Resumo de História Da Arte
Resumo de História Da Arte
Resumo de História Da Arte
Estamos na era glacial, o homem entra na caverna para se proteger do frio. Ele
observa que ao encostar-se nas paredes das cavernas, que elas so midas e um
pouco mole na camada superior. Espontaneamente ele escorre os dedos sobre
esta superfcie e deixa ali sua marca.
Percebendo este feito ele o faz repetidas vezes em diferentes direes, vertical,
horizontal, diagonal em forma de circulo, deixando assim impresses com figuras
geomtricas. Estes gestos so conhecidos pela histria da arte como
macarrones.
Neste perodo o homem nmade.
O homem primitivo no para por a, descobre que ao colocar sua mo sobre uma
superfcie e soprando p de carvo, ou o p do sangue ressecado, que ele havia
raspado, sobre ela, ele consegue deixar a marca de sua mo naquela superfcie,
criando assim o efeito de positivo negativo que conhecemos hoje
Entrando um pouco mais para o fundo das cavernas, lugares de difcil acesso,
este mesmo homem elaborou pinturas de animais, que so chamadas de pinturas
rupestres. Estes animais eram representados de vrias maneiras: sendo
flechados, agonizando, correndo, ou seja, sempre de forma naturalista.
A pintura primitiva Franco Cantbrica:
Acredita-se que o sentido dado a estas representaes era o de magia.
O homem pr-histrico acreditava que ao pintar o animal dominado antes de ir
caar, ela teria mais sucesso na caa.
Quem fazia o ritual da caa era o Xam. Por isso esta arte conhecida como
arte xamanista. Alguns estudiosos acreditam que estes bruxos na tinham um
fsico muito desenvolvido, eles usavam muito os seus poderes mentais.
Suas tintas eram obtidas a partir de material de origem mineral, vegetal, carvo de
ossos (preto), sangue seco, fezes de aves (branco), que eram misturados
gordura de animais.
Escultura e relevo:
Na escultura da arte Franco Cantbrica as mulheres eram muito representadas.
Nestas representaes eles valorizavam os seios, as ndegas e o ventre das
mulheres. Acredita-se que a gravidez era algo inexplicvel, algo mgico. Estas
pequenas esttuas (10cm a 20cm), so chamadas de Vnus Esteatopigias.
No s mulheres foram representadas, os animais apareciam brigando,
descansando, lutando e etc.
Os relevos eram incises feitas nas rochas ou pedaos de pedras soltos, tambm
contavam com os mesmos temas das esculturas.
Material usado para estas esculturas: madeira, marfim e pedra.
Grutas mais conhecidas:
Frana Le Fourneau du Diadle
Solutr
Pchialet
Lascaux
La Magdeleine
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Pech-Merle
Cougnac
Espanha - Altamira
Mesoltico e Neoltico:
Artes do Levante Espanhol.
Arte Ibero-africana era feita por um povo denominado Grimaldi da raa negra,
eles tinham predominncia por representaes de pessoas e animais domsticos.
A diferena que percebemos nestas representaes a presena da figura
humana com seus afazeres domsticos. Percebemos agora ento que o homem
no mais nmade, ele j se estabeleceu em s lugar desenvolveu a agricultura,
domesticou animais e j sabe fazer tramas com fibras vegetais. As figuras agora
so representadas de forma estilizadas, quase que geometrizadas.
Esta arte que representava o homem em suas atividades chamada de Pleno
Sol, por que era feita nas partes externas das cavernas. A pintura no tem mais
sentido de ritual mgico, e sim narrativo e didtico. Os animais e as pessoas so
representados em tamanho menor e estilizados.
Arte Franco Cantbrica Perodo Paleoltico Superior.
Arte desenvolvida dentro das cavernas para rituais de caa.
Pinturas em lugares difceis.
Tinham preferncias por animais de caa.
Os animais eram pintados em tamanho maior que o normal.
Arte do Levante Espanhol Perodo Mesoltico e Neoltico.
A cermica comea a ser desenvolvida no perodo Neoltico.
A figura humana comea a ser representada.
A agricultura e animais domsticos tambm.
Arquitetura:
Os monumentos megalticos: esto em geral associados ao culto dos mortos,
podiam ser erigidos em memria de um morto ou constituir cmaras funerrias.
Distinguem-se dois tipos principais: o menir e o dlmen.
O menir um monolto de dimenses variveis; este bloco de pedra colocado
verticalmente sobre uma sepultura ou perto dela. Certos menires so pedras no
trabalhadas, em forma de lajes; outros so talhados em ponta, no alto, alguns
destes megalitos esto ornados com motivos geomtricos. Menires so pedras
grandes em alinhamento. O mais famoso o de Carnac na Bretanha.
Os Dolmens, quer dizer mesa. Ele se compe de duas pedras na vertical com
uma terceira horizontal, chamada de lintel em cima ligando uma a outra. Temos o
Dlmen da Ile-aux-Moines, Bretanha.
CIVILIZAO:
Os sumrios, vindos das regies situadas alm do Mar Cspio, foram os primeiros
povos que a se estabeleceram, e trouxeram com eles o sentido de organizao
de cidades estado, comrcio e artesanato.
Os sumrios so povos de origem semita que so rabes e hebreus. A
designao vem da Bblia que menciona povos descendentes dos filhos de Sem.
Em conseqncia das grandes migraes, no se pode falar de um grupo fsico
homogneo semita.
Traos fsicos: estatura mdia, olhos e cabelos escuros e nariz adunco.
Povos inicialmente nmades, posteriormente pastoreiros e agricultores.
Um povo de grandes contribuies:
Eles inventaram a escrita cuneiforme, que mais tarde se transformou em
um alfabeto que serviu a todas as lnguas ocidentais.
Os primeiros veculos sobre rodas.
Os primeiros tornos de cermica.
Devido a constantes enchentes eles desenvolveram o estudo da
astronomia.
Os nossos sistemas, cronolgico e astronmico, tiveram origem na
Mesopotmia.
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CURIOSIDADE:
Nas escavaes feitas em Creta foi encontrada uma oficina de fiar e tecer,
provavelmente uma pequena indstria txtil, que trabalhava para o povo em geral.
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PINTURA:
Tcnica do afresco em murais nas paredes dos palcios, com influncia da pintura
egpcia pela presena da lei da frontalidade (no contudo to generalizada) e o
uso das cores chapadas. Contudo em Creta, uma ligeira modulao da cor
aparece por vezes no limite das zonas, de modo que estes afrescos so menos
severos do que os egpcios.
O homem com a cor avermelhada e as mulheres amareladas, tambm nos
remetem a cores usadas no Vale do Nilo.
Sintetizao das formas, ritmo linear, as silhuetas parecem se animar.
freqente a presena de touros nas pinturas.
As faixas ornamentais em torno das pinturas, com formas estilizadas.
Os principais temas: desfiles, atividades da vida cotidiana, representao da fauna
e da flora, sobretudo da marinha.
GRCIA
Resumo dos perodos da Arte Grega:
Perodos
Pr-helnico
Helnico
Helenstico
Arte
Cicldica ou egia
Minica ou cretense
Micnica
Idade das Trevas
Arcaico
Clssico
Imprio Grego
(Magna Grcia)
pocas aproximadas
2700 a 1600 a.C.
1600 a 1150 a.C.
1000 a 700 a.C.
700 a 480 a.C.
480 a 323 a. C.
323 a 30a . C.
ARTE GREGA:
Complementao da Arte Egeia (Estuda na parte de Creta)
Arte Pr-Helnica:
Quando o Egito estava se desenvolvendo a Grcia estava surgindo.
Os dricos que habitavam todas as ilhas, principalmente a Pennsula Balc, onde
a fica Grcia.
ARTE CICLDICA:
Tem esse nome por ter se desenvolvido nas ilhas Cclades, tambm conhecida
como arte Ega, porque as ilhas Cclades esto situadas no Mar Egeu.
As produes artsticas mais importantes das ilhas foram:
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Acrpole colina das cidades gregas onde abrigavam os edifcios sagrados dos
deuses. Na acrpole havia o propileu que era o porto de entrada do templo e o
temeno que tambm era um espao sagrado como um altar.
As cerimnias religiosas eram feitas fora dos templos, essas cerimnias
eram feitas com animais, que depois de mortos eram examinados pelo orculo,
tiravam suas vsceras e com o resto fazia-se um grande churrasco.
Na frente dos templos dricos eram colocadas colunas em nmeros
pares. Nas laterais eram o dobro das colunas da frente mais uma.
Ex.: Parthenon (oito colunas na frente e dezessete em cada lateral).
O Parthenon um templo perptero, ou seja, rodeado de colunas.
Nos templos jnicos eram colocadas colunas na frente e atrs e as
laterais eram formadas por grossas paredes.
Ex.: Erecteion
Caritides so colunas em forma de figuras de mulheres, o Erecteion que fica na
Acrpoles de Atenas, o nico templo que possui Caritides.
TEATROS GREGOS:
Os gregos gostavam da vida ao ar livre, e as construes de seus teatros
no fugiram a regra, eles eram construdos nas encostas das colinas onde havia o
aproveitamento da acstica natural.
A planta sempre semicircular e dividida em trs partes principais:
arquibancadas em pedras, com sistema de escoamento de gua nas laterais, no
centro uma parte circular chamada de orkestra, onde havia no centro a imagem
do deus Dionsio. Por fim havia o palco de forma retangular com uma parede atrs
onde ficavam dezenas de compartimentos (camarins).
ESCULTURA GREGA:
1a. fase (idade das trevas)
A escultura considerada como arte por excelncia grega, quer dizer, os gregos
chegaram ao mximo de conhecimento tcnico e esttico sobre esta arte.
Comea na idade das trevas no perodo arcaico com um estilo dedlico, de
aspecto muito simples, feitas em srie e o material utilizado era a terracota. As
formas eram simplificadas, as mulheres sempre vestidas e os homens sempre
nus, suas cabeas eram de forma oval. Eram imagens dedicadas aos deuses e s
vezes eram os prprios deuses. Elas mediam cerca de 1,20m de altura.
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Miron: suas esculturas esto sempre em ao, por isso fazia muitos
atletas, como exemplo tem o Discbolo.
Escopas: No sculo IV a.C. atravs da obra de Escopas temos vestgios de
emoes representadas nas expresses faciais de suas esculturas, o que
confirma o seu grande interesse pela figura humana e no divina.Suas
representaes quase sempre tm aparncia atormentada. Suas obras: Demeter
de Cnido e Hermes de Olmpia.
Praxteles: foi o primeiro escultor a esculpir figuras femininas nuas. Suas
obras: Hermes com Dionsio menino. Praxteles usava uma tcnica de disfarar
os suportes das esttuas, cobrindo-os com o prprio material criando s vezes um
panejamento ou uma vegetao.
Lisppo: ltimo dos escultores do perodo clssico. Esculpiu Alexandre
Magno. Lisppo implantou o cnon de oito cabeas, por isso suas esculturas so
maiores.
PERODO HELENSTICO:
Caracterizado pelo grande imprio grego, quando comea a Grcia comea
a conquistar territrios.
O mundo helenstico vai alm das fronteiras, com a presena de mistura de
tendncias: clssicas, helnicas, e regionais, sofrendo influncias de culturas
muito amplas.
ARQUITETURA:
Acrscimo de mais uma ordem arquitetnica: a ordem Corinthia, que uma
evoluo da ordem jnica, caracterizada pelo capitel com volutas simples e folhas
de acanto, adquirindo um aspecto mais decorativo.
Nesse momento tambm se encontra a utilizao de plantas de base
circular, bem como construes com a utilizao de ordens arquitetnicas
misturas: drica com corinthia, jnica e conrinthia, etc.
ESCULTURA:
Continua no caminho da escultura clssica. Na Grcia clssica foram
iniciadas a valorizao do homem com sua capacidade intelectual.
As quatro tendncias da escultura:
1a: Equilbrio entre a forma perfeita e a real:
Colosso de Rhodes feito por um aluno de Lisippo era de bronze,
considerado como uma das sete maravilhas do mundo, representava o deus sol.
Localizava-se na entrada do porto, onde os navios, para entrarem, deveriam
passar por baixo da escultura.
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RELEVOS:
*Helnico
*Helenstico
So usados nos tmulos, nas ornamentaes dos templos, santurios e
fazem parte da arquitetura, ocupando todo o espao deixado pela arquitetura. Os
frontes so bens exemplos.
A temtica representada com agrupamento de pessoas e animais
(cavalos), atingindo movimentos mais livres e rompendo convenes.
A arte do relevo uma arte narrativa com cenas do cotidiano, jogos, lutas,
procisses e festividades.
Os dois tipos de relevos so:
Alto relevo quando sai da placa mais da metade da figura.
Baixo relevo quando fica prximo da placa.
Inciso quando se faz apenas sulcos na placa.
Os relevos aparecem sobretudos nas estelas funerrias.
No perodo arcaico os relevos so compostos de figuras rgidas. Normalmente
representadas em passo fechado.
No perodo clssico, as figuras so mais elaboradas e dotadas certa leveza. H a
busca da forma perfeita, esculturas com braos em movimentos e passos abertos.
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ARTE ETRUSCA
(sc.: X a III d.C.)
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ROMA
(c. de 753 a.C. at 476 dc.)
Roma foi criada entre sete colinas, duas dessas habitadas por Latinos e Sabinos
que eram povos pastores e religiosos.
Os Etruscos eram povos guerreiros e tinham comrcio expressivo com a Grcia,
fundando a cidade de Roma com um acordo feito entre os Sabinos e os Latinos.
Perodos:
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1o.- Perodo da monarquia: vai de 753 a 509 a.C. Era uma dinastia de reis.
Rmulo foi o primeiro rei. Roma foi fundada nesse perodo. Com a derrota dos
Tarquinos, acabou o poderio Etrusco, foi ento proclamada a repblica.
2o.- Perodo republicano: vai de 509 a.C. a 27 d.C. O governo passa a ser
pblico.
Otaviano recebe do senado o titulo de augusto, chefe do estado = 1 o. ministro,
supremo do governo. Era eleito por voto dos cidados.
Cristo nasce no perodo republicano.
3o.- Perodo do Imprio: vai de 27 a 476 d. C. nesse perodo que o imprio
romano do ocidente cai em decadncia.
CIVILIZAO:
Existia a devoo a deusa Vesta protetora dos lares.
O pai era uma figura muito importante, dominador.
A religio em Roma no era muito slida, a classe dominante assumiu a religio
grega, s que modificaram os nomes dos deuses.
Ex.: Dionsio = Baco
ARQUITETURA:
Principais caractersticas:
Uso do arco
A cpula
Ordens arquitetnicas sobrepostas: dricas, jnicas e por vezes a compsita; que
uma criao romana.
A falsa coluna, no utilizada para sustentao, s usada de forma decorativa.
A abbada de bero.
Frisos
Elementos geomtricos na abbada que serviam para dar mais leveza visual, com
funo de embelezar.
Os romanos usavam sobretudo tijolos de vrios tamanhos e formas de acordo
com o tipo de construo.
O tijolo de forma retangular servia para as partes mais arredondadas das
abbadas.
Usavam madeira para andaimes, portas e janelas.
A pedra de cantaria, tambm era uma pedra que poderia ser trabalhada assim
como o mrmore e o granito.
As construes eram feitas com um material chamado de tufo, que era pulverizado
e depois de molhado se tornava um tipo de concreto.
As paredes eram feitas com a tcnica do a sacco, que consistia na construo
de duas paredes de tijolos e entre elas jogavam pedras, tijolos e por ltimo o tufo.
O tufo tambm chamado de pozzolana.
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A famlia era formada por: pai, me, filhos, agregados, escravos e etc., por
isso que as casas tinham tantos compartimentos.
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Pintura romana:
Foram encontradas nas casas de Pompia e Herculano:
Pintura mural com a tcnica do afresco.
Esta pintura cobre quase que totalmente as paredes das casas.
Faziam o trompe-loeil.
So quatro os estilos da pintura:
1- Estilo de incrustao consiste na imitao de material de acabamento
imitando mrmore, madeira.
2- Estilo arquitetnico consiste na imitao de elementos da arquitetura
colunas, frisos, capitis, molduras.
Estes dois estilos tm como base uma valorizao da parede.
3- Estilo ornamental consiste numa evoluo do 2o. estilo, consiste na
imitao de elementos da arquitetura mais decorado com elementos da
flora.
4- Estilo ilusionista ou cenogrfico uma sntese dos trs estilos anteriores,
com a presena da perspectiva com a finalidade de ampliar o espao local.
Estes dois ltimos estilos anulam a parede e ampliam os espaos.
Temas usados na pintura so:
Paisagens urbanas
Paisagens com runas
Paisagens campestres
Paisagens com imagens do cotidiano
Retratos de forma bem realistas
Cenas mitolgicas, principalmente as proezas hericas inspiradas na Ilada
e na Odissia
Cenas dramticas
Natureza morta (composio com frutas, legumes, flores e as vezes
animais de caa).
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PERODO CATACUMBRIO
ARQUITETURA:
I que restou deste perodo foram algumas casas na cidade de Dura-Europos, que
se mantm conservadas at hoje. As outras foram destrudas ou construdas
outras igrejas por cima.
ESCULTURA:
Os cristos eram contra os pagos por eles representarem seus deuses atravs
da escultura, por isso no incio os cristos eram contra a representao atravs de
imagens, sendo assim neste perodo praticamente no existem esculturas. O que
existe so relevos em sarcfagos, muito parecidos com os relevos romanos
pagos, apenas o que mudava era o tema: O Bom Pastor, e em cima do
sarcfago tinha a imagem do morto.
PINTURA:
Ao contrrio da escultura a pintura foi muito difundida, era uma forma de passar
aos fiis as mensagens do antigo testamento. Suas tcnicas eram simples, assim
como os prprios cristos, eles mesmos eram os pintores (amadores e escravos).
Tcnica: de traos rpidos figura sugeridas mais do que representadas.
Composio: com enquadramento geomtrico ou enquadramento com elementos
geomtricos. Pintadas nos tetos de crculos.
Principais temas:
Histria de Jonas na baleia, representando o poder de Deus para salvar os
fiis, das garras da morte.
Os trs hebreus na fornalha em posio de prece de braos abertos.
A pomba que representavam a paz e o Esprito Santo.
A cruz martrio de Cristo.
O clice o santo graal.
O anjo.
A ressurreio de Lzaro.
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ARQUITETURA:
Arte sempre ligada ao cristianismo. As baslicas paleocrists foram adaptadas das
baslicas e das casas romanas.
Muitos dos nomes dados s baslicas eram de pessoas que faziam grandes
doaes.
ESCULTURA:
So relevos encontrados nos sarcfagos e alguns objetos de culto (clice de
prata, ouro e bronze) que receberam relevos.
PINTURA:
Vista de uma forma importante para as mensagens do Antigo e do Novo
Testamento, com finalidade didtica para difundir a doutrina, sempre de carter
narrativo simblico.
ARTE BIZANTINA
476 d.C. 1453 d.C.
Com a queda do Imprio Romano do Ocidente, comea o Imprio Bizantino.
Bizncio a capital do Imprio Romano com todos os monumentos da arte
romana.
Bizncio que hoje a Turquia possua arte romana.
Constantino mudou o nome da cidade de Bizncio para Constantinopla, e com a
invaso dos turcos passou a se chamar Istambul.
Nas igrejas bizantinas, o cristianismo foi muito importante, passando a ser a
religio oficial sofrendo influncias orientais.
As igrejas bizantinas eram muito ricas nas suas construes e ornamentaes, se
repetindo muito a esttica oriental com influncia helenstica.
Ravena se tornou um grande centro bizantino apesar de se localizar na Itlia.
Os trs centros mais importantes da Arte Bizantina so:
Bizncio
Ravena
Veneza
A arte bizantina uma arte totalmente vinculada ao Imprio, oficialmente dirigida
pela igreja que detm o poder do Imprio Romano do Oriente, mostra o triunfo da
igreja. Uma arte voltada para a propagao da f.
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So Marcos = leo
So Joo = anjo
So Mateus = guia
So Lucas = boi
Presena de contorno
Posio esttica e simblica
Vrias situaes numa mesma cena
Ausncia de perspectiva
Ausncia de anatomia
Deformao da figura e
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Cores simblicas
o O branco verdade, usado na veste de Cristo.
o O vermelho o sol, o fogo, o sangue, usado nas asas do anjo
Serafim e o manto de Cristo.
o O azul a noite, a lua, o cu. Usado mais tarde para o manto de
Nossa Senhora.
o O verde esperana, vegetao.
PINTURA BIZANTINA:
Temos duas tendncias:
1 Tendncia helenstica
Carter naturalista
Movimento das vestes
2 Tendncia oriental:
Lei da frontalidade
Ausncia de perspectiva
Carter simblico
Figuras estticas.
