0 Estilo de Liderança de Jesus PDF
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LIDERANA
DE
JESUS
Esdras
Digital
0 ESTILO DE
LIDERANA
DE
JESUS
MICHAEL YOUSSEF
Para
Elizabeth
Sarah
Natasha
Joshua e
Jonathan
meus scios
ndice
l.a PARTE: ORIGENS DA LIDERANA
1. A Necessidade de Confirmao ....................................... ..... 13
2. Prestando Reconhecimento aos que
Vieram Antes de Ns ....................................................... ..... 21
2PARTE:
QUALIDADES DA LIDERANA
11.
12.
PROBLEMAS DA LIDERANA
13.
14.
15.
16.
O FUTURO DA LIDERANA
17.
18.
Apresentao
O que Faz um Verdadeiro Lder?
Ser necessrio ter um ego gigantesco, roupas caras e fora
poltica para ser um autntico lder nos negcios? Voc precisa ter
um diploma de seminrio e ser bem eloquente para ser de fato o
lder na sua igreja? Ser preciso intimidar as pessoas para poder
ser um verdadeiro lder em casa?
No, diz Michael Youssef. Os verdadeiros lderes precisam ter
a chamada e o carter de Jesus Cristo.
Nenhum de ns pode se igualar ao Bom Pastor, mas podemos
aprender, com o seu exemplo, a cuidar melhor do nosso rebanho.
O prprio Youssef, executivo em uma organizao cujo ministrio
se estende por todo o mundo, tem estudado o que dizem os
evangelhos no intuito de descobrir o estilo de liderana que Jesus
nos legou como modelo. Neste livro ele aponta vrias caractersticas presentes na vida de Jesus, que todo lder precisa ter.
Mas ele no pra a. Tomando por base a vida de Jesus,
Youssef mostra como os lderes devem enfrentar as tentaes e as
presses, lidar com o ego, a ira, a solido, os incrdulos, as crticas,
o uso do poder e, tambm, como passar para outros a tocha da
liderana.
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1a. Parte
ORIGENS DA LIDERANA
CAPTULO UM
A Necessidade de
Confirmao
Um pastor amigo meu foi falar a um grupo de crianas usando
sob a roupa uma camiseta especial. Em dado momento anunciou:
Tenho uma coisa para contar a vocs
uma coisa que nunca disse a ningum em toda a minha vida!
Num gesto rpido, abriu a toga clerical expondo a camiseta e
afirmou: Eu sou o Super-Homem!
As crianas acharam graa. E por fim, uma delas o desafiou:
Se o senhor o Super-Homem, ento voe at o teto!
O pastor, ento, continuou explicando-lhes que muita gente
afirma ser isto ou aquilo. Mas, acrescentou o problema que,
tendo afirmado ser o Super-Homem preciso prov-lo.
Com relao liderana, acontece a mesma coisa. Quando
algum apregoa que lder, tem que provar que o . E precisa da
confirmao de outros que admitam: Ele mesmo um lder.
O prprio Jesus teve que comprovar sua condio antes que
outros o seguissem. Depois que alguns o reconheceram como o
Messias prometido, passaram a testemunhar e a confirmar sua
messianidade.
O Evangelho de Joo mostra que Jesus estava sempre
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seu
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PRINCPIO 1
JESUS FOI CONFIRMADO COMO LDER ANTES DE
PODER LIDERAR. O MESMO DEVE ACONTECER
CONOSCO.
CAPTULO DOIS
Prestando Reconhecimento
aos que Vieram Antes de Ns
Durante um banquete, promovido para se premiarem algumas
pessoas, o primeiro homenageado levou vrios minutos
agradecendo s pessoas que o haviam ajudado a conquistar aquele
prmio professores, sua famlia, amigos e quatorze colegas que
faziam parte de um grupo de artistas a que ele tambm pertencia.
Quando o segundo vencedor chegou ao pdio para receber seu
trofu, seu discurso foi bem resumido: Agradeo a vocs pela
deciso acertada que tiveram em me premiar. Quero dizer tambm
que o que fiz, fiz sozinho.
Claro que ele estava brincando, mas suas palavras nos fazem
lembrar muita gente que ocupa posio de liderana atualmente.
Se elas conseguem bons resultados e alcanam sucesso, atribuem a
si todo o mrito. Mesmo que no o expressem verbalmente, o que
pensam : consegui isso sozinho.
Mas esto enganadas. Nenhum de ns consegue coisa alguma
sozinho. Estamos sempre sendo influenciados e ajudados por
outros.
Gigantes do Passado
Sir Isaac Newton disse: Se vi mais longe do que os outros
homens, foi porque estava de p sobre ombros de gigantes.
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fara que chegou a dizer que Sara era sua irm! , mas eu no sou
assim, no.
Como Prestar Reconhecimento a Outros
Se, como lderes, desejamos seguir a Jesus Cristo, devemos,
como ele, reconhecer o valor dos outros. Lem bremos alguns fatos
que podem ajudar-nos a faz-lo.
1. Todo talento e capacidade dom de Deus. Joo Batista se
expressou muito bem sobre isso: O homem no pode receber
cousa alguma se do cu no lhe for dada. (Jo 3.27.) Ele sabia que
ter vindo como precursor de Jesus no tinha sido iniciativa sua;
Deus o tinha dotado para essa misso. Conscientizar-nos de que s
temos capacidade de liderana porque Deus no-la deu, torna-nos
mais humildes.
Quando o apstolo Paulo escreveu sobre os dons espirituais (1
Co 12), ele usou o mesmo princpio. No importava quantos dons
e talentos os corntios tivessem, todos eles provinham de Deus.
Eles no inventaram dons e nem podiam dotar-se a si mesmos de
dom algum.
2. No fizemos nada para adquirir nossa capacidade de
liderana. Ningum conquista um presente. Quando algum recebe
o dom de liderar, uma questo de graa e no de mrito.
3. Este presente que nos dado no deve ser motivo para
vanglria. A uns Deus d a capacidade para liderar, a outros, a
capacidade de reconhecer e seguir os bons lderes. Algumas
pessoas tm habilidade com as mos, outras tm uma facilidade
toda especial para falar; outras, ainda, podem pensar mais
profundamente que as demais. Mas nenhuma dessas pessoas tm
razo para vangloriar-se de ter recebido um dom.
