Relatório Química Orgânica

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Curso de Licenciatura em Química

QUÍMICA ORGÂNICA I EXPERIMENTAL


“PRÁTICA 3- ISOMERIA CIS E TRANS”
“PRÁTICA 4- RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO FUMÁRICO E ANÁLISE DE ALGUMAS
PROPRIEDADES FÍSICAS”

Relatório de aula prática


apresentado como parte do
requisito parcial da disciplina
Química Orgânica I Experimental à
Prof. MSc. Jessica Rohem
Gualberto Creton do Curso de
Licenciatura em Química, das
discentes: Juliana Silveira e Pilar
Hygino.

Itaperuna-RJ
Março de 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………...2

2. OBJETIVOS………………………………………………………………………………3

3. MATERIAIS E MÉTODOS ……………………………………………………………....3

3.1 Obtenção do ácido fumárico ………………………………………………………..3


3.2 Recristalização do ácido fumárico………………………………………………….4
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ………………..……………………………………..6

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………………….…8


6. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………….….9

7. QUESTÕES …………………………………………………………………………….…9
2

1.INTRODUÇÃO
O ácido butenodióico é um ácido orgânico insaturado com dois grupos
carboxílicos e que apresenta isomeria geométrica. O isômero Z é o ácido maleico,
conforme ilustrado na figura 2, já o isômero E é o ácido fumárico, conforme ilustrado
a figura 1. A nomenclatura IUPAC para o ácido fumárico é ácido-E-butenodióico e
para o ácido maleico seria o ácido-Z-butenodióico (Gulaboski et al, 2001).
Figura 1: Estrutura molecular Figura 2: Estrutura molecular
do Ácido Fumárico do Ácido Maleico

Fonte: Fumaric-acid-3D-balls.png Fonte: Maleic-acid-3D-balls-A

O ácido fumárico é usado como aditivo em gêneros alimentícios e como


matéria prima para produtos farmacêuticos e resinas sintéticas, e também para
aliviar os sintomas da psoríase. O ácido maleico é tóxico tanto para humanos como
para animais pois prejudica o sistema respiratório e o trato urinário (Gulaboski et al,
2001). Foi isolado pela primeira vez da planta Fumaria officinalis da qual origina seu
nome, ilustrada na figura 3. É produzido quimicamente a partir de anidrido maleico,
que por sua vez é produzido a partir do butano. Os fungos são conhecidos pela sua
capacidade de produzir ácidos orgânicos e têm sido usados em processos de
fermentação para produção de ácido fumárico (ENGEL et al, 2008).
Figura 3: Planta Fumaria officinalis

Fonte: https://www.saudedr.com.br/wp-content/uploads/2018/04/fumaria.jpg
3

Devido a sua estrutura ser composta de ligação dupla entre carbonos e dois
grupos carboxílicos o ácido fumárico tem algumas aplicações industriais sendo
portanto usado como matéria prima para a polimerização e reações de esterificação;
este ácido é uma boa opção para a indústria polimérica devido a sua não toxicidade
natural. As estruturas poliméricas apresentam propriedades especiais como maior
dureza quando o ácido fumárico é usado como matéria prima (ENGEL et al, 2008).
O ácido maleico foi detectado como intermediário gerado durante a
degradação por fotocatálise de poluentes aromáticos, pois a clivagem oxidativa do
anel aromático leva a formação de ácidos carboxílicos de cadeia curta, como o ácido
maleico. Desta forma, sua degradação fotocatalítica ocorre por adsorção do Fe (III)
na superfície de TiO2 (FRANCH et al, 2005).

2. OBJETIVOS
- Recristalização do ácido fumárico;
- Análise de algumas propriedades do ácido fumárico;
- Observar a isomeria cis e trans.

3.MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Obtenção do ácido fumárico

MATERIAIS

-Espátula
-Béquer
-Provetas
-Erlenmeyer
-Pipetas graduadas
-Aquecedor elétrico
-Funil de Buchner
-Bastão de vidro
-Pisseta
-Bomba de vácuo
-Tubos de ensaio
-Vidros de relógio
-Ácido maleico P.A.
-Aparelho de ponto de fusão
-Solução de HCl 6,0 M
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1- Após os cuidados iniciais, pesou-se 2,0 g e anotou-se a massa obtida, na tabela


2, de ácido maleico num erlenmeyer de 250 mL limpo e seco.
2- Na capela, adicionou-se ao erlenmeyer com o ácido maleico, cerca de 20 mL da
solução de HCl concentrado. Agitou-se a mistura reacional com bastão de vidro e
colocou-a no banho maria para dissolver todo o ácido nítrico.
3- Após a dissolução completa do ácido maleico, deixou-se a mistura reacional em
repouso no banho maria durante 5 minutos. Ao final desse período observou-se a
formação do precipitado (ácido fumárico).
4- Retirou-se o erlenmeyer do aquecimento e resfriou-o em água corrente. Quando
as paredes do erlenmeyer estavam frias, colocou-o em um banho de gelo por cerca
de 3 minutos para acelerar e completar a cristalização do ácido fumárico.
5- Filtrou-se à vácuo o sólido formado adaptando à superfície do funil um papel de
filtro, usou-se dois papéis de filtro juntos, lavou-se o precipitado contido no funil com
cerca de 20 mL de água destilada gelada ( 2 lavagens de 10 mL cada). Após uma
boa parte da água ser filtrada e a amostra estar razoavelmente seca, desligou-se a
bomba de vácuo e retirou-se com cuidado o papel de filtro, colocando-o sobre um
vidro de relógio.
6- Secou-se o papel de filtro com ácido colocando sobre o vidro de relógio e sobre a
estufa. Pesou-se o papel com o ácido e calculou-se o rendimento.
7- Reservou-se o ácido fumárico obtido para a prática de sua recristalização.

3.2 Recristalização do ácido fumárico

MATERIAIS
-Ácido maleico
-Carvão ativo
-Pedras de porcelana/ vidro
-Água destilada gelada
-Gelo
-Sistema de filtração a vácuo
-3 Vidros de relógio
-Papel de filtro
-2 Tubos de ensaio
-2 Erlenmeyer de 125 mL
-Chapa aquecedora
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-Funil Simples
-Tubo Capilar
-Ponto de fusão
-Água destilada
-Banho-maria

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Recristalização do ácido fumárico


1- Em um erlenmeyer de 100 mL aqueceu-se 30 mL de água destilada. Em outro
erlenmeyer de 100 mL transferiu-se o produto obtido da prática anterior.
2- Adicionou-se algumas pedrinhas de porcelana porosa no erlenmeyer com o ácido
fumárico e, adicionou-se, aos poucos, a água quente até que o sódio fosse
totalmente dissolvido.
3- Adicionou-se uma ponta de espátula, cerca de 0,04g de carvão ativa. Em seguida,
levou-se essa mistura a suave ebulição por 5 minutos e filtrou-a ainda quente
através de papel de filtro pregueado com um funil simples.
4- Deixou-se o filtrado em repouso para permitir a formação de cristais e, após
atingir a temperatura ambiente, colocou-se o erlenmeyer em banho de gelo por
aproximadamente 5 minutos.
5- Filtrou-se os cristais formados, pesou-se o papel de filtro antes da filtragem,
utilizando um sistema de filtração à vácuo. Ao final da filtração, lavou-se os cristais
de ácido fumárico com uma quantidade mínima de água gelada.
6- Retirou-se com cuidado o papel de filtro contendo o ácido fumárico, colocou-o
sobre um vidro de relógio e secou o material na estufa.
7- Aguardou-se a amostra atingir temperatura ambiente, pesou-se o papel com a
amostra para calcular o rendimento.

Teste de solubilidade
1- Transferiu-se, com a ponta da espátula, uma pequena quantidade do ácido
fumárico obtido para um tubo de ensaio limpo e seco.
2- Em outro tubo, transferiu-se a mesma quantidade, inferior a 0,1g, de ácido
maleico.
3- Adicionou-se em cada um dos tubos cerca de 1 mL de água destilada e após
breve agitação, observou-se e anotou os resultados obtidos na Tabela 1.
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Determinação do ponto de fusão


1- Com a ponta de uma espátula, transferiu-se alguns pequenos cristais de ácido
maleico para os capilares indicado pela professora.
2- Com o auxílio de um aparelho de ponto de fusão, determinou-se o ponto de fusão
para o ácido maleico, seguindo as orientações da professora para o manuseio do
equipamento. Anotou-se os resultados obtidos na tabela 2.

4.RESULTADOS E DISCUSSÕES

O ácido clorídrico (HCl) é bastante utilizado em reações de isomerização,


devido ao seu alto poder de ionização. Ao reagir com com o ácido maleico, os seus
íons livres H+ são atraídos pelos pares de elétrons livres nas ligações duplas do
carbono, tornando-se uma ligação simples, e pela busca de estabilidade do
composto, seus ligantes mudam-se de posição, tendo-se assim um composto
isômero. Desta forma, é possível a trasnformação do ácido maleico (CIS) em ácido
fumárico (TRANS). O mecanismo para esta reação de isomerização pode ser
observado na figura 4.

Figura 4: Mecanismo da reação de isomerização.

Fonte: Autoria própria, 2023.

O ácido maleico sofre a reação para formação de um composto mais estável.


No caso, a molécula TRANS. Há variações de energia até que a energia final seja
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menor que a inicial. Pode-se observar o diagrama de isomerização do ácido


fumárico na figura 5.

Figura 5: Diagrama de energia potencial versus coordenada da reação para


isomerização do ácido fumárico.

Fonte: Autoria própria , 2023.

Após a realização do teste de solubilidade, concluiu-se que o ácido maleico é


solúvel em água e o fumárico não, isso se dá devido, a molécula cis ser mais
solúvel, pois apresenta os ligantes de maior número atômico de um mesmo lado do
plano, com isso uma maior polaridade, aumentando a solubilidade em água, devido
a elevada polaridade da água. Os dados podem ser observados a partir da tabela 1.

Tabela 1: Teste de solubilidade dos ácidos observados em água.

Ácido observado Solubilidade

Ácido maleico Solúvel

Ácido fumárico Insolúvel

Fonte: Autoria própria, 2023.


Como os ácidos maleico e fumárico são isômeros, o tamanho de suas
moléculas é o mesmo, indicando que o fato de o ponto de fusão do ácido fumárico
ser maior do que o do ácido maleico se deve às interações intermoleculares no
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ácido fumárico, mais intensas do que aquelas entre as moléculas do ácido maleico.
Os dados obtidos para a determinação do ponto de fusão podem ser observados na
tabela 2.

Tabela 2: Dados da literatura e dados observados durante o experimento.

Massa de ácido maleico pesada 2,0045 g

Massa de ácido fumárico 0,0735 g

Rendimento da reação 3,66%

Ponto de fusão do ácido maleico (literatura) 131-139 °C

Ponto de fusão do ácido maleico (observado) 138 °C

Ponto de fusão do ácido fumárico (literatura) 302 °C

Fonte: Autoria própria, 2023.

Foi possível também calcular o rendimento percentual da reação, por meio da


fórmula :
Rendimento% = (Mf x 100) / Mi
Rendimento% = (0,0735 x 100) / 2,0075 = 3,66 %

Neste processo de recristalização foi-se empregado o uso de filtração a vácuo


para que se tenha de fato uma purificação considerável da solução por meio de
cristais bem formados em questão e por conseguinte, a retenção de todas as
impurezas envolvidas neste processo, o método mais utilizado e/ou apropriado neste
caso é o de filtração à vácuo em comparação direta com a de filtração comum e/ou
por gravidade, que é realizada de forma natural.
E isso pode ser explicado devido por conta das suas aplicabilidades, podendo
citar a agilidade no processo e também a eficácia do mesmo, podendo considerar
também que utilizando filtração à vácuo obtém-se um sólido com um teor de
umidade menor.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que a recristalização é o método mais utilizado para a


purificação de sólidos, pois consegue remover impurezas solúveis, insolúveis e
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coloridas. Mas atenção, sempre haverá perda de um pouco do sólido que se deseja
purificar, pois o mesmo será parcialmente solúvel a frio. Devemos também prestar
muita atenção à escolha do solvente, visto que este é de fundamental importância
para o sucesso da recristalização.
Para a obtenção do ácido fumárico a partir de uma certa quantidade do ácido
maleico, é possível, aquecendo-se o isômero CIS com uma solução aquosa de ácido
clorídrico. O HCl não vai ser consumido na reação, mas vai servir de fonte de H + que
é o catalisador, e após a catálise ocorrer é feita uma filtração a vácuo. Somado a
isto, pode-se dizer que os objetivos propostos para a realização dessa prática foram
alcançados.

6.REFERÊNCIAS

ENGEL, C.A.R.; STRAATHOF,A.J.J.; ZIJLMANS,T.W.; GULIK,W.M.; WIELEN,L.A.M.W.;


Fumaric acid production by fermentation. Applied Microbiology and Biotechnology,V.78,
p.379-389, 2008.

GULABOSKI, R.; SPIREVSKA,I.; SOPTRAJANOVA,L.; SLAVEVSKA.R.; Square-wave


voltammetric method for determination of fumaric and maleic acid- determination of fumaric
acid in wine. Analytical Letters, V.34, n.10, p. 1719-1731, 2001.

FRANCH, M.I.; AYLLÓN,J.A.; PERAL,J.; DOMENECH,X.;Enhanced photocatalytic


degradation of maleic acid by Fe(III) adsorption onto the TiO2 surface. Catalysis
Today. V.101, p.245-252, 2005.

7. QUESTÕES

Prática 03 - Isomeria cis e trans

1- Explique o papel do HCl na reação de isomerização dos ácidos maleico e


fumárico.
O ácido clorídrico (HCl) é bastante utilizado em reações de isomerização,
devido ao seu alto poder de ionização. Ao reagir, por exemplo com com o ácido
maleico, os seus íons livres H+ são atraídos pelos pares de elétrons livres nas
ligações duplas do carbono, tornando-se uma ligação simples, e pela busca de
estabilidade do composto, seus ligantes mudam-se de posição, tendo-se assim um
composto isômero.
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2- Escreva o mecanismo para esta reação de isomerização.

Fonte: Autoria própria, 2023.

3- Desenhe um diagrama de energia potencial versus coordenada da reação


para isomerização do ácido fumárico.

Fonte: Autoria própria, 2023.


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Prática 04 - Recristalização do ácido fumárico e análise algumas propriedades


físicas.

1- Por que às vezes é necessária uma mistura de dois solventes para uma
recristalização?
Antes de constatar a necessidade de se haver uma mistura de dois solventes
para uma recristalização, faz-se essencial ater-se ao conceito do que vem a ser de
fato uma recristalização.
Com isso, entende-se como sendo uma recristalização um processo e/ou
uma técnica muito utilizada com o intuito principal de purificar os componentes
envolvidos, que possuem estado físico sólido, em um dado solvente para que haja
de fato a total dissolução, culminando numa precipitação tanto do composto em
questão quanto das impurezas que possam vir ser apresentadas neste sistema,
havendo assim a dita separação. O composto normalmente é precipitado, formando
os cristais, que passam por todo um mecanismo envolvendo a filtração dos mesmos.
Visando tudo isso, faz-se sim necessário utilizar uma mistura de dois
solventes para uma recristalização, porém precisa considerar que há a possibilidade
de haver a recristalização utilizando apenas um solvente, porém neste caso em
específico, como em tantos outros utiliza-se dessa mistura, uma vez que não é
possível fazer o arranjo de um só solvente que possa permitir que essa
recristalização ocorra de forma eficiente.

2- Explicar por que se dá preferência à filtração à vácuo ao invés de filtração


por gravidade em química orgânica.
Para que se tenha de fato uma purificação considerável da solução por meio
de cristais bem formados em questão e por conseguinte, a retenção de todas as
impurezas envolvidas neste processo, o método mais utilizado e/ou apropriado neste
caso é o de filtração à vácuo em comparação direta com a de filtração comum e/ou
por gravidade, que é realizada de forma natural, e isso pode ser explicado devido
por conta das suas aplicabilidades, podendo citar a agilidade no processo e também
a eficácia do mesmo, podendo considerar também que utilizando filtração à vácuo
obtém-se um sólido com um teor de umidade menor.
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3- Por que frequentemente se adiciona uma pequena quantidade de carvão


ativo à solução quente que contém o sólido desejado antes da solução ser
filtrada para remover impurezas insolúveis (antes que ocorra a cristalização do
sólido desejado)?
O carvão ativado possui ótimas características de adsorção, por tal
propriedade é um importante aliado em alguns processos orgânicos. Ao ser
adicionado, em pequena quantidade, à solução ainda quente, antes da filtragem, o
carvão ativado adsorve todos os componentes indesejáveis da amostra, removendo
todas as impurezas que são insolúveis, a fim de obter um sólido mais puro após a
cristalização.

4- Por que a substância recristalizada é lavada nesta etapa com o solvente


gelado?
É importante salientar que ao realizar a filtração à vácuo, esses cristais
formados recebem ainda a influência da água-mãe, ou seja, possui esses resquícios
na sua composição. Com isso, é preciso extingui-la do meio, e para tal, opera-se
uma lavagem lenta e gradual durante essa filtração à vácuo, utilizando então
justamente o solvente gelado, sempre em quantidades mínimas, para não haver
nenhum movimento brusco indesejado que comprometa o processo.
Outro fator a ser considerado que justifica a utilização do solvente gelado é o
fato de minimizar as perdas e os danos que possam vir a ser causados durante este
procedimento, uma vez que o solvente gelado faz com que não haja a dissolução do
produto em questão.

5- De que modo o ponto de fusão fornece informação sobre a pureza da


substância?
Quanto mais puro é uma amostra, menor é o intervalo de fusão, sendo assim
nós podemos fazer uma comparação do ponto de fusão que a literatura nos aponta
com o ponto de fusão que foi obtido no experimento. Dessa forma, nós podemos
dizer se nossa substância está pura ou muito contaminada.
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6- Explique por que o ácido fumárico apresenta ponto de fusão superior ao


ácido maleico?
O ácido maleico é um isômero CIS, o tornando menos estável do que o ácido
fumárico que é um isômero trans. Como a molécula CIS é menos estável o seu
ponto de fusão é bem menor do que o do ácido fumárico, devido as moléculas CIS
passarem da fase sólida para fase líquida a uma temperatura menor, pois as
ligações formadas entre si são mais fracas.

7-Qual dos dois ácidos é o mais solúvel em água? Justifique sua resposta.
O ácido maleico é o isômero cis e o fumárico é o isômero trans. Visto que as
carboxilas do ácido maleico se encontram no mesmo plano espacial, elas podem
interagir e sofrer uma desidratação intramolecular, liberando uma molécula de água
e, assim, produzindo o anidrido maleico. Porém, o ácido fumárico não é capaz de
realizar uma desidratação intramolecular e, portanto, não produz um anidrido. Isso
ocorre porque os seus grupos carboxila estão em planos opostos. Sendo assim, o
ácido maleico é mais solúvel em água.

8- Calcule o rendimento para a isomerização do ácido fumárico a partir do


maleico.
Rendimento% = (Mf x 100) / Mi
Rendimento% = (0,0735 x 100)/ 2,0075 = 3,66 %

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