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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING DE RELACIONAMENTO Por: Diovana ReginaIdo da Costa Orientador Prof. CeIso Sanchez Rio de Janeiro 2004 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING DE RELACIONAMENTO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação ¨Lato Sensu¨ em Marketing no Mundo Globalizado. Por: Diovana Reginaldo da Costa. ...Agradeço a atenção e colaboração dos mestres durante na duração do curso, pela experiência e sabedoria colocadas à nossa disposição, sem as quais não seria possível mais esse engrandecimento pessoal. ...Dedico este trabalho a Deus, à minha família, às minhas colegas de estudo, que compartilharam comigo durante várias horas de estudo, me ajudando a vencer mais esse desafio em minha vida pessoal, através de estímulo nas horas difíceis, pesquisas conjuntas e espírito de equipe junto aos colegas de classe. A busca por uma aproximação cada vez maior entre empresas e seus clientes sejam, eles consumidores individuais ou outras organizações, não é recente. Desde meados do século XX, a mentalidade de produção ¨de dentro para fora¨ vem cedendo espaço a um foco ¨de fora para dentro¨, em que se privilegiam as necessidades e expectativas dos clientes para então projetar a organização e os bens e serviços de modo a atendê-las. Um exemplo claro é o movimento pela qualidade, que se espalhou pelo mundo a partir dos anos 60-70 e teve bastante força no Brasil nos anos 80-90. O que é mais novo no Brasil é o uso mais integrado, pelas empresas, das diversas ferramentas que compõem a ciência do marketing. Até há uns 15 anos, ¨marketing¨ no Brasil significava quase que tão somente ¨propaganda¨. Ìsso porque, em primeiro lugar, no Brasil, há veículos de mídia que atingem uma parcela muito grande da população, e, concentrando sua mensagem nesses veículos, era relativamente simples falar com todos os clientes. Em segundo lugar, e talvez mais relevante, nossa herança inflacionária corroia em grande parte quaisquer informações que se levantassem sobre o mercado. Com isso, várias das possibilidades de marketing, em especial aquelas que lidam com séries históricas de números, ficaram prejudicadas. Ora, com a estabilidade de nossa moeda, a partir do Plano Real, passamos a poder compilar informações que nos permitiam tomar decisões e medir o impacto dessas decisões. Nesse cenário, firma-se como tendência relevante o crescimento do papel do Marketing de Relacionamento no Brasil. Mas o que é Marketing de Relacionamento afinal? É algo muito amplo. Marketing de Relacionamento é uma estratégia de negócios que visa construir pró-ativamente uma preferência por uma organização com seus clientes, canais de distribuição e funcionários, contribuindo para o aumento do desempenho dessa organização e para resultados sustentáveis. Consiste, portanto, em lançar mão de várias ferramentas do marketing, integradas sob um grande ¨guarda-chuva¨, que garante alinhamento estratégico e coerência de ação. O método que foi levado em consideração para se obter o problema proposto e a sua respectiva resposta foi estudar e analisar as diversas estratégias utilizadas do Marketing de Relacionamento das indústrias farmacêuticas de medicamentos éticos, através de pesquisas em bibliografias direcionadas sobre os esforços promocionais implementados pela empresa Janssen Cilag Farmacêutica de medicamentos éticos.e o que se pretende fazer é identificar como essas ferramentas se inserem nos esforços de marketing de relacionamento, caracterizar os aspectos positivos e negativos da utilização dessas estratégias promocionais e avaliar os resultados obtidos com cada uma dessas ferramentas que constituem o Marketing de relacionamento. ÌNTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO Ì ÷ O que é Marketing de Relacionamento 9 CAPÍTULO ÌÌ ÷ O ponto de vista do cliente 11 CAPÍTULO ÌÌÌ ÷ A perspectiva da Empresa 14 CAPÍTULO ÌV ÷ A quantificação do tempo 17 CAPÍTULO V ÷ Ìdentificação das necessidades de relacionamento do Cliente 21 CAPÍTULO VÌ ÷ Estratégias de Marketing de Relacionamento que realmente trazem resultados 26 CAPÍTULO VÌÌ ÷ Vendas Diretas 31 CONCLUSÃO 35 HÌSTÓRÌCO DA JANSSEN CÌLAG FARMACÊUTÌCA 36 ORGANOGRAMA FUNCÌONAL DA EMPRESA 39 REFERÊNCÌA BÌBLÌOGRÁFÌCA 40 ÍNDÌCE 41 FOLHA DE AVALÌAÇÃO 43 Neste trabalho será abordado um tema que está na moda o ¨Marketing de Relacionamento¨ significa aqui desenvolver ferramentas e meios que permitam um contato direto, quase íntimo com o cliente, procurando desenvolver-lhe uma psicologia de fidelidade com o fornecedor. Demonstrar a importância de uma boa prestação de serviço e como fazê-lo perfeitamente. Nunca esquecendo que o sucesso da empresa depende da satisfação dos clientes, que são os mesmos que satisfeitos com um serviço e sentindo-se seguro farão por si só a prospecção do respectivo serviço. O perfeito conhecimento dos clientes, suas necessidades, problemas e expectativas. É preciso estar atento para aquilo que realmente o cliente espera da empresa, isso o levará a qualidade dos serviços prestados. A metodologia para o perfeito desenvolvimento do trabalho está voltada para uma rica fonte de referências bibliográficas, lá serão elucidados diversos conceitos e pensamentos de autores famosos neste campo de atuação, serão abordados temas como: o ponto de vista do cliente; a perspectiva da empresa; a quantificação do tempo; necessidades do cliente; pesquisa de mercado; retenção do cliente ¨fidelidade¨ entre outros, esses pontos são primordiais para o perfeito entendimento no que diz respeito a está questão que é o Marketing de Relacionamento. O trabalho expõe as reflexões de alguns autores. Eloi Zanetti segundo ele era preciso desenvolver ferramentas para desenvolver um sistema para assim poder estabelecer relacionamentos e parcerias com os seus clientes. Segundo Philip Kotler "A tendência é passar do marketing de massas ao marketing de segmentos, ao marketing de nichos e finalmente ao marketing one- to-one¨. O QUE É MARKETING DE RELACIONAMENTO? O Marketing de Relacionamento se torna importante na medida em que as empresas tomam ciência de que ganhar novos clientes custa muito mais caro do que manter os clientes existentes. Entre os benefícios do Marketing de Relacionamento que podem ser demonstrados por técnicas contábeis são: - Custos de aquisição de novos clientes; - Alterações na sua quantidade de clientes; - Alterações relacionadas àquilo que cada cliente está comprando de você. Portanto, um número cada vez maior de empresas vem encarando o Marketing de relacionamento como uma parte do investimento necessário para uma vantagem competitiva perante os concorrentes. As vantagens de um programa de Marketing de Relacionamento são: 1. Aumento da retenção e lealdade do cliente ÷ os clientes ficam com você por períodos mais longos, compram mais de você e também o fazem com maior freqüência (aumento do valor do tempo de vida). 