RESUMO

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Gestao, parto e puerprio - Resumo Salto Triplo

Obs.:
Papel de Tornasol
- que 4 = candidiase
+ que 7 = tricomonas ou
vaginosa bacteriana
(teste das aminas
positivo).

Infeces Genitais
(Carla)
Corrimento = anormalidade na quantidade ou no aspecto fsico
do contedo vaginal que se exterioriza pelo rgo.
Tricomonase:
DST; Trichomonas vaginalis.
Corrimento em grande quantidade amarelado/esverdeado (leite condensado),
bolhoso e mau cheiro.
Quadro Clnico - prurido e irritao; pode ter dor plvica; hiperemia vaginal; teste
de Schiler = Morango ou Tigroide.
Diagnostico laboratorial - Secreo gram; Ph elevado; Ex a fresco - parasitas
flagelados!
Tratamento - Metronidazol (2g VO dose nica)
Tinidazol (2g VO dose nica)
Metronidazol (500g cada 12h/7 dias)
Secnidazol (2g VO dose nica)
TRATAR PARCEIRO!

Vaginose Bacteriana:
Gardnerella Vaginalis.
Secreo branca acinzentada e homognea com bolhas. Odor desagradvel de
peixe podre (principalmente aps a relao sexual e menstruao).
Diagnostico - Ph maior de 4,5; clue cels na microscopia
(clulas da bactria aderidas na clula da vagina); odor
de peixe podre aps add. KOH a 10% do contedo
vaginal (libera aminas); contedo acinzentado.
(critrios de Amsel - pelo menos 3 dos 4).
Tratamento - Metronidazol 500mg cada 12 horas 7 dias
Tinidazol 2,0 g dose nica
Secnidazol 2,0 g dose nica
Clindamicina 300mg cada 12 horas 7 dias
Creme de metronidazol ou clindamicina
Tratamento do parceiro NO realizado!

Candidase:
Infeco causada por fungo comensal; Candida albicans, glabrata ou krusi.
Meio favorvel - glicose + cido + estrognico (mido e abafado). Acrescido de
situao de baixa imunidade ou estresse.
Quadro clnico - Corrimento branco, grumoso, aderido a parede da vagina (queijo
coalhado).
Hiperemia, edema vulvar e fissuras; Coa muito e dor ao urinar.
Diagnostico - KOH 10% exame a fresco - esporos; Ph vaginal inferior a 4; Cultura
em meio especifico.

Fatores predisponentes - uso de antibiticos, diabetes, obesas, gestantes


(estrgenos), uso de plulas, pacientes imunodeprimidos e aumento da
temperatura.
Tratamento - Anti- fngicos ( creme ou VO )
Miconazol, tioconazol, isoconazol, fenticonazol, terconazol etc
( creme)
VO itraconazol, fluconazol, cetoconazol
Somente tratar parceiro na recidiva.
Evitar: carefree, cala apertada e calcinha de lycra.
Praticar: calcinha de algodo, roupas largas e dormir sem calcinha.
Partograma:
(Carla)
o Definio: o registro grfico do trabalho de parto, que permite acompanhar sua
evoluo, documentar, diagnosticar alteraes e indicar a tomada de condutas
apropriadas para a correo destes desvios, ajudando a evitar intervenes
desnecessrias.
simples e de utilidade pratica; diminui incidncia de cesreas; ajuda a corrigir
qualquer erro e facilita a passagem de planto.
o
o

Fases do trabalho de parto: Dilatao; Expulso; Dequitao; Quarto Perodo.


Mecanismo de parto:
- Insinuao: passagem do maior dimetro do feto pelo estreito superior. Parte
mais baixa da cabea esta em zero (linha citica).
- Descida: espinhas citicas ate a vulva.
-Rotao interna: OP - occipcio est abaixo da sntese pbica (s nasce nessa
posio!).
-Deflexo
-Rotao externa: movimento de restituio (feto volta pra posio que estava
antes de ficar em OP).
- Ultimao do parto.

Variedade de posio:
PRIMEIRA LETRA = Ponto de referncia ( parte fetal que o obstetra toca )/
Ceflicas fletidas occipcio (lmbda).
SEGUNDA LETRA = Relao do ponto de referncia com o lado esquerdo ou
direito da me.
TERCEIRA LETRA = Ponto de referncia anterior ou posterior
O partograma deve comear a ser feito quando se inicia o trabalho de parto
(dilatao de 1 cm/h).
Linha de alerta = melhor observao clinica.
Linha de ao = interveno medica.
Contraes: 3 contraes fortes em 10 min. / a cada 1h faz avaliao de 10 min.