Tipos de pinturas:
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ARTE ROMNICA
(aprox. sculos XI e XII)
Perodo da histria da arte na Europa ocidental que abrange basicamente
os sculos XI e XII, caracterizado pelo auge do feudalismo, pela variedade
regional de estilos, predominncia da arquitetura religiosa, rica decorao de
fachadas e capitis de colunas, uso de arcos plenos, abbadas de bero e
arestas, espiges e contrafortes, e pela criao de abundante imaginria.
Feudalismo sistema econmico, poltico e social que se fundamenta
basicamente sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo
em troca de servios mtuos (proteo por parte do senhor e servido por parte
do vassalo) e que caracteriza a sociedade feudal (surgida aps as invases
germnicas na Europa, a sociedade feudal desenvolveu-se do perodo que vai do
sculo IX ao XIII).
Sobre a influncia do apocalipse no ano 1000d.C. a igreja passou a
organizar as cruzadas para a Terra Santa para a reconquista de Jerusalm e o
tmulo de Cristo. Surge neste perodo uma srie de rotas de peregrinaes que
saa da Itlia e da Frana com destino a Santiago de Compostela na Espanha. As
cruzadas influenciaram positivamente todo o comrcio da regio. Traziam tambm
recursos para toda a rota de peregrinao e com isso a igreja foi conseguindo
posses, terras. etc...
As doaes de terras e de bens eram feitas em troca da salvao quando
chegasse o juzo final.
No perodo medieval no havia muitos horizontes. As perspectivas de vida
para os filhos conseqentemente eram muito pequenas, a maioria ia para os
mosteiros ou trabalhavam em profisses menos valorizadas: cozinheiros,
carpinteiros, sapateiros, ferreiros, etc...
Essa dificuldade fez com que os mosteiros de multiplicassem na Europa, e
dentro dos mosteiros houve uma diversidade de cultura bastante expressiva. Foi
observada tambm a necessidade de uma constante manuteno nos mosteiros
aumentando o nmero de pedreiros que atuavam inclusiva na elaborao de
esculturas, que mais tarde estes pedreiros se uniram numa confraria dando
origem s marcenarias.
A arte nesse perodo continua a ser annima, mas a mo-de-obra comea a
ser valorizada, fazendo com que esses profissionais (escultores e pintores),
comeassem a ter fama.
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Pequenas aberturas
Construes muito slidas e fechadas
Predominncia do cheio sobre o vazio
Abbada de bero
Arco pleno ou arco de meio ponto
Abbada de arestas
Paredes grossas
Uso de contrafortes
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ESCULTURA ROMNICA:
Diretamente vinculada arquitetura e a representao transmitindo um forte
sentimento religioso, recriando a imagem da igreja triunfante.
Tem carter didtico e simblico.
OS TEMAS SO:
Sagrada escritura
Cultura popular
Alegorias das estaes
Representao de fbulas populares
Atividades dos camponeses
O cu
E o inferno
A virtude e o vcio
Temas vinculados a Virgem Maria, porm mais freqentes no perodo
gtico.
O Cristo envolto numa mandala sentado sobre um trono na parte do
tmpano
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Portais tmpanos
As bases dos altares
Os capitis
Lintis
PINTURA MURAL:
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Vida de Cristo
Virgem Maria
Antigo e novo testamento
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ARTE GTICA
(aprox. sc. XIII e XVI)
Para a maioria dos historiadores a arte medieval , desde muito, sinnimo
de arte gtica. Esta concepo, que ignora as artes bizantinas e romnicas, em
parte justificvel pelo fato de a arte gtica ser a mais espetacular da Idade Mdia.
A sua arquitetura particularmente ousada e marca, de certo modo, no Ocidente,
o apogeu de um perodo que os historiadores situam entre 395 d.C. e 1453 d.C.
com a queda de Constantinopla.
O termo gtico vem do nome godos, povo brbaro, rabes, que invadiu o
Imprio Romano.
Essa revoluo do estilo gtico comea quando um abade chamando
Surger resolve fazer uma reforma na igreja Abadia de Saint-Denis. Percebendo o
aspecto estrutural do arco de meio ponto ser limitado e exigindo paredes muito
largas, ele resolve quebrar esse arco e retirar as paredes que o sustentava,
colocando no lugar das paredes colunas que serviam agora de sustentao.
Dessa maneira os espaos ficaram mais livres, e foram deixadas grandes
aberturas que eram cobertas de vitrais.
Em torno de 1140 comeou o desenvolvimento do gtico e o
desenvolvimento das cidades, consequentemente aumentando as profisses. As
pequenas aldeias foram aumentando. A classe burguesa sentia necessidade de
ter suas prprias catedrais, que foram construdas devido ao sentimento religioso
e de unio da comunidade.
De 1145 a 1220 construda a catedral de Chartres e em 1163, logo em
seguida a catedral de Notre-Dame de Paris.
As construes dessas catedrais foram se expandindo da Frana para
Alemanha, Gr-Bretanha, ustria e Norte da Itlia. Cada lugar assimila o gtico de
acordo com sua nacionalidade.
O aspecto formal da catedral de Notre-Dame simples: dividido em trs
partes na horizontal e trs na vertical.
Assim como a igreja romana, a igreja gtica tem seu eixo da nave principal
leste-oeste, representando Jerusalm. A sua abside voltada para o nascer do
sol.
CARACTERSTICAS DA ARQUITETURA GTICA:
Arco ogival
Grandes janelas (aberturas com vitrais)
A roscea nas fachadas e muitas vezes nas laterais (tambm aparece no
romnico, mas do estilo gtico).
Abbada de arestas.
O verticalismo (a catedral sobressai nas cidades, as torres so altas).
Torres na fachada e s vezes no cruzeiro.
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PINTURA GTICA:
Pintura mural
Pintura sobre madeira
Iluminuras.
A partir do sculo XII a pintura passa a ter um desenvolvimento muito grande onde
foram acrescentados alguns elementos novos.
O gtico na Itlia no chegou a se expandir tanto, porque a escultura era muito
cara. Na Itlia a pintura comeou desde o perodo romnico com as sobras de
paredes deixadas pela arquitetura.
O gtico valorizava as esculturas como na Frana e nos pases nrdicos.
Foi a partir do sculo XIII que os artistas passaram a ser reconhecidos.
TEMAS DA PINTURA:
Valorizao do Novo Testamento assim como na escultura.
CARACTERSITCAS DA PINTURA:
Hierarquia por tamanho
Verticalismo
Hierarquia por composio (a pessoa mais importante no centro da pintura)
No existia movimento (eram contidos)
Gestos nobres
Simetria
Fundo dourado
Representao de elementos da arquitetura gtica, sobretudo das molduras
em forma de arco ogival, muitas vezes em flechas.
Uma composio em dois ou trs momentos simultneos (diferentes
momentos numa mesma composio).
Aspecto simblico
Contraste entre o bem e o mal (anjos e demnios).
A partir do sculo XIII comea com Giotto (pintor) elementos da perspectiva com
ponto de vista central figurando as cenas, transformando o fundo dourado em
azul, representando a paisagem no se distanciando do aspecto simblico.
Podemos dizer que Giotto foi o precursor do renascimento.
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Tmpera: mistura com gema para resultado fosco e mistura com clara para
resultado brilhante.
Encustica: pigmento com cera.
Detalhes a leo.
As iluminuras deixam de ser exclusivas da religio, os nobres comeam a usar
esses manuscritos para escreverem suas histrias.
TEMAS:
Vida de Cristo
Virgem Maria
Antigo e Novo Testamento
Pintura sobre madeira:
Era um quadro pequeno onde havia pintura dourada, as vezes se apresentavam
como dpticos e outras como trpticos, que eram feitas com madeira lado a lado e
juntas por tiras de couro (como dobradias), e serviam para serem levadas nas
procisses.
As iluminuras ou miniaturas:
So ornamentaes feitas nos livros. Nestas pinturas temos a presena quase que
constante da fauna e da flora. A primeira letra do texto tambm sempre
trabalhada.
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Os Vitrais:
Comea no romnico e se desenvolve no perodo gtico. O vitral formado por
pedaos de vidro incrustados com perfil de chumbo. O vidro nesta poca ainda
tinha aspecto rudimentar, eram bastante grossos. Ainda com o perodo romnico,
provavelmente pelo tipo de areia.
A moldura e a estrutura dos vitrais no incio do perodo romnico eram feitos de
madeira. S a partir de 1200 que as estruturas passaram a ser de ferro fazendo
ligaes e estruturando a janela.
Eles costumavam colocar muitos vidros brancos e alguns coloridos, e o contorno
do chumbo fornecia uma linha de contorno.
O esmalte era usado em pequenos objetos de culto como: candelabros, taas etc.
O mosaico tambm teve ss momentos de utilizao.
RENASCIMENTO
(abrange os sculos XV e XVI)
Renascimento significa renascer. O renascer das formas, ou pelo menos,
do esprito, mostrando que a arte assim como a cincia, tinha as suas prprias leis
e que essas leis j tinham sido descobertas pelos artistas gregos e romanos.
Teve incio nas primeiras dcadas do sculo XV, com a redescoberta da
literatura do mundo antigo, principalmente de Roma e Grcia, onde foi encontrada
uma grande valorizao da natureza, do corpo humano e do mrito pessoal,
surgindo assim o humanismo, onde agora o homem o centro e a medida de
todas as coisas.
Foi um perodo de grandes transformaes na religio, nas idias e no
comportamento, que acabou por refletir nas produes artsticas.
Foi o mais novo esprito que transformou as artes, as cincias, a literatura,
a filosofia, a poltica, a educao, a religio e todos os modos de pensamento.
O Renascimento se mostrou menos superficial, estudou mais os princpios
do que as aparncias da antiguidade. As figuras ficaram mais idealizadas, as
formas mais monumentais e organizadas segundo composies geomtricas.
O Renascimento tambm incorporou certo nmero de idias e atitudes que
marcaram o mundo moderno, como: o otimismo, os interesses terreno, hedonismo
(doutrina moral que considera o prazer finalidade da vida), o naturalismo, o
individualismo e o humanismo.
Joo de Salisbury e Dante Aliguieri, dentre outros, foram os que se
inspiraram na literatura grega e romana.
As causas do Renascimento:
Influncia da civilizao sarraceno (mouro, rabe, mourisco) principalmente
bizantina.
O florescimento do comrcio.
O crescente das cidades.
