Geomorfologia e Geografia Escolar
Geomorfologia e Geografia Escolar
Geomorfologia e Geografia Escolar
FLORIANÓPOLIS
1999
À José e Etelvina, meus pais,
dissertação.
eficiência.
revisão gramatical.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
III
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
escolar.2
2 Estas afirmações quanto ao relevo nos livros didáticos e propostas curriculares, estão baseadas na
minha experiência profissional na educação básica e no ensino superior, e em consequência, não
constituem resultado de uma investigação.
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
William Morris Davis, tanto no exterior, quanto no Brasil, e que essa influência
ensino14.
das idéias davisianas, bem como da sua vinculação com o ensino escolar da
Geografia. Espera-se que o presente estudo possa contribuir para que, num
Geomorfologia em particular.
processo educativo.
década de setenta.
Davis.
DO ENSINO
em:
qual a pergunta é a melhor forma de interação com toda a sala ou com grupos
de alunos;24
dois ou mais alunos para executar atividades de ensino; este método pode ser
outros;25
laboratórios etc.).
etc.
população e, por efeito disso, acreditam que alguns métodos de ensino e/ou
conteúdos são mais adequados ou mais producentes do que outros. Esse fato
trabalho independente pode ser pouco produtivo, o que pode ocorrer, num
DIDÁTICA GERAL
ser estendida para outros níveis, que não somente a educação básica. As
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caracteriza-se por limitar-se, na maioria das situações, a uma única série e por
na maioria dos casos, como principal fonte dos conteúdos ministrados pelo
professor.
conjunto de disciplinas;
conteúdos específicos);
escolar);
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curriculares;
laboratório escolar.
manuais de metodologia do ensino, mas isso não significa que todos devam
estar presentes neles. Eles podem conter vários desses tópicos, mas devem
conter pelo menos algumas das características enumeradas nos itens g), i) e
usuários para a sua publicação, os quais podem variar em relação aos níveis,
se alguns deles:
ao magistério;
ensino;
processos de ensino-aprendizagem.
seguintes categorias:
médio;
recursos didáticos (softwares, vídeos, cartazes, jogos, quadro negro etc.), bem
disciplina ou conteúdo.
da educação básica.
também o utiliza como guia curricular para ordenar o seu conteúdo ao longo do
ESCOLAR
31 Exemplo de guia para o uso de atlas, com sugestões sistemáticas para o uso e a contextualização
dos mapas em relação ao conteúdo das séries escolares, é o Guia metodológico para o atlas escolar,
publicado pelo Ministério da Educação e Cultura, através da Fundação Nacional de Material Escolar
(FENAME). Em 1973, já contava com seis edições, sempre revisadas e atualizadas.
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não se realiza somente pela atividade da instituição escolar, mas também pelas
DO ENSINO
ensino de Geografia.
além de ser comum o uso da designação Ensino de Geografia, que inclui todo
35 Essa discussão será desenvolvida no capítulo 3: Algumas considerações sobre a relação entre o
conteúdo acadêmico e o conteúdo escolar no ensino da Geografia.
36 VLACH, V. A propósito da ideologia do nacionalismo patriótico do discurso geográfico. In: ----
--. Geografia em construção. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1991.
37 PEREIRA, R. M. F. A. Da Geografia que se ensina à gênese da Geografia moderna.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 1989. p. 20-47.
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[...] como ciência que trata dos elementos naturais e humanos em sua
configuração espacial, em vista de uma explicitação relacional-interativa da
construção do mundo pelo homem. Assim, a Geografia busca apreender
os eventos humanos em sua dinâmica de espacialidade: onde ocorrem,
como ocorrem e por que ocorrem, na concretude de lugar e mundo.
Portanto, a leitura geográfica da realidade não se restringe à descrição
localizada dos elementos naturais e efeitos da ação humana, mas analisa
as inter-relações entre esses elementos em diversas escalas segundo
objetivos de um estudo (local, regional e inter ou supranacional), sob
critérios de apreensão dos determinantes histórico-sociais das diversas
organizações espaciais identificadas.38
e a Geografia deve dar conta dessa dimensão, que deve abrir perspectivas à
vida humana”.43,44
nacional, era:
Para tanto, foi feito um levantamento das " [...] informações sobre
mesmo pertence".50
listados nas bibliografias, dos quais somente 2 (dois) foram editados no Brasil,
língua estrangeira.
últimos dez anos e alguns são encontrados nas livrarias. Os quadros 2 e 3 (ver
Obs.: a coluna número (Nº) indica o número de vezes que o autor foi listado nas bibliografias
Org.: CARVALHO, A. L. P.
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DE GEOGRAFIA
ENSINO DA GEOGRAFIA
existem outros fatores condicionantes, que não somente os que estão ligados
inicial para a docência. Antecipa-se que existe longo e complexo percurso entre
implantação desse curso. Além disso, tem marcado a sua presença através de
cursos superiores de Geografia, a serem criados, cursos que, por sua vez,
acadêmico85.
acadêmico e escolar, assim também pode haver grupos que discordam dessas
diretrizes:
[...] porque nem toda disciplina escolar está diretamente voltada para o
ensino de uma ciência específica. De outro lado, porque, mesmo havendo
esta correspondência, são diferentes as formas pelas quais se apresentam
a disciplina científica enquanto conjunto de postulados, conceitos, leis,
princípios, etc. de uma ciência ou ‘campo científico’ (acumulados e
organizados, em acervo, à disposição da humanidade) e a disciplina
escolar (abrangendo tal conjunto, porém organizado especificamente para
fins de ensino).88
87 SAVIANI, Nereide. Saber escolar, Currículo e Didática. Campinas: Autores Associados, 1994.
p. 175.
