas as pessoas.
como fazer com que as cinzas tornem a ter vida, ou como receber um
novo corao.
Deus nos leva at as cinzas, mas no nos deixar l. Em Cristo ele
j mostrou e continua a mostrar numerosos sinais do tipo de descan-
so que pretende dar a todas as pessoas.
Vinde a mim
1. Cansados e sobrecarregados
- O que est a tornar as pessoas cansadas?
- Quais as cargas que as pessoas precisam carregar? So car-
gas impostas por elas mesmas ou por outra pessoa?
- Cansados dos sbios, que sabem como viver corretamente.
2. E eu vos aliviarei
- Os sinais revelam quem Jesus .
138
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Clcio L. Schadech
Angra do Herosmo, Aores Portugal
139
IGREJA LUTERANA
Mateus 4.1-11
CONTEXTO
Jesus iniciou o seu ministrio pblico quando foi batizado (vv. 13-
17), ento foi levado pelo Esprito Santo ao deserto para ser tentado
pelo diabo. O Pai leva o Filho atravs do Esprito Santo para ser ten-
tado, no o diabo que vai at Jesus. A tentao faz parte do plano
de Deus! O diabo seduziu o primeiro Ado, agora tenta seduzir o
segundo Ado, o Messias prometido, o Servo sofredor. Sozinho, ou
melhor, com os nossos pecados, com as nossas tentaes, Jesus pre-
cisava enfrentar e vencer a tentao do diabo.
NFASES
140
PRIMEIRO DOMNGO NA QUARESMA
PARALELOS
141
IGREJA LUTERANA
INTRODUO
FATO
142
PRIMEIRO DOMNGO NA QUARESMA
TRANSIO
TEXTO
LEITURAS DO DOMINGO
O primeiro casal foi tentado e caiu (Gn 3.1-19), mas Deus promete
estar presente nas horas de angstia e aflio (Sl 91.15 - pode-se
notar isso na pergunta de Gn 3.9). E o melhor de tudo, temos um
Sumo-Sacerdote que foi tentado como ns e podemos nos achegar a
Ele para receber misericrdia e graa sempre que precisarmos de aju-
da (Hb 4.14-16).
CONCLUSO
143
IGREJA LUTERANA
Marcos 12.1-12
CONTEXTO
A parbola dos lavradores maus foi contada por Jesus com o obje-
tivo de questionar e dar uma resposta aos lderes religiosos de sua
poca (principais sacerdotes, ancios, escribas, fariseus, herodianos,
etc.), os quais lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas
coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?. Ela foi
contada naqueles difceis dias em que Jesus esteve em Jerusalm e
enfrentou de frente seus opositores com palavras (parbolas e ou-
tros ensinamentos) e atos (a purificao do templo). Jesus est mos-
trando que a religiosidade fundamentada apenas em cerimnias e
tradies no agrada a Deus. Deus espera mais, espera frutos. Sabe-
mos que a dureza de corao no permitiu que lderes e o povo com-
preendessem a mensagem de Jesus e, consequentemente, Jesus foi
condenado e morto por eles.
TEXTO
144
SEGUNDO DOMINGO NA QUARESMA
145
IGREJA LUTERANA
APLICAO HOMILTICA
PROPOSTA HOMILTICA
146
TERCEIRO DOMINGO NA QUARESMA
Oculi
Salmo 90.1-12, Jeremias 20.7-12, Romanos 12.1-12 ou
Efsios 5.1-2, 6-9, Lucas 9.51-62
Lucas 9.51-62
CONTEXTO
147
IGREJA LUTERANA
148
TERCEIRO DOMINGO NA QUARESMA
lei; Mt 8.19). A praxe entre os judeus era que quem buscava o conhe-
cimento da lei, escolhesse quem queria ter por mestre (rabi). Jesus
quebrou esse paradigma. Seu modo de escolher discpulos demons-
tra que o seu critrio a graa! No o aliquid in homine.
Candidatos qualificados como o escriba no podem ver nisso
algo que justifique a sua escolha. Cada um e todos eles, inclusive
publicanos e Judas Iscariotes, provam em e com Cristo o evangelho
em pessoa! Jesus se manifestou a eles todos como a salvao de
Israel e o prometido s naes.
Ao contrrio dos rabis e fariseus, no apregoava a prtica de usos
e costumes ou regras de obedincia. Anunciava, sim, o arrependi-
mento e o reino de Deus (Lc 24.45-48). Em Cristo tinham tudo! Sem
ele, nada tinham! Na sua morte no se consolaram que ainda tinham
o ensino de Cristo. S o Cristo ressuscitado, presente e atuante em
suas vidas os encheu de f, alegria e esperana.
O discipulado implica, sim, uma luta sem trgua contra a natureza
pecaminosa e mundana (Lc 9.23-28). A renncia, o abrir mo at do
que no pecaminoso, em benefcio do reino de Deus (9. 58).
Discipulado no a prtica do ascetismo; identificao com Cristo
(9.58b)!
4) ... pessoal, intransfervel, urgente, inquestionvel, incondicional.
A deciso se d como consequncia de se ter recebido a f em Jesus!
O convite de Jesus convocao soberana, de poder e autoridade
divina, que requisita para ele a nossa vida em sua integralidade.
O gracioso amor de Deus que cria a pessoa amvel, pois, do
contrrio, no haveria quem Deus fosse amar. a interveno de uma
vontade to real, superior e amorosa, quanto incondicional,
inquestionvel e inesquecvel! Esse imperioso confisco prerrogativa
exclusiva de Deus.
Ela no vem da fora da lei. reivindicao pessoal e graciosa
para nos colocar na comunho do reino de Deus, na real ao da
graa divina. A deciso de aceitar o convite um deixar-se levar
pelos braos protetores do Pai. Pois capacita a quem o recebe a aceit-
lo, pois cria a f no corao. F marcada, moldada desde o seu incio
para agir em amor e com alegria.
Nenhum discpulo impelido deciso por algum artifcio humano
que o leve a aceitar o convite! Jesus no manipulou emocional ou
psicologicamente as pessoas. No se aproveitou de momentos em
que estivessem fragilizados, muito entusiasmados ou dominados pelo
desespero (Jo 15.16).
S tal convite cria implcita, imediata obedincia; entrega total,
irrestrita devoo, integral e incondicional dedicao envolvidas no
149
IGREJA LUTERANA
Breno C. Thom
Estncia Velha, RS
150
QUARTO DOMINGO NA QUARESMA
Laetare
Salmo 146, Isaas 55.1-7, Atos 2.41a, 42-47, Joo 6.1-14(15)
Joo 6.1-14(15)
151
IGREJA LUTERANA
eram apenas cinco pes e dois peixes. Nas mos dos discpulos, esta
realidade no mudaria. Nas mos de Jesus, entretanto, tornou-se
alimento para uma multido.
Quando a dificuldade colocada nas mos certas, a que tem
chance de receber uma alternativa, uma soluo. Se os discpulos in-
sistissem em resolverem sozinhos, possvel que no chegariam nunca
a um bom resultado.
Principalmente porque nossa maior dificuldade, o pecado e o afas-
tamento de Deus, as mos de Jesus perfuradas por pregos j resol-
veram, eliminaram. Temos acesso ao Pai, para sermos amparados por
suas mos e guiados pelo seu cuidar.
Nas mos de Deus aquilo que julgamos pouco pode ser muito. H
momentos em que podemos pensar que o que temos muito pouco
para ser de alguma serventia. Tenho apenas cinco pes dois peixes
de voz, de fora, de criatividade, de vontade, de servio, enfim, de
dons.... E desistimos de enfrentar os desafios missionrios. Quando
colocamos nas mos de Deus, ele capaz de amplificar o que temos e
somos de uma maneira to inacreditvel, que poderemos ficar sur-
presos com o nmero de pessoas que podero ser alimentadas com
sua palavra atravs de nosso servir.
INTRODUO
(O pregador traz alguns objetos que vai segurar nas mos. Suges-
to: bola de basquete, martelo, pedao de couro, tinta e pincel.)
Tenho aqui vrios objetos que podem ser utilizados para boas
finalidades. Mas para isso, dependem das mos que os seguram. Qual
a diferena de
uma bola de basquete nas minhas mos e nas do Oscar?
Um martelo nas minhas mos e nas mos de um marceneiro?
pedao de couro nas minhas mos e nas de um sapateiro?
tinta e pincel, nas minhas mos e nas mos de um artista?
Dependendo das mos que os seguram, a diferena grande.
Na histria do evangelho de hoje, tambm as mos fizeram toda
a diferena
152
QUARTO DOMINGO NA QUARESMA
Cc Como objetos nas mos certas, colocar nossa vida nas mos
de Cristo faz toda a diferena. Ento, podemos colocar tambm nos-
sas mos abertas diante dele, para receberem suas bnos, nos
levando a sermos multiplicadores desta notcia maravilhosa, que ali-
menta o corao e nos sustenta para toda a vida.
