O documento discute a emergência do Estado Absolutista na Europa durante o século XVI como uma ruptura com o feudalismo. O Estado Absolutista centralizou o poder e introduziu exércitos permanentes, burocracias e sistemas tributários. No entanto, existiam diferenças entre o absolutismo na Europa Ocidental, onde a burguesia limitou o poder da nobreza, e na Europa Oriental, onde a nobreza manteve o domínio através da servidão.
O documento discute a emergência do Estado Absolutista na Europa durante o século XVI como uma ruptura com o feudalismo. O Estado Absolutista centralizou o poder e introduziu exércitos permanentes, burocracias e sistemas tributários. No entanto, existiam diferenças entre o absolutismo na Europa Ocidental, onde a burguesia limitou o poder da nobreza, e na Europa Oriental, onde a nobreza manteve o domínio através da servidão.
Descrição original:
Trechos do livro Linhagem do Estado Absolutista, de Perry Anderson.
O documento discute a emergência do Estado Absolutista na Europa durante o século XVI como uma ruptura com o feudalismo. O Estado Absolutista centralizou o poder e introduziu exércitos permanentes, burocracias e sistemas tributários. No entanto, existiam diferenças entre o absolutismo na Europa Ocidental, onde a burguesia limitou o poder da nobreza, e na Europa Oriental, onde a nobreza manteve o domínio através da servidão.
O documento discute a emergência do Estado Absolutista na Europa durante o século XVI como uma ruptura com o feudalismo. O Estado Absolutista centralizou o poder e introduziu exércitos permanentes, burocracias e sistemas tributários. No entanto, existiam diferenças entre o absolutismo na Europa Ocidental, onde a burguesia limitou o poder da nobreza, e na Europa Oriental, onde a nobreza manteve o domínio através da servidão.
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Anderson, Perry. Linhagens do Estado Absolutista.
So Paulo: Editora Brasiliense, 2004. Trechos do livro:
A longa crise da economia e da sociedade europias durante os sculos XIV e
XV marcou as dificuldades e os limites do modo de produo feudal no ltimo perodo da Idade Mdia. Qual foi o resultado poltico final das convulses continentais dessa poca? No curso do sculo XVI, o Estado absolutista emergiu no Ocidente. As monarquias centralizadas da Frana, Inglaterra e Espanha representavam uma ruptura decisiva com a soberania piramidal e parcelada das formaes sociais medievais, com seus sistemas de propriedade e de vassalagem.
Segundo Engels, declarou-as produto de um equilbrio de classe entre a
antiga nobreza feudal e a nova burguesia urbana: Excepcionalmente, contudo, h perodos em que as classes em luta se equilibram, de tal modo, que o poder de Estado, pretenso mediador, adquire momentaneamente um certo grau de autonomia em relao a elas. Assim aconteceu com a monarquia absoluta dos sculos XVII e XVIII, que manteve o equilbrio entre a nobreza e a classe dos burgueses.
As monarquias absolutas introduziram os exrcitos regulares, uma burocracia
permanente, o sistema tributrio nacional, a codificao do direito e os primrdios de um mercado unificado. Todas essas caractersticas parecem ser eminentemente capitalistas. Uma vez que elas coincidem com o desaparecimento da servido, uma instituio nuclear do primitivo modo de produo feudal da Europa. Foi nesta poca que ocorreu uma sbita e simultnea restaurao da autoridade e da unidade polticas. (..) A centralizao econmica, o protecionismo e a expanso ultramarina engrandeceram o Estado feudal tardio, ao mesmo tempo que beneficiaram a burguesia emergente.
O absolutismo tambm apareceu na Europa Oriental. As caractersticas e a
temporalidade contrastantes das duas variantes do absolutismo na Europa ocidental e oriental so evidentes. Na Europa oriental, o poder social da nobreza no foi limitado por uma ascendente burguesia urbana, como aconteceu na Europa ocidental. O absolutismo oriental era
caracteristicamente a dominao senhorial sem entraves. Edificado sobre a
servido.
Com o estabelecimento dos regimes absolutistas na Europa oriental
completava-se, por sua vez, o sistema internacional de Estados que definia e demarcava o continente no seu conjunto. O nascimento de uma ordem poltica multilateral, funcionando como um campo nico de competio e conflito entre Estados rivais, foi portanto, a um s tempo, a causa e o efeito da generalizao do absolutismo na Europa. A construo desse sistema internacional a partir de Vestflia no tornou, evidentemente, homogneas as duas partes do continente. Ao contrrio, representando desde o incio linhagens histricas distintas, os Estados absolutistas da Europa ocidental e oriental seguiram diferentes trajetrias at as respectivas concluses.
No ocidente, as monarquias espanhola, inglesa e francesa foram derrotadas
ou derrubadas por revolues burguesas a partir de baixo; os principados italianos e alemes foram eliminados por revolues burguesas de cpula, tardiamente. No Leste, por outro lado, o imprio russo foi finalmente destrudo por uma revoluo proletria. As consequncias da diviso do continente, simbolizadas por estas sucessivas e opostas sublevaes ainda hoje nos acompanham.