Tese BRAGA Ariana - 2
Tese BRAGA Ariana - 2
Tese BRAGA Ariana - 2
Stio Arqueolgico
rqueolgico Testa Branca II, Contributo
ontributo a
Arqueologia
rqueologia Rupestre Brasileira.
Estreito, Maranho Brasil.
Ariana Silva Braga
In Memorian
Ao meu companheiro de trabalho
Ao meu grande amigo
Ao meu grande amor
Aos sonhos que construmos
Claidvon de Paula Moraes
Ou simplismente Von
05/08/1981- 20/07/2010
O presente trabalho trata do stio Testa Branca II, encontrado em 2001 pela
equipe do Ncleo Tocantinense de Arqueologia durante o programa SALTESTREITO,
entretanto as intervenes no mesmo ocorreram somente nove anos aps sua descoberta.
Foram escavados dois cortes testes com a finalidade de confirmar a hiptese que as
gravuras continuariam surgindo em cotas negativas, resultando na descoberta de
gravuras at os nveis 100-105 cm. Devido esta constatao optou-se por escavar uma
trincheira na margem do paredo, evidenciando todas as gravuras em cotas negativas,
possibilitando a documentao total do stio. Aps a reconstituio dos quatro painis
deste stio, estes foram analisados de forma individual. Posteriormente fora executada
uma anlise global do mesmo, correlacionando as gravuras ao contexto arqueolgico.
This work deals about the Testa Branca II archeological site found in 2001, by
the Ncleo Tocantinense de Arqueologia during the SALTESTREITOs program, but
investigations started just nine years after its discovery. Were excavated two test cuts in
order to confirm the hypothesis that the engraving would continue appearing in negative
levels. Resulting in the discovery of engravings to levels 100-105 cm. Because of this
finding, we decided to dig a trench at the edge of the wall, showing all the engravings in
negative levels, enabling the full documentation on this site. After reconstitution of the
four panels of this site, they were analyzed individually. Subsequently, a comprehensive
analysis was performed the same, the engravings correlating the archaeological context.
Agradecimentos
H um ano quando estava em Carolina - MA no meu ltimo dia de
levantamento, acordei com um telefonema que traria a pior notcia que j havia
recebido. A princpio veio negao seguida do desespero, era um pesadelo. A primeira
vontade foi de morrer tambm, pois era pra eu estar naquele carro.
O pesadelo parecia no ter fim, foi uma longa viagem at conseguir chegar em
Bela Vista- GO para despedir-me da pessoa mais maravilhosa que passara por minha
vida at o momento. Centena de vezes passou pela minha mente abandonar tudo, at a
minha prpria vida a vontade de ir com ele era enorme, pois no sabia o que fazer da
minha vida com sua ausncia. Afinal passamos um ms inteiro trabalhando juntos,
morando juntos e planejando nosso futuro, sua ausncia repentina foi como arrancar
todos os meus sonhos de uma s vez.
No entanto quando comecei a olhar para o mundo a minha volta percebi o
porqu havia atrasado meu levantamento e no estava com ele naquele carro.
Esta percepo veio quanto abri meus olhos e vi que mesmo sem ele no estava
sozinha, pois havia tanta gente ao meu lado, dando todo o apoio que precisei. Ento para
estas pessoas que me mostraram que a vida feita de encontros, embora haja tantos
desencontros pela vida venho por meio deste agradecer imensamente.
Em especial a minha pequena famlia que me deu todo o suporte necessrio para
eu superar este que foi o ano mais difcil da minha vida. Papai, Mame e Vov sem
vocs no teria conseguido suportar perder o meu Von, obrigada por me ensinarem dia
aps dia a sempre superar... Obrigada meus tios queridos que tambm estiveram comigo
Tia Lelena, Tio Lcio. A meus primos que so como meus irmos Andr, Marcos,
Helosa aos meus compadres Maria Jos e Hugo que me deram o pequeno Heitor como
afilhado que com o seu sorriso inocente neste momento confortou meu corao por
diversas vezes. Obrigada pelo suporte construdo com muito amor, vocs me ensinaram
o significado de famlia e amizade.
Jamais esquecerei a famlia De Paula Moraes, obrigada por me dar a
oportunidade de conhecer a pessoa mais maravilhosa do mundo e me acolher como uma
de vocs, obrigado de verdade Val, Claide, Seu Leonda, Dona Valda, Geraldo e Vilma
vocs continuaram sendo sempre minha famlia tambm, pois estaremos sempre ligados
pela memria do Von que transformou nossas vidas e nos ensinou a sermos sensveis.
Sinto muitas saudades da fazenda e dos tempos de implantao da ordenha, aprendi
Sumrio
Lista de Figuras .............................................................................................................................vii
Lista de Tabelas ........................................................................................................................... viii
Lista de Mapas............................................................................................................................. viii
Lista de Grficos ............................................................................................................................ix
Lista de Fotografias .......................................................................................................................ix
Introduo ..................................................................................................................................... 1
1.
1.1
Lista de Figuras
Figura 1: Exemplos de morfologias de canais no Rio Tocantins.
Figura 2: Folha de levantamento, exemplo da juno das folhas A4. Demarcao dos
limites pela margem azul.
Figura 3 Exemplo de folha de levantamento.
Figura 4: Croqui do levantamento rupestre.
Figura 5: Exemplo de juno das folhas de decalque.
Figura 6: Resultado da montagem e limpeza do levantamento.
Figura7: Ficha de anlise rupestre descritiva.
Figura 8: Levantamento, painel 1 do abrigo.
Figura 9: Painel 1, parte A.
Figura 10: Painel 1, parte B.
Figura 11: Podomorfos Painel 1, rea B. Setas indicando sua orientao.
Figura 12: Podomorfo Painel 1, parte B. Detalhes das tcnicas de produo.
Figura 13: Detalhe da fratura central do Painel 1 B.
Figura 14: Tcnica de produo dos machados gravados.
Figura 15: Painel 1 com sobreposio do levantamento.
Figura 16: Painel 2 rea A
Figura 17: Formas de disposio das cpulas no Painel 2 A.
Figura 18: Detalhe dos motivos geomtricos formados pelas cpulas.
Figura 19: Detalhe dos machados gravados do Painel 2 A.
Figura 20: Tridgitos do Painel 2 A. Setas indicam a disposio dos mesmos.
Figura 21: Exemplos de fitomorfos do Painel 2 A.
Figura 22: Detalhe das "ferraduras" do Painel 2A.
Figura 23: Detalhe dos motivos circulares fundos.
Figura 24: Blocos gravados encontrados em contexto arqueolgico resultante do
processo natural de desplacamento do suporte rochoso.
Figura 25: Painel 2 rea B.
Figura 26: Podomorfos do Painel 2 B.
Figura 27: Antropomorfos do Painel 2 rea B.
