Operacoes Fracoes

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PROJETO 6

Operaes com Fraes


Emerson Batista Ferreira Mota
PROJETO 6
Operaes com Fraes
Emerson Batista Ferreira Mota
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Presidente Geral da CAPES
Jorge Almeida Guimares
Diretor de Educao a Distncia da CAPES
Joo Carlos Teatini de Souza Clmaco
Governador do Estado de Minas Gerais
Antnio Augusto Junho Anastasia
Vice-Governador do Estado de Minas Gerais
Alberto Pinto Coelho Jnior
Secretrio de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino Superior
Nrcio Rodrigues
Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
Joo dos Reis Canela
Vice-Reitora da Unimontes
Maria Ivete Soares de Almeida
Pr-Reitora de Ensino
Anete Marlia Pereira
Diretor do Centro de Educao a Distncia
Jnio Marques Dias
Coordenador Administrativo
Fernando Guilherme Veloso Queiroz
Coordenadora de Projetos CEAD Unimontes
Maria ngela Lopes Dumont de Macedo
Coordenadora Pedaggica
Zilmar Santos Cardoso
Coordenadora TICs Unimontes
Patrcia Takaki Nves
Operaes com Fraes
TICs/Unimontes
Elaborao
Emerson Batista Ferreira Mota
Projeto Grfico
Design Editorial CEAD/Unimontes
Superviso
Wendell Brito Mineiro
Diagramao
Andria Santos Dias
Clsio Robert Almeida Caldeira
Hugo Daniel Duarte Silva
Marcos Aurlio de Almeida e Maia
Sanzio Mendona Henriques
Tatiane Fernandes Pinheiro
Vincius Antnio Alencar Batista
Designer Instrucional
Emlia Murta Moraes
Gislia de Cssia Oliveira
Reviso
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Aurinete Barbosa Tiago
Carla Roselma Athayde Moraes
Luci Kikuchi Veloso
Ubiratan da Silva Meireles
Presidncia da Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao a Distncia
4
Mensagem Inicial
Prezado(a) Acadmico(a),
com muita satisfao que apresentamos a voc o
nosso material didtico do curso de nivelamento de que
participar! Estamos todos orgulhosos por voc ter con-
fiado em nosso projeto e, mais ainda, por ter tido a ini-
ciativa de buscar, de forma autnoma e comprometida,
no s o seu aprendizado, como tambm a sua prpria
capacitao.
Participar de um curso a distncia requer mais do que
simplesmente realizar as atividades solicitadas pelos
professores e tutores. preciso uma postura que estabe-
lea um dilogo entre tecnologia e aprendizagem, pois
esto em jogo novas habilidades e competncias que es-
tes cursos podem lhe proporcionar.
Nessa medida, estamos preparando para voc diver-
sos cursos que visam a repassar contedos, em geral
prprios do ensino mdio, muito importantes para o seu
sucesso acadmico e profissional, independentemente
de sua rea de conhecimento.
O projeto conta com uma equipe de professores que
acompanharo todos os cursos de nivelamento que po-
dem ser acessados sempre que necessrio. Ento, no
hesite em fazer suas crticas, sugestes e comentrios
em geral! Saiba que a sua opinio muito importante
para ns, pois visamos a uma melhoria contnua.
Alm de contribuir com o seu aprendizado, espera-
mos que voc reconhea nas Tecnologias de Informa-
o e Comunicao (doravante, TIC) as possibilidades
de aprender a aprender e que esta experincia seja a
primeira de muitas outras em que voc estar aliando
tecnologia e construo do conhecimento! Aproveite!
Coordenao Geral da Proposta Institucional: Uso e
Disseminao das TIC no Ensino Superior Presencial da
Unimontes e Colaboradores do Projeto 6
Apresentao
5
Apresentao da Proposta Institucional
O crescente uso das TIC na educao tem favoreci-
do sobremaneira o acesso educao a milhares de
pessoas ao redor do mundo. Nessa medida, a educa-
o presencial tem se apropriado das TIC em constan-
te evoluo.
Esse fato especialmente constatado no contexto
da UAB/Unimontes, uma vez que o crescente grau de
inovao, caracterstico dessa modalidade de educao,
tem conquistado cada vez mais docentes da educao
presencial de todas as reas. A efetividade de seus pro-
psitos e a diversidade de suas solues tm contribudo
com a credibilidade e o reconhecimento destes recursos
por toda a comunidade acadmica.
Essa Proposta Institucional da Unimontes, alm de
inovadora e desafiadora, almeja formar novas geraes
comprometidas com o aperfeioamento e a sistematiza-
o do uso de novas TIC no ensino superior do pas.
Aes dessa natureza desenvolvem nos acadmicos
a habilidade de manusear os recursos tecnolgicos exis-
tentes em favor de sua formao e atualizao. Por con-
seguinte, desenvolvem a competncia destes futuros
profissionais de conceber aes pragmticas em direo
ao bem-estar social.
Os sete projetos que integram essa Proposta se com-
plementam e se inter-relacionam para que o objetivo do
Edital 15 CAPES/DED/2010 seja cumprido, ou seja, para
que de fato seja promovido o Uso e Disseminao das
TIC no Ensino Superior Presencial da Unimontes.
Um dos projetos, intitulado Insero das TIC como
recurso didtico nos cursos de graduao da Unimon-
tes: Artes Visuais, Artes Teatro, Artes Msica, Geografia,
Matemtica, Odontologia e Sistemas de Informao,
consiste na definio de que at oito disciplinas de cada
um dos sete cursos de graduao diretamente envolvi-
dos para serem contempladas pelas atividades e pelos
recursos deste projeto. Estas disciplinas, e seus docen-
tes, tero a oportunidade de elaborarem materiais did-
ticos de qualidade e de usufrurem da prerrogativa de
oferecer at 20% de suas cargas horrias na modalidade
a distncia .
Alm desses sete cursos de graduao presenciais, se-
ro atendidos os acadmicos de todos os demais cursos
superiores da Unimontes de todos os campi. Isso ser
possvel, pois o projeto Oferecimento de Cursos de Ni-
velamento para os Cursos de Graduao Presenciais da
Unimontes pretende oferecer cursos de nivelamento
de forma irrestrita a toda a comunidade acadmica. Tal
demanda se faz necessria tendo em vista as formaes
6
por vezes heterogneas dos alunos recm-chegados do
ensino mdio. Assim, os contedos previstos nestes cur-
sos de nivelamento impactam diretamente na efetivi-
dade da aprendizagem de alunos de todas as reas do
conhecimento, bem como no desenvolvimento de habi-
lidades e competncias deles.
O impacto e os resultados esperados dessas aes
so determinantes para a criao de uma cultura acad-
mica de autonomia sobre o autoaprendizado, na busca
pela construo do conhecimento, alm de favorecer a
institucionalizao de atitudes pragmticas por todos
aqueles que podem contribuir para uma sociedade ain-
da mais justa, democrtica, desenvolvida e tecnolgica.
Profa. Patrcia Takaki Neves
Coordenao Geral da Proposta Institucional
7
Apresentao do Projeto 6
Voc participar de um curso de nivelamento ofere-
cido no mbito do Projeto 6, intitulado Oferecimento
de Cursos de Nivelamento para os Cursos de Graduao
Presenciais da Unimontes.
Nesse projeto, como j vimos, sero contemplados aca-
dmicos de todos os cursos superiores presenciais da Uni-
montes, de forma irrestrita , incluindo todos os campi.
Esta dinmica de oferecer cursos de nivelamento, em-
bora indita na graduao presencial da Unimontes, ,
de certa forma, comum em vrias instituies de ensino
superior no Brasil e no mundo. Essa iniciativa de grande
importncia para o sucesso dos estudantes nas discipli-
nas ao longo de sua vida acadmica e profissional.
Nesse contexto, em geral, os cursos de nivelamento
abordaro contedos do ensino mdio, embora a abor-
dagem prpria do ensino superior esteja presente nos
materiais didticos. As reas prioritrias so: Lngua Por-
tuguesa, Lngua Estrangeira, Matemtica, Informtica e
Filosofia. Vale ressaltar que novas reas tambm pode-
ro ser atendidas conforme as pesquisas por novas de-
mandas forem identificando.
Os professores e tutores envolvidos na produo dos
materiais e na execuo desses cursos a distncia sero
todos capacitados metodolgica e tecnologicamente.
Da mesma forma, todos os alunos tambm sero devi-
damente capacitados para utilizar ambiente virtual de
aprendizagem da Unimontes/Virtualmontes e demais
TIC disponveis.
O projeto 6 conta com uma equipe prpria de profes-
sores que iro acompanharo toda a dinmica prevista
para o oferecimento dos cursos, incluindo seus docen-
tes, discentes e tutores. A avaliao de todo o processo,
tambm realizada por estes professores, permitir con-
trolar melhor as aes e conduzir o projeto em direo
consecuo de seus objetivos.
Desse modo, esperamos que o projeto contribua com
a sua aprendizagem, ao trabalhar com contedos bsi-
cos indispensveis para o seu bom desempenho durante
toda a sua trajetria acadmica.
Por fim, o projeto de oferecimento de cursos de nive-
lamento, alinhado com a Proposta Institucional, est fa-
zendo a sua parte para melhorar ainda mais a qualidade
da educao superior oferecida pela Unimontes, criando
oportunidades para que a comunidade acadmica esteja
inserida no contexto das TIC na educao.
Coordenao Geral da Proposta Institucional e Cola-
boradores do Projeto 6
8
Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o
assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao
tema estudado.
Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso
utilizada
no texto.
Mdias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam
atividades empregando diferentes mdias: vdeos, filmes,
jornais, ambiente AVEA e outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em
diferentes nveis de aprendizagem para que o estudante possa
realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado.
Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
9
Sumrio
Palavra do professor conteudista ......................................... 11
Projeto instrucional ............................................................... 12
Aula 1 Contando um Pouco da Histria das Fraes ............ 15
1.1 As fraes no antigo Egito .............................................. 15
1.2 As fraes estudadas por outros povos .......................... 17
Resumo ................................................................................. 19
Atividades de aprendizagem ................................................ 19
Aula 2 As fraes e o nosso cotidiano (2h) ........................... 20
2.1 Situaes onde encontramos as fraes ........................ 20
Resumo ................................................................................. 23
Atividade de aprendizagem .................................................. 23
Aula 3 Definio de nmero Racional (frao) (2h) ............. 25
3.1 Definindo um nmero Racional ...................................... 25
3.2 Subconjuntos dos Racionais ........................................... 25
Resumo ................................................................................ 26
Atividades de aprendizagem ................................................ 26
Aula 4 Os racionais na forma decimal (2h) ........................... 27
4.1 Olhando a frao como diviso de dois nmeros .......... 27
4.2 Representao de nmeros racionais na reta numrica 27
Resumo ................................................................................. 28
Atividade de aprendizagem .................................................. 28
Aula 5 Olhando um racional sob a forma de razo (2h) ....... 30
5.1 A frao como ndice comparativo entre duas quantidades
de uma grandeza .................................................................. 30
5.2 Algumas razes especiais................................................ 30