88 SAVIANI, Nereide. Saber escolar, Currículo e Didática. ... p. 188.
89 ROCHA, G. O. R. Currículo, seleção cultural e ensino de Geografia: realidade e perspectiva no
limiar do século XXI. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS - Caderno de Resumos, 10.
Anais ... Recife: Associação dos Geógrafos Brasileiros, 1996. p. 101.
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ser ensinados:
como uma das disciplinas escolares, não só abarca todo o conteúdo produzido
metodologia do ensino.
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de Geomorfologia.
Esse autor esclarece-nos que algumas das formas do relevo podem ser
101 MELO, D. R. O estudo de uma teoria geomorfológica: “a teoria do ciclo normal de erosão”.
Geografia e Ensino, Belo Horizonte, n. 11/12, 1991, p. 22.
102 “Geomorphology is the science concerned with the form of the landsurface and processes which
create it. It is extended by some to include the study of submarine features, and with advent of planetary
exploration must now incorporate the landscapes of the major solid bodies of the Solar System. One focus
for geomorphology research is the relationship between landforms and the processes currently acting on
them. But many landforms cannot be fully explained by the nature and intensity of geomorphic processes
now operating, so it is also necessary to consider past events that may helped shape the landscape. To a
significant extent, then, geomorphology is a historical science”. (Tradução livre a partir de
SUMMERFIELD, M. A. Global Geomorphology. Harlow: Longman, 1991. p. 3.)
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geológico.
BÁSICA
conceito de relevo.
disciplinas de Geografia"107.
termo relevo, e que o restante julga que o relevo é a geologia, o clima ou ainda,
não põem à sua disposição as palavras mais simples para designar o que eles
escolar da Geografia.
idéia de que “[...] o relevo é constituído pela vertente [...]117, e que ela “[...] se
entre outras119.
117 CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Contexto, 1991. p. 54.
118 CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. ... p. 54.
119 Maiores detalhes sobre a questão das categorias na Geografia, são apresentados no artigo de
SILVA, A. C. As categorias como fundamentos do conhecimento geográfico. In: SANTOS, M. e
SOUZA, M. A. A. O espaço interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986. p. 25-37.
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[...] tem sido difícil separar os objetivos de uma classificação didática para
uso dos alunos do 1º e 2º graus, e uma classificação mais detalhada de
caráter plenamente científico. Mais difícil ainda, a tarefa de separar
linguagens topográficas populares em face de uma correta linguagem
científico-geomorfológica. Mesmo assim, foram realizadas duas
que são, por sua vez, desdobradas em 38 (trinta e oito) unidades de relevo.
A classificação proposta por ROSS (veja quadro 5 na página 69), que foi
pelo prof. Aziz Nacib Ab’Saber, que em geral não foram incorporadas ao ensino
28 (vinte e oito) unidades (veja o quadro 5). A sua terminologia envolve uma
ensino fundamental e médio tem que assimilar são muitos, dentre os quais vale
127 IBGE [Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. Mapa de unidades de relevo.
Rio de Janeiro: IBGE, 1993. Escala 1:5.000.000.
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com mais veemência para essa classificação do IBGE. Mas o próprio IBGE
128 REGIS, W. D. E. Unidades de relevo. In: IBGE [ Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística]. Recursos naturais e meio ambiente: uma visão do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. p.
39-46.
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curriculares
não são tratados de forma adequada nos livros didáticos. Mas isso não
significa que eles não devam ser ensinados. Na verdade, o que fica evidente é
Geomorfologia nos livros didáticos são salientadas por ROSS, nestes termos:
129 Ross, J. L. S. Relevo Brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento
de Geografia, n. 4, São Paulo. p. 25.
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Geografia. Equívocos como esses vem empobrecendo cada vez mais o ensino
da Geografia”131.
ALTERNATIVA N. DE OCORRÊNCIAS %
NÃO 11 52
EM TERMOS 07 33
DESCONHEÇO 01 05
SIM 01 05
NÃO RESPONDEU 01 05
ALTERNATIVA N. DE OCORRÊNCIAS %
SIM 01 05
EM TERMOS 04 19
DESCONHEÇO 05 24
NÃO 11 52
Fonte: tabulação de dados coletados em 1995 e CARVALHO (1998). Org.: CARVALHO, A. L. P.
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N. DE OCORRÊNCIAS %
ALTERNATIVAS
Geografia
básica, desde a educação infantil até ao ensino médio (tabela 6). Mas os
OCORRÊNCIAS %
ALTERNATIVA
SIM 16 76
NÃO 02 10
NÃO RESPONDEU 03 14
OCORRÊNCIAS %
ALTERNATIVAS
SIM 20 95
NÃO DEVEM SER ENSINADOS 00 00
NÃO. EM QUAIS DISCIPLINAS? 00 00
NÃO RESPONDEU 01 05
ALTERNATIVAS OCORRÊNCIA %
PRÉ-ESCOLA 06 10
1ª A 4ª SÉRIE 11 19
5ª A 8ª SÉRIE 21 35
2º GRAU 20 34
NÃO DEVEM SER ENSINADOS 00 00
DESCONHEÇO 01 02
CARVALHO138.
de São Paulo para o ensino médio, que tem como proposta a atualização de
conteúdos para o ensino da Geografia. ROSS afirma que o livro não pretende
135 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart. 1975.