Lista de Tabelas
Tabela 1: Stios arqueolgicos de gravuras rupestres trabalhados nos projetos do
NUTA entre os estados do Tocantins e Maranho.
Tabela 2: Tipologias
Tabela 3: Distribuio do material arqueolgico.
Lista de Mapas
Mapa 1: Localizao do stio testa Branca II.
Mapa 2: Mapa de localizao da bacia hidrogrfica Tocantins Araguaia.
Mapa 3. Mapa de localizao do Domnio do Cerrado brasileiro.
Mapa 4: Distribuio dos stios rupestres entre os estados do Maranho e Tocantins.
Mapa 5: Mapa de situao do stio TBII.
Mapa 6: Mapa geolgico do MA, com detalhe da localizao do stio TBII.
Mapa 7: Croqui geral da rea do stio TBII.
Lista de Grficos
Grfico 1: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 1. Sendo Y a tipologia e X a
representao quantitativa destas tipologias.
Grfico 2: Tcnica de produo aplicada a manufatura das gravuras no Painel 1.
Grfico 3: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 2. Sendo Y a tipologia e X a
representao quantitativa destas tipologias..
Grfico 4: Tcnica de produo aplicada a manufatura das gravuras no Painel 2.
Grfico 5: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 3. Sendo Y a tipologia e X a
representao quantitativa destas tipologias.
Grfico 6: Tcnicas de produo aplicada na manufatura das gravuras do Painel 3.
Grfico 7: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 4. Sendo Y a tipologia e X a
representao quantitativa destas tipologias.
Grfico 8: Escolha tcnica para produo das gravuras do Painel4
Grfico 9: Total de motivos gravados em todo suporte rochoso do stio TBII. Sendo Y a
tipologia e X a representao quantitativa destas tipologias.
Grfico 10: Tcnica aplicada para a produo das gravuras no stio TBII.
Lista de Fotografias
Foto 1: Processo de edificao da barragem da UHE - Estreito.
Foto 2:Vista do rio Tocantins a partir do ponto 02 do relatrio do EIA-RIMA,
municpio de Estreito- MA. Perodo mido.
Foto 3: Paisagem comum nos meses de agosto e setembro. Estrada de acesso ao stio
arqueolgico Testa Branca II, municpio de Estreito- MA. Perodo de seca.
Foto 4: Repetio do levantamento.
Foto 5:Fotografia da zona levantada com e sem plstico.
Foto 6: Vista do Stio TBII a partir do Rio Tocantins, navegao sentido sul-norte.
Detalhes das manchas de liquens que deram nome o stio.
Foto 7: Gravuras rente ao solo, setas indicam as gravuras e o fio branco o nvel do
solo atual. Corte I-1 e I-2, nvel 0-10 cm.
Foto 8: Viso da Ilha dos campos a partir do alto do Stio TBII.
Foto 9: Abrigo do TBII, vista geral do abrigo. A seta indica a nica rea gravada.
Introduo
Sou o arenito
que o vento
molda .
Odir Rocha, Caminhada.
Este trabalho tratar do stio arqueolgico Testa Branca II, trabalhado no mbito
do programa SALTESTREITO, realizado pelo NUTA, como medida compensatria da
submerso da rea pela Usina Hidroeltrica de Estreito-MA. Localizado na rea rural do
municpio de Estreito-MA situa-se na margem direita do Rio Tocantins, em um abrigo
sob rocha arentica da Bacia Sedimentar do Parnaba, formao Sambaba.
Antes do seu alagamento procedeu-se uma campanha de escavao para
evidenciar as gravuras em cotas negativas, possibilitando o levantamento total do stio
alm de gerar informaes importantes a respeito do contexto arqueolgico. Escavou-se
uma trincheira com quinze cortes cada um com 2m de comprimento a fim de expor toda
a base do paredo rochoso, formado pela parede direita do abrigo. Aps a escavao
procederam-se os trabalhos de levantamento rupestre, que resultou um total de 79 folhas
de levantamento e 12 folhas de anexos, divididos em 4 painis.
Com a finalidade de dar continuidade ao presente trabalho elaborou-se esta
dissertao que fora dividida em trs grandes captulos a fim de analisar estes painis e
correlacion-los na medida do possvel aos dados da escavao, sabendo-se que esta foi
finalizada h poucos meses e no possui dados conclusivos a respeito das anlises
laboratoriais.
O primeiro captulo foi subdividido em quatro partes: a primeira destina-se a
localizar e a caracterizar o contexto ambiental, a fim de proporcionar maiores
informaes a respeito do bioma Cerrado, clima e caractersticas do Rio Tocantins alm
de trazer um apanhado das recorrentes implantaes de hidroeltricas no curso deste rio;
a segunda busca introduzir o leitor aos estudos arqueolgicos realizados at o momento
na rea limtrofe entre os estados do Tocantins e Maranho; a terceira traz uma
continuidade da segunda, com enfoque nos estudos da Arte-Rupestre nesta mesma rea;
a quarta e ltima parte encarrega-se de delimitar a rea de estudo, pois apesar de saber
da existncia de diversos stios nesta rea foi necessrio focar em apenas um stio
devido falta de informao nesta zona e ainda a ausncia de trabalhos como este na
regio.
Os pressupostos tericos e metodolgicos foram descritos no segundo captulo,
sendo este subdividido em trs partes: a primeira descreve os trabalhos de campo para o
levantamento rupestre e os processos laboratoriais para a digitalizao e armazenamento
destas informaes; a segunda apresenta os processos analticos aplicados por meio da
Arqueologia Rupestre, metodologia que trata a Arte-Rupestre de forma diferenciada
1. Caracterizao e
contextualizao
Nem tudo
Que torto
errado
Vide pernas
Do Garrincha
E as rvores
Do cerrado.
Nikolaus Von Behr, sem ttulo.
At chegar a sua foz o rio recebe diversos cursos dgua de pequeno porte,
mdio porte, crregos perenes e intermitentes, formando uma complexa e densa rede de
drenagem (Mapa 2).
Desta forma o rio Tocantins foi dividido em trs reas.
Alto Tocantins: da sua nascente no estado de Gois, at a cachoeira do Lajeado
no estado do Tocantins, prximo a capital, Palmas. Este trecho corresponde a uma
extenso de 1.060 km, com um desnvel de 925m.
Mdio Tocantins: estende 980 km entre as cachoeiras do Lajeado e do Itaboca,
com desnvel de 149m, percorrendo na sua maioria terras do estado do Tocantins,
desenvolvendo bancos de areia e ilhas, formando um traado sinuoso.
Baixo Tocantins: menor poro do rio segue da cachoeira do Itaboca at a sua
foz, na Bahia do Maraj, com 360 km 26m de desnvel. (Castro, 2009:20)
Na rea de extenso do Rio Tocantins observa-se diversas morfologias fluviais
de canais com zonas anastomosadas, meandriformes e retilneos (Fig. 1).