5.2.1 Velocidade mdia ........................................................ 30
Resumo ................................................................................. 31
Atividade de aprendizagem .................................................. 32
Aula 6 As fraes e as porcentagens (2h) ............................. 35
6.1 Estudando porcentagem a partir de fraes decimais ... 35
6.2 Transformando uma frao em taxa de porcentagem ... 36
Resumo ................................................................................. 37
Atividade de aprendizagem .................................................. 37
Aula 7 Adio e subtrao de frao de mesmo denominador
(2h) ....................................................................................... 38
7.1 Como fazer adicionar ou subtrair frao de mesmo deno-
minador? ............................................................................... 38
Resumo ................................................................................. 40
Atividade de aprendizagem .................................................. 40
Aula 8 Adio e subtrao de fraes de denominadores dife-
rentes (4h) ............................................................................. 41
8.1 Adio e subtrao de fraes com denominadores dife-
rentes: Usando Mnimo Mltiplo Comum (MMC) ............... 41
Resumo ................................................................................. 43
Atividade de aprendizagem .................................................. 43
Aula 9 Multiplicao de um nmero racional (3h) ............... 47
9.1 Multiplicando fraes ................................................... 47
Resumo ................................................................................. 47
Atividade de aprendizagem .................................................. 47
10
Aula 10 Definindo o inverso de um nmero racional (2h) ... 50
10.1 Calculando a inversa de uma frao ............................. 50
Resumo ................................................................................. 50
Atividade de aprendizagem .................................................. 50
Aula 11 Diviso de fraes (2h) ............................................ 52
11.1 Aprendendo a dividir fraes ....................................... 52
Resumo ................................................................................. 52
Atividade de aprendizagem .................................................. 52
Aula 12 Potnciao de nmeros racionais (3h) .................. 54
12.1 Calculando potncia de fraes com expoente natural 54
12.2 Propriedades ................................................................. 55
12.3 Potncias de expoente Inteiro negativo ...................... 55
Resumo ................................................................................. 56
Atividade de aprendizagem .................................................. 57
Aula 13 Radiciao com fraes (2h) .................................... 58
13.1 Calculando a raiz de ndice qualquer de nmeros fracio-
nrios positivos ..................................................................... 58
13.2 Calculando raiz de ndice qualquer de nmeros fracion-
rios negativos ........................................................................ 58
Resumo ................................................................................. 59
Atividade de aprendizagem .................................................. 60
Referncias ............................................................................ 61
Currculo do professor conteudista ...................................... 62
11
Que bom encontr-lo aqui.
Este ser o espao em que trocaremos ideias, compar-
tilharemos conhecimento e, a cada dia, contribuiremos
mais e mais para sua formao profissional. Estaremos
juntos trabalhando com conceitos bsicos da Matem-
tica como conjuntos, fraes, operaes bsicas, potn-
cias e razes, que ajudaro voc a ter uma viso mais clara
do curso. Trabalharemos com os contedos, responden-
do s mais diversas dvidas, e, para isso, importante
que voc participe do nosso ambiente, desenvolvendo
as atividades propostas, interagindo em todo momento.
Voc ver que os temas ficaro cada vez mais claros e
fceis de entender.
Sua participao muito importante.
Para facilitar nosso trabalho procure ler e pesquisar
sobre os temas que estudaremos, pois isso o ajudar
ainda mais em sua compreenso.
Bom, vamos l!
Estamos muito felizes em ter voc por perto.
Palavra do professor conteudista
12
Disciplina: Operaes com fraes (carga horria: 30hs).
Ementa: Os nmeros racionais costumam ser um dos
contedos que mais geram dificuldade para os alunos, na
hora de aprenderem, e dvidas para os professores, na
hora de ensinarem, em todo o trabalho com Matemtica,
seja no Ensino Fundamental ou no Ensino Mdio. Por con-
ta disso, procuramos valorizar, neste caderno, as relaes
entre fraes e nmeros decimais e tambm os diferentes
sentidos do uso das fraes, motivos pelos quais a humani-
dade se desenvolveu e fez uso desse conhecimento, pea
chave para o seu progresso. Infelizmente, no lugar disso,
muitas vezes, h a memorizao e a repetio vazia de re-
gras e conceitos.
Este caderno prope uma reflexo sobre o ensino dos
nmeros racionais no Ensino, abordando aspectos como:
Abordagem histrica das fraes e seu uso no cotidiano.
Olhando as fraes sob vrios aspectos: Sob a forma de
razo entre dois nmeros (comparao); diviso entre dois
nmeros inteiros (na forma decimal); as fraes decimais e
sua representao (na forma de porcentagem).
Operaes com fraes (adio, subtrao, multiplicao, o
inverso de uma frao, diviso, potnciao e radiciao).
AULA
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
MATERIAIS
CARGA
HORRIA
Contando
um pouco
da histria
das fraes
Entender que as
fraes produto
do conhecimento
do homem e que
sua criao veio
de necessidades
prticas de seu
cotidiano.
Imagens 2HS
As fraes
e o nosso
cotidiano
Observar que as
fraes tm um
papel importante
em nossa forma-
o, pois apare-
cem em inme-
ras situaes do
nosso dia a dia
trazendo-nos
significados.
Imagens 2Hs
Definindo
nmero
Racional
(frao)
Apresentar a
definio de
nmero racio-
nal, bem como
apresentar seus
subconjuntos.
Imagens 2Hs
Projeto instrucional
13
Os Ra-
cionais
na forma
decimal
Explorar situa-
es-problema
e o fato de que
a frao pode
indicar relao
de quociente
(diviso) entre
dois nmeros.
Localiz-los na
reta numrica de
nmeros racio-
nais e reconhecer
que estes podem
ser expressos
na forma fracio-
nria e decimal,
estabelecendo
relaes entre
essas representa-
es.
Imagens 2Hs
Adio e
subtrao
de fraes
de mesmo
denomina-
dor
Nesta aula apre-
sentaremos as
operaes de adi-
o e subtrao
de fraes com
mesmo denomi-
nador.
Imagens 2Hs
Adio e
subtrao
de fraes
com deno-
minadores
diferentes
Nesta aula estu-
daremos adio
e subtrao de
fraes com
denominadores
diferentes.
Imagens
4Hs
Multipli-
cao de
fraes
Entender como
feita a multi-
plicao de duas
ou mais fraes,
aplicando-se as
regras de sinais;
Imagens 3HS
Definindo o
inverso de
um nme-
ro racional
Aprender a
calcular a inversa
de um nmero
racional.
Imagens 2Hs
Diviso de
nmeros
racionais
Nesta aula apren-
deremos a fazer a
diviso de fraes,
usando o conceito
de frao inversa
estudado na aula
10.
Imagens 2Hs
14
Potn-
ciao de
nmeros
racionais
Reconhecer os
elementos de
uma potncia
com fraes
- Reconhecer
a potncia de
nmero fracio-
nrio como uma
multiplicao de
fatores iguais;
-Calcular a potn-
cia com fraes
de expoente zero
e um;
-Conhecer as
propriedades
que envolvem as
potncias;
-Calcular a po-
tncia em que o
expoente um
nmero negativo.
Imagens 3Hs
Radiciao
de nme-
ros racio-
nais
Apresentare-
mos nesta aula
o mtodo de
clculo de raiz de
ndice qualquer
de um nme-
ro fracionrio.
Chamaremos sua
ateno para o
fato de que nem
sempre possvel
fazer este tipo de
calculo, principal-
mente quando o
ndice for par e
o radicando for
negativo.
Imagens 2Hs
15
Objetivos
Entender como algumas civilizaes antigas criaram e
utilizavam o conceito de frao a partir das necessidades
prticas de seu cotidiano.
1.1 As fraes no antigo Egito
Segundo Boyer (1999), no se pode afirmar nada so-
bre a origem da matemtica, seja aritmtica, seja da ge-
ometria, afinal, seu princpio mais antigo do que a arte
de escrever. Acredita-se que muito da sua histria tenha
se perdido ao longo de milnios, pelo fato do homem
s manifestar sua capacidade de expressar seus pensa-
mentos em forma de escrita nos ltimos seis milnios.
por esse motivo, que as informaes pr-histricas so
interpretadas baseando-se nos poucos artefatos que
restaram nas evidncias fornecidas pela antropologia e
pela extrapolao retroativa e conjectural da anlise de
documentos que sobreviveram.
De acordo com Vitrac (2006, apud Constantino, 2006) as
notcias mais antigas do uso das fraes vm do Egito anti-
go. Segundo esse autor, a origem das fraes foi apresenta-
da pelo historiador Hertodo de Helicarnasso, no segundo
dos nove livros de sua enqute (sculo V A.C.).
A civilizao egpcia desenvolveu-se s margens do Rio
Nilo, regio onde as terras eram muito frteis e, por isso,
de grande importncia para a vida de seus habitantes, por
volta do ano 3.000 A.C., sob o reinado do fara Sesstris. A
economia egpcia estava assentada principalmente no cul-
tivo de terras e para que tal modo de produo ocorresse
de uma forma eficaz, terras cultivveis eram divididas entre
os habitantes. Anualmente, entre os meses de junho a se-
tembro, as guas do Nilo subiam muitos metros alm de
seu leito normal e acabavam por inundar uma vasta regio
circundante, trazendo a necessidade de remarcao do ter-
reno atingido pela enchente. nesse contexto que surgem
as primeiras ideias sobre frao de dividir o todo em par-
tes (grifo nosso).
Observe o relato de Hertodo (sculo V A.C.): Se o
rio levava qualquer parte do lote de um homem, o fa-
ra mandava funcionrios examinarem e determinarem
por medida a extenso exata da perda. Tal remarcao
era realizada pelos agrimensores do Estado, conhecidos
como estiradores de cordas, uma vez que se utilizavam
destas, como unidade de medio. O processo de men-
surao das terras consistia em estirar cordas e verificar
o nmero de vezes que a unidade de medida estava con-
tida no terreno. No entanto, na maioria das vezes, a me-
dio dificilmente era finalizada por um nmero inteiro
de vezes em que as cordas eram estiradas. A resposta
Contando um Pouco da
Histria das Fraes
Aula
1
16
encontrada para lidar com a dificuldade imposta por tal
situao consistiu na criao dos nmeros fracionrios.
Figura 1.
Fonte: Disponvel em: <www.uniblog.com.br>.
Segundo Ifrah (1989, p. 326) a organizao desse
sistema numrico era baseada no conceito unitrio, de
modo que a maioria das fraes apresentava o seu nu-
merador constitudo pelo numeral 1 (um) representado
por um sinal de forma oval e alongada: .
Figura 2.
Fonte: Disponvel em: <http://profinesreynaud.blogspot.com/2010/08/os-
-egipcios-e-as-fracoes.html>.
Tais fraes eram denominadas fraes unitrias ou
egpcias. Todavia, duas fraes podiam ser apontadas
como exceo a tal regra: 3/4 e 2/3, sendo que o ltimo
era contemplado como frao geral, uma vez que era uti-
lizada como base para diversas operaes matemticas.
O smbolo utilizado para a sua representao era:

Se o denominador se tornasse muito grande, o sinal
de forma oval era colocado sobre o incio do
denominador:

17
A frao unitria tambm tinha uma representao
especial:

Muitas das fraes que no apresentavam o numeral
1 no numerador eram consideradas o resultado da soma
entre as vrias fraes egpcias (unitrias), por exemplo:
7/12 = 1/3 + 1/4
Torna-se pertinente ressaltar que sinais de adio e
subtrao no eram empregados em tais operaes ma-
temticas, dado a sua inexistncia.
1.2 As fraes estudadas por ou-
tros povos
Os documentos histricos apontam para a existncia
de grande variao na representao do sistema fracio-
nrio, segundo a sociedade e a poca histrica.
No sul da Mesopotmia, como aponta Boyer (1999),
por exemplo, as fraes foram importantes nos textos de
economia relacionados ao direito dos herdeiros. Em do-
cumentos que mostram a prtica dos legisladores apare-
cem uma grande variedade de exemplos da utilizao de
fraes, principalmente na distribuio de patrimnios,
onde praticavam a regra de diviso, que contornava as
dificuldades aritmticas, respeitando sempre os costu-
mes jurdicos em vigor.
Os Babilnios e os Sumrios, povos que habitaram a
regio da Mesopotmia, faziam uso de fraes cujo de-
nominador era 60 (sessenta). Ifrah (1989) comenta que
os babilnios, com a numerao de base 60, foram os
primeiros a atribuirem s fraes uma notao racional,
exprimindo-as mais ou menos como se expressam graus,
minutos e segundos.
Por exemplo, a expresso (33; 45) podia expressar 33h
45min ou 33min 45s. Essa notao era flutuante e s o
contexto podia precisar. Os babilnios representavam as
fraes identicamente conforme smbolos abaixo:
Depois dos babilnios vieram os gregos, mas a nu-
merao alfabtica no se prestava simbolizao de
fraes, os mesmos representavam fraes da seguinte
maneira:
Onde o numerador inteiro seria representado com a
barra em cima e o denominador pela apstrofe.
18
Para os gregos, o uso das fraes aparece em docu-
mentos tais como: declarao de propriedade, clculo e
registro de cmbio de moedas, taxas, realizao de ar-
quitetura, etc.
Na civilizao Romana, as fraes aparecem nos cl-
culos com moedas e na metrologia. Cada frao tinha
um nome especial, e mantinha geralmente o denomina-
dor 12 como uma constante provavelmente porque sua
moeda de cobre, que pesava uma libra, era dividida em
12 unciae.
Segundo Straffin (1998), na China Antiga, 100 anos an-
tes de Cristo, documentos tais como Nove captulos sobre
os procedimentos matemticos, que so considerados um
clssico entre os chineses, mostram que uma das nicas di-
ferenas entre esses povos que os chineses evitavam usar
fraes imprprias como
3
5
, em vez disso eles usavam a forma
mista, ou seja,
3
1
2 .
Straffin (1998), tambm comenta que os chineses cha-
mavam o numerador de uma frao de (zi, filhos) e o denomi-
nador como (mu, a me). Alm disso, os documentos apon-
tam para o fato de que os chineses sabiam fazer operaes
com as fraes (adio, subtrao, multiplicao e diviso)
com certa habilidade.
Observe, por exemplo, a explicao da adio de fra-
o que os chineses utilizavam:

Cada numerador multiplicado pelos denominadores
das outras fraes. Some-os como o dividendo, mul-
tiplique os denominadores como o divisor. Divida; se
existir um resto, tome-o como numerador e tome o
divisor como denominador. Straffin (1998, pg 171)
Ainda segundo Ifrah (1989), a notao moderna de
frao deve-se aos hindus que, devido numerao
posicional decimal, expressavam fraes mais ou me-
nos como ns. Por exemplo, 34/1265 era representado
como:
34
1265
Essa notao foi adotada e aperfeioada pelos ra-
bes, que inventaram a famosa barra horizontal.
Resumo
Nesta primeira aula tivemos a oportunidade de ob-
servar que as fraes aparecem por meio da necessidade
do homem em medir e representar medidas. Observa-
mos tambm que essas civilizaes criaram e utilizaram
o conceito de frao de acordo com suas necessidades.
19
Atividades de aprendizagem
1) Pesquise em outras fontes e d outros exemplos de
fraes escrita pelos egpcios.
2) Pesquise em outras fontes a representao de fra-
o apontada no texto.
20
Objetivos
Observar que as fraes tm um papel importante
em nossa formao, pois aparecem em inmeras situa-
es do nosso dia a dia, trazendo-nos significados.
2.1 Situaes onde encontramos
as fraes
Trabalhamos com frao quando dividimos, por
exemplo, uma barra de chocolate com nossos irmos.

Figura 3.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.
Neste caso cada pedacinho vale
3
1
Quando comemos uma pizza
Figura 4.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia- 5988403>.
Ou pedimos uma pizza meio mussarela e meio cala-
bresa
Figura 5.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.

As fraes e o nosso
cotidiano (2h)
Aula
2
21
Dividindo um bolo com nossos amigos
Figura 6.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia 5988403>.
Numa receita de bolo
2
1
2
de farinha/
2
1
3 de acar/1 copo de leite/
ovos/fermento em p.
Figura 7.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.
Quando trabalhamos com moedas estamos mexendo
com fraes, por exemplo:
Figura 8.
Fonte:Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.
Com duas moedas de 0,50 centavos consigo formar
um real, com 10 moedas de 0,10 centavos consigo for-
mar 1real.
Figura 9.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia- 5988403>.
Encontramos fraes em Reportagem:
22
No Brasil, 1/3 dos internautas usa web mvel
So Paulo - No Brasil, 36,7% dos usurios de internet utili-
zam equipamentos mveis para acessar a web quando esto
em casa. No trabalho, so 24,7% e, em trnsito, 38,6%.
Os nmeros so de uma pesquisa realizada pela Cisco, que
considera como internet mvel todo acesso realizado por lap-
tops, celulares, smartphones e outros equipamentos similares.
O estudo mostra tambm uma tendncia de abandono de
linhas de telefone fixas em favor das mveis. Entre os brasilei-
ros, 67 milhes de pessoas abandonaram suas linhas fixas, o
que representa 35% da populao.
O pas s perde para a Itlia, com 39% da populao dei-
xando as linhas fixas e ficando apenas com os mveis, e para a
frica do Sul, com 48%.
Com relao transmisso de dados, 827 mil brasileiros
utilizam apenas equipamentos mveis. A tendncia aponta
que este nmero chegue a 78 milhes at 2014. A Itlia cam-
pe, com quase quatro milhes de pessoas acessando dados
apenas por equipamentos mveis.
Hoje, 90 mil TB trafegam na chamada internet mvel. Os
vdeos so os maiores consumidores, com quase 36 mil TB.
Outros 30 mil TB so consumidos para acesso a sites, blogs e
outras aplicaes de dados.
O peer-to-peer vem em terceiro, com 15 mil TB. Games on-
line e aplicaes de voz sobre IP tm cerca de 4,5 mil TB cada.
At 2014, espera-se que trafeguem 3,5 milhes de TB na inter-
net mvel.
(Jordana Viotto, De INFO Online Sexta-feira, 12 de fevereiro
de 2010 - 12h26)
Para verificar quanto um carro tem de combustvel
dentro de um tanque
Figura 10.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.
Ou quando precisamos arrumar a bicicleta:
Figura 11: Chave de boca 1.1/16.1.1/4.
Fonte: Disponvel em: <http://www.slideshare.net/Vivimatematica/
fracoes-no-dia-a-dia-5988403>.
23
Resumo
Voc percebeu que as fraes esto presentes em mui-
tas situaes do dia a dia? Porque as fraes so partes, e
ns lidamos com essas relaes o tempo todo.
Portanto nessa aula apresentamos alguns exemplos
em que as fraes frequentemente aparecem em nos-
so cotidiano. Observe que boa parte deles est presente
em quase tudo que fazemos.
Portanto entender o conceito de frao fundamental
no somente em aulas de matemtica mas tambm ao re-
lacionarmo-nos com as informaes presentes no mundo.
Atividade de aprendizagem
1) Um trabalhador entra no servio s 6h 45min e sai
s16h 15 min. Sabendo-se que ele tem
2
1
1

almoo, a jor-
nada de trabalho diria desse trabalhador de:
a) 9h e 30 min
b) 9h
c) 8h e 30min
d) 8h
e) 7h e 30min
2) Veja a receita do bolo de chocolate de Helena.
Quinta parte de 1 litro de leite
260 gramas de farinha de trigo
4
1
de 1 quilograma de manteiga
Oitava parte de 1 quilograma de chocolate
4
1
de 1 quilograma de acar
Ento, a quantidade de leite necessria para fazer
2
1
2

da receita de bolo, iguais a essa, de:
a)200 ml
b) 300 ml
c) 350 ml
d) 400 ml
e) 500 ml
3) Um trabalhador entra no servio s 6h 45min e sai
s16h 15 min. Sabendo-se que ele tem
2
1
1

almoo, a jor-
nada de trabalho diria desse trabalhador de:
a) 9h e 30 min
b) 9h
c) 8 h e 30min
d) 8h
e) 7h e 30min
24
4) A frao que representa 5 minutos em relao a
uma hora :

