Amigos Defendem Seus Amigos - Alejandro Bullón

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Alejandro Bulln

Amigos Defendem seus Amigos


Quando o inimigo de Jesus tenta destruir uma vida, ele direciona todos seus esforos para a conquista da mente humana, porque
ela significa a vontade. O territrio de nossa mente o campo de batalha. Se ele conquista a nossa mente, conquista tambm nossa
vida. Por isso, ele far de tudo para captur-la. Usar drogas, lcool, cigarro, promiscuidade, teorias, filosofias. O mtodo no
importa, tambm no importa o preo, o que importa nos vencer, derrotar e arruinar.
Voc pode perceber que a luta no fcil e que h momentos na vida em que voc se sentir como uma plantinha em meio ao
deserto tentando resistir a um furaco que o levar para a destruio. O que fazer? Deus tem alguma soluo?
O apstolo Paulo nos escreveu em Efsios, captulo 6, versos 10 a 12 o seguinte: "No demais, irmos meus, fortalecei-vos no
Senhor e na fora do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do
diabo. Porque no temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os prncipes
das trevas deste sculo, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
Segundo a promessa que o apstolo Paulo traz neste texto, podemos ser revestidos do poder de Deus. Mas a luta na vida espiritual
no cessar porque nosso inimigo um inimigo astuto, persistente e traioeiro. Nunca mostra o rosto. Ele se disfara, se esconde e
usa como instrumento para chegar ao controle de nossa vida algo muito sutil chamado tentao.
O que tentao? todo esforo que o inimigo faz para levar-nos a pecar. Mas tentao no pecado. Ningum precisa se sentir
um pecador pelo fato de experimentar a tentao. Se voc est deitado na cama e de sbito aparece um pensamento pecaminoso em
sua mente, voc no precisa pensar que est perdido e se condenar pelo fato de um pensamento negativo aparecer por um ou dois
segundos. Martinho Lutero tem uma ilustrao muito simples a respeito: "Voc no pode impedir que os passarinhos voem em cima
de sua cabea, mas voc pode impedir que eles faam seu ninho nela."
Existem muitos tipos de tentao. Na realidade Satans tem uma fbrica delas. Uma fbrica onde so elaboradas tentaes
personalizadas, uma especialmente preparada para cada indivduo. Isso acontece porque o inimigo conhece muito bem o lado fraco de
cada ser humano. Para um ser o lcool, para outro a inveja, para outro as drogas, para outro a deturpao do sexo. Enfim, a nossa
luta contra um ser inteligente. Ele conhece as nossas origens, o ambiente que crescemos, a herana que recebemos de nossos pais. E
atravs desse conhecimento far de tudo para nos enganar. Ele se esconder atrs de uma msica sensual, atrs de uma mulher bonita,
de um rapaz maravilhoso, de uma teoria fascinante. Ele se vestir de luz, se for preciso. Para os propsitos dele, vale tudo. O fim
justifica os meios.
Mas tudo que ele fizer para enganar voc apenas tentao, e tentao no pecado. O inimigo nunca poder vencer, a menos que
conte com a colaborao do ser humano. A ele pode fazer o que quiser. Pode rodear a nossa vida de tentaes. Dinheiro, glria,
fama, prazer, luzes. O que quiser. Mas tudo no passa de tentao. Ele no pode obrigar-nos a pecar. Se cairmos porque aceitamos
cair. porque cedemos voluntariamente aos feitios da tentao. Por maior que seja a presso exercida sobre a alma, a transgresso
o nosso prprio ato. Satans ataca nossos pontos fracos, mas no precisamos ser vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o
ataque, Deus proveu auxlio e em Sua fora podemos vencer.
Podemos ilustrar a diferena entre tentao e pecado com o telefone: o telefone pode chamar (a tentao o telefone chamando). O
pecado acontece se voc atender. Se voc no atender, no existe pecado. Mas o telefone continua chamando. Incomoda? Claro que
incomoda, mas no passa de simples tentao.
Consideremos agora alguns conselhos que podem ser teis ao enfrentarmos a tentao: "quando a tentao vier, procure pensar em
outra coisa". J explicamos que a luta para ocupar o territrio da mente, ento coloque em sua mente promessas bblicas. H uma lei
fsica que diz: "um espao vazio s pode ser ocupado por um corpo ao mesmo tempo". O espao a nossa mente. Ela nunca pode
estar em branco, a no ser quando estamos dormindo. Toda vez que a tentao vier, pea socorro divino, relembre um salmo, cante
um hino, repita o verso da meditao daquele dia, coloque pensamentos e promessas bblicas em sua mente. De acordo com a lei
fsica, a tentao no ter vez.
O que no podemos permitir que o pensamento negativo, chamado de tentao, permanea em nossa mente mais de dois
segundos. No devemos acarici-lo, no devemos deleitar-nos com ele, porque a a tentao vira pecado. Primeiro em forma de desejo
pecaminoso, que depois nos levar ao ato pecaminoso, e se repetido pode conduzir-nos ao vcio.
Outro conselho que devemos lembrar que: "o perodo crtico da tentao no dura mais de 3 minutos". Toda tentao tem um
processo. Comea aos poucos e vai batendo cada vez mais forte porta da cidadela de nossa mente. H um momento que parece que
no vai dar para resistir. Mas toda tentao chega ao ponto mximo de sua intensidade num perodo de 3 minutos. Lembra do
exemplo do telefone? Ele toca, toca e se voc no atender, ele pra de tocar.
O bom de tudo que aps passar a investida da tentao, voc pode ficar muito mais forte. Cada vez que somos tentados,
vencemos ou fracassamos, conquistamos ou somos conquistados. A resposta que dermos tentao pode deixar-nos mais fortes ou
mais fracos. Se nos entregarmos nos braos de Cristo e vencermos, estaremos melhor preparados para a prxima tentao. Se pelo
contrrio lutarmos sozinhos e fracassarmos, estaremos mais fracos e vulnerveis quando vier a prxima tentao.
E agora o conselho mais importante de todos: "no olhe para voc, por favor olhe para Cristo". Isto bsico porque o resultado
final depender de quem ocupa os nossos pensamentos. Olhar para ns s trar fracasso e frustrao. A est a tragdia da
humanidade. O mundo diz: "olhe para voc, descubra seu potencial, concentre-se para conseguir a fora mental, descubra a si mesmo,
explore sua energia interna."
Mas dentro de ns, querido amigo, s existe angstia, vazio, desequilbrio e muitas vezes desespero. Deus tem um caminho
melhor. Ele pede que voc olhe para Cristo, que um caminho simples, porm seguro.
Conta-se a histria de certo faquir da ndia, que um dia chegou a uma pequena vila declarando que podia fabricar ouro. As pessoas
correram para ver o estranho visitante. O homem colocou num prato grande um pouco de gua, algumas gotas de tinta e comeou a
mexer o prato em crculos, repetindo algumas palavras mgicas. Num momento em que a ateno do pblico estava distrada, o
faquir deixou escorregar da manga um pedao de ouro dentro do prato, e depois tirou a gua da vasilha e mostrou a todos o pedao de
ouro. Todo mundo olhava incrdulo.
Um comerciante esperto da cidade quis comprar a frmula por 500 dlares e o faquir vendeu. S que disse o seguinte para o
comprador:

Voc no pode pensar no macaco de rosto vermelho quando mexer o prato, porque se voc pensar nele o ouro nunca aparecer.
O comerciante prometeu que "lembraria sempre que devia esquecer o macaco" mas quanto mais se esforava por esquecer, tanto
mais forte ficava em sua mente a imagem do macaco de rosto vermelho. E ele jamais conseguiu o ambicionado ouro.
No lhe parece familiar este fato? Quanto mais queremos esquecer nossos erros, quando mais queremos jogar fora a tentao, mais
firme ele fica. Amigo querido, olhe para Cristo, que Ele ocupe o territrio completo de sua mente atravs de promessas bblicas.
Tenho uma experincia que marcou minha vida de garoto. Devia ter seis ou sete anos de idade naquela poca. Na escola todas as
crianas tinham mais ou menos a minha idade. S havia dois rapazes grandes, de dezesseis anos. Um deles era muito mau, batia nas
crianas e tirava as coisas delas fora.
Minha me costumava me dar 20 centavos para o lanche. Com 20 centavos naquele tempo dava para comprar um sorvete de
morango e ainda restava troco para comprar amendoim. Tenho a impresso de que cada dia eu me levantava com uma ansiedade
tremenda de ir para a escola por causa do sorvete e do amendoim e no por causa da aprendizagem. Um sorvete era a maior alegria
que um garoto de seis anos podia ter.
Um dia, no caminho da escola, aquele rapaz mau saiu ao meu encontro e me pediu a moeda. Resisti, mas ele me dobrou o brao e
fora tirou a minha moedinha.
Depois ele disse:
Voc est vendo aquele homem sem brao?
L no bairro havia um rapaz que no tinha um brao.
Sabe por que no tem brao? Eu cortei o brao dele. E se voc contar para sua me ou para a professora que tirei sua moeda,
corto tambm seu brao.
Foi a que a minha tragdia comeou. Dia aps dia eu entregava a moedinha para ele. Isso causava uma revolta dentro de mim. O
pior de tudo era que no podia avisar ningum, porque no queria perder o brao. Tornei-me uma criana triste, chorava noite
sozinho. No tinha mais motivao para ir escola. s vezes, na hora do recreio, aquele rapaz mau comprava um sorvete e com meu
dinheiro tomava esse sorvete perto de mim, zombando de mim e me fazendo sofrer. O que podia fazer uma criana de seis anos
contra um rapaz de dezesseis?
Certo dia, na hora do recreio, eu estava contemplando as crianas brincando, quando aquele rapaz mau bateu numa delas. Naquele
momento apareceu o outro rapaz grande da escola e deu-lhe um tapa. E para minha surpresa o rapaz mau no teve coragem de
enfrent-lo. Naquele momento uma idia brilhou na minha mente. Procurei o outro rapaz e disse:
Voc gostaria de ganhar 10 centavos todo dia?
E contei a histria para ele. O rapaz prometeu me proteger. Combinamos que no dia seguinte ele me esperaria no lugar onde o
rapaz mau me aguardava diariamente.
Aquela noite quase no dormi. "Amanh", pensava, "ser meu grande dia. Nunca mais ningum vai me tirar a moeda".
No dia seguinte levantei-me cedo. Recebi a moeda de minha me e me dirigi para escola. L, no lugar de sempre, o rapaz perverso
estava me aguardando. Dessa vez no olhei para ele. Segui meu caminho, mas ele me alcanou e me pediu a moedinha.
Nunca mais, ouviu? Nunca mais vou lhe entregar a moeda disse olhando para os olhos dele desafiadoramente.
Meu inimigo quase no podia acreditar no que estava ouvindo. Comeou a me dobrar o brao. Mas, naquele instante, do outro lado
