Portugues Instrumental

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Portugus Instrumental
Claudia Guerra Monteiro
Gilson Monteiro
ISBN:
CLAUDIA GUERRA MONTEIRO
GILSON MONTEIRO
ESCOLA TCNICA ABERTA DO BRASIL - E-TEC BRASIL
CURSO TCNICO EM INFORMTICA
Disciplina: Portugus Instrumental
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - CENTRO DE EDUCAO TECNOLGICA DO AMAZONAS
Manaus - AM
2009
Presidncia da Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao a Distncia
Universidade Federal do Amazonas
Este Caderno foi elaborado em parceria en-
tre a Universidade Federal do Amazonas e a
Universidade Federal de Santa Catarina para
o Sistema Escola Tcnica Aberta do Brasil
e-Tec Brasil.
Equipe de Elaborao
Universidade Federal do Amazonas UFAM
Coordenao Institucional
Zeina Rebouas Corra Thom/UFAM
Professores-autores
Claudia Guerra Monteiro/UFAM
Gilson Monteiro/UFAM
Comisso de Acompanhamento e
Validao
Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
Coordenao Institucional
Araci Hack Catapan/UFSC
Coordenao do Projeto
Silvia Modesto Nassar/UFSC
Coordenao de Design Instrucional
Beatriz Helena Dal Molin/UNIOESTE
Design Instrucional
Juliana Leonardi/UFSC
Walter Iriondo Otero/UFSC
Web Design
Gustavo Mateus/UFSC
Projeto Grco
Beatriz Helena Dal Molin/UNIOESTE
Araci Hack Catapan/UFSC
Elena Maria Mallmann/UFSC
Jorge Luiz Silva Hermenegildo/CEFET-SC
Mrcia Freire Rocha Cordeiro Machado/ETUFPR
Silvia Modesto Nassar/UFSC
Superviso de Projeto Grco
Lus Henrique Lindner/UFSC
Diagramao
Bruno Csar Borges Soares de vila/UFSC
Reviso
Julio Csar Ramos/UFSC
Catalogo na fonte elaborada na DECTI da Biblioteca da UFSC
M775p Monteiro, Cludia Guerra
Portugus Instrumental / Cludia Guerra Monteiro, Gilson
Monteiro. Manaus : Universidade Federal do Amazonas, 2009.
49p. : il.
Inclui Bibliograa
Programa Escola Tcnica Aberta do Brasil - E-Tec Brasil. Curso
Tcnico em Informtica.
1. Lngua portuguesa Comoposio e exerccios. 2.
Comunicao humana. 3. Ensino distncia. I. Monteiro, Gilson. II.
Ttulo. III Ttulo: Curso Tcnico em Turismo.
CDU: 806.90-085.2
PROGRAMA E-TEC BRASIL
Amigo(a) estudante!
O Ministrio da Educao vem desenvolvendo Polticas e Programas para ex-
panso da Educao Bsica e do Ensino Superior no Pas. Um dos caminhos encontra-
dos para que essa expanso se efetive com maior rapidez e ecincia a modalidade a
distncia. No mundo inteiro so milhes os estudantes que frequentam cursos a distn-
cia. Aqui no Brasil, so mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino
Mdio e Superior a distncia, oferecidos por instituies pblicas e privadas de ensino.
Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),
hoje, consolidado como o maior programa nacional de formao de professores, em
nvel superior.
Para expanso e melhoria da educao prossional e fortalecimento do Ensino
Mdio, o MEC est implementando o Programa Escola Tcnica Aberta do Brasil (e-Tec
Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes centros urbanos
e dos municpios do interior do Pas oportunidades para maior escolaridade, melhores
condies de insero no mundo do trabalho e, dessa forma, com elevado potencial
para o desenvolvimento produtivo regional.
O e-Tec resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educao Prossio-
nal e Tecnolgica (SETEC), a Secretaria de Educao a Distncia (SEED) do Ministrio da
Educao, as universidades e escolas tcnicas estaduais e federais.
O Programa apia a oferta de cursos tcnicos de nvel mdio por parte das es-
colas pblicas de educao prossional federais, estaduais, municipais e, por outro lado,
a adequao da infra-estrutura de escolas pblicas estaduais e municipais.
Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de adequao
de escolas e 74 instituies de ensino tcnico, as quais propuseram 147 cursos tcnicos
de nvel mdio, abrangendo 14 reas prossionais. O resultado desse Edital contemplou
193 escolas em 20 unidades federativas. A perspectiva do Programa que sejam ofer-
tadas 10.000 vagas, em 250 polos, at 2010.
Assim, a modalidade de Educao a Distncia oferece nova interface para a
mais expressiva expanso da rede federal de educao tecnolgica dos ltimos anos: a
construo dos novos centros federais (CEFETs), a organizao dos Institutos Federais
de Educao Tecnolgica (IFETs) e de seus campi.
O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construo coletiva e partici-
pao ativa nas aes de democratizao e expanso da educao prossional no Pas,
valendo-se dos pilares da educao a distncia, sustentados pela formao continuada
de professores e pela utilizao dos recursos tecnolgicos disponveis.
A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua forma-
o prossional e na sua caminhada no curso a distncia em que est matriculado(a).
Braslia, Ministrio da Educao setembro de 2008.
SUMRIO
PALAVRAS DOS PROFESSORES-AUTORES 7
PROJETO INSTRUCIONAL 9
CONES E LEGENDAS 11
ROTEIRO DE ESTUDOS 13
INTRODUO 15
UNIDADE 1 ELEMENTOS ESSENCIAIS DA COMUNICAO HUMANA 17
1.1 Objetivos de aprendizagem 17
1.2 Linguagem, lngua e dialetos: conceitos e variedades lingusticas 17
1.3 Comunicao: conotao e denotao 18
1.4 Nveis de linguagem 19
1.5 Os modelos de comunicao 19
1.6 Elementos da Lngua Portuguesa 20
1.7 Sntese 21
UNIDADE 2 A LINGUAGEM DO TEXTO 23
2.1 Objetivos de aprendizagem 23
2.2 A frase, a orao, o perodo 23
2.3 O Pargrafo: unidade de composio 24
2.4 Coeso e coerncia 24
2.5 Atividades de aprendizagem 24
2.6 Sntese 25
UNIDADE 3 A ESTRUTURA DO TEXTO 27
3.1 Objetivo de aprendizagem 27
3.2 A estrutura de uma redao 27
3.3 A forma e o contedo 28
3.4 Os tipos de redao 29
3.5 Texto descritivo 29
3.6 O texto narrativo 30
3.7 Formas de discurso 31
3.8 O texto dissertativo 31
3.9 O ato de escrever 33
3.10 Atividades de aprendizagem 33
3.11 Sntese 34
UNIDADE 4 OS GNEROS E TIPOS TEXTUAIS 35
4.1 Objetivos de aprendizagem 35
4.2 Redao ocial 35
4.3. Redao comercial 38
4.4 Atividades de aprendizagem 38
4.5 Sntese 39
REFERNCIAS 41
GLOSSRIO 43
CURRCULO SINTTICO DOS PROFESSORES-AUTORES 49
7 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
PALAVRAS DOS PROFESSORES-AUTORES
Caro estudante!
Este caderno de estudos ser nosso veculo de comunicao e
interlocuo sobre os conhecimentos que queremos reavivar, passar para
voc e construir com voc. Por isso, gostaramos que voc resolvesse todas
as atividades e as indicaes que lhe dermos, pois elas sero os elos entre o
conhecimento trabalhado, o conhecimento que voc passar a construir e
o feedback que precisamos para que juntos tenhamos crescimento, dilogo
e avanos.
Nossos objetivos so oferecer subsdios ao estudante no que diz
respeito ao desenvolvimento da linguagem escrita e oral a ser expressa em
padro satisfatrio para a necessidade efetiva da rea de atuao do curso,
trabalhando os elementos essenciais da comunicao, e estimular o pensa-
mento ordenado e lgico, condio primordial para uma exposio clara,
precisa e objetiva, bem como para o entendimento das idxeias centrais e
secundrias dos textos aqui trabalhados.
Caro estudante, conamos na capacidade que voc possui de infe-
rir e construir conhecimentos. Pedimos-lhe que estude e busque o conheci-
mento como caminho para o crescimento social e pedaggico.
Um forte abrao,
Claudia Guerra Monteiro e Gilson Monteiro
11 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
CONES E LEGENDAS
Caro estudante! Oferecemos para seu conhecimento os cones e
sua legenda que fazem parte da coluna de indexao. A intimidade com es-
tes e com o sentido de sua presena no caderno ajudar voc a compreen-
der melhor as atividades e exerccios propostos (DAL MOLIN, et al.,2008).
Saiba mais
Ex: http://www.
etecbrasil.mec.
gov.br
Este cone apontar para atividades complementares ou
para informaes importantes sobre o assunto. Tais in-
formaes ou textos complementares podem ser encon-
trados na fonte referenciada junto ao cone.
Para reetir...
Ex: Analise o
caso... dentro
deste tema e
compare com...,
Assista ao lme...
Toda vez que este cone aparecer na coluna de indexao
indicar um questionamento a ser respondido, uma ativi-
dade de aproximao ao contexto no qual voc vive ou
participa, resultando na apresentao de exemplos coti-
dianos ou links com seu campo de atuao.
Mdias integradas
Ex.: Assista
ao lme... e
comente-o.
Quando este cone for indicado em uma dada unidade
signica que voc est sendo convidado a fazer atividades
que empreguem diferentes mdias, ou seja, participar do
Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (AVEA), assistir
e comentar um lme, um videoclipe, ler um jornal, comen-
tar uma reportagem, participar de um chat, de um frum,
enm, trabalhar com diferentes meios de comunicao.
12 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Avaliao
Este cone indica uma atividade que ser avaliada dentro
de critrios especcos da unidade.
Lembre-se
Ex.: O canal de
satlite deve ser
reservado com
antecedncia
junto
Embratel.
A presena deste cone ao lado de um trecho do texto indi-
car que aquele contedo signica algo fundamental para
a aprendizagem.
Destaque
Retngulo com fundo colorido.
A presena do retngulo de fundo
indicar trechos importantes do
texto, destacados para maior xa-
o do contedo.
15 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
INTRODUO
Este caderno tem o objetivo de transformar o ato de escrever em
uma aventura positiva. Voc, estudante, precisa saber que escrever no
nenhum "bicho-papo", como muitos pensam. Os jovens terminam cres-
cendo com essa ideia internalizada e perdem duas das aventuras mais emo-
cionantes do perodo que vai da infncia adolescncia: a descoberta do
jogo da leitura e a apropriao do processo da escrita.
Escrever um processo, embora complexo, gostoso e desaador,
de modo que voc no vai se arrepender de se aventurar na leitura e nos
exerccios propostos neste caderno.
Voc no deve esquecer da importncia que a Lngua Portuguesa
tem para os egressos de quaisquer cursos. Tcnicos podem pensar, inicial-
mente, que a Lngua Portuguesa tem pouca importncia para suas ativida-
des; mas, de fato, isto um equvoco.
Neste caderno voc ter oportunidade de desenvolver habilidades
capazes de auxili-lo na carreira prossional. E com este objetivo, bem
como o de levar-lhe a conhecer as concepes de lngua e de linguagem
que trabalhamos neste caderno destinado a voc.
Introduo
17 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
UNIDADE 1 ELEMENTOS ESSENCIAIS DA
COMUNICAO HUMANA
Embora possamos ser sbios do saber alheio,
sensatos s poderamos s-lo graas nossa prpria
sensatez.
Montaigne
1.1 Objetivos de aprendizagem
- Compreender os conceitos Lngua e Linguagem.
Fonte: http://www.appai.org.br/Jornal_Educar/
jornal44/portugues/professora.gif
1.2 Linguagem, lngua e dialetos: conceitos e variedades lingusticas
Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamen-
tal que voc os assimile e entenda. Contamos com sua participao e sua
interao afetivo-educativa.
a) Linguagem a representao do pensamento por meio de sinais
que permitem a comunicao e a interao entre as pessoas. H
outras concepes de linguagem que voc pode pesquisar para
ampliar o seu conceito.
b) Lngua um sistema abstrato de regras, no s gramaticais, mas
tambm, semnticas e fonolgicas, por meio das quais a linguagem
(ou fala) se revela. Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a
apresentar uma distino clara entre lngua e linguagem. Segundo
ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de que os
homens dispem para se compreenderem por meio de signos
vocais.
c) Dialetos so variedades originadas das diferenas de regio,
de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da prpria
Pesquise nos endereos a seguir
e amplie seu conhecimento
sobre concepes de linguagem:
http://www.sedis.ufrn.br/
documentos/arquivos/698.pdf
http://www.cce.ufsc.
br/~clafpl/74_Alba_Maria_
Perfeito.pdf
Elementos
Essenciais da
Comunicao
Humana
18 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
evoluo histrica da lngua (ex.: gria).
d) Variedades lingusticas so as variaes que uma lngua
apresenta, de acordo com as condies sociais, culturais, regionais
e histricas em que utilizada.
Fonte: http://www.lologia.org.br/viiisenel/1.gif
e) Norma culta a lngua padro, a variedade lingustica de maior
prestgio social.
f) Norma popular so todas as variedades lingusticas diferentes da
lngua padro.
Fonte: http://historiasparaosmaispequeninos.les.wordpress.
com/2007/09/justica.jpg
1.3 Comunicao: conotao e denotao
Elementos
Essenciais da
Comunicao
Humana
19 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
Conceito: raiz semntica ou protossignicado podemos chamar
denotao; ao processo de desenvolvimento de um protossignicado, cha-
maremos conotao.
A distino entre denotao e conotao faz-se por via analtica.
Em um discurso autntico, seja de natureza literria ou no, seja de carter
tcnico ou de carter cientco.
Denotao e conotao so, na maior parte das situaes comuns
de comunicao verbal, simultneas e dialgicas.