Preconcepo - pr-natal
(Bauer)
o

Orientaes:

-fertilidade
-abortamento = perda de gestao antes de 20 semanas (Precoce - antes de 12
semanas e Tardio - entre 12 e 20 semanas).
- cido flico
(Antes de engravidar o ideal fazer uma consulta para conversar e ver
condies/planejamento).
Obs.: Abortamento precoce tem chance de ate 20% de acontecer normalmente,
j o aborto tardio pode ter relao com alguma patologia materna ou m
formao do feto.
o
o

cido flico: previne m formao do tubo neural (que j algo raro).


Queixas mais comuns:
-1o trimestre: aumento do peito e sensibilidade; nuseas e vmitos; salivao
excessiva; polaciria (xixi toda hora); obstipao (relaxamento da musculatura
por progesterona); infeco do trato urinrio; mudanas de humor.
- 1o semestre: dor mamria; clica; polaciria; digestivas; dispnia; tontura;
humor; secreo vaginal; sexualidade; pele; movimentos fetais.
-2o semestre: dor periumbilical; assimetria uterina; polaciria; incontinncia
urinria; azia; hemorroida; epistaxe; cimbras; lombociatalgia; varizes;
hipotenso; edema.
- 3o trimestre: mais ofegante (compresso do diafragma); refluxo/azia
(compresso do estomago); bexiga cheia e muito xixi (compresso da bexiga).

No pr-natal ver a PA e a altura uterina:


1o tri = CAI
2o tri = CAI
3o tri = SOBE
A altura uterina encontra-se bem maior em caso de gravidez mltipla, DMG ou
polidrmnio (excesso de liquido).
Preconcepo laboratorial:
- RS Rubola (importante antes de engravidar)
Se der IgG e IgM negativos (orientar paciente a tomar vacina);
Se der IgG + e IgM - (paciente est imune);
Se der IgG e IgM + (est com rubola);
- ABO e Rh
Quando uma me Rh - engravida de um feto Rh +, na 2a gravidez a mesma ter
anticorpos contra Rh + e ir combater o feto. Nesse caso, aplica-se uma vacina
no primeiro parto para que isso no ocorra.
- RS Toxoplasmose
O IgM nessa doena demora para sumir e por isso causa confuso no exame de
sorologia.
Se der IgM e IgG positivos, pede-se o exame de avidez IgG (R$ 600,00) e se der
menos que 40% a doena recente, ento deve-se entrar com tratamento. Se
der mais de 60% tardio e no tem mais.
- HIV e HBs Ag (hepatite B)
Se for + deve-se tomar cuidado na hora do parto (imunoglobulinas e vacina).
- VDRL (sfilis)

Tratar com penicilina.


-THS
-Glicemia
Na gravidez o pncreas passa a produzir mais insulina, por causa da placenta
que faz a produo de lactogenio placentrio, que por sua vez contra a
insulina, fazendo com que o corpo compense a produo.
Assistncia ao parto
(Carla)
o

Trabalho de parto:
2-3 contraes em 10 min.
Dilatao de pelo menos 3 cm.
Esvaecimento cervical de 75%
Fase Latente - contraes irregulares; sensvel sedao e dilatao ausente
(falso trabalho de parto).
Fase Ativa - Contraes (regulares, com maior durao e intensidade e
desconforto); Dilatao presente (1 cm/h); sedao no faz efeito.
Obs.: No deixar a paciente em jejum, no se faz tricotomia (raspagem dos
pelos), no colocar soro e nem restringir ao leito.
Perodos do parto:
- Dilatao (at 10 cm)
Esvaecimento = encurtamento do colo.
Realiza o partograma.
Controle dos BCF; Contraes uterinas; Verificao das bolsas; Cervicodilatao.
- Expulso (10 cm at sair)
Puxos maternos = vontade de fazer coco.
Cuidados com o perneo;
Episiotomia (corte na vagina) - mais comum mdio lateral (diagonal).
- Dequitao (descolamento da placenta)
Manobra de Jacobs - Rotao da placenta para sair por inteiro.
Descolamento central (Schultz) = face fetal
Descolamento marginal (mecanismo de dulcan) = face materna (sangramento
antes de sair).
Episiorafia = sutura do corte.
OBS.: no pode deixar nenhum resto de placenta, pois causara hemorragia at
expelir/tirar o que est dentro.
-Quarto Perodo (1h aps a dequitao)
Trombotamponamento e Miotamponamento - evitam a hemorragia ps-parto/
choque hipovolmico.
Perodo que mais se deve ficar de vigilncia!
Aparecimento do Globo de segurana de Pinar.
Lembrar dos 4 T's:
- Tnus: Atonia.
- Trauma: corte da cesrea ou Epsio.
- Tecido: presena de pedao da placenta que no saiu.