4. Devemos reconhecer e agradecer queles que nos ajudaram a
desenvolver nossas capacidades. Os atletas olmpicos tm um
talento latente, mas isso no basta. Eles precisam de ajuda,
treinamento, correo. Um halterofilista precisa de um instrutor
que o ensine a respirar corretamente; um corredor precisa que lhe
digam se est correndo com os ps corretamente posicionados,
para que no perca segundos preciosos durante a competio.
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PRINCPIO 2
LDER AQUELE QUE PRESTA RECONHECIMENTO
AOS QUE O PRECEDERAM.
2. Parte
QUALIDADES DA
LIDERANA
CAPTULO TRS
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Bob era, de certo modo, um bom pastor. Jesus disse: "Eu sou o
bom pastor; conheo as minhas ovelhas, e elas me conhecem a
mim, assim como o Pai me conhece a mim e eu conheo o Pai; e
dou a minha vida pelas ovelhas (Jo 10.14-15).
Conhecendo as Ovelhas
Embora ocupado e cheio de responsabilidades, aquele
executivo conhecia suas ovelhas. Ele demonstrava interesse por
elas e por suas famlias. H muito eu j sabia de sua capacidade
nos negcios, mas esse incidente fez-me apreci-lo numa
perspectiva nova, muito mais ampla.
Ao contrrio, um outro episdio veio a revelar-me outro tipo
de pastor. Um certo domingo, sada do culto, eu estava ao lado
do pastor de uma igreja muito prestigiada. Ele apertava a mo de
cada um dos membros, cumprimentando-os amavelmente com um
sorriso e um cordial como tem passado?
Pelo menos umas doze vezes o pastor disse: Ah, muito bem,
antes que a pessoa tivesse tido tempo sequer de responder.
Imediatamente sua mo era estendida para a pessoa seguinte da
fila, sempre com o mesmo sorriso e a mesma saudao. Quando
chegou a vez de uma senhora de idade, o pastor disse: Espero
que a senhora esteja passando bem hoje.
A senhora, baixinha e de fisionomia bastante triste, respondeu
rapidamente: Meu marido ficou doente durante a noite de
quinta-feira e eu tive que chamar a ambulncia. Ele ainda est na
UTI...
Sim, muito bom v-la aqui esta manh, disse o pastor
alegremente. sempre uma satisfao t-la aqui para o culto. E
imediatamente estendeu a mo para a pessoa seguinte.
Quase no pude acreditar no que tinha ouvido. Senti- me
constrangido porque o pastor no tinha sequer ouvido o que ela
havia dito; fiquei chocado com tanta insen sibilidade, e magoado
pelo que havia sido feito quela senhora.
Meio desajeitadamente, tentei remediar a situao, embora,
sendo um visitante, no desejasse me envolver
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PRINCPIO 3
BONS PASTORES CONHECEM SUAS OVELHAS;
BONS LDERES CONHECEM SEUS SEGUIDORES.
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CAPTULO QUATRO
Coragem
Maom tem atualmente milhes de seguidores pelo mundo a
fora, e o islamismo uma das religies que crescem mais
rapidamente.
Logo que comeou, entretanto, o nmero de convertidos era
muito pequeno. Quase ningum entendia o que Maom estava
dizendo. Nos seus escritos ele abriu o corao sobre a bno que
era encontrar algum que cresse nele. E prometeu para os
primeiros adeptos uma infinidade de bnos.
Tem surgido um sem nmero de lderes, religiosos ou
seculares, sempre prontos a subornar seus primeiros seguidores.
Estou usando a palavra subornar aqui no sentido de que eles
pagam pela adeso com promessas de bnos ou favores, ou
tentando convenc-los de que so pessoas especiais. Essa a
maneira mais frequente para se iniciar qualquer tipo de
movimento, negcios ou outras atividades que demandem
crescimento numrico. Esses lderes, depois de se empenharem
com afinco para conseguirem os primeiros adeptos, estimulam nos, despertam neles um grande entusiasmo, de modo a fazer com
que o movimento se autopropague.
Mas Jesus no fez grandes promessas quando come
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PRINCPIO 4
NO SERVIO DO SENHOR, POSSO TER
CORAGEM PARA ENFRENTAR
QUALQUER BATALHA DE LIDERANA.
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CAPTULO CINCO
Bondade
Sempre admirei a maneira com que Jesus falava com as
pessoas. Hoje podemos dizer que ele era positivo, porque
geralmente deixava as pessoas perceberem o que estava sentindo
sem, contudo, rebaix-las ou menosprez-las. Tambm no se
dobrava quando seus adversrios tentavam jog-lo contra a
parede. Em Joo 8, por exemplo
os
lderes
judeus
acusaram Jesus de estar possesso e demnio. E ele disse: Eu no
tenho demnio, pelo contrrio, honro a meu Pai, e vs me
desonrais (Jo 8.49).
Jesus tambm repreendia seus discpulos quando era
necessrio. Em sua ltima noite com os doze apstolos, ele pegou
a bacia e a toalha e comeou a lavar os ps de cada um. Pedro
recusou: Nunca me lavars os ps. Jesus respondeu com
firmeza: Se eu no te lavar, no tens parte comigo (Jo 13.8).
O Lado Amoroso
Em outras ocasies, porm, Jesus mostrou o lado terno de sua
natureza. Em nenhum outro lugar isso to flagrante como no
episdio da mulher apanhada em adultrio. Jesus no desculpou
o pecado dela, ele o perdoou. Depois que seus acusadores
partiram, ele lhe
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colocao. De tudo que j tinha lido sobre Paulo, a idia que tinha
dele era de um homenzinho enfezado, pronto para colocar as
pessoas em seus devidos lugares, acertando nos alvos, eloquente
em seus argumentos. Como que ele havia dado tanta nfase a
uma qualidade que ele prprio no demonstrava em sua vida? Mas
com o tempo fui entendendo que as pessoas podem ser objetivas e
bondosas e mansas ao mesmo tempo.
Os Trs Elementos da Bondade
A bondade uma combinao de trs elementos: o primeiro
considerao ou gentileza. O lder gentil leva m considerao os
sentimentos alheios. Ele jamais procura ferir ou rebaixar algum
intencionalmente.