153
IGREJA LUTERANA
Marcos 10.32-45
154
QUINTO DOMINGO NA QUARESMA
PASSAGENS PARALELAS
CONTEXTO
COMENTRIOS E REFLEXES
155
IGREJA LUTERANA
tando pelo melhor lugar. Tiago e Joo fizeram um pedido para Jesus:
queriam os lugares mais importantes ao lado de Cristo. Os outros
discpulos, quando perceberam o que estava acontecendo, mostra-
ram-se muito insatisfeitos e ficaram zangados, pois todos queriam o
melhor lugar ao lado de Jesus (vv.35-41).
Jesus no um Messias poltico: Tanto o pedido de Tiago e Joo
como a indignao dos outros discpulos mostram que todos os disc-
pulos ainda no tinham entendido o propsito da vinda de Cristo.
Ainda pensavam que o Rei Jesus era uma espcie de governante, em
vez de Salvador, sendo que Jesus tinha acabado de falar da sua obra
para eles (vv.32-41).
Preocupaes com coisas insignificantes: Na verdade, o desejo
dos discpulos de ocupar os melhores lugares mostra que muitas ve-
zes nos preocupamos com coisas insignificantes. Jesus estava perto
do seu sacrifcio por ns na cruz e os discpulos estavam pensando
em proveito pessoal (vv.35-41).
Intriga eclesistica: Esta cena do desentendimento entre os dis-
cpulos tambm conhecida como a primeira intriga eclesistica para
obter posies de destaque na igreja. Os discpulos estavam deixan-
do o que realmente importante para valorizar demais o
posicionamento diante dos outros (v.41).
Favor e influncia pessoal: Jesus no podia prometer os lugares
principais no Reino dos Cus para eles, pois no um lugar que pode
ser garantido com favor pessoal, nem pode ser comprado. Somente
Deus Pai pode conceder este lugar. Aqui no mundo, as pessoas pro-
curam sua colocao aproveitando sua influncia pessoal. No Reino
de Deus, a verdadeira grandeza est na humildade, no servio (cf. Mc
9.35) e no reconhecimento de que Jesus colocou todas as pessoas
em primeiro lugar quando realizou a obra de salvao por ns (v.38-
45).
Declarao propsito Salvador: A declarao final de Jesus
(v.45) anuncia o propsito da sua vinda e define sua misso sob dois
aspectos: servir (servio ou ministrio de Cristo) e dar (sacrifcio de
Cristo para conceder vida).
Beber o clice e receber o batismo: Tanto o clice como o batis-
mo, de que Jesus fala, se referem ao sofrimento e morte do Senhor
(v.38) e ao o sofrimento dos discpulos por seguirem os passos de
Cristo (v.39).
Servir ou ser servido: Se existe uma pessoa que poderia passar
a vida inteira sendo servido, este algum Jesus. Cristo, mais do que
ningum, poderia fazer uso de sua situao (poder divino) para ser
servido (vv.42-45). Jesus no est dizendo que devemos negar/rejei-
156
QUINTO DOMINGO NA QUARESMA
CONCLUSO
157
IGREJA LUTERANA
BIBLIOGRAFIA
Ezequiel Blum
Novo Hamburgo, RS
158
SEXTO DOMINGO NA QUARESMA -
DOMINGO DE RAMOS OU DOMINGO DA
PAIXO
Palmarum
Salmo 24, Isaas 52.13-53.4 ou Zacarias 9.9-12, Filipenses 2.5-11,
Joo 12.12-24 ou Mateus 21.1-9
Joo 12.12-24
159
IGREJA LUTERANA
160
SEXTO DOMINGO NA QUARESMA - DOMINGO DE RAMOS OU DOMINGO DA PAIXO
deve servir como lio para os cristos porque muitas vezes aposta-
mos nossa vida e sabedoria em poderes humanos que nada valem. A
paz que o mundo tanto procura brota do soberano manso e pacfico
montado num jumentinho; brota da Cruz onde Jesus de Nazar, Filho
de Deus, se humilhou, tornando-se obediente at a morte e morte
de cruz (Fp 2.8). Jesus o Ecce Homo, o Servo de Jav, o rejeitado, o
humilhado, o torturado, o cuspido, cravado na cruz e quase desespe-
rado. Da Cruz jorra perdo dos pecados, vida e salvao como bem
destaca Lutero no Catecismo Menor. E deste Crucificado podemos di-
zer com firmeza: Ele o Ressuscitado! No foi a morte a ltima pala-
vra de Deus, mas a vida. Sim, a vida foi a ltima palavra que Deus
pronunciou sobre o destino do ser humano. Jesus a primcia dos
que dormem (1Co 15.20). Ele a nossa esperana (1Co 15.19). Ele
no veio traar um caminho. Ele no veio acender uma luz. Ele no
veio revelar uma verdade. Ele o caminho, a verdade e a vida (Jo
14.6). Porque na esperana fomos salvos (Rm 8.24).
Seguem duas oraes. Uma escrita na Segunda Guerra Mundial
(1939-1945) por um pastor luterano enforcado a mando do prprio
Hitler. A outra escrita num front da Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) por um soldado. Embora pertenam ao sculo passado, tradu-
zem bem a crise do nosso tempo, apontando para Aquele que nos
ama incondicionalmente:
1) Escuta, Deus! Jamais falei contigo. Sabes, disseram-me que tu
no existias, e eu, tolo, acreditei que era verdade. Nunca havia repa-
rado bem na tua obra, no mundo. Mas, hoje, nesta noite de Natal,
desta trincheira rasgada por granadas, vi teu cu estrelado. Talvez,
mesmo aquela estrela que indicou aos pastores Tua presena na gru-
ta de Belm. E compreendi, ento, que haviam me enganado! No sei
se apertars a minha mo; ela to manchada. Vou explicar e hs de
me compreender. engraado! Neste inferno hediondo, achei a tua
luz e pude enxergar teu rosto (Trecho de uma orao encontrada no
bolso de um soldado morto no campo de batalha).
2) Senhor, d s nossas almas amedrontadas a salvao que
nos tens preparado. E tu nos apresentas o duro clice, o amargo
clice do sofrimento cheio at a borda, e ns o tomamos, sem tremer,
da tua boa e amada mo... Deus est conosco de tarde e de manh,
absolutamente, em cada novo dia (Dietrich Bonhoeffer).
161
IGREJA LUTERANA
QUINTA-FEIRA SANTA
Endoenas
Salmo 116.12-19, xodo 12.1-14, 1 Corntios 11.23-32 ou 1
Corntios 11.17-32, Joo 13.1-15
Joo 13.1-15
162
QUINTA-FEIRA SANTA
JUDAS E O DIABO
O LAVA-PS E NS
163
IGREJA LUTERANA
Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder e sabia tam-
bm que tinha vindo de Deus (o que na linguagem de Joo significa
dizer que era Deus!). Ento se levantou, tirou sua capa, pegou uma
toalha e a amarrou na cintura. Em seguida ps gua numa bacia e
comeou a lavar os ps dos discpulos e a enxug-los com a toalha...
(vv. 3-5).
Jesus sabia que todas as coisas estavam em suas mos. Jesus
sabia que estava a poucos dias da glorificao. Mas permaneceu na
humildade. Naquela noite de quinta-feira da semana santa, a cerca
de doze horas da vitria final sobre os inimigos, ele lavou os ps de
doze homens. Que lio essa! Que amor! Que humildade!
Jesus sabia que era Deus. Deus lavou os ps desses homens!
Jesus sabia que Judas o trairia. Isso s acendeu ainda mais o seu
amor. O lava-ps uma lio profunda de humildade encharcada de
amor.
Nestor Duemes
Esteio, RS
164
SEXTA-FEIRA SANTA OU
SEXTA-FEIRA DA PAIXO
Salmo 22.1-11, Isaas 53.4-12 ou Osias 6.1-6, 2 Corntios 5.14-21
ou Hebreus 5. (1-6) 7-9, Joo 18.1-19.42
Joo 18.1-19.42
LEITURAS DO DIA
165
IGREJA LUTERANA
CONTEXTO
TEXTO
166
SEXTA-FEIRA SANTA OU SEXTA-FEIRA DA PAIXO
167
IGREJA LUTERANA
SUGESTO DE TEMA
Hber G. Fach
So Paulo, SP
168
VSPERA DA PSCOA
SBADO DE ALELUIA
Daniel 3.1, 3-9, 12-29, 1 Pedro 3.17-22, Mateus 27.57-66
Mateus 27.57-66
CONTEXTO
TEXTO
169
IGREJA LUTERANA
170
VSPERA DA PSCOA SBADO DE ALELUIA
171
IGREJA LUTERANA
PROPOSTAS HOMILTICAS
172
VSPERA DA PSCOA SBADO DE ALELUIA
Paulo F. Flor
Dois Irmos, RS
173
IGREJA LUTERANA
DOMINGO DE PSCOA
A RESSURREIO DO SENHOR
Salmo 118.19-29, Daniel 12.1c-3, Colossenses 3.1-4 ou 1 Corntios
5.6-8, Marcos 16.1-8
Marcos 16.1-8
174
DOMINGO DE PSCOA A RESSURREIO DO SENHOR
CONTEXTO
1
Os manuscritos B, a, Siracos e Armenianos no contm os versculos 9-20.