- Trombo: alterao/problemas nos fatores de coagulao.


Assistncia ao puerprio e orientaes ps-concepo
(Carla)
o

Puerprio = aps expulso da placenta (dequitao) e das membranas ovulares.


Termina seis semanas ps o parto (involuo total). "Resguarda Puerperal" - sem
sexo.
Mediato - at o 10o dia. Regresso dos rgos genitais, a loquiao se torna
escassa e amarelada.
Tardio - do 11o dia ao reinicio dos ciclos menstruais ou 6a semana.

Fenmenos involutivos:
- tero (causado pela ocitocina)
Tamanho
Aps dequitao: altura da cicatriz umbilical - tamanho 20x9x4cm e peso 1000
a 1200g.
Diminui cerca de 1 cm por dia e chega a cerca de 500gr em uma semana.
Intraplvico em 12 dias
Aps 40 dias: 7 cm de altura e peso 50gr
Obs.: Involuo depende da distenso uterina, mais lenta aps cesrea e aps
endometrite, mais rpida nas lactantes, multparas e quando iniciada atividade
fsica precocemente.
Consistncia: endurecido! (Grvidas = mole).
Colorao: Rosa plido.

-Colo
Imediatamente aps a expulso 10 cm, flcido, violceo, lacerado nas
comissuras.
3-4 cm aps algumas horas
Edema e reepitelizao de 4-7 dias
Imprvio ao final de 5 (primparas) ou 10 dias (multparas).
- Vascularizao: "ligaduras vivas de Pinar" - Compresso vascular pelo
miomtrio.
Profilaxia de hemorragia do quarto perodo:
Ocitocina endovenosa nas primeiras 6 horas de puerprio
Amamentao precoce
Dequitao completa
Reviso de canal de parto e cavidade uterina em busca de laceraes e restos
placentrios
Loquiao: descamao e necrose da camada endometrial superficial.
Rubra = 3-4 dias (vermelha)
Fusca ou serosa = 4- 10 dias (amarela)
Flava ou Alba = aps 10 dias a 40 dias (branca)
Endomtrio
Regenera-se em sua poro membranosa em 14 dias e na superfcie placentria
em 6 semanas (volta ao normal).
Menstruao nas no lactantes em 2 meses, anovulatrio.

Amenorria lactacional de durao variada.


Cuidado: endometrite ocorre quando no h total involuo, causando dor, febre
e loquios purulentos.
Riscos - Bolsa rota prolongada; Cesrea aps trabalho de parto ou parto
prolongado; Contaminao periparto; Fatores maternos: anemia, desnutrio.
Profilaxia: antissepsia, antibioticoterapia intraparto e at 24H aps.
Vulva e vagina:
Pode ocorrer afrouxamento transitrio ou definitivo (entreaberto).
Hiperemia, hipotrofia e mucosa lisa pela deficincia de estrognio at o fim da
amamentao (queda na libido).
Ovrios
Anovulao; Ciclos ovulatrios com insuficincia ltea; Ciclos ovulatrios
normais.
Sistema Cardiovascular: Perda sangunea de 500-1000 ml; Imediato aumento do
retorno venoso e dbito cardaco: risco de insuficincia cardaca; Volume
sanguneo reduz aos valores normais em 6 semanas; PA declina ps parto e
normaliza em 5 dias; Estase venosa: edema de membros inferiores e risco
aumentado de TVP (trombose venosa profunda).
Peso:
Perda 5 Kg ps-parto (feto, placenta, Lquido amnitico); 7-10 dias: 3Kg (tero,
lquios, diurese e transpirao); Aumento das mamas.
Orientaes ps-parto:
Permanncia Hospitalar: 24H parto normal, 48H cesrea
Alimentao: Dieta geral para parto normal aps 2 horas, dieta leve aps
cesrea e analgesia de parto + Laxativa e hidratao abundante.

Gestao Mltipla
(Bauer)
Aumentou a quantidade de gestaes gemelares, pois aumenta a probabilidade
com a gestao tardia e reproduo assistida.
Definio: 2 ou + fetos, intra ou fora tero. Incidncia de 1/80 n-1 (n= numero de
fetos)
Classificao:
Dizigtica : 2 vulos/2 espermatozoides
2/3 dos casos (mais comum)
Fraternos
Sexo igual ou diferente (geneticamente diferentes)
Monozigtica 1 vulo/1 espermatozoide
1/3 dos casos
Idnticos
Sexo igual (geneticamente iguais)
o Fase de mrula (dia 1-3) = formam duas placentas e duas cavidades amniticas
(dicorinico/diamnitico).