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No teatro:
o Temas ligeiros e alegres.
o Comdias satricas.
o Nicolau Maquiveal Mandrgora e o Prncipe.
Quattrocento (Alto Renascimento-sculo XV 1400-1499)
Perodo de paixo pelos estudos gregos.
Centro de desenvolvimento em Florena
A pintura foi a ltima de todas as artes a se afastar do modelo bizantino.
Mas foi no quattrocento que a pintura atingiu sua maioridade.
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Artistas:
Rafael Sanzio (1483/1520)
Artista mais popular do cinquecento, admirados de Leonardo da Vinci,
desprezava o sentido intelectual. Algumas de suas obras: Escola da
Atenas e Madona Sixtina.
Michelangelo (1475/1564).
Maior pintor do cinquecento. Obras mais conhecidas: Capela Sixtina
(teto), quatro anos e meio, 560 metros quadrados de teto, cerca de 400
figuras, algumas medindo at 3m. Temos tambm obras como O juzo
Final e Piet.
Renascimento Tardio sculo XVI segunda metade.
Consta de certo desequilbrio temtico e decomposio.
Monumentalismo na escultura.
Os itens anteriores levam as produes renascentistas deste perodo para o
Maneirismo e para o Barroco perdendo a forte ligao com o homem.
Renascimento em Veneza:
Enquanto pintores e escultores trabalhavam em Florena e em Roma, o
Renascimento desenvolveu-se de maneira diferente em Veneza. Era uma
cidade enriquecida pelo comrcio com o oriente, adquirindo um carter extico,
nico na Itlia.
Arquitetura renascentista:
A Renascena europia no foi somente a redescoberta da arte e da
arquitetura clssica da Grcia e de Roma antigas, mas tambm um perodo de
grande expanso da filosofia, cincia e literatura e da abertura para um mundo
novo em preparao para o mundo moderno que hoje conhecemos.
Os trs estados republicanos de maior fora eram: Veneza, Florena e
Roma.
Florena era dominada pela famlia Mdici, seus negcios mais importantes
eram o comrcio, bancos e poltica. Como outras famlias bem sucedidas de
Florena, os Mdicis foram patrocinadores das artes e das cincias. Entre seus
amigos encontravam-se: pintores, escultores, estudantes, astrnomos e
matemticos.
Os escultores e pintores voltaram a incluir a forma humana nua em sua
arte, porm de uma maneira mais iluminada.
Esse tipo de trabalho veio refletir quando os escritos de Vitrvio, um
engenheiro militar romano do sculo I a.C., sobre a arquitetura veio a ser
totalmente absorvido, por se basear na arquitetura da figura humana; no circulo
e na esfera, ou seja, para Vitrvio a proporo era o smbolo da beleza em
qualquer forma, que levou e,fim a um novo estilo de arquitetura.
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Arquitetura Religiosa:
Planta:
No incio foi mantida a cruz latina (com certa modificao nos interiores).
Depois cruz grega (tpica do renascimento) com centro coberto por uma cpula
(ponto mais importante da igreja, tinha a funo prejudicada mas a esttica
perfeita).
Tinha tambm a planta circular como a Igreja de S. Andra Del Quirinale com o
dimetro de 24m.
Geralmente todo cruzeiro tinha uma cpula.
As Igrejas possuam: nave principal, transepto, cruzeiro, coro, naves laterais e
claustro.
Tinham tambm pilastras nas fachadas, que foi muito usado no perodo da
Renascena Tardia e no perodo barroco.
No interior das igrejas geralmente o teto da nave central plano com rebaixo
onde linhas convergem para um plano de fuga (perspectiva).
Nas fachadas encontramos s presena das ordens arquitetnicas: corinthia,
drica e jnica, que articulam as partes (inferior e superior).
Construo da Baslica de So Pedro:
Com as desordens polticas em Florena, os Mdicis foram derrubados e o
poder do papado ganhou fora. Roma recebeu influncia da arquitetura de
Florena seguindo-se assim o perodo da Alta Renascena.
Neste perodo deu-se o incio da construo da Igreja de So Pedro.
Bramante foi um dos maiores arquitetos em Roma, ganhando um concurso
para a construo desta baslica.
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Julio II, grande papa patriota desejava uma igreja que servisse para sua
prpria tumba, e a partir da demolio da velha igreja de So Pedro em 1506
com o projeto de Bramante d-se incio a construo da maior obra religiosa.
Foi uma obra que demorou 120 anos para ficar pronta (1506-1626),
passando por modificaes no decorrer do tempo pelos arquitetos que eram
nomeados como:
Giuliano de Sangallo
Francesco Giocondo
Rafael
Baldassare Peruzzi
Antnio de Sangallo e
Por ltimo Michelangelo que tambm modificou o projeto de Bramante.
Michelangelo foi nomeado aos 72 anos, e grande parte da igreja trabalhjo
seu, principalmente a cpula.
Na planta de Bramante para So Pedro, tinha um clssico exemplo
de proporo e ritmo, era em cruz grega inscrita, completamente simtrica,
com absides nas extremidades.
Michelangelo reduziu o nmero de nichos e fez o deambulatrio ao
redor de sua enorme cpula central, dentro de mais um quadrado.
Carlos Moderna estendeu a nave principal na direo oeste
transformando a planta em cruz latina acrescentando o enorme prtico de
entrada e a imponente fachada oeste.
S em 1655 e 1667 foi construda a praa em frente a igreja com
colunatas formadas por colunas da ordem toscana do arquiteto barroco Gian
Lorenzo Bernini, e foi ele tambm que fez o mais famoso trabalho para a igreja
que foi o grande baldaquino barroco. Feito em bronze dourado sobre o altar
principal. As colunatas torcidas do baldaquino com esculturas altamente
decorativas, incluindo inscries herldicas. A altura do baldaquino de 3,05m.
O baldaquino e o altar-mor ficam no cruzeiro, onde se tornam
pequenos pela grande dimenso da grande cpula acima, cujo interior
decorado com afrescos e mosaicos.
A cpula foi obra prima de Michelangelo. Ela tem a distncia do cho
at o nvel da base de 76m. O peso da cpula e transmitido atravs de
pendentes e arcos dos quatro gigantescos pilares de ordem corinthia com
influncia barroca.
O exterior da igreja acabado com pedra travertina.
Arquitetura civil (privada):
Palcios:
Planta forma de cubo com ptio central
3 pavimentos
Arcada com srie de janelas em arco no pavimento superior virada
para o ptio.
Fachada:
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Villa:
Donatello (1386/1466).
Produziu a primeira estatua eqestre monumental em bronze condotiere
Gatamelata.
Arquitetura elitista palcios e villas.
Arquitetura religiosa:
No incio a planta das igrejas era em cruz latina com algumas modificaes
no seu interior, depois a cruz grega que se tornou tpica do Renascimento.
O centro era coberto com uma cpula.
Pilastras nas fachadas.
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Villas:
Principal construo civil no campo.
Todos os cmodos abertos para a natureza.
Casa de minoria bem luxuosa.
Possua ptios internos.
Edifcios pblicos:
Cmaras municipais.
Mercados.
Teatros.
Hospitais.
Casa da moeda.
Universidades.
Edifcios administrativos.
Bibliotecas.
As praas em frente aos edifcios, no perodo romano eram fechadas
impossibilitando o trnsito local. Agora elas so elementos fundamentais e
funcionais da arquitetura urbana, serviam como ponto de encontro da
burguesia e era palco de manifestaes pblicas, de mercado, mas em
especial de espaos livres dando harmonia a todos os ngulos de viso
com o objetivo de mostrar a beleza dos mesmos.
A sua importncia tal que em Veneza s se pode chamar de
piazza a praa de so Marcos.
Arquitetura militar:
Fortalezas:
Funo exclusivamente militar.
Projetada para resistir s armas de fogo.
Construdas com pedras, paredes grossas com poucas aberturas.
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Torres redondas com alturas variadas, ou seja, eram altas e baixas para se
enxergar de vrios ngulos e evitar a destruio do todas as torres e quanto mais
alta mais difcil de ser atingida.
Presena de salincia que tem a funo de defesa (ameias e merles).
Alguns nomes de arquitetos:
Sculo XV (1a. metade)
Brunelleschi: fundador do Renascimento
Projetou a cpula da Catedral de Florena (Santa Maria Dell Fiori-1420).
Projetou o Hospital dos Inocentes, usado de modelo para orfanatos e
asilos em vrias cidades italianas (modelo esttico e funcional).
Alberti: projetou a igreja Santa Maria Novella.
Projetou a igreja de Santo Andrs em Mntua que serviu de modelo para
muitas igrejas.
Templo Malatesta (Rimini) utilizou neste templo muita ornamentao que
significava teoricamente a arte renascentista.
Sculo XV (2a. metade).
Um dos motivos dessa poca era participar da construo da baslica de
So Pedro, dando status ao artista.
Giuliano de Sangallo:
Criao das villas.
Criao da 1a. igreja com cpula sobre a parte central (Santa Maria Della
Carceri).
Participou da construo de So Pedro em Roma, ganhando assim status.
Bramante:
Destacou-se como arquiteto, mas tambm foi pintor.
Ex.: Cristo na coluna, Templeto de So Pedro (Roma), no suposto lugar
da crucificao de So Pedro.
Cpula de Santa Maria Della Gracie.
Recebeu ttulo de arquiteto do Vaticano (1 o. arquiteto).
Sculo XVI.
Antnio de Sangallo:
Arquiteto do Vaticano.
Claustro de So Pedro (Vaticano) m lugar reservado somente aos papas.
Andra Palladio:
Utilizou o prtico clssico, geralmente em arco, colunas laterais e
sustentando o fronto e o tmpano.
Escreveu quatro livros sobre arquitetura dando base ao Neoclassicismo, que
falava sobre elementos arquitetnicos estruturais e decorativos.
Utilizou regras de Vitrvius Pollio.
Criou a Villa Rotonda ou Capra estilo palladiano perto de Vicenza.
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Caractersticas: sculo XV
Forma naturalstica realstica, ou seja, a busca do realismo.
Temas religiosos, mundanos (temas pagos) ou retratos (quem pagava a
obra que escolhia os temas).
Proporo correta e padro de figura jovem (mais tarde pessoas de meia
idade).
Interesse pelo homem (humanismo).
Sculo XVI:
As caractersticas citadas acima e mais:
Aspirao a monumentalidade (esculturas grandes).
Utilizao de esquemas compositivos geometricamente simples (vai de
encontro questo do equilbrio, proporcionalidade).