2
METZGER, Bruce. A textual commentary on the Greek New Testament. 2. ed. Suttgart:
Deutsche Bibelgesellschaft, 1994. 102-107
175
IGREJA LUTERANA
O TEXTO
3
e;kqambeis> te o termo usado por Marcos para descrever a atitude da multido aps o
primeiro exorcismo de Jesus (1.27) e a reao dos discpulos na Transfigurao (9.15).
4
ibid. p. 782-4.
5
o termo usado para descrever a reao da mulher curada de hemorragia (5.33).
176
DOMINGO DE PSCOA A RESSURREIO DO SENHOR
COMENTRIO HOMILTICO
6
Dicionrio Internacional de Teologia do Antigo Testamento. So Paulo: Vida Nova,
1999. Cf. Is 1.27: Sio ser redimida pelo direito, e os que se arrependem pela justia
p. 1264.
7
D. Ninehan.
8
Mateus escreve que as mulheres saram em temor e grande jbilo (28.8).
177
IGREJA LUTERANA
PROPOSTA HOMILTICA
INTRODUO
178
DOMINGO DE PSCOA A RESSURREIO DO SENHOR
Concluso
Um convite ao silncio reverencial diante do tmulo vazio e ao
subsequente em proclamar com palavra e atos o evangelho de Cristo.
179
IGREJA LUTERANA
Joo 20.19-31
Vv. 19 e 21: Que a paz esteja com vocs. Esta era uma ex-
presso comum na poca, quando amigos se encontravam. Aqui, po-
180
SEGUNDO DOMINGO DA PSCOA
181
IGREJA LUTERANA
V. 31: Mas estes foram escritos para que vocs creiam que Je-
sus o Cristo (Messias), o Filho de Deus. Joo expressa aqui o
grande propsito de todo o evangelho e da prpria Escritura: desper-
tar a f dos no-crentes e fortalecer a f dos crentes, apontando
Jesus como o Salvador profetizado, recebendo, por esta f, uma nova
vida em seu nome (e vida eterna, como diz Joo 3.36).
182
SEGUNDO DOMINGO DA PSCOA
INTRODUO
183
IGREJA LUTERANA
OPO 2
Thomas Heimann
Canoas, RS
184
TERCEIRO DOMINGO DE PSCOA
Misericordias Domini
Salmo 22.22-31, Isaas 40.25-31, 1 Joo 5.1-13, Joo 15.1-8
Joo 15.1-8
CENRIO HISTRICO
CENRIO LITRGICO
185
IGREJA LUTERANA
ANLISE DO TEXTO
186
TERCEIRO DOMINGO DE PSCOA
aceitvel diante de Deus, para que por causa desta f, pela qual uni-
camente esta palavra aceita e assentida, ns, crendo nela, seja-
mos julgados e considerados totalmente puros e santos diante de
Deus, mesmo que, por causa de nossa natureza e vida, ainda no
somos suficientemente puros, visto que pecado, fraqueza e fragilida-
des, que ainda precisam ser limpas, estejam em ns, porque ainda
estamos na terra (Palavras de Lutero, citadas por Kretzmann em
seu comentrio a Joo 15).
Vv. 4-7: Permanecer. Sabemos, pela Escritura, que no podemos
permanecer em Cristo por nossa prpria razo ou fora. De uma ma-
neira bem prtica podemos entender esta ordem de Cristo (o verbo
no grego est na forma do imperativo aoristo: mei,nate) como perma-
necer em contato com sua Palavra e Sacramentos, atravs dos quais
o Esprito Santo nos manter ligados a ele pela f. Nunca devemos
esquecer que nosso Deus to gracioso que d aquilo que ele mes-
mo exige. Ao mesmo tempo que diz: Permanecei, unicamente por
graa e mediante seu Esprito tambm nos faz permanecer nele. Sem
mim nada podeis fazer: A expresso sem mim denota a mesma coi-
sa que separado de mim. Quanto aos ramos, se separados da vi-
deira, no iriam produzir frutos, mas imediatamente murchariam e
morreriam. Assim cristos, se separados de Cristo, no podem fazer
nada. A expresso mostra o tamanho da nossa dependncia de Deus
e lembra que toda a honra e glria pelas boas obras dos cristos so
devidas unicamente a Deus.
V. 8: Frutos. So frutos do arrependimento. Frutos do Esprito
Santo. Temos que ter cuidado para no entender estes frutos como
algumas determinadas obras desejadas pela congregao. Os frutos
esto relacionados aos Mandamentos de Deus e ao propsito de Deus
em Cristo: a edificao da Igreja e a salvao das almas. Eles so
consequncia da ligao do crente com Deus (lei e evangelho) e no
do legalismo. Dois textos que podem ser verificados: Gl 5.22,23; 2Pe
1.3-11.
PROPOSTA HOMILTICA
187
IGREJA LUTERANA
188
QUARTO DOMINGO DE PSCOA
Jubilate
Salmo 23, Ezequiel 34.11-16, 1 Pedro 2.21b-25, Joo 10.11-16
Joo 10.11-16
O PERODO LITRGICO
OS TEXTOS PARALELOS
O TEXTO
189
IGREJA LUTERANA
190
QUARTO DOMINGO DE PSCOA
PROPOSTA HOMILTICA
Ilmo Riewe
Gramado, RS
191
IGREJA LUTERANA
CONSIDERAES PRELIMINARES
192
QUINTO DOMINGO DA PSCOA
PROPOSTA HOMILTICA
193
IGREJA LUTERANA
CONCLUSO
Gerhard Grasel
Canoas, RS
194
SEXTO DOMINGO DA PSCOA
Rogate
Salmo 67, Isaas 55.6-11, 1 Timteo 2.1-8, Joo 16.23b-33
Joo 16.23b-33
CONTEXTO
1. A orao: Jesus, com sua paixo diante dos olhos, revela que
ele o Mediador. Em seu nome chegamos a Deus, sob sua justia
temos acesso a Deus (Ef 2.18; Rm 8.34). Lutero afirma que somente
atravs de Cristo a nossa orao aceitvel diante de Deus e ns
recebemos um ouvir favorvel e alcanamos a graa e boa vontade
do Pai, pois Ele fez satisfao por nosso pecado e transformou um
Juiz irado em um Deus gracioso e misericordioso (Weimar 10 III, 136).
A mediao de Cristo a certeza do favor de Deus, do seu ouvir de
Pai (cf. Jo 15.15,16).
A nfase no nome de Jesus faz parte do ter paz. Os discpulos
que dizem cremos agora, mais tarde seriam dispersados e se es-
conderiam diante da priso e paixo do seu Mestre. Se seus mritos
ou conduta fossem a condio para a comunho com Deus, ento
estariam com as conscincias em desespero. Podemos falar com Deus,
em o nome de Jesus, mesmo sendo pecadores, por causa do perdo
que h neste nome.
2. Revelao sem comparaes: as parbolas usadas por Jesus
por vezes causaram dvidas de interpretao entre os discpulos. Tal
maneira de falar de Jesus deve ter criado muitas expectativas. Note
como neste pequeno trecho estudado Jesus enfatiza o cumprimento
195
IGREJA LUTERANA
196
SEXTO DOMINGO DA PSCOA
197
IGREJA LUTERANA
ASCENSO DO SENHOR
Salmo 110, Isaas 45.18-25 ou Daniel 7.13-14, Atos 1.1-11 ou
Efsios 4.7-13, Mateus 28.16-20
Mateus 28.16-20
O TEXTO
198
ASCENSO DO SENHOR
199
IGREJA LUTERANA
CONCLUSO
200
ASCENSO DO SENHOR
201
IGREJA LUTERANA
Joo 15.26-16.4
CONTEXTO
202
STIMO DOMINGO DA PSCOA
203
IGREJA LUTERANA
204
STIMO DOMINGO DA PSCOA
205
IGREJA LUTERANA
206
PENTECOSTES
Salmo 139.1-12; Joel 2.28-29; Atos 2.1-8 (9-11; 12-18),
Joo 14.23-27
Joo 14.23-27
CONTEXTO HISTRICO/LITRGICO
207
IGREJA LUTERANA
O Texto
No captulo 14 do livro de Joo, Jesus Cristo est preparando seus
discpulos para a sua partida. Jesus conforta os discpulos dizendo
que, mesmo com a sua partida, os discpulos no ficaro desampara-
dos, pois ele lhes ir enviar o consolador. Isto verificado, entre ou-
tros, no versculo 18: No vos deixarei rfos, voltarei para vs ou-
tros.