Mapa 2: Mapa de localizao da bacia hidrogrfica Tocantins Araguaia. Fonte: ANA Agncia Nacional de
guas.
http://www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/pesquisaSimples.asp?criterio=tocantins+araguaia&categoria=11&NovaPa
gina=1&pesquisar=Pesquisar. Acedido em: 03/08/2011
sendo hoje um dos maiores reservatrios de gua do pas com um volume de gua, com
54,4 bilhes de m 2, um verdadeiro mar doce.
A hidreltrica de Lajeado, nomeada Lus Eduardo Magalhes, teve suas
comportas inauguradas em 2001, localiza-se entre os municpios de Lajeado e
Miracema do Tocantins e produz 850MW. Produz 6,5 vezes mais energia consumida no
Estado do Tocantins, onde est implantada. Seu reservatrio ocupa uma rea de 630
km o equivalente a 63 mil hectares, tendo 170 km de extenso, resultando na inundao
de parte dos municpios de Miracema, Lajeado, Palmas, Porto Nacional, Brejinho de
Nazar e Ipueiras.
Cana Brava, foi inaugurada em 2002 tem potencial de 450MW, est instalada
entre os municpios de Minau, Cavalcante e Colinas do Sul, para sua implantao
inundou 139 km, possui um volume de gua de 2,3 quilmetros cbicos com a
capacidade mxima de vazo chega a 17,8 mil metros cbicos por segundo.
A de Estreito (Foto 1) est localizada entre os municpios de Aguiarnpolis - TO
e Estreito - MA, distncia 855 km da foz com capacidade de 1.087 MW, seu
reservatrio ter extenso de 260,23 Km com a capacidade de 5.400x106m com uma
rea inundada de 400km interferindo diretamente nos municpios de Estreito e
Carolina no Maranho e Aguiarnpolis, Babaulndia, Barra do Ouro, Darcinpolis,
Filadlfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins, Tupiratins no
Tocantins3. Contribui para o agravamento dos problemas sociais para os 12 municpios
impactados diretamente, sabendo que estes so em sua grande maioria carentes e que j
sofriam com a misria, mas que computavam com a riqueza do rio para contribuir com a
renda e o sustento das famlias ribeirinhas, as quais passaro a ter dificuldades de
sobrevivncia com a transformao rspida da paisagem e a especulao imobiliria
agregada a margem do reservatrio deste porte, tornando o aceso gua cada vez mais
difcil e privado.
no mbito dos estudos de impacto ambiental desta barragem que foi elaborado
este projeto tendo em vista que o stio trabalhado est hoje debaixo das guas deste
reservatrio.
Denominao esta utilizada para este trabalho por se tratar da mais difundida e conhecida pela
populao em geral.
5
O bioma cerrado seria exclusivamente terrestre.
Foto 2:Vista do rio Tocantins a partir do ponto 02 do relatrio do EIA-RIMA, municpio de Estreito- MA. Perodo
mido. Autor: Marcelo Ribeiro. Acervo: UNITINS/NUTA.
Foto 3: Paisagem comum nos meses de agosto e setembro. Estrada de acesso ao stio arqueolgico Testa Branca
II, municpio de Estreito- MA. Perodo de seca. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
Mapa 3. Mapa de localizao do Domnio do Cerrado brasileiro. Mapa adaptado pelo autor. Fonte:
Fonte Castro et al,
2007.
6
Entende-se
se por recurso elementos que os diversos subsistemas deste sistema oferecem s populaes
humanas de economia simples, permitindo-lhes
permitindo lhes a sobrevivncia e os mecanismos de planejamento e
comportamento
nto ambiental, social e tecnolgico (Barbosa, 2002:146)
Sabendo que o territrio do estado do Tocantins fazia parte de Gois, alcanando a autonomia em 1988.
Sabendo que este provavelmente foi submerso sem ser documentado pelo reservatrio da U.H de
Lajeado.
8
Com relao ao material cermico o projeto, coletou 2.655 cacos do sul do Maranho ao
centro do Tocantins, este material mostrou,
uma variao de 134 tipos de tempero agrupados em seis padres. A
combinao de Cariap com Cauxi predomina em mais da metade do material
(51,14%), seguindo do Cariap com variveis sem Cauxi, em mais 34.81%. Os
temperos amaznicos ainda crescem mais 1,48% se incluirmos os fragmentos
de vasilhas com Cauxi sem Cariap. Totalizam, pois, 87,48% do total. Os
chamados temperos locais ocorrem no restante do material, destacando-se o
quartzo modo, com 10,50%. O material decorado quase inexistente, reduzido
a uma pea Excisa, uma Raspada, uma com Banho Vermelho e outra com
Engobo Vermelho. (Dias et al, 2006: 221-222)
Datao feita pelo Dr. Eurico Miller por ocasio do levantamento. Submetida pela Dra. Betty
Meggers, do Smithsonian Institution de Washington (Dias et al, 2006: 221-235)
A grafia do nome de Olmpio Filho aparece na literatura em duas formas como FIALHO e FILHO,
entretanto em sua obra intitulada Casa de Pedra (1956) o nome do autor aparece como FILHO, logo
trataremos o mesmo como FILHO devido este dado.
Mapa 4: Distribuio dos stios rupestres entre os estados do Maranho e Tocantins. Autor: Ariana Braga.
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Abrigo da Ribeira
Darcinpolis
Tocantins
SALTFENS
Abrigo da Porteira
Darcinpolis
Tocantins
SALTFENS
Abrigo da Matana
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Abrigo do CajueiroI
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Abrigo do CajueiroII
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Abrigo do Bacuri
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Babaulandia I
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Filadlfia I
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Testa Branca I
Estreito
Maranho
SALTFENS
Testa Branca II
Estreito
Maranho
SALTFENS
Mundo Novo
Babaulandia
Tocantins
SALTFENS
Filadlfia II
Filadlfia
Tocantins
SALTFENS
Mutum
Filadlfia
Tocantins
SALTFENS
Gameleira
Filadlfia
Tocantins
SALTFENS
Carolina
Maranho
SALTESTREITO
Carolina
Maranho
SALTESTREITO
Carolina
Maranho
SALTESTREITO
Pedra do ndio
Arguianpolis
Tocantins
SALTFENS
Tabela 1: Stios arqueolgicos de gravuras rupestres trabalhados nos projetos do NUTA na faixa limtrofe dos
estados do Tocantins e Maranho.
2. Pressupostos tericos e
metodolgicos
Figura 2: Folha de levantamento, exemplo da juno das folhas A4. Demarcao dos limites pela margem azul.
Autor: Ariana Braga.
11
9- Informaes dispostas nas margens do levantamento (Fig. 3): sigla do stio, data
do levantamento, norte magntico, nmero da folha, corte da escavao que est
correlacionado e nome do autor do levantamento.