136 JATOBÁ, L. Subsídios ao ensino de Geomorfologia. Recife: UFPE, 1996.
137 ROSS, J. L. S. Os fundamentos da Geografia da natureza. In: ------. (org..). Geografia do
Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 13-65.
138 CARVALHO, A. L. P. Perspectivas para o conteúdo escolar da Geomorfologia no Estado do
Paraná. In: BLEY, L. ; FIRKOWSKI, O. L. C. F. Cadernos pedagógicos: ensino de Geografia. 1998.
139 ROSS, J. L. S. (org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.
140 ROSS, J. L. S. Os fundamentos da Geografia da Natureza. In: ROSS, J. L. S. (org.) Geografia
do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 12.
141 ROSS, J. L. S. Prefácio. In: ------ (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 11.
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Jatobá afirma que ele se propõe reunir “alguns temas que consideramos de
exercícios práticos”144.
reproduzir. Apesar de o autor sugerir que essas gravuras podem ser utilizadas
146 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.
147 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. ... p. 8
148 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. ... folha de rosto. No subcapítulo 4.4.2,
Proposições para o ensino médio, o Projeto Brasileiro para o Ensino de Geografia e os outros dois
volumes do Formas do relevo, serão discutidos de forma detalhada.
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ECONOMIA 01 1.72
TODOS OS TEMAS/CONTEÚDOS 04 6.90
GESTÃO DO TERRITÓRIO 04 6.90
GEOLOGIA 05 8.62
SOLOS 05 8.62
GEOMORFOLOGIA/RELEVO 07 12.07
REGIÃO 06 10.34
GEOGRAFIA FÍSICA 12 20.69
GEOGRAFIA HUMANA 14 24.14
TOTAL 58 100
Fonte: tabulação de dados coletados em 1995 e CARVALHO (1998). Org.: CARVALHO, A. L. P.
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esses textos.
litorânea.
recomenda: “no que se refere à adequação dos conteúdos, ficou evidente que
meio dos trabalhos de campo, pois “através desses percursos a criança poderá
paisagem”156.
Geomorfologia para o ensino médio são escassas. Pelo que sabemos, o único
assinalada com a obra elaborada por Aziz Ab’Sáber (1975), sobre as formas do
[...] não foi construído para a escola e sim para as grandes empresas
(públicas ou particulares, para os planos de reordenação espacial visando
a reprodução do capital. Trata-se aí de uma Geografia servil ao poder [...],
e que no ensino vai resultar em coisas do tipo de texto sobre Geografia
agrária do Projeto Brasileiro para o Ensino de Geografia,[...] onde pede-se
ao educando que se coloque como o proprietário de uma fazenda e
raciocine em termos de custos (mão-de-obra, insumos, etc.) para aferir a
produtividade de ‘sua’ terra. Mas, enfim, para quem concebe a realidade
social sob a ótica da harmonia, do princípio lógico da identidade, essa
pode ser a Geografia adequada para a ‘comunidade’ onde leciona.166
composto por três títulos: Formas do relevo: texto básico167, Formas do relevo:
167 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.
168 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo:trabalhos práticos: guia do professor. São Paulo: Edart,
1975.
169 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos. São Paulo: Edart, 1975.
170 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo:trabalhos práticos: guia do professor. São Paulo: Edart,
1975.
171 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo:trabalhos práticos: guia do professor. ... p. 7.
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do aluno.
AB’SÁBER esclarece:
e explicação do relevo:
para o ensino escolar, mesmo que esses conteúdos constituam somente uma
compreensão do mapa, que deixa de ser uma ilustração qualquer, para ser,
184 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.
185 SUERTEGARAY, D. M. A. Rio Grande do Sul: morfogênese da paisagem: questões para a
sala de aula. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, n. 24, 1996.
186 ARCHELA, R. S. Construindo representações de relevo: metodologia de ensino. In:
CARVALHO, M. S. (org.). Para quem ensina Geografia. Londrina: Ed. UEL, 1998. p. 73-74.
187 ARCHELA, R. S. Construindo representações de relevo ... p. 76.
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nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
99
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
as atividades humanas:
geomorfológicos:
por MOREIRA como decorrente da: “ [...] noção equivocada, [...] que tem-se do
representação do relevo.
conteúdos de Geomorfologia.
didáticos etc.;
propostas curriculares,
Geomorfologia?
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
DAVISIANA
de Geografia.
proposições teóricas.196
195 “the name given to speculations about the general development of landforms and landscapes
under varying conditions and circumstances” (tradução livre a partir de HIGGINS, C. G. Theories of
landscape development: a perspective. In: MELHORN, W.N. e FLEMAL, R.C. Theories of landform
development. London: George Allen & Unwin, 1981. p. 4.
196 HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. In: MELHORN, W.N.
FLEMAL, R.C. Theories of landform development. London: George Allen & Unwin, 1981. p. 4.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
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108
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
de relevo.
Harvard, onde veio a se aposentar em 1912. Davis viajou muito, o que fez com
produtividade: “seu primeiro artigo foi publicado em 1880 e, até o final de sua
através do seu ciclo geográfico, entre 1884 e 1889202, trabalho que culminou
Geografia e à Educação204.
590 obras enumeradas (em que não contabilizam a maioria das reimpressões),
215 DAVIS, W. M. The need of geography in the university. Educational Review, v. 10, 1895. pp.
22-41.
DAVIS, W. M. A graduate school of geography, Science, v. 56, 1922. pp. 121-34.
216 DAVIS, W. M. Physiography as an alternative subject for admission to college. School
Review, v. 3, 1895. pp. 632-40.
217 DAVIS, W. M. The selection of topographical maps for school. Journal of School Geography,
v. 2, 1898. pp240-45.
218 DAVIS, W. M. The improvement of geographical teaching. National Geographic, v. 5, 1893.
pp. 68-75.
DAVIS, W. M. A step towards improvement in teaching geography. Harvad Teachers
association Leaflet, n. 11, 1894.
DAVIS, W. M. Progress of geography in the schools. In: First Yearbook of the National Society
for the Scientific Study of Education (Part II). Chicago, 1902. pp. 7-49.
219 DAVIS, W. M. On the use of meteorological maps in schools, American Meteorological
Journal, v. 4, 1888. pp. 489-92.
DAVIS, W. M. Meteorology in the schools. School Review, v. 2, 1894. pp. 529-39.
220 DAVIS, W. M. Science in the schools. Educational Review, v. 13, 1897. pp. 429-39.
221 DAVIS, W. M. Winds and ocean currents. Journal of School Geography, v. 2, 1898. pp. 16-
20.
DAVIS, W. M. Waves and tides. Journal of School Geography, v. 2, 1898. pp. 122-32.
DAVIS, W. M. The system of the winds. School World, v. 1, 1889. pp. 244-7.
222 DAVIS, W. M. The equipament of geography laboratory. Journal of School Geography, v. 2,
1898. pp. 170-81.
223 DAVIS, W. M. Maps of the Mississipi River. Journal of School Geography, v. 5, 1901. pp.
379-82.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
112
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
224 DAVIS, W. M. The use of geographical periodicals. Journal of School Geography, v. 1, 1897.
pp. 81-5.
225 DAVIS, W. M. Pratical exercises in physical geography. Proceedings of the Fifth Annual
Conference of the New York State Science Teacher’s Association. Albany, 1901. 11 pp.
226 DAVIS, W. M. The physical factor in general geography, Educational By-Monthly, v. 1, 1906. pp.
112-22.
227 DAVIS, W. M. The function of Geography, Geographical Teacher, v. 10, 1920. pp. 286-91.
228 DAVIS, W. M. Field work in physical geography. Journal of School Geography, v. 1, 1897.
pp. 17-24 and 62-9.
229 DAVIS, W. M. Local ilustrations of distant lands: I. a temporary Sahara. Journal of School
Geography, v. 4, 1900. pp. 171-5.
DAVIS, W. M. Local illustrations of distant lands: II. the lakes and rivers of Laurentian
Highlands. Journal of School Geography, v. 5, 1901. pp. 85-8.
230 DAVIS, W. M. Temperates zones. Journal of School Geography, v. 1, 1897. pp. 139-43.
231 DAVIS, W. M. Topographics maps of the United States . Journal of School Geography, v. 1,
1897. pp. 200-4.
232 DAVIS, W. M. The questions of seminars. Harvard Graduate’s Magazine, v. 11, 1903. pp.
363-70.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
113
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
233 GREGORY, K. J. A natureza da Geografia Física. (Trad. Eduardo de Almeida Navarro). Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. p. 36.
234 JOHNSTON, R. J. Geografia e geógrafos: a Geografia Humana desde 1945. (Trad. O. B.
Amorim Filho). São Paulo: Difel, 1986. p. 60.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
114
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
235 “the key to the cyclic view in geomorphology lies in fact in systematic, irreversible change of
form through time, and from this derives the biology analogy of aging used by Davis [...]”. Tradução livre
a partir de STODDART, D. R. Darwin’s impact of Geography. Annals of the Association of American
Geographers, v. 56, n. 4, 1966. p. 686.
236 DAVIS, W. M. O ciclo geográfico. (Trad. Lígia L. Novello, Nelson G. Pedroso e Luiza Saito).
In: COLTRINARI, L. (org.) Seleção de textos: Davis & De Martonne, n. 19, 1991, p. 11.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
115
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
diversas formas das terras dependem – ou, como diria o matemático, são
ainda um quarto fator, que seria a “forma fundamental”, ou forma primitiva, que
canais, que é deflagrada a partir da ação fluvial, e outra para toda a paisagem,
úmido;
243 DAVIS, W. M. O ciclo geográfico. (Trad. Lígia L. Novello, Nelson G. Pedroso e Luiza Saito).
In: COLTRINARI, L. (org.) Seleção de textos: Davis & De Martonne, n. 19, 1991, p. 9.
244 HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. In: MELHORN, W.N. e
FLEMAL, R.C. Theories of landform development. London: George Allen & Unwin, 1981. p. 7.