Utilizao de linhas curvas e sinuosas.
Estrutura piramidal.
Carter macio na base.
Rigor na composio.
Ghiberti:
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Verrochio:
Donattello:
Esculpiu a maior obra em bronze Davi, que foi o 1o. corpo representado
desde o Imprio Romano.
Sculo XVI:
Michelangelo:
Dominou a escultura, pintura, arquitetura e a poesia.
Estudou a escultura na coleo dos Mdicis.
Esculpiu a Piet (So Pedro Vaticano).
Piet Rondanini (ltima obra), chamado de tema da deposio.
Davi com 4,10m de altura.
Suas esculturas eram monumentais.
Tinha preferncia pelo mrmore.
Contraponto (certas partes do corpo em rotao).
Conhecia bem a anatomia definindo muito os msculos em suas obras,
com certos, volumes para dar melhor expresso e naturalidade.
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Leonardo Da Vinci:
Era considerado no seu tempo engenheiro e sbio.
Fez pesquisas notveis em hidrulica, aerodinmica, geometria, botnica,
zoologia, anatomia, fsica, matemtica e astronomia.
Tinha um ideal moderno que era: atingir a verdade por experincias
objetivas.
Produziu uma grande esttua eqestre para o Duque de Sforza (Milo),
com tcnicas de fundio totalmente nova, ainda hoje em uso para peas
grandes (essa esttua foi derretida para fazer armas).
Pintura:
Caractersticas:
Utilizao de projetos (cartes) serve para planejar a pintura.
Busca da tridimensionalidade nas figuras humanas,
Construo segundo esquemas geomtricos (alguns so padres
triangulo).
Importncia dos desenhos.
Proporcionalidade.
Humanismo (importncia do homem como tema).
Grande inspirao religiosa.
Utilizao da perspectiva.
Liberdade contra os esquemas rgidos do Gtico.
Fatos importantes:
Introduo de novas tcnicas e mtodos expressivos.
Introduo da pintura a leo que era mais eficaz que a tmpera.
Introduo do uso da tela como suporte (durabilidade e mais facilidade no
transporte).
Novos processos de desenho como a sangunea que um pigmento de
colorao avermelhada que misturado com um aglutinante: cera ou
gesso.
Utilizao de cartes (spolvero), para os afrescos.
Principais pintores:
Pr-renascimento:
Simone Martini:
Pintor religioso.
Rigidez ainda gtica.
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Madonas e anjos.
Fra Anglico:
Carter mais linear.
Pintura elegante.
Usava duas diferentes tcnicas: retbulo pintura sobre madeira e com
caractersticas da pintura gtica de pequenas dimenses, com a tcnica da
encustica pintura feita com cera de abelha misturada ao pigmento. E a
tcnica do afresco.
Alto renascimento:
Masaccio:
Obra monumental, aspecto macio.
Figuras colocadas em espao arquitetnico.
Ex.: A trindade Igreja de santa Maria Novella, onde existe a presena da
perspectiva matemtica perfeita.
Paollo Ucello:
Aplicao da perspectiva matemtica.
Deformao dos corpos pela geometrizao.
Ex.: Batalha de San Romano.
Luca Signorelli:
Afrescos.
Um dos pintores mais dramticos.
Ex.: Juzo Final Catedral de Orvieto. Feitos e Morte de Moiss lateral
da Capela Sixtina.
Ghirlandaio:
Mestre de Michelangelo.
Estilo narrativo.
Retbulos com composio rtmica.
Mosaicos.
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Sandro Botticelli;
Mais lrico.
Temas mitolgicos.
Ex.: Nascimento de Vnus.
Sensualidade e elegncia.
Flores e folhas como ornamento sobre planos leves.
Carter linear.
Figuras em grupos harmoniosos.
Figuras principais um pouco fora do centro.
Leonardo Da Vinci:
Utiliza no fundo de suas pinturas uma paisagem distante.
Ex.: Monalisa e Madona dos Rochedos.
Um dos maiores gnios da poca
Sfumato - tipo de tcnica para sombreamento das figuras.
Ex.: A ltima Ceia (Santa Maria Della Gracie Milo).
Pleno Renascimento:
Michelangelo:
Aspecto escultrico (todas suas pinturas tinham aspectos robustos e
volumosos como se fosse uma escultura).
Utilizava as cores para obter volume.
Utilizao do contraponto (parte de uma mesma representao tomada de
direo diferente).
Escoro forte.
Ex.: Capela Sixtina (344 figuras no teto).
Rafael Sanzio:
Cores sobre fundo distante para dar a impresso de perspectiva.
Pintor de madonas.
Ex.: Madona da Pradaria, Madona Sixtina.
Inovao na pintura e nuvens que formam figuras de anjos (quase Barroco).
Foi um precursor do Maneirismo e do Barroco.
Inovou na pintura colocando cortinas na tela.
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*Era uma arte Maneirista, nas propores, nos temas e nas atitudes.
Em todos os pases europeus a escultura evoluiu da mesma maneira,
partindo de ligeiras modificaes do Gtico para chegar a uma aceitao
cada vez mais completa do Renascimento e do estilo italiano.
O Renascimento na Espanha:
Enquanto o Renascimento se estendia por toda a Europa, a Espanha
continuava medieval.
Na conhecia como a Itlia ou a Frana, a vida luxuosa das cortes
principescas, nem a aristocracia intelectual.
A Espanha ainda acreditava que o rei e a igreja eram as nicas potncias
sociais, e se tornou pilar do catolicismo e o centro autntico da ContraReforma.
Na Espanha o Renascimento se deu ao estilo Plateresco, do sculo XV,
onde traduzia a mesma exuberncia dos castelos franceses.
Havia uma mistura de elementos gticos, mouriscos e italianos.
No sculo XVI na Espanha comea a se instalar o Classicismo que
oposto aos elementos exagerados do estilo Plateresco. um estilo mais
austero.
Exemplo: O Escorial (palcio/convento).
Escultura na renascentista na Espanha:
Evoluiu partir do Gtico e evoluiu com influncias do Renascimento
italiano.
Estava freqentemente ligada a arquitetura.
Uma caracterstica peculiar de que a Espanha tinha inspirao italiana
com formas maneiristas.
Recebeu influncia da Frana.
O Renascimento na Gr-Bretanha.
Origem: alguns artistas italianos que foram para l.
Aplicao de ornamentaes renascentistas com arquitetura Gtica.
Impossibilidade de melhor assimilao devido ruptura com Roma.
Renascimento em Portugal:
60
BARROCO
(sc. XVII)
O barroco tem suas primeiras manifestaes na Itlia, sendo Roma seu grande
centro. O barroco por excelncia uma arte de propaganda religiosa. Podemos
dizer tambm que o barroco o fruto da Contra-reforma do sculo XVI, mesmo
que s tenha se firmado no sculo XVII se prolongando at o sculo XVIII com o
nome de Rococ.
-A Reforma Protestante, teve incio na Alemanha, de carter religioso com o
objetivo de que o povo se libertasse da submisso do Papa.
-Com o objetivo de propagar o catolicismo e ampliar a sua influncia a
igreja se organiza na Contra-reforma no sculo XVI. Com a convocao do
Conclio de Trento comeam a surgir s ordens religiosas, entre elas a Companhia
de Jesus que expandiu o catolicismo.
-No foram todos os pases que assimilaram bem o barroco, cada um se
desenvolveu de maneira diferente.
-Um exemplo disso a arte barroca do sculo XVII na Itlia diferente da
que se desenvolveu na Holanda nesse mesmo sculo.
-Devido a luta da igreja pela sua supremacia contra os herticos, a mesma
comea e se fortalecer e acabou sendo o primeiro cliente dos arquitetos,
escultores e pintores do sculo XVII e XVIII.
-A f deveria ser atingida mais pela emoo dos sentidos do que pelo
pensamento.
-A arte barroca tinha como objetivo provocar o fervor, criar a surpresa, o
encantamento, com tendncias para o espetculo.
-Era uma arte que combinava alguns meios de expresso artstica: a
arquitetura, a escultura e pintura, sugerindo a iluso para o alm, desligando-se
do real para cair no mundo sobrenatural, onde tudo se torna mistrio do alm,
onde a razo d lugar a mstica.
-Comparando o Renascimento e o Barroco, o Renascimento era equilbrio
sobriedade, racionalismo e lgica, o Barroco foi um movimento que envolveu a
nsia da novidade, o amor pelo infinito, pelos contrastes, pelo fascnio, pelo
dinamismo do movimento com o triunfo das linhas curvas e pela mistura
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Palcio Carignano.
Igreja de So Loureno.
Cpula da Capela do Santo Sudrio.
Igreja da Santa Maria da Sade.
Retratos em busto:
Busto de Thomas Baker.
Busto de Luis XIV.
Busto de Francesco DEste.
PINTURA BARROCA NA ITLIA
No incio a pintura barroca se desenvolveu favorecida pela arquitetura.
As cpulas, grandes abbadas internas com as naves alongadas nas igrejas, os
grandes sales e longas galerias nos palcios favoreceram o uso da pintura.
CARACTERSTICAS DA PINTURA BARROCA
Temas:
Religiosos.
Vida dos reis e rainhas e do povo tambm.
A pintura barroca no s mural, mas, sobretudo leo sobre tela.
PINTORES BARROCOS DA ITLIA
CARACCI, Annibale.
-
CARAVAGGIO.
- No se interessou pela beleza clssica.
- era pintor de cenas populares.
- Suas obras:
- So Tom, o Incrdulo.
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ROCOC
(sc. XVIII)
ARQUITETURA ROCOC:
AS FACHADAS:
ARQUITETOS:
ESCULTURA ROCOC:
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ESCULTORES:
Clodion:
Escultor de pequenas peas elaboradas dentro da idias barrocas.
Fazia esttuas de homens e mulheres entrelaados, objetos pequenos,
sensuais e erticos.
Falconet:
Criador de modelos para manufatura de porcelana de Svres, como a
mulher banhando-se, de galante sensualidade e ao mesmo tempo de
composies monumentais como: Pedro o grande.
As grandes esculturas que Falconet criou mais tarde foram utilizadas como
modelos para a manufatura das miniaturas em porcelana. Seus temas
favoritos: banhistas e ninfas.
PINTURA ROCOC:
PINTORES:
Watteau:
Foi o maior realizador da pintura no esprito Rococ.
Membro da academia real da escultura e pintura.
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Obras:
Embarque para ctera.
Pequeno concerto.
Amor desarmado.
Fragonard:
Pintor de galanteria ertica, mas sem inclinaes para o obsceno.
Coloridos vaporosos, luminosos e musicais, desenho gil.
Temas:
Pastoral edlica, que so momentos de galanteria em jardins embelezados
de obras de arte.
Episdios da mitologia, flagrantes sentimentais e amorosos.
Obras:
A bela adormecida e a ponte do amor.
O doce bilhete.
O balano.
Chardin:
Vigee-Lebrum:
Mulher tornou-se retratista oficial da rainha Maria Antonieta e da nobreza,
da corte de Lus XVI.
Criou padro de beleza feminina idealizada, onde os retratos eram
carregados na temtica ertica.
Obras:
L chapeau de paille.
Ma. Antonieta e la rose.
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NEOCLSSICO
(Fim do sculo XVIII e incio do sculo XIX)
Iluminismo foi o movimento cultural e intelectual europeu que, herdeiro do humanismo do Renascimento,
fundava-se no uso e na exaltao da razo. Considerava que os objetivos do homem eram o conhecimento, a
liberdade e a felicidade. O iluminismo avaliou com otimismo o poder e as realizaes da razo humana, e a
crena na possibilidade de reorganizar a sociedade segundo princpios racionais. No ignorou a histria, mas a
encarou de modo crtico, sem aceitar a idia de que a evoluo da humanidade fosse determinada pelo
passado. John Locke, ingls, de certo modo o primeiro iluminista, temos tambm Voltaire e jean-Jacques
Rousseau.
71
72
ESCULTURA NEOCLSSICA
Reflete o interesse da poca pelo mundo clssico, manifestando as mesmas
atitudes, tendncias e caractersticas da escultura clssica. Mas identifica-se um
esforo para alcanar a pureza dos contornos na tentativa de atingir um estilo
sbrio e equilibrado, capaz de comunicar solidez e simplicidade.
ESCULTORES E OBRAS
PINTURA NEOCLSSICA
Na ausncia de originais da pintura clssica dos gregos, os pintores se inspiraram
na estaturia grega e, sobretudo nos mestres do Renascimento italiano, de modo
especial em Rafael, pelo equilbrio da composio, harmonia do colorido e
idealizao da realidade.
O Neoclssico estabelecia convenes dos temas, geralmente os da mitologia
grega, da histria da Grcia e Roma antiga, sentimentos grandes e hericos. Os
temas histricos e contemporneos inclusive os retratos obedecem a mesma
orientao. Os temas do cotidiano sem prestgio do passado foram praticamente
excludos.
Na pintura o Neoclssico substitui o Barroco, agora se sente uma busca mais
austera e sria, diferente do Barroco. uma ruptura Britnica do Barroco, tudo
que suprfluo e sem funo vai ser eliminado. Essa negao do Neoclssico ao
Barroco devido a revoluo industrial, onde no h lugar para o Barroco.
PINTORES E OBRAS
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ROMANTISMO
(Meados do sculo XVIII at meados do sculo XIX)
O Romantismo surgiu como um movimento que privilegiava a subjetividade
individual, em oposio esttica racionalista clssica, e representou a
exaltao do homem, da natureza e do belo.
D-se o nome de Romantismo tendncia esttica e filosfica que dominou
todas as reas de pensamento e criao artstica de meados do sculo XVIII
at meados do sculo XIX. Como expresso do esprito de rebeldia, liberdade
e independncia, o Romantismo props-se a descortinar o misterioso, o
irracional e o imaginativo na vida humana, assim como explorar domnios
desconhecidos para libertar a fantasia e a emoo, reencontrar a natureza e o
passado.
Os romnticos foram buscar suas inspiraes nos romances medievais e nos
contos e baladas que floresceram na Europa nos sculos XI e XII.
ARQUITETURA
A arquitetura romntica abandonou os ideais clssicos e recriou estilos da
Idade Mdia, principalmente o Gtico, por sua exaltao espiritual, pois
acreditava que este tipo de arquitetura proporcionava um mergulho s
emoes. Partindo deste principio as referncias arquitetnicas do Barroco
tambm serviram de grandes inspiraes. Construram-se edifcios neogticos,
neo-romnicos, neobarrocos, neobizantinos, e mesclaram-se estilos, numa
reproduo dos cenrios dos romances histricos. O neogtico desenvolveu-se
principalmente no Reino Unido, onde se transformou em estilo oficial.
ARQUITETOS E OBRAS
Sir Charles Barry e Augustus Pugin Parlamento de Westminter.
Jean-Luis Charles Garnier pera de Paris.
Tambm de importncia so as construes das catedrais neogticas
de Estrasburgo e Colnia na Alemanha.
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PINTURA
A visualizao dos sentimentos dos personagens retratados e a expressividades
das paisagens foram a tnica da pintura romntica, que exaltou o passado a morte
e a loucura como fatal destino do homem. Priorizou a intimidade do individuo e o
confronto com o desconhecido e o misterioso na busca do sentido da vida. A viso
trgica do homem imerso na natureza poderosa e importante trouxe a idia do
sublime.
PINTORES E OBRAS:
ESCULTURA
A curva ascendente que na pintura vai do Romantismo ao Realismo e ao
Impressionismo, corresponde, na escultura, a curva descendente que, de Canova,
vai ao mais insosso e esqulido academicismo. Nunca de espalharam tantas
esttuas nas praas, parques pblicos, palcios governamentais e municipais
quanto no sculo passado (e no atual), grande quantidade, porm, geralmente
corresponde pu qualidade. A escultura permanece alheia pesquisa artstica da
segunda metade do sculo: responde a demandas oficiais, mas a nenhuma
exigncia cultural.
ESCULTOR E OBRA:
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REALISMO
(1850 a 1880)
Realismo um estilo artstico baseado na reproduo da realidade. Um artigo
publicado em 1826 no Mercure Franais du XIX me Siecle apresentou a doutrina
esttica chamada realista. O movimento foi o primeiro a retratar a vida, problemas
e costumes da classe mdia baixa, com seus fatos ordinrios e banais.
Em sentido amplo, o termo designa toda atividade artstica baseada na
reproduo da realidade. Assim compreendido o realismo se encontra, por
exemplo, nas artes plsticas de diferentes perodos, como na obra de pintores do
sculo XVII, como Caravaggio, Velzquez. Em sentido estrito, realismo o
movimento cultural predominante na Frana entre 1850 e 1880, mas estendido a
toda Europa e a outros continentes, que adotou pela primeira vez a reproduo da
realidade com programa esttico, em substituio arte inspirada em modelos do
passado.
Os tericos franceses do realismo manifestavam seu repdio artificialidade do
Classicismo e do Romantismo, e enfatizavam a necessidade de conferir verdade e
contemporaneidade ao trabalho artstico. Os artistas integrantes do movimento
propunham-se conscientemente a retratar aspectos at ento ignorados da
sociedade e da vida contemporneas, no que diz respeito a atitudes mentais,
condies materiais e ambientes fsicos.
O realismo foi estimulado por vrias manifestaes intelectuais da primeira
metade do sculo XIX, entre as quais o movimento alemo anti-romntico, com
sua nfase no homem comum como objeto da obra de arte, o positivismo de
Comte, que enfatizava a importncia da sociologia como estudo cientfico da
sociedade. o surgimento do jornalismo profissional, com sua propostas de um
registro isento dos eventos contemporneos, e o advento da fotografia, capaz de
reproduzir mecanicamente e com extrema preciso as informaes visuais.
No incio da dcada de 1830, um grupo de pintores, entre os quais Thodore
Rousseau, Charles-Franois Daubigny e Jean-Fraois Millet, estabeleceu-se no
povoado francs de Barbizom com a inteno de reproduzir as caractersticas da
paisagem local. Cada um com seu estilo enfatizaram em seus trabalhos o simples
e ordinrio, ao invs dos aspectos grandiosos da natureza.
Millet foi o primeiro dos artistas a pintar camponeses dando-lhes um destaque ate
ento reservado a figuras de alto nvel social. Outro importante artista francs
freqentemente associado ao Realismo foi Honor Daumier, ardente democrata
que usou a habilidade como caricatura a favor de suas posies polticas.
O primeiro pintor a enunciar e praticar deliberadamente a esttica realista foi
Gustave Coubert. Como a enorme tela O estdio, que foi rejeitada pela
Exposition Universelle de 1855, o artista decidiu expor esse e outros trabalhos
num pavilho especialmente montado e deu mostra o nome de Realismo, G.
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Coubert. Adversrio da arte idealista incitou outros artistas a fazer da vida comum
e contempornea motivo de suas obras, no que considerava uma arte
verdadeiramente democrtica. Coubert chocou o pblico e a crtica com a rude
franqueza de seus retratos de operrios e camponeses em cenas da vida diria.
O Realismo socialista, adotado como esttica oficial na Unio Sovitica a partir
dos primeiros anos da dcada de 1930, foi pouco fiel s caractersticas originais
do movimento. Embora se propusesse tambm a ser um espelho da vida, sua
veracidade deveria estar de acordo com a ideologia marxista e as necessidades
da construo do socialismo.
O maior terico do Realismo socialista foi o hngaro Gygy Lukcs, para quem o
Realismo no se limita descrio do que existe, mas se estende participao
ativa do artista na representao das novas formas da realidade. Essa doutrina foi
implementada na Unio Sovitica p Andrei Jdanov. Em pintura, destacou-se
entre os soviticos Aleksandr Gherassimov. Os retratos de intrpidos
trabalhadores produzidos dentro da linha do Realismo socialista, no entanto,
deixam transparecer um positivismo herico, mas a ambio realista perde-se na
idealizao de uma organizao social perfeita.
No Brasil temos um grande representante da arte realista o pintor Almeida Junior
(1851-1899). Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, viajando aps para
Europa incentivado e financiado por D. Pedro II, tendo estudado durante trs anos
em Paris. Infelizmente teve more trgica, foi apunhalado por um desafeto, no Hotel
Central, em Piracicaba.
FOTOGRAFIA
(aprox. 1826)
A fotografia nasceu de muitas experincias de alquimistas e qumicos quanto
ao da luz. Desde 1525 sabia-se do escurecimento dos sais de prata. O
trabalhos do fsico alemo Johann Henrich Schulze, em 1727, e do qumico suo
Carl Wolhelm Scheele, em 1777, comprovou que e enegrecimento dos sais se
deve ao da luz. Aps inventar o fisionotrao e a litografia, o francs JosephNicphore Niepce obteve, em 1817, imagens com cloreto de prata sobre o papel.
Em 1822, ele fixou uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metlica: as
partes claras em betume-da-judia (insolvel sob a ao da luz) e as sombras na
base metlica. Quatro anos depois, Niepce produziu a primeira fotografia
conseguida no mundo, tirada da janela de sua casa e preservada at hoje.
O DAGUERRETIPO
Louis-Jacques Mande Daguerre pesquisou com Niepce desde 1829 e dez anos
mais tarde lanou a daguerritipo, em que uma placa de cobre prateada e polida,
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IMPRESSIONISMO
(1874 a 1886)
O termo impressionismo surgiu num comentrio jornalstico sobre primeira
exposio de um grupo de jovens pintores realizada em Paris em 1874. O ttulo de
um quadro de Monet, Impresso, sol nascente, que mostrava reflexos solares
sobre a gua, sugeriu ao crtico Louis Leroy essa denominao para o grupo, em
tom de zombaria.
Os pintores impressionistas procuraram, a partir da observao direta do efeito da
luz solar sobre os objetos, registrar em suas telas as constantes alteraes que
essa luz provoca nas cores da natureza.
Na realidade, o impressionismo no era um movimento organizado, nem
apresentava delineamento terico particular. Constitua-se de um grupo de
pintores que tinham em comum o desejo de reproduzir os aspectos instantneos e
mutantes da realidade em termos de pura luz. Mas seguiam algumas
consideraes que podem ser resumidas em:
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PS-IMPRESSIONISMO
(a partir de 1886)
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FAUVISMO
(a partir de 1892)
O nome fauve (feras) foi dado pelo crtico de arte Louis Vauxcelles devido a
violncia com que estes artistas usavam as cores puras e de forma
arbitrria do jeito que elas vinham nos tubos de tinta sem fazer gradaes
de tons.
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FUTURISMO
(Comeo do sculo XX)
Filippo Tommaso Marinetti, escritor, foi seu fundador, ele publica em 1909,
um manifesto no jornal Le Figaro, alguns postulados que fundamentaram o
Futurismo, onde ele desafiava os artistas a mostrarem coragem, audcia e
revolta para comemorar uma nova beleza, a beleza da velocidade.
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EXPRESSIONISMO
(incio do sculo XX)
Os expressionistas fizeram de sua arte um instrumento de crtica polticosocial deformando as figuras para delas extrair uma viso crua e pessoal da
realidade.
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A primeira gerao expressionista alem foi formada por dois grupos: Die
Brcke (a ponte) em Dresden, 1905 e o Der Blaue Reiter (o cavaleiro azul)
em Munique, 1911.
O Der Blaue Reiter fundado em 1911 era formado pela unio dos russos
Vassili Kandinsk (1866-1944), Alexei von Javlenski (1867-1941), dos
alemes Grabriele Mnter e Franz Marc (1880-1916) e do suo Paul Klee
(1879-1940).
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Franz Marc trabalha a pureza das formas, cuja energia e natureza ele se
propunha a captar atravs do simbolismo da cor.
Para Paul Klee a arte operao esttica, e a operao esttica
comunicao intersubjetiva, com uma clara funo formativa ou educativa.
Toda sua obra e inspirada no conceito de educao para liberdade. Para
Klee tambm era importante o recurso grfico usado na infncia.
O termo arte degenerada foi dado pelas autoridades para descrever obras
artsticas que no apoiasse a ideologia nazista. Foram feitas exposies da
arte degenerada onde atraiu milhares de visitantes.
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ART NOUVEAU
(1880 1905)
Um crtico de arte deste perodo chamado John Ruskin, que era professor
nas escolas de design do governo ingls, acreditava tambm que a
qualidade esttica de novos produtos estava ligada a indstria artesanal, e
afirmava isto relembrando a tradio artesanal da Idade Mdia.
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A essncia do Art Nouveau uma linha, uma extensa curva sinuosa que se
encontra em cada design deste estilo.
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O SIMBOLISMO
(1885-1910)
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Alguns pintores:
Algumas obras:
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Algumas obras:
Algumas obras:
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Algumas obras:
OS NABIS
(1888)
O pintor e terico de arte Paul Srisier vai para Pont-Aven (Bretanha) ter
algumas aulas com Gauguin o objetivo nesse momento de Gauguin era o
de superar o limite sensorial do Impressionismo.
Quando Srisier volta Paris ele traz uma tela pintada, com
acompanhamento de Gauguin, que tem o nome de Bois dAmour, um
bosque de Pont-Aven, que tambm ficou conhecida como O Talism por
ter sido considerada o smbolo de uma nova liberdade e trazer novas
possibilidades artsticas de representao.
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Alguns artistas:
A POCA DO FUNCIONALISMO
(Aps a 1 Guerra)
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Theo van Doesburg (1883-1931), Thomas Gerrit Rietveld (18881964), Willem Dudok (1884-1974), Johannes Brinkman (1902-1949),
grandes representantes deste movimento holands .
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Assim enquanto na Europa declina, nos EUA nasce o mito da obraprima, do artista gnio inaugurado por Frank Lloyd Wright (1869-1959).
Ele prope ao EUA uma arquitetura totalmente diferente, uma arquitetura
ligada ao ideal de uma harmonia ou comunho entre a natureza.
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ABSTRACIONISMO GEOMTRICO
Arte abstrata a denominao que se d a uma srie de estilos artsticos,
desenvolvidos no sculo XX, que repudiam o tradicional conceito da arte
como representao ou imitao da realidade.
No Abstracionismo geomtrico as formas e as cores devem ser
organizadas de tal maneira que a composio resultante seja apenas a
expresso de uma concepo geomtrica.
Pode se dizer que as pesquisas de Czanne abriram caminho para o
cubismo, movimento que reduziu a realidade a esquemas geomtricos
essenciais, ignorando as leis da perspectiva. Estes tipos de representao
supem um avanado grau de abstrao.
Em 1912 inaugurou-se em Paris a exposio La Section dOr, organizada
por pintores cubistas que tiveram como expositores: Frantisek Kupka, com
a obra Planos Verticais, nos quais formas geomtricas e massas de cor
eram ordenadas de acordo com as dimenses e tonalidades, e Robert
Delunay, que pintou o Disco simultneo, crculo dividido em outros
crculos concntricos, subdivididos em quatro segmentos pintados com
diferentes cores, o que produz efeito de rotao.
Vladimir Tatlin, russo, (1885-1956) utilizou em suas esculturas materiais
relacionados a indstria (vidro, metal e madeira), organizados de maneira
linear e geomtrica. Suas obras eram abstratas e foi base para o
movimento chamado Construtivismo. O movimento recebe este nome por
que os artistas chamavam suas produes de construes. Antoine
Pevsner (1886-1962) e Naum Gabo *(1890-1977) tambm fizeram parte
deste movimento, onde o material mais utilizado era o metal.
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CUBISMO
(1907 e 1914)
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A primeira fase deste estilo denomina-se Cubismo analtico, uma vez que
se trata de uma dissociao das formas em figuras geomtricas feitas por
anlise intelectual onde as figuras so fragmentadas pelo jogo de linhas e
dos planos.
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POP ARTE
(dcadas de 1950 e 1960)
O termo pop arte foi usado pela primeira vez pelo crtico britnico Lawrence
Alloway na dcada de 50. A pop arte teve incio em Londres, mas suas obras
sempre foram baseadas nos meios de comunicao de massa dos Estados
Unidos, onde ela atingiu seu auge nos anos 60.
De acordo com McCarthy (2002, p. 16), a arte pop tem grande influncia dos
movimentos dadasta e surrealista.
O dadasmo protestava contra a civilizao que dera origem Primeira Guerra
Mundial. Com atitude irreverente, aceitava quase tudo em relao arte.
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Popularizou o uso do objeto achado (algo escolhido e exibido pelo artista sem sua
interferncia) e dos ready-mades (objetos manufaturados) que reforavam a idia
de que a arte no era apenas manual, artesanal. Apesar de compartilhar destas
idias, os artistas pop, ao contrrio dos dadastas, no protestavam contra a
civilizao, nem atacavam a cultura comercial. Tampouco tinham a atitude
agressiva dos dadastas em relao arte moderna e seus valores (JANSON,
2001, p. 983).
O surrealismo perpetuou o uso dos objetos achados em suas obras, e aliou a essa
tcnica o interesse pela fantasia e pelo desejo, encontrado na arte pop em sua
fascinao pelo consumismo.
Os artistas pop acreditavam que as diferenas sociais tradicionais entre baixa e
alta cultura, elevado e inferior eram passado. Eram em favor de uma arte que
era visual e verbal, figurativa e abstrata, criada e apropriada, artesanal e produzida
em massa, irnica e sincera (MCCARTHY, 2002, p.14). Era a volta da arte
figurativa, em oposio ao expressionismo abstrato.
A primeira obra inglesa reconhecida como pop foi O que exatamente torna os
lares de hoje to diferentes, to atraentes?, uma colagem de Richard Hamilton,
datada de 1956. Com esta obra, Hamilton sugeria a incluso de imagens do meio
de comunicao de massa nas Artes.
FIGURA 1 - O que exatamente torna os lares de hoje to diferentes, to
atraentes?
Segundo McCarthy (2002, p. 26), Richard Hamilton (1922) se comparava a um
homem de negcios bem-sucedido. Ele se sentia [...] vontade no mundo da
produo e do consumo do ps-guerra. Em suas obras ele incentiva o consumo
de produtos, incluindo sua prpria arte. Em $he (1958-61), ele mistura aspirador
de p, porta de geladeira, torradeira e produtos enlatados, mostrando seu apelo
pelo consumo.
Hamilton pertencia ao Independent Group, um grupo de artistas e crticos
britnicos jovens que surgiu no incio dos anos 50. Desafiavam as idias aceitas
sobre a arte moderna. Acreditavam que a arte do ps-guerra deveria ser acessvel
e democrtica e rejeitavam a dificuldade da arte moderna anterior.
Nos Estados Unidos, o incio da arte pop remete-se a Johns e Rauschenberg,
ainda em 1955, considerados os precursores do movimento.
Robert Rauschenberg (n. 1925) teve grande contribuio, no ps-guerra, na
ruptura entre os artistas e o expressionismo abstrato. Queria livr-los da
compulso de registrar as suas emoes. Criou sua forma prpria de arte,
reciclando lixo e sucata, fez algo como uma pintura-escultura ou assemblage2. Os
temas de sua arte eram multiplicidade, variedade e incluso. De acordo com
Strickland e Boswell (2004, p. 172), sua arte era baseada no risco. Para
Rauschenberg, se no fosse surpresa, a arte no tinha significado. Numa manh,
sem dinheiro para comprar tela, pegou um velho edredom e criou Cama (1955).
