Nutrição Nas Diferentes Fases Da Vida PDF

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Revista F@pcincia, Apucarana PR, ISSN 1984-2333, v.8, n.3, p.16 28, 2011 "#!

A IMPORTNCIA DA NUTRIO NAS DIFERENTES FASES DA VIDA PEREIRA, B. A.;OLIVEIRA, L. S. de; SANTOS, P. C. dos; PRAZERES, R. G.1 PIRES, C. R. 2 RESUMO A boa nutrio fundamental em todas as fases da vida gestao, infncia e adolescncia, na fase adulta e velhice, pois esta capaz de prevenir diversas doenas. Durante a gestao, importante estar atento s necessidades nutricionais que esto mais elevadas, pois o beb necessita dos nutrientes consumidos pela me para ter um bom desenvolvimento. J na infncia os cuidados com a nutrio esto voltados para o crescimento e desenvolvimento, e tambm nesta fase que se inicia a formao dos hbitos alimentares com a introduo da alimentao complementar. A adolescncia (10-19 anos) marcada pela puberdade, e nesta fase as necessidades de nutrientes aumentam devido ao rpido desenvolvimento, porm, a educao alimentar dos adolescentes, no tarefa fcil, pois tm omisso de refeies, livre acesso a fast foods e dietas da moda. Na fase adulta, verifica-se o crescimento e as propores corporais de um indivduo ou de uma comunidade, utilizando as tcnicas antropomtricas, e verificando possveis doenas ligadas a alimentao inadequada. E na velhice, preciso ateno para a perda ou diminuio do olfato e paladar, sedentarismo, hbitos alimentares inadequados, hidratao e integrao social, elaborando assim estratgias para promover uma melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Gestantes. Crianas. Idosos. Alimentao. Avaliao Nutricional. ABSTRACT The good nutrition is fundamental in all of the phases of the life - gestation, childhood and adolescence, in the adult phase and old age, because this is capable to prevent several diseases. During the gestation, it is important to be attentive to the nutritional needs that you/they are more elevated, because the baby needs the nutrients consumed by the mother to have a good development. Already in the childhood the cares with the nutrition are gone back to the growth and the child's development, and it is also in this phase that the formation of the alimentary habits begins with the introduction of the complemental feeding. The adolescence (10-19 years) it is marked by the puberty, and in this phase the needs of nutrients increase due to the fast development, however, the adolescents' alimentary education, is not easy task, because the same ones have omission of meals, free access the fast foods and diets of the fashion. In the adult phase it is verified the growth and an individual's corporal proportions or of a community, using the techniques of corporal measures, and verifying possible tied diseases the inadequate feeding. And in the old age, it is
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Graduandas do curso de Nutrio da Faculdade de Apucarana. !

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necessary attention for the loss or decrease of the sense of smell and palate, sedentary, inadequate alimentary habits, hydration and social integration, elaborating like this strategies to promote a better life quality. Keywords: Pregnant. Children. Senior. Feeding. Nutritional Evaluation. INTRODUO Uma alimentao e nutrio adequadas constituem requisitos bsicos de direitos a vida para a promoo da sade e proteo contra doenas, o que torna possvel um grande potencial de crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida. Alguns perodos so considerados crticos porque apresentam necessidades fisiolgicas e psicossociais especficas, demandando ateno especial com a alimentao. Cada fase da vida tem sua particularidade, porm a nutrio de igual importncia em todas elas, visto que a avaliao nutricional essencial para determinar as necessidades nutricionais que condiz com o estado atual do indivduo. NUTRIO NA GESTAO Na gestao, a mulher fica com maior vulnerabilidade nutricional, estando sujeita m alimentao; nesse momento que o organismo se encontra em intenso anabolismo expressando um aumento nas necessidades nutricionais (SILVA; MURA, 2007). A morbidade da gestante caracteriza-se pela dualidade do estado de sade e nutrio. O baixo peso materno e as carncias de micronutrientes podem resultar em baixo peso ao nascer, e j o sobrepeso e a obesidade podem desenvolver diabetes gestacional e sndrome hipertensiva da gravidez e suas consequncias para com a me e o beb (BAIO; DESLANDES, 2006). Barros et al (2004) afirmam que gravidez na adolescncia est associada ao baixo peso ao nascer, parto pr-termo e mortalidade infantil. No entanto, COSTA e NETO (1999) destacam que h estudos sobre a gestao adolescente sobre a interferncia de diferentes fatores na evoluo gestacional e na evoluo neonatal. Resultados da pesquisa demonstram que se as variveis so controladas, a idade materna isolada no responsvel pelo baixo peso ao nascer.