Entre os versculos de Joo 14.23-27, o texto propriamente dito,
Jesus refora aos discpulos sobre o envio do Consolador. Em segui-
da, sero sublinhados alguns dos destaques destes versculos:
V. 23: Jesus conforta seus discpulos, garantindo a eles que Ele e
o Pai faro morada naqueles que o amam (v. 23). Estas palavras,
aps a partida de Jesus, devem ter servido de grande consolo para
os seus discpulos, pois atravs delas est garantido que os discpu-
los no estaro sozinhos para executar a grande obra da qual Jesus
1
ROTTMANN, Johannes H. Atos dos Apstolos. V 1. Porto Alegre: Concrdia, 1997. 2
edio. p. 62.
2
Idem, p. 62.
208
PENTECOSTES
3
CARSON, D. A. O Comentrio de Joo. So Paulo: Shedd. 2007. p. 505.
4
LIVRO DE CONCRDIA. (Trad. Arnaldo Schler). Porto Alegre; So Leopoldo:
Concrdia;Sinodal, 1980. p. 371.
209
IGREJA LUTERANA
5
CARSON, p. 507.
210
PENTECOSTES
211
IGREJA LUTERANA
SANTSSIMA TRINDADE
Primeiro Domingo aps Pentecostes
SALMO 148, ISAAS 6.1-8, EFSIOS 1.3-14, JOO 3.1-8 OU MATEUS
28.16-20
MATEUS 28.16-20
212
SANTSSIMA TRINDADE
ente. Isso porque a vida no traz tanto de livre escolha assim. Tudo
na vida interdependente, corpo e alma, culpa e destino, livre esco-
lha e o que nos imposto. No podemos por conta prpria nos dis-
tanciar a tal ponto da vida, em meio a qual vivemos, para efetivamen-
te experimentar o que quer que seja livre escolha. Pelo contrrio,
tomar a prpria vida no equivale a uma ao corriqueira delibera-
da cotidianamente, mas significa, em ltima instncia, morrer; de-
cidir viver significa apenas acolher a vida que j recebemos. No se
me ou pai de um filho desejado porque a criana se torna aquilo que
se deseja ou escolhe, mas porque a criana que se recebe deseja-
da. As circunstncias de maior peso em nossas vidas, as mais signifi-
cativas, simplesmente acontecem e a livre escolha diante da vida nestes
casos reside somente em aceder e aceitar o que j est dado.
Eis uma razo para acolhermos a pregao de Jesus, feita na for-
ma de mandamentos ou ordens. No o fazemos por causa do manda-
mento em si. No por causa de uma ordem universal, referncia obri-
gatria para todos. No na forma de um estatuto idealizado ou de
uma utopia, que so inalcanveis. A pregao de Jesus na forma de
mandamentos precisa ser acolhida como algo dado em favor da pr-
pria vida.
O que est em jogo muito maior do que nossa prpria liberdade
de escolha. Trata-se de Deus, ou da promessa contida nos manda-
mentos de Jesus, que nos transporta a um lugar diferenciado, de onde
passamos a contemplar a vida. Se tivssemos apenas a ns prprios
no mundo, ento estaramos completamente entregues ao arbtrio
humano e impotncia, que nos oprimem terrivelmente. Viver a vida
e perseguir a condio em que esto includas efetivamente a vida e
suas reais possibilidades pressupe uma relao com Deus, a exem-
plo da relao de uma criana pequena com os pais, que somente
percebe o quanto esto prximos quando vivencia sua ausncia.
Um mandamento exige ao, uma palavra que deve se tornar rea-
lidade. Se reconhecemos Jesus em seus mandamentos, descobri-
mos ao mesmo tempo que sua palavra se dirige vida concreta por
ns vivida.
No precisamos ser espiritualmente superdotados para vivenciar
a palavra de Jesus, pela qual ele est conosco todos os dias at o
fim do mundo. Ser espiritual na f crist implica viver uma realidade
na qual se espiritual. E isso significa apegar-se aos mandamentos
de Jesus como aquilo que nos conduz em meio s dificuldades da
vida. O que nos leva igreja para participar de cultos, reunies de
estudo bblico e com grupos de irmos e irms na f? O que nos im-
pulsiona a faz-lo? O que faz com que dediquemos momentos do nosso
213
IGREJA LUTERANA
Ricardo W. Rieth
So Leopoldo, RS
214
SEGUNDO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Primeiro Domingo Aps Trindade
Salmo 62.5-12, xodo 20.1-17, 1 Joo 3.11-18, Lucas 16.19-31
Lucas 16.19-31
INTRODUO
LEITURAS DO DIA
Aprofundando-se no texto
O texto em foco pode ser analisado dentro de uma perspectiva do
Reino que vai alm dos limites a que estamos acostumados. Alm de
215
IGREJA LUTERANA
216
SEGUNDO DOMINGO APS PENTECOSTES
SUGESTO HOMILTICA
Waldyr Hoffmann
Joinville, SC
217
IGREJA LUTERANA
TERCEIRO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Segundo Domingo Aps Trindade
Salmo 117, Deuteronmio 8.11-20 ou Zacarias 1.3-6, Efsios 2.13-
22 ou Apocalipse 3.14-22, Lucas 14.15-24
Lucas 14.15-24
218
TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
TEXTO
219
IGREJA LUTERANA
220
TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
mas que ainda havia lugar. Ento, como ltima instncia, o patro
enviou o servo para a regio ao redor, para as rodovias e junto s
cercas, tanto nas estradas principais como nos trilhos que passavam
pelos campos, ao longo das beiras das estradas. Devia convidar, de
maneira urgente e incisiva, a qualquer um que ali encontrasse. O ob-
jetivo expresso do patro foi lotar sua casa. Mas quanto aos primei-
ros convidados, feita a declarao solene, que nem um s deles iria,
ao menos, sentir o gosto da festa que fora preparada com tanto cari-
nho.
Sob a luz do cumprimento do Novo Testamento, claro o signi-
ficado da parbola. O dono da casa o prprio Deus onipotente, mas
tambm o Senhor gracioso e misericordioso. Lutero assim escreve a
respeito: A pregao de Cristo a grande e gloriosa ceia, para a
qual ele chama os hspedes para os santificar pelo seu Batismo, para
os confortar e fortalecer pelo Sacramento de seu corpo e sangue;
que no tenham necessidade de nada, que haja grande abundncia
e que cada um seja satisfeito. O alimento a ser providenciado foi, por
isso, o evangelho com todas as suas glrias, sim, o prprio Cristo, e
nele completa justificao, perdo de pecados, vida e salvao. Quando
Jesus veio ao mundo, chegara a hora da grande ceia (Gl 4. 4,5). Ele
mesmo o Servo do Senhor no sentido mais exclusivo (Is 42.1; 49.6;
53.13;53.11). Ele preparou, tanto pessoalmente como por meio do
arauto Joo Batista e pelos apstolos, o convite que fora lanado
pelos profetas, que o tempo chegara pelo qual todos os patriarcas e
profetas haviam esperado ansiosamente, ou seja, que o reino de Deus
lhes estava prximo. Cristo foi enviado aos filhos da casa de Israel, e
foi a eles que foi tencionado seu ministrio pessoal, visto serem o
povo escolhido de Deus (Rm 3.2; 9.5). A promessa, primeiro foi
publicada a eles e aos seus filhos. Cristo, visando isto, trilhou cada
palmo da terra dos judeus, pregando o evangelho do reino. E os aps-
tolos levaram avante a sua obra, proclamando o evangelho primeiro
aos judeus. Mas Israel, em seu todo, no quis nada com as gloriosas
novas que pertencem sua salvao, e recusaram o convite. Suas
mentes estavam centradas em coisas terrenas, e eles esperavam um
reino temporal do Messias. Desprezaram e rejeitaram o evangelho da
graa de Deus em Cristo Jesus. Ento Deus, em sua ira, se afastou
deles. Jesus buscou os pobres e desconhecidos entre os judeus, que
eram os espiritualmente enfermos, coxos e cegos. Chamou a si os
publicanos e pecadores e assegurou-lhes que a salvao era deles.
Os membros do rebanho de Cristo foram simples pescadores, antigos
publicanos e pecadores que se corrigiram (1Co 1. 26-28). Por fim,
Jesus, atravs de seus apstolos e outros mensageiros, trouxe o con-
221
IGREJA LUTERANA
PROPOSTA HOMILTICA
INTRODUO
222
TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
BIBLIOGRAFIA
Wilmar Meister
So Leopoldo, RS
223
IGREJA LUTERANA
Lucas 15.11-32
CONTEXTO
TEXTO
224
QUARTO DOMINGO APS PENTECOSTES
o filho mais velho e no com o mais moo? Por que o pai se humilha
em suas aes?