5) O tanque de gasolina do carro estava vazio. Foram
colocados 45 litros de combustvel. O marcador desse
carro passou a marcar
4
3
.
O nmero de litros que faltam para completar o tan-
que desse carro :
a) 30L b) 25L c) 20L d) 15L e) 10L
6) A frao do inteiro que corresponde parte em
branco da figura :
a)

5
1
b)
6
1
c)
6
7
d)
8
1
e)
8
7

7) Em uma pesquisa eleitoral, em que foram entrevis-
tados 2000 eleitores, o resultado obtido foi o seguinte:
Quadro 1
Vote consciente
Nome Nmero
Antnio Falante 635
Joo Bom de bico 450
Luiza Honesta 415
Indecisos ?
Fonte: Acervo do autor.
Os indecisos em relao ao total de entrevistados so
representados pela frao
25
Objetivo
Apresentar a definio de nmero racional, bem
como apresentar seus subconjuntos.
3.1 Definindo um nmero Racional
As fraes so nmeros que pertencem ao conjunto
dos nmeros racionais, que representado pela letra
maiscula Q. A palavra frao vem do latim fractione e
que quer dizer dividir, quebrar, rasgar, tambm quer
dizer poro, parte de um todo.
Um nmero racional um nmero que pode ser escri-
to na forma,
b
a

isto , a, chamado de numerador, pode
assumir valores inteiros: negativos, positivos ou nulos e
b, chamado de denominador, assume valores inteiros
positivos, negativos e diferentes de zero.
Frequentemente usamos
b
a
para indicar uma diviso
de a por b. Quando essa diviso no inteira, ou seja,
no tem como resposta um nmero inteiro, simples-
mente usamos a letra q para entender que esse nmero
um nmero racional. Por exemplo
q =
5
3
.
Como podemos observar, nmeros racionais
podem ser obtidos atravs da razo (em latim:
ratio=razo=diviso=quociente) entre dois nmeros in-
teiros, motivo pelo qual, o conjunto de todos os nme-
ros racionais denotado por Q. Assim comum encon-
trarmos na literatura a notao:
)
`

= =

Z b e Z a
b
a
x x , / Q
3.2 Subconjuntos dos Racionais
Os nmeros que compem o conjunto dos nmeros
Naturais,
{ } ,.... 4 , 3 , 2 , 1 , 0 = NI
e os nmeros que compem
o conjunto dos nmeros inteiros
{ } . . ,. 3 , 2 , 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , . . . + + + = Z

podem ser colocados na forma de frao, como, por
exemplo:
2
4
2 ,
1
2563
2563 ,
1
0
0 ,
1
4
4

= = = = e assim por diante.


Diante disso, podemos afirmar que o conjunto dos nme-
ros naturais e o conjunto dos nmeros inteiros so subcon-
juntos dos racionais Q, conforme mostra o diagrama:
ou
Q Z IN
Figura 12.
Fonte: Disponvel em: <www.somatematica.com.br>.
Alem de IN e Z, existem outros subconjuntos de Q:

Q
o conjunto dos nmeros racionais diferentes de zero.
+
Q
o conjunto dos nmeros racionais positivos e o zero.
Definio de nmero
Racional (frao) (2h)
Aula
3
26

Q
o conjunto dos nmeros racionais negativos e o zero.

+
Q
o conjunto dos nmeros racionais positivos,
excluindo-se o zero.

Q
o conjunto dos nmeros racionais negativos,
excluindo-se o zero.
Resumo
Nesta aula apresentamos a definio de nmero ra-
cional (mais conhecido por ns por frao), explorando
situaes-problema que indicam relao parte/todo.
Definimos
b
a
, em que a e b so nmeros inteiros,
sendo b diferente de zero. Falamos tambm que o n-
mero racional tem seus subconjuntos que so: IN, Z,

Q
,
+
Q
,
Q

+
Q
e

Q
.,,,
Atividades de aprendizagem
1) Em um exame de vista, o mdico solicitou que o
paciente identificasse
3
2

de bolinhas pretas em relao
ao total de bolinhas. Qual a figura identificada pelo pa-
ciente?
a)
b)
c)
d)
2) Observe a situao:
Para um jantar, foram estimados 5,5 litros de refri-
gerante. Se a embalagem escolhida medir 250 ml cada
uma, o nmero mnimo de unidades dessa embalagem,
para se obter a quantidade necessria de refrigerante, :
a) Um nmero decimal exato
b)
Q
c) 25
d) Uma dzima peridica
e)

+
Q
27
Objetivo
Explorar situaes-problema, compreendendo que a
frao pode indicar relao de quociente (diviso) entre
dois nmeros. Localiz-los na reta numrica de nmeros
racionais e reconhecer que estes podem ser expressos
na forma fracionria e decimal, estabelecendo relaes
entre essas representaes.
4.1 Olhando a frao como diviso
de dois nmeros
Analise a situao apresentada na tirinha abaixo:
Figura 13.
Fonte: Revista Turma da Mnica. Ed. 6932. Pg.12. 1999 - Maurcio de Souza
Produes.
Vamos ajudar o Cebolinha a resolver esse problema?
Observe: podemos representar essa situao na forma
da frao 23, e se dividirmos 23 por 4 temos: 23 4 = 5,75.
4
Isso quer dizer que cada um vai contribuir com R$5,75
para comprar a tinta.
Neste momento estamos dando outro significado
para a frao: A frao interpretada por uma diviso de
dois nmeros inteiros. E isso resulta no que chamamos
cotidianamente por nmeros com vrgulas, mas em
matemtica so conhecidos por nmeros decimais.
Veja outros exemplos:
25 , 0 4 1
4
1
=
(O que chamamos de decimal exato)
5 , 0 20 10
20
10
=
(outro decimal exato)
... 666666 , 0 3 2
3
2
=
(Decimal no exato e peridico, so as chamadas d-
zimas peridicas)
4.2 Representao de nmeros ra-
cionais na reta numrica
Podemos tambm representar nmeros racionais
numa reta numrica:
Os racionais na forma
decimal (2h)
Aula
4
28
Diferentemente do que acontece no conjunto dos n-
meros naturais e inteiros, entre dois nmeros racionais
quaisquer h infinitos outros nmeros racionais.
Resumo
Nesta aula vimos a frao como diviso entre dois n-
meros, discutimos tambm a importncia dos nmeros
decimais em nosso cotidiano, bem como sua represen-
tao na reta numrica.
Atividade de aprendizagem
Na figura abaixo esto representados os nmeros
0,X,1,Y.

1 0 Y X
A posio do produto X.Y :
a) esquerda do zero
b) Entre 0 e X
c) Entre X e Y
d) Entre y e 1
e) direita de 1
2) Vamos ajudar Luana?

Figura 14.
Fonte: Disponvel em: <www.0.rio.rj.gov.br/sme/downloads/coordenado-
riaEducacao>.
Na reta numrica abaixo, esto representados os n-
meros reais 0, x, y e 1.
a) Analise as afirmaes abaixo a respeito desses n-
meros, feitas por trs alunos diferentes:
b) Paula disse:
y x
1 1
>
c) Fernando disse:
x y x <
d) Jussara disse:
1 <
x
y
29
Pode-se afirmar que (so) verdadeira(s):
a) As afirmaes de Paula e de Fernando.
b) As afirmaes de Paula e de Jussara.
c) As afirmaes de Fernando e de Jussara.
d) Apenas a afirmao de Paula.
e) Apenas a afirmao de Jussara.
3) Obtenha o algarismo 1997 na casa decimal de
cada uma das seguintes fraes
a)
22
1
b)
27
1
4) Quantas fraes do tipo
1 + n
n

so menores do que
9
7
, sabendo-se que n um nmero inteiro positivo?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
5) Sabendo-se que 0,333...=
3
1
, qual a frao irredu-
tvel equivalente a 0,1333...?
30
Objetivo
Nesta aula daremos outro significado para as fraes:
A frao como ndice comparativo entre duas quantida-
des de uma grandeza. Veremos que esse significado
importante em nossa vida diria.
5.1 A frao como ndice compara-
tivo entre duas quantidades de uma
grandeza
De acordo com essa ideia, uma frao o quociente
(resultado) da comparao (diviso) de uma grandeza
(numerador) por outra (denominador). Assim, a frao
5
2
seria o resultado da comparao de duas grandezas
que esto na razo de 2 para 5, ou seja, de cada 7 unida-
des, 2 so de um tipo e 5 so de outro tipo. Por exemplo,
das 21 bolas abaixo, 6 so de um tipo e 15 de outro, ou
seja, de cada 7 bolas, 2 so de um tipo e 5 de outro.
Repare que, neste caso, no estamos comparando
uma parte com o todo, mas sim considerando cada tipo
de bola como uma grandeza diferente e determinando a
razo entre as duas. Assim, podemos dizer que as bolas
esto na razo de 2 (de um tipo) para 5 (de outro tipo),
ou seja, a razo entre elas pode ser representada pela
frao
5
2
.
Outros exemplos podem ser explorados como a pos-
sibilidade de sortear uma bola verde de uma caixa em
que h 2 bolas verdes e 8 bolas de outras cores (2 em
10); o trabalho com escalas em mapas (a escala de 1cm
para 100m); a explorao da porcentagem (40 em cada
100 alunos da escola gostam de futebol).
5.2 Algumas razes especiais
Voc j deve ter ouvido falar ou lido em algum lugar
os termos velocidade mdia, densidade demogrfica e
escala. Na verdade, elas so razes especiais que utili-
zamos com frequncia no dia a dia. Vamos ento ver o
significado de cada uma.
5.2.1 Velocidade mdia
A velocidade mdia de um mvel a razo entre o
espao percorrido e o tempo gasto para percorr-lo.
tempo
distncia
Velocidade=
Exemplo:
Olhando um racional sob a
forma de razo (2h)
Aula
5
31
A velocidade mdia de um carro que percorre 300 km
em 5 horas dada pela razo:
Neste caso as unidades so diferentes.
5.2.2 Densidade demogrfica
A densidade demogrfica a razo entre o nmero
de habitantes de uma regio e a rea dessa regio.
Exemplo:
A cidade de Votorantim (SP) tem uma rea aproximada
de 177km e, segundo os dados de 2003 do IBGE, a popula-
o tem aproximadamente 110.000 habitantes. Portanto, a
densidade demogrfica de Votorantim dada:
5.2.3 Escala
A escala a razo entre a medida do comprimento no
desenho e a medida do comprimento real.


Resumo
Nesta aula aprendemos a dar um novo significado
para as fraes, tal como ndice de comparao entre
duas quantidades de uma grandeza. Aprendemos tam-
bm que as razes esto presentes em nosso dia a dia,
tais como no clculo da velocidade mdia de um carro,
na densidade demogrfica de uma regio e na escala de
um desenho.
Atividade de aprendizagem
Figura 15.
Fonte: Disponvel em: <www.colegiosoter.com.br/.../caderno_atividades/6_
ano/matematica_2>.
1) Marque a afirmativa CORRETA referente figura
apresentada.
32
a) A frao 30/42 representa o nmero de pessoas
em p, se o transporte coletivo estiver lotado.
b) O nmero mximo de pessoas sentadas represen-
ta 42/30 da capacidade das pessoas do transpor-
te coletivo.
c) A frao irredutvel 42/72

representa o nmero
de pessoas sentadas, se o transporte coletivo es-
tiver lotado.
d) O nmero mximo de pessoas em p representa
5/12 da capacidade total de pessoas do transpor-
te coletivo.
2) O grfico abaixo informa a quantidade de calorias
gastas por uma pessoa, no perodo de 1 hora, quando faz
determinadas atividades:
Grfico 1
Fonte: Disponvel em: <www.viverbem.fmb.unesp.br>.
Analisando os dados apresentados no grfico, per-
gunta-se:
a) Qual a razo entre as quantidades de calorias
gastas ao ficar sentado e ao jogar basquetebol?
b) Qual a razo entre as quantidades de calorias
gastas ao cavalgar e ao correr?
c) As razes obtidas nos itens a) e b) formam uma
proporo?
d) Qual a razo entre as quantidades de calorias
gastas ao ficar sentado e ao nadar?
e) Qual a razo entre as quantidades de calorias
gastas ao nadar e ao correr?
3) Analise o quadro abaixo e, a seguir, responda s
questes:
Quadro 2
Fonte: Acervo do autor.
33
a) Calcule a renda per capita de cada um desses pases.
b) Comparando-se a renda per capita dos pases do
item anterior, qual dos pases o mais rico?
c) O fato de a renda per capita de um pas ser alta
significa que todos os seus habitantes vivam bem?
4) Determine a razo da primeira para a segunda
grandeza:
a) 52cm e 104cm
b) 26hm e 130hm
c) 500g e 2kg
d) 16km e 6.400cm
5) Num exame, havia 180 candidatos. Tendo sido
aprovados 60, a razo entre o nmero de reprovados e o
de aprovados de:
a) 1/3 b) 2 c) 1/3 d) 3
6) Numa sala com 50 alunos, 15 so mulheres.
Determine:
a) A razo do nmero de homens para o nmero de
mulheres.
b) A razo do nmero de mulheres para o total de
alunos.
c) De cada 10 alunos, quantos so homens?
d) De cada 20 alunos, quantas so mulheres?
7) Dois quadrados tm respectivamente 3cm e 6cm
de lado. Qual a razo entre as superfcies (rea) do pri-
meiro e do segundo quadrado?
8) Numa classe de 40 alunos, 8 foram reprovados. De-
termine a razo entre as reprovaes e as aprovaes.
9) Dois segmentos medem 8 cm e 160 cm, respectiva-
mente. A razo entre o primeiro e o segundo :
10) Em que razo esto os volumes de dois cubos
cujas arestas medem, respectivamente, 2 cm e 6 cm ?
11) Uma mercadoria acondicionada numa embala-
gem de papelo possui 200g de peso lquido e 250g de
peso bruto. Qual a razo do peso lquido para o peso
bruto?
12) Um retngulo A tem 10 cm e 15 cm de dimenses,
enquanto as dimenses de um retngulo B so 10 cm e
20 cm. Qual a razo entre a rea do retngulo A e a
rea do retngulo B?
13) Numa prova de matemtica, um aluno acertou
12 das 20 questes dadas. Qual a razo do nmero de
34
questes que ele acertou para o nmero de questes da
prova?
14) O volume de um cubo igual ao cubo da medida
da aresta. Qual a razo entre os volumes de dois cubos
cujas arestas medem 4 cm e 8 cm respectivamente ?
15) Uma equipe de futebol apresenta o seguinte re-
trospecto durante o ano de 1997: 30 vitrias, 18 empa-
tes e 12 derrotas. Qual a razo do nmero de vitrias
para o nmero de partidas disputadas?
16) Uma escola tem
2
800m de rea construda e
2
1000m de rea livre. A razo da rea construda para a
rea livre :
35
Objetivo
Nesta aula temos como objetivo estudar as fraes
decimais, que tm significado muito importante para
que voc comece a estudar as porcentagens.
6.1 Estudando porcentagem a par-
tir de fraes decimais
A expresso por cento familiar. Voc a v, pratica-
mente em todos os dias nos jornais e na televiso. A
expresso por cento quer dizer por um cento ou cem.
Assim quando voc l ou escuta uma afirmao como
grande liquidao de vero com 40 por cento de des-
conto em todos os artigos, significa que voc tem um
desconto de 40 reais para cada 100 reais do preo do
artigo.
Isso nos leva ento a estabelecer a razo 40/100
Assim: 40% o mesmo que 40/100.
Qual o significado do smbolo %?
O smbolo %, usado nas manchetes desse jornal, sig-
nifica por cento. Acompanhando um nmero indica a
centsima parte desse nmero.
Assim:
Observe algumas representaes:
1/2 = 50%, pois se 100% representam a totalidade,
50% representam a metade.
1/4 = 25%, pois 1/4 significa a quarta parte do todo e
isso corresponde a 25/100.
comum encontrar representaes em porcentagem
em grficos, como mostra a imagem abaixo.
Grfico 2
Fonte: Acervo do autor.
Aula
6
As fraes e as porcentagens (2h)
36
O uso da porcentagem em grficos facilita o entendi-
mento. Veja o exemplo abaixo:
Em uma partida de basquete, Hortncia acertou 80% dos
60 arremessos que efetuou. Quantos arremessos ela acertou?
Primeiramente vamos transformar 80% em uma fra-
o decimal, logo:
, ou seja, temos a informao de
que a cada 5 arremessos, Hortncia acerta 4.
Logo, Hortncia acertou 48 arremessos.
6.2 Transformando uma frao em
taxa de porcentagem
Algumas fraes so fceis de serem transformadas
em fraes decimais e depois em taxa de porcentagem.
Observe:
J para outras fraes do tipo 1/15 e 2/13 difcil
obter um denominador 100 para achar a porcentagem.
Ento, para transformar uma frao em taxa de porcen-
tagem, basta proceder da seguinte maneira:
-Divida o numerador pelo denominador e obter um
nmero decimal;
-Desse nmero decimal multiplique por 100 e ter a
representao em porcentagem.
Veja alguns exemplos:
37
Resumo
Nesta aula aprendemos que uma frao pode ser re-
presentada na forma de porcentagem.
Atividade de aprendizagem
1) Represente as fraes abaixo na forma de porcen-
tagem usando as fraes decimais.

2) Represente as fraes abaixo na forma de porcen-
tagem dividindo o numerador pelo denominador, multi-
plicando por 100 o resultado obtido.
3) 70% dos alunos da classe de Laura sabem nadar.
Quantos alunos sabem nadar se Laura tem 40 alunos?
4) De um total de 30 alunos, 20% foram reprovados.
Quantos alunos foram reprovados?
5) O preo de um aparelho de som R$500,00. Durante
uma liquidao, a loja anunciou um desconto de 20%.
Nessas condies:
I) Qual a quantia que corresponde ao desconto?
II) Qual o preo do aparelho com o desconto?
7) A terra tem aproximadamente, um volume de
1.360.000.000 Km de gua, que se distribui entre os oce-
anos, mares, geleiras, regies subterrneas (Os aquferos),
lagos, rios e atmosfera. Somente a gua encontrada nesses
trs ltimos itens oferece um acesso fcil ao consumo hu-
mano. Com estes dados, complete a tabela a seguir:
Tabela 1
Dimenso do Planeta Terra
Especificaes
Volume
de gua
Km
Percentual
Forma
decimal do
percentual
gua salgada 97%
gua doce 40.000.000
Gelo 1,8%
gua subterrnea 0,00960
Lagos e rios 250.000
Vapor de gua 0,00001
Fonte: Disponvel em: <www.uniagua.org.br>
8) Se na frao
y
x
diminuirmos o numerador x de 40
% e o denominador y de 60%, ento a frao
y
x
:
a) Diminui 20% b) aumenta 20% c) diminui 50% d) au-
menta 50%.
38
Objetivo
Nesta aula apresentaremos as operaes de adio e
subtrao de fraes com mesmo denominador.
7.1 Como fazer adicionar ou sub-
trair frao de mesmo denomina-
dor?
Observe as seguintes situaes:
Situao 1: Mrcio, Danilo e Suzana foram a uma pi-
zzaria e pediram uma pizza de calabresa. Depois de pron-
ta, a Pizza foi dividida em oito pedaos. Mrcio comeu
8
2
, Danilo comeu
8
3
e Suzana comeu
8
1
. Indique a frao da
pizza que foi comida pelos trs.
Figura 16.
Fonte: Disponvel em: <http://professorespcrj.blogspot.com/2009/10/ca-
derno-edicao-especial-fracoes-e.html>.
A adio de fraes requer que todas as fraes envol-
vidas possuam o mesmo denominador. Se inicialmente
todas as fraes j possurem um denominador comum,
basta que realizemos a soma de todos os numeradores e
mantenhamos este denominador comum.
Resolvendo o problema acima temos:
8
1
8
3
8
2
+ +
Observe que cada frao que est sendo adicionada
possui o mesmo denominador que 8. Assim, fazemos
as operaes necessrias apontadas no numerador (nes-
te caso somente adio), mantendo o mesmo denomi-
nador 8. Veja:
4
3
2 8
2 6
:
8
6
8
1 3 2
=

=
+ +
temos frao a ndo simplifica
Portanto, os trs comeram
8
6
ou
4
3
da pizza.
Situao 2- Quanto sobrou da Pizza, se ningum mais
vai com-la?
Temos os seguintes dados:
A pizza inteira, que representada por
8
8
;
A pizza que os trs amigos comeram, que represen
tada por
8
6
.
Aula
7
Adio e subtrao de frao de
mesmo denominador (2h)
39
Nas operaes de adio e subtrao, nem sempre
obtemos como resultado uma frao positiva
( )
+
Q
,
isto acontece ao termos que fazer essas operaes do
mesmo modo que fazamos para adicionar ou subtrair
no conjunto dos nmeros inteiros. Lembre-se que o con-
junto dos nmeros inteiros subconjunto dos racionais
( Q Z ), como j mencionamos em aulas passadas.
Veja:
Exemplo1:
7
2
7
6 4
7
6
7
4
sin
=

=
maior do al o conserva e Subtrai
Exemplo2:
Para saber quanto sobrou da pizza, basta fazer a sub-
trao:
8
8
-
8
6
Observe que nesta subtrao tem-se o mesmo de-
nominador, logo, basta manter esses denominadores e
subtrair os numeradores. Veja:
Portanto, sobrou da pizza.
Mantenha o denominador e adicione ou subtraia o
numerador. Isso s valido quando as fraes tm o
mesmo denominador.
Acompanhe outros exemplos:
40
Resumo
Aprendemos nesta aula a adicionar e subtrair fraes
com mesmo denominador, neste caso, mantm-se o de-
nominador e opera-se com os numeradores. Aprende-
mos tambm que, na adio e na subtrao de nmeros
racionais, devemos obedecer s regras de sinais estuda-
das no conjunto dos nmeros inteiros.
Atividade de aprendizagem
1) No primeiro dia de trabalho, Arnaldo pintou
8
1
de
um muro e, no segundo dia, pintou
8
3
do mesmo muro.
Mostre se Arnaldo est falando a verdade.
Figura 17.
Fonte: Disponvel em: <www0.rio.rj.gov.br/sme/downloads/coordenado-
riaEducacao>.
2) Joo encheu o tanque do seu carro. Gastou 2/5 da
gasolina para trabalhar e 1/5 para passear no final de se-
mana. Quanto sobrou de gasolina no tanque?
3) A biblioteca de uma escola comprou 140 novos li-
vros, ficando com Quantos livros havia na biblioteca
antes da compra?
a) 1750 b) 2500 c) 2780 d) 2140 e) 1140
4) As fraes de Laura. Laura desenhou 5 crculos
dentro dos quais ela quer colocar nmeros. Ela coloca os
crculos a fim de formar uma frao e seu valor inteiro.
=

+ +
5) De quantas maneiras Laura colocou os nmeros
2,3,5,6 e 11 dentro dos crculos para que a igualdade
seja verdadeira?
41
Objetivo
Nesta aula estudaremos a adio e a subtrao de fra-
es com denominadores diferentes.
8.1 Adio e subtrao de fraes
com denominadores diferentes:
Usando Mnimo Mltiplo Comum
(MMC)
Agora vamos ver exemplos de adio e subtrao de
fraes onde os denominadores so diferentes:
7
2
3
1
9
8

Como as fraes no possuem o mesmo denomina-
dor, primeiramente devemos encontrar o MMC (9, 3, 7)
para utiliz-lo como denominador comum:
Neste caso encontramos o nosso denominador co-
mum, que 63.
Agora vamos fazer com que as fraes dadas tenham
esse denominador 63:
, neste caso como encontramos os nu-
meradores?
Para cada uma delas dividiremos 63 pelos seus anti-
gos denominadores (9,3,7) e em seguida multiplicare-
mos o resultado pelo seu numerador. Observe o esque-
ma abaixo:
Observe outro exemplo:

1 passo: Temos que encontrar um denominador co-
mum por meio do mmm (2, 4,10).
Adio e subtrao de fraes de
denominadores diferentes (4h)
Aula
8
42
Vamos l!
Veja o exemplo 1
7
2
3
1
9
8

Vamos pegar os denominadores e multiplic-los:
189 7 3 9 =
. Logo, os denominadores sero 189. De-
pois s fazer como fazamos antes:
Divida pelo de baixo e o resultado voc multiplica
pelo de cima, veja:

7
2
3
1
9
8

Agora compare com o resultado feito com o MMC no
item anterior.
Vamos resolver outro exemplo:
Multipliquemos 2 x 4 x 10 = 80, logo, o nosso denomi-
nador ser 80.
2 passo: Dividimos 20 pelo nmero de baixo e o re-
sultado deve ser multiplicado pelo nmero de cima. Veja
no esquema abaixo:
Adicionando e subtraindo fraes com denominado-
res diferentes usando um mtodo alternativo
Caso voc no se lembre como se calcula o MMC, es-
tamos trazendo uma alternativa para deixar as fraes
com o mesmo denominador.
Vamos usar os mesmos exemplos abordados no item
anterior para que voc possa fazer uma comparao e
avaliar se vale ou no a pena usar este mtodo.
43
Compare esse resultado com o do item anterior.
Duas coisas so importantes quando trabalhamos
com esse mtodo:
1 - Trabalhamos com nmeros maiores do que no
MMC;
2 - Simplificamos mais vezes do que no MMC.
Esperamos que essa nova abordagem de trabalhar
com adio e subtrao de fraes, com denominado-
res diferentes, possa ajud-lo em seus estudos e na sua
compreenso do assunto.
Resumo
Nesta aula aprendemos a adicionar e subtrair fraes
com denominadores diferentes. Para deixar as fraes
com o mesmo denominador, usamos dois mtodos: O
mtodo do MMC e outro mtodo alternativo para quem
no se lembra do MMC.
Atividade de aprendizagem
1) Para fazer um trabalho escolar, Gustavo usou
3
2
de
uma folha de cartolina, e sua irm usou
4
1
da mesma fo-
lha. Que frao dessa folha os dois usaram juntos?
2 ) Uma pessoa gasta
4
1
do seu salrio com o aluguel
da casa onde mora e
5
2
com atividades de lazer. Que fra-
o do seu salrio essa pessoa gasta em aluguel e lazer?
3) Da renda de uma partida de futebol, 1/10

corres-
ponde s despesas gerais,
2
1
cabe ao clube vencedor, e o
restante cabe ao clube perdedor. Que frao da renda
cabe ao clube perdedor?
4) Convide um colega para resolver as fraes cruza-
das! Copie o quadro abaixo em uma folha parte. Para
complet-lo s encontrar os nmeros (?) que faltam.
44
QUADRO 3
4
1
+ ? =
2
1
+ + +
? +
4
2
=
4
5
= = =
1 + ? = ?
Fonte: Do prprio autor
5) Quatro amigos, Joo, Pedro, Ana e Maria saram
juntos para fazer um passeio por um mesmo caminho.
At agora, Joo andou
4
6
do caminho, Pedro andou 9/12,
Ana andou
8
3
e Maria andou
6
4
. Os amigos que se encon-
tram no mesmo ponto do caminho so:
a) Joo e Pedro
b) Joo e Maria
c) Ana e Maria
d) Pedro e Ana
6) Em uma caixa, os lpis esto assim distribudos: cor-
respondem aos lpis vermelhos, 1/5 so lpis azuis e so
pretos. Que frao corresponde ao total de lpis na caixa?
7) Um professor de Matemtica apresentou o seguin-
te problema ao Casco e a Magali:
Roberto comprou quatro barras de chocolate e divi-
diu-a igualmente aos seus cinco amigos. Qual a frao da
barra que cada um receber?
Observe na tirinha a resposta do Casco e da Magali:
Figura 18.
Fonte: Revista Turma da Mnica - Ed.7368. Pg.7. Mai/2000 - Maurcio de
Souza Produes.
a) A Magali acertou, pois dividiu as quatro barras
em 4 partes iguais e dividiu o que sobrou aos 5
amigos. O Casco tambm acertou, pois dividiu as
barras em 5 partes iguais, representando
5
4
.
b) A Magali errou, respondendo com uma adio
de fraes cuja soma no corresponde resposta
correta. O Casco acertou, pois dividiu as barras
em 5 partes iguais, representando
5
4
.
c) A Magali errou, respondendo com uma adio de
45
fraes cuja soma no corresponde resposta cor-
reta. O aluno Casco errou, pois dividiu as barras em
5 partes iguais, logo, sua resposta deveria ser
4
5
.
d) A Magali acertou, respondendo com uma adio
de fraes cuja soma corresponde resposta cor-
reta. O Casco errou, pois dividiu as barras em 5
partes iguais, logo, a resposta deveria ser
4
5
.
e) A Magali acertou, pois dividiu as quatro barras em
4 partes iguais e dividiu o que sobrou aos 5 ami-
gos. O aluno B errou, pois dividiu as barras em 5
partes iguais, logo, sua resposta deveria ser 4.
8) Qual o valor de y na expresso 5
8
3
5
3 3 = y
?
9) Considere as fraes

. Encontre a dife-
rena entre a maior e a menor frao.
10) Num certo pas, necessrio que

5
3
do senado
votem a favor para que aprove uma lei. Se 56% do sena-
do esto a favor de certo projeto, que frao ainda falta
para aprov-lo?
11) Na sequncia
8
7
,
4
3
,
8
5
,
2
1
, x, y,z,....os valores de x,
y e z so...
12) Certa quantia foi repartida para trs pessoas. A
primeira recebeu
3
2
da quantia, mais R$ 5,00. A segunda

5
1
e mais R$ 12,00. Tendo a terceira recebido o restante
no valor de R$15,00, quanto recebeu cada pessoa?
13) Numa fruteira existem pssegos, laranjas e 14
bananas. Se
5
2
das frutas so pssegos e
4
1
so laranjas,
quantas so as frutas da fruteira?
14) Gastei
5
2
do que tinha em vesturio, com

3
1
do res-
to comprei um tnis. Se ainda me sobraram R$ 48,00,
quantos eu tinha inicialmente?
15) Para ladrilhar
3
2
de um ptio empregam-se 5.456
ladrilhos. Para ladrilhar
8
5
do mesmo ptio, quantos ladri-
lhos seriam necessrios?
16) Carolina tinha R$175,00. Gastou
7
1

de
5
1
dessa im-
portncia. Quanto sobrou?
17) Que nmero necessrio somar a um e trs quar-
tos para se obter cinco e quatro stimos?
18) A soma de dois nmeros 850. Um vale 12/5

do
outro. Quais ao eles?
19) Se acrescentarmos 2 unidades ao numerador
46
da frao
7
5
, ento essa frao no sofrer alterao se
acrescentarmos ao denominador da mesma o nmero:
a) 2 b) 9,8 c) 3 d)10,8 e) 2,8
20) De um copo cheio de vinho, bebeu-se a metade,
aps o que se adicionou igual quantidade de gua. Desta
mistura novamente bebeu-se um tero, sendo adicio-
nada gua at encher. Finalmente, bebeu-se mais um
sexto, que foi em seguida substitudo por gua, ficando
o copo cheio. Quanto vinho e quanto de gua existem
agora no copo?
21) Um corredor depois de ter percorrido
7
3
de uma
estrada, faz mais 5 quilmetros e assim corre
3
2
do
percurso que deve fazer. Quanto percorreu o corredor
e qual o total do percurso, em quilmetros?
22) Qual o menor nmero inteiro positivo N tal que
3
N
,
4
N
,
5
N
,
6
N
e
7
N
sejam todos nmeros inteiros?
a) 420 b) 350 c) 210 d) 300 e) 280
47
Objetivo
Entender como feita a multiplicao de duas ou
mais fraes, aplicando-se as regras de sinais.
9.1 Multiplicando fraes
Ao menos conceitualmente, a multiplicao ou pro-
duto de fraes, talvez seja a mais simples das opera-
es aritmticas que as envolvem. Diferentemente da
adio e da subtrao, a multiplicao no requer que
tenhamos um denominador comum. Para realizarmos o
produto de fraes, basta que multipliquemos os seus
numeradores entre si, fazendo-se o mesmo em relao
aos seus denominadores.
Vejamos o exemplo abaixo:
5
4
7
5
3
2

Independentemente de os denominadores serem to-
dos iguais ou no, iremos realizar a multiplicao confor-
me mostrado abaixo:
Observe outros exemplos:
Resumo
Nesta aula aprendemos a multiplicar duas ou mais
fraes e relembramos as regras de sinais que regem
essa operao.
Atividade de aprendizagem
1) Uma horta comunitria ser criada em uma rea
de
2
5100m . Para cultivo de hortalias, sero destinados
3
2
desta rea. Quantos metros quadrados sero utiliza-
dos nesse cultivo?
2) Um vendedor possua 4.850 parafusos, e vendeu
3/5 deles. Ele quer colocar o restante, igualmente em 10
caixas. Quanto deve colocar em cada caixa?
Multiplicao de um nmero
racional (3h)
Aula
9
48
3) Por qual frao devo multiplicar o nmero 30 para
obter o resultado 24?
a)
5
4
b)
4
3
c)
6
1
d)
5
3
e)
6
5
4) A figura mostra um bolo dividido em partes iguais.
Dois teros de uma dessas partes correspondem a:
b)
4
3
do bolo
b)
6
1
do bolo
c) 1/10

do bolo
d) 1/12

do bolo
e) mais que 1/12

do bolo
5) Quanto vale
3
2
de R$ 60,00?
6) Uma torneira enche o tanque em 2 horas, uma se-
gunda torneira o enche em 3 horas. Se abertas no mes-
mo instante, em quanto tempo enchero juntas o tan-
que?
7) Encontre a frao equivalente a
8
3
cuja soma dos
termos 77.
8) Gastei
7
2
do que tinha e ainda fiquei com R$ 135,00.
Quanto eu tinha?
9) Encontre o nmero cujos
5
7
equivalem a 42.
10) Trs operrios fazem um trabalho em 4 dias; o pri-
meiro e o segundo sendo capaz de faz-lo sozinhos em
9 dias e 12 dias respectivamente. Pergunta-se o nmero
de dias que o terceiro operrio levar, sozinho, para exe-
cutar o trabalho.
11) Dois novelos de l de cores diferentes tm juntos
170 metros. Num trabalho feminino gastou-se 1/15 de
um dos novelos e 1/13 do outro, num total de 12 metros.
Pergunta-se: Quantos metros de l tem cada novelo?
12) Um fazendeiro comprou gado no valor de R$
90.000,00, pagando por
3
1
deles R$900,00 por cabea,
4
1

por R$800,00 e o resto por R$ 600,00. Quantas cabeas
de gado comprou o fazendeiro?
49
13) Um fazendeiro repartiu seu rebanho de 240 cabe-
as de boi entre seus trs filhos da seguinte forma: O pri-
meiro recebeu
3
2
do segundo e o terceiro tanto quanto o
primeiro mais o segundo. Qual o nmero de cabeas de
boi que o primeiro recebeu?
14) Uma torneira enche um reservatrio em duas ho-
ras e outra em 3 horas. Determine em quanto tempo as
duas enchero esse reservatrio?
15) Um reservatrio alimentado por duas torneiras.
A primeira pode ench-lo em 15 horas e a segunda em
12 horas. Que frao do reservatrio encher em uma
hora as duas juntas?
16) Marieta tinha R$ 240,00, gastou um quinto dessa
quantia, e, depois, a tera parte do resto. Com quanto
ficou?
17) Das laranjas de uma caixa foram retirados
9
4
, depois
5
3
do resto, e ficaram 24 delas. Quantas eram as laranjas?
18) Se dos
3
2
de um nmero subtramos seus
7
3
, ficare-
mos com 45. Qual o nmero?
19) Dona Solange pagou R$ 5.960,00 por
7
4
de um ter-
reno. Quanto pagaria por
5
4
desse terreno?
20) Luciano fez uma viagem de 1200Km, sendo 7/11
de aeroplano,
5
2
do resto de trem,
8
3
do novo resto de
automvel, e os demais quilmetros a cavalo. Calcular
quantos metros percorreu a cavalo?
21) A tera parte de um nmero adicionado a seus
5
3
igual a 28. Calcule a metade desse nmero?
50
Objetivo
Aprender a calcular a inversa de um nmero racional.
10.1 Calculando a inversa de uma
frao
Duas fraes so denominadas inversas quando seu
produto for igual a 1. Na prtica, uma frao o inverso
da outra quando seus termos so invertidos.
Assim
3
2
o inverso de
2
3
, pois: 1
6
6
2
3
3
2
= =
O inverso de 3
3
1
, pois 1
3
3
3
1
3 = =
O inverso de
Resumo
Nesta aula aprendemos a calcular o inverso de um n-
mero racional. Este conceito vai ser importante para enten-
der a prxima aula, que ser sobre diviso de fraes.
Definindo o inverso de um nmero
racional (2h)
Aula
10
Atividade de aprendizagem
1) Que nmeros devem-se somar aos dois termos de
uma frao para obter-se o inverso dessa mesma frao?
2) Se 2 =
y
x
, ento
x
y x
igual a quanto?
3) Qual a razo inversa de:
a)
4
3

b) 2:3
c) 4:1
4) Pedro fez uma prova que continha 10 questes de
Portugus e 20 de Matemtica.
a) Qual a razo entre as questes de Portugus e
Matemtica?
b) Qual a razo entre as questes de Matemtica e
Portugus?
c) Mostre se as fraes dos itens a e b so inversas.
5) Usando somente as duas operaes +1= somar
1 e = i menos o inverso, podemos formar vrias se-
51
quenciais a partir de um nmero inicial. Por exemplo, ini-
ciando com o nmero 3, podemos formar a sequncia:
Iniciando com 0, com qual sequncia obteremos no-
vamente o 0, usando apenas essas duas operaes +1
e i .
52
Objetivo
Nesta aula vamos aprender a fazer a diviso de fra-
es, usando o conceito de frao inversa estudada an-
teriormente.
11.1 Aprendendo a dividir fraes
Para dividir duas fraes, multiplicamos a primeira
frao pelo inverso da segunda.
Vejamos como realizar a diviso abaixo:
4
7
5
3

Mantendo a primeira frao e multiplicando-a pelo


inverso da segunda:
7
4
5
3

Realizando-se a multiplicao teremos:


Vamos ver outros exemplos:
Resumo
Aprendemos a dividir duas fraes mantendo a pri-
meira e multiplicando-a pelo inverso da segunda. Relem-
bramos tambm as regras de sinais que valem tanto na
multiplicao quanto na diviso de fraes.
Atividade de aprendizagem
1) Com 12 litros de leite, quantas garrafas de
3
2
litro
podero ser cheias?
2) Carlos faz um cinto com
5
3
de um metro de couro.
Quantos cintos podero ser feitos com 18 metros de couro?
3) Qual nmero cujos
5
4
equivalem a 108?
4) Distriburam-se 3
2
1
quilogramas de bombons en-
tre vrios meninos. Cada um recebeu
4
1
de quilograma.
Quantos eram os meninos?
Diviso de fraes (2h)
Aula
11
53
5) Dentre vrias aplicaes das fraes contnuas na
Matemtica, destacamos a possibilidade de us-las para
fazer aproximaes de nmeros irracionais utilizando
racionais. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela
que representa a melhor aproximao do nmero 2
por meio de fraes contnuas:
a)
2
1
1+
b)
2
1
2
c)
2
1
2
1
2
1
1
+
+
+
d)
4
1
3
1
2
1
1
+
+
+

e)
2
1
1
1
1
1
1
+
+
+
6) Considere a frao
b
a
com b

0. Neste caso, qual seria


o valor de
b
a
1
?
7) Qual o valor de

em que
= 6 , 1
400
6400000
?
8) Um atleta salta uma distncia de 8,10 m, enquanto
uma atleta salta 6,60 m. Qual a razo entre os saltos?
9) A razo (1 - 2/3) : (2 - 1/6) equivale a:
a) 2/11 b) 2/13 c) 10/13 d) 10/11
10) Se n/24

um nmero entre
4
1
6
1
e , o que n?
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
11) Se A representa o nmero , ento qual
das expresses a seguir representa o maior nmero:
a) 3+A b) 3-A c) 3.A d)
A
3
e)
3
A
54
Objetivos
Reconhecer os elementos de uma potncia com fraes.
Reconhecer a potncia de nmero fracionrio como
uma multiplicao de fatores iguais.
Calcular potncias com fraes de expoente zero e um.
Conhecer as propriedades que envolvem as potncias.
Calcular a potncia em que o expoente um nmero
negativo.
12.1 Calculando potncia de fra-
es com expoente natural
Para elevar uma frao a uma potncia de expoente
positivo, elevamos a esse expoente o numerador e o de-
nominador. Observe:
Seja

Z b e Z a (inteiros sem o zero) e


Z n
. En-
to, temos que
n
n
n
b
a
b
a
= |
.
|

\
|
, onde o nmero fracionrio
b
a

chamado de base, e n chamado de expoente.
Neste caso, entendendo a potncia como multiplica-
o de fatores iguais, o expoente n indica quantas vezes
b
a
se repete. Observe os exemplos e entenda o que es-
tamos falando:
Exemplo 1

(multiplicando os numeradores e os denominadores)
ou podemos simplificar essa operao apenas por
Lembremos que:
Todo nmero elevado a 1 o prprio nmero:
Todo nmero elevado a zero 1:
A frao
7
8
7
2 2 2
7
2
3
=

=
no uma potncia de frao.
Note que apenas o numerador 2 est elevado a 3.
Potnciao de nmeros racionais
(3h)
Aula
12
55
Assim como:
no uma potncia de frao.
Note que apenas o denominador est elevado a 5.
12.2 Propriedades
Multiplicao de potncia de mesma base - para
multiplicar duas potncias que tenham a mesma base,
elevamos a base ao expoente resultante da adio dos
expoentes anteriores. Assim,
Diviso de potncias de mesma base - para dividir
duas potncias que tenham a mesma base, elevamos a
base ao expoente resultante da diferena dos expoentes
anteriores. Ou seja,
Potncia de outra potncia - para elevar uma potncia
a outro expoente, elevamos a base ao expoente resul-
tante da multiplicao dos expoentes anteriores. Assim,
12.3 Potncias de expoente Inteiro
negativo
Observe a diviso de potncias de mesma base do se-
guinte exemplo:
Na diviso de potncias da mesma base, sabemos que:
2 6 4 6 4
6
4
5 5 5 5
5
5

= = =
o mesmo que
2
2
5
1
5 =

.
Assim definimos que:
*( IN n e a com
a
a
n
n
=

0
1
)
56
Logo, teremos exemplos do tipo:
343
1
7
1
7
3
3
= =

729
1
3
1
3
6
6
= =

H situaes em que a frao tem o expoente negati-


vo, neste caso, como proceder?
Vejamos a situao:
Observe que, usando a definio anterior para re-
solver a situao
5
3
2

|
.
|

\
|
, torna-se trabalhoso, neste caso,
vamos usar uma regra que facilita nossos clculos. Para
isso, basta inverter a frao dada e mudar o sinal do ex-
poente. Veja:
, obtemos o mesmo resultado
de uma maneira mais rpida.
Dessa maneira vamos, daqui para frente, usar essa
regra.
Resumo
Nesta aula aprendemos a calcular a potncia de fra-
es com expoentes positivos e negativos. Para fraes
com expoentes positivos, basta repetir a base (multi-
plicando-as) o tanto de vezes que aparece no expoen-
te. Para fraes com expoentes negativos, invertemos
a frao e trocamos o sinal negativo do expoente. Para
fraes com expoente elevado a zero, temos 1 como re-
sultado, e fraes com expoente 1, temos a prpria base
como resposta. Aprendemos tambm a lidar com as pro-
priedades que envolvem as potncias.
57
Atividade de aprendizagem
Utilizando as propriedades da potenciao, encontre
a soluo da expresso, que colocada pelo quadrinho
abaixo, e assinale a opo que corresponda ao resultado.
Figura 19.
Fonte: Disponvel em: <www.0. rio.rj.gov.br/sme/downloads/coordenado-
riaEducacao>.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 8
2) Observe a tirinha da Mnica e ajude o Cebolinha a
responder a questo.
Figura 20.
Fonte: Revista Turma da Mnica. Ed.6716. 1999. Pg.17. Maurcio de Souza
Produes.
Responda:
a) De acordo com a sequncia proposta pela Mni-
ca, encontre as quatro prximas fraes.
b) Que raciocnio voc utilizou para encontrar o pr-
ximo termo da frao?
58
Objetivo
Apresentaremos nesta aula o mtodo de clculo de
raiz de ndice qualquer de um nmero fracionrio. Cha-
maremos sua ateno para o fato de que nem sempre
possvel fazer este tipo de calculo principalmente quan-
do o ndice for par e o radicando for negativo.
13.1 Calculando a raiz de ndice
qualquer de nmeros fracionrios
positivos
Seja
n
b
a
, onde n o ndice e
b
a
o radicando
dessa raiz com
*
Z b e Z a
(inteiros sem o zero).
Para extrairmos uma raiz de uma frao, extramos a
raiz do seu numerador e denominador, ou seja,
n
n
n
b
a
b
a
=
Vejamos alguns exemplos:
13.2 Calculando raiz de ndice qual-
quer de nmeros fracionrios nega-
tivos
Devemos tomar cuidado com situaes em que o ra-
dicando seja negativo. Observe os seguintes casos:
(1) caso: Raiz de ndice mpar e radicando negativo
2) Caso: Raiz de ndice par e radicando negativo
Observe o exemplo:
Neste caso, no possvel encontrar uma fra-
o que resolva essa raiz. Como poderamos encontrar
uma frao negativa, se temos que elev-la a um expo-
ente par?
Radiciao com fraes (2h) Aula
13
59
Observe:
Compare e observe que os resultados so diferentes.
Neste caso no existe soluo neste conjunto, pois te-
mos raiz de ndice par com radicando negativo.
Portanto:
- Se o ndice for par e o radicando for negativo, no
ser possvel encontrar a soluo.
- Se o ndice for mpar e o radicando for negativo, ser
possvel encontrar a soluo.
A frao no uma radiciao de frao, note
que apenas o numerador tem uma raiz. Assim como
no uma radiciao de frao, note que
apenas o denominador tem uma raiz.
Resumo
Nesta aula apresentamos a radiciao de nmeros
fracionrios. Nela abordamos que devemos tomar cui-
dado quando temos, no radicando de uma raiz, uma
frao negativa. Se tivermos radicando negativo e ndice
mpar, ser possvel encontrar como resposta outro ra-
cional, por outro lado se o ndice for par e o radicando
for negativo no teremos como soluo um racional ou,
melhor dizendo, no existir soluo neste conjunto.
Atividade de aprendizagem
1) Determine a soluo das seguintes expresses:
2) Explique as frases:
a) A radiciao no conjunto dos racionais sempre
possvel.
b) A radiciao de ndice mpar sempre possvel.
c) Na radiciao de nmeros racionais com ndice
mpar tem-se sempre como resultado um racio-
nal.
3) O valor de :
a) -3,3 b) -4,7 c) -4,9 d) -3,8 e) -7,5
60
Referncias
BOYER, C. Histria da matemtica. Traduo: Elza F. Gomide.
Edgar Blcher. So Paulo, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental MEC. Par-
metros Curriculares Nacionais Matemtica, vol. 3. Braslia:
MEC/SEF, 1997.
______. MINISTRIO DA EDUCAO. Cincias da natureza,
matemtica e suas tecnologias. PNC+. Braslia: MEC, 2002.
______. MINISTRIO DA EDUCAO. Orientaes Curricula-
res Nacionais. Matemtica. Braslia: MEC, 2006.
COSTANTINO, R. O ensino de Geometria no ambiente Cinde-
rela. Dissertao de Mestrado, Maring: UEM, 2006. Dispon-
vel em:
<http://www.pcm.uem.br/dissertacoes/2006_rosangela_
constantino.pdfela>. Acesso em: 12/09/11.
IFRAH, Georges, Os nmeros, a histria de uma grande inven-
o, Rio de Janeiro, Globo,1989
Straffin, Philip D. Liu Hui e a primeira idade dourada da mate-
mtica chinesa, Compartimento da matemtica (Volume 71,
nmero 3, 1998): 163181.
Sites
www.ceesvo.com.br
http://www.clinicadematematica.com.br
61
Currculo do professor conteudista
Emerson Batista Ferreira Mota
Formao Acadmica
Licenciatura Plena em Matemtica pela Pontifcia
Universidade Catlica de Minas Gerais M.G., de 2000
a 2003. Especializao Latu Sensu em Matemtica Supe-
rior com nfase em anlise pela Universidade Estadual
de Montes Claros Unimontes M.G., de 2005 a 2006.
Especializao Latu Sensu em Matemtica nas Faculda-
des Integradas de Jacarepagu/ FIJ R.J. Mestrado em
Educao Matemtica.
Cursos extracurriculares
Participei de diversos cursos, palestras e congressos
nesta rea. Esto todos descritos em meu currculo lattes
na pgina: http://lattes.cnpq.br/3996655336945564
Experincia Profissional:
Professor da rede estadual e privada tendo atuado
com a disciplina de matemtica no ensino fundamental
e mdio de 2000 a 2010, conforme currculo lattes.
Professor da Universidade Estadual de Montes Cla-
ros, lotado no Departamento de Cincias Exatas CCET,
como designado. Ministra as disciplinas Clculo, Funda-
mentos da Matemtica, Clculo Numrico, Prtica de
Formao, Histria da Matemtica, Bases para o ensino
da Matemtica e Estgio Supervisionado nos cursos de
Matemtica, Administrao, Agronomia e Zootecnia,
desde 2007.
Professor Substituto da Universidade Federal de Mi-
nas Gerais/ Instituto de Cincias Agrrias UFMG/ICA
atuou nos cursos de Engenharia Florestal/Ambiental e
de Alimentos com as disciplinas: Geometria Analtica e
lgebra Linear, Clculo II e Equaes Diferenciais, no pe-
rodo de 2010 a 2012. Professor das Faculdades Integra-
das Pitgoras FIP/MOC atua nos cursos de Engenharia
Civil e Produo com as disciplinas: Clculo II, Clculo
Numrico, lgebra Linear e Geometria analtica, desde
2008.
62
Currculo do professor Tutor
Alessandro Rosa Silva
Formao Acadmica
-Licenciatura Plena em Matemtica
Universidade Camilo Castelo Branco SP-1995 a 1997
-Especializao em Comunicao e Tecnologia na
Educao
Universidade Federal do Paran- PR (UFPR)- 2000
- Especializao em Matemtica
Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo- (PUC-
-SP)- 2001 a 2002
- Mestrado em Educao Matemtica
Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo- (PUC-
-SP)- 2002 a 2006
- Licenciando em Fsica
Instituto Federal de Educao Tecnolgica - (IFE)-
2008 (Quinto semestre)
Cursos extracurriculares
Participei de diversos cursos, palestras e congressos
nesta rea. Esto todos descritos em meu currculo lattes
na pgina: http://lattes.cnpq.br/1806951029654220
Experincia Profissional
- Professor efetivo pela Secretaria da educao do Es-
tado de So Paulo lecionou para ensino fundamental e
mdio de 1995 a 2010.
- Professor efetivo pela Secretaria Municipal de Edu-
cao de So Paulo lecionou para o ensino fundamental
de 2002 a 2006.
- Professor de Clculo IV e lgebra linear do Curso de
Engenharia civil e Matemtica I no curso de Administra-
o da Faculdade Pitgoras (FIP- MOC de Montes claros).
- Professor do curso de Ps-graduao em Matemti-
ca da faculdade Iseib.
- Professor do curso de Ps-graduao em Matemti-
ca da faculdade Favag.

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