10- Levantamento efetuado em todas as folhas pelo menos duas vezes (Foto 4), a
primeira vez levantando tudo que era visvel, aps no dia a seguir ou no mesmo
dia em horrio diferente com outra realidade de iluminao refazia-se no mesmo
plstico, obtendo-se assim a certeza de que todos os sulcos fossem levantados.
Por diversas vezes sulcos finos no estavam ntidos, em especial os picoteados
dispersos. Esta operao foi repetida sempre que necessrio tendo em vista tanto
a densidade quanto a dificuldade de visualizar algumas de gravuras de certas
reas devido o tamanho da mesma ou ainda pela iluminao no favorvel no
perodo vespertino devido densidade da luz natural, provocando reflexos no
plstico.
11- Registro fotogrfico (Foto 5) in loco de todas as folhas com e sem o plstico,
para que se obtivesse ambos exemplares do registro fotogrfico e do
levantamento.
Foto 5:Fotografia da zona levantada com e sem plstico. Autor: Ariana Braga.
31
Figura 5: Exemplo de juno das folhas de decalque. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
5.
32
6.
Figura7: Ficha de anlise rupestre descritiva. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
33
7.
34
35
Visto que este tipo estudo somado s outras reas desta cincia de fundamental
importncia para melhor compreenso da rea estudada, no sendo a Arte-Rupestre nem
mais nem menos importante que as outras reas, sendo de igual importncia para o
conhecimento arqueolgico.
Tendo em vista que
Para se chegar a interpretar qualquer tipo de fenmeno na
Arqueologia, deve-se ter em mente que os objetos encontrados no solo,
formadores do contexto arqueolgico, representam fragmentos dos
comportamentos dos seus produtores, como tambm ocorre com a ArteRupestre, enquanto um dos vestgios integrantes do contexto arqueolgico
(Netto, 2001:70).
36
37
38
3. Testa Branca II
39
Foto 6: Vista do Stio TBII a partir do Rio Tocantins, navegao sentido sul-norte. Detalhes das manchas de
liquens que deram nome o stio. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
40
Foto 7: Gravuras rentes ao solo, setas indicam as gravuras e o fio branco o nvel do solo atual. Corte I-1 e I-2,
nvel 0-10 cm. Autor: Loriza Dantas. Acervo UNITINS/NUTA.
41
Foto 8: Viso da Ilha dos campos a partir do alto do Stio TBII. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
12
Foi escavado concomitantemente ao stio TBII o stio Santa Helena, localizado na ilha dos campos.
Neste stio um abrigo sob-rocha
rocha arentica foi encontrado quatro urnas funerrias e um bloco rochoso
gravado.
42
Mapa 6: Mapa geolgico do MA, com detalhe da localizao do stio TBII. Mapa do Governo do Maranho com adaptaes da autora.
43
Foto 9: Abrigo do TBII, vista geral do abrigo. A seta indica a nica rea gravada.
gravada Autor: Ariana Braga. Acervo:
UNITINS/NUTA.
44
45
Foto 10: Escavao dos cortes testes I-1, I-2 e J 2. Autor: Ailson. Acervo: UNITINS/NUTA.
46
Foto 11: Fragmento do paredo encontrado em contexto arqueolgico. Autor: Ariana Braga. Acervo:
UNITINS/NUTA.
Foto 12: Stio Testa Branca II, paredo com gravuras, corte J-2,nvel
J
90-100cm.
100cm. Autor: Ailson. Acervo
UNITNS/NUTA.
47
Foto 13: Trincheira resultante da expanso em ambas as laterais dos cortes testes. Autor: Ariana Braga. Acervo:
UNITINS/NUTA.
48
Foto 14: Modelo da ficha de identificao. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
Todo o sedimento de cada corte e de cada nvel foi peneirado (Foto 15 e 16) e
observado, evitando perda de material arqueolgico de pequenas dimenses. Foi
coletado tambm uma amostra de sedimento em uma quantidade de 4l por nvel
artificial de 10 cm, para futuras anlises.
Foto 15: Sedimento sendo peneirado. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
49
Foto 16: Depsito de sedimento resultante da escavao. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
sabido que se esta mesma escavao tivera ocorrido em outro contexto com
tempo suficiente para se traar um transecto ou ainda expandir as escavaes por reas
afastadas do paredo, por exemplo, ter-se-iam melhores resultados e mais abrangentes
tendo em vista a rea do stio. Mas como esta no foi realidade dos trabalhos, fez-se o
melhor possvel tendo em vista o tempo, buscando privilegiar as gravuras que no esto
protegidas da inundao por camadas sedimentares.
Sendo assim fica todo o pesar pelo ocorrido, entretanto este sentimento suprido
pela conscincia que fora feito o melhor possvel dentro da realidade concedida a este
trabalho.
50
51
cm, sendo que neste ltimo alm do material ltico tambm foi encontrado um
fragmento do suporte rochoso com gravura rupestre. A seguir permanece estril por 70
cm entre os nveis 160-170 cm a 100-110 cm. Seguido por uma ocupao lito-cermica
entre os nveis 90-100 cm e 40-50 cm. Entre os nveis 30-40 cm e 20-30 cm obteve-se
somente material cermico. Seguido por camadas com ausncia de material
arqueolgico at o nvel 0-10 cm.
Corte J2: Mostra-se completamente estril da rocha matriz a 240 cm at o nvel
210-220 cm, com a primeira camada de ocupao humana no nvel 200-210 cm, com
material ltico. A seguir de uma camada estril, com retomada do material ltico nos
nveis 180-190 cm e 170-180 cm, prosseguido de uma camada lito-cermica, 160-170
cm. Seguindo estril13 por 50 cm, dos nveis 150-160 cm aos 110-120 cm, com o
surgimento de uma frao do paredo rochoso gravado no nvel 140-150 cm. No nvel
100-110 cm surge a ocupao lito-cermica seguindo at o nvel 40-50 cm. O nvel
superior 30-40 cm um horizonte cermico, seguido de camadas estreis at o ltimo
nvel, 0-10 cm (Fotos 24 e 25).
Corte K1: Com dois nveis estreis 130-140 cm e 120-130 cm, prosseguidos por
um nvel ltico 110-120 cm e outro cermico 100-110 cm. Seguido de camadas litocermicas entre os nveis 90-100 cm e 60-70 cm. Finalizando a presena de material
arqueolgico com uma camada ltica nvel 50-60 cm (Foto 26).
Corte K2: Os dois primeiros nveis escavados 130-140 cm e 120-130 cm com
presena de material ltico, seguido de um nvel estril entre a segunda camada ltica no
nvel 100-110 cm. O horizonte lito-cermico ocupa grande espao entre as camadas 90100 cm e 40-50 cm. Entre os nveis 30-40 cm e 0-10 cm no foi encontrado indcios de
ocupao humana (Fotos 17 e 31).