2. Maior lucratividade por cliente, em função de: - Custos menores para seduzir os clientes; - Redução do custo de venda. 1.1 O MARKETING DE RELACIONAMENTO E O PRODUTO O produto e o serviço, ao serem fornecidos, são embalados junto com um elenco de outros elementos. Alguns podem estar sob controle da empresa e outros nem tanto. Assim, é importante identificar todos os elementos do pacote que podem ser percebidos pelo seu cliente como muito importantes ou importantes, ao mesmo tempo em que se deve otimizá-los, tanto quanto possível. E por fim, a empresa deve assegurar que aquilo que foi planejado seja proporcionado nos pontos de contato com os clientes. Uma outra preocupação que a empresa deve ter é que departamento, função ou pessoa, dentro da organização, tem o direito de determinar como os contatos com os clientes devem ser gerenciados? Para isso, a empresa deve considerar: 1. A identificação a análise de como você irá atender tais necessidades; 2. O planejamento de um processo de organização para fazer isso; 3. A implementação de um processo de organização para fazer isso; 4. A monitoração desse processo em operação. Podemos dizer que os clientes esperam que a empresa gerencie o relacionamento com eles, ou seja, esperam que sejam serem gerenciados pelas empresas que compram o produto ou recebem o serviço. Neste contexto, o marketing de relacionamento é uma abordagem que deve permear toda a sua organização. 2. O PONTO DE VISTA DO CLIENTE Num ambiente competitivo, os clientes que mantém relacionamentos com os determinados fornecedores fazem isso porque o pacote total que eles recebem do fornecedor ÷ produto, serviço, preço, crédito, marketing de relacionamento e assim por diante ÷ está bom para eles. Mas não há lugar para complacência. Os clientes de fornecedores podem ter sido convencidos de que vale a pena suportar os baixos padrões de relacionamento em troca dos preços baixos cobrados. Contudo, se surgir uma concorrência baseada em preços baixos, mas altos padrões de marketing de relacionamento, os requisitos dos clientes podem mudar. A força de recomendação pode ser tão poderosa nos mercados empresariais como são os mercados de clientes. As informações acerca dos relacionamentos podem ser circuladas dentro de centros de compra ÷ o grupo que faz ou influencia a decisão de compra ÷ e para os outros centros de compra. Nos centros de compra que estão tomando decisões importantes e de alto risco, é particularmente importante, para cada membro do centro de compra estar e demonstrar que se encontra bem informado. Qualquer fragmento de informação acerca da experiência de outros é imediatamente agarrada e torna-se objeto de grande valorização. 2.1 - A DECISÃO DE COMPRA A natureza da decisão de compra pode ser classificada da seguinte forma: - Compra nova: o cliente não tem qualquer experiência com o tipo de produto ou serviço - Compra repetida simples: uma simples compra repetida de rotina, sem qualquer modificação, freqüentemente tratada de forma rotineira. - Compra repetida modificada: o cliente deseja mudar de fornecedor ou modificar algum aspecto da compra, mas quer o mesmo tipo de produto ou serviço. Se uma decisão é importante para o cliente, então esse cliente geralmente pondera cuidadosamente sobre a compra. Se o produto é comprado com freqüência, provavelmente o cliente fará ainda mais ponderações quando ele estiver considerando se irá trocar também de fornecedor ou produto. Depois que o novo padrão de compras estiver estabelecido, como um hábito, as compras provavelmente ocorrerão de forma rotineira, sem muita atenção. 2.2 ESTÁGIOS DO CICLO DE COMPRA - Existência da necessidade: a necessidade começa a existir. O seu cliente pode não estar ciente dela, mas ela existe; - Ìdentificação ou percepção da necessidade. A necessidade passa a ocupar um lugar de destaque na mente do seu cliente; - Reconhecimento do problema: a necessidade existe em função de um motivo, geralmente um problema que precisa ser resolvido (por exemplo, satisfazer um desejo). O seu cliente reconhece que o problema existe; - Busca de informações: seu cliente busca informações acerca dos produtos e serviços para resolver o problema. Ìsso é desencadeado pela necessidade de resolver o problema. - Avaliação: Todas as informações relevantes e acessíveis, necessárias para fazer uma escolha que irá resolver o problema, estão coletadas e analisadas. Seu cliente poderá ou não ter estabelecido um critério de escolha. Mesmo que os critérios já tenham sido estabelecidos, durante a avaliação eles podem ser alterados. Os padrões de ponderação também são importantes. Alguns clientes confiam mais em recomendações pessoais do que nas informações dadas pelos fornecedores. Assim, o resultado da avaliação depende de vários fatores e da experiência passada quanto à forma como os fornecedores diferentes deram as informações. Os critérios que os clientes usam para avaliar diferentes fornecedores, produtos e serviços. Esse é o elo de ligação entre o marketing de relacionamento e o sucesso financeiro: - Escolha: Algumas escolhas são impulsivas, ou pelo menos parecem que são para outras pessoas. Mas muitas são deliberadas e racionais, baseadas num processamento sistemático da informação. Esse processamento leva primeiro à formação de uma intenção de compra, que é determinada pela formulação de crenças acerca do produto e de seu provável desempenho; - Revisão pós-compra: depois da decisão, seu cliente faz uma reavaliação de seu produto à luz de quaisquer novas informações, como, por exemplo, informações acerca do desempenho do produto. Em algumas situações pós- compra, os clientes experimentam uma dissonância cognitiva, isto é, eles se sentem poucos satisfeitos em relação àquilo que sabem agora. Eles podem experimentar dúvida e até mesmo ansiedade, se o produto não cumprir suas expectativas. O marketing de relacionamento pós-venda pode ajudar os seus clientes a justificar a decisão que tomaram, mesmo que tenham ocorrido problemas depois da venda. Os clientes que preferem ficar no controle precisam ser tratados com mais cuidado. Os sistemas e textos devem ser desenvolvidos e a equipe precisa ser treinada para que esses clientes acreditem que eles estão no comando da situação, apesar de você estar no controle da lógica e da cobertura do texto. 