da rua saiu meu amigo e ns dois demos uma surra nesse grando.
Voc achou engraado? Eu tambm acho isso engraado, mas tremo pensando nas horas de angstia e de impotncia que uma
criana de seis anos viveu.
Ns somos a criana e o diabo aquele rapaz de dezesseis anos. s vezes ele vem e nos tira, no a iluso de um sorvete, mas a
alegria da vida. Derruba nossos castelos, nossos sonhos, estraalha nossos planos. Rouba-nos os valores morais, o respeito prprio,
arranca de ns a paz, o equilbrio interno e ri, ri porque se considera vitorioso. Sua gargalhada como uma bofetada no rosto de
Cristo.
s vezes brinca conosco, como o gato com o rato. Deixa-nos sair um pouco, quando pensamos que estamos livres, ele nos traz de
novo com fora para nos ferir, machucar e humilhar.
Por qu? Por que tem que ser assim? Do outro lado da rua, l na montanha solitria foi pendurado um Deus-homem no s para
nos dar perdo, mas tambm para nos dar poder. Quando Ele morreu, o inimigo pensou que tinha vencido, mas ao terceiro dia, Jesus
ressuscitou das entranhas da terra completamente vitorioso. E hoje vive. Vive para dar poder.
Por favor querido amigo, olhe para a tumba vazia. Olhe para o Cu e veja o gigante da Histria disposto a vencer em seu favor.
Cristo venceu! Venceu Seu inimigo no deserto. Venceu-o na cruz. Venceu-o na morte. S resta vencer em nosso corao. E a a
deciso nossa. Ele no pode vencer em nosso corao se no permitirmos.
Nosso inimigo um inimigo vencido. E est lutando desesperadamente tentando vencer. A Bblia diz: "Sede sbrios; vigiai; porque
o diabo, vosso adversrio, anda em derredor, bramando como leo, buscando a quem possa tragar. (I Pedro 5:8). Como leo buscando
a quem devorar sabendo que tem pouco tempo porque ele reconhece que est vencido.
Conta uma lenda antiga que um guerreiro estava lutando na batalha com a cabea decepada, mas estava to envolvido na luta que
mesmo sem cabea estava matando muita gente, at que algum olhou para ele e disse:
Voc est sem cabea. Voc est morto.
A o guerreiro caiu e parou de lutar.
Estamos lutando contra um inimigo sem cabea. Cristo j o venceu. Justamente por isso ningum tem o direito de estar derrotado
para sempre. Ningum tem o direito de pensar que j tarde demais para comear de novo.
Clame a Deus agora mesmo e reclame dEle a promessa de perdo e de poder. Ele sabe que as inclinaes de seu corao so fortes
e o ajudar na hora da tentao.

DEUS SABE, DEUS OUVE, DEUS V


Letra: Valdecir Lima
Msica: Flvio Santos
Voc que se sente pequeno,
dirija seus olhos a Deus.

No deixe que sombras o envolvam,


entregue sua vida a Deus.

Deus sabe o que vai dentro d'alma,


Deus ouve a orao suplicante,
Deus v sua angstia e o acalma,
Deus faz de voc um gigante.
Deus sabe o que vai dentro d'alma
Deus ouve a orao suplicante,
Deus v sua angstia e o acalma,
Deus sabe, Deus ouve, Deus v.
Se a vida levou os castelos,
que em sonhos voc construiu,
no d por vencidos seus planos,
entregue seus planos a Deus.
Gravado por Sonete no LP 800 da Gravadora Bompastor
Orao
Pai querido, no permita que eu fique com a sensao de fracasso na vida. Cristo derrotou o inimigo para que eu pudesse conhecer o
maravilhoso sabor da vitria. No importa a tentao; no importa o tempo que permaneci escravo do pecado. Posso ser vitorioso.
Agradeo por isso em nome de Jesus. Amm.
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