O segundo elemento da bondade a submisso. No sentido
bblico significa submisso vontade de Deus da mesma
maneira que a palavra mansido. Moiss, a quem Deus deu o
ttulo de o mais manso de todos os homens da terra (Nm 12.3), no
hesitou em se opor ao erro e defender a verdade. Ele se submeteu
vontade de Deus.
Jesus tambm refletiu essa qualidade, submetendo-se
vontade do Pai. Ele poderia ter arranjado um jeito de se evadir,
mas voluntariamente foi para a cruz e recusou as honras dos
homens.
A terceira faceta da bondade ser aberto para aprender no
ser orgulhoso a ponto de no ser capaz de aceitar a correo. Uma
pessoa realmente bondosa nunca pra de aprender; mantm-se
sempre receptiva.
Conheo um escritor que possui essa caracterstica. Ele orienta
dois grupos de estudantes que esto aprendendo a escrever. Cada
participante tem que fazer um trabalho toda semana e submet-lo
crtica dos demais. Ele considera esse mtodo uma das melhores
maneiras de aprender.
Ele cr nisso com tamanha convico, que chega, muitas vezes,
a levar para a classe aquilo que ele prprio escreveu. Embora os
estudantes nem sempre saibam fazer Uma avaliao adequada,
mesmo assim ele aprende com seus comentrios. No existe
escritor que seja to bom que no possa receber ajuda dos outros,
diz ele. Isso
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PRINCPIO 5
S UM LDER VERDADEIRAMENTE
FORTE PODE SER VERDADEIRAMENTE
BONDOSO.
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CAPTULO SEIS
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Instituies e Regulamentos
Durante meus estudos de doutorado, fiz pesquisas sobre as
instituies e movimentos sociais. Foi quando verifiquei que,
sempre que uma nova instituio criada
seja ela crist ou no , seus fundadores criticam as
organizaes j estabelecidas, Por exemplo, uma companhia
recm-formada, que vende programas de computador, gaba-se:
Ns oferecemos servio personalizado. O pessoal de uma grande
companhia no d a mnima para os seus clientes.
Quando uma nova congregao ou denominao se forma,
muitas vezes porque seus membros se sentem decepcionados
com a igreja da qual saram, por acharem que ela se tornou muito
rica, muito impessoal, e que j no se importa mais com os
indivduos que s funciona base de regras e regulamentos.
Pode ser que sentiram que sua ex-igreja estava preocupada era em
arrecadar dinheiro para encher os cofres e sustentar seus programas mas nem um pouco interessada em alimentar suas ovelhas.
Ento, a nova igreja ou instituio cresce e se afirma. E os
novos fundadores acabam sofrendo as mesmas acusaes que
faziam aos seus antecessores. E mais uma vez, um jovem lder,
radical e entusiasmado, cheio de iniciativa, surge e declara que
ns devemos acabar com esses regulamentos tolos e retrgrados,
que nos impedem de atingir o povo. Ns devemos estar voltados para o povo.
Da mesma maneira, quando Deus comunicou a lei a Moiss,
ele estava dando estatutos para o bem da comunidade. Com o
correr dos sculos, os lderes interpretaram, reinterpretaram,
explicaram e tornaram a explicar esses estatutos bsicos.
Com o tempo, os estudiosos e os filsofos fizeram acrscimos
s leis, atravs de constantes interpretaes e explicaes.
Chegaram ao ponto em que todo o judeu ortodoxo tinha que
observar 613 obrigaes dirias. Esses mesmos mestres dividiram
as leis em duas partes, as chamadas pesadas (248 obrigaes
dirias) e as chamadas leves (365 preceitos). A quebra das regras
leves no implicava em penalidade muito pesada.
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De Volta s Bases
O estilo de liderana de Jesus foi o reverso do estilo dos
escribas, fariseus e sacerdotes. Quando eles deseja vam falar com
autoridade, diziam: Como ensinava o Rabino Hillel... Referiam se a regras, preceitos ou ensinamentos de um famoso predecessor.
Jesus, por outro lado, dizia o que tinha a dizer sem citar os
mestres, como se v no Sermo da Montanha: Ouviste o que foi
dito... Eu porm vos digo (Mt5.27-44). Ele no pretendia
contradizer as leis de Moiss ou destruir o que Deus havia
ordenado no passado. Muito pelo contrrio, com atos como a cura
do paraltico, ele mostrou que os lderes religiosos haviam
transformado em deuses os mandamentos que tinham sido dados
para orient-los sobre como viver na comunidade e adorar a Deus.
Na poca de Jesus, os principais mestres se perdiam em
debates sem fim sobre qual seria o mandamento mais importante.
Jesus esclareceu facilmente essa questo quando lhe fizeram a
pergunta tentando, provavelmente, enred-lo: Qual o principal
de todos os mandamentos? (Mc 12.28.)
Jesus respondeu citando a lei de Moiss: Amars, pois, o
Senhor teu Deus de todo o teu corao, de toda a tua alma, de
todo o teu entendimento e de toda a tua fora. O segundo :
Amars o teu prximo como a ti mesmo. No h outro
mandamento maior do que estes (vv. 30-31).
Jesus tinha o estilo de liderana que se pode chamar de volta
s bases. Ele sabia que as leis de Deus foram feitas para ajudar
no para atrapalhar as pessoas a viverem uma vida plena. Por
isso deu toda nfase quilo que era realmente essencial
compaixo, amor e fidelidade aos outros e a Deus e no ao
comportamento exterior.
Estilo de Paulo
Paulo mostrou essa caracterstica de liderana quando
escreveu para as igrejas da Galcia. Os crentes de l estavam
envolvidos num emaranhado to grande de
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PRINCPIO 6
O VERDADEIRO LDER COLOCA
OS INTERESSES DAS PESSOAS NA
FRENTE DAS TRADIES HUMANAS.