3. A PERSPECTIVA DA EMPRESA As informações acerca dos seus clientes e respectivas necessidades devem ser levadas em conta durante o processo de planejamento e devem estar disponíveis em um formato utilizável em pontos de contato específicos com o cliente. Esses pontos de contato podem ser voltados para dentro ou voltados para fora, abrangendo uma variedade de tipos de contato. O uso dos dados dessa maneira, tanto para o planejamento como para fins de comunicação, é importante para a ¨implementação da estratégia¨ e para tornar os seus planos mais visíveis para os seus clientes. O conhecimento é a chave para o marketing de relacionamento. Esse conhecimento é de dois tipos: 1. Conhecimento acerca de seus clientes ÷ o que eles percebem, precisam e esperam no momento e como essa situação pode mudar no futuro; 2. Conhecimento acerca da sua própria organização ÷ suas capacidades, o que ela efetivamente proporciona para os seus clientes, e como esses dois aspectos podem ser afetados pelas políticas futuras. Os conhecimentos acerca dos clientes podem ser adquiridos: - Pesquisas formais de mercado e observações; - Ìnformações de transação ÷ respostas a consultas, vendas etc... - Ìnformações acerca do concorrente ÷ o que os seus clientes estão comprando de outros fornecedores; - Reclamações e elogios; - Feedback recebido pelo seu pessoal em contato com cliente; O conhecimento acerca da sua organização: - Como a sua organização está estruturada para praticar o marketing de relacionamento? Questão de posicionar a autoridade para lidar com os clientes individuais o mais próximo possível de cada um, ao mesmo tempo em que a responsabilidade pelo gerenciamento é concentrada naquela parte da sua organização que tem tanto os recursos para investir no sucesso de marketing de relacionamento, como os fluxos de informações para monitorar e medir sua realização; - Como a sua organização é gerenciada para praticar o marketing de relacionamento? Gerenciar é uma questão de dispor de sistemas, procedimentos administrativos e processos de controle, que permitam à equipe atender às necessidades dos clientes. Requer ainda recrutamento e treinamento de pessoal, além de deixá-los informados, para que eles tenham as aptidões e capacidades de atender às necessidades do seu cliente. Faz sentido envolver os seus administradores de primeiro escalão em algumas das atividades que geralmente constituem a ¨comissão de frente¨ de um comprometimento com o marketing de relacionamento. Não é realista esperar outro comprometimento além daquele baseado no conhecimento. Você deve envolver o seu primeiro escalão na pesquisa das atitudes dos clientes e do pessoal. Ìsto não deve ser feito apenas por meio da apresentação de resultados. As atividades mais atraentes para a alta administração são: - Participação de grupos de foco ou reuniões com grupos de usuários. - Visitas (a locais da própria empresa ou de concorrentes). - Expô-la ao relacionamento proporcionado pela sua empresa e por seus concorrentes. - Expô-la a exemplo de programa de marketing de relacionamento bem e malsucedidos. Na qualidade de um dos gerentes do primeiro escalão: - Fornece direcionamento geral e orientação? - Estabelece objetivos de marketing de relacionamento e define padrão de qualidade? - Dá suporte a esses padrões fazendo reuniões periódicas com a equipe para discutir problemas e oportunidades em relações aos padrões? - Cria um estilo de trabalho em equipe que incentiva a tomada de responsabilidade pelo marketing de relacionamento e trabalha junto para aperfeiçoá-lo? - Atua em papéis-modelo principalmente durante as visitas a locais da empresa? - Assume responsabilidade pela qualidade de marketing de relacionamento? - Ajuda avaliar as idéias da equipe sobre como aperfeiçoar o marketing de relacionamento? - Ajuda a criar uma cultura de rotina ordenada, dentro da qual os seus objetivos. 3.1 INTEGRANDO OS INDICADORES DE DESEMPENHO Um dos problemas que muitos fornecedores enfrentam é constituído pelas responsabilidades conflitantes para realizar as seguintes tarefas: - Fornecer qualidade dentro das especificações; - Apresentar desempenho financeiro; - Desenvolvendo relacionamento com clientes que os satisfaçam A alta administração precisa insistir que o desempenho dessas equipes seja parcialmente avaliado em função de sua contribuição para gerar uma satisfação geral do cliente, por meio de suas próprias ações ou de seus impactos nas ações de seus colegas de outros departamentos. 4. A QUANTIFICAÇÃO DO TEMPO 4.1 A RESPONSABILIZAÇÃO DO MARKETING A pergunta ¨quanto vale o marketing de relacionamento?¨ É a forma taquigráfica de fazer três perguntas: 1. Quanto vale um cliente ¨estimulado corretamente?¨. 2. Que diferença faz o bom marketing de relacionamento? 3. Qual a aplicação estratégica versus tática das técnicas do marketing de relacionamento? 4.2 QUANTO VALE UM CLIENTE "ESTIMULADO CORRETAMENTE?". O valor que um determinado cliente ou grupo de cliente representa para a empresa durante o período provável que este cliente manterá relacionamento, é determinado pelo LTV ÷ Life Time Value. Para calcular o LTV, devemos observar as seguintes etapas: - Determinar o cliente-alvo; - Ìdentificar os custos de ganhar e manter os clientes e de vender produtos e serviços adicionais para eles; - Ìdentificar a contribuição de lucro oriundo das vendas feitas; - Subtrair um do outro para obter um fluxo de contribuição líquida ao longo dos anos; - Usar as técnicas de fluxo de caixa descontado, para determinado o valor presente líquido do cliente. Um cliente ¨estimulado corretamente¨ significa que a empresa identificou as necessidades do cliente e desenvolveu produtos e serviços adequados para atender àquelas necessidades. Também fez o marketing desses produtos e serviços junto ao cliente, com preços, canais de distribuição, apresentação e comunicações de marketing adequado. O efeito do bom marketing de relacionamento só pode ser detectado por meio de pesquisa. Tipicamente essa pesquisa identificará: - Que tipos de contato os clientes percebem que tem com sua empresa. Ìsso é chamado auditoria de contato; - Quais são os resultados desses contatos, em termos de relacionamento; - Como os clientes reagem a esses resultados; - Quais são as conseqüências financeiras; 4.3 - APLICAÇÃO TÁTICA VERSUS ESTRATÉGICO DO MARKETING DE RELACIONAMENTO O marketing de relacionamento pode ser usado apenas como uma aplicação tática. Porém, é possível usar o marketing de relacionamento de forma mais eficaz adotando uma abordagem estratégica. Por meio do marketing de relacionamento voltado para a estratégia da empresa, ela busca obter, perante os concorrentes: - Superioridade estratégica; - Ìmplementação de canais de vendas alternativos; - Desenvolvimento de barreiras competitivas contra entradas no mercado; - Capacidade de desenvolver produtos e colocá-los no mercado mais rapidamente. 