Os personagens da parbola so nucleares. No se pode ape-
nas dizer que um representa os gentios e o outro, os fariseus. Eles
representam, antes, os arrependidos e os no-arrependidos. Os se-
guintes trechos caracterizam o filho mais moo: ajuntou o que era
seu, partiu para uma terra distante, dissipou seus bens, passou ne-
cessidade, agregou-se a um gentio, cuidou de porcos, queria comer a
comida dos porcos, caiu em si, voltou para seu pai, e, ao pedir per-
do, disse: Pai, pequei contra o cu e diante de ti, j no sou digno de
ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. Do
filho mais velho, no entanto, tem-se o seguinte: estivera no campo,
chamou um servo para saber o que estava acontecendo, indignou-
se, no queria entrar, e, ao falar com seu pai, no o chama de pai.
Alm disso, disse: esse teu filho. No trata como irmo o mais moo
e nem seu pai como pai. O pai, ao contrrio, responde-lhe dizendo
que era preciso comemorar, porque esse teu irmo estava morto e
reviveu, estava perdido e foi achado. O que significa para um judeu-
israelita se agregar a um gentio? O que significa tambm cuidar de
porcos? Existem diferenas entre a situao do filho mais moo e do
mais velho? Quais so e o que elas significam quanto ao relaciona-
mento com o pai? Por que o filho mais velho no trata seu irmo como
irmo? Por que o pai os trata como irmos?
Penso que o mais importante nesta parbola sejam as aes do
pai. O pai v ao longe o filho miservel vindo, corre at ele, abraa-o
na misria e o beija na misria. Da misria para uma festa. As aes
do pai so significativas e precisam ser exploradas. Segundo R. H.
Gundry (1996), o correr era uma maneira incomum e sem dignidade
de se locomover, ainda mais para um idoso, mas o amor e a alegria do
pai ultrapassaram todo o senso de decoro, e o pai corre tambm para
proteger seu filho; o beijo do pai simboliza o perdo; o vestir do me-
lhor traje era um sinal de honra (um pequeno detalhe: a melhor roupa
sempre era do senhor da famlia ou do grupo de famlias, isto , era o
traje do prprio pai); o anel restaurou a autoridade filial; e as sand-
lias expressaram que ele no deveria ser tratado como um servo.
Alm disso, um verbo merece destaque splanchnizomai. Verbo
que tem as seguintes acepes: ter d, ter misericrdia, ter sim-
patia. Essas acepes, indubitavelmente, esto ligadas a sentimen-
tos profundos, que brotam das entranhas, como uma contrao
convulsiva. Esse verbo figura em contextos bem especficos (Mt 9.36,
14.14, 15.32, 18.27, 20.34; Mc 1.41, 6.34, 8.2, 9.22; Lc 7.13, 10.33,
15.20), ligando-se a Jesus e a aes de trs personagens principais
225
IGREJA LUTERANA
PROPOSTA HOMILTICA
226
QUINTO DOMINGO APS PENTECOSTES
Quarto Domingo Aps Trindade
Salmo 138, Gnesis 50.15-21, Romanos 12.14-21, Lucas 6.36-42
Lucas 6.36-42
CONTEXTO
TEXTO
227
IGREJA LUTERANA
PROPOSTA HOMILTICA
228
QUINTO DOMINGO APS PENTECOSTES
229
IGREJA LUTERANA
Lucas 5.1-11
230
SEXTO DOMINGO APS PENTECOSTES
Introduo
Diz um ditado popular: T nervoso? Vai pescar!. Nesse contex-
to, a pesca seria um santo remdio para acalmar os nervos. Para
outros, a pesca esporte ou divertimento. Por isso no faz muita
diferena se, aps uma longa pescaria, nada se pega.
Mas para Simo Pedro e seu colegas de profisso, a pesca era
o seu meio de vida. Por isso, quando Jesus disse, doravante sers
pescador de homens, no se referia a um mero passatempo de final
de semana, mas referia-se ao mais excelente trabalho que o ser hu-
mano tem o privilgio de fazer.
O mais excelente trabalho no um passatempo de final de sema-
na
- Mas a mais necessria, importante e urgente misso da Igre-
ja
- No Salmo, o autor louva ao Senhor porque ele congrega os
dispersos de Israel (Sl 147.1)
- Salvar pessoas que caminham para o inferno a prioridade
nmero 1 da Igreja
- A Igreja realiza esta tarefa anunciando o Evangelho e admi-
nistrando os sacramentos
231
IGREJA LUTERANA
Para fazer esse mais excelente trabalho, Jesus usa o que ns temos
- No pede coisas impossveis para ns, ou fora do nosso al-
cance
- Pediu a Pedro que lhe desse um pouco do seu tempo e o seu
barco
- Nossas desculpas para no participar assemelham-se s des-
culpas dadas por Moiss (x 3 e 4)
- Jesus pede tambm o nosso tempo e as nossas ofertas
- Alguns so chamados para o Ministrio Pastoral de tempo in-
tegral ou parcial
- Outros so chamados a servir no Sacerdcio Universal dos
Crentes em Cristo (1 Pe 2.9,10)
- O grande desafio: Sereis minhas testemunhas at os confins
da terra.
- A ao missionria da Igreja um ato de f
- Porque Cristo falou, ns agimos, movidos pela sua graa
- Dele recebemos bnos para esta vida e para a vida eterna:
...os que a muitos conduzirem justia, resplandecero como as
estrelas, sempre e eternamente (Dn 12.3)
232
SEXTO DOMINGO APS PENTECOSTES
Arnildo Schneider
Porto Alegre, RS
233
IGREJA LUTERANA
Leituras do Dia
A temtica que perpassa as leituras deste domingo a dependncia
de Deus para alcanar redeno, libertao, purificao. Salmo 107.1-
9: Este salmo olha para um passado livramento de Israel da escravido
exlica e convida para render graas a Deus que agiu
misericordiosamente. Jeremias 17.9-13: preciso estar junto ao
Senhor para saciar as necessidades humanas; o Senhor a fonte de
guas vivas (vida). Romanos 6.1-11: A gua redentora do batismo
nos coloca numa situao diferente e nova: revestimo-nos de Cristo e
nos beneficiamos com as ddivas que advm de sua morte e de sua
ressurreio. O pensamento do apstolo liga-se ao rito da imerso -
para dentro da gua (morte), debaixo da gua (sepultamento) e fora
da gua (ressurreio).
Contexto
A percope situa-se dentro da sequncia de Joo 2.13 e 3.22. J
na primeira fase do seu ministrio, Jesus foi para a festa da Pscoa
em Jerusalm e permaneceu na regio da Judia, levando a efeito um
ministrio de batismo atravs de seus discpulos. (Alm dos ministrios
batismais de Joo e de Jesus, havia outros ministrios batismais
ritos legalistas de purificao). Diante da reao negativa dos fariseus
e para evitar contendas entre seus discpulos e os de Joo, Jesus
decide voltar para a Galilia. Passar pela Samaria encurtava a distncia
a ser percorrida.
Texto
V.5: O cenrio natural do dilogo com a samaritana fazia parte da
paisagem geogrfica e histrica da Antiga Aliana, pois ali Jac tinha
andado e ali Jos foi sepultado. Agora, neste local, h um
redirecionamento da Aliana de Deus se no passado a aliana era
apenas para judeus, agora se destina at mesmo para aqueles que
pelos judeus eram desqualificados os samaritanos. Jesus veio para
a salvao de todos. O v. 4 traz que era necessrio (dei) atravessar a
234
STIMO DOMINGO APS PENTECOSTES
235
IGREJA LUTERANA
SUGESTO HOMILTICA
INTRODUO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSO
Assim como a gua vital para se matar a sede e ficar vivo, Jesus
vital para matar a sede espiritual e proporcionar vida eterna.
Eliseu Teichmann
Porto Alegre, RS
236
OITAVO DOMINGO APS PENTECOSTES
Stimo Domingo Aps Trindade
Salmo 139.14-18, xodo 16.2-3, 11-18, Atos 2.41-47, Joo 6.1-15
Joo 6.1-15
CONTEXTO LITRGICO
LEITURAS DO DIA
237
IGREJA LUTERANA
NFASES GERAIS
238
OITAVO DOMINGO APS PENTECOSTES
sinal de Moiss aponta para Cristo. Joo Batista aponta para Cristo.
O milagre de Jesus aponta para si mesmo. o sinal da salvao que
invade o mundo e aponta para a eternidade, onde tambm as carn-
cias fsicas no existiro mais.
Joo o nico que menciona o perodo, a Pscoa Pa,sca (v. 5),
quando os judeus lembravam da libertao do Egito e do man no
deserto. Era a poca em que esperavam, com mais fervor, que o Mes-
sias se manifestasse. Joo menciona trs Pscoas (2.13; 6.4 e 11.55).
