Gombrich A História Da Arte

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Arte Pr Histrica

Periodo anterior ao aparecimento da escrita, tambm conhecido como


Pedra Lascada. A historia foi reconstituda a partir de pesquisas
antropolgicas e historiadores, atravs de objetos encontrados em
varias partes do mundo e de pinturas encontradas no interior de
cavernas na Europa (velho mundo), norte da frica e sia. No
Paleoltico, o homem era nmade, as pinturas eram feitas nas
cavernas (Pinturas Rupestres). O Pintor caador retrata nas paredes
das cavernas o animal que pretendia caar no dia seguinte. A
principal caracterstica era o Naturalismo e a Arte surge como magia,
ou seja, o pintor-caador do Paleoltico supunha ter poder sobre o
animal desde que possusse a sua imagem. No Neoltico ou Idade da
Pedra Polida, o homem mais evoludo, constitui famlia, se dedica
agricultura, fixa residncia, esculpe em bronze e outros materiais,
constri armas e instrumentos com pedras polidas, mediante atrito.
Faz desenhos estilizados que prenunciam o aparecimento da palavra
escrita, desenvolve tambm a tcnica de tecer panos, fabricar
cermica e construir as primeiras moradias. Consegue produzir fogo
atravs do atrito inicia o trabalho com metais. O homem, que se torna
um campons, no precisava mais ter os sentidos apurados do
caador do Paleoltico, ento seu poder de observao foi substitudo
pelo pela abstrao e racionalizao, e isso reflete na arte, que se
torna simplificada e geometrizada. Essa primeira grande
transformao da historia da arte, que propicia o surgimento da
linguagem escrita, mais tarde.

Egpicia
Uma das principais civilizaes da Antiguidade, a civilizao egpcia
era muito evoluda para a poca. Era bastante complexa em sua
organizao social e riqussima em suas realizaes culturais.
Produziram uma escrita bem estruturada, que nos permitiu ter um
conhecimento completo de sua cultura. A religio talvez fosse o
aspecto mais significativo da cultura egpcia. Invadiu toda a vida
egpcia, interpretando o universo, justificando sua organizao social
e poltica, determinando o papel de cada classe social, orientando
tambm toda a produo artstica desse povo. Toda a produo
artstica era voltada para a morte. Acreditavam na reencarnao, de
uma forma que retornariam a vida no mesmo corpo, com todos os
seus bens, incluindo os servos. Por isso construam grandes
pirmides, nas quais depositavam no s os corpos dos faras, mas
tambm todos os seus bens. A arte egpcia concretizou-se nos
tmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto aos mortos. Do
mesmo modo, a arquitetura egpcia desenvolveu-se sobretudo nas
construes morturias. O fara era considerado DEUS, senhor de

tudo e todos, definindo inclusive os cnones artsticos, como a Lei da


Frontalidade, que determinava que o tronco da pessoa fosse
representado sempre de frente, enquanto sua cabea, pernas e ps
eram vistos de perfil, entre outras regras, que limitavam a
criatividade ou a imaginao pessoal.A produo artstica era
annima.

GREGA
Os gregos apresentaram uma produo cultural muito livre. No se
submeteram imposio de sacerdotes ou de reis autoritrios e
valorizavam vida e o homem, na certeza de que o homem era a
criatura mais importante do universo. O conhecimento, atravs da
razo esteve sempre acima da f em divindades. Os gregos reuniamse em comunidades distantes umas das outras. Muitas delas
transformaram-se em cidades-estado, a POLIS GREGA, Com a
intensificao do comercio, as cidades estado entraram em contato
com as culturas do Egito e do Oriente prximo. Cultuavam o belo,
Representavam seus deuses como seres humanos. Valorizavam a
beleza da vida neste mundo. Sua arte expressa serenidade, ordem e
harmonia, perfeio e simetria. Descobriram atravs de clculos
matemticos o retngulo ureo, que nos serve de parmetro at hoje
na execuo de peas grficas e formatos, de um modo geral.
Utilizado inicialmente nas esculturas, o mrmore no se mostrou
muito adequado para o tipo de escultura que faziam, por isso
comearam a utilizar o bronze, pois esse material permitia ao artista
criar figuras que expressassem melhor o movimento. Na arquitetura,
as edificaes que despertaram maior interesse foram os templos.
Foram construdos no apenas para reunir os fiis para um culto
religioso, e sim para proteger das intempries do tempo, as
esculturas dos seus deuses e deusas. Na Grcia clssica os teatros
eram divididos em trs partes: o espao circular, chamado
ORQUESTRA, local para danas, coros e atuaes, uma
ARQUIBANCADA em semi circulo, destinada aos espectadores, e o
PALCO, local onde os atores se preparavam para entrar em cena e
onde eram guardados os cenrios e roupas usadas nas
representaes. Exemplo tpico. TEATRO DO EPIDAURO, construdo no
sculo IV a.C. Na Grcia, a pintura surgiu como elemento decorativo
da arquitetura. Vastos painis pintados recobriam as paredes das
construes, assim como era utilizada nas cermicas gregas,
utilizadas na ornamentao e conhecidas pela sua perfeio e
equilbrio de formas. As pinturas dos vasos representam pessoas em
suas atividades dirias e cenas da mitologia grega.

ROMANA
Roma surgiu envolvida entre lendas e mitos. Sua formao cultural
recebeu influencias dos gregos e etruscos, que ocuparam diferentes
regies da Itlia entre os sculos XII e VI a.C. Na arquitetura,
utilizavam o arco e a abbada, o que lhes permitia criar amplos
espaos internos, livres do excesso de colunas, que os gregos
utilizavam em suas construes. As casas dos romanos eram
desenhadas segundo um retngulo bsico e os templos eram
construdos em um plano mais elevado, cuja entrada somente era
alcanada atravs de uma escadaria diante da fachada principal. Em
razo do uso de arcos e abobadas, influencia dos etruscos, os
romanos construram edifcios, sobretudo anfiteatros, muito mais
amplos do que teria permitido a simples influencia da arquitetura
grega. Nas construes destinadas aos espetculos, como por
exemplo, as lutas dos gladiadores, construam um local destinado ao
publico, AUDITORIO, atravs de tcnicas de filas sobrepostas. Essa
soluo arquitetnica possibilitou aos romanos construir tais edifcios
em qualquer lugar, independente da topografia, enquanto que os
gregos precisavam assentar os seus teatros nas encostas das colinas.
O COLISEU, certamente era o mais belo dos anfiteatros romanos,
iniciado no reinado do imperador Vespasiano e concludo em 82 d.C,
pelo imperador Domiciano. Esse anfiteatro de enormes propores,
acomodava 40.000 pessoas sentadas e mais 5.000 em p. A maior
parte das PINTURAS romanas que conhecemos hoje, provm das
cidades de Pompia e Herculano, soterradas pela erupo do Vesvio
em 79 d.C. Ora de maneira mais tosca e alegre, ora de maneira mais
segura e brilhante, os pintores romanos misturavam realismo e
imaginao, e suas obras ocuparam grandes espaos nas
construes, complementando ricamente a arquitetura. ESCULTURA.
Apesar de serem grandes admiradores da arte grega, os romanos
tinham o temperamento muito diferente dos gregos. Eram realistas e
prticos, e refletiam isso na sua arte. Suas esculturas so uma
representao fiel das pessoas e no a de um ideal de beleza,
conforme fizeram os gregos. Um reflexo da praticidade romana que
por toda parte em que estiveram, estabeleceram colnias e
construram cassas, templos, termas aquedutos, mercados e edifcios
governamentais. Aps as primeiras dcadas do sculo III, os
imperadores romanos comearam a enfrentar lutas internas pelo
poder, agravados pela invaso dos povos brbaros, tendo diminudo,
por isso o interesse pelas artes, de modo que realizao de
monumentos para o Estado ficou bastante reduzida. Foi o comeo da
decadncia do Imprio Romano, que no sculo V, perde o domnio do
seu grande territrio do ocidente para os invasores germnicos. Era
uma civilizao que valorizava a praticidade, o realismo nas
representaes e idolatrava o poder.

1. Estranhos Comeos: Povos pre-histricos e primitivos. Amrica antiga.


Parece que esses caadores primitivos imaginavam que, se zessem uma imagem de
sua presa, os animais ver-dadeiros tambm sucumbiriam ao seu poder. Antigas
civilizaes pr-colombianas onde a feitura de imagensvinculada magia e
realizao, e tambm a primeira forma de escrita.
2. Arte para a Eternidade: Egito, Mesopotmia e Creta.
Regularidade geomtrica e penetrante observao da natureza caracterstica de toda a
arte egpcia. O m-todo do artista se assemelhava mais ao do cartgrafo que ao pintor:
tudo tinha que ser representado a partir doseu ngulo mais caracterstico. Artistas
cretenses representavam movimentos rpidos e geis em estilo livree gracioso, j
os mesopotmios erigiam monumentos para celebrar vitrias nas guerras,
verdadeiras crnicasilustradas das campanhas dos reis.
3. O Grande Despertar: Grcia, sculos VII V a.C.:
Embora templos gregos sejam vastos e imponentes, no atingem as colossais
dimenses das construes egp-cias, foram edicados por seres humanos, para seres
humanos, no existia um governante divino. Levar emconta o ngulo de onde o artista
via o objeto, no mais como cartgrafo, mas como pintor.A velha idia de que era
importante mostrar toda a estrutura do corpo, com suas principais articulaes, incentivou o estudo de anatomia dos ossos e msculos, para aparecerem visveis sob o
ondulado das roupagens.os artistas gregos tinham dominado o meio de transmitir um
pouco os sentimentos mudos existentes entre as pessoas: troca de olhares,
por exemplo.
4. O Imprio do Belo: A Grcia e o mundo grego: sculo IV a.C. I d.C.
Vrios mtodos, estilos e tradies criaram a variedade que admiramos no
perodo. O artista j no tinha amenor diculdade em representar movimento ou
perspectiva. O tpico e o individual eram colocados numnovo e delicado equilbrio.
Com o helenismo ps-Alexandre os estilos e invenes da arte grega foram apli-cados
escola grandiosa dos reinos orientais, de acordo com suas tradies. Os
gregos romperam os rgidostabus do primitivo estilo oriental, acrescentando s
imagens tradicionais do mundo uma quantidade cada vezmaior de caractersticas
obtidas atravs da observao, possuem o cunho do intelecto que as criou.
5. Conquistadores do Mundo: Romanos, Budistas, Judeus e Cristos, sculos I
ao IV d.C.
Arquitetura romana usa arcos, e assim se diferencia da grega, construiu
abbodas. Os indus com suas imagensde Buda em expresso de profundo
repouso. Na decorao de sinagogas um estilo deselengante, pois quantomais realista
fossem os murais maior o pecado contra o Mandamento que proibia

imagens. Artistas cristostambm se espelharam na tradio grega, adicionando


clareza e simplicidade.

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