4.4 - A QUANTIFICAÇÃO DO MARKETING DE RELACIONAMENTO Na formulação da estratégia competitiva, o marketing de relacionamento é usado para atingir os seguintes objetivos: a defesa e aumento do faturamento e a redução de custo. O faturamento e as mudanças de custo que poderiam resultar de diferentes aspectos do relacionamento precisam ser analisados de muitas maneiras como: - Por categoria de cliente; - Por categoria de produto; - Por aplicação introduzida; - Por categoria de mudança; - Por período de tempo; - Por categoria de funcionário ou canal de marketing. 4.5 - AUMENTO DE FATURAMENTO Os planos de marketing devem ser revisados para identificar os objetivos do aumento de faturamento em longo prazo. Os planos de crescimento do faturamento podem ser baseados em fatores como crescimento geral do mercado, estratégias específicas de marketing ou mudanças previstas na concorrência. As áreas a serem consideradas nas quais o melhor relacionamento fará uma diferença são: - Aumento na taxa de retenção; - Vendas cruzadas - Aumento nas vendas - Melhoria dos índices de renovação; - Melhoria da capacidade de reativação de clientes afastados. 4.6- MUDANÇA NO CUSTO A quantificação das reduções de custo promovidas pela implementação do marketing de relacionamento precisa ser muitas vezes estimadas ou reconstituídas baseadas nas estimativas da equipe, muitas vezes sobre um valor não tangível. É necessário estabelecer um processo para coletar e analisar as informações de custo. Deverá cobrir todos os canais de comunicação e distribuição para clientes. Os dados necessários para estes processos são: - Análise de atividades, para descobrir como sua equipe de vendas está gastando tempo, particularmente em atividades de baixa produtividade, comparado com o tempo gasto com atividades de alta produtividade. - Estatísticas de produtividade de vendas, em termos de faturamento, para medir a produtividade do tempo efetivamente dedicado aos seus clientes. - Dados sobre o tamanho do mercado, número de clientes e potencial de faturamento, para que você possa estimar o tamanho geral do mercado. - Dados sobre os custos atuais de gerenciamento de sua equipe de vendas. - Ìnformações sobre como as disciplinas do marketing de relacionamento promoverão uma mudança na natureza e na escala dessas atividades. 5. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE RELACIONAMENTO DO CLIENTE As 10 perguntas chaves com que uma empresa se defronta quando decide qual abordagem adotar no marketing de relacionamento são: 1. Com quais clientes pretende criar e administrar um relacionamento? 2. Quais são os comportamentos, necessidades e percepções desses clientes? 3. Quais são suas importâncias relativas, por exemplo, os clientes constituem uma hierarquia? 4. Até onde suas políticas e operações atendem atualmente às necessidades dos clientes? 5. Quais são as ofertas competitivas relevantes contra as quais você deve posicionar as suas? 6. Quais são as experiências dos seus clientes com os seus produtos, serviços e com o relacionamento como um todo? 7. Em que a sua equipe acredita em termos do papel que desempenha no relacionamento com os clientes? 8. O que os indicadores comerciais de sucesso do relacionamento mostram? 9. Os seus clientes podem ser agrupados em segmentos coerentes, para possibilitar que a política de marketing de relacionamento seja estruturada para atender às necessidades deles? 10. Quais são esses segmentos e até que ponto são estáveis? Para assegurar a influência da informação na política da empresa, o conteúdo, a cobertura e o timing da pesquisa devem ser integrados ao processo de planejamento e os elementos da pesquisa devem ter objetivos específicos, melhorar a qualidade do elemento seguinte da pesquisa e ter resultados claros de política. O desempenho do marketing de relacionamento competitivo precisa ser pesquisado e avaliado em relação à concorrência: precisamos distinguir entre que tipo de marketing de relacionamento os concorrentes estão proporcionando e o que os clientes percebem que os concorrentes estão proporcionando para eles. A atividade mais importante na pesquisa das necessidades de relacionamento dos clientes é definir as percepções gerais do cliente, desejos e expectativas ligadas ao relacionamento. A empresa deve questionar que relacionamento está efetivamente desenvolvido e que mudanças estão planejadas no gerenciamento do relacionamento. 5.1 - PAPEL DA PESQUISA DE MERCADO Uma empresa deve procurar saber como os clientes definem e percebem o relacionamento geral, deles com sua empresa, e em particular durante qualquer período em que eles acreditam estar numa transação com sua empresa. As técnicas disponíveis e amplamente utilizadas para a pesquisa de mercado são: 1. Pesquisa de escritório; 2. Grupos alternativos; 3. Pesquisa quantitativa; 4. Questionário por telefone; 5. Compra misteriosa; 6. Pesquisa competitiva; 7. Auditoria do nível de serviço; 8. Grupos de usuários; 9. Feedback dos clientes; 10. Pesquisa junto à equipe. 