O evangelista no menciona a morte do Batista, nem a misso da
qual os doze apstolos tinham voltado. No que ele no gostasse do
seu xar, ou que no tivesse dado importncia ao estgio feito por
eles um pouco antes. Mas o evangelista descreve a cena numa pers-
pectiva, ao que parece, de quem olha o macro, ou seja, Jesus no
queria ser milagreiro, mas sinalizou um grande milagre.
E quando os outros evangelistas encerram seu relato, Joo conti-
nua: Os que viram este milagre de Jesus disseram: de fato, este era o
profeta que devia vir ao mundo! (v. 14). E Jesus, sabendo das inten-
es do povo, de o levarem ao trono, sai de cena, sozinho. Jesus no
milagreiro!
No contexto posterior, Joo descreve o prximo encontro de Jesus
com aquela multido. hora de abrir o jogo. E isto acontece nos
versculos 26 e 27. Ento o povo reclama e exige as credenciais de
um rei (vv. 30,31), e recebe, ento, na sequncia dos versculos, at
ao final do captulo, a clara exposio de que: Jesus no milagreiro,
mas faz grandes milagres! Ele o prprio milagre de Deus. Jesus o
Grande Milagre de Deus.
Para o povo, Jesus fez, ao alimentar a multido faminta com um
ato milagroso, a coisa certa no momento certo. Hora certa no tempo
do povo judeu, Pscoa, ento era preciso faz-lo rei, libertador; hora
certa no tempo de Deus, Jesus Salvador Po da Vida. Esta contradi-
o no tempo acaba levando Cristo para a cruz, na Pscoa seguinte.
No tempo da humanidade Jesus no cumpriu com seu papel, por ou-
tro lado, no tempo de Deus, Jesus cumpriu tudo o que era necessrio,
da maneira necessria. Jesus no milagreiro, mas faz grandes mila-
gres!
O milagre/sinal no cria a f. O milagre/sinal pressupe f. Portan-
to o maior milagre a f dada ao corao. Neste sentido, quem espe-
ra o milagreiro fica somente no sinal e no chega quilo para o que
ele aponta. a grande dificuldade humana em relao aos milagres
descritos na Bblia.
Cristo o grande sinal de Deus, predito no Antigo Testamento e
cumprido nas palavras e sinais do prprio Cristo. O grande milagre
239
IGREJA LUTERANA
PROPOSTA HOMILTICA
Arnildo Mnchow
Canguu, RS
240
NONO DOMINGO APS PENTECOSTES
Oitavo Domingo Aps Trindade
Salmo 1, Gnesis 12.1-4a (4b-7), Glatas 5.16-25, Mateus 5.13-16
Mateus 5.13-16
241
IGREJA LUTERANA
242
NONO DOMINGO APS PENTECOSTES
SUGESTO HOMILTICA
Arsildo Wendler
Guaba, RS
243
IGREJA LUTERANA
Mateus 25.14-30
CONTEXTO
244
DCIMO DOMINGO APS PENTECOSTES
TEXTO
TEXTOS PARALELOS
Sugesto Homiltica
245
IGREJA LUTERANA
246
DCIMO PRIMEIRO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Domingo Aps Trindade
Salmo 73.25-28; Daniel 9.15-18; Romanos 9.1-5; 10.1-4; Lucas
19.41-48
Lucas 19.41-48
TEXTO E CONTEXTO
NFASES
247
IGREJA LUTERANA
PARALELOS
248
DCIMO PRIMEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
Erni Krebs
Canela, RS
249
IGREJA LUTERANA
Lucas 18.9-14
INTRODUO
ANLISE DO TEXTO
250
DCIMO SEGUNDO DOMINGO APS PENTECOSTES
251
IGREJA LUTERANA
dos quais o fariseu parece acus-los. O maior pecado deles era se-
rem incrdulos. Jesus interessou-se por eles e, vrios deles, ouvindo
o seu ensino, reconheceram nele o Messias.
Deus, s propcio a mim, pecador. - Esta expresso, s prop-
cio (ilastti), possui um profundo significado. Encerra a doutrina cen-
tral da Bblia, de que Deus est irado com o pecado e precisa ser
pacificado por um sacrifcio oferecido em favor do pecador. O publicano
revela, em sua orao, ter compreendido que todo o sistema de sacri-
fcios do Antigo Testamento apontava para o sacrifcio vicrio de Cris-
to pelos pecadores. Ele esperava nesta propiciao aplacao da
ira divina pelo sacrifcio de Cristo.
batia no peito Na orao, os judeus usualmente cruzavam as
mos sobre o peito e fechavam os olhos. Mas o publicano descruza os
braos e bate no peito como s se fazia em extrema angstia. Ele
sabe que seu problema muito grave e reside exatamente ali, dentro
do peito no corao. O corao dos homens est cheio de malda-
de (Ec 9.3; Cfe.: Mt 15.17-20; Lc 16.15; Pv 21.2). Mas ele tambm
sabia que no era a sua confisso ou o bater no peito que o torna-
vam merecedor da compaixo e do perdo de Deus. A sua salvao
estava num Deus propcio.
V. 14: Que o publicano entendeu a doutrina da justificao pela f,
evidencia-se tambm no veredicto do Salvador: este desceu justifi-
cado (dedikaiomenos) para sua casa. O fariseu voltou para casa com
os pecados aumentados e radiografados pela sua exibio plena
luz do templo; o publicano, no mesmo templo, encontrou descanso
sombra do Onipotente (Sl 91.1). Isto est em acordo com o Salmo do
dia: O Senhor excelso, contudo, atenta para os humildes; os so-
berbos, ele os conhece de longe (Sl 138.6), e com a Epstola: Deus
resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graa (1
Pe 5.5).
OBSERVAES
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DCIMO SEGUNDO DOMINGO APS PENTECOSTES
PROPOSTA HOMILTICA
Introduo
1
Martin Marty
253
IGREJA LUTERANA
III. A soluo
A. Mas voc pode me corrigir no Photoshop argumenta o
publicano (v. 13c: S propcio a mim, pecador!
B. verdade diz o fotgrafo Vou fazer voc ficar perfeito (v.
14c: este desceu justificado para sua casa). (Cfe.: 1 Jo 1.7)
CONCLUSO
254
DCIMO TERCEIRO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Segundo Domingo Aps Trindade
Salmo 146, Isaas 29.18-21, 2 Corntios 12.6-10, Marcos 7.31-37
Marcos 7.31-37
CONTEXTO ANTERIOR
CONTEXTO POSTERIOR
255
IGREJA LUTERANA
256
DCIMO TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
257
IGREJA LUTERANA
COMENTRIOS
V. 31: Jesus agora ele foi atravs de Sidom, que fica a cinco milhas
ao norte de Tiro. Mas Jesus est somente fazendo uma viagem, ns
no ouvimos nada de ensinamentos e milagres. Parece que ele pas-
sou por despercebido, e que ele mesmo quis que fosse assim, e que
ele devotou o seu tempo para instruo dos seus discpulos, que foi a
principal ocupao de Jesus durante a ltima parte do seu ministrio.
Somente Marcos narra a passagem de Jesus atravs de Sidom.
V. 32: Eles trouxeram um homem surdo e gago a Jesus. Ainda que
????????? significa uma fala pesada, repetida (gagueira), falando com
dificuldade, a LXX usa isso no significado de mudo. Os sons que aquele
homem fazia eram inteligveis.
Vv. 33-35: Jesus no colocou as mos sobre o homem, ele usou
um procedimento incomum neste caso. Este surdo-mudo trazido a
Jesus no meio de uma grande multido. Jesus est interessado nele
porque ele est nesse estado. Ele o toma inteiramente para fora da
multido; o particpio aoristo mdio significa que Jesus tomou o ho-
mem para si mesmo. Esta ao preliminar (aqui expressa por um par-
ticpio) sbia e significativa para aquele homem. Ele est sozinho
com Jesus, extrado da excitao e da distrao das multides. Seus
olhos espiam a Jesus, e ele entende que Jesus est para fazer algo
em benefcio dele.
Jesus usa a linguagem de sinais que simples e plena assim
que o surdo-mudo poderia entender. Ele lana seus dedos nos ouvi-
dos daquele homem. Aqui estava localizada uma das suas deficinci-
as - aqueles ouvidos estavam deficientes. Ns agora temos um verbo
finito, que uma das aes principais. Vamos apenas pensar no fato
que os olhos de Jesus indubitavelmente falaram aos olhos daquele
homem.
Primeiro os ouvidos deficientes, agora a lngua muda. A lingua-
gem de sinais continua. Primeiro uma ao menor, que de novo
expressa por um particpio: Jesus tendo cuspido. A sua boca e a
sua lngua esto sem fala, e Jesus tencionava fazer algo em relao a
esse problema. Os milagres eram feitos por causa da vontade do
Senhor, algo pelo qual a sua vontade somente, frequentemente pelo
que a sua vontade expressou na sua onipotente palavra mesmo nes-
ta instncia. Tocar com a mo apenas um gesto simblico.