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As recomendaes nutricionais no pr-natal so direcionadas para o consumo de energia pelo organismo e o ganho de peso durante a gestao, sendo assim uma adequada ingesto energtica se resume em um ganho ponderal gestacional satisfatrio. O ganho de peso mostra o crescimento fetal e a expanso de tecidos maternos como placenta, tecido adiposo, tero e mamas, e tambm aumento de lquido extracelular, volume sanguneo e lquido amnitico (ANDREATO et al, 2006). O ganho insuficiente durante a gravidez est relacionado com recmnascido baixo peso (RNBP), recm-nascido pr-termo (RNPT) e morbimortalidade neonatal. Por isso, h necessidade de se traar metas de ganho de peso. Dos fatores biolgicos que influenciam no ganho de peso, o ganho materno o que mais influencia no peso de nascimento. Isso est relacionado com inadequado crescimento do volume plasmtico, e com isso h um fluxo placentrio reduzido, o transporte de oxignio e nutrientes para o feto fica prejudicado. Mas o ganho excessivo de peso tambm traz prejuzos com ocorrncia frequente de macrossomia fetal, diabetes gestacional e hipertenso. E tambm pode ter maior dificuldade na hora do parto, tendo maior prevalncia para cesarianas (SILVA; MURA, 2007). A gestante necessita de uma maior quantidade de nutrientes, em especial o cido flico, ferro e clcio, essenciais para a formao do feto e manuteno da sade da Gestante. Recomenda-se a ingesto de cido flico atravs de ingesto alimentar e suplementao antes da concepo e no primeiro trimestre gestacional, pois este previne que o beb tenha defeitos no tubo neural, uma vez que auxilia no fechamento deste para que aps esse processo possa formar o crebro e a medula espinhal. O ferro extra necessrio na ltima metade da gravidez, quando ocorre maior demanda materna e fetal. J o nvel de clcio adequado previne a Doena Hipertensiva Especfica da Gravidez (DHEG) e a falta de clcio pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento fetal, presso arterial, podendo ocorrer alteraes na membrana, contraes prematuras e precipitao no parto (COZZOLINO, 2009; MAHAN; STUMP, 2002; SILVA; MURA, 2007). NUTRIO NA INFNCIA E ADOLESCNCIA Durante todo o ciclo vital, a nutrio igualmente de grande importncia. O ser humano precisa de alimento para crescer, desenvolver e sobreviver. Assim, na

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infncia indispensvel uma boa nutrio, para o crescimento e desenvolvimento adequados (DUTRA-DE-OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). O primeiro ano de vida marcado por um crescimento e desenvolvimento acelerados, portanto, o lactente necessita de grande quantidade e variedade de nutrientes para garantir as exigncias aumentadas pelo efeito da multiplicao e diferenciao celular. E para chegar vida adulta com sade, as crianas necessitam de uma base slida de bons hbitos alimentares, pois, embora existam controvrsias, senso comum que a preveno de algumas doenas degenerativas do adulto deva comear na infncia (GALISA; ESPERANA; S, 2008; SIZER; WHITNEY, 2003). Com a introduo de alimentos complementares aps os 6 meses, inicia-se a formao de hbitos alimentares que podem perdurar por toda a vida, sofrendo vrios tipos de influncias como, culturais, socioeconmicas, religiosas e psicolgicas. A variedade de alimentos importante, pois a oferta de nutrientes passa a ser maior em qualidade. Os alimentos devem ser oferecidos um de cada vez para que a criana possa apreciar os sabores e a me possa observar qualquer reao alrgica (RICCO; ALMEIDA; CIAMPO, 2005; SIZER; WHITNEY, 2003). Uma criana no primeiro ano de vida triplica o seu peso em relao ao peso do nascimento, enquanto o comprimento aumenta em 50%. Assim, na vigncia de dficit nutricional em qualquer idade, a altura no sofre impacto imediato, mas o peso sim. Por esse motivo que se reconhece a importncia de se manter as crianas com peso adequado, para que no haja prejuzo na estatura, pois esta no apresenta condies de recuperao (VITOLO, 2008). O perodo pr-escolar (1 a 6 anos) caracteriza-se por diminuio na velocidade de crescimento e, portanto, diminuio do apetite, pois ocorre uma desacelerao do crescimento. Nessa fase, deve-se estar atento tambm inapetncia da criana, que pode ser comportamental, quando a criana deixa de comer para chamar a ateno e observa que esta ttica funciona; ou tambm pode ser orgnica, podendo estar associada deficincia de micronutrientes, especialmente o ferro (VITOLO, 2008). Os profissionais da sade devem ficar atentos s deficincias nutricionais nesta fase, visto que estudos sobre os aportes dietticos de crianas relatam que clcio, ferro, zinco, cido ascrbico e vitamina A so os nutrientes cujos teores mais

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provavelmente

estaro

baixos

ou

deficientes

na

alimentao

(GALISA;

ESPERANA; S, 2008). Com a idade escolar (7 a 10 anos) que precede o estiro pubertrio, possvel ocorrer o fenmeno de reserva energtica, como forma de guardar energia para ser usada na fase de intenso crescimento pubertrio. Por esse motivo, se o pr-pbere apresentar sobrepeso repentino e no houver evidncias de fatores de risco para obesidade (hbitos alimentares errneos, pais obesos, sedentarismo, fatores emocionais), no h necessidade de interveno se houver segurana de que um fenmeno biolgico. Mas preciso ateno, pois eles tm mais acesso a refrigerantes, frituras e guloseimas (GALISA; ESPERANA; S, 2008). fato comprovado que, afastados os fatores de ordem psicolgica, o rendimento escolar da criana funo direta de sua alimentao. Ento, o profissional nutricionista deve estar atento aos problemas nutricionais mais frequentes entre os escolares, que so: obesidade, baixo peso/incapacidade de desenvolvimento, anemia ferropriva e cries dentrias (DUTRA-DE-OLIVEIRA; MARCHINI, 2008; GALISA; ESPERANA; S, 2008). A avaliao do estado nutricional atravs da antropometria uma importante ferramenta para a anlise das condies de sade e nutrio de crianas. Os indicadores mais utilizados e recomendados pela Organizao Mundial de Sade OMS e adotadas pelo Ministrio da Sade so: estatura por idade (E/I), peso por idade (P/I), peso por estatura (P/E). Assim, no caderno do SISVAN Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional, h tabelas com os percentis para cada indicador, sendo os percentis 0,1; 3; 10 e 97 os pontos de corte para determinar o estado nutricional da criana (ORELLANA et al, 2009; NACIF; VIEBIG, 2008; SISVAN, 2004). As curvas de crescimento tambm tm sido amplamente usadas na observao do crescimento infantil, representando a distribuio das variveis mais utilizadas: peso, estatura, IMC e permetro ceflico, relacionados entre si ou com idade de uma populao de referncia, assim como a National Center for Health Statistics (NCHS/1977) (ORELLANA et al, 2009; NACIF; VIEBIG, 2008). A adolescncia compreende a idade entre 10 e 19 anos e inicia-se prxima da puberdade. O acmulo de gordura corporal nessa fase considerado normal desde que no ultrapasse os 20% do peso esperado para a estatura do jovem e que acontea com os primeiros sinais da puberdade: crescimento dos pelos pubianos e

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da genitlia e da mama. E com o incio dessa fase, as necessidades de todos os nutrientes tornam-se maior do que em qualquer outra poca da vida (VITOLO, 2008; SIZER; WHITNEY, 2003). Os hbitos alimentares dos adolescentes assemelham-se aos dos adultos e refletem o modelo imposto pela vida moderna, caracterizando-se por omisso de refeies, principalmente o caf-da-manh, realizao de refeies fora de casa, geralmente lanches e doces, e pela utilizao frequente de alimentos do tipo fast food. Alimentos esses associados obesidade, e das dietas da moda, item que se relaciona diretamente com os transtornos alimentares (bulimia e anorexia nervosa), que tm como caracterstica comum, a preocupao excessiva com o peso e formato do corpo, necessitando de um rigoroso acompanhamento multidisciplinar para o tratamento (DUTRA-DE-OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). A educao alimentar dos adolescentes no uma tarefa fcil e deve levar conscientizao da importncia da alimentao saudvel e oferecer alternativas apropriadas idade. O enfoque deve ser diferenciado entre os sexos, pois meninas e meninos tm interesses diferentes quanto sade e imagem corporal, direcionando-os para uma melhor adequao dos hbitos alimentares atuais, mais do que sugerir mudanas radicais (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005). Os indicadores utilizados para avaliar o estado nutricional de adolescentes entre 10 e 20 anos, so os mesmos que para as crianas, porm os critrios de aplicao e interpretao dos dados so mais complexos, devido ao incio da puberdade e estiro de crescimento que variam de um individuo para o outro. Assim, o IMC mais adequado do que o P/E e P/I, pois parece refletir melhor as mudanas da forma corporal. Tendo isto em vista, o Ministrio da Sade adotou o IMC segundo idade e sexo (padro de referencia NHANES II), cuja classificao deve ser realizada segundo uma curva de distribuio em percentis por sexo e idade (F. JNIOR et al, 2008; NACIF; VIEBIG, 2008; SISVAN, 2004). NUTRIO NA FASE ADULTA A avaliao do estado nutricional no indivduo adulto tem por objetivo verificar o crescimento e as propores corporais visando estabelecer atitudes de interveno. Dessa forma, de fundamental importncia a padronizao da

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avaliao a ser utilizada para cada faixa etria, uniformizando assim os critrios empregados pela equipe de sade (SIGULEM, et al, 2000). O ndice de massa corporal (IMC) o indicador mais utilizado para avaliar o estado nutricional do indivduo adulto, sendo sua frmula resultante do peso dividido pela altura (m) ao quadrado. O valor obtido comparado com valores de referncia, utilizando-se pontos de corte apresentados na tabela 1 (VITOLO, 2008).
Tabela 1 - Classificao do ndice de massa corporal (IMC) para adultos.

Estado Nutricional Eutrfico Excesso de peso grau I Excesso de peso grau II Excesso de peso grau III

Valores de IMC 18,50 a 24,99 Kg/m! 25,00 a 29,99 kg/m! 30,00 a 39,99 kg/m! "40 kg/m!

Fonte: Organizao Mundial da Sade (OMS), 1998.

Na fase adulta percebemos que a prevalncia do Diabetes Mellitus e da obesidade est aumentando de forma exponencial, pois considerada uma sndrome multifatorial na qual a gentica, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo diferentes quadros clnicos, nas diversas realidades scio-econmicas. A diabete um fator de risco para hipertenso arterial que est entre as trs principais doenas responsveis como causa de morte entre as sociedades ocidentais e est associada presena de diversos fatores de risco, como hereditariedade, sedentarismo, tabagismo, etilismo e ingesto elevada de sal (SOUZA, 2007; CHAVES et al, 2006; CATANEO; CARVALHO; GALINDO, 2005; SARTORELLI; FRANCO 2003; GIGANTE et al, 1997). Segundo a American Diabetes Association, a melhor estratgia nutricional para promoo da sade e reduo das doenas crnicas a obteno de nutrientes adequados a partir de uma alimentao variada equilibrada baseada nos pilares da Pirmide dos Alimentos. O tratamento da doena envolve alteraes no estilo de vida, principalmente com relao aos hbitos alimentares, realizao de atividade fsica e uso de medicamentos que melhoram o perfil lipdico, reduzem os nveis pressricos e so essenciais para o controle de peso e da glicemia (GERALDO et al, 2008; FURTADO; POLANCZYK, 2007).

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A importncia de se conhecer o consumo alimentar prende-se ao fato de existir correlao positiva entre dieta e risco de morbimortalidade. Dietas inadequadas, aquelas com elevado teor de lipdios, energia e carboidratos simples, podem ser consideradas fator de risco para as doenas crnicas, como hipercolesterolemia, doenas cardiovasculares e algumas formas de cncer (GARCIA; GAMBARDELLA; FRUTUOSO, 2003). NUTRIO NA VELHICE O envelhecimento, apesar de ser um processo natural do ser vivo, acarreta diversas alteraes anatmicas e metablicas que trazem consequncias sade do idoso (DUARTE, 2007). Com o envelhecimento, h um aumento na gordura corporal total. Este inclui: diminuio da oxidao lipdica associada com a diminuio da massa muscular, reduo da atividade da lipase e dificuldade de utilizar gordura como fonte calrica durante os exerccios. Ou seja, essas modificaes no tecido muscular ocorrem principalmente em virtude da diminuio da taxa metablica basal e da falta de atividade fsica consequentemente (DUTRA-DE-OLIVEIRA, 2008; SAMPAIO, 2004). Um dos fatores que explicaria o aumento do tecido adiposo em idosos seria a dificuldade em identificao do cheiro e sabor dos alimentos, o que se entende pelas mudanas fisiolgicas decorrentes da idade avanada. Bem como a maior tendncia ao sedentarismo e a inadequados hbitos alimentares, alm de outras mudanas scio-comportamentais (FRANCISCO et al, 2010; GRIEP; METS; MASSART, 2000). A perda gustativa e a perda de apetite em pessoas de idade mais avanada se devem muitas vezes ausncia de dentio junto ao uso de prteses. Indivduos que usam dentaduras mastigam 75 a 85% com menos eficincia que aquelas com dentes naturais, acarretando uma diminuio da ingesto de carnes, frutas e vegetais frescos, razo pela qual, idosos com prteses totais tendem a consumir alimentos de fcil mastigao, alimentos macios, pobres em fibras, vitaminas e minerais, fato que pode levar ao consumo inadequado de energia. A desidratao torna-se frequente podendo desencadear outros agravos como enfermidades infecciosas e cerebrovasculares. A menor ingesto hdrica pode ainda ser

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decorrente de alguma debilidade fsica, pois, neste caso, h certa dependncia de outras pessoas, no entanto, a alterao na sensao de sede atribuda disfuno cerebral e/ou diminuio da sensibilidade dos osmorreceptores (CAMPOS; MONTEIRO, 2000). A integrao social outro fator que tem papel importante na alterao do consumo alimentar do idoso. A carncia familiar e social diminui a autoestima desse indivduo, criando a possibilidade de se alimentar de forma inadequada em quantidade e qualidade, alm da tendncia ao desestmulo para comprar e preparar alimentos variados e nutritivos (CAMPOS; MONTEIRO, 2000). Decorrente de maus hbitos alimentares e mudana na composio corporal, o idoso tem aumento de sua massa gorda, elevao de sua glicemia, aumentando os riscos para o diabetes mellitus do tipo 2, tanto quanto a dislipidemia e a hipertenso arterial sistmica, que so condies que favorecem o desenvolvimento de doenas cardiovasculares (CARNEIRO et al, 2003; SILVEIRA, 2003). A obesidade um mal que atinge cerca de # da populao adulta e apresenta uma tendncia crescente nos ltimos anos entre as pessoas idosas. No caso das mulheres, h ainda um acrscimo, pois se observa um aumento na relao cintura quadril consequncia da gordura abdominal da mulher quando entra na menopausa (CABRERA FILHO, 2001; TRMOLLIERES; POWILLES; RIBOT, 1996; LEY; LEES; STEVENSON, 1992). Com isso, v-se a necessidade de investigar sinais de deficincia ou excesso na avaliao nutricional do idoso, juntamente a interpretao de exames bioqumicos, histria clnica, medidas antropomtricas e/ou qualquer outro mtodo mais apropriado. (DUTRA-DE-OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). CONSIDERAES FINAIS A nutrio adequada de fundamental importncia em todos os estgios da vida, pois esta necessria tanto para crescimento e desenvolvimento corpreo e neuropsicolgico quanto para a manuteno destes, uma vez que a preveno de doenas e m-formao se faz desde o perodo fetal, atravs da alimentao materna.

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Portanto, faz-se necessria uma avaliao nutricional adequada em todas as fases da vida e seus estados fisiolgicos, determinando assim as necessidades nutricionais adequadas para cada indivduo levando em considerao suas particularidades e provendo uma melhor qualidade de vida. REFERNCIAS ANDREATO, L. M. et al. Fatores associados ao ganho ponderal excessivo em gestantes atendidas em um servio pblico de pr-natal na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. Cadernos de Sade Pblica. v. 22, n.11, Rio de Janeiro. Novembro. 2006. BAIO, M. R.; DESLANDES, S. F. Alimentao na gestao e puerprio. Revista de Nutrio, Campinas, Mar/Abr. 2006. BARROS, D. C. et al. O consumo alimentar de gestantes adolescentes no Municpio do rio de Janeiro. Cadernos de Sade Pblica. v. 20 supp1.1, Rio de Janeiro. 2004. CABRERA, M. A. S.; FILHO, W. J. Obesidade em Idosos: Prevalncia, Distribuio e Associao Com Hbitos e Co-Morbidades. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. v.45, n.5, So Paulo. Outubro. 2001. CAMPOS, M. T. F. S.; MONTEIRO, J. B. R. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrio do idoso. Revista de Nutrio. v.13, n. 3, Campinas. Set./Dez. 2000. CARNEIRO G. et al. Influencia da distribuio da gordura corporal sobre a prevalncia de hipertenso arterial e outros fatores de risco cardiovascular em indivduos obesos. Revista da Associao Mdica Brasileira. v.49, n.3, So Paulo. Julho./Setembro. 2003. CATANEO, C.; CARVALHO, A. M. P.; GALINDO, E. M. C. Obesidade e Aspectos Psicolgicos: Maturidade Emocional, Auto-conceito, Locus de Controle e Ansiedade. Psicologia: Reflexo e Crtica, 18 (1), pp. 39-46, 2005. CHAVES, E. S. et al. Eficcia de programas de educao para adultos portadores de Hipertenso Arterial. Revista Brasileira de Enfermagem 59 (4): 543-7, Jul./Ago. 2006. COSTA, M. C. O.; NETO, A. F. O. Abordagem nutricional de gestantes e nutrizes adolescentes: Estratgia bsica na preveno de riscos. Jornal de Pediatria, v.75, n.3, 1999. COZZOLINO, Silvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. 3. ed. So Paulo: Manole, 2009.

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