245 HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. ... p. 7.
246 HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. ... p. 07.
247 MELLO, D. R. Estudo de uma teoria geomorfológica: “a teoria do ciclo normal de erosão”.
Geografia e Ensino, Belo Horizonte, n. 11/12, 1991. p. 25-26.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
118
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
e deposição;
248 MENDONÇA, F. A. Geografia Física: ciência humana?. São Paulo: Contexto, 1989. p. 33.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
119
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
Esses seguidores substituíram o termo ciclo geográfico, por outros, tais como:
ciclo geográfico davisiano: ciclo vital, ciclo vital dos rios, ciclo geomorfológico,
ciclo vital das montanhas, erosão normal, ciclo do relevo e ciclo davisiano.251
M. Davis foi maior que a de qualquer outra pessoa [...]”252, tece estas
considerações:
249 ver HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. In: MELHORN, W.N.
e FLEMAL, R.C. Theories of landform development. London: George Allen & Unwin, 1981, p. 7.
250 HIGGINS, C. G. Theories of landscape development: a perspective. ... p. 07.
251 GUERRA, A. T. Dicionário Geológico-Geomorfológico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1997. p. 139, 140, 141, 235.
252 CHRISTOFOLETTI, A. O desenvolvimento da Geomorfologia. Notícia Geomorfológica,
Campinas, v. 12, n. 13, 1972. p. 17.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
120
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
253 Christofoletti, A. As perspectivas dos estudos geográficos. In: ------- (org.) Perspectivas da
Geografia. São Paulo: Difel, 1982. p. 18.
254 Amaral, I. Aspectos da evolução da Geomorfologia. Notícia Geomorfológica, Campinas, v. 9,
n. 18, 1969. p. 7.
255 Christofoletti, A. Biografia de William Morris Davis. Notícia Geomorfológica, Campinas,
v.13, n. 26, 1973. p. 86.
256 GREGORY, K. J. A natureza da Geografia Física. (Trad. Eduardo de Almeida Navarro). Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. p. 50.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
121
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
Geomorfologia259.
geológica. Algumas das razões para essa atração pelo sistema davisiano são
convincente.
copiados.
críticas de que o seu método era dedutivo e feito em gabinete. Higgins afirma
que Davis não errou nas suas observações de campo, mas sim nas
interpretações.
(engenheiros franceses).
histórica.
tempo. Esse fato seria um dos motivos mais importantes para que a
século XIX e início do XX, em que prevalecia a idéia de “Leis Naturais” que
estratigráfico corrente.
seu artigo Rios em Abandono, ensaiou a aplicação da teoria do ciclo vital dos
264 ROSS, J.L.S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. Ed. Contexto, São Paulo, 1990. p. 22.
265 CHRISTOFOLETTI, A. As tendências atuais da Geomorfologia no Brasil. Notícia
Geomorfológica, Campinas, v. 17, n. 33, 1977. p. 42.
266 MELLO, D. R. Estudo de uma teoria geomorfológica: “a teoria do ciclo normal de erosão”.
Geografia e Ensino, Belo Horizonte, n. 11/12, 1991. p. 28.
267 ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. Ed. Contexto, São Paulo, 1990. p.
22.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
128
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
Geomorfologia Climática”268.
mundo científico”269.
interpretativas diversas”273.
271 MELLO, D. R. Estudo de uma teoria geomorfológica: “a teoria do ciclo normal de erosão”.
Geografia e Ensino, Belo Horizonte, n. 11/12, 1991. p. 28.
272 CHRISTOFOLETTI, A. As tendências atuais da Geomorfologia no Brasil. Notícia
Geomorfológica, Campinas, v. 17, n. 33, 1977. p. 56.
273 CHRISTOFOLETTI, A. As tendências atuais da Geomorfologia no Brasil. ... p. 56.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
130
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
parte dos manuais que compõem a nossa amostra foram selecionados de dois
e O ensino da Geografia280.
275 DAVIS, W. M. The geographical cycle. Geographical Journal, n. 14, 1899. pp. 481-504.
276 CAMPOS, Maria dos Reis. Geografia e História - Educação e Didática. Livraria Francisco
Alves, 1945.
277 CARVALHO, D. Methodologia do ensino geographico: introdução aos estudos de Geographia
Moderna. Petrópolis: Tipographia da Vozes de Petrópolis, 1925.
278 BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Ensino Superior (SESu). PMEG –
Geografia: ementa, conteúdo programático e bibliografia básica de disciplinas dos cursos de Geografia.
Brasília: MEC, 1986.
279 NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade. 8. ed. São Paulo: Brasiliense,
1983.
280 THRALLS, Z. A. O ensino da Geografia. Rio de Janeiro: Globo, 1965.
281 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.
AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos. São Paulo: Edart, 1975.
AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos: guia do professor. São Paulo: Edart,
1975.
282 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino de Geografia. (Trad. Eduardo Saló). Lisboa:
Stampa, 1978.
283 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com o 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
132
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
elaborado para ser uma proposição mundial para o ensino da Geografia. Para
quadro 8.
professor 1975 55
Org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
134
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
1925 a 1993.
original não é brasileira. Estes manuais são O Manual da Unesco para o ensino
realidade287, na Argentina.
aprofundada.
291 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo:trabalhos práticos: guia do professor. São Paulo: Edart,
1975.
292 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos. São Paulo: Edart, 1975.
293 Veja o subcapítulo 2.3, Os manuais de metodologia do ensino de Geografia, o subcapítulo
Proposições e atualizações de conteúdos escolares em Geomorfologia, e o item 4.4.2 Proposições para o
ensino médio.
294 THRALLS, Z. A. O ensino da Geografia. Rio de Janeiro: Globo, 1965.
295 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino de Geografia. (Trad. Eduardo Saló). Lisboa:
Stampa, 1978.
296 NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade. 8. ed. São Paulo: Brasiliense,
1983.