Fase de blastocisto (dia 4-8) = formam 1 placenta e 2 cavidades


(monocorinico/diamnitico).

Fase de implantao (dia 8-13) = 1 placenta e 1 cavidade


(monocorinico/monoamnitico).

Fase de formao do disco embrionrio (dia 13- ...) = gmeos grudados.

o
o

Diagnostico: ultrassom e altura uterina muito aumentada.


Complicaes MF:
-Abortamento
-Malformaes
-Emese gravdica (muito enjoo)
-Anemia (bebe tira o que precisa)
-ITU (infeco do trato urinrio)
-DHEG (doena hipertensiva especifica da gravidez)
-RCIU (restrio de crescimento fetal)
-RPMO (rompimento de membranas)
-Prematuridade
-Atonia uterina ps-parto (diminuio do miotamponamento, causando
hemorragia ps-parto).
Complicao no Monocorinico (com 2 cavidades).
STT = sndrome transfusor/transfundido.
Pode ocorrer anastomose arteriovenosa (ligaes de vasos sanguneos dos
fetos), o que faz com que um doe sangue e o outro receba.

Um feto pequeno (hipotenso, anemia, restrio de cresc. e oligodramnio) e o


outro grande (hipertenso, polidramnio e policitemico).
o

Conduta: pr-natal de alto risco. Parto com maior incidncia de cesrea. No psparto com maio risco de hemorragia.

Abortamento
(Tnia)
Hemorragias da primeira metade das gestaes.
Antes de 20 semanas; Peso igual ou inferior a 500 g; Comprimento igual ou
menos a 28 cm.
Cerca de 12% das mulheres em torno dos 20 anos de idade podem abortar
espontamenamente, subindo para 50% aos 45 anos.
Fatores:
- Malformaes do ovo ou zigoto - a causa mais comum de aborto espontneo
no primeiro trimestre (70%). Cerca de 50% dessas perdas so devidas a
alteraes cromossmicas.
- Fatores imunolgicos: O embrio implantado considerado um corpo estranho
por possuir antgenos prprios (genoma paterno).
- Fatores hormonais: Causa provvel, mas incomum de aborto precoce a
produo insuficiente de progesterona, o que pode ocorrer quando um corpo
lteo deficiente. (O corpo lteo essencial para a produo de progesterona
at a 12 semana, depois a placenta assume essa funo).
- Fatores maternos: Em geral ocorre no 2 trimestre devido incompetncia
istmo cervical; Miomas ou tero bicorno; Infeco materna: rubola,
micoplasma, herpes; Sndrome antifosfolpides, trombofilias, anemia falciforme e
outras patologias maternas descompensadas.
- Hbitos de vida e Fatores ambientais: Tabagismo, lcool, Radiao ou Traumas.
o

Formas de Aborto:
Ameaa de Aborto
Sangramento discreto, insuficiente para ocasionar o bito do embrio. Clicas
ausentes ou leves. O exame ginecolgico mostra um colo fechado, com tero de
tamanho compatvel com a idade gestacional.
Tratamento - repouso relativo, antiespasmdicos, abstinncia sexual e
acompanhamento ambulatorial.
Aborto retido
Quando o embrio morre e no expulso de dentro do tero (alguns casos
podem levar meses).
A paciente queixa-se de pequeno sangramento entre a 8 e 12 semana, e
concomitantemente refere desaparecem os sinais de gravidez. Diagnosticado
pelo USG.
Deve-se esvaziar a cavidade uterina (curetagem ou AMIU). Se necessrio, utilizar
o misoprostol para dilatar o canal cervical e promover a expulso do feto.

Aborto inevitvel
Progresso da ameaa de aborto, com dilatao cervical possibilitando a
protuso do saco gestacional, clicas e sangramento intenso.
Ao exame: tero compatvel com IG com saco gestacional em processo de
expulso.
Na maioria das vezes o produto conceptual completamente expulso, levando a
cessao das clicas e do sangramento, caso contrario realizar curetagem.
Aborto incompleto
O embrio expulso, mas partes do produto conceptual so retidas. Clicas
intensas.
O exame revela tero menor que o esperado para a idade gestacional, o canal
cervical est aberto, notando-se a presena de sangramento, que pode ser de
leve a intenso.
Curetagem e na presena de infeco, iniciar antibiticos.
Aborto completo
Todo o produto da concepo foi expulso, a dor esta ausente, o sangramento
escasso e o colo uterino se fecha. No necessita tratamento.
Aborto sptico
A cavidade geralmente se infecta em decorrncia de manipulao intra-uterina
nos abortos provocados clandestinamente. A paciente mostra-se toxemiada,
com febre, sangramento escasso e dor no hipogstrio.
Expulso de restos ftidos ou presena de secreo vaginal ftida; Sinais clnicos
e laboratoriais de sepse (febre ou hipertermia, taquicardia, taquipnia,
hipotenso, leucocitose com desvio esquerda e alteraes da coagulao).
Endometrite - A colonizao se d por anaerbios coliformes e estreptococos A
(hemocultura+ em 25% a 30%).
Tratamento: Internao imediata, coleta de sangue para hemocultura, secreo
vaginal para cultura e incio concomitante de antibioticoterapia endovenosa.
Abortamento habitual
Trs ou mais perdas fetais consecutivas. Deve-se fazer cerclagem.