1.4 Nveis de linguagem
O objetivo principal do estudo dos nveis de fala encaminhar
o estudante a reconhecer as diferenas entre a linguagem padro e a lin-
guagem coloquial, para que possa selecionar o registro adequado nas mais
diferentes situaes de comunicao.
Fonte: http://bp0.blogger.com/_XARut1VNKR4/SE2ShXCMKgI/
AAAAAAAAAJo/prawClxIXzE/s1600-h/fofoca.jpg
A m de entendermos os diferentes nveis de linguagem e suas
mudanas, temos de recorrer sociolingustica, que o ramo da lingustica
que tem como foco de estudos a relao direta entre lngua e sociedade.
O domnio dos diferentes nveis de linguagem propicia oportunida-
des mais efetivas ao falante, de promover a adequao da sua linguagem s
exigncias do contexto social e, dessa forma, estabelecer uma comunicao
mais eciente e aumentar seu nvel de compreenso, interao e interlocu-
o nas vrias instncias sociais nas quais estar inserido.
1.5 Os modelos de comunicao
O modelo mais simples para representar o processo de comunica-
o requer os elementos destacados na Figura 1.1.
Amplie seu conhecimento sobre
sociolingustica acessando o
endereo abaixo:
http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/
verbetes/S/sociolinguistica.htm
Saiba mais sobre denotao e
conotao no site:
http://www2.fcsh.unl.pt/
edtl/verbetes/C/conotacao_
denotacao.htm
Elementos
Essenciais da
Comunicao
Humana
20 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Mensagem
Resposta Receptor Emissor
Figura 1.1 Modelo simplicado do processo de comunicao
Fonte: Adaptado de Monteiro (2001, p.10).
1.5.1 O Emissor e o receptor
O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quan-
to escrita, a um receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente,
d uma resposta ao emissor. Essa resposta, no caso de uma conversa entre
duas pessoas, se manifesta quando o receptor diz palavras tais como: "sim...
estou entendendo", etc., muito comum em conversas telefnicas.
A necessidade de resposta faz parte do processo de comunicao
entre os seres humanos. Quando uma pessoa envia a mensagem e no re-
cebe a resposta do receptor, o processo de comunicao no se completa.
1.6 Elementos da Lngua Portuguesa
A gramtica da Lngua Portuguesa est dividida em grandes cam-
pos de estudo: a fontica, a morfologia, a semntica, e a sintaxe. A fonti-
ca que estuda os sons da fala. A morfologia estuda a forma das palavras,
ou seja, a representao grca, o vocbulo. A semntica preocupa-se
no s com a representao grca do vocbulo, mas com seu signicado.
Portanto, um campo da gramtica que estuda a palavra, no apenas o
vocbulo.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1067574
A sintaxe o campo da gramtica que estuda a unidade lingus-
tica em seu contexto oracional, ou seja, estuda os termos que compem
uma orao. A orao, em Lngua Portuguesa, basicamente pode ter sujeito,
ter sempre um predicado, e pode ter ou no complementos.
Elementos
Essenciais da
Comunicao
Humana
21 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
Pode-se dizer, ento, que a fontica e a morfologia tratam cada
qual de um dos aspectos dos vocbulos, a semntica trata do signicado
que determinada palavra assume e a sintaxe trata da colocao dos termos
nas oraes, encarregando-se a fontica de estudar os sons das palavras
Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante
padro, empregar sua criatividade e ter cincia de que um texto muito
mais do que a soma ou justaposio de oraes. antes uma unidade de
sentido, coesa e bem articulada acima de tudo.
1.7 Sntese
Na unidade 1 voc encontrou atividades que o levaram a compre-
ender um pouco mais sobre lngua e linguagem a partir de alguns conceitos
aqui tratados.
Esperamos que voc, caro estudante, tenha tambm feito as con-
sultas que indicamos nesta unidade, para que possamos caminhar na com-
preenso e no desenvolvimento da unidade 2.
Discuta no frum no AVEA:
O que signica linguagem e a
noo de gramtica no ensino
da Lngua Portuguesa.
Elementos
Essenciais da
Comunicao
Humana
23 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
A Linguagem
do Texto
UNIDADE 2 A LINGUAGEM DO TEXTO
2.1 Objetivos de aprendizagem
Reconhecer os diferentes tipos de linguagem e de gnero, e utiliz- -
los adequadamente;
Considerar a leitura como objeto de qualicao social, atentando -
para o potencial crtico que ela confere ao indivduo;
Compreender a relao indissocivel entre leitura e escrita, -
explicitada pela potencial facilidade em elaborar um texto aps
contato regular e contnuo com textos de variadas origens e
linguagens.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1067574
2.2 A frase, a orao, o perodo
Frase a) todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer
comunicao. Pode ser nominal ou verbal.
Orao b) um enunciado que se estrutura em torno de um verbo
ou locuo verbal.
Ex: A menina sujou seu vestido.
Perodo c) constitui-se de uma ou mais oraes. Pode ser simples ou
composto.
Perodo simples: A menina ofereceu um livro a Joana. -
Perodo composto: O povo anseia que haja uma eleio justa, -
pois a ltima obviamente no o foi.
Fonte: http://www.trololo.com.br/images/
alfabeto_e_numeros_moveis.jpg
24 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
A Linguagem
do Texto
2.3 O Pargrafo: unidade de composio
O pargrafo uma unidade de composio constituda por um ou
mais de um perodo, em que se desenvolve determinada ideia central ou
nuclear, a que se agregam outras, secundrias, intimamente relacionadas
pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
2.4 Coeso e coerncia
a) Coeso: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto
dos termos conectivos da linguagem, o que permite expressar uma ideia de
cada vez, omitindo o desnecessrio e prendendo-se s relaes existentes
entre a ideia principal e as secundrias. Tal resultado em muito se deve ao
correto emprego do tpico frasal.
b) Coerncia: valendo-nos da denio primariamente apresenta-
da para coerncia (a ligao perfeitamente inteligvel das partes de um texto
com o seu todo), podemos auferir que esta consiste em ordenar e interligar
as ideias de maneira clara e lgica e de acordo com um plano denido.
Fonte: PEIXOTO, Antonio 8/10/2008
2.6 Sntese
Nesta unidade discutimos a importncia de compreender os pro-
cessos comunicativos. Com isso, voc pde conhecer o perodo, a orao e
o pargrafo como unidades de composio, bem como a coeso e a coe-
rncia na produo de textos.
27 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
UNIDADE 3 A ESTRUTURA DO TEXTO
3.1 Objetivo de aprendizagem
Entender a relevncia comunicativa na produo textual: ter o que -
dizer, querer diz-lo para si mesmo ou para algum, colocando-se
como sujeito de suas prprias palavras.
3.2 A estrutura de uma redao
O leitor de uma redao deve poder detectar, claramente, trs par-
tes: a introduo, o desenvolvimento e a concluso. Para sua melhor xao,
representamos as trs partes de modo grco (Figura 3.1).