297 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com o 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.
298 Veja o subcapítulo Os manuais de metodologia do ensino de Geografia, no capítulo O ensino
da Geografia e os manuais de metodologia do ensino.
299 CARVALHO, D. Methodologia do ensino geographico: introdução aos estudos de Geographia
Moderna. Petrópolis: Tipographia da Vozes de Petrópolis, 1925.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
136
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
Delgado de Carvalho também faz revisões teóricas, nas quais há sempre uma
dos temas sobre os quais escreve. Mas infelizmente, a imensa maioria das
300 CAMPOS, Maria dos Reis. Geografia e História - Educação e Didática. Livraria Francisco
Alves, 1945.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
139
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
ensino.
remissivo.
Portugal, em 1978.303 Essa edição portuguesa, por sua vez, foi traduzida de
Geography 305, que também foi traduzido para o francês306, mas que não foi
uma terceira versão, o New Unesco source book for Geography teaching307,
que foi traduzido para o espanhol308, em 1989, e que da mesma forma que a
303 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino de Geografia. (Trad. Eduardo Saló). Lisboa:
Stampa, 1978.
304 UNESCO. Unesco source book for Geography teaching. London: Longman, 1965.
305 UNESCO. A handbook of suggestions on the teaching of Geography. Londres: Unesco, 1951.
306 UNESCO. L’enseignement de la Géographie: petit guide à l’usage des mâitres. Paris: Unesco,
1952.
307 GRAVES, N. J. (ed.). New Unesco source book for Geography teaching. Harlow: Longman,
1982.
308 UNESCO. Nuevo método para la enseñanza de la Geografia. Barcelona: Teide, 1989.
309 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 9.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
142
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
sete autores; foi distribuída uma edição provisória, em inglês e francês, em 450
observações recebidas”310.
”[...] que sirva para elevar o nível do seu ensino, [da Geografia] e, ao mesmo
compreensão internacional”311.
[..] e com efeito, entre todas as disciplinas escolares, a geografia, pela sua
própria essência, pode contribuir mais naturalmente, para a formação
cívica da juventude. Se for simples, bem conduzido e baseado nos
métodos modernos, o seu ensino enaltece o patriotismo nacional, por um
lado, mas, por outro, cria e estimula a simpatia activa dos alunos pelos
outros povos do mundo. Dá-lhes a conhecer como esses povos viveram e
vivem, qual a contribuição de cada um para o património comum da
humanidade; demonstra-lhes, em última análise, que, mesmo que as
nações continuem divididas politicamente, os habitantes da Terra se
tornam cada vez mais solidários uns com os outros nas suas relações
económicas e culturais.312
aplicados no ensino.
autor mostra como fazer a avaliação dos alunos a partir do uso desses
recursos didáticos.
315 GRAVES, N. J. Métodos de ensino: observação directa. In: UNESCO. Manual da Unesco
para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 71-124.
316 GRAVES, N. J. Métodos de ensino: observação indirecta. In: UNESCO. Manual da Unesco
para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 125-223.
317 HANAIRE, A. O material pedagógico. In: UNESCO. Manual da Unesco para o ensino da
Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 225-267.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
145
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
biblioteca de Geografia.
da Geografia.
Geografia319.
todos os continentes.
318 BROWN, T. W. A sala de geografia. In: UNESCO. Manual da Unesco para o ensino da
Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 269-294.
319 PINCHEMEL, P. A organização do ensino da geografia. In: UNESCO. Manual da Unesco
para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 295-309.
320 BROUILLETTE, B. Fontes de Documentação. In: UNESCO. Manual da Unesco para o
ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 311-363.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
146
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
fotografias, pinturas, moedas, jornais etc), a motivação para assuntos que não
324 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com o 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
148
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
da Geografia.
325 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia ... p. 2.
326 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia ... p. 3-4.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
149
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
327 DAVIS, W. M. O ciclo geográfico. (Trad. Lígia L. Novello, Nelson G. Pedroso e Luiza Saito).
In: COLTRINARI, L. (org.) Seleção de textos: Davis & De Martonne, n. 19, 1991, p. 11.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
150
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
aplainamento
erosão normal
monadnock
montanhas jovens
montanhas maduras
peneplanície
peneplanização
peneplano
rejuvenescimento do relevo
relevo maduro
relevo rejuvenescido
relevo senil
rio normal
rio senil
rio jovem
Org.: CARVALHO, A. L. P.