Fisiologia e anatomia fetal


Um casal saudvel possui 25% de chance de engravidar quando da ovulao.
Assim, a fuso sptz. + ovcito II forma o ovo.
Na concepo do obstetra, a gravidez contada a partir da DUM, enquanto
para a embriologia, esta contada a partir da fecundao, 2 semanas depois.
Assim, para o obstetra, o ovo ocorre at a falha da menstruao, ou seja, 4
semanas da DUM; o embrio (implantado), at a 10 a semana e o feto (reduo
de mitoses e aumento da diferenciao), da 10 a em diante. Por fim, o perodo
gestacional dura 280 dias, 40 semanas ou 9 meses e uma semana.
Diz-se que a perda do concepto um abortamento se ocorre at a 20 a
semana; diz-se que um nativivo pr-termo se possuir menos de 37 semanas e
se maior de 42 semanas, ps-termo.

As suturas lambdoides determinam a fontanela lambdoide (ou menor) e as


coronrias com a metpica e a sagital, a fontanela bregmtica (ou maior). A
funo das suturas a de permitir a passagem do concepto pelo canal vaginal
durante o parto.

O maior dimetro fetal delimitado pelo OM, com 13 cm e o menor, pelos


SOB e SMB, com 9,5 cm.

A circulao fetal difere da extra-uterina anatmica e funcionalmente. Ela


estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rpido
num ambiente de hipxia relativa. A nica conexo entre o feto e o meio externo
a placenta, que o serve nas funes de "intestinos" (suprimento de nutrientes),
"rins" (retirada dos produtos de degradao) e "pulmes" (trocas gasosas).
Os pulmes fetais esto cheios de lquido, oferecendo alta resistncia ao
fluxo sangneo. A placenta contm grandes seios venosos, funcionando como uma
fstula arteriovenosa com baixa resistncia ao fluxo sangneo sistmico. Enquanto
que na vida extra-uterina os ventrculos trabalham em srie, com o dbito cardaco
do ventrculo direito (VD) igualando aquele do esquerdo, no feto, atravs de
quatro bypasses principais - o foramen oval, o canal arterial, a placenta e o ducto
venoso, os ventrculos trabalham em paralelo. O sangue oxigenado proveniente da
placenta chega ao feto atravs da veia umbilical. Esse sangue passa principalmente
(45%) atravs do ducto venoso "bypassando" o fgado fetal 1.
O sangue venoso portal se mistura com este e, conseqentemente, o sangue
da veia cava inferior menos saturado do que o sangue da veia umbilical. Ainda
assim, com aproximadamente 70% de saturao de O 2, esse sangue o mais
oxigenado de todo o retorno venoso, tendo a veia cava superior uma saturao de
aproximadamente 40% 2. O sangue da cava inferior representa aproximadamente
70% do volume total do retorno venoso. Este chega ao trio direito (AD) e
parcialmente (33%) dirigido para o trio esquerdo (AE) atravs do foramen oval. A
energia cintica do fluxo sangneo da veia cava inferior a principal responsvel
pela manuteno da perviabilidade do foramen oval no feto, j que as diferenas
nas presses mdias da veia cava, AD e AE so mnimas 3. O restante do fluxo de
retorno da cava inferior mistura-se ao retorno da veia cava superior e seio coronrio
e passa para o VD. O sangue que chega ao AE e da ao
ventrculo esquerdo e a aorta ascendente, artrias
coronrias e crebro , conseqentemente, o mais
saturado com aproximadamente 65% em relao a
uma saturao de 55% no VD, que ser dirigido
atravs do canal arterial para a parte inferior do corpo
do feto 4.
O istmo da aorta recebe apenas 10% do dbito
cardaco total e, pelo seu estreitamento fisiolgico,
"separa" o fluxo entre a aorta ascendente e a
descendente 2. O baixo fluxo pulmonar fetal
mantido s custas da elevada resistncia vascular
pulmonar.
Vrios
fatores
estimulam
esta
vasoconstrico como acidose, catecolaminas alfaadrenrgicas e estimulao nervosa simptica,
porm no h dvidas que a hipxia o principal fator determinante da

