Ritmo Escapulo-Umeral
Ritmo Escapulo-Umeral
Ritmo Escapulo-Umeral
A medida que o trapzio e serrtil continuam a gerar uma fora rotatria na escpula, o
movimento escapular ainda restringido pelos ligamentos coracoclaviculares na articulao
AC e pelo ligamento costoclavicular na EC. Sendo que no h outro movimento disponvel
para dissipar a fora do trapzio e serrtil, o processo coracide da escpula desce, puxando o
ligamento coracoclavicular e com ele o tubrculo conide da clavcula, situado
posteriormente. O movimento resultante rotao da clavcula em seu eixo longitudinal. A
rotao clavicular ir virar a extremidade lateral da clavcula para cima sem causar elevao
na articulao EC. A escpula, unida a extremidade lateral da clavcula ser carregada por
mais 30 de rotao para cima atravs de um eixo ntero-posterior na articulao AC. A
articulao AC tambm permite um mximo de 20 de tipping e 40 de alamento a medida
que a escpula acha sua posio final na caixa torcica.
Se 180 aceito como mxima elevao (flexo ou abduo) do mero, elevar o brao at a
horizontal envolve 60 de movimento na GU e 30 de movimento escpulo-torcico, com o
movimento escapular provido pela elevao clavicular na articulao EC. Elevar o brao da
horizontal para a vertical envolve 60 adicionais de movimento GU (com rotao lateral
necessria para a abduo no plano frontal) e 30 de movimento escapular produzido pela
rotao clavicular na articulao AC. Para a clavcula rodar em torno de seu eixo
longitudinal, tanto a EC como a AC devem estar livres para mover.
A sequencia de eventos do ritmo escapuloumeral ocorrem independentemente do plano no
qual o brao elevado. Ou seja, ainda que a as quantidades de movimentos possam variar,
cada componente contribui de forma similar seja para a flexo, abduo, ou abduo no
plano da escpula. Uma diferena j notada que abduo no plano frontal requer
concomitante rotao lateral do mero para permitir ADM total. Ainda h outra diferena
entre a elevao no plano frontal e no plano sagital. Ainda que a escpula deva rodar para
cima em ambos movimentos, flexo requer abduo simultnea da escpula. Abduo da
escpula traz a fossa glenide para frente mantendo-a em linha com o corpo do mero. Se
isso no ocorresse, a cabea do mero ficaria sem proteo posteriormente; deslocamentos
posteriores poderiam ocorrer com uma fora relativamente pequena. Em abduo no plano
frontal, a escpula tende a permanecer em sua posio de repouso ou ligeiramente aduzida.
Disfuno estrutural
Completar a elevao total do brao depende da contribuio das articulaes GU, ET, EC e
AC. Perda de movimento em qualquer uma dessas articulaes resulta em ADM limitada.
Quando essa perda existe o conceito de ritmo escapulo-umeral irrelevante. Uma reduo de
movimento na GU no resulta numa diminuio proporcional de movimento escpulotorcico. A razo de movimento no mais pertinente j que o corpo ir automaticamente
recrutar o movimento faltante em outras articulaes.
Se o movimento na articulao GU est restrito por dor ou doena, a ADM total do mero
ser reduzida. No importando quanto de movimento ainda resta para a articulao, ele ser
acompanhado de 60 de elevao escpulo-torcica. Por exemplo, restrio do mero numa
posio de rotao medial ir limitar a abduo na GU em 60. Essa quantidade de elevao
ser combinada com 60 de movimento escpulo-torcico, dando um total de 120.
Considere tambm que a fuso da articulao EC ir eliminar o movimento escapular. Como
tanto a elevao clavicular como a rotao ocorrem na articulao EC, a sua fuso ir
eliminar ambos componentes de rotao escapular. Movimento do mero ocorrer s na
articulao GU, com a quantidade de movimento dependendo se o movimento ativo ou
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