Esse princpio parece muito bom. A dificuldade saber como
aplic-lo, tamanha a quantidade de tradies que temos de
enfrentar. Jesus poderia ter usado centenas de exemplos que
mostrassem como os lderes religiosos do seu tempo tinham
explorado e escravizado espiritualmente o povo, mas ele escolheu
um dos mais importantes a lei do Sabath. Talvez tivesse
escolhido
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CAPTULO SETE
Generosidade
Um rapaz entrou para a universidade quando j estava com
vinte e cinco anos. J havia tentado fazer uma poro de coisas,
mas acabou descobrindo que o que queria mesmo era aprender.
Quando estava cursando o segundo ano, estabeleceu- se uma
grande afinidade entre ele e um dos professores.
Depois de alguns meses, o professor disse a ele: Bob, sua
mente como algodo absorve absolutamente tudo que ensino.
Mais do que isso, voc tem o tipo de inteligncia que no se
prende a respostas. Voc gera Suas prprias perguntas.
Um ano depois, o mesmo professor disse a Bob: J ensinei a
voc tudo que sei. Francamente, sua capacidade vai alm da
minha. Acho que voc deve se transferir para outra escola onde
possa encontrar um novo desafio. Alm de toda afeio que
dedicava a Bob, o professor queria tambm que ele o superasse.
Nem todo mundo capaz de agir com tal generosidade.
Um farmacutico percebeu um grande futuro num certo jovem
da sua igreja. Ele sabia que o rapaz tinha grande capacidade e
desejava muito entrar para a universidade, mas que isso no era
possvel. Os pais do jovem haviam morrido e ele, sendo o irmo
mais velho, tinha que trabalhar para sustentar dois irmos mais
ovos.
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PRINCPIO 7
O VERDADEIRO LDER D COM
GENEROSIDADE.
Executivos Generosos
Ao contrrio do que a maioria pensa, no pisando nos outros
que os bons lderes atingem o topo. As vezes pensamos que
aqueles que esto l em cima tm a seguinte atitude: Abri meu
prprio caminho, voc trate de abrir o seu. Mas a minha
experincia contraria essa idia. Aqueles que atingem o alto
principalmente os que tiveram de vir de baixo conhecem as
dificuldades e decepes da subida numa organizao e sabem da
importncia de ser ajudado.
H alguns anos uma revista americana fez um estudo sobre os
executivos de alto cargo, de vinte das maiores empresas. Todos
eles disseram ter conseguido o maior impulso em sua carreira
quando algum superior notou-o, ficou impressionado com sua
atuao e capacidade, e resolveu ajud-lo. Um deles acrescentou:
Cada vez que meu protetor subia de posto, me levava junto e
eu subia com ele.
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CAPITULO OITO
Sinceridade
O seriado de televiso atingiu o clmax. O mdico depois de
ter examinado o marido e pedido vrios exames, aproxima-se da
esposa com os resultados na mo.
Como , doutor? perguntou ela.
A senhora quer saber a verdade?
Quero sim, claro.
J assisti a esse tipo de cena muitas vezes na televiso e
algumas vezes tambm na vida real. E sempre me ocorre o mesmo
pensamento: o que que a pessoa poderia ter respondido? Quantas
pessoas seriam capazes de dizer: No, doutor; minta para mim,
tranquilize-me com uma mentira?
Receio que a muitos de ns desagradaria saber a verdade
sobre uma poro de coisas. Sempre encontramos uma maneira de
nos esconder dela ou de encobri-la. J vi isso em grupos que
partilham experincias, grupos de orao, grupos de crescimento.
Tudo comea quando uma pessoa confronta outra. Ela comea logo
a se evadir ou a negar aquilo que foi dito.
Ningum gosta de ver expostas suas aes imperfeitas.
Tambm agimos desse jeito quando somos elogiados.
Simplesmente no sabemos lidar com a verdade.
O que a Verdade?
H um velho ditado que diz: Toda histria tem trs lados: o
seu lado, o lado do outro, e a verdade. Esse ditado devia nos
fazer pensar. Nossa tendncia torcer os fatos a nosso favor
omitindo informaes ou acrescentando alguma coisa verdade.
O Evangelho de Joo registra um dilogo surpreen dente entre
Jesus e Pilatos, acerca da verdade. Teve lugar quando os lderes
judeus trouxeram Jesus presena do governador para que este o
julgasse e condenasse. Quando perguntaram se ele era o rei, Jesus
respondeu: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso
vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele
que da verdade ouve a minha voz. (Jo 18.37.)
Pilatos fez-lhe ento outra pergunta: Que a verdade? (V.
38.) Ele no esperava resposta alguma, tanto que se virou para os
lderes judeus e disse: No acho nele crime algum. Pilatos,
provavelmente, acreditava que ningum poderia responder a essa
pergunta: o que a verdade?
Mas Jesus, em outra ocasio, j havia respondido pergunta
de Pilatos; encontra-se registrada no Evangelho de Joo. Na noite
anterior sua priso, quando se despedia dos discpulos, Jesus
declarou que era o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6) .
Jesus personifica a verdade, defende a verdade e nunca se
desvia dela. Ningum poderia oferecer maior exemplo de
sinceridade do que ele. O exemplo est a, para seguirmos, como
se l no prlogo do quarto Evangelho: Porque a lei foi dada por
intermdio de Moiss; a graa e a verdade vieram por meio de
Jesus Cristo (Jo 1.17). O autor no est dizendo que no havia
verdade antes da vinda de Jesus terra est dizendo que Cristo
a prpria verdade.
Como discpulos da verdade, temos a responsabilida de de
nunca deixar de diz-la. Embora nenhum de ns perceba ou
conhea toda a verdade, isso no nos d o direito de evit-la. Se
chamamos a ns mesmos de crentes, estamos indicando, entre
outras coisas, que apoiamos e defendemos o que verdadeiro.
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Verdade e Amor
No basta dizer a verdade. Como diz-la tambm muito
importante.
Quem no conhece pessoas que falam a verdade da pior
maneira possvel? Conheo um homem que expressa suas opinies
sobre qualquer assunto, sem se preocupar com a reao dos
outros. E ainda se defende: As pessoas sabem como sou. No
acredito nessa histria de fazer rodeios. Ningum o acusa de
hipocrisia ou tapeao. Mas consideram suas palavras destitudas
de amor, compaixo, delicadeza.
Os cristos precisam falar a verdade. Mas Paulo disse: Mas
seguindo a verdade em amor, cresamos em tudo naquele que o
cabea, Cristo. (Ef 4.15.)