Obs.: o termo aplainamento e seus similares serão considerados, somente quando ocorrerem
ciclo davisiano
ciclo de erosão
ciclo de erosão normal
ciclo de erosão do relevo
ciclo de erosão fluvial
ciclo do relevo
ciclo evolutivo
ciclo evolutivo do relevo
ciclo fluvial
ciclo geográfico
ciclo geográfico davisiano
ciclo geomórfico
ciclo geomorfológico
ciclo normal
ciclo normal de erosão
ciclo úmido
ciclo vital
ciclo vital das montanhas
ciclo vital dos rios
Org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
152
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
antigo até o mais recente. Essa leitura cronológica visou encontrar uma
328 Essa contextualização está relacionada à temática que é desenvolvida pelo autor do manual:
pressupostos teóricos, avaliação, programas, métodos de ensino etc.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
154
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
DO ENSINO DE GEOGRAFIA
suas reformulações: cyclo vital, theoria dos cyclos, cyclo vital dos rios etc. As
evolução das formas etc. Menções a Davis, são as ocorrências dos nomes
Methodologia do ensino
29 01 02 00 32
Geographico (1925)
A escola e a compreensão da
00 00 00 00 00
realidade (1979)
Org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
157
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
TERMOS Nº DE
OCORRÊNCIAS
aplainado 01
ciclo de erosão fluvial 01
ciclo vital do relevo 01
cyclo árido 01
cyclo de erosão 01
cyclo glaciário 01
cyclo marinho 01
cyclo vital 02
cyclo vital das montanhas 01
cyclo vital dos climas 01
cyclo vital dos rios 01
cyclos 02
cyclos vitaes 01
Davis / W. M. Davis / William Morris Davis 11
envelhece 01
escola morfogenética americana 01
estágios de evolução cíclica 01
estágios de evolução das formas 01
estágios evolutivos 01
etapas evolutivas 01
fases de evolução do relevo 01
juventude 01
maturidade 01
monadnock 01
montanha(s) velha(s) 02
montanhas novas 01
nasce 01
peneplano 02
rejuvenescer 01
relevo novo 01
rio velho 01
theoria dos cyclos 01
velhas cordilheiras 01
velhas montanhas 01
velhas planícies 01
velhas superfícies 02
velhice 01
velhos plainos 01
TOTAL 53
Fonte: CARVALHO(1925), AB’SÁBER(1975), UNESCO (1978) Org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
158
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
AGRUPAMENTO Nº DE TERMOS
OCORRÊNCIAS
DESIGNAÇÕES DO 15 ciclo de erosão fluvial (01)
CICLO ciclo vital do relevo (01)
cyclo árido (01)
cyclo de erosão (01)
cyclo glaciário (01)
cyclo marinho (01)
cyclo vital (02)
cyclo vital das montanhas (01)
cyclo vital dos climas (01)
cyclo vital dos rios (01)
cyclos (02)
cyclos vitaes (01)
theoria dos cyclos (01)
ANALOGIAS aplainado (01)
ORGANICISTAS E envelhece (01)
FASES DO CICLO 26 estágios de evolução cíclica (01)
estágios de evolução das formas (01)
estágios evolutivos (01)
etapas evolutivas (01)
fases de evolução do relevo (01)
juventude (01)
maturidade (01)
monadnock (01)
montanha(s) velha(s) (02)
montanhas novas (01)
nasce (01)
peneplano (02)
rejuvenescer (01)
relevo novo (01)
rio velho (01)
velhas cordilheiras (01)
velhas montanhas (01)
velhas planícies (01)
velhas superfícies (02)
velhice (01)
velhos plainos (01)
MENÇÕES A DAVIS 11 Davis/W.M.Davis/William Morris Davis(11)
OUTRAS 1 escola morfogenética americana (01)
OCORRÊNCIAS
TOTAL 53
Fonte: CARVALHO(1925), AB’SÁBER(1975), UNESCO (1978) Org.: CARVALHO, A. L. P.
ENSINO GEOGRAPHICO
que aparecem em mesmo número. Como pode ser constatado na tabela 12, há
TERMOS Nº DE
OCORRÊNCIAS
aplainado 01
cyclo árido 01
cyclo de erosão 01
cyclo glaciário 01
cyclo marinho 01
cyclo vital 02
cyclo vital das montanhas 01
cyclo vital dos climas 01
cyclo vital dos rios 01
cyclos 02
cyclos vitaes 01
Davis / W. M. Davis / William Morris Davis 07
envelhece 01
escola morfogenética americana 01
estágios de evolução das formas 01
montanha velha 01
nasce 01
rejuvenescer 01
relevo novo 01
rio velho 01
theoria dos cyclos 01
TOTAL 29
fonte: CARVALHO (1925) org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
161
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
AGRUPAMENTO Nº DE
OCORRÊNCIAS
Designações do ciclo 13
menções a Davis 07
outras ocorrências 01
TOTAL 29
Escola Normal.
Não creio que o termo ‘humanidades tenha sido aqui empregado ao acaso.
Uma das novas tendencias da geographia é de se tornar cada vez mais
humana nas suas investigações. O humanismo, no sentido de estudos
classicos e modernos de tudo quanto póde interessar o homem como
intellectual e pensador, não deve excluir o conhecimento scientifico de seu
‘habitat’, das acções e reacções deste ‘habitat’ sobre as condições de
vida.335
indivíduo:
pretende uma formação que vise conteúdos que serão ensinados pelos futuros
[...]”339. Ou ainda formar especialistas em Geografia: “Isto não quer dizer, [...]
caracter scientifico”344.
do termo.
No item II, há apenas uma ocorrência que não está vinculada ao ciclo
Definição do termo.
provisoria”353.
naturais:
Em qualquer caso não póde ser confundido o test com questionários como
os ha no fim de capitulos em certos livros didacticos. Estes suppõem
respostas circumstanciadas, em geral, com explicações. O test é
respondido por uma phrase curta, duas palavras ou, ás vezes, uma
simples palavra. A propria palavra póde ser substituida por um risco, um
traço ou signal convencional.356 (As palavras em itálico são do autor
citado).
menções. As duas primeiras não tem relação imediata com ciclo geográfico,
mas mencionam Davis. Uma refere-se aos modelos fisiográficos, que são uma
foram adotados em diferentes partes do país e que eles seriam essenciais para
dar uma representação dos differentes estagios da evolução das formas, sob
Bibliografia
368 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.