V.34: Mais linguagem de sinais seguem: de novo um particpio ex-
pressa a ao subordinada: Jesus olha para o cu. O homem observa
Jesus fazendo isso. Ele d a entender que a ajuda que ele vai dar ao
258
DCIMO TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
259
IGREJA LUTERANA
PERSUASO
1. Pensamento Central
Jesus cura o surdo-mudo, capacitando-o a falar e ouvir muito bem.
2. Objetivos
A - Conhecimento: Que os meus ouvintes saibam que Jesus faz
todas as coisas esplendidamente bem, como no caso da cura do sur-
do gago. Ele tem poder para fazer todas as coisas.
B - Atitude: Que os meus ouvintes confiem no poder de Jesus, com
o qual ele age em benefcio de todos ns, fazendo todas as coisas
esplendidamente bem.
C - Habilidade: Que os meus ouvintes possam se dedicar a ouvir a
palavra de Jesus e a falar das aes de Jesus na vida do surdo gago
e na vida de todos ns - testemunhar os atos de salvao!
3. Molstia - Lei - Pecado
A - As doenas, deficincias, problemas fsicos e de sade apon-
tam para a pecaminosidade inata do ser humano - pecado original.
B - A euforia popular, s vezes, impede que se concentre a aten-
o na Palavra de Deus. O povo que trouxe o surdo gago queria ver
Jesus impor as mos sobre ele. Queriam um espetculo, mesmo como
as pessoas do nosso tempo procuram ver. Eles, na busca do espet-
culo, expuseram desnecessariamente aquele homem com necessida-
des especiais. D a entender que eles no estavam querendo, em
primeiro plano, a cura dela, mas o espetculo em si, uma vez que no
foram discretos e no o preservaram da exposio pblica. Jesus no
fez o que eles queriam. No deu um espetculo. O povo queria ter
alimentado em si o desejo de ver coisas espetaculares, e isso pode
ser um sinal de descrena quando se concentra apenas no ver. Isso
afasta as pessoas de Jesus e da sua palavra salvadora.
260
DCIMO TERCEIRO DOMINGO APS PENTECOSTES
ESBOO
261
IGREJA LUTERANA
262
DCIMO QUARTO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Terceiro Domingo Aps Trindade
Salmo 142, Gnesis 4.(1-7) 8-16a, 1 Joo 4.7-11, Lucas 10.25-37
Lucas 10.25-37
LEITURAS DO DIA
CONTEXTO
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IGREJA LUTERANA
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DCIMO QUARTO DOMINGO APS PENTECOSTES
COMENTRIOS HOMILTICOS
DISPOSIO HOMILTICA
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IGREJA LUTERANA
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DCIMO QUINTO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Quarto Domingo Aps Trindade
Salmo 107. 17-22; Gnesis 28. 10-19a; Romanos 8. 12-17;
Lucas 17. 11-19
267
IGREJA LUTERANA
sus, algo que estava dentro daquele samaritano que voltou para
agradecer. Ainda levando-se em conta o contexto anterior, onde os
discpulos pedem a Jesus que aumente a f deles, vemos que a f
no uma fora em si mesma, algo que o ser humano possui, forte ou
fraca, mas dom de Deus e depende do objeto ao qual se apega, a
saber, a Jesus Cristo. No so as boas obras que nos justificam (v.10),
nem devemos considerar a nossa f como uma boa obra nossa, mas
ficarmos felizes em sermos servos do Senhor, agradecidos e ativos no
seu Reino.
A estrutura do texto bem simples; ela dividida em duas partes:
1) do v. 11 at 14a ; 2) do v. 14b at o 19. No primeiro trecho Jesus
e os dez leprosos. No segundo, Jesus e o Samaritano. Isto fica evi-
dente no texto pelas expresses utilizadas no incio de cada trecho:
kai ejgevneto ejn tw + infinitivo. Claramente nos remete maneira
hebraica de construir frases temporais (utilizando-se preposio + inf.
construto) e, consequentemente, Septuaginta.
Jesus, em sua viagem a Jerusalm, entra em uma aldeia, talvez na
divisa entre Galilia e Samaria. Os leprosos ficam de longe, pois no
deveriam se aproximar de pessoas ss. Deveriam viver fora do arraial
(Lv 13. 45,46). Jesus os manda mostrarem-se aos sacerdotes. Tal ao
servia para confirmar que o leproso estava curado e, de acordo com
Levtico 14, deveria render graas a Deus, oferecendo sacrifcios em
agradecimento pela cura. O ponto marcante do nosso texto o fato
de somente o samaritano reconhecer o verdadeiro sacerdote que
responsvel pela sua cura. A ao do samaritano de dar glrias a
Deus (doxavzwn tovn Qeovn), rendendo graas a Jesus muito significa-
tiva. Aqui usado o verbo eujcaristevw tendo Jesus como objeto.
Quase sempre quando aparece no Novo Testamento, este verbo tem
Deus como objeto (At 28.15; Rm 7.25; 1Co 14.18; Fp 1.3; Cl 1.3,12;
3.17; Fm 4; 1Ts 5.18 e muitos outros). Assim sendo, a ao de graas
rendida pelo samaritano se reveste de maior importncia ainda, pois
ele no est simplesmente agradecido, mas est reconhecendo o Deus
Conosco que o curou. uma passagem altamente Cristolgica. Cristo
o (Sumo) Sacerdote da Nova Aliana (Hb 9.15), segundo a ordem de
Melquisedeque (Sl 110.4; Hb 5.6; 7.21). Atravs do sacrifcio do seu
corpo, cena final de sua viagem a Jerusalm, ele se tornou o nosso
Grande Sumo Sacerdote, por meio de quem temos acesso ao Pai,
atravs do qual temos libertao do pecado e de suas consequncias
[como a lepra] (Hb 10. 10-14; 19-22).
No final temos o ponto alto, quando Jesus diz: Levanta-te e vai; a
tua f te salvou (v.19). O verbo salvou est no perfeito, o que deno-
ta uma ao que aconteceu no passado e que continua tendo seus
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DCIMO QUINTO DOMINGO APS PENTECOSTES
269
IGREJA LUTERANA
270
DCIMO SEXTO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Quinto Domingo Aps Trindade
Salmo 4, 1 Reis 17.8-16, 2 Corntios 6.1-10, Mateus 6.25-33 ou Joo
11.17-27
Mateus 6.25-33
CONTEXTO
271
IGREJA LUTERANA
TEXTO
272
DCIMO SEXTO DOMINGO APS PENTECOSTES
PROPOSTA HOMILTICA
273
IGREJA LUTERANA
CONCLUSO
274
DCIMO STIMO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Sexto Domingo Aps Trindade
Salmo 116.1-9, 1 Reis 17.17-24, 1 Corntios 15.1-11,
Lucas 7.11-16 ou Joo 11.17-27
Joo 11.17-27
CONTEXTO
TEXTO
275
IGREJA LUTERANA
276
DCIMO STIMO DOMINGO APS PENTECOSTES
PROPOSTA HOMILTICA
277
IGREJA LUTERANA
Heldo E. Bredow
Curitiba, PR
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DCIMO OITAVO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Stimo Domingo Aps Trindade
Salmo 116.12-19; Gnesis 8.18-22; Glatas 3.26-28; Mateus 26.26-
29 ou Marcos 14.22-25
Mateus 26.26-29
279
IGREJA LUTERANA
frutos do seu sofrimento. O seu corpo que foi dado e o seu sangue
derramado eram o anncio de muitas bnos para aqueles que con-
fiaram nele. Jesus abenoa o po e o vinho, ou seja, consagra e se-
para esses elementos externos e visveis para um santo propsito.
Esse propsito est claro no versculo 28, para remisso de peca-
dos. No entanto, as grandes dvidas levantadas sobre a instituio
da Ceia do Senhor esto nestas palavras: [...] isto o meu corpo
[...], [...] isto o meu sangue [...]. Algumas interpretaes surgi-
ram representao, simbolismo, transformao o que Jesus
quis dizer? Ele quis dizer o que de fato disse. Jesus falava com preci-
so. Ele sabia fazer clara distino quando falava simbolicamente e
quando falava literalmente. Ele no tinha uma comunicao confusa.
Quando Jesus queria fazer comparaes, usava expresses como
essa: O Reino de Deus como.... E quando instituiu a Santa Ceia,
ele usou expresses claras, isto o meu corpo, isto o meu san-
gue. Embora para a razo humana isso seja incompreensvel, para a
f no o . Por isso, submetemos a razo nossa f. Pois acredita-
mos que a Palavra de Jesus verdade. Logo, podemos confessar com
Martinho Lutero em seu Catecismo Menor: A Santa Ceia o verda-
deiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, para ser comido
e bebido, sob o po e vinho, por ns cristos. E assim temos: o po
e vinho so os elementos visveis e terrenos, e o corpo e o sangue de
Cristo so os elementos celestes. No versculo 29 do texto, Jesus j
fala do futuro eterno e feliz no Reino do Pai. Ele j est visualizando o
banquete no cu. Este banquete ele deseja repartir com todos ns:
[...] hei de beber, novo, convosco [...]. A instituio da Santa Ceia
uma expresso da suprema certeza que o Senhor tinha da vitria,
antes do seu conflito final. Tambm o de como o Senhor transfor-
mou o Antigo Testamento no Novo. uma mensagem de esperana
e confiana na misericrdia, na graa e no amor de Deus que a todos
quer salvar.