vasoconstrico pulmonar fetal. Devido alta resistncia ao fluxo sangneo


pulmonar, apenas uma pequena quantia (aproximadamente 7% do dbito cardaco
combinado) de sangue circula pelos pulmes, o restante dirigido, atravs do canal
arterial para a aorta descendente. Embora o VD (60%) apresente um dbito
cardaco superior ao do VE (40%) na vida intra-uterina, h evidncias anatmicas e
ecocardiogrficas de que o desenvolvimento destas cavidades so semelhantes
durante toda a gestao 5.
A maturidade pulmonar fetal garantida pela adrenal, a qual produz cortisol,
estimulando os pneumocitos II. Este produz surfactante, diminuindo a tenso
superficial nos alvolos, de modo que estes no colabam.

Sndromes Hemorrgicas
(Bauer)
1a Metade:
- Abortamento = interrupo da gravidez antes de 20 semanas (precoce ou
tardio).
- Prenhez Ectpica = gravidez fora do corpo uterino.
Locais comuns - trompa uterina.
- Molstia Trofoblastica = neoplasia do trofoblasto, sendo a mais grave a
policarcinoma.
2a metade:
- Placenta Prvia (PP)
Placenta que se insere no seguimento inferior do tero, comum estar associada
placenta acreta.
Predisposio: paciente que j realizou curetagem ou tabagistas.
Quadro clnico: sangramentos de carter repetitivo, indolor e engrandecente
(imotivado).
Diagnostico: pelo USG e pelo quadro clinico.
Classificao: Central, Parcial, Marginal e Baixa.
- Descolamento prematuro de placenta (DPP)
Pode ocorrer na gestao ou no parto (o bebe pode morrer por hipxia).
Fatores predisponentes: paciente com HAS (crnica ou pr-eclampsia); Pacientes
usurios de Crack/ Cocana; Pacientes com SAF (associada com lpus e
trombose); Paciente que sofreram algum tipo de trauma.
Complicaes: Comum a morte fetal;
Me:
Na hora - Queda de PA e choque; Insuficincia renal aguda pela perda de
sangue; Tromboplastina na circulao podendo causar coagulao disseminada;
Tardia - Sndrome de Shiran, necrose da hipfise causando hipotireoidismo,
queda de TSH e queda de prolactina.

Quadro clnico: Sangramento escasso e doloroso (Sangue fica atrs da placenta);


Hipertonia abdominal; BCF em sofrimento (quadro agudo e GRAVE).
Conduta: parto imediato!
- Rotura Uterina
Durante o trabalho de parto.
Predisposio: em teros muito distendidos (gestaes mltiplas, polidrmnio e
bebs macrossmicos), pacientes com cicatriz uterina e retiradas de miomas.
- Rotura de Vasa prvia
Quando for romper a bolsa e a placenta/cordo for estranho.
- Rotura de seio marginal.

Modificaes locais gravdicas


(Carla)
Ao do estrgeno e da prolactina.
Mamas
Hipertrofia/hiperplasia (5 semanas).
Sensibilidade mamaria.
Rede venosa de Haller - aparecimento de veias (16 semanas).
Aumento do volume do mamilo.
Pigmentao da arola (aumento do MSH, melanina que pode escurecer outros locais alem da
arola, como axilas, interior da coxa e pescoo).
Arola secundaria - Sinal de Hunter (escurecimento extra ao redor da arola para aumentar o local
da pega).
Tubrculos de Montgomery (hipertrofia das glndulas mamarias).
Crescimentos dos canais galactferos (E2).
Pode ter produo de colostro (20 semanas).
tero
Capacidade de 5 l, 1000g e 36 cm (Normal: 6-7 ml; 50 g e 7-8 cm).
Globoso e aps 20 sem cilndrico
Sinal de Hegar : amolecimento do istmo (transio entre corpo uterino para colo).
Sinal de Piskacek: assimetria pela nidao.
Sinal de Noble Budin: corpo uterino no FS lateral da vagina.
Colorao vinhosa.
Aumento da vascularizao do endomtrio.
10 semanas (tero ainda est na snfise pbica)
20 semanas (por volta o tero encontra-se na cicatriz umbilical).
Altura Uterina
Serve para estimar o crescimento do feto.
- at 10 semanas = intrapelvico
- na 20 semans = cicatriz umbilical
- da 20 a 34 semana = cresce 4 cm por ms (1 cm por semana). AU = IG at 34 semanas.
- da 34 a 40 semana = cresce 2 cm por ms (0,5 cm por semana).
AU diminuda = oligodramnio; pr-eclampsia (restrio de crescimento fetal - RCIU); PIG; Tabagista;
Erro de data.
AU aumentada = Polidramnio; DMG (macrossmico); GIG; Gemelar; Erro de Data.
Colo de tero
Sinal de Goodel: amolecimento do colo do tero (consistncia de lbio).
Ectopia = everso da mucosa endocervical (normal).
Tampes de Schroder = tampo mucoso cervical que impede que as bactrias da vagina
penetrem na cavidade amnitica. Gosma Verde.
Colo posteriorizado.
Vagina
Paredes aumentadas e perda da rugosidade (hipertrofia celular e edema)
Colorao arroxeada : Sinal de Kluge
Pulsao da a vaginal em FS (fundo de saco): Osiander

