Fisiologia Da Germinacao
Fisiologia Da Germinacao
Fisiologia Da Germinacao
1. INTRODUÇÃO
A dormência imposta pelo tegumento ou por outros tecidos pode ocorrer por
alguns mecanismos: prevenção da absorção de água; dureza mecânica; interferência nas
trocas gasosas; retenção e produção de inibidores.
A prevenção da absorção de água é a causa mais comum de dormência em
famílias de plantas encontradas em regiões áridas e semiáridas (leguminosas). A presença
de cutículas cerosas, camadas suberizadas e esclerídeos lignificados são fatores que
combinados restringem a penetração de água na semente.
Tipicamente a emergência da radícula através do tegumento da semente é o
primeiro sinal visível da germinação. Na dureza mecânica o tegumento pode ser tão rígido
que não permite a passagem da radícula (em alguns casos). As cascas sólidas e lignificadas:
fatores responsáveis pela dureza mecânica (tecidos devem ser quebrados por forças bióticas
ou ambientais). Em muitos tecidos não lignificados (endosperma de sementes de alface)
podem suprimir a expansão do embrião: paredes celulares do endosperma devem ser
quebradas por enzimas degradantes da parede celular.
A interferência nas trocas gasosas se deve ao tegumento de algumas sementes ser
pouco permeável para o oxigênio. A baixa permeabilidade para O2 sugere que o tegumento
da semente pode inibir a germinação limitando o suprimento desse gás para a respiração no
embrião (Xanthium pensylvanicum).
A retenção de inibidores se deve ao tegumento da semente pode prevenir a saída
de inibidores do interior da semente. Exemplo: embriões de Xanthium isolados, inibidores
de crescimento difundidos no meio e ocorrência de germinação. Em sementes intactas os
inibidores permanecem no embrião e a semente não germina.
Na produção de inibidores o tegumento da semente e pericarpos de frutos: altas
concentrações de inibidores de crescimento (suprimir a germinação). O ácido abscísico
(ABA) é considerado o inibidor de germinação. A repetida lavagem da semente promove a
lixiviação de compostos inibidores fazendo com que a semente germine. As sementes que
não possuem arilo (película que fica em torno da semente e que contém inibidores de
crescimento): retirada do arilo ou lavagem podem eliminar inibidores (mamão e tomate).
relação ABA/GAs. O ácido abscísico (ABA) parece inibir a síntese de enzimas hidrolíticas
dependentes de giberelinas (-amilase).
4.2. Água
4.3. Gases
Disciplina de Fisiologia Vegetal
Profa. Kátia Parente
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4.4. Temperatura
4.5. Luz
5.1. Respiração
eixo embrionário e dividido entre as diversas partes da nova planta (raiz e parte aérea). As
reservas são constituídas de carboidratos, proteínas e lipídios (principalmente).
Nas gramíneas (milho, arroz, trigo, cevada, sorgo), o endosperma é um bloco de
tecido morto, cercado por uma camada de células vivas (camada de aleurona). A camada de
aleurona sintetiza as enzimas necessárias para a degradação das reservas. O escutelum
(cotilédone modificado) também participa da degradação e transporte de reservas para o
embrião. A principal reserva é o amido (acima de 70%) que é encontrado na forma de
grânulos (amiloplastos).
Em feijão e ervilha, o órgão de reserva são os cotilédones. Os cotilédones
apresentam 24 e 40% de proteínas, sendo encontradas também altas porcentagens de
carboidratos (principalmente amido).
Em oleaginosas (soja, algodão, mamona, amendoim, girassol) observa-se elevadas
porcentagens de proteínas e, principalmente de lipídios (na forma de triacilglicerol). As
proteínas são armazenadas em corpos protéicos. Os lipídios são armazenados: oleossomos.
amilase, consiste de maltose (dissacarídeo formado por moléculas de glicose unidas por
ligação 14). O restante é encontrado na forma de pequenas “dextrinas limite” (pontos
de ramificação consistindo de 4 a 10 resíduos de glicose). É a primeira enzima que “ataca”
grãos de milho intactos (importante nos estágios iniciais da germinação).
A enzima -amilase degrada a molécula de amilose atacando especificamente a
segunda ligação (produz exclusivamente maltose). Pode degradar a amilopectina. Não atua
dentro da molécula (restam grandes cadeias ramificadas entre os pontos de ramificação –
grandes dextrinas limites).
Na enzima deramificadora, também chamada de dextrinase limite, atua clivando
as ligações 16 nos pontos de ramificação. Sua ação permite que as amilases (-amilase
e -amilase) continuem degradando o amido até maltose.
A enzima -glicosidase realiza a etapa final da hidrólise do amido, convertendo a
maltose em duas moléculas de glicose.
A degradação fosforolítica está associada à atividade da enzima fosforilase do
amido. Esta enzima atua sobre grãos de amido intactos (necessita da ação inicial da -
amilase).
As atividades relativas das duas amilases e da fosforilase variam entre as espécies:
-amilase: tende a ser a mais ativa em sementes de arroz do que nos outros cereais
(predomina -amilase);
fosforilase: embora tenha atividade desprezível em cereais, parece ter importante atuação
em algumas leguminosas.
Em cereais, os produtos da digestão do amido (principalmente glicose e maltose)
são absorvidos pelo escutelum e convertidos para sacarose. A sacarose é transportada para
o eixo embrionário (crescimento da raiz e da parte aérea).
Uma outra enzima (malato sintase) combina uma segunda molécula de acetil-CoA
com glioxilato para formar malato. O malato é convertido para oxaloacetato (continuação
do ciclo).
Na gliconeogênese, o succinato (produzido no glioxissomo) é transportado para a
mitocôndria, onde é convertido em malato. O malato move-se para o citossol, onde é
oxidado para oxaloacetato, pela malato desidrogenase. O oxaloacetato é então convertido
para fosfoenolpiruvato (PEP) e CO2, pela enzima PEP carboxicinase (gasto de um ATP). O
PEP é, então, convertido à glicose (gliconeogênese).
Na translocação, finalmente, as hexoses (glicose e frutose) são convertidas à
sacarose. A sacarose é translocada para o eixo embrionário em crescimento.
LISTA DE FIGURAS
Equipe:
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Data: _____/_____/________.