Figura 3.1- Representao grca das partes de uma redao
Fonte: Monteiro (2001, p. 13)
O texto da redao deve ter a introduo, o desenvolvimento e a
concluso. Isto facilita o trabalho de quem se habilita a escrever, especial-
mente uma redao como a que solicitada para ingresso na universidade
ou num processo de seleo para quem pleiteia um emprego.
A Figura 3.1 apresenta as trs partes de uma redao, que so
elementos primordiais para o trabalho inicial de quem escreve. partindo
do conhecimento das partes que compem o texto de uma redao que se
pode planejar aquilo que se vai escrever.
O processo de planejamento comea com a escolha do tema sobre
o qual se vai escrever. Outro fator de sucesso para uma boa redao que
se faa uma pesquisa sobre o assunto, lendo o maior nmero possvel de
textos sobre o tema que ser abordado no processo de uma nova escrita.
Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem , antes de tudo,
aprender a pensar. No fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a
organizar as ideias e a planejar o que vai escrever, para que no momento da
escrita as palavras obedeam a uma lgica e possam conduzir o leitor at o
nal do texto, com pleno entendimento de tudo o que foi dito.
importante lembrar que os textos literrios possuem a especial
licena para provocar suspense e, s vezes, demandar outras leituras para
A Estrutura do
Texto
28 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
uma compreenso mais ampla. Assim, existe um jogo de palavras, muitas
vezes travestidas de seu sentido denotativo, ganhando, pois, um sentido
novo e especial dentro do texto, ou seja, um sentido conotativo, uma nova
roupagem um papel diferente do que comumente possuem.
Podemos dizer que, na linguagem literria, as palavras usam ms-
caras temporrias e especcas para um determinado contexto literrio;
portanto seu sentido est intimamente ligado a esse contexto.
Fonte: http://www.eupodiatamatando.com/wp- content/
uploads/2007/01/mascaras_de_carnaval.jpg
3.3 A forma e o contedo
A separao entre forma e contedo nos livros didticos tem o
nico m de facilitar o aprendizado. No entanto, forma e contedo vivem
intimamente ligados.
Podemos dizer que a forma o modo que voc usa para pr suas
sensaes, seus pensamentos e suas opinies num papel, compondo o que
chamamos de texto. A forma algo pessoal, o "jeito" que cada um tem
de escrever. Poderia ser chamada de estilo, pois a forma se caracteriza pelas
palavras escolhidas (vocabulrio), as conjunes e preposies (conectivos),
os tempos verbais e os sinais de pontuao.
Esses smbolos formam o cdigo (a Lngua Portuguesa) e so to-
mados por emprstimo para as pessoas se expressarem. Se todas as pes-
soas zessem o mesmo "emprstimo" dos smbolos do cdigo, na mesma
sequncia, com o mesmo sentido, etc., os textos escritos em qualquer lugar
seriam todos iguais. Portanto, a forma o modo particular que cada autor
escolhe para expressar suas ideias.
O contedo o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos
que voc seja solicitado a redigir um texto sobre o calor. Voc teria que
saber o que , onde, como e por que ocorre o fenmeno, enumerando,
ainda, as causas, consequncias e exemplos, bem como os fatos comple-
mentares.
Ex: Escreva uma redao cujo
assunto o computador. Voc
poder descrev-lo, dizer a
cor, o formato, o tamanho do
computador, o tamanho do
disco rgido, qual o processador,
etc.), ou narrar algum fato que
tenha o computador como
personagem central ( uma
histria bem criativa, na qual o
computador vencesse o homem,
por exemplo). Ainda sobraria
a opo de dissertar sobre a
importncia do computador na
atualidade.
A Estrutura do
Texto
29 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
Percebemos, ento, que os contedos (assuntos) podem ser os
mesmos para vrias redaes. No entanto, mudar a forma como cada
pessoa ir trat-lo em seu texto. Neste caso voc teria dois tipos de escolha
de palavras para dois gneros de textos diferentes. Um texto ccional, lite-
rrio, no qual as palavras teriam um sentido mais conotativo e dois textos
tcnicos: um descritivo e outro dissertativo, ambos de natureza informativa
nos quais as palavras estariam em seu sentido denotativo e referencial.
3.4 Os tipos de redao
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/918285
H trs tipos de redao: a dissertao, a narrao e a descri-
o. Essa diviso meramente didtica, pois, em um texto, um nico autor
pode usar os trs tipos de redao, se julgar que os trs gneros facultam-
lhe uma forma mais clara e eciente para o que ele quer comunicar. Di-
cilmente sero encontrados textos puramente dissertativos, narrativos ou
descritivos. A diviso que usamos a seguir visa apenas a fazer-lhe um lem-
brete sobre algumas predominncias da linguagem em cada um dos tipos
de redao a que acabamos de nos referir.
3.5 Texto descritivo
Enquanto, por meio da dissertao, quem escreve defende uma
ideia e se posiciona a respeito do assunto sobre o qual escolheu dissertar,
em uma descrio, a nfase objetivar com maior detalhe descrever objetos,
ambientes, estado de esprito, etc.
O importante da descrio que quem escreve consiga fazer com
que o leitor entenda claramente aquilo que descrito. Lembramos que ou-
tro fator importante na descrio que o redator tenta apenas descrever
algo, sem tomar partido, sem se envolver, apenas descrevendo de modo
distanciado o que est observando.
A Estrutura do
Texto
30 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Enfatizamos, ainda, que a descrio "pura" no existe e que des-
crever colocar no papel as caractersticas de objetos, de imagens, de locais,
de pessoas, da forma mais prxima possvel do real para, assim, o leitor ser
capaz de reconstruir o que foi descrito. como se o tempo no existisse e
o leitor mergulhasse no assunto com a sensao de que a descrio atual,
no importando o tempo a que ela remete ou em que foi escrita.
3.6 O texto narrativo
Narrao uma redao por meio da qual se escreve uma his-
tria, uma piada, um conto, uma novela ou qualquer outro tipo de texto
que tenha dois elementos essenciais: ao e personagem. Quando se trata
de uma narrao literria, tentar narrar algo de maneira diferente do que
as pessoas costumam imaginar o primeiro passo para quem pensa em
"escrever bem".
Quem escreve no deve esquecer que "escrever bem" fazer boas
escolhas, ter boas ideias, dedicar ateno no trato dos padres lingusti-
cos j apontados aqui, ser criativo procurando sempre ser entendido pelas
pessoas que esto lendo o texto escrito.
Lembramos, ainda, que voc deve considerar os componentes b-
sicos da narrao, j comentados neste caderno, pois eles o auxiliaro a
obter sucesso na escrita de sua narrativa. Assim, ser sempre importante
que as narrativas respondam s seguintes questes:
QUEM? a) A resposta a esta pergunta aponta o personagem ou os
personagens da narrao.
O QU? b) Conduz ao fato central; o que se pode chamar de "o
condutor". como se fosse a estrutura do enredo (assunto). Na
narrao, poderamos simplicar e dizer que se trata do contedo.
QUANDO? c) o tempo em que os fatos narrados ocorreram.
ONDE? d) Marca o espao, o local onde os fatos ocorreram ou esto
ocorrendo.