Aumento do fluxo vaginal


Vulva
Sinal de Jacquemier: tom violceo
Hipertrofia e vascularizao aumentada
Varizes (compresso da veia cava)
Obs.: a me pode apresentar hemorroidas.

Adaptao do organismo materno a gravidez


(Bressan)

Todas as alteraes observadas no organismo materno, durante a gestao se fundamentam em:


a) alteraes hormonais; pan-hiperendocrinismo (aumento de todos os hormnios).
b) alteraes enzimticas; diamino-oxidase e ocitocinase.
c) presena do feto;
d) do aumento do volume uterino.

Sistema Tegumentar
Aparecimento de cloasma (manchas acastanhadas na face) e da linha de
"nigrans" a resposta ao aumento de melatonina (estimulada pelo aumento de
progesterona).
Aparecimento de estrias pelo aumento do cortisol (hiperfuno das
suprarrenais).
Vasodilatao pelo aumento de estrognio.
Sistema Digestivo
Aumento de fome, apetite, averso a alimentos e malcia (desejo de comer
substancias no convencionais, exemplo: terra).
A progesterona tem efeito relaxante sobre a musculatura lisa e por isso h
maiores chances de regurgitaes e refluxo.
O intestino tambm sobre ao da progesterona, tendo sua atividade reduzida,
podendo causar obstinaes e hemorroidas.
Sistema cardio circulatrio
H incremento do volume cardaco em 40% durante a gravidez, causando uma
adaptao por meio da hipertrofia concntrica de todas as cmaras.
Devido ao angiogenica do estrgeno e vasodilatadora da progesterona, a
tendncia de queda da presso arterial.
Coma a compresso do diafragma pode ocorrer desvio do corao para esquerda
e para cima, causando aumento da silhueta cardaca.
Sistema Respiratrio
H compresso do diafragma pelo aumento do tero, essa restrio
compensada por ao da progesterona que eleva a frequncia respiratria.
Sistema urinrio
Em decorrncia do aumento do volume circulante, h aumento da funo renal.
O aumento do sistema renina-angiotensia-aldosterona compensado pelos
efeitos da progesterona.
Predisposio a infeces urinrias seja pelo relaxamento da musculatura ou
compresso da bexiga pelo tero.
Sndromes Hemorrgicas
(Bauer)
1a Metade:
- Abortamento = interrupo da gravidez antes de 20 semanas (precoce ou
tardio).
- Prenhez Ectpica = gravidez fora do corpo uterino.
Locais comuns - trompa uterina.
- Molstia Trofoblastica = neoplasia do trofoblasto, sendo a mais grave a
policarcinoma.

2a metade:
- Placenta Prvia (PP)
Placenta que se insere no seguimento inferior do tero, comum estar associada
placenta acreta.
Predisposio: paciente que j realizou curetagem ou tabagistas.
Quadro clnico: sangramentos de carter repetitivo, indolor e engrandecente
(imotivado).
Diagnostico: pelo USG e pelo quadro clinico.
Classificao: Central, Parcial, Marginal e Baixa.
- Descolamento prematuro de placenta (DPP)
Pode ocorrer na gestao ou no parto (o bebe pode morrer por hipxia).
Fatores predisponentes: paciente com HAS (crnica ou pr-eclampsia); Pacientes
usurios de Crack/ Cocana; Pacientes com SAF (associada com lpus e
trombose); Paciente que sofreram algum tipo de trauma.
Complicaes: Comum a morte fetal;
Me:
Na hora - Queda de PA e choque; Insuficincia renal aguda pela perda de
sangue; Tromboplastina na circulao podendo causar coagulao disseminada;
Tardia - Sndrome de Shiran, necrose da hipfise causando hipotireoidismo,
queda de TSH e queda de prolactina.
Quadro clnico: Sangramento escasso e doloroso (Sangue fica atrs da placenta);
Hipertonia abdominal; BCF em sofrimento (quadro agudo e GRAVE).
Conduta: parto imediato!
- Rotura Uterina
Durante o trabalho de parto.
Predisposio: em teros muito distendidos (gestaes mltiplas, polidrmnio e
bebs macrossmicos), pacientes com cicatriz uterina e retiradas de miomas.
- Rotura de Vasa prvia
Quando for romper a bolsa e a placenta/cordo for estranho.
- Rotura de seio marginal.