Afirmava ser uma de suas obras mais simpticas.
Assemblages so obras que renem caractersticas de teatro, escultura, colagem, pintura. O artista utiliza
diversos tipos de materiais e tcnicas para romper o espao entre realidade e imagens. Algumas vezes, os
assemblages vo alm das telas e ocupam o espao fsico que os rodeia (JANSON, 2001, p. 990).
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Jasper Johns (n. 1930) utilizava objetos de duas dimenses e formatos simples,
como alvos, mapas, bandeiras, nmeros e letras (Alvo com quatro faces 1955 /
Trs bandeiras 1958). Sua arte era intelectual fria e distanciada (ARCHER,
2001, p. 7). Criticava o enfoque dado ao centro da tela pelo expressionismo
abstrato. Usava a repetio de imagens em suas obras como uma forma de
utilizar todo o espao com igual importncia. Segundo Argan (1992, p. 575), ao
pintar imagens emblemticas, com apuro na execuo, Johns mostrava que a
presena do artista, naquela sociedade prtica e atarefada, era intil.
Nos EUA, a arte pop foi reconhecida como movimento apenas no incio dos anos
60. Ao contrrio dos ingleses, os artistas americanos trabalhavam individualmente
at o fim de 1962, quando algumas exposies (Arte 1963: um novo vocabulrio
na Filadlfia e Os novos realistas em Nova York) revelaram vrios artistas
cujos trabalhos se identificavam (MCCARTHY, 2002, p. 13). Esses artistas eram:
Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Claes Oldenburg, Tom Wesselman, Robert
Indiana e James Rosenquist.
McCarthy (2004, p. 25) define bem as caractersticas da pop arte:
Essa nova sensibilidade, apesar de heterognea, pode ser
resumida atravs da ateno forma e ao tema, assim como ao
processo. A forma inclui, com freqncia, cores saturadas, falta de
pinceladas pictricas, formas simples, contorno e delineamento
ntidos e supresso do espao profundo. O tema freqentemente
deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de
massa. Entre essas fontes esto fotografias de jornais, anncios
coloridos, letreiros comerciais, histrias em quadrinhos e filmes. O
processo pelo qual a arte feita s vezes abreviado no sentido de
que os artistas abrem mo da preparao tradicional de esboos,
estudos e acabamento, em favor de uma transferncia direta de
imagens atravs da colagem e da serigrafia.
Andy Warhol (1928) talvez seja o mais conhecido artista pop. Retratou mitos e
objetos do cotidiano. Fez quadros de mltiplas imagens de Marilyn Monroe,
Batman, Elvis Presley (Dois Elvis 1963), garrafas de Coca-Cola, cenas de
catstrofe, caixas de sabo, dinheiro e latas de sopa (100 latas 1962). Warhol
utilizava a tcnica da serigrafia para mostrar a impessoalidade do objeto produzido
em massa e das personalidades pblicas. Alm disso, com essa tcnica mais
pessoas podiam comprar a mesma obra ou quase a mesma.
Defendia que a arte no deveria ser apenas manual e que devia ser tratada como
uma mercadoria. Para tanto, apelidou seu estdio de A Fbrica e comparava a
maneira como seus assistentes o ajudavam a uma espcie de linha de montagem
(ARCHER, 2001, p. 11). Suas imagens populares levaram a arte para fora dos
museus dando acesso massa. Mas foi em 1962, com a morte de Marilyn
Monroe, que Warhol encontrou o tema para sua reflexo sobre a fama. Escolheu
uma imagem de Marilyn no auge da fama e fez uma srie de telas com a estrela
(Dptico de Marilyn, 1962 / Marilyn em azul, 1964).
Andy Warhol fez mais de sessenta filmes, entre 1963 e 1968, usando tcnicas fora
dos padres: cmera imvel e ausncia de roteiro, como no filme mudo O Sono,
em que grava seis horas de um homem dormindo. Warhol ficou famoso por suas
106
frases cnicas como Pinto isso porque eu queria ser uma mquina ou Acho que
seria sensacional se todo mundo fosse idntico e a clebre Cada cidado ter
direito aos seus 15 minutos de fama (STRICKLAND; BOSWELL, 2004, p. 175).
Roy Lichtenstein (n. 1923) dedicou-se s histrias em quadrinhos. Em suas obras,
isolava uma tira da historieta, ampliava-a para o tamanho de cartazes
reproduzindo mo, com fidelidade, os processos grficos. De acordo com Argan
(1992, p. 582), o trabalho de Lichtenstein era metodologicamente irrepreensvel.
Em suas obras, cores vibrantes e contorno negro. Empregou a tcnica pontilhista
para obter os efeitos de luz e sombra e de meio tons da impresso. Lichtenstein
mostrava a banalidade da cultura americana parodiando os romances melosos
(Crying girl 1964) e a violncia desmedida dos quadrinhos (Whaam! 1963).
O que o fascinava mais nas histrias era a rigidez de tal estilo, que o distanciava
por completo da vida real (JANSON, 2001, p. 989). A justificativa de Lichtenstein
sobre seu trabalho:
[...] era difcil fazer um quadro suficientemente desprezvel, a ponto
de ningum querer pendur-lo. Todo mundo pendurava tudo. At
pendurar um trapo gotejante era aceitvel. [Mas] a nica coisa que
todo mundo odiava era a arte comercial. Ao que parece no a
odiavam tanto assim tambm (STRICKLAND; BOSWELL, 2004,
p.174).
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Robert Indiana (n. 1928) se inspirou nos sinais de beira de estrada para criar sua
linguagem pop (ARCHER, 2001, p. 16). Suas obras, de breves mensagens,
serviam para expressar e questionar as atitudes e carter americanos. Indiana,
que utilizava o nome de seu estado natal era obcecado pelas imagens das
palavras. Fez obras onde as representava em 3D, como Love (1966) e Eat
(1962). Assim, mostra sua f no poder da palavra (JANSON, 2001, p. 988).
Como muitos outros artistas, Robert Indiana, no incio de sua carreira, tambm
reproduziu uma foto nua de Marilyn Monroe em As metamorfoses de Norma Jean
Mortenson de 1967.
Os primeiro trabalhos de Tom Wesselmann (n. 1931) lembravam a obra do ingls
Richard Hamilton O que exatamente torna os lares de hoje to diferentes, to
atraentes?. Eram colagens de figuras de propagandas de alimentos. Segundo
McCarthy (2002, p. 31), as obras de Wesselmann, como Natureza-morta n 24
(1962), celebravam a fartura e a prosperidade dos anos 60, em oposio
carncia do perodo da Depresso. Usando produtos comerciais, cores vibrantes e
preenchimento total do espao, Wesselmann, transformava os produtos
descartveis em arte.
Depois de 1961, sua produo alternava entre naturezas mortas e nus
femininos. Tom Wesselmann produziu uma srie de obras intitulada O grande nu
americano, onde mostrava prazeres disponveis aos homens da dcada de 60. Na
obra O grande nu americano n 4 (1961), ele pinta um corpo nu feminino em rosa
no interior de em quarto. Em algumas obras, Wesselmann dava vida s suas
cenas incluindo, por exemplo, um rdio e um telefone tocando sem parar em O
grande nu americano n 54 (1964). J em Caixa teta quarto (1968-70), ele vai
alm e exige a presena do busto nu de uma modelo para compor a obra
(ARCHER, 2001, p. 14).
James Rosenquist (n. 1933) tambm comeou sua carreira como pintor de
cartazes, o que influenciou muito em sua arte. Enquanto pintava os cartazes,
Rosenquist apenas conseguia ver um fragmento de todo o cartaz por vez.
Percebeu tambm que um objeto comum poderia ter certa fora visual se
ampliado. Assim, James Rosenquist se especializou em se apropriar de imagens
fragmentadas e desproporcionais e combin-las, lado a lado ou sobrepostas, de
modo a formar uma estria. Ele usava imagens de objetos familiares e quase os
transformava em abstratos, devido a sua tcnica (SMITH, 2007).
Segundo McCarthy (2002, p.29), a promessa da Amrica e de seu novo
presidente para os anos 60 era a abundncia, foi ento que Rosenquist criou
Presidente eleito (1960-61), onde entrelaa uma imagem de Kennedy com parte
de uma propaganda de bolo e de um Chevrolet.
Rosenquist, assim como Hamilton, logo percebeu o apelo ertico dado ao
automvel, mercadoria altamente popular, e em 1961, fez Eu te amo com meu
Ford, que sugeria que os americanos faziam amor com e em seus carros.
Em 1965, ele ficou conhecido internacionalmente com a obra F-111, que
comentava diretamente a guerra do Vietn, enquanto a maioria dos artistas
evitava faz-lo.
Apesar das obras desses artistas terem alguma relao, a arte pop no possui um
estilo prprio, nem categorias. No existe uma obra tpica. Por exemplo, Andy
Warhol usava a serigrafia em imagens de celebridades e objetos do dia-a-dia e
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Na Gr-Bretanha, a arte pop tinha vrias finalidades: tanto podia ser direcionada
para a cultura comercial, celebrando-a, quanto para as guerras (MCCARTHY,
2002, p. 13).
Segundo Ostrower (1983, p. 338-339), a arte pop pretendia ser uma arte de
protesto contra a banalidade da vida moderna totalmente baseada na linguagem
publicitria. Afirma ainda que, embora as obras fossem postas em museus, seu
contedo no mudaria e nem se transformaria em mensagem de protesto. Porm,
a arte pop no criticava nem protestava contra a cultura de massa ou o
consumismo. De acordo com McCarthy (2002, p. 76), a arte pop foi parte do
esprito de democracia que estava presente nas artes dos anos 60. As imagens
familiares garantiam uma identificao do espectador com a obra, embora nem
sempre
fossem claramente compreendidas. Suas referncias no dad,
surrealismo ou nas guerras mostrava que a arte pop queria entender o presente
com base nos acontecimentos anteriores. Propunha a arte ao alcance de todos
mostrando, assim, que havia uma necessidade de mudana no presente.
Apesar de dvidas e controvrsias, os artistas pop obtiveram sucesso. Suas obras
foram aceitas pelo pblico e por colecionadores. A pop arte conquistou seu
espao e seus artistas at ficaram ricos em um prazo de tempo espantosamente
curto (LUCIE-SMITH, 2000, p. 161).
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