Quando falamos a verdade inconsequentemente e, com isso,
ferimos os outros, estamos agindo mal. Quando falamos de
maneira a diminuir ou rebaixar algum, o Esprito Santo no est
falando por nosso intermdio. A verdade, s vezes, machuca, e
nem sempre podemos impedir que isso acontea. Mas bom que
verifiquemos os motivos que nos levaram a diz-la.
Certa feita, algum me disse: O Esprito Santo um
cavalheiro. Um cavalheiro jamais se comporta indelicadamente ou
com maldade. Deus veste a verdade com
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PRINCPIO 8
O VERDADEIRO LDER DIZ
A VERDADE EM AMOR.
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CAPTULO NOVE
Perdo
No dia 14 de novembro de 1940, a fora area alem
Luftwaffe bombardeou a cidade de Coventry, na Inglaterra.
Foi a maior incurso area sobre a Gr-Bretanha durante a
Segunda Guerra Mundial. Quando o bombardeio terminou, os
habitantes da cidade foram ver os estragos e constataram que sua
bela catedral havia sido arrasada.
Mas pelo menos alguns dos moradores no permiti ram que
aquela trgica destruio, sem sentido, do seu lugar de culto e
adorao servisse de desculpa para vingana. No dia seguinte,
membros daquela congregao pegaram duas traves do teto e
prenderam uma outra, assim mesmo retorcidas e chamuscadas
como estavam, e levaram para o lugar das runas onde antes
estivera o altar. As duas traves formavam uma cruz. Os
paroquianos pintaram duas palavras numa tabuleta e a colocaram
ao p da cruz: Pai, perdoa.
Tenho em casa uma rplica daquela cruz. A verdadeira
continua no lugar, prxima da catedral que foi reconstruda.
Desejo que fique l enquanto a humanidade existir para lembrar
ao mundo de que mesmo no meio da maior devastao, podemos
clamar com as
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ns. Podemos continuar nos lembrando dos seus erros, das suas
ms intenes, da sua mesquinharia. Ou podemos clamar por
justia, quando o que realmente estamos pensando : Mostra
que eu estou certo. Ou podemos ainda dizer: Faa com que
aquele cachorro se sinta terrivelmente mal at que ele se
arrependa. Tambm podemos tentar ficar quites com a pessoa.
Empatar. Ouvi certa vez um sermo sobre esse tema. O pastor
disse mais ou menos assim:
A maioria de ns quer empatar, e podemos fazer isso.
Jesus nos disse como: Ouvistes que foi dito: amars o teu
prximo, e odiars o teu inimigo. Eu, porm, vos digo.
Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem
(Mt 5.43,44). Voc quer ficar quites? Ore pelos antipticos,
desagradveis, estpidos, insensveis, os duros de corao,
os grosseiros e os mesquinhos.
O pastor terminou o sermo com um aviso:
Cuidado com suas oraes. Elas no s mudam os outros
como, s vezes, voltam-se contra ns e nos transformam tambm.
E a estaremos empatados!
Se j houve algum com razo para querer fazer o mesmo aos
seus inimigos, esse algum foi Jesus. Mas quando foi trazido
diante do sumo-sacerdote, o Senhor nem sequer tentou explicar ou
provar sua inocncia. Ele disse apenas: Eu tenho falado
francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas
como no templo, onde todos os judeus se renem, e nada disse em
oculto. (Jo 18.20.)
Mais tarde, diante de Pilatos, Jesus teve sua segunda
oportunidade de defender-se. Mas em hora alguma tentou ele
mostrar a violncia e o insulto das acusaes, a falsidade dos seus
acusadores e o pecado de suas aes. Durante todo o confronto
com Pilatos, ele no disse nada em sua defesa (Jo 18.28-38). Essa
no era uma atitude tpica de um homem ofendido; era o estilo de
Jesus, o perdoador.
Passos Para a Reconciliao
Lder eficiente aquele que perdoa. No podemos trabalhar
com uma pessoa se guardamos ressentimento
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ou rancor contra ela. Aqui vo trs passos que podemos dar para
abrir o caminho para o perdo:
1. Auto-anlise. As vezes precisamos nos perguntar por que
estamos guardando rancor, por que acabamos nos sentindo feridos
ou zangados. Gomo disse um amigo meu, um homem de Deus:
Ningum pode ferir seus sentimentos a no ser voc mesmo. Os
outros podem tocar numa parte sensvel da sua vida que voc
ainda no entregou para Jesus.
Os outros podem tocar no nosso sentimento de inferioridade,
nosso receio de parecer tolo, nosso sentimento de inadequao ao
trabalho. Mas essas pessoas esto, na verdade, prestando -nos um
favor quando nos indicam os setores de nossa vida que esto
precisando ser melhorados.
2. Orar pelos inimigos. Por que no anotar em um papel o
nome de seus detratores, rivais, crticos e lev-los at a presena de
Deus todos os dias? No ore assim: Deus, por favor, aperte o Joo
at que ele tome jeito. Em vez disso, diga: Pai, ajuda-me a
entender o Joo, a ter compaixo dele.
3. Esperar a cura. Precisamos trabalhar pela reconciliao.
Temos que esperar que ela acontea. Podemos abordar nossas
feridas com o corao aberto dizendo: Senhor Deus, sei que vou
perdoar e esquecer o que Joo me fez. Isto pode acontecer s
deixarmos que acontea.
PRINCPIO 9
O LDER CAPAZ DE PERDOAR PORQUE
J EXPERIMENTOU O QUE
SER PERDOADO.
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3. Parte
TENTAES DA
LIDERANA
CAPTULO DEZ
Poder
De acordo com as regras de alguns manuais sobre liderana,
Jesus fez tudo errado. Seu erro foi a sua permanente integridade.
Ele nunca fez jogadas e cambalachos, nunca enganou ningum.
Ningum poderia ter dvidas sobre suas intenes se desejasse
realmente conhec-las.
Mas os lderes religiosos do seu tempo nunca o quiseram
saber. Jesus representava uma ameaa para eles e para a sua
autoridade. Eles ficaram contra Jesus desde o princpio porque
sabiam que ele ameaava a base do seu poder.
Muita gente, quando pensa em liderana, pensa em poder.
Precisamos examinar este assunto porque ele se aplica liderana
na igreja, nos negcios, na escola, em casa em qualquer lugar
onde duas pessoas se juntem. Precisamos ver como que Jesus
difere dos outros lderes no seu conceito e uso do poder.
Duas Espcies de Poder
Quando me refiro a poder, estou pensando na capacidade de
influenciar ou induzir o comportamento de outros. H duas
espcies de poder, humanamente falando:
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por tolo se dissesse mais alguma coisa. Esse jeito de agir tpico
dos lderes manipuladores.
Culpa, Vergonha, Ignorncia
Estou convencido de que nas igrejas essa forma de poder
mais usada do que qualquer outra. Ns, lderes, muitas vezes, s
pela nossa posio de liderana, temos a capacidade de provocar
sentimentos de culpa, vergonha e ignorncia em muitas pessoas. E
o fazemos sutilmente.
Por exemplo, Ana no tem aparecido classe dos adultos da
Escola Dominical h trs domingos. Sua professora a encontra na
rua e diz: Ana, onde que voc tem andado? Senti sua falta nos
trs ltimos domingos. Por um lado, a pergunta demonstra
interesse real, mas, por outro, exige uma explicao por parte de
Ana. Quando a professora pergunta a ela por onde tem andado,
Ana tem de encontrar uma desculpa como se fosse uma garotinha
do primeiro ano que faltou um dia escola. Conscientemente, ou
no, ela levada a se sentir culpada.
s vezes os lderes tentam taxar de ignorantes os que
discordam deles. Se voc conhecesse todos os fatos, veria as
coisas de maneira diferente. Isso sugere que o outro igno rante e
irracional, de modo que, muito provavelmente, ele no v
continuar discordando.
Se um empregado comete um erro qualquer, pequeno ou
grande, o manipulador pode dizer: Voc no vai falhar outra vez,
vai? Alguns lderes usam de maior sutileza, mas mesmo assim
suas palavras lembram o subordinado de seus erros passados,
levando-o a sentir vergonha e at mesmo culpa.
Ameaas
No mundo dos negcios, as ameaas financeiras por parte dos
chefes muitas vezes foram as pessoas a se submeterem ou
pedirem conta. O medo de serem mandados embora, de no
receberem aumento e de conseguir um ndice baixo na avaliao
anual de desempenho pessoal, explorado pelos chefes para
manter os empregados na linha.
s vezes, a ameaa no feita pessoalmente pelo
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PRINCPIO 10
QUANDO OBEDECE A DEUS E SERVE
AOS OUTROS QUE O LDER ENCONTRA
SEU MAIOR PODER.
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CAPITULO ONZE
O Nosso Ego
Um conferencista muito conhecido, que j havia aparecido em
vrios programas de entrevistas e palestras na televiso, foi
convidado para falar em uma concentrao anual de uma
organizao muito prestigiada. O organizador do evento havia
telefonado e depois confirmou por carta o quanto a organizao
desejava t-lo presente: Estamos todos ansiosos por encontr-lo e
queremos muito que fale para ns. O senhor nem pode imaginar
quantas vezes os nossos membros citam o senhor e com que
frequncia sugerem o seu nome.
No dia da concentrao, o conferencista chegou alguns
minutos mais cedo. Entrou, apresentou-se, recebeu o crach com
seu nome, mas ningum prestou a menor ateno nele.
Menos de cinco minutos antes de lhe ser dada a palavra,
perguntaram pelo sistema de alto-falantes: O
senhor ........... j chegou?
Mais tarde o conferencista me confessou que se sentira ferido
em seus sentimentos por ningum t-lo reconhecido. Tive
vontade de ir embora, disse-me ele. Eles tinham me posto nas
nuvens antes de eu chegar,
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O Lder Seguro
Quando um lder crente assume uma posio importante,
implicitamente promete fazer o melhor para a sua igreja ou sua
empresa. Se chegou quele cargo de destaque porque algum ou
alguma comisso considerou-o capaz para tal. Assumindo o cargo
est automaticamente se comprometendo a lutar por obter os
resultados desejados, em atendimento s espectativas. Outra
maneira de se dizer isso como o fez Paulo: O que se requer dos
despenseiros que cada um deles seja encontrado fiel. (1 Co 4.2.)
O verdadeiro lder tem, tambm, auto-confiana e fora
interior para saber o que e o que pode fazer. No teme perder
sua posio. Nem tolo de deixar que pessoas sem escrpulos
assumam a direo. Tampouco,
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Vim aqui para fazer o melhor que posso. Participo desse esporte
porque gosto.
Essa atitude caracteriza o verdadeiro lder. Ele con quista sua
posio de liderana, mas no tem medo de que outros alcancem
mais sucesso que ele.
PRINCPIO 11
O LDER QUE TEM SEGURANA EM
JESUS CRISTO, NO TEM NADA A
PROTEGER.
CAPTULO DOZE
Ira
Um muulmano, que tinha ouvido vrios crentes falarem de
sua f, fez-lhes, certa vez, uma pergunta extremamente desafiante:
Por que que, quando eu grito com os meus filhos, vocs dizem
que estou com raiva. Se um crente faz o mesmo, vocs dizem que
uma indignao justa. Qual a diferena?
Tenho ouvido a mesma pergunta feita com relao ao
comportamento de Jesus no templo quando ele expulsou os
cambistas e vendilhes. Geralmente dizemos que ele se indignou
justamente, no que estava irado. Qual a diferena?
Para encontrarmos a resposta, e vermos o papel que a ira
representa na vida de um lder, precisamos examinar o incidente
no templo. O evangelho de Joo conta a histria no captulo 2.13 22. Apesar de Joo no ter dado nome ao sentimento de Jesus, o
Senhor estava realmente irado e demonstrou isso.
Tumulto no Templo
Jesus fez quatro coisas no templo naquele dia: fez um chicote
de cordas, enxotou os animais, derramou no cho
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A Ira Saudvel
A ira saudvel contra a injustia, os atos perversos e o mal
aceitvel em situaes adequadas. Aqui vo alguns exemplos:
Em 1981 foi criada nos Estados Unidos uma organizao
chamada MADD (Mes contra motoristas bbados), porque uma
me, Candy Lightner, perdeu uma filha adolescente quando um
motorista bbado atropelou-a e matou-a. A senhora Lightner
partilhou sua revolta com outros pais que haviam perdido filhos e
filhas nas mesmas circunstncias. Em pouco tempo a campanha
ganhou dimenso nacional.
Revolta contra o abuso praticado contra crianas trouxe o
assunto baila, engajando muitas pessoas que, antes, nunca
tinham dado ateno a ele. Agora, esto sendo feitos esforos
muito maiores para coibir e fazer cessar esses abusos, e no intuito
de prestar aconse
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PRINCPIO 12
DA MESMA MANEIRA QUE JESUS, O
VERDADEIRO LDER EXPRESSA SUA
IRA DE MANEIRA SAUDVEL.
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4 Parte
PROBLEMAS DA
LIDERANA
CAPTULO TREZE
Busca de Apoio
Quando algum est pensando seriamente em entrar para a
poltica, procura saber quanto de respaldo sua candidatura vai ter.
Quando algum inicia um negcio, bom perguntar logo: Ser
que o produto vai vender bem? Quais as perspectivas de mercado
para este empreendimento? Quando decidi escrever este livro,
tive que responder a duas perguntas, porque sabia que, de
qualquer maneira, o editor iria faz-las: 1) quem vai ler esse livro?
2) Vamos ter um nmero significativo de pessoas para compr-lo,
que compense os esforos e as despesas que o editor vai ter com
ele?
A pesquisa atualmente um pr-requisito para se comear
qualquer coisa nos negcios ou na poltica. Isso se aplica s igrejas
tambm. Quando uma denominao decide construir uma igreja
em determinado lugar, faz uma pesquisa para determinar se existe
ali um nmero de membros que justifique a iniciativa.
Mas parece que, quando Deus enviou Jesus Cristo para estar
entre ns, no precisou consultar estatsticas. Nem tampouco
mandou doze especialistas em marketing ficar numa esquina
perguntando a quem passasse:
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PRINCPIO 13
UM VERDADEIRO LDER, COM A AJUDA
DE DEUS, EQUIVALE A UMA GRANDE
MAIORIA.
CAPTULO QUATORZE
Os Descrentes
O estilo de liderana de Jesus se destacou pela sua capacidade
de lidar com uma variedade enorme de temperamentos, condies
e nveis de maturidade espiritual. Depois da ressurreio, por
exemplo, ele demonstrou essa qualidade de maneira brilhante.
Foi nas ocasies em que teve de lidar com Maria, a que chorou
desconsolada no tmulo do Senhor, com Pedro, arrependido, com
os dois discpulos desesperanados, do caminho de Emas, e com
Tom, o descrente. A liderana de Jesus se mostrou eficiente em
todas essas situaes, curando, reconciliando, dando segurana e
esperana.
Entre todos os que estiveram na presena de Jesus depois da
ressurreio, talvez tenha sido Tom o que representou o maior
desafio. Ele no estava presente quando Jesus apareceu aos seus
discpulos, e assim ele perdeu a oportunidade de ver o Senhor
ressuscitado. Tom, o descrente, chamou os discpulos de
mentirosos, porque no acreditou na palavra deles. Ele, numa
atitude arrogante, achou-se no direito de ditar condies para
acreditar no que os outros diziam.
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PRINCPIO 14
O VERDADEIRO LDER AJUDA OS
INCRDULOS A SE TORNAREM CRENTES.
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CAPITULO QUINZE
Crticas
Entrando certo dia num escritrio, vi sobre a mesa do gerente
uma placa com esses dizeres:
PARA NO SER CRITICADO:
NO DIGA NADA. NO FAA NADA. NO SEJA NADA.
No tenho muita certeza de que at mesmo isso funcione. Na
verdade, no imagino nenhum meio de evitar crticas,
principalmente quando se um lder.
Quase todos ns lutamos com o problema de como enfrentar
as crticas. duro aceit-las quando so justas. Mas quando so
injustas, ou feitas pelas costas, sem dar oportunidade de defesa ou
explicao, pior ainda.
Ningum est imune a crticas. Aqui est um golpe desferido
contra uma figura muito conhecida:
Ele no em nada melhor que um assassino. Traioeiro
com os amigos, hipcrita na vida pblica, um impostor que
abandonou todos os bons princpios, se que alguma vez
os teve.
Esse comentrio foi feito sobre George Washington. Mas h
tambm este editorial publicado em um jornal a respeito de um
grande executivo:
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Primeira Reao
Qual deve ser nossa primeira reao s crticas? Como lderes
crentes, precisamos ouvir. Nossos crticos podem estar falando a
verdade. Pode ser que no faam isso com delicadeza ou tato, mas
a verdade continua
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um saco cheio de crticas e reclamaes, e sempre rpida em p las para fora ao primeiro sinal de qualquer sugesto de um novo
programa:
muito barulhento.
muito mundano.
Caro demais.
usar mal o dinheiro de Deus.
Vai atrair o tipo errado de gente.
Mas h outras pessoas que se interessam por inovaes,
acrescentou. Oua o que dizem. No interrompa uma atividade
que est agradando a cinquenta pessoas, s porque trs
comearam a criticar.
Um amigo me disse: Talvez devamos nos sentir felizes
quando as pessoas comearem a criticar-nos. Isso no fez o menor
sentido para mim, de modo que resolvi perguntar o que ele queria
dizer.
Respondeu-me citando as palavras de Jesus: Bemaventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos
perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vs. Regozijai vos e exultai, porque grande o vosso galardo nos cus, pois
assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vs. (Mt
5.11,12.)
Pouco antes de Jesus ir para o jardim de Getsmani, ele disse:
Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: No o servo maior do
que o seu senhor. Se me perseguiram a mim, tambm perseguiro
a vs outros; se guardaram a minha palavra, tambm guardaro a
vossa. (Jo 15.20.)
Quando as crticas forem merecidas aprenda com elas. Quando
forem injustas, lembre-se do seguinte princpio:
PRINCPIO 15
PERFEITO, HOUVE APENAS UM LDER, E,
MESMO ASSIM, FOI CRITICADO.
