Caderno Didático de Sintaxe Profa Carolina

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SINTAXE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CURSO DE LETRAS CAMPUS BAG

SINTAXE
Profa. Carolina Fernandes Profa. Isabel Cristina Ferreira Teixeira

Turmas LL11, LE11, LI 11 - 2012/2 profa. Carolina Fernandes [email protected]

SINTAXE

Sumrio INTRODUO SINTAXE ............................................................ 3 Terminologia Gramatical .............................................................. 3 ANLISE SINTTICA INTERNA...................................................... 4 Classificao dos termos.............................................................. 4 Padres Oracionais ..................................................................... 4 Padres pessoais ..................................................................... 4 Padres impessoais .................................................................. 5 Modificaes nos padres oracionais .......................................... 6 A estrutura e os termos da orao ................................................ 7 1.Termos essenciais .................................................................... 7 1.1. Sujeito ............................................................................. 7 1.2 Predicado ........................................................................ 11 1.3. Predicativo ..................................................................... 12 2. Termos integrantes ............................................................... 13 2.1 Agente da passiva ............................................................ 13 2.2 Objeto direto ................................................................... 14 2.3. Objeto indireto ................................................................ 16 2.4 Complemento Nominal ...................................................... 18 3. Termos acessrios ................................................................ 19 3.1 Adjunto Adnominal ........................................................... 19 3.2 Adjunto Adverbial ............................................................. 20 3.3 Aposto ............................................................................ 21 4. Vocativo ........................................................................... 22 5. Pontuao perodo Simples .................................................... 23 ANLISE SINTTICA EXTERNA ................................................... 25 1. ORGANIZAO DO PERODO COMPOSTO ................................ 25 1.1 ORAES COORDENADAS ................................................. 25 1.2 ORAES SUBORDINADAS ................................................ 26 2. Pontuao perodo composto .................................................. 31 3. Regncia ............................................................................. 32 3.1 Regncia verbal ............................................................... 32 3.2 Regncia nominal ............................................................. 33 4. Crase .................................................................................. 33 5. Concordncia ....................................................................... 34 5.1 Concordncia verbal ......................................................... 34 5.2 Concordncia nominal ....................................................... 35 6. Colocao pronominal ........................................................... 36

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INTRODUO SINTAXE
Em termos lingusticos, sintaxe significa disposio ordenada das palavras segundo uma forma e uma ordenao adequadas. Chama-se sintaxe a parte da gramtica que descreve as regras pelas quais se combinam as unidades significativas em frases; a sintaxe, que trata das funes, distingue-se da morfologia, estudo das formas ou das partes do discurso, de suas flexes e da formao de palavras ou derivao. (Dubois et al. Dicionrio de lingustica. So Paulo: Cultrix, 1997.) A sintaxe um dos nveis de anlise lingustica junto com a fonologia, a morfologia e a semntica. Divide-se em: Sintaxe de colocao: Sintaxe de concordncia: Sintaxe de regncia: Importncia: A sintaxe constitui-se em uma possibilidade de descrio da lngua; A anlise sinttica examina os termos nas oraes (anlise sinttica interna) e as oraes nos perodos (anlise sinttica externa); A sintaxe preocupa-se com o relacionamento das palavras, para a estruturao correta das frases e o uso correto da pontuao. Ex.: artigo: o menino (x menino o); Ex.: Eles trabalham (x Eles trabalha); Ex.: Ele gosta disso (x Ele gosta isso).

Terminologia Gramatical
Frase: a palavra ou um grupo de palavras que estabelece comunicao. Orao: uma frase ou fragmento de frase com verbo. Perodo: a frase constituda de uma ou mais oraes. Ex.: Silncio! Socorro! Hoje choveu. Eu sei que eles viro. Termo: a palavra exercendo uma determinada funo; a palavra como elemento funcional da orao. Ex.: sujeito, predicado Ncleo: a palavra central de determinada funo. Ex.: A turma est interessada. Sintagma: constituinte menor do que uma orao e composto de uma ou mais palavras. Tipos de Sintagmas

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Sintagma Nominal (SN) aquele que tem por ncleo um substantivo ou pronome substantivo. Obs.: Pronome adjetivo aquele que acompanha o substantivo; pronome substantivo o que aparece no lugar de um nome. Ex.: Minha gramtica e a tua. SN 1: minha gramtica SN2: a tua Sintagma Preposicional (SP) aquele composto por preposio e um SN. Sintagma Adjetivo (SAdj.) aquele que tem por ncleo um adjetivo. Sintagma Adverbial (SAdv.) aquele que tem por ncleo um advrbio. Sintagma Verbal (SV) o sintagma constitudo por um verbo e seus anexos que podem estar subordinados a um verbo.

ANLISE SINTTICA INTERNA Classificao dos termos


De acordo com a NGB, os termos das oraes dividem-se em: a. Essenciais: sujeito, predicado e predicativo. b. Integrantes: complemento verbal (OD, OI), complemento nominal, agente da passiva. c. Acessrios: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto. Obs.: O vocativo considerado expresso de chamamento, mas alguns gramticos classificam-no como sendo termo acessrio.

Padres Oracionais
O = S+P = Padro pessoal O = P = Padro Impessoal

Padres pessoais
1. S+P= (VI + (AAdv.)) Ela trabalha (bem). 2. S+P= (VTD + OD + (AAdv.)) Ela escreveu o recado (com entusiasmo). 3. S+P= (VTI + OI + (AAdv.)) Ela escreveu aos amigos (sempre). 4. S+P= (VTD + OD + OI + (AAdv.))

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Ela escreveu o recado aos amigos (com entusiasmo). 5. S+P= (VL + PS + (AAdv.)) Ela est empolgada (hoje). 6. S+P= (VI + PO + (AAdv.)) Ela trabalha empolgada (sempre). 7. S+P= (VTD + OD + PO + (AAdv.)) Ela escreveu o recado empolgada. 8. *S+P= (VTC + Complemento circunstancial + (AAdv.)) Ela est em casa (todas as tardes). Ela fica na escola (durante a manh).

Padres impessoais
1. P = (VI + (AAdv)): 3. P = (VL + PV+ (AAdv.)) Exerccios: I. Classifique os enunciados que seguem em frase, orao, perodo simples ou composto: 1. Bom dia! 2. Cruzes, que loucura! 3. Convm que sorrias para a vida. 4. Pessoal, ateno! 5. Chuva, finalmente! 6. A verdade que mentiram. 7. Tocaram a campainha. 8. Os alunos chegaram entusiasmados. 9. Amigos, busquemos o consenso! 10. Caso chegue primeiro, faa o favor de selecionar o material. Ventou (muito). noite (agora). 2. P = (VTD + OD + (AAdv.)): H muitos alunos (no curso de Letras).

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Modificaes nos padres oracionais


A. Alterao da ordem direta: P+S Chegaram as encomendas. AAdv + S + P Na ltima hora, ela apresentou sua proposta. B. Voz passiva os padres que apresentam OD podem passar para a voz passiva. VOZ ATIVA: O aluno fez o exerccio. VOZ PASSIVA: O exerccio foi feito pelo aluno. VOZ ATIVA: Um empregado enviou o e-mail ao chefe. VOZ PASSIVA: Um e-mail foi enviado ao chefe por um empregado. Exerccio: II. Passe as oraes abaixo para a voz passiva quando for possvel: 1. O professor comunicou a triste notcia aos estudantes.

2. O rapaz entrou na sala com pressa.

3. No fim do dia o chefe convocou os funcionrios.

4. Apagaram o fogo da lareira aps o jantar.

5. Quem emprestou meu carro ao vizinho?

6. Ela precisa de auxlio.

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A estrutura e os termos da orao 1.Termos essenciais

1.1. Sujeito
A. No aspecto semntico, sujeito o ponto de partida da comunicao oracional; o sujeito o ser de quem se diz alguma coisa. Ex.: O menino deu ao pai um pedao da torta. A plantao foi destruda pela seca. Abriram a janela. Este livro de portugus pertence a um aluno. B. No aspecto morfolgico, o sujeito sempre se apresenta dentro de um SN (sintagma nominal), porque o ncleo do sujeito ser um substantivo ou um pronome substantivo. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: na ordem direta, o sujeito o SN que vem antes do verbo. b. de concordncia: o sujeito o termo com o qual o verbo concorda. c. de regncia: o sujeito sempre subordinante, por isso nunca ser preposicionado. A importncia de se identificar o sujeito para a escrita: A. IDENTIFIQUE O NCLEO DO SUJEITO E FAA AS DEVIDAS ADEQUAES GRAMATICAIS: 1. A diferena entre as frases so de relao semntica. 2. O uso de textos no-verbais ou de diferentes materialidades contribuem na formao de leitores. 3. Primeiramente, ser feito uma apresentao do trabalho. 4. Aps, ser distribudo uma folha com a explicao do contedo. 5. Essa passagem, retirados dos Parmetros Curriculares Nacionais - Lngua Portuguesa, descrevem as habilidades/competncias do uso eficaz da linguagem.

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6. No trecho abaixo, est a definio de educao lingustica, que deveria ser lembrado pelos docentes e pela escola como um processo de aquisio, desenvolvimento e ampliao do conhecimento de sua lngua materna e de outras.

7. Estudos recentes tem encontrado uma prevalncia de problemas de sade mental na criana.

8. Problemas de sade mental em crianas de 10 anos vem aumentando nos ltimos anos.

9. Dessa forma, enfatizado a importncia do trabalho de reescrita.

1.1.1 Tipos de sujeito a. Sujeito simples: aquele constitudo de um nico ncleo. Ex.: A Dona Chica era nossa vizinha. b. Sujeito composto: aquele constitudo por mais de um ncleo. Ex.: A Dona Chica e Seu Jos eram nossos vizinhos. c. Sujeito indeterminado: aquele que existe, mas no se pode ou no se quer identificar. Ex.: Assaltaram a loja de brinquedos. Formas de indeterminao do sujeito: 1) Verbo na 3 pessoa do plural sem referncia anterior. Ex.: Disseram que tinhas partido. 2) Verbo transitivo indireto na 3 pessoa do singular, seguido do pronome se. Ex.: Precisa-se de funcionrios. 3) Verbo intransitivo na 3 pessoa do singular seguido do pronome se. Ex.: Vive-se bem em Bag. 4) Verbo de ligao na 3 pessoa do singular seguido do pronome se. Ex: s-se feliz aqui. 5) Verbo no infinito no flexionado sem referncia anterior. Ex.: fundamental ler bastante.

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1.2. Orao sem sujeito a. Verbos (na 3 pessoa do singular) que expressam fenmenos da natureza. Ex.: Choveu muito durante a semana. b. Verbo haver (na 3 pessoa do singular) no sentido de existir ou acontecer. Ex.: Houve manifestaes favorveis eleio. c. Verbos fazer, haver, ser e estar, dando ideia de tempo. Ex.: tarde. H meses que no a via. ATENO No confunda casos de sujeito indeterminado com casos de voz passiva sinttica; nesta, o sujeito est sempre presente. Observe os exemplos: 1. Consertam-se mveis. 2. Nesta obra, compra-se material usado. 3. No teatro So Pedro, sempre se assiste a excelentes espetculos. 4. No teatro So Pedro, sempre se veem belos espetculos. 5. Vendem-se apartamentos. 6. Precisa-se de vendedores. Est frio. Faz dias que cheguei.

Exerccio: I. Identifique o sujeito e classifique-o, conforme seja simples, composto,

indeterminado ou orao sem sujeito: 1. Ao longe, aparecia a cidade. 2. Fala-se em novos projetos. 3. Contaram-me que os dois se reconciliaram. 4. Aconteceram fatos incrveis. 5. Concordo plenamente com essa medida. 6. Aqui, ainda se acredita em bruxas. 7. Anoitece cedo no inverno. 8. No dever haver reclamaes. 9. Podem existir contradies em seu testemunho, mas no pode haver dvidas sobre sua inocncia. 10. Chegou-se finalmente a uma concluso. 11. O cofre foi arrombado pelos ladres. 12. Os ladres arrombaram o cofre. 13. Arrombou-se o cofre. 14. Embora um pouco tarde, chegou o dia e a hora de nosso acerto.

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17. Faz dezesseis anos que Maria nasceu. 18. H muito tempo que no fazia um vero to terrvel. 19. Havia duas pessoas interessadas no emprego. 20. Existiam duas pessoas interessadas no emprego. OBSERVAES SOBRE PREDICAO VERBAL: - Verbos nocionais: indicam aes, so verbos significativos. So eles: Transitivos: VTD, VTI, VTDI Ex.: Ela escreveu uma carta. (VTD) Ela escreveu aos amigos. (VTI) Ela escreveu uma carta aos amigos. (VTDI) Intransitivos Ