Mecanismos Defesa Da Planta
Mecanismos Defesa Da Planta
Mecanismos Defesa Da Planta
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Ronei de Almeida Douglas
INTRODUO:
Cada interao hospedeiro-patgeno pode ser encarada como uma
luta entre dois organismos pela sobrevivncia. Nessa batalha entre planta e patgeno, a
fisiologia do parasitismo procura explicar as bases bioqumicas e fisiolgicas do
fenmeno. De um lado, o patgeno lana mo de suas armas qumicas para atacar o
hospedeiro em potencial, enquanto este ltimo, atravs de mecanismos estruturais e/ou
bioqumicos, procura se defender do patgeno. Embora os mecanismos de ataque e
defesa sejam subdivididos em funo de objetivos didticos, a interao hospedeiropatgeno deve ser visualizada como um sistema nico, que depende da planta, do
patgeno e do meio ambiente. O hospedeiro mostra-se como vencedor quando a doena
no ocorre (resistncia), enquanto o aparecimento de sintomas (suscetibilidade) indica o
patgeno como vencedor.
As plantas podem se defender dos agentes fitopatognicos passiva
ou ativamente. Nesse sentido, para facilitar os estudos sobre a natureza dos sistemas de
defesa, os mecanismos de resistncia, tambm denominados de fatores de resistncia,
so geralmente subdivididos em duas categorias: Pr-existentes e Induzidos.
Os fatores de resistncia pr-existentes incluem aqueles j
presentes nas plantas antes do contato com o hospedeiro. No caso dos induzidos, estes
mostram-se ausentes ou presentes em baixos nveis antes da infeco, sendo produzidos
ou ativados em resposta presena dos patgenos. Em ambas as categorias, os fatores
pode ser subdivididos em Estruturais e Bioqumicos.
Os fatores estruturais da planta atuam como barreiras fsicas,
impedindo a entrada do patgeno e a colonizao dos tecidos, enquanto que as reaes
bioqumicas que ocorrem nas clulas do hospedeiro produzem substncias que
mostram-se txicas ao patgeno ou criam condies adversas para o crescimento do
mesmo no interior da planta. Obviamente, o grau de envolvimento dos fatores
estruturais e bioqumicos pr-existentes e induzidos nas respostas de resistncia varia
entre as diferentes interaes hospedeiro-patgeno e, numa mesma interao, em funo
de idade da planta, rgo/tecido afetado, estado nutricional e condies ambientais.
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Professor Adjunto, Departamento de Fitossanidade, Disciplina de Fitopatologia, FAEM-UFPel.
citros
Fig. 6. Tiloses
FITOALEXINAS
Meciparpina
Resveratrol
Lubimina
Ipomeamarone
Isocoumarina
Pisatina
Faseolina
Capsidiol
Orchinol
Gliceocarpin
Falcarinol
REAO DE HIPERSENSIBILIDADE
Essa reao mostra-se como uma resposta celular extrema por
parte da planta, podendo levar a um alto grau de resistncia doena. A reao de
hipersensibilidade (RH) resulta na morte repentina de um nmero limitado de clulas do
hospedeiro circundando os stios de infeco. A reao considerada como uma
resposta de defesa induzida, culminando na parada do crescimento e do
desenvolvimento do patgeno nos tecidos da planta. No caso de fungos e bactrias
presentes no local de expresso da RH, os mesmos so isolados pelos tecidos necrticos
e morrem rpidamente. Nas doenas causadas por vrus,a RH sempre resulta na
formao das chamadas leses locais, nas quais as partculas virais podem sobreviver
RAD 20/03/2008