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CAPTULO DEZESSEIS
Tempestade em Copo
dgua
Um lder crente saiu de uma empresa menos de seis meses
depois de ter comeado a trabalhar l. Ele sempre havia
apresentado excelentes resultados antes de ir para essa
organizao, e se mostrou muito capaz enquanto esteve na tal
empresa. Um amigo apresentou-me a ele, e, enquanto
conversvamos, meu amigo perguntou: Por
que voc saiu da companhia ........................... ?
Posso responder com uma palavra, disse ele. Mes quinhez.
Ele no entrou em detalhes, nem mencionou nomes; disse apenas:
Eles no tm esprito de equipe. Todo mundo tem que passar por
cima do outro. Em todo lugar tinha muito ciuminho, inveja,
rivalidade. Todo mundo queria criar um imprio e reinar sobre os
outros imperiozinhos. Eu queria trabalhar com todo mundo.
Depois de seis meses, por mais que lutasse para no participar
desse ambiente de rivalidade, se eu cooperasse com uma pessoa,
automaticamente mostrava minha oposio a outra. Ento decidi
sair.
Problemas mesquinhos parecem pequenos e de fato o so
, mas baixam o moral e a produtividade. Problemas grandes,
como sobrevivncia financeira, so, em geral, fceis de identificar,
mas probleminhas de mesquinhez e inferioridade podem passar
quase desper
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PRINCPIO 16
O LDER PRUDENTE IMPEDE QUE
OS PROBLEMAS PEQUENOS SE TORNEM
GRANDES PROBLEMAS.
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5 PARTE
O FUTURO DA LIDERAA
CAPTULO DEZESSETE
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Conhecendo as Pessoas
Nada existe, provavelmente, que mais ajude na esco lha e
desenvolvimento de lderes do que a intuio ou perspiccia. Jesus
provou seu poder de discernimento ou intuio com frases como
esta, que ele disse no Cenculo, logo depois de ter lavado os ps
dos discpulos: Quem se banhou no necessita de lavar seno os
ps; quanto ao mais est todo limpo. Ora, vs estais limpos, mas
no todos. Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse:
Nem todos estais limpos. (Jo 13.10,11.)
Jesus conhecia o ntimo das pessoas tanto o bom como o
mau (Jo 2.23-25). Ele conhecia Judas e o mal que havia no seu
corao; ele conhecia Joo e Tiago e Natanael, e viu o potencial de
liderana que eles tinham.
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PRINCPIO 17
OS LDERES SO ESCOLHIDOS
E EQUIPADOS POR DEUS; TEMOS
APENAS QUE DESCOBRI-LOS E
DESENVOLV-LOS.
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CAPTULO DEZOITO
Transformando Seguidores em
Lderes
H pouco tempo estudei Joo 13-17, porque queria meditar
sobre as ltimas palavras que Jesus disse a seus discpulos, antes
de ser preso. O que ele disse foi mais do que uma despedida; foi
um resumo dos trs anos de aprendizagem que esses homens
tiveram em companhia dele. J por bastante tempo vinha ele
dando uns toques de que em breve ficariam ss, vivendo por conta
prpria. Agora prometia enviar-lhes um Consolador, o Esprito
Santo.
Deve ter sido difcil para seus seguidores entenderem o que
Jesus estava dizendo. Muito do que ele disse s viria a ser
entendido mais tarde. Talvez tenha sido difcil para Jesus tambm.
Ele havia trabalhado com os discpulos, ensinado, e vivido o seu
compromisso com o Pai diante deles dia a dia. Em pouco tempo
eles teriam que prosseguir sem sua presena fsica.
Mas os discpulos prosseguiram com sucesso. Hoje podemos
olhar para o estilo de liderana de Jesus e agradecer a ele por no -lo
ter legado. Ele puxava seus seguidores para a frente sem esperar
que lhe exigissem responsabilidade, emprego ou cargo pblico.
Ao contrrio disso, tenho encontrado muito relacio
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PRINCPIO 18
O LDER TREINA OUTROS, QUE SE
TORNAM LDERES, QUE, POR SUA VEZ,
TREINAM OUTROS.
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usava esse mtodo com Samuel. Quando veio para o templo ainda
criana, Samuel cresceu sob a orientao de Eli. Atravs dos anos
Eli foi ensinando ao jovem o seu papel de sacerdote o que um
sacerdote devia fazer, vestir, dizer. E afinal chegou o dia em que
Samuel assumiu a responsabilidade de ser o sumo sacerdote da
nao judaica.
2. Atravs do exemplo. Os estudantes absorvem, no mnimo,
tanto do carter e estilo de vida dos seus profes sores quanto das
suas palavras. Na verdade, muitos educadores afirmam que a
pessoa do professor comunica muito mais do que qualquer
conhecimento que transmita.
H um sculo, Brooks Phillips definiu pregao como sendo a
verdade atravs da personalidade. Creio que ele concordaria que
a verdade a verdade, independente de quem a diz. Mas a
verdade vem vestida com a personalidade do mensageiro. O
indivduo dando instrues diz tanto atravs da aparncia,
personalidade e atitude quanto do material cedido.
Nos anos 60, Marshall McLuhan disse algo muito parecido
com isso: O meio a mensagem. Da mesma maneira que
podemos dizer a um hipcrita: Suas aes falam to alto que eu
no posso ouvir nenhuma palavra que voc est dizendo,
podemos dizer a um professor sincero: Sua vida fala de modo to
positivo, que eu ouo tudo que voc est-me dizendo.
Jesus era sincero. Em lugar algum do Evangelho os escritores
puseram em dvida a sinceridade ou a integridade de Jesus,
embora tenham questionado praticamente tudo mais. Lealdade e
sinceridade so qualidades bsicas para quem deseja ser exemplo
para futuros lderes.
3. Atravs dos resultados. Quando Jesus falou com seus
detratores, pediu-lhes: Se no podeis crer em mim, crede pelas
obras que fao. (Jo 10.38, parfrase do autor.) Uma vez ele disse:
As obras que o Pai me confiou, para que eu as realizasse, essas
que eu fao, testemunham, a meu respeito, de que o Pai me
enviou. (5.36.)
4. Lanando mo do testemunho de outros. Jesus se refere a
Joo Batista como testemunha do seu ministrio.
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