Corte L1: Foi escavado at o nvel 120-130 cm com as trs ultimas camadas sem
presena de material arqueolgico. A primeira camada bere o nvel 90-100 cm, com
presena de material ltico. Aps o nvel ltico constatamos 5 nveis lito-cermicos entre
os nveis 80-90 cm e 40-50 cm, seguido de um nvel somente ltico, 30-40 cm.
Finalizando com nvel estril de20-30 cm a 0-10 cm.
Corte L2: Camada ltica entre 130-140 cm com 20 cm de intervalo sem
ocorrncia de material arqueolgico, retomando outro nvel ltico entre 110-100 cm.
Seguido por dois nveis lito-cermicos, 90-100 cm e 80-90 cm. Depois de 10 cm estril
13
Considera-se as camadas estreis mesmo na presena de fragmentos do suporte rochoso gravados, pois
este est em contexto arqueolgico por razoes naturais e no por ao antrpica.
53
retoma-se a ocupao com 3 nveis lito-cermicos entre 60-70 cm e 40-50 cm. Sendo os
ltimos nveis estreis. (Foto 18)
Corte M1: Inicia-se estril do nvel 130-140 cm ao 120-130 cm. No nvel 110120 cm surge material ltico seguido por outra camada cermica, 100-110 cm, voltando
ao ltico no nvel seguinte, 90-100 cm. Seguido de uma larga camada lito-cermica que
inicia no nvel 80-90 cm e finaliza-se no nvel 40-50 cm. Surge um nvel unicamente
cermico no nvel 30-40 cm. Com intervalo de 10 cm, surge um nvel ltico em 10-20
cm. Sendo o ultimo nvel estril (Foto 27).
Corte N1: A escavao chegou at o nvel 100-110 cm, sendo as duas ultimas
camadas estreis. Aparece no nvel 80-90 cm material lito-cermico que segue
ininterrupto at o nvel 40-50 cm. No nvel 30-40 cm surge material somente ltico,
seguido por nveis estreis at o nvel 0-10 cm (Foto 19).
Corte O1: Os primeiros nveis escavados foram estreis, o material lito-cermico
surge no nvel 70-80 cm seguindo at o nvel 40-50 cm, com um intervalo de 10 cm
retomando no nvel 20-30 cm. As duas ltimas camadas seguiram estreis (Fotos 20 e
21).
Corte P1: O material lito-cermico surge aps duas camadas estreis no nvel
80-90 cm. Seguido de uma camada cermica, nvel 70-80 cm, neste mesmo nvel foi
encontrado um fragmento do suporte rochoso gravado. No nvel 60-70 cm houve
somente material cermico. As duas camadas seguintes apresentaram materiais litocermicos, 50-60cm e 40-50 cm, voltando a ser somente cermico no nvel seguinte, 3040 cm. Os trs ltimos nveis seguiram estreis, entretanto no nvel 10-20 cm surgiu um
bloco gravado resultado do desplacamento natural do suporte rochoso.
Corte Q1: Este corte unicamente cermico, surgindo no nvel 70-80 cm
encerrando no nvel 30-40 cm (Fotos 22 e 28).
Corte R1: Escavado at o nvel 100-110 cm, inicia sua ocupao com material
ltico no nvel 90-100 cm, seguido de um nvel estril. Surgem dois nveis cermicos,
70-80 cm e 60-70 cm. Seguidos de dois nveis lito-cermicos, 50-60 cm e 40-50 cm.
Dando continuidade com material somente cermico no nvel 30-40 cm e somente ltico
no nvel seguinte, 20-30 cm. Finalizando com nveis estreis at o 0-10 cm (Foto 29).
Corte S1: Inicia-se com os primeiros nveis estreis, entre 100-110 cm e 80-90
cm. Com a primeira ocorrncia de material entre 70-80 cm e 60-70 cm, sendo estes
cermicos. Surgindo no nvel 50-60 cm material ltico em conjunto com o cermico,
entretanto no nvel seguinte volta ser ocupado por material cermico, em 40-50 cm,
retomando no nvel seguinte a ocupao lito-cermica no nvel 30-40 cm.
54
Corte T1: Ocorrncia apenas de material cermico em um nico nvel, 40-50 cm.
Sendo todos os outros nveis completamente estreis.
Corte U1: Somente material cermico em um nico nvel, 30-40 cm.
55
56
57
3.5 As gravuras
O stio TBII inicia-se em um painel gravado dentro da cavidade, que ser tratado
como painel do abrigo, tendo em vista que esta uma pequena rea gravada que
denuncia a provvel decorao do abrigo antes dos desmoronamentos e desgastes das
suas paredes.
A parede direita do abrigo estende-se a sul formando um grande paredo, sendo
este decorado por grande quantidade de gravuras, sua extenso de 30m. A decorao
deste paredo elaborada por intensidades diferentes em seu percurso, possuindo reas
densamente gravadas com diversas sobreposies e outras imaculadas sem um sulco se
quer. Sendo assim este suporte rochoso foi dividido em 4 painis para dinamizar a
anlise, tendo em vista as reas dos vcuos e as fraturas naturais da rocha suporte,
iniciando a diviso numrica da esquerda para a direita, da mesma forma da numerao
do levantamento.
Estes painis por sua vez demonstram diferentes intensidades de ocupao e
diferentes formas do ponto de vista da escolha das tcnicas e dos motivos a serem
gravados. Verificou-se uma preferncia temtica em cada um dos painis. As
sobreposies em geral compem as formas, observou-se que a inteno destas no era
extinguir a anterior, por vezes aparentam com mesma patina da anterior, levantando a
hiptese de terem sido elaboradas no mesmo perodo, reforando a hiptese de
composio.
Cada painel foi analisado do ponto de vista quantitativo, tcnico e das escolhas
dos motivos, aps esta anlise individual de cada painel juntou-se as informaes
trazendo uma anlise global do stio.
Para as anlises quantitativas foi atribudo um numero a cada tipologia. Vale
ressaltar que a atribuio das tipologias (Tabela 3) foi elaborada como ferramenta de
anlise, entendendo que estas podem ser variveis discutveis do ponto de vista do
contexto arqueolgico. Sendo assim faz-se necessrio esclarecer os termos.
60
Tipologia
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
61
Foto 32: Vista da parede interior esquerda do abrigo, indicao da rea gravada pelo crculo. Autor: Ariana
Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
Logo este painel (Foto 33) um pequeno exemplar, composto por um tridgito,
uma figura irreconhecvel e um sulco (Fig. 8). A tcnica implantada para a manufatura
destas gravuras foi abraso. As gravuras esto a aproximadamente 50cm do solo, com
um grau acelerado de degradao, com diversas fraturas. A ptina composta por cor
acinzentada recobertas por manchas brancas provocadas por liquens. As zonas de
colorao alaranjada so resultados do processo de desplacamentos finos, que retiraram
parte da ptina, deixando a regio com maior grau de sensibilidade.