280
DCIMO OITAVO DOMINGO APS PENTECOSTES
281
IGREJA LUTERANA
Iderval Strelhow
Porto Alegre, RS
282
DCIMO NONO DOMINGO
APS PENTECOSTES
Dcimo Oitavo Domingo Aps Trindade
Salmo 103.1-14, Deuteronmio 6.4-15, Romanos 13.1-10, Marcos
12.28-34 ou Mateus 22.34-40
Mateus 22.34-40
CONTEXTO
TEXTO
283
IGREJA LUTERANA
PONTOS DE CONTATO
284
DCIMO NONO DOMINGO APS PENTECOSTES
POSSIBILIDADE HOMILTICA
Airton Schroeder
Natal, RN
285
IGREJA LUTERANA
DIA DA REFORMA
Salmo 46, Isaas 55.1-11, Apocalipse 14.6-7, Mateus 11.12-15
Apocalipse 14.6-7
DESTAQUES
286
DIA DA REFORMA
287
IGREJA LUTERANA
288
DIA DA REFORMA
Paulo Weirich
So Leopoldo, RS
289
IGREJA LUTERANA
ANTEPENLTIMO DOMINGO
DO ANO ECLESISTICO
Salmo 114, xodo 32.1-6 (7-14) 15-20, Romanos 14.7-11, Mateus
24.15-28 ou Lucas 17.20-24 (25-30)
Lucas 17.20-30
Contexto
Lucas inicia seu evangelho dizendo: [...] conforme nos transmiti-
ram os que desde o princpio foram deles testemunhas oculares, e
ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de
acurada investigao de tudo desde sua origem, dar-te por escrito,
excelentssimo Tefilo, uma exposio em ordem, para que tenhas
plena certeza das verdades em que foste instrudo (Lc 1.2-4). Como
em toda Escritura, em Lucas fica ntido que o evangelho universal.
No h barreiras entre judeus e gentios, entre escravos e libertos,
entre homens e mulheres. Os fatos do captulo dezessete ocorrem no
terceiro ano do ministrio de Jesus, no territrio da Judia, onde Je-
sus passava por cidades e aldeias, ensinando, e de caminho para
Jerusalm (Lc 13.22). Muitas pessoas vinham a Jesus com perguntas,
como a que ocorre no incio do texto.
Texto
Vv. 20 e 21: Jesus tem sua frente alguns fariseus. A pergunta
quando ia chegar o Reino de Deus os incomoda. Por isso fazem-na
a Jesus. Jesus responde que o Reino de Deus no pode ser identifica-
do visivelmente, mas est dentro das pessoas. A palavra grega ents
significa dentro ou entre. Almeida e NTLH usam o primeiro senti-
do. O texto de 1Co 3.16 nos ajuda a clarificar a resposta de Jesus.
importante que relembremos o conceito de Reino de Deus. Algumas
peculiaridades no Antigo Testamento, Novo Testamento e quanto
vinda futura do Reino.
290
ANTEPENLTIMO DOMINGO DO ANO ECLESISTICO
Jesus. Este reino est presente nos cristos hoje e ser manifestado
em esplendor, glria e poder no retorno de Cristo. Scharlemann defi-
ne reino de Deus dizendo: O reino de Deus pertence ao plano de
nosso Pai Celeste que ele designou por toda a eternidade como nos-
so caminho de salvao. Lutero, na Segunda Petio, no Catecismo
Maior, fala sobre Reino de Deus dizendo que Deus enviou seu Filho,
nosso SENHOR, ao mundo, para nos redimir e libertar do poder do
diabo e nos levar a ele para que nos governe como rei da justia, da
vida e da bem aventurana, contra o pecado, a morte e a m consci-
ncia. Este reino independente de relaes temporais e espaciais.
Quando pelos meios da graa Palavra e Sacramento a f invade
os coraes, pelo poder do Esprito Santo, o Reino torna-se uma rea-
lidade presente, havendo relao pessoal de Deus com o indivduo.
291
IGREJA LUTERANA
292
ANTEPENLTIMO DOMINGO DO ANO ECLESISTICO
APLICAO
293
IGREJA LUTERANA
294
PENLTIMO DOMINGO
DO ANO ECLESISTICO
Salmo 143.1-10, Jeremias 8.4-7, Romanos 8.18-23 (24-25),
Mateus 25.31-46
Mateus 25.31-46
LEITURAS
295
IGREJA LUTERANA
TEXTO
296
PENLTIMO DOMINGO DO ANO ECLESISTICO
Temos aqui duas dimenses dos juzos de Deus. O juiz das obras
dos cristos (1Co 3. 10-17 e 2Co 5.9,10) e o juzo dos mpios (Ap. 20.
11-15). (Confira notas homilticas da Bblia Shedd Vida Nova).
Alcione Eidam
Cachoeirinha, RS
297
IGREJA LUTERANA
LTIMO DOMINGO
DO ANO ECLESISTICO
Domingo do Cumprimento
Salmo 130; Isaas 65.17-25; 2 Pedro 3.3-4, 8-10, 13
ou Apocalipse 21.1-7, Mateus 25.1-13
Mateus 25.1-13
TEMA
298
LTIMO DOMINGO DO ANO ECLESISTICO
299
IGREJA LUTERANA
Deus a crer e que nada do que ele possa fazer lhe atribudo como
mrito para sua salvao, se preocupa e procura estar preparado. O
cristo leva a srio a advertncia do apstolo Pedro, que diz: Estejam
alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocs, o Diabo, anda por a
como um leo que ruge, procurando algum para devorar (1 Pedro 5.8).
Para o cristo, perder a grande festa no cu desperdiar todo o
sacrifcio de Jesus em seu favor e em favor de toda humanidade.
subestimar o Diabo e suas armadilhas.
Estar preparado , em primeiro lugar, estar ciente de que todos
so pecadores e que os erros e falhas impedem a todos de entrar na
vida eterna. Estar preparado reconhecer que por esses pecados o
ser humano merece nada mais do que o desprezo e a condenao de
Deus. Estar preparado alimentar o corao e a mente com a palavra
de Deus atravs de leituras bblicas, reflexes e a participao de
cultos e estudos bblicos. Estar preparado ser capaz, pela f e pelo
poder do Esprito Santo, confessar para as pessoas a sua confiana
em Jesus. Estar preparado, acima de qualquer coisa, um estado de
confiana, confiana em Deus.
Uma segunda coisa muito importante que essa parbola nos re-
vela, que a salvao individual, ou seja, eu, com a minha f, no
posso salvar outra pessoa. Isso nos revelado na resposta per-
gunta: Dem um pouco de leo para ns, pois as nossas lamparinas
esto se apagando, que as moas sem juzo fizeram para as moas
prudentes. E a resposta: De jeito nenhum [...] O leo que ns temos
no d para ns e para vocs nos lembra de que ningum vai entrar na
vida eterna com o azeite, ou a f de outra pessoa.
Assim, por mais que amemos ou gostaramos de poder salvar, com
a nossa f, aquelas pessoas que amamos e que esto nossa volta,
mas que, por um ou outro motivo esto afastados de Cristo, no po-
demos. O que podemos fazer estimular, animar, motivar e criar opor-
tunidades, colocando-as em contato com a palavra de Deus, para que
o Esprito Santo possa agir nelas.
Prezados irmos, as palavras: [...] fiquem vigiando porque vocs
no sabem qual ser o dia e a hora (Mt 25.13), ao mesmo tempo que
soam como advertncia, nos lembram que o Salvador vir. Isso si-
nal de que aquilo que a Bblia nos diz verdade e que as promessas
de Deus vo se cumprir.
Neste domingo, o ltimo domingo do ano da Igreja Domingo
do Cumprimento lembramos tambm que no prximo final de sema-
na inicia o perodo do Advento o qual nos prepara para a primeira
vinda de Jesus, como criana prometida para cumprir a grande misso
de Deus, salvar a humanidade.
300
LTIMO DOMINGO DO ANO ECLESISTICO
301
IGREJA LUTERANA
AO DE GRAAS
Dia Especial
Salmo 65, Isaas 61.10-11, 1 Timteo 2.1-8, Lucas 17.11-19 ou
Mateus 6.24-34
Mateus 6.24-34
CONTEXTO
TEXTO
302
AO DE GRAAS
303
IGREJA LUTERANA
APLICAES HOMILTICAS
PROPOSTA HOMILTICA
Raul Blum
So Leopoldo, RS
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