5.2 - RETENÇÃO DO CLIENTE E FIDELIDADE Todos os objetivos e estratégias do marketing de relacionamento são baseados no conceito de aquisição e retenção de cliente É infinitamente mais custo eficaz reter os clientes existentes do que atrair novos clientes. Os clientes existentes têm necessidades identificáveis que já forma satisfeita por seus produtos ou serviços. Focalizando a sua estratégia de marketing nos segmentos rentáveis da sua base de clientes, você normalmente produz a maior parte do seu faturamento necessário e aumenta seu market share sem investir em novos clientes. A administração e a estratégia da fidelidade do cliente deve ser baseada na - Definição dos objetivos; - Ìdentificar as necessidades dos clientes; - Desenvolver abordagem; - Definir níveis e segmentos de qualificação; - Ìmplementar a capacidade; - Medir e testar. A fidelidade é não é um comportamento em que o cliente apenas repete o ato de compra. A fidelidade é um estado mental provocado no cliente, que faz com que o ele tenha o desejo de fazer negócio com uma determinada empresa, por colaboração, parceria e investimento. Algumas das oportunidades de geração de receita incremental são Up- selling e Cross-selling. 5.3 - O MARKETING DE RELACIONAMENTO E O BANCO DE DADOS DE CLIENTES O marketing de banco de dados começa criando um banco de dados de informações acerca de seus clientes individuais. Essa informação é usada para analisar os padrões de compra e consulta dos clientes. Juntamente com a capacidade do banco de dados de fornecer o contato individual com os clientes por meio de uma variedade de mídias, as informações permitem que sejam atingidos vários objetivos diferentes. As características do marketing de banco de dados são relacionadas a seguir: 1. Cada cliente efetivo ou potencial é identificado em um registro do banco de dados; 2. Cada registro contém informações sobre: - Ìdentificação e acesso; - Necessidade e características do cliente; - Comunicações de campanha; - Reações do cliente no passado às comunicações que fizeram parte das campanhas; - Transações do cliente no passado. 3. A informação está disponível durante cada comunicação com o cliente. Ìsso possibilita decidir como reagir às necessidades do cliente; 4. O banco de dados é usado para registrar as reações dos clientes às iniciativas de sua empresa; 5. A informação também está disponível para os executivos que fazem as políticas de marketing da empresa. Ìsso permite que eles decidam: - Que mercados alvo ou segmentos são adequados para cada produto ou serviço; - Que marketing mix (preço, comunicação de marketing, canal de distribuição etc...) é adequado para cada produto em cada mercado alvo. 6. Usar o banco de dados visando assegurar que a abordagem do cliente sejaq coordenada, e que seja desenvolvida uma abordagem consistente. 7. O banco de dados eventualmente substitui a maior parte da pesquisa de mercado. As campanhas de marketing são concebidas para que a reação dos clientes a elas forneça informações desejadas. O crescimento do marketing de banco de dados tem sido facilitado pelos seguintes fatores: - A grande capacidade de processamento e a imensa capacidade de armazenamento dos computadores atuais; - A maneira como a tecnologia das telecomunicações tem sido utilizada a fim de tornar os dados de cliente e de mercado disponíveis para uma ampla variedade de funcionários envolvidos nos esforços de marketing e de vendas da empresa. 6. ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO QUE REALMENTE TRAZEM RESULTADOS O Marketing de Relacionamento é uma filosofia de administração empresarial baseada na aceitação da orientação para o cliente e para o lucro por parte de toda a empresa, e no reconhecimento de que se deve buscar novas formas de comunicação para estabelecer um relacionamento profundo e duradouro com os clientes, prospects, fornecedores e todos os intermediários, como forma de obter uma vantagem competitiva sustentável. Portanto, Marketing de Relacionamento usa as ferramentas de Database Marketing, Telemarketing e Comunicação Dirigida, assentando-se sobre informações, conhecimento e experiência (Knowledge-based e experience-based): Sobre a tecnologia na qual compete; Sobre a sua concorrência; Sobre os seus clientes; Sobre novas fontes de tecnologia que podem alterar o ambiente competitivo; Sobre sua própria organização: 1º Capacidades; 2º Planos; 3º Recursos; 4º Maneira de fazer negócio. Visando o desenvolvimento de estratégias que objetivem, entre outros, o aumento da lealdade e o incremento das vendas. As principais características do Marketing de Relacionamento relacionadas com o paradigma de "kwoledge-based", segundo McKenna, são : a) A integração do cliente no processo de planejamento dos produtos ou serviços, para garantir que os mesmos sejam desenvolvidos, não somente em função das necessidades e desejos do cliente, mas também de acordo com a estratégia do cliente. Ìsto é válido, principalmente, no mercado "business-to- business". b) O desenvolvimento de nichos de mercado onde, o conhecimento da empresa sobre canais de distribuição e identificação de segmentos, leva a um ganho de mercado. c) Desenvolvimento da infra-estrutura de fornecedores, vendas, parceiros, governo, e clientes, em que o relacionamento irá ajudar a criar e sustentar a imagem da empresa e o seu desenvolvimento tecnológico. Quanto aos aspectos de "experience-based", o Marketing de Relacionamento enfatiza a interatividade, conectividade e criatividade, significando que: d) A empresa irá despender esforços mercadológicos e tempo com os seus clientes, monitorando constantemente as mudanças que ocorrem no ambiente competitivo, através de um Sistema de Suporte a Decisões Mercadológicas, possuindo um afinado sistema de "Market Ìntelligence" integrado a toda a empresa. e) Monitoramento constante da Concorrência, dentro do conceito definido por Porter onde uma análise da concorrência é usado como um importante ponto de partida para prever as condições futuras da indústria. Em que os prováveis movimentos de cada concorrente e da sua capacidade de responder a mudanças pode determinar a perda ou ganho de vantagem competitiva da empresa. f) Desenvolvimento de um Sistema de Análise Mercadológica, que pelo "feedback", (principalmente pela mensurabilidade) retorna a informação sobre mercado, concorrência, e comportamento dos clientes, fornecedores e outros intermediários, para o Sistema de Suporte à Decisão, aperfeiçoando o próprio sistema e permitindo uma tomada de decisão ágil e consistente, num processo contínuo de adaptação às condições mutantes do ambiente competitivo. A experiência nos têm mostrado que o Marketing de Relacionamento é aplicado com sucesso nas seguintes linhas estratégicas: 6.1 - SUPORTE À FORÇA DE VENDAS O Marketing de Relacionamento, como suporte à força de vendas, permite aumentar a produtividade do vendedor, realizando para ele todas as atividades de prospecção, apoio (ex: envio de informações para o cliente), liberando tempo para que o vendedor se dedique ao trabalho de negociação e fechamento da venda. As funções específicas do MKR como suporte à força de vendas são as seguintes: 1. Fazer a prospecção de cliente potenciais, separando aqueles efetivamente interessantes da enorme massa de compradores aparentes. Em outras palavras, identificar os prospects entre os suspects. 