Foto 33: Painl 1 do abrigo, nico vestgio de gravura na parte interior do abrigo. Autor: Ariana Braga. Acervo:
UNITINS/NUTA.
62
3.5.2 Painel 1
Nos seus 480 cm de comprimento por 180 cm de altura mostra-se com uma
intensidade moderada de gravao, com poucas sobreposies, sendo as gravuras
organizadas de forma dispersa sobre a superfcie rochosa. As gravuras esto organizadas
entre as fraturas menores do painel, sendo divididas em duas partes (Painel 1A e Painel
1B) tendo em vista o relevo da rocha suporte, que faz esta diviso naturalmente.
A primeira parte (Fig.9) com motivos como tridgitos, sulcos, pontos picoteados
densos e dispersos e um antropomorfo esquematizado. Observa-se nesta parte a
disposio dos motivos na vertical, com orientao oeste leste, havendo poucos sulcos
distribudos aleatoriamente.
Nota-se ao lado direito do antropomorfo um motivo cruciforme (Fig. 9),
semelhante ao tronco do antropomorfo. O fato da proximidade, da semelhana, da
mesma tcnica aplicada para confeco e a ptina interior dos sulcos indica a provvel
filiao destes motivos, havendo a possibilidade deste cruciforme ser a esquematizao
do antropomorfo ou ainda um antropomorfo abandonado no seu processo de execuo.
63
Foto 34: Ao dos cupins sobre o antropomorfo. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
64
Figura 11: Podomorfos Painel 1, rea B. Setas indicando sua orientao. Autor: Ariana Braga.
65
Figura 12: Podomorfo Painel 1, parte B. Detalhes das tcnicas de produo. Autor: Ariana Braga
Observa-se uma grande fratura no centro do painel que corta duas gravuras que
assemelham a parte inferior dos podomorfos inteiros (Fig. 13), esta constatao abre
duas hipteses: a manufatura dos podomorfos com o objetivo de aproveitar a fratura j
existente ou o desplacamento aps a execuo das gravuras, permitindo inferir uma
idade menor aos sulcos internos. Entretanto as marcas do desplacamento nas
proximidades dos podomorfos fraturados assemelham a fraturas posteriores, pois os
vrtices das fraturas esto com ngulos retos nas proximidades da rea gravada.
central do gume (Fig. 14, B). Os dois ltimos (Fig. 14, 3) so visivelmente diferentes
dos demais, a comear pela tcnica de produo sendo majoritariamente picoteado (Fig.
14. C), o inverso dos outros, com lminas com ngulos mais retos, remetendo aos
machados petalides. Ao contrrio dos outros sua disposio vertical, com
encabamento tambm reto sem detalhe algum nas extremidades do cabo, este por sua
vez foi afeioado por abraso aps a picotagem, no entanto a picotagem no foi
totalmente coberta pela abraso.
Figura 14: Tcnica de produo dos machados gravados. Autor: Ariana Braga
67
Painel 1
Tipologias
26
24
22
18
16
13
11
4
1
0
20
40
60
80
100
120
Grfico 1: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 1. Sendo Y a tipologia e X a representao quantitativa
destas tipologias. Autor: Ariana Braga
Para a execuo das gravuras houve uma variedade de trs tcnicas sendo elas: o
picoteado denso, picoteado disperso, a abraso e a picotagem associada a abraso. Dos
179 motivos gravados 170 foram elaborados pela abraso, sendo os outros casos
representados por 3 exemplares cada. Evidenciando a preferncia pela abraso, sendo
esta escolha possvel e facilitada pela baixa dureza do suporte.
Grfico 2: Tcnica de produo aplicada a manufatura das gravuras no Painel 1. Autor: Ariana Braga
As 12 gravuras em cotas negativas neste painel no ultrapassam do nvel 3035cm e esto relacionadas aos cortes H e I. Entretanto 99% delas esto entre os nveis 015 cm havendo partes visveis antes da escavao.
No corte H2 entre os nveis 20-25 cm, foi encontrado um fragmento do suporte
rochoso (Foto 35), entretanto no foi possvel encaix-lo no suporte. A placa consiste
em um bloco com 1m x 50 cm, com um podomorfo e 3 sulcos gravados.
68
Foto 35: Bloco gravado encontrado no corte H2 no nvel 20-25 cm. Autor: Ariana Braga. Acervo:
UNITINS/NUTA.
A ptina deste painel composta especialmente por uma camada mais argilosa
depositada em toda a extenso do painel. Provavelmente tenha se formado devido
deposio de poeira durante a poca de seca e logo a consolidao desta pela chuva no
perodo seguinte, mido. Havendo grande concentrao desta camada nos sulcos mais
profundos (Foto 36). Pode-se notar concentraes de liquens brancos, restos deixados
por insetos como casas de cupim e reas com uma ptina acinzentada, provavelmente
produzida pelas queimadas, visto que havia mata at as proximidades do painel.
Foto 36: Detalhe da ptina no interior dos sulcos. Autor: Ariana Braga.
69
Figura 15: Painel 1 com sobreposio do levantamento. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
70
3.5.3 Painel 2
O painel 2 est posicionado na rea de maior concentrao de material
arqueolgico da rea escavada e na zona mais abrigada do stio sendo tambm a rea de
maior concentrao de gravuras. Devido seu tamanho (800 cm de largura e 300 altura),
suas fraturas e a densidade de gravuras dividiu-se o Painel 2 em duas partes (Painel 2A e
Painel 2B).
O Painel 2 A (Fig. 16) est entre duas grandes fraturas a primeira a norte limite
com o Painel 1B e a outra a sul parte limtrofe do Painel 2B. Esta rea densamente
gravada com grande variedade temtica e tcnica.
As cpulas neste stio, em especial neste Painel, parte da escolha tcnica para a
gravao, pois alm das cpulas tradicionais (Fig.17, foto 1 detalhe 1) espalhadas sobre
o suporte observa-se que estas so dispostas entre as fraturas gerando formas (Fig. 18),
associadas a motivos circulares e ovais formando os pododctilos dos podomorfos (Fig.
71
17, foto 3 detalhe 3) dispostas na parte interior de sulcos polidos (Fig.17, foto 2 detalhe
2) ou dispostas entre sulcos compondo-se com outras formas (Fig. 17 foto 4 detalhe 4).
Figura 17: Formas de disposio das cpulas no Painel 2 A. Autor: Ariana Braga.
Figura 18: Detalhe dos motivos geomtricos formados pelas cpulas. Autor: Ariana Braga.
72
Figura 19: Detalhe dos machados gravados do Painel 2 A. Autor Ariana S. Braga. Autor: Ariana Braga.
73
Figura 20: Tridgitos do Painel 2 A. Setas indicam a disposio dos mesmos. Autor: Ariana Braga.
74
Figura 22: Detalhe das "ferraduras" do Painel 2A. Autor: Ariana Braga.
75
Foto: 37: Detalhe da ferradura prximo a fratura do suporte. Autor: Ariana Braga.
Foto 38: Detalhe da extremidade dos sulcos simples abrasonados. Autor: Ariana Braga.
encontram-se somente nesta rea e todas com decorao interna (Fig. 23. 1, 2 e 3) e
algumas nas bordas (Fig. 23, 2A). Os motivos gravados no interior destas cavidades
ovais so sulcos simples e pontos picoteados com tamanhos proporcionais as cavidades.
Abaixo do maior motivo circular observamos uma nuvem de pontos (Fig. 23, 5) que
remete um destes sulcos em processo de produo, pois est em uma rea levemente
cncava com sinais de abraso e picotagem em formato oval.
76
Figura 23: Detalhe dos motivos circulares fundos. Autor: Ariana Braga.
77
Foto 39: Resgate, municpio de Estreito-MA, Stio Testa Branca II,trabalho de escavao dos cortes I-1, I-2, e J-2.
nvel 130-140cm. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
Figura 24: Blocos gravados encontrados em contexto arqueolgico resultante do processo natural de
desplacamento do suporte rochoso. Autor: Ariana Braga. Acervo: UNITINS/NUTA.
78
Figura 25: Plano de topo dos cortes I 2 e J 2 no nvel 145cm. Autor: Antnio Aires. Acervo UNITINS/NUTA.
O painel em questo foi gravado densamente aps a queda deste fragmento, com
zonas de sobreposies intensas. A grande maioria dos motivos so sulcos simples que
compem grandes aglomerados de retas em todas as direes, alm dos antropomorfos,
escaliformes, ferraduras, cpulas, tridgitos e podomorfos que compe esta densidade
de motivos gravados. A quantidade grfica tamanha que difcil identificar os motivos
a partir 1 metro de distancia do paredo. Observa-se a utilizao freqente das fraturas e
concavidades da rocha suporte para a disposio dos motivos.
79
Figura 26: Painel 2 rea B com sobreposio do levantamento. Autor: Ariana Braga.
80
Foto 40: Detalhe dos escaliformes do Painel 2 rea B. Autor: Ariana Braga.
Os tridgitos assim como os fitomorfos (Fig. 31) desta rea no esto ordenados
e organizados em uma direo como observamos no Painel 1. Nesta rea so de
83
tamanhos variados, sendo a quantidade de sulcos para sua construo tambm varivel
(entre 3 e 4 sulcos). Por vezes a linha central ultrapassa o tamanho (Fig. 31, 8 e 9) do
tridgito. observvel a recorrncia do cruzamento dos sulcos na parte inferior do
motivo (Fig. 31. 1, 3, 4, 5, 6 e 8). Nota-se tambm a representao dos tridgitos
formais com os trs sulcos unidos por um ponto formando ngulos agudos
semelhantes (Fig. 31. 7 e 11). Nesta rea os fitomorfos e tridgitos se confundem devido
recorrncia de ambos os motivos e pela a utilizao dos tridgitos para construo de
alguns fitomorfos, sendo o tridgito sua terminao.
86
Foto 43: Aglomerado de tridgitos e sulcos simples Painel 2, rea B. Autor: Ariana Braga.
Foto 44: Motivo circular com decorao interna. Autor: Ariana Braga.
Nesta rea concentra-se a maior rea gravada em cotas negativas do stio com 94
motivos distribudos entre os cortes I1, J1, M1, N1, L1 e K1 entre os nveis 0- 5cm ao
nvel 105-110 cm.
Em suma o Painel 2 uma rea de grande complexidade com grande quantidade
de motivos gravados, no total 710 motivos (Graf. 3) . Sua distribuio no homognea
tendo reas de maior concentrao e outras reas vcuas.
87
Painel 2
Tipologias
31
29
27
25
23
20
18
13
11
5
3
1
0
50
100
150
200
250
300
350
Grfico 3: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 2. Sendo Y a tipologia e X a representao quantitativa
destas tipologias. Autor: Ariana Braga.
Picotagem Dispersa
Picotagem e Abraso
Abraso
Grfico 4: Tcnica de produo aplicada a manufatura das gravuras no Painel 2. Autor: Ariana Braga.
35-40 cm atividades dos cupins (Foto 45) foi crucial para o desaparecimento e o
desgaste de boa parte das gravuras desta rea, pois em cotas mais profundas onde no
observamos as atividades deste inseto, as gravuras encontravam-se em melhores
condies.
Foto 45: Detalhe da degradao das gravuras devido a intensa atividade dos cupins nos primeiros nveis escavados.
Autor: Ariana Braga.
Foto 46: Detalhe da interferncia antrpica recente, aplicao de pregos no suporte rochoso. Autor: Ariana Braga.
89
90
3.5.4 Painel 3
O painel apesar de pequeno (380 cm X 240 cm) caracterizado pela
concentrao de podomorfos, 26 exemplares. A rea est posicionada entre duas
fraturas, ambas naturais.
Na zona ocupada pelos podomorfos observa-se uma intensidade maior de
gravuras que nas reas afastadas a este motivo. A rea dos podomorfos composta por
outros motivos como conjuntos de cpulas formando retas e na face interior de sulcos
alm de sulcos simples.
Figura 37: Aglomerado de sulcos simples verticais, Painel 3. Autor: Ariana Braga.
92
93
Painel 3
Tipologias
22
20
19
18
12
9
3
0
10
20
30
40
50
60
70
Grfico 5: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 3. Sendo Y a tipologia e X a representao quantitativa
destas tipologias. Autor: Ariana Braga.
Estes motivos seguem o padro geral do stio com relao a tcnica para
execuo das gravuras, sendo a abraso a tcnica mais aplicada, dado que desperta
interesse, pois mesmo com motivos profundos como os podomorfos no notamos sinais
de picotagem prvia para a fabricao destes.
Grfico 6: Tcnicas de produo aplicada na manufatura das gravuras do Painel 3. Autor: Ariana Braga.
Observa-se que esta rea sofreu desplacamento na zona superior do painel e foi
danificada na parte inferior pela ao dos cupins. Do ponto de vista da conservao estes
fatos so preocupantes, sabendo da fragilidade do arenito. Tendo em vista que estes dois
fatores no so de fcil manejo.
94
3.5.5 Painel 4
Esta rea localiza-se na zona de menos concentrao de material arqueolgico,
na superfcie de menor nmero de gravuras e est na zona menos abrigada do stio com
incidncia solar no perodo vespertino. Tal fato d a esta parte do suporte rochoso uma
ptina de cor avermelhada, diferente das reas sombreadas.
Devido a extenso deste painel dividiu-se em duas zonas (Painel 4A e Painel 4B)
tendo em vista o grande vazio existente entre estas que coincide com uma grande fratura
do suporte rochoso.
O Painel 4A (Fig. 38) possui um pequeno nmero de gravuras em um espao
relativamente grande. As gravuras so de tamanhos variados, mas pouco visveis devido
a pouca profundidade dos seus sulcos alm da ptina que possui a mesma colorao
tanto no interior dos sulcos quanto no suporte.
95
Figura 39: Detalhe dos motivos geomtricos, Painel 4 rea A. Autor: Ariana Braga.
96
Painel 4
Tipologias
29
28
27
24
20
19
9
4
3
1
0
10
15
20
25
30
Grfico 7: Distribuio quantitativa das gravuras no painel 4. Sendo Y a tipologia e X a representao quantitativa
destas tipologias. Autor: Ariana Braga.
A tcnica de maior preferncia para execuo destas gravuras foi abraso, com
a pequena presena da associao desta com a picotagem. Esta ausncia da picotagem
resultou em sulcos majoritariamente rasos, gerando a invisibilidade de alguns motivos.
97
Tal fato determinado pela tcnica pode ter sido uma escolha do prprio autor que pode
ter utilizado da abraso rasa a fim de gerar sulcos menos visveis.
Picotagem Densa
Picotagem Dispersa
Picotagem e Abraso
Abraso
Grfico 8: Escolha tcnica para produo das gravuras do Painel4 . Autor: Ariana Braga.
98
99
100
200
300
400
500
600
Grfico 9: Total de motivos gravados em todo suporte rochoso do stio TBII. Sendo Y a tipologia e X a
representao quantitativa destas tipologias. Autor: Ariana Braga.
A tcnica mais aplicada neste stio foi abraso, esta escolha pode ter sido
efetuada devido s condies do suporte que por se tratar de um arenito frivel, responde
com eficincia ao ato repetitivo de abrasonar.
As associaes da abraso e a picotagem em geral foram efetuadas para resultar
sulcos mais profundos ou superfcies em baixo relevo maiores e moderadamente
profundas. Em geral a picotagem foi recoberta pela a abraso mais podemos observar
em algumas reas resqucios desta nas bordas dos motivos ou ainda no interior destes,
principalmente nas ferraduras e podomorfos.
A picotagem foi observada para produo de nuvens de pontos tendo apenas
dois motivos gravados com soberania desta tcnica, os machados sem decorao nas
terminaes do encabamento. Mesmo assim estes possuem sinais de abraso na parte
interior da representao do cabo.
Picotagem Densa
Picotagem Dispersa
Picotagem e Abraso
Abraso
Grfico 10: Tcnica aplicada para a produo das gravuras no stio TBII. Autor: Ariana Braga.
cm (foi coletado carvo vegetal para datao desta e de outras camadas, entretanto estes
resultados ainda no foram tratados) da ocupao humana nesta rea j havia gravuras
neste suporte, logo as gravuras esto ligadas diretamente ao pacote arqueolgico.
Tendo em vista a profundidade das gravuras nesta rea de maior concentrao
de evidencias arqueolgicas adjuntas a tcnica de gravao que necessita da insero de
fora para sua execuo, conclui-se que estas necessitariam de uma altura mnima para
sua produo, pois necessrio ter os braos livres e conseguir peticion-los contra o
suporte para chegar ao objetivo proposto, a abraso. Tendo em vista estas necessidades
acredita-se que necessrio gravar na altura do tronco para conseguir aplicar esta fora
no suporte rochoso. Logo acreditamos que estas gravuras mais profundas teriam sido
elaboradas em um perodo diferente das demais. Associando-se as gravuras entre os
nveis 20-30 cm a 100-110 cm a primeira camada de ocupao do stio, ocupao ltica
entre os 200-210 cm a 170-180 cm. Sendo as demais em cotas positivas ligadas a
ocupao lito-cermica.
Figura 42: Painel 2A, com escala humana. Autor: Ariana Braga.
102
Consideraes finais
Chora cerrado
Inundado.
103
volta de 150 cm a 200 cm positivos. Assim pode-se observar que o machado para este
segundo grupo foi um objeto de importncia relevante, pois fora representado
cuidadosamente, disposto em zonas de menos intensidade grfica prximo a reas de
grande quantidade de material arqueolgico cermico alm de estar sobre uma grande
estrutura de combusto, que se considerou uma fogueira sendo que esta possua diversos
cacos cermicos em seu entorno. Tais fatos levam a compreenso de que este objeto seria
smbolo deste grupo e estaria ligada a nova forma de ocupar o espao, sabendo que este
transforma a paisagem e gera um modo de vida de maior estabilidade. Entretanto para
consideraes desta amplitude observa-se a necessidade de maiores informaes entre o
contexto arqueolgico e etnogrfico desta regio alm de maiores informaes a respeito
do perodo destes stios, sabendo da existncia de outros stios com a representao deste
motivo nesta rea.
Sabe-se que este o incio de um longo trabalho, ressaltando a importncia da
continuidade da documentao rupestre nesta regio do pas, devido quantidade
relevante de stios e a destruio fulminante destas extenses tendo em vista s polticas
desenvolvimentistas em vigor. Alm da relevncia desta rea para melhor compreenso
da Arte-Rupestre brasileira, tendo em vista estar localizada entre duas reas de grande
importncia (a Amaznia e o Sudeste do Piau), e a existncia do grande vazio
informativo que no proporciona um contexto arqueolgico satisfatrio para dados
conclusivos na regio e na rea em estudo.
Nota-se ainda que este trabalho o incio e no o fim das anlises do stio TBII,
pois constata-se grande importncia deste para o estudo da arqueologia rupestre
brasileira, logo as anlises laboratoriais podero ampliar consideravelmente as relaes
entre a Arte-Rupestre e o contexto arqueolgico, podendo identificar maior nmero de
ocupaes e dataes para as camadas com blocos gravados que possibilitaram datar
indiretamente a Arte-Rupestre, sendo assim esta no se trata de uma concluso. Eis aqui
as consideraes que se obteve at o momento, pois se observa que este trabalho seguir
trazendo novas informaes durante muito tempo.
Considera-se de relevncia a continuidade dos trabalhos no stio TBII, entretanto
necessrio que levantamentos como o aplicado neste stio se repita com maior extenso
nesta rea possibilitando uma anlise regional dos stios para se chegar a dados
conclusivos a respeito desta fonte to importante para o conhecimento arqueolgico.
Acredita-se que o presente trabalho possa contribuir para o incio dos estudos da
Arqueologia Rupestre nesta rea e que motive outros pesquisadores aplicar esta
105
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Anexos
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