MIASES

Infestao de vertebrados vivos por larvas de Dpteros que, pelo menos durante certo perodo, se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro ou de suas substancias corporais ...

CLASSIFICAO das Miases

1- Local de Ocorrncia: CUTNEA, SUBCUTNEA, CAVITRIAS (nasais, gstrica, ocular,etc.) 2- Caractersticas Biolgicas da Mosca: A) PRIMRIA OU OBRIGATRIA B) SECUNDRIA OU FACULTATIVA

CLASSIFICAO das Miases

A) PRIMRIA OU OBRIGATRIA
Causadas pelas larvas de Dpteros que necessariamente se desenvolvem no hospedeiro Cochliomyia hominivorax, Dermatobia hominis,Gasterophilus sp., Oestrus ovis.

B) SECUNDRIA OU FACULTATIVA
Larvas de moscas que se desenvolvem em carcaas ou outra matria orgnica e podem utilizar o tecido necrosado de um animal vivo. Chrysomya sp, Phaenicia sp, Cochliomyia macellaria, espcies da Famlia Sarcophagidae.

Moscas Causadoras de Miase Primria

Cochliomyia hominivorax Miase Superficial Dermatobia hominis Gasterophilus Miase Cavitria Oestrus ovis

Cochliomyia hominivorax
MORFOLOGIA Adultos
8 mm comprimento Metlicas verde-azul Trax: trs faixas negras longitudinais Varejeira e mosca da Bicheira

Cochliomyia hominivorax
Ciclo
Fmea deposita at 390 ovos/postura Copula uma nica vez na vida Ovos colocados em: Margem de feridas de animais de sangue quente Cortes (arame, castrao, tosquia, descorna, amputao,etc.) Umbigos de bezerro Infeces (vulva, gengiva, etc) Total de 2800

Cochlyomyia hominivorax
12 a 20h

Ovos

Larvas
- Alimentam-se vorazmente em tecido vivo - Em 4 a 8 dias j esto maduras

- 10 a 300 ovos - Aberturas naturais do corpo ou soluo de continuidade

8 dias

Adultos

Pupas

- Adultos s copulam uma vez - Alimentam-se de nctar, secrees ...

- No solo

Cochliomyia hominivorax
LARVAS Larvas vermiformes Cor branco-amarelado Larvas emergem aps 12 a 20 horas Alimentam-se do tecido L1 a L3 4-8 dias

(L3) Medem 17mm

Cochliomyia hominivorax
Larvas Perodo de 5 a 7 dias caem no solo para puparem Pupa 7 dias no vero

Mais de 1 ms no inverno

Adulto

Importncia
Brasil prejuzo anual de U$180 milhes Queda crescimento, produo leite e carne Inquietao, febre e falta apetite Mutilao dos animais Mortalidade Custo com controle Danos ao couro

Cochliomyia hominivorax
Gravidade das leses
Nmero de larvas instaladas Regio do corpo afetada Evoluo Exigncia de ferimento prvio

Controle
Erradicao- obtida EUA Retirada das larvas Uso de repelente em feridas Evitar descorna, castrao, etc., durante perodos quentes do ano Proteo e limpeza de ferimentos

Famlia Cuterebridae Dermatobia hominis

Adultos

15 mm

Cabea amarelada

Olhos pequenos e afastados

Peas bucais atrofiadas Trax castanho-escuro Abdome azul metlico

Dermatobia hominis
Mosca berneira Berne

Miase cutnea superficial do tipo furunculoso Sul do Mxico at norte da Argentina Regies quentes e midas Vegetao abundante Altitude inferior a 1000m

Ciclo Biolgico
No se alimentam Adultos tmidos Fmeas aps a cpula Capturam outro dptero menor Total de 700

Depositam ovos (30-38) no abdome Incubao dos ovos Inseto fortico Estmulo para ecloso 6 dias

Pousa no hospedeiro Calor do hospedeiro

L1 penetra ativamente na pele

Dermatobia hominis
Larvas: espirculo voltado para exterior Orifcio penetrao permanece aberto Larva no mesmo local de penetrao Durao do ciclo em bovinos: 29 a 45 dias

Dermatobia hominis
Espirculo L1 1,5 x 0,3 mm Cilndricas

Espinhos

L2 Piriforme Parte anterior dilatada L3 Oval alongada

Dermatobia hominis
Maior incidncia em bovinos Desvalorizao do couro (principal causa) Queda produo leite e ganho peso 20 - 40 bernes 9-14% ganho de peso Prejuzo de U$ 650 milhes/ano no Brasil Acomete ces e seres humanos Raramente acomete eqinos

Controle
Uso de substncias inseticidas sobre o hospedeiro Ces e seres humanos Ocluso do orifcio Aplicar no orifcio Retirada individual Esparadrapo, pedao de fumo ou toucinho ter, clorofrmio ou gua fervida com fumo de rolo Retirada com presso dos dedos Infeco

Larva fica asfixiada e/ou intoxicada

Se ocorrer ruptura da larva

DPTEROS PRODUTORES DE MIASES CAVITRIAS

Causada por moscas produtoras de miases PRIMRIAS, tendo o desenvolvimento das suas larvas no interior do hospedeiro Gasterophilus Oestrus ovis

GASTEROPHILUS
G. nasalis G. intestinalis G. haemorhoidalis

GASTEROPHILUS spp.
Adultos
Grandes 9 a 18 mm

Corpo densamente piloso Amarelado Zumbido Aparelho bucal atrofiado No alimentam Vivem 2 a 3 semanas Abelhas

Fmea voa ao redor eqinos

Depositam ovos nos plos dos eqinos Plos da regio mandibular ( G. nasalis e G. haemorhoidalis) e patas(G. intestinalis)

Pupa no solo, aps 4 semanas origina o adulto Fezes

Larva sai (6 dias) e penetra tecido epitelial da boca

Permanecem por 10 a 12 meses

Aps 3 a 4 semanas na regio oral,gengiva, fixam-se na regio estomacal

Larvas permanecem por 10 a 12 meses nos estmago Gasterophilus nasalis (Larvas no duodeno) Larvas desprendem da mucosa e saem nas fezes

Pupa no solo, aps 4 semanas origina o adulto

Gasterophilus
Importncia Pouco patognicas lcera Abscesso gstrico Ruptura do estmago Peritonite Prolapso retal Achado de necrpsia

Gasterophilus
CONTROLE
Escovao para remoo dos ovos do pelo Colocar os animais em locais sombreados durante atividade da mosca (12 s 18 hs.) Tratar os animais com inseticidas

Oestrus ovis
Grandes: 1 cm Acinzentadas Manchas negras

Oestrus ovis
Moscas adultas no alimenta Vivem semanas Fmeas larvparas

Parasitam ovinos e caprinos

Oestrus ovis

Depositam larvas nas narinas

Migram para seios frontais, nasais e maxilares Causa rinite e sinusite, podendo ser severa Miase Naso-sinusial

Oestrus ovis
25 dias a um ano deixam o hospedeiro

Exterior pelo espirro

Pupa no solo

Adultos aps 4 semanas no vero

Oestrus ovis
Importncia Reagem ao ataque colocando narina no solo Animais param de se alimentar Predispor animal a infeces secundrias Perda de apetite e peso, podendo morrer (ovinos geralmente evoluo benigna)

Controle
Larvas: inseticidas sistmicos

Tabandeos Filo Arthropoda Classe Insecta Ordem Diptera Sub ordem Brachycera Famlia Tabanidae

Tabandeos
Morfologia Ovos Fusiformes Impermeveis gua Larvas Eclodem em condies favorveis 7-8 mudas Ciclo dura 1 ano ou mais

Tabandeos
ADULTOS Ambientes variados Voam vrios quilmetros Fmeas hematfagas Diurnas

Baixa especificidade hematofgica Sugam sangue de mamferos e rpteis, raramente aves Raramente penetram habitaes ou abrigos de animais domsticos. Uma gerao por ano

Tabandeos
IMPORTNCIA Irritante Animais deixam de pastar e perdem peso Casos de grande perda de sangue Transmisso Mecnica

Trypanossoma evansi Trypanosoma vivax AIE Anaplasma marginale

Tabandeos
CONTROLE Dispendioso e difcil

Tamanho e disperso criadouros Repelentes nos animais invivel

Apenas em condies especiais

Armadilhas

recomendado