369 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos: guia do professor. São Paulo: Edart,
1975.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
175
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
TERMOS REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
TOTAL 21 02
TERMOS Nº DE
OCORRÊNCIAS
ciclo de erosão fluvial 1
ciclo vital do relevo 1
Davis / W.M.Davis / William Morris Davis 4
estágios de evolução cíclica 1
estágios evolutivos 1
etapas evolutivas 1
juventude 1
maturidade 1
monadnock 1
peneplano 2
velhas cordilheiras 1
velhas montanhas 1
velhas planícies 1
velhas superfícies 2
velhice 1
velhos plainos 1
TOTAL 21
AGRUPAMENTO Nº DE OCORRÊNCIAS
Designações do ciclo 02
menções a Davis 04
TOTAL 21
didáticos:
370 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975. p.20.
371 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: texto básico. ... p. 20.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
que tenham compromissos muito fortes com a teoria de Davis, tais como
peneplano, monadnock e estágios de evolução cíclicos. Em outras
palavras, existem numerosos exemplos de aplainações antigas e
modernas, mas certamente muitos desses aplainamentos regionais não se
realizaram segundo as leis teóricas e os estágios evolutivos idealizados
e visualizados por Davis. Sabemos também que existem restos de relevo,
localmente poupados pela erosão, em meio de vastas superfícies de
aplainamento.372
(os escudos ou crátons), aparece outra designação que pode ser associada à
das cordilheiras375.
espanhol. Essa lista é organizada a partir dos seguintes temas: livros de texto
379 AB’SÁBER, A. N. Formas do relevo: trabalhos práticos: guia do professor. ... p. 46.
380 LOUIS, H. O ciclo davisiano e a Geomorfologia Climática. Notícia Geomorfológica,
Campinas, v. 6, 1960. pp. 1-4.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
183
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
evolução do relevo:
381 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978.
382 HANAIRE, A. Material pedagógico. In: Manual da Unesco para o ensino da Geografia.
Lisboa: Estampa, 1978. p. 225-267.
383 TULIPPE, O. Méthodologie de la Géographie. Liege: Sciences et Letres, 1954.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
escolar do relevo. Mas, uma obra merece ser destacada, dentre as muitas
ensino superior.
384 HANAIRE, A. Material pedagógico. In: Manual da Unesco para o ensino da Geografia.
Lisboa: Estampa, 1978. p. 242-243.
385 BROUILLETTE, B. Fontes de documentação. In: Manual da Unesco para o ensino da
Geografia. Lisboa: Estampa, 1978. p. 311-364.
386 Atlas des formes du Relief. Paris, Librairie Larousse, Instituto Geográfico Nacional, 1956, 179
p.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
185
em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
TERMOS Nº DE
OCORRÊNCIAS
montanhas novas 01
montanhas velhas 01
TOTAL 03
Org.: CARVALHO, A. L. P.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
apelo pedagógico das idéias davisianas também foi duradouro nos manuais de
de 1979, que é uma tradução da edição argentina de 1975, não existe qualquer
390 THRALLS, Z. A. O ensino da Geografia. (Trad. Dalila .C. Sperb). Rio de Janeiro: Globo,
1965.
391 THRALLS, Z. A. The teaching of Geography. New York: Appleton-Crofts, 1958.
392 UNESCO. Manual da Unesco para o ensino da Geografia. Lisboa: Estampa, 1978.
393 UNESCO. Unesco source book for Geography teaching. London: Longman, 1965.
394 TULIPPE, O. Méthodologie de la Géographie. Liege: Sciences et Lettres, 1954.
395 NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade. (Trad. Marina C. Celidônio). São
Paulo: Brasiliense, 1979.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
esperada, pois nesse período o ciclo geográfico ainda era predominante. Não
pode-se esboçar três possíveis causas. A primeira é de que ele era o único
396 CAMPOS, Maria dos Reis. Geografia e História - Educação e Didática. Livraria Francisco
Alves, 1945.
397 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com o 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.
398 RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com o 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
foi publicado em 1925, como já foi informado, mas que o capitulo I – O ensino
utilizados durante vários anos após serem publicados e que ainda podem estar
sendo utilizados.
399 Em nota na página 3, o prof. Delgado de Carvalho explica o motivo da realização desse texto,
na forma de parecer, a Liga Pedagogica: “em fins de 1921, fui incumbido pela Liga Pedagogica do
Ensino Secundário da preparação da presente these, que, em 1922, foi apresentada pela Liga ao
Congresso do Ensino.”
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
Geografia.
400 No início da década de setenta SMALL publicou o artigo The New Geomorphology and the
sixth form, propondo que a teoria do equilíbrio fosse ensinada no sixth form do sistema de ensino
britânco. O sixth form é o estudo realizado após a conclusão do ensino médio, com duração de um ano
escolar, quando o aluno não acessa imediatamente o ensino superior, e visa fornecer um aprofundamento
maior acerca das disciplinas escolares, preparando-o para os cursos de graduação.
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
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em Geografia) – Curso de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.
educação básica.
o ciclo geográfico e suas derivações deixariam de ser vistos sob uma ótica
CARVALHO, Alcione Luis Pereira. Geomorfologia e Geografia Escolar: o ciclo geográfico davisiano
nos manuais de metodologia do ensino (1925-1993). Florianópolis, 1999. 214 p. Dissertação (Mestrado
192
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