COMO? e) O enredo, ou seja, o contedo baseia-se nas respostas a
essa pergunta.
POR QU? f) As razes, os motivos, as causas que levaram ao fato
que se est narrando.
Como podemos ver, a narrao carrega, em si, uma ideia de ao,
de movimento. como se quem narra estivesse acompanhando os fatos no
exato momento em que se desenrolam. O narrador seria, pois, uma espcie
de testemunha ocular do que est acontecendo, enquanto narra.
A Estrutura do
Texto
31 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
3.7 Formas de discurso
Na dissertao, existem trs formas de o autor se posicionar. Isso
implica nas formas do discurso que ele empregar em seu texto. Conhea-
as a seguir.
3.7.1 Discurso direto
aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou
leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas caractersticas do discurso
direto:
emprego de verbos do tipo: armar, negar, perguntar, responder, a)
entre outros;
uso, especicamente para introduzir os dilogos, dos seguintes b)
sinais de pontuao: dois-pontos e travesso.
3.7.2 Discurso indireto
aquele em que o narrador reproduz com suas prprias palavras
aquilo que escutou de outra pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto
eliminamos os sinais de pontuao que introduzem o dilogo e usamos
conjunes: que, se, como, etc.
3.7.3 Discurso indireto livre
aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por
conta prpria, servindo-se de oraes.
3.8 O texto dissertativo
Dissertar um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas
procuram justicativas para a elevao dos preos, para o aumento da vio-
lncia nas cidades, para a represso dos pais. mundial a preocupao com
a Floresta Amaznica, a AIDS, a solido, a poluio. Muitas vezes, em casos
de divergncia de opinies, cada um defende seu ponto de vista em relao
ao tema que est sendo discutido, como por exemplo, o futebol, o cinema,
a msica. Agora pense em ARGUMENTAR e CONVENCER.
A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposio
de ideias pessoais, opinies e pontos de vista. Em alguns casos, preciso
persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma nova forma de pensar.
Em todas essas situaes e em muitas outras, utiliza-se a linguagem
para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a m de, por
meio da apresentao de ideias, dados e conceitos, chegar a concluses.
A Estrutura do
Texto
32 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Em suma, dissertar ou escrever uma dissertao implica apresen-
tar uma discusso de ideias, oferecer argumentao e organizao do pen-
samento, expor a defesa de pontos de vista, oferecer a descoberta de solu-
es. , portanto, necessrio que se tenha conhecimento sobre o assunto
que se vai abordar, aliado a uma tomada de posio diante dele.
Fonte: http://hipotetize.les.wordpress.com/2008/08/ideia1.jpg
Nas dissertaes aceita-se o uso do plural majesttico, ou seja, o
uso da primeira pessoa do plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o
uso da primeira pessoa do singular. Mas, se voc optar pela primeira pessoa
do singular, evite "aparecer" no texto, usando inteligentemente essa esco-
lha como um instrumento argumentativo, fazendo parecer ao leitor que as
ideias expostas por voc so de aceitao universal.
Vejamos alguns exemplos de frases para voc compreender como
"aparecer" em uma dissertao:
-"Eu acho que o problema dos escndalos na poltica s ter solu-
o quando os partidos..."
-"Eu penso que o autor tem razo quando arma..."
-"As pessoas, na minha opinio, deveriam ser conscientizadas da
participao social..."
Agora, exemplos de frases de dissertao em que voc no "apa-
rece":
-"O problema dos escndalos na poltica ..."
-"O autor tem razo quando arma..."
-"As pessoas deveriam ser conscientizadas..."
Lembramos que na dissertao sempre haver um tema (geral-
mente um problema social, educacional, poltico, etc.) e uma delimitao
desse mesmo tema. O desenvolvimento pode estar dividido em dois ou trs
pargrafos.
Desenvolva as frases
exemplicadas na seo 3.8
apresentando argumentos que
apoiem as ideias expressas.
Mas, agora, voc quem deve
colocar o conetivo que ligar
coerentemente a idia principal
ao argumento de apoio.
A Estrutura do
Texto
33 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
Na concluso o autor fala da impresso nal sobre o assunto. Essa
parte da redao pode conter em torno de cinco a dez linhas. Pode-se fazer
uma rearmao do tema e apresentar possveis solues para o problema
apresentado.
Fonte: http://www.poemar.com/joaomoutinho/MP3/
Poemar%20-%20livro%20aberto.jpg
3.9 O ato de escrever
Considerando que o redator s alcana o objetivo de produzir res-
posta, tornar comum suas ideias e persuadir se estiver usando um cdigo
conhecido do leitor, que seu receptor, e que em certas circunstncias a re-
dao feita para satisfazer necessidades curriculares, a pessoa que escreve
uma redao escolar ou de vestibular, por exemplo, no pode esquecer que
os examinadores estaro sempre levando em conta os conhecimentos bsi-
cos de Lngua Portuguesa, bem como a clareza de raciocnio, demonstrada
no modo como a redao estruturada. De forma simplicada, isso signi-
ca que toda boa redao deve ter comeo, meio e m. Cada uma dessas
partes deve ter ligao com a parte anterior, para dar unidade (coeso) ao
texto.
No se deve esquecer que o emissor codica a mensagem que ser
enviada ao receptor e que este, ao receb-la, inicia o processo de decodi-
cao, interpretando-a. Por isso, fundamental que os cdigos utilizados
pelo emissor sejam conhecidos do receptor. No caso de uma redao, o c-
digo (a Lngua Portuguesa) deve ser entendido por todos os que escrevem e
leem. Da, ser uma necessidade bsica de quem escreve ter conhecimentos
da Lngua Portuguesa.
Atravs da dissertao, quem
escreve defende uma ideia.
Expe seu ponto de vista a
respeito de algo. Agora voc!
Faa o mesmo. Em dez linhas
voc propor um "negcio da
China" ao seu leitor. "Vender
uma casa de palha." No
ser fcil! Mas tente. Fale das
vantagens que morar em uma
casa arejada... Vem, apenas
uma idia. Faa voc mesmo!
Boa Sorte!
A Estrutura do
Texto
3.11 Sntese
Na unidade 3 voc encontrou elementos da estrutura de uma
redao, a forma, o contedo e os tipos de redao.
35 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
UNIDADE 4 OS GNEROS E TIPOS TEXTUAIS
4.1 Objetivos de aprendizagem
Reconhecer gneros do discurso; -
Redigir documentos ociais como - relatrios, ofcios, memorandos
e outros ans.
4.2 Redao ocial
Redao Ocial " a maneira pela qual o Poder Pblico redige
atos normativos e comunicaes" (MENDES; FOSTER JR., 2002).
Segundo a Constituio Federal, so princpios fundamentais de
toda a Administrao Pblica a legalidade, a impessoalidade, a moralida-
de, a publicidade e a ecincia, sendo inadmissvel que um documento
expedido pelo Poder Pblico esteja redigido de maneira obscura ou amb-
gua. Dessa forma, impessoalidade, clareza, conciso, formalidade, unifor-
midade e o uso do padro culto da linguagem devero ser caractersticas
norteadoras da redao de documentos e correspondncias ociais, a m
de produzir-se um texto transparente e inteligvel para todo o conjunto de
cidados ( MENDES; FOSTER JR., 2002).
Procure no esquecer:
Impessoalidade O "tratamento impessoal que deve ser dado
aos assuntos que constam das comunicaes ociais decorre:
- "da ausncia de impresses individuais de quem comunica, [...]
de quem recebe a comunicao,[...] do carter impessoal do pr-
prio assunto tratado[...]
A conciso, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos
valemos para elaborar os expedientes ociais contribuem, ain-
da, para que seja alcanada a necessria impessoalidade."(Id.
Ibid.,p.4-5)
4.2.1 A linguagem dos atos e comunicaes ociais
A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos
atos e expedientes ociais decorre, de um lado, do prprio car-
ter pblico desses atos e comunicaes; de outro, de sua nalida-
de.[...]
[...] por seu carter impessoal, por sua nalidade de informar
com o mximo de clareza e conciso, eles requerem o uso do
padro culto da lngua. H consenso de que o padro culto
aquele em que:
a) se observam as regras da gramtica formal, e
b) se emprega um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios
do idioma (MENDES; FOSTER JR.,2002).
Os Gneros e Tipos
Textuais
36 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
4.2.2 Modelos
a) Exemplo de redao ocial (memorando)
Memo.n. Em 30 de dezembro de 2008.
De: Direo do Centro de Educao a Distncia
Para: Servidores do Centro de Educao a Distncia
Assunto: Alterao de expediente
Senhores Servidores,
Comunicamos que, nos dias 2 a 5 de janeiro de 2009, o expediente
neste Centro ser somente interno, a m de elaborarmos o relatrio anual
referente ao exerccio 2008.
Atenciosamente
Nome
Cargo
Os Gneros e Tipos
Textuais
37 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
b) Exemplo de redao ocial (ofcio)
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Educao a Distncia
Of. n. 109/08-CED/UFAM
Manaus, 10 de janeiro de 2008.
Exmo. Sr.
RAIMUNDO UCHA
Secretrio de Estado do Meio Ambiente do Estado do Amazonas
Nesta
Assunto: Incio do perodo letivo
Senhor Secretrio,
Comunicamos a Vossa Excelncia que o incio das aulas do curso
de Licenciatura em Artes Plsticas e de Bacharelado em Administrao e
Cincias Agrrias, todos na modalidade a distncia, est com data prevista
para o dia 1 de fevereiro de 2009.
Respeitosamente,
(Nome do remetente)
Diretor
Os Gneros e Tipos
Textuais
38 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Diferentemente do estilo de linguagem dos atos e expedientes o-
ciais, temos a redao comercial, que veremos a seguir.
4.3. Redao comercial
A carta comercial considerada um veculo de informao, simples
atividade-meio, sem qualquer outra implicao no mundo dos negcios. Ela
faz parte integrante de todo um sistema de comunicao, com o emissor,
mensagem e receptor. Est, consequentemente, sujeita a toda a engrena-
gem, a todos os dispositivos, a todos os requisitos indispensveis comuni-
cao para propagar, agrupar, propor negcios e criar imagem.
4.3.1 Fatores de inuncia da carta comercial
Resposta imediata indica que a rma eciente. 1.
Se a carta for bem denida, o destinatrio dispor-se- a pensar 2.
que est lidando com uma organizao metdica.
Se o leitor compreender o que est escrito, ele ser grato, fazendo 3.
seu pedido companhia do autor da carta.
4.3.2 Os cuidados com a carta comercial
Como todo texto escrito, ela irrecorrvel, no d para harmonizar a)
ou explicar, como na comunicao oral, pelo telefone, por
exemplo.
o volume de correspondncia recebido nas empresas grande; por b)
essa razo, a carta pode ser mal-lida, mal-interpretada e motivar
nova carta como resposta, ampliando a burocracia empresarial.
Por isso, para os grandes negcios e clientes especiais prefere-se a
conversa por telefone.
Antes de escrever, ou seja, passar para o papel o seu pensamento
sob a forma de palavras que se ligam umas s outras e formam frases,
preciso que voc pare e pense.
Quem quer escrever bem precisa, obrigatoriamente, estar bem in-
formado. Quando colocamos no papel as nossas ideias, devemos imaginar
que temos muitos desaos. Mas, antes de iniciar os comentrios que con-
tinuaro a ser feitos durante o nosso estudo, lembre-se: estar informado
uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.
Os Gneros e Tipos
Textuais
Faa um exerccio para voc ir
treinando. Por exemplo, uma
redao versando sobre o tema
"a Lngua Portuguesa". Para
escrev-la, relate um episdio
em que voc se tenha visto
em meio a um excesso de
competitividade ou em que a
capacidade de competir lhe
tenha sido til.
4.5 Sntese
Nesta unidade voc conheceu a linguagem dos atos e fatos ad-
ministrativos e da redao ocial, bem como exercitou a forma de redao
de cada um dos documentos e correspondncias ociais mais exigidos nas
trocas de informaes ociais nas organizaes.
41 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
REFERNCIAS
BLIKSTEIN, Izidoro. Tcnicas de comunicao escrita. So Paulo: tica,
2006.
_____. Como falar em pblico: tcnicas de comunicao. So Paulo:
tica, 2006.
CMARA JR., Joaquim Mattoso. Manual de expresso oral e escrita.
13. ed. Petrpolis: Vozes, 2001.
CRUZ NETO, Antnio. S erra quem quer: resposta para mais de 500
dvidas e diculdades da lngua. So Paulo: Iglu, 2000.
DAL MOLIN, Beatriz Helena, et al. Mapa Referencial para Construo
de Material Didtico - Programa e-Tec Brasil. 2. ed. revisada.
Florianpolis: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, 2008.
FAULSTICH, Enilde L. de J. Como ler, entender e redigir um texto.
Petrpolis: Vozes, 2004.
GARCIA, Othon M. Comunicao em prosa moderna: aprenda a
escrever aprendendo a pensar. 12. ed. Rio de Janeiro: Fundao Getlio
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LAPA, Manuel Rodrigues. Estilstica da lngua portuguesa. Rio de
Janeiro: Martins Fontes, 1998.
MARTINET, Andr. Elementos de lingstica geral. Rio de Janeiro:
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MENDES, Gilmar Ferreira; FORSTER JR., Nestor Jos. Manual de Redao
da Presidncia da Repblica. 2.ed. rev. atual. Braslia: Presidncia da
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MONTEIRO, Gilson. Oba! Aprendi a escrever. So Paulo: Edicon, 2001.
SCRITTA. Voc domina as normas de redao ocial? 2006. Disponvel
em: <http://www.redacaoocial.com.br>. Acesso em: 12 jan. 2008.
SACONNI, Luiz Antonio. No erre mais! So Paulo: Harbra, 2005.
42 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
43 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
GLOSSRIO
Neste glossrio so descritos conceitos empregados em Gramtica e
Lingustica, utilizados ou no neste caderno, da forma mais simplicada
possvel, para facilitar a compreenso de termos existentes nos textos deste
caderno ou para responder a consultas formuladas pelo seu professor.
Consideramos fundamental que voc leia este glossrio pois, como voc
um estudante oriundo de uma rea diferente da de Lngua Portuguesa,
ao ler o Glossrio, ter oportunidade de se familiarizar com termos da
Gramtica e da Lingustica da Lngua Portuguesa.
A
Abreviao Forma reduzida que as palavras assumem para facilitar-lhe o
uso, determinada pela tradio ou por iniciativa pessoal. A liberdade de usar
a abreviao possvel desde que a reduo no esteja prevista na norma
ortogrca ocial, que sempre prevalece. Exemplos: Btos. (Barretos), gto.
(grato), pen. (pennsula).
Abreviatura Reduo normatizada na forma de muitas palavras para
facilitar seu uso, principalmente na escrita. Exemplos: p. ou pg. (pgina), V.
S. (Vossa Senhoria), U (urnio), ha (hectare ou hectares).
Acento grco Sinal utilizado na escrita para marcar vogal.
Acento tnico Maior intensidade na emisso da voz quando da produo
de uma slaba, denominada slaba tnica. Conforme o acento tnico recai
sobre a ltima, penltima ou antepenltima slaba, a palavra recebe o nome,
respectivamente, de oxtona (como em ca-f ), paroxtona (por-t-til) ou
proparoxtona (prn-ci-pe).
Ambiguidade - Vcio de linguagem, tambm chamado anbologia,
pelo qual uma frase construda, involuntariamente, com mais de uma
interpretao. Exemplos: "Daniela, a Marina disse que seu pai chegou de
viagem" e "Empresas negam oferecimento de propina". Nas duas frases,
o pronome seu e a forma verbal negam so os responsveis pelo defeito
sinttico. H, porm, casos em que a duplicidade de sentido intencional,
como nos trocadilhos e jogos de palavras, quando a leitura ambgua deixa
de ser vcio. Exemplos so "A situao daquele laboratrio farmacutico
no tem remdio" e a frase de para-choque de caminho "No mexa com
a mulher dos outros e mantenha a sua direita".
44 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
B
Braquilogia Figura de sintaxe pela qual se omite parte dos componentes
de uma expresso, que cam subentendidos. O elemento explcito
concentra em si o signicado do conjunto. Assim, em razo da braquilogia,
temos celular (em lugar de telefone celular), circular (em vez de carta-
circular), fritas (batatas fritas), micro (microcomputador), paralelo (mercado
paralelo), vapor (navio a vapor), vestibular (exame vestibular). Em vrios
destes exemplos, o adjetivo passou a exercer funo substantiva, ou seja,
foi substantivado.
C
Cacfato Encontro de vocbulos ou slabas que formam nova palavra de
sentido ridculo ou obsceno: " de pr com a mo", "Tirei da boca dela",
"No pensei nunca nisso", "Quero a mala" e "A empresa dirigida pela
dona Maria". H casos de cacfatos internos ou intravocabulares, em que
as slabas da mesma palavra podem ser lidas de maneira separada de modo
a produzir novas formas, inconvenientes: " mulher que se disputa (diz +
puta)". Desfaz-se o cacfato mediante mudana da ordem das palavras ou
sua substituio.
Cacofonia Qualquer vcio de linguagem fontico, geralmente resultado
da proximidade no intencional de palavras com slabas ou idnticos ou
parecidos (do grego cacos, mau, feio, defeituoso, e fonos, som, voz).
Catacrese Figura de linguagem, mais particularmente, gura de palavra,
que consiste no emprego de metfora inevitvel por inexistir palavra que
contenha o conceito desejado. Assim, dizemos perna da cadeira ou da
mesa, boca da mata, olho do furaco, brao do rio, peito do p, em que
utilizamos "perna", "boca", "olho", "brao" e "peito" em sentido gurado,
uma vez que no se encontram na lngua vocbulos apropriados que se
reram quelas realidades.
Cognato Palavra que tem o mesmo semantema (radical) em relao a
outra ou outras. Os cognatos tm signicado bsico comum, compem
famlia lexical e assim formam conjunto de unidades "aparentadas". Exemplo:
combate, combatente, combater, combatvel, combatividade, combativo;
fator, fatorao, fatorar, fatorial; roa, roada, roadela, roado, roador,
roagem, roar, roceiro, rocinha
D
Declinao Fato gramatical existente nas lnguas sintticas, ou seja, nas
45 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
que expressam as funes sintticas mediante desinncias, como era o latim,
o grego antigo e ainda o alemo, o russo e outras.
Diacronia Sucesso dos fatos de uma lngua atravs do tempo. Dessa
forma, a evoluo bona > boa; Vossa Merc > vosmec > voc; a mudana
de sentido de formidvel (antigamente: que causa medo formido e hoje:
admirvel, magnco) so fatos diacrnicos. Esses fenmenos so estudados
pela Lingstica Diacrnica ou Evolutiva, s vezes, impropriamente chamada
"Gramtica Histrica".
E
Epistemologia Ramo da Filosoa que se ocupa do estudo da validade
das denies da linguagem cientca. Os questionamentos e indagaes
acerca de conceitos cientcos situam-se no nvel epistemolgico.
Etimologia Ramo da Lingstica que estuda a origem das palavras. A
Etimologia estabelece mtodos para descobrir os timos, isto , os vocbulos
que constituem a origem de outros.
Eufemismo Figura de linguagem mais precisamente, gura de
pensamento que consiste no emprego de palavras, expresses ou
circunlquios (rodeios de palavras) em lugar de formas lingsticas cujo
signicado considerado indecoroso, desagradvel ou ameaador e dessa
maneira so evitadas em certo meio social...
Evoluo fontica Transformao por que as palavras passam, na
sonoridade e depois na escrita, no decorrer da histria da lngua. "Evoluo"
aqui no se relaciona com melhor, apenas com a ideia de diferente, de
modicado.
Figura de linguagem Aspecto que a linguagem verbal assume, com
nalidade expressiva, ao desviar-se de padres normalmente aceitos.
Fone Realizao ou concretizao do fonema. Por exemplo, os vrios
tipos brasileiros de "r" (gacho, carioca e paulista) em palavras como "carta"
so fones (a rigor, "alofones") do fonema /r/. O fone unidade situada no
mbito da fala. Na realidade, a impresso que o crebro recebe quando
o falante ouve um som emitido para comunicao. Dito de outra forma, o
fone a menor unidade desprovida de signicado produzida pela fala.
Fontica Disciplina lingstica que estuda os sons produzidos pelo ser
humano com nalidade de comunicao, tanto do ponto de vista acstico
como do articulatrio, isto , da maneira como eles so produzidos. A menor
unidade estudada pela Fontica o fone, realizao concreta do fonema.
46 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
Fonologia Ramo da Lingustica que estuda o comportamento dos
fonemas em uma lngua. A Fonologia no se ocupa da maneira como os
sons so produzidos, mas da funo que tm no sistema lingstico.
G
Graa Escrita. Modo de escrever uma palavra. A graa correta, isto , a
de acordo com a norma ocial denida por lei chama-se ortograa (do
grego orto, reto, correto e graa, escrita).
H
Homonmia Fenmeno lingstico pelo qual duas palavras com signicados
bem distintos tm a mesma pronncia, mesma graa ou ambas. Isto se
d ou por coincidncia de formas decorrentes de transformao fontica
com o passar do tempo ou por coincidncia em virtude de importao de
palavra de outra lngua.
I
Indicativo O modo verbal indica que a ao expressa pelo verbo
exercida de maneira real, categrica, denida quer com inteno armativa,
negativa ou interrogativa: escrevi, no irei, chegou?
L
Lxico Conjunto de todas as palavras disposio de um falante,
armazenadas em seu banco de dados mental.
Linguagem a capacidade de comunicao por meio de um sistema de
signos ou sinais. Essa capacidade no exclusiva da espcie humana, j que
outros seres, como macacos, abelhas e formigas comunicam-se de alguma
forma.
Lingstica Cincia que estuda a linguagem verbal, isto , aquela que
utiliza palavras. A Lingstica ocupa-se da lngua (qualquer uma) e a
descreve sem se preocupar em impor normas. Divide-se em geral e especial.
A geral estuda a comunicao verbal humana no que ela tem de comum,
independentemente do grupo que a utiliza, e a especial interessa-se por
determinada lngua. Dessa forma, o estudo da Lngua Portuguesa exemplo
de Lingstica especial.
M
Metfora Figura de linguagem mais precisamente, gura de palavra
pela qual dois signicados que possuem trao ou traos semnticos comuns
47 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
tornam possvel um vocbulo ser empregado em lugar de outro. Assim, se
achamos que uma garota tem a beleza, o vio e a delicadeza de uma or,
podemos dizer que ela uma or, como em "Silvinha uma or". Outros
exemplos: "Os anes abriram rombo no oramento da Unio" e "Uma
boca do fogo entupiu".
Mettese Transposio de fonema dentro do vocbulo, na mesma slaba
ou para slaba vizinha, com vistas facilidade de pronncia.
Morfema Para alguns autores, a palavra inteira. Para outros, unidade
menor do que a palavra, portadora de signicado estritamente gramatical,
como os prexos, suxos, terminaes verbais, etc. Dessa forma, pr-,
-zinho, -vamos so morfemas.
N
Neologismo Inovao lingustica que se pode apresentar sob a forma
lexical (vocabular) ou sinttica (frasal).
O
Orao Em Gramtica, orao o vocbulo ou reunio de vocbulos
com que exprimimos um pensamento, de maneira completa ou no. Isso
acontece sempre com o auxlio do verbo.
P
Padro Conjunto das formas lingusticas empregadas correntemente
pelos falantes escolarizados, isto , os que seguem a norma culta.
Preposio Palavra que liga duas outras explicando ou completando com
a segunda o sentido da primeira: a, de, com, para, at, contra e outras.
R
Reduo Queda da semivogal em ditongos, na lngua falada, embora a
escrita mantenha as duas letras: caixa > caxa, peixe > pexe, touro > toro. O
fenmeno j ocorria no latim popular e prosseguiu atravs dos sculos at
os dias de hoje.
Rima Repetio de som no nal de dois ou mais versos. Pode tambm ser
repetio, no meio de um verso, do ltimo som do verso anterior ou ainda
a repetio de um som em mais de uma palavra no mesmo verso.
48 CLAUDIA GUERRA MONTEIRO GILSON MONTEIRO
S
Signicado Em Lingustica, o conceito, a ideia que se tem de alguma
coisa. Esse conceito pode variar de pessoa para pessoa e com o passar
do tempo. A ideia que se tem do vegetal "rvore" o signicado, que,
juntamente com o signicante /arvore/, compe o signo lingstico rvore.
Signicante Termo da nomenclatura lingstica que designa a imagem
acstica, isto , a seqncia de fonemas que, associada ao, signicado
forma o.signo lingustico. Exemplo: a sequncia de fonemas /m/ + /a/ + /r/
/mar/ um signicante.
T
Timbre Fenmeno acstico pelo qual se distinguem sons uns dos outros
, ainda que da mesma altura, intensidade, durao, etc. o trao distintivo
das vogais, as quais, de acordo com o timbre, classicam-se em abertas,
fechadas e reduzidas. O timbre resulta da ressonncia do som na cavidade
bucal. O volume desta altera-se em funo da distncia entre o dorso da
lngua e o palato duro (cu da boca).
Tonicidade Qualidade do que tnico, noo que se relaciona com a
maior intensidade com que se pronunciam vogais, slabas e vocbulos. O
conceito de tonicidade tem a ver diretamente, portanto, com a ideia de
acento tnico (principal e secundrio), com a posio das slabas em relao
a ele e com os tipos de vocbulos providos ou no desse acento.
V
Vernculo A lngua nacional em contraste com lnguas estrangeiras
ou ento qualidade do que da lngua nacional: " preciso proteger o
vernculo da invaso absurda de termos estrangeiros" e "Essa a forma
verncula".
Vcio de linguagem Qualquer desvio da norma culta da lngua ou
imperfeio na linguagem verbal. Os vcios de linguagem podem ser:
fonticos, morfolgicos, sintticos e semnticos.
49 PORTUGUS INSTRUMENTAL - CURSO TCNICO EM INFORMTICA
CURRCULO SINTTICO DOS PROFESSORES-
AUTORES
Claudia Guerra Monteiro possui Licenciatura Plena em Letras
(Lngua Portuguesa) pela Universidade Federal do Amazonas (1992), mes-
trado em Comunicao Social pela Universidade Metodista de So Paulo
(1998) e doutorado em Cincias da Comunicao pela Universidade de So
Paulo (2002). Atualmente professora Adjunta da Universidade Federal
do Amazonas. Tem experincia na rea de Educao, com nfase em M-
todos e Tcnicas de Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas:
Educao, Comunicao e Tecnologia. professora do Departamento de
Mtodos e Tcnicas da Faculdade de Educao da Universidade Federal do
Amazonas (UFAM). Atualmente, coordena a Ps-Graduao em produo
de Material Didtico para EaD.
Gilson Vieira Monteiro bacharel em Comunicao Social pela
Universidade Federal do Amazonas (1989), licenciado em Letras pela Uni-
versidade Federal do Amazonas (1992), mestre em Administrao pela Uni-
versidade de So Paulo (1998) e doutor em Cincias da Comunicao pela
Universidade de So Paulo (2003). professor adjunto da Universidade Fe-
deral do Amazonas. Tem experincia na rea de Comunicao, com nfase
em Organizao Comercial de Jornais. Atua principalmente nos seguintes
temas: literatura, jornalismo, administrao da empresa jornalstica, jorna-
lismo em redes e comunicao e marketing estratgico.
Insira aqui o nome do curso
Portugus Instrumental
Claudia Guerra Monteiro
Gilson Monteiro
ISBN:

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