2. Ìdentificar todas as pessoas-chaves na cadeia decisória de compra do produto ou serviço para atingí-los com informações que dêem seqüência ao processo de vendas. 3. Através da informatização e estruturação de um Database, acionar campanhas de comunicação segmentada - através de comunicação dirigida (Mala Direta) ou telemarketing - visando romper barreiras iniciais, fornecer argumentos básicos, fazer uma pré-venda do conceito do produto/serviço e, acima de tudo, colocar o vendedor em uma posição favorável perante o prospect já predisposto a iniciar a negociação. 4. Gerenciar o trabalho de vendas, pois ao qualificar o prospect através do MKR, a empresa entrega para seus vendedores apenas as oportunidades realmente interessantes, tornando o esforço de vendas mais eficiente e controlável, impedindo que boa parte dessa função de Marketing fique na dependência do estilo pessoal e da sorte de cada vendedor. Ìsto é possível através da construção de algoritmos que percorrem, o database. 5. Apoiar todo o processo de venda. Pois, com as informações contidas no database sobre cada prospect - tais como decisores efetivos, comportamento de compra e perfil da empresa, entre outras - o vendedor pode ser mais eficiente em todo o seu trabalho, contando com excelente apoio do sistema de Marketing de Relacionamento para agilizar até o fechamento da venda. 6. Possibilitar uma perfeita mensuração de resultados. Pela capacidade de acompanhamento do sistema e o controle objetivo da ação do vendedor, a empresa pode avaliar com precisão os resultados do trabalho de cada um e aferir a eficácia de sua força de vendas como um todo. 6.2 - GERAÇÃO DE LEADS É uma das aplicações como maior potencial de crescimento, inclusive no Brasil. Consiste numa série de ações que buscam gerar nomes qualificados para revendedores e força de vendas. "Nome qualificado" significa que o prospect respondeu a comunicação e que está interessado no produto ou na informação que foi disponibilizada na campanha. O fator chave de sucesso é a estratégia de comunicação, que irá veicular a mensagem certa, pela mídia mais pertinente, disponibilizando o meio de resposta mais adequado para atingir o target objetivado, e assim obter a maior taxa de resposta possível. O fator decisivo é a capacidade do banco de dados, de primeiramente segmentar com precisão o mercado, e depois mensurar os resultados, proporcionando uma forma de comparar e acompanhar o custo por nome gerado, a taxa de conversão, e o custo total por unidade vendida, bem como o número gerado de nomes por mídia, por tipo de oferta, por tipo de mensagem publicitária etc. O importante de um programa de "lead generation" é a disposição de se fazer inúmeros testes envolvendo todos os elementos de uma campanha. Bob Stone , quando se refere ao sucesso das campanhas de "lead generation" da Enciclopédia Britânica nos Estados Unidos, comenta: "To meet targeted sales forecast and to prevent creative wear-out, hundreds of direct marketing lead-generation test are conducted annually." 6.3 - CROSS SELLING É a venda de outro produto (complementar ou não) a clientes ou consumidores atuais de um determinado produto. Através das ferramentas que dão suporte ao Marketing de Relacionamento, são detectadas as necessidades e as oportunidades de venda: O Banco de Dados e sistemas de suporte à decisão permitem identificar público-alvo, produto/necessidade; O telemarketing e a comunicação dirigida possibilitam a ativação e estímulo à compra e meio de resposta. Além disso, mensura-se o esforço realizado e aprofunda-se o conhecimento sobre o comportamento de compra de dado público-alvo. O Cross-selling aumenta a lucratividade do cliente durante o seu lifetime value, que é o prazo médio em que o cliente trará lucro para a empresa através da compra repetida ou pela compra de reposição. 7. VENDAS DIRETAS A aplicação do ferramental do Marketing de Relacionamento como canal de vendas (ativo ou receptivo), fazendo parte dos canais de Marketing para venda e distribuição de produtos e serviços têm sido bem sucedido no Brasil. O canal de Marketing tradicional normalmente pode ter vários intermediários, entre o fabricante e o consumidor final, diferente da venda direta. Nesta última, as duas principais funções do canal de distribuição são: 1. Como intermediário 2. Como agente facilitador Como intermediário desenvolve as atividades de venda dos produtos, assume os riscos da transferência de posse e concede o crédito. Nem todos os intermediários assumem todas as funções. Como agentes facilitadores, engloba a propaganda e promoção dos produtos ou serviços, transporte e armazenagem, mas não necessariamente envolve diretamente as transações entre compradores e vendedores. Facilitadores são essencialmente prestadores de serviços, mais que agentes do canal. Portanto, a estrutura voltada para vendas diretas cumpre as duas funções, tanto como intermediária como facilitadora, pois transfere a posse do produto ou executa o serviço, utilizando a propaganda para gerar uma resposta direta e imediata pelo tipo de comunicação que estabelece com os clientes e consumidores. As principais características do Canal de Venda Direta são: Ìmediatismo ("immediacy"): Significa que a comunicação de venda direta incita para uma ação imediata, seja qual for à mídia, ou em último caso numa resposta que capacita a perguntar por um pedido de compra na próxima comunicação. Procurar persuadir para uma ação imediata, exibindo um meio de resposta, que pode ser cartão resposta comercial, telefone (telemarketing receptivo), etc. Concentração: O uso das técnicas de database e segmentação de mercado permite concentrar os esforços de mídia em targets bem definidos obtendo resultados melhores, que os que seriam alcançados com a propaganda tradicional, que vende indiretamente pela alteração que promove na percepção, imagem e atitudes dos consumidores e clientes. Personalização A personalização é um dos primeiros indícios da prática do Marketing de Relacionamento, através do uso das técnicas de Database Marketing. Ìsto significa, não só personalizar a carta colocando o nome do consumidor, mas também segmentando o mercado-alvo e personalizando o produto e oferta (artifício para levar à ação imediata), para determinados segmentos identificados como homogêneos em relação a características sócio-demográficas, estilos de vida, comportamento de compra etc. Mensurabilidade A mensurabilidade é particularmente importante na aferição dos resultados do canal de vendas, pois permite o teste. O teste pode ser realizado em relação: Ao mix de mídia utilizado; À estratégia de comunicação; Ao tipo de oferta; Ao produto ou mix de produtos (principalmente no caso de catálogos). E, neste caso, o uso das técnicas estatístico em conjunto com o Banco de Dados desempenha um papel decisivo para o sucesso da operação. O feedback resultante da mensuração permite aperfeiçoar todos os componentes da campanha ou canal, obtendo taxas de retorno cada vez maiores, bem como, detectar onde há necessidade de promover mudanças ou não. Conveniência A venda direta pelo correio ou telemarketing é altamente conveniente, principalmente nesta década em que os estilos de vida estão mudando e os consumidores estão buscando mais tempo para lazer e para os esportes . 7.1 - PROMOÇÃO DE VENDAS Através do Banco de Dados é possível segmentar a base de clientes utilizando critérios como o FRVC (Freqüência, Recência, Valor e Categoria de Produto). E assim, realizar promoções dirigidas, de acordo com a necessidade da empresa (desova de estoques, etc) e o potencial de conversão do cliente. Além disso, pode-se "premiar" os melhores clientes com ofertas especiais, descontos diferenciados, gerando satisfação, oportunidade e conveniência. 7.2 - PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO Esses programas buscam através de campanhas de persuasão customizada, construir e manter a fidelidade dos clientes e consumidores. A fidelização de clientes é basicamente construída pelo relacionamento constante, diferenciado e personalizado com os mesmos. Exemplos de programas de fidelização podem ser encontrados nas companhias aéreas com o "frequent flyer program", onde um plano de milhagem vai concedendo vantagens progressivas recompensando o uso constante. Outros exemplos são os programas do "comprador freqüente" desenvolvido por algumas lojas de departamento, hotéis, locadora de automóveis etc. Estes, concedem descontos diferenciados aos portadores de cartões, bem como promoções e descontos especiais por volume e freqüência de compra ou utilização dos serviços. O pressuposto de um programa de fidelização é de que 80% das vendas repetidas vem de 20% da base de clientes, segundo Bob Stone . Todo o esforço de segmentação, portanto, concentra-se em identificar esses 20% da base de clientes e desenvolver uma série de atividades de relacionamento que mantém o cliente e consumidor constantemente motivado a repetir a compra. Dentro do contexto do Marketing de Relacionamento os Programas de Fidelização, seja qual for a sua amplitude, são considerados de extrema importância na construção de relacionamentos estáveis e duradouros. A decisão de repetir a compra pode estar baseada em fatores objetivos e subjetivos. A fidelização pode resultar de características intrínsecas e extrínsecas dos produtos ou de valores. Nos dois casos a fidelidade se relaciona com a satisfação com o produto ou seus atributos - essa satisfação pode ser real ou apenas uma percepção. Estimular a repetição da compra através de um círculo vicioso de desconto e promoções faz com que os consumidores comprem o produto ou serviço por razões periféricas às qualidades dos mesmos. Para construir a fidelização é essencial entender as necessidades, desejos e valores, pois constantemente a comunicação, nesse contexto, deve reforçar a percepção sobre o produto ou serviço com a mensagem certa, na hora certa. Para David Sheppard Associates , o diálogo sistemático com os clientes facilita à empresa obter dados relevantes para a formação do Database de Clientes, que agregados aos dados de compra, permitem desenvolver estratégias de Marketing customizadas e programas para indivíduos ou pequenos grupos de clientes, criando uma forte afinidade com a empresa. Este trabalho tem como objetivo elucidar para um melhor entendimento essa nova onda chamada Marketing de Relacionameto. As organizações têm que se preocupar cada vez mais com essa questão, afinal sabemos muito bem que conquistar um novo cliente custa muito mais caro a mantê-lo. Somente quando o Setor de Marketing prestar mais atenção e cuidar com a devida prioridade desta questão, aí sim poderemos fidelizar grande parte de nossos clientes. Sendo assim e imprescindível investir no Marketing de Relacionamento, descobrindo que, para que esses investimentos produzam resultados e o retorno almejado é necessário um planejamento cuidadoso e uma execução eficiente. A questão é complexa e as variáveis são muitas, exigindo conhecimento aprofundado da empresa e do mercado, a fim de que sejam adotadas as estratégias adequadas e que conduzam à satisfação dos clientes. O cliente não pode ser mais tratado como uma pessoa qualquer, ele tem que ter um bom atendimento e uma gama de serviços para a sua comodidade, só assim ele poderá se sentir satisfeito e então poderá voltar a comprar o seu produto ou serviço, e ainda, a sua empresa terá um veículo de comunicação mais confiável que existe hoje no mercado que é próprio cliente, ele mesmo fará a prospecção do seu produto ou serviço, e sabemos que a informação dele sempre passa uma maior confiança para um outro possível consumidor que venha a adquirir qualquer produto ou serviço. Espero que este trabalho sirva como um ponto de referência e pesquisa para os meus colegas Administradores, pois ele foi feito através de muita pesquisa muito ampla citando diversos autores de nome conhecido na Área de Marketing de Relacionamento. HISTÓRICO DA EMPRESA JANSSEN - CILAG História da Janssen-Cilag no Brasil As origens do que é hoje a Janssen-Cilag Farmacêutica, remontam a 26 de Janeiro de 1937, data em que foi registrada na Junta Comercial de São Paulo a Cia. Johnson & Johnson do Brasil Produtos Cirúrgicos, incluindo entre suas atividades os produtos farmacêuticos. Contudo, somente no ano seguinte foi lançado o produto que seria o marco zero da Farma, a geléia ginecológica Jonconol® (descontinuado em 1983), originária dos laboratórios Ortho. Entre 1941 e 1948, ainda como Seção Farmacêutica da Johnson & Johnson, esteve subordinada à chefia geral de vendas da empresa e orientada pelo farmacêutico Mario Carpenieri. Em 1942, três novos produtos vieram reforçar sua presença no mercado: o comprimido antiinflamatório Sulfanilamida (descontinuado na década de 50), o calmante Kalmonerve® (descontinuado na década de 50) e o complexo de cálcio Kalyamon®, ainda hoje produzido em sua versão B12. Todos originários da Ortho. Em 1948, a Seção ganhou autonomia e teve seu próprio diretor, Edward B. Walker, Jr. A partir daí novos produtos foram lançados com sucesso, como o Vagi-Sulfa®, os soros para determinação do fator Rh e o complexo vitamínico Rarical®. Em 1955, veio o Hydrax®, formulação desenvolvida no Brasil e pioneira em reidratação. Em 1956, foi lançado o Enterocin (descontinuado em 1982), para combate à diarréia. Em 1958, a Seção foi transformada em Divisão e, no ano seguinte, acrescida pela incorporação, em nível internacional, dos laboratórios McNeil e Cilag Chemie, detentores de formulações importantes. Em 1961, foi a vez do laboratório belga Janssen incorporar-se a Johnson & Johnson, colocando a Farma entre os mais importantes fabricantes de medicamentos do Brasil. Apesar de seus produtos já serem distribuídos pela Farma Brasil desde o início dos anos 60, a criação da Cilag Farmacêutica só se efetivou como unidade de negócio (constituída juridicamente) em 1984, como parte da estratégia de co- marketing desenvolvida pela empresa a partir de meados dos anos 80. O co- marketing representou a subdivisão da Farma em duas empresas distintas com produtos próprios: de um lado Janssen, do outro Cilag. Em 1982, deu-se a constituição da unidade de negócios Janssen Farmacêutica (com o lançamento do Nizoral®), que continuou distribuindo os produtos originários do laboratório belga, de forte presença no mercado internacional. Juridicamente, a Janssen Farmacêutica Ltda. foi criada em 1986. Por sua vez, a Cilag passou a reunir os produtos originários do Robert Wood Johnson Pharmaceutical Ìnstitute e do Ìmunotecnology Research Ìnstitute, que juntos constituem o PRÌ - Pharmaceutical Research Ìnstitute, dos EUA. Sua linha foi composta por analgésicos, antimicóticos, antihelmínticos, multivitamínicos, antigripais, contraceptivos, dermatológicos e gastrocinéticos. A partir de 1988, a Cilag iniciou ações na área da biotecnologia, com a importação do Orthoclone OKT®-3, produto utilizado para reverter a rejeição no transplante renal. Outro produto da Cilag resultante da biotecnologia foi o Eprex® (1990), para evitar transfusão de sangue em casos de insuficiência renal crônica. Janssen-Cilag é a divisão farmacêutica da Johnson & Johnson, a maior empresa do mundo na fabricação de produtos para cuidados com a Saúde. Presente no Brasil desde de 1937, ainda como uma divisão da Johnson & Johnson do Brasil, iniciou suas atividades na primeira fábrica da companhia instalada às margens do Rio Tamanduateí, no bairro da Móoca, em São Paulo. Hoje, instalada na cidade de São Paulo e com fábrica em São José dos Campos, a Janssen-Cilag traz consigo a mesma filosofia de trabalho que inspirava seus empreendimentos há mais de 65 anos: qualidade e busca constante pela inovação. No Brasil, além da Janssen-Cilag, existem outras 2 empresas do grupo Johnson & Johnson: a Johnson & Johnson Ìndústria e Comércio e Johnson & Johnson Produtos Profissionais. O Parque Ìndustrial da Johnson & Johnson, instalado desde 1954 em São José dos Campos a 72 quilômetros de São Paulo, é o maior parque industrial do grupo na América Latina com 910 mil metros quadrados e abriga as fábricas das empresas do Brasil. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA KOTLER, Philip. Administração de Marketing 3º ed. São Paulo, Editora Atlas 1998 McKENNA, R. Relationship Marketing: Successful Strategies for the age of the Customer. 1st ed., New York, Addison - Wesley Publishing Company, Ìnc., November, 1991. PORTER, Michael E.. Estratégia Competitiva: Técnicas para análise de Indústrias e da Concorrência. 2a. ed., São Paulo, Editora Campus, 1989, p. 82-85 STONE, Bob. Successful Direct Marketing Methods. 4th ed., Lincolnwood, ÌL, NTC Business Book, 1988 p. 16 NASH, Edward L.. Direct marketing: Strategy, Planning, Execution, New York, McGraw-Hill, Ìnc., 1982, p. 5 NAÌSBÌTT, J. & ABURDENE, P., Megatendências 2000. 1a. ed., São Paulo, Amana Key Editora, 1990 p. 45 STONE, Bob. Successful Direct...p. 4 DAVÌD SHEPARD ASSOCÌATES, ÌNC., The New Direct. Marketing: How to implement a profit-driven Database Marketing Strategy - a Handbook for Direct Marketing Company and Users of Direct Marketing Methods. Homewood, ÌL. Dow Jones-Ìrwin, 1990, p. 7 FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECÌMENTO 3 DEDÌCATÓRÌA 4 RESUMO 5 METODOLOGÌA 6 SUMÁRÌO 7 ÌNTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO Ì O QUE É MARKETÌNG DE RELACÌONAMENTO? 9 1.1 ÷ O Marketing de Relacionamento e o Produto 9 CAPÍTULO ÌÌ O PONTO DE VÌSTA DO CLÌENTE 11 2.1 A decisão de compra 11 2.2 Estágios do ciclo de compra 12 CAPÍTULO ÌÌÌ A PERSPECTÌVA DA EMPRESA 14 3.1 Ìntegrando os indicadores de desempenho 16 CAPÍTULO ÌV A QUANTÌFÌCAÇÃO DO TEMPO 17 4.1 A Responsabilização do Marketing 17 4.2 Quanto vale um cliente ¨Estimulado corretamente?¨ 17 4.3 Aplicação tática versus estratégico do Marketing de Relacionamento 18 4.4 A quantificação do Marketing de Relacionamento 18 42 4.5 Aumento de faturamento 19 4.6 Mudança no custo 19 CAPÍTULO V ÌDENTÌFÌCAÇÃO DAS NECESSÌDADES DE RELACÌONAMENTO DO CLÌENTE 21 5.1 ÷ Papel da pesquisa de mercado 22 5.2 ÷ Retenção do cliente e fidelidade 23 5.3 ÷ O marketing de relacionamento e o banco de dados de clientes 24 CAPÍTULO VÌ ESTRATÉGÌAS DE MARKETÌNG DE RELACÌONAMENTO QUE REALMENTE TRAZEM RESULTADOS 26 6.1 ÷ Suporte à força de vendas 28 6.2 ÷ Geração de Leads 29 6.3 ÷ Cross Selling 30 CAPÍTULO VÌÌ VENDAS DÌRETAS 31 7.1 ÷ Promoção de Vendas 33 7.2 ÷ Programas de Fidelização 33 CONCLUSÃO 35 HÌSTÓRÌCO DA JANSSEN CÌLAG FARMACÊUTÌCA 36 ORGANOGRAMA FUNCÌONAL DA EMPRESA 39 REFERÊNCÌA BÌBLÌOGRÁFÌCA 40 INDICE 41 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: TítuIo da Monografia: Autor: Data da entrega: AvaIiado por: Conceito: AvaIiado por: Conceito: AvaIiado por: Conceito: Conceito FinaI: