Amigos Defendem Seus Amigos - Alejandro Bullón
Amigos Defendem Seus Amigos - Alejandro Bullón
Amigos Defendem Seus Amigos - Alejandro Bullón
Voc no pode pensar no macaco de rosto vermelho quando mexer o prato, porque se voc pensar nele o ouro nunca aparecer.
O comerciante prometeu que "lembraria sempre que devia esquecer o macaco" mas quanto mais se esforava por esquecer, tanto
mais forte ficava em sua mente a imagem do macaco de rosto vermelho. E ele jamais conseguiu o ambicionado ouro.
No lhe parece familiar este fato? Quanto mais queremos esquecer nossos erros, quando mais queremos jogar fora a tentao, mais
firme ele fica. Amigo querido, olhe para Cristo, que Ele ocupe o territrio completo de sua mente atravs de promessas bblicas.
Tenho uma experincia que marcou minha vida de garoto. Devia ter seis ou sete anos de idade naquela poca. Na escola todas as
crianas tinham mais ou menos a minha idade. S havia dois rapazes grandes, de dezesseis anos. Um deles era muito mau, batia nas
crianas e tirava as coisas delas fora.
Minha me costumava me dar 20 centavos para o lanche. Com 20 centavos naquele tempo dava para comprar um sorvete de
morango e ainda restava troco para comprar amendoim. Tenho a impresso de que cada dia eu me levantava com uma ansiedade
tremenda de ir para a escola por causa do sorvete e do amendoim e no por causa da aprendizagem. Um sorvete era a maior alegria
que um garoto de seis anos podia ter.
Um dia, no caminho da escola, aquele rapaz mau saiu ao meu encontro e me pediu a moeda. Resisti, mas ele me dobrou o brao e
fora tirou a minha moedinha.
Depois ele disse:
Voc est vendo aquele homem sem brao?
L no bairro havia um rapaz que no tinha um brao.
Sabe por que no tem brao? Eu cortei o brao dele. E se voc contar para sua me ou para a professora que tirei sua moeda,
corto tambm seu brao.
Foi a que a minha tragdia comeou. Dia aps dia eu entregava a moedinha para ele. Isso causava uma revolta dentro de mim. O
pior de tudo era que no podia avisar ningum, porque no queria perder o brao. Tornei-me uma criana triste, chorava noite
sozinho. No tinha mais motivao para ir escola. s vezes, na hora do recreio, aquele rapaz mau comprava um sorvete e com meu
dinheiro tomava esse sorvete perto de mim, zombando de mim e me fazendo sofrer. O que podia fazer uma criana de seis anos
contra um rapaz de dezesseis?
Certo dia, na hora do recreio, eu estava contemplando as crianas brincando, quando aquele rapaz mau bateu numa delas. Naquele
momento apareceu o outro rapaz grande da escola e deu-lhe um tapa. E para minha surpresa o rapaz mau no teve coragem de
enfrent-lo. Naquele momento uma idia brilhou na minha mente. Procurei o outro rapaz e disse:
Voc gostaria de ganhar 10 centavos todo dia?
E contei a histria para ele. O rapaz prometeu me proteger. Combinamos que no dia seguinte ele me esperaria no lugar onde o
rapaz mau me aguardava diariamente.
Aquela noite quase no dormi. "Amanh", pensava, "ser meu grande dia. Nunca mais ningum vai me tirar a moeda".
No dia seguinte levantei-me cedo. Recebi a moeda de minha me e me dirigi para escola. L, no lugar de sempre, o rapaz perverso
estava me aguardando. Dessa vez no olhei para ele. Segui meu caminho, mas ele me alcanou e me pediu a moedinha.
Nunca mais, ouviu? Nunca mais vou lhe entregar a moeda disse olhando para os olhos dele desafiadoramente.
Meu inimigo quase no podia acreditar no que estava ouvindo. Comeou a me dobrar o brao. Mas, naquele instante, do outro lado
da rua saiu meu amigo e ns dois demos uma surra nesse grando.
Voc achou engraado? Eu tambm acho isso engraado, mas tremo pensando nas horas de angstia e de impotncia que uma
criana de seis anos viveu.
Ns somos a criana e o diabo aquele rapaz de dezesseis anos. s vezes ele vem e nos tira, no a iluso de um sorvete, mas a
alegria da vida. Derruba nossos castelos, nossos sonhos, estraalha nossos planos. Rouba-nos os valores morais, o respeito prprio,
arranca de ns a paz, o equilbrio interno e ri, ri porque se considera vitorioso. Sua gargalhada como uma bofetada no rosto de
Cristo.
s vezes brinca conosco, como o gato com o rato. Deixa-nos sair um pouco, quando pensamos que estamos livres, ele nos traz de
novo com fora para nos ferir, machucar e humilhar.
Por qu? Por que tem que ser assim? Do outro lado da rua, l na montanha solitria foi pendurado um Deus-homem no s para
nos dar perdo, mas tambm para nos dar poder. Quando Ele morreu, o inimigo pensou que tinha vencido, mas ao terceiro dia, Jesus
ressuscitou das entranhas da terra completamente vitorioso. E hoje vive. Vive para dar poder.
Por favor querido amigo, olhe para a tumba vazia. Olhe para o Cu e veja o gigante da Histria disposto a vencer em seu favor.
Cristo venceu! Venceu Seu inimigo no deserto. Venceu-o na cruz. Venceu-o na morte. S resta vencer em nosso corao. E a a
deciso nossa. Ele no pode vencer em nosso corao se no permitirmos.
Nosso inimigo um inimigo vencido. E est lutando desesperadamente tentando vencer. A Bblia diz: "Sede sbrios; vigiai; porque
o diabo, vosso adversrio, anda em derredor, bramando como leo, buscando a quem possa tragar. (I Pedro 5:8). Como leo buscando
a quem devorar sabendo que tem pouco tempo porque ele reconhece que est vencido.
Conta uma lenda antiga que um guerreiro estava lutando na batalha com a cabea decepada, mas estava to envolvido na luta que
mesmo sem cabea estava matando muita gente, at que algum olhou para ele e disse:
Voc est sem cabea. Voc est morto.
A o guerreiro caiu e parou de lutar.
Estamos lutando contra um inimigo sem cabea. Cristo j o venceu. Justamente por isso ningum tem o direito de estar derrotado
para sempre. Ningum tem o direito de pensar que j tarde demais para comear de novo.
Clame a Deus agora mesmo e reclame dEle a promessa de perdo e de poder. Ele sabe que as inclinaes de seu corao so fortes
e o ajudar na hora da tentao.