Modificaes locais gravdicas


(Carla)
Ao do estrgeno e da prolactina.
Mamas
Hipertrofia/hiperplasia (5 semanas).
Sensibilidade mamaria.
Rede venosa de Haller - aparecimento de veias (16 semanas).
Aumento do volume do mamilo.
Pigmentao da arola (aumento do MSH, melanina que pode escurecer outros locais alem da
arola, como axilas, interior da coxa e pescoo).
Arola secundaria - Sinal de Hunter (escurecimento extra ao redor da arola para aumentar o local
da pega).
Tubrculos de Montgomery (hipertrofia das glndulas mamarias).
Crescimentos dos canais galactferos (E2).
Pode ter produo de colostro (20 semanas).

tero
Capacidade de 5 l, 1000g e 36 cm (Normal: 6-7 ml; 50 g e 7-8 cm).
Globoso e aps 20 sem cilndrico
Sinal de Hegar : amolecimento do istmo (transio entre corpo uterino para colo).
Sinal de Piskacek: assimetria pela nidao.
Sinal de Noble Budin: corpo uterino no FS lateral da vagina.
Colorao vinhosa.
Aumento da vascularizao do endomtrio.
10 semanas (tero ainda est na snfise pbica)
20 semanas (por volta o tero encontra-se na cicatriz umbilical).
Altura Uterina
Serve para estimar o crescimento do feto.
- at 10 semanas = intrapelvico
- na 20 semans = cicatriz umbilical
- da 20 a 34 semana = cresce 4 cm por ms (1 cm por semana). AU = IG at 34 semanas.
- da 34 a 40 semana = cresce 2 cm por ms (0,5 cm por semana).
AU diminuda = oligodramnio; pr-eclampsia (restrio de crescimento fetal - RCIU); PIG; Tabagista;
Erro de data.
AU aumentada = Polidramnio; DMG (macrossmico); GIG; Gemelar; Erro de Data.
Colo de tero
Sinal de Goodel: amolecimento do colo do tero (consistncia de lbio).
Ectopia = everso da mucosa endocervical (normal).
Tampes de Schroder = tampo mucoso cervical que impede que as bactrias da vagina
penetrem na cavidade amnitica. Gosma Verde.
Colo posteriorizado.
Vagina
Paredes aumentadas e perda da rugosidade (hipertrofia celular e edema)
Colorao arroxeada : Sinal de Kluge
Pulsao da a vaginal em FS (fundo de saco): Osiander
Aumento do fluxo vaginal
Vulva
Sinal de Jacquemier: tom violceo
Hipertrofia e vascularizao aumentada
Varizes (compresso da veia cava)
Obs.: a me pode apresentar hemorroidas.

Mecanismo do Parto
- Insinuao:
a passagem do maior dimetro transverso da apresentao pelos limites do
estreito superior da bacia. Parte mais baixa da cabea est em zero (linha
citica).
O movimento complementar que possibilita a diminuio dos dimetros da
apresentao a flexo (realizado pela impulso das contraes uterinas que
leva a cabea a desempenhar um movimento de bscula).
- Descida:
Espinhas citicas at a vulva. considerada a "insinuao mais profunda"
Seu movimento acessrio a rotao interna da apresentao fetal, e
concomitantemente ocorre a penetrao das espduas no estreito superior da
bacia.
Roda para a posio OP (occipcio esta abaixo da sntese pbica)
- Desprendimento fetal
Seu movimento acessrio a deflexo, movimentos contrrios aos da
insinuao.
- Rotao externa

Conhecido como movimento de restituio, o feto volta para a posio que se


encontrava antes.
- Desprendimento das espduas
Desprendimento do ombro anterior e depois do ombro posterior.
O ombro anterior vai se colocar sob a arcada pbica e o posterior voltado para o
assoalho plvico, impelindo para trs o coccige materno. O desprendimento se
processa com a anterior transpondo a arcada plvica. Para que ocorra o
desprendimento da posterior, o tronco sofre movimento de flexo lateral,
continuando a progredir em direo sada.
-

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