SIFILIS - Diagnostico Simplificado

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SIFILIS

Causa: Sfilis uma doena bacteriana causada pela bactria Treponema pallidum.
Modo de transmisso: O principal modo de transmisso da sfilis por via sexual, sendo a
chance de aquisio da doena quando exposto a relao sexual com um indivduo
infectado pelo T. pallidum de 30%.
Outros modos de transmisso incluem:
contato direto com leso ativa (ex: leso cutnea da sfilis secundria)
via transplacentria (levando sifilis congnita)
transfuso sangunea
inoculao direta acidental (ex: acidente ocupacional aps coleta de
sangue de paciente infectado)
Manifestaes clnicas:
O perodo de incubao (tempo que demora desde o 1o. contato at a manifestao da
doena) da sfilis de 21 dias (com variao de 3-90 dias).
Sfilis primria:
cancro duro ocorre no local da inoculao (rgos genitais), e caracterizado por
leso ulcerada nica, indolor (exceto se infeco bacteriana secundria), de
bordos bem delimitados, com cura espontnea em 2-8 semanas aps o seu
surgimento. Em mulheres, o cancro dificilmente observvel, por ser indolor e ter
localizao intravaginal.
Sfilis secundria: resulta da multiplicao e disseminao da bactria no organismo e
persiste at que a pessoa desenvolva resposta imune adequada. A manifestao mais
clssica o aparecimento de manchas avermelhadas na pele, acometendo tambm
palmas das mos e plantas dos ps. Pode tambm ter febre baixa, dor nas articulaes,
faringite, linfonodos aumentados, falta de apetite.
Sfilis latente: definida por teste sorolgico treponmico positivo (o FTA-Abs), porm
sem manifestaes clnicas da doena. classificada em sfilis latente precoce quando
ocorre em menos de 1 ano aps o contato primrio, e sfilis latente tardia
quando ocorre a partir de 1 ano aps, podendo durar at 10 anos.
Sfilis terciria: se no tratada, a sfilis evolui sendo portanto uma doena lentamente
progressiva que pode afetar qualquer rgo e produzir doena clnica 5-30 anos aps a
infeco inicial. Pode originar...
sfilis cardiovascular: resulta do acometimento da aorta fazendo aneurisma de aorta.
goma sifiltica: leso granulomatosa no especfica que pode ocorrer em qualquer
tecido, porm mais comum no sistema esqueltico, pele e mucosas. Tem importncia
clnica devido intensa destruio local que provoca.
neurossfilis: uma forma mais grave, que acomete o sistema nervoso central.
Diagnstico:
- Testes no treponmicos (VDRL): so teis para rastreamento em reas de

alta prevalncia de sfilis, e para monitorizar resposta ao tratamento. O titulo varia durante
a infeco, sendo mais elevado nas fases precoces, com pice na sfilis secundria, e
posterior tendncia a queda.
- Testes treponmicos (FTA-ABS) detectam partculas especficas do T. pallidum
e so teis para verificar a positividade do teste no treponmico. Uma vez
positivos, persistem positivos por toda a vida em mais de 90% dos casos
tratados adequadamente.
Explicando...
- VDRL: um resultado 1:64 mostra que podemos detectar anticorpos mesmo aps
diluirmos o sangue 64 vezes. Quanto maior for essa diluio em que ainda se detecta o
anticorpo, mais positivo o resultado. O VDRL = 1:2 um ttulo mais baixo que 1:4, que
mais baixo que 1:8 e assim por diante. Quanto mais alto o ttulo, mais positivo o
exame.
- os valores do VDRL caem progressivamente aps a cura, podendo ou no tornar-se
negativos aps um tratamento bem sucedido.
- FTA-ABS um teste mais especfico e sensvel que o VDRL. Ele fica positivo mais
rapidamente que o VDRL, podendo j estar positivo alguns dias depois do aparecimento
do cancro duro
- Geralmente, uma vez positivo o FTA-ABS, assim permanecer para o resto da vida,
mesmo aps a cura do paciente.
- Quando ambos os testes, no treponmico e treponmico, so positivos a
probabilidade de doena ativa bastante alta.
- Um teste de VDRL negativo quase sempre significa que a pessoa nunca teve contato
com a sfilis, ou que teve e o tratamento foi eficaz ao ponto de o tornar negativo. Mas
esta ltima situao menos comum, sendo que o mais frequente aps um tratamento
bem sucedido o VDRL continuar positivo mas num valor bem mais baixo do que o
inicial.
- num estado avanado da sfilis numa pessoa que nunca foi diagnosticada e nem tratada,
pode ser que o VDRL tenha resultado negativo. Isto chamado de resultado falso
negativo e acontece devido ao elevado nmero de anticorpos (defesa) produzidos pelo
organismo durante o estado latente ou tercirio da doena. Estando o mdico na
suspeita de um paciente encontrar-se nesta fase crucial a realizao de um exame
comprovativo, o FTA-ABS.
- Por outro lado, o VDRL s vezes pode ser positivo na ausncia de sfilis (falso positivo).
Isso pode ocorrer em situaes como a mononucleose infecciosa, o lupus, a hepatite A,
a hansenase, entre outros. Porm, mais uma vez, o FTA-ABS confirmatrio nesses
casos.
- existe um efeito chamado prozona observado na sfilis secundria, onde
apesar de ter manifestaes de doena da sfilis, o VRDL no reagente. Ocorre porque
o nvel de bacteria muito alto e confunde o exame. Para isto, necessrio progredir
com os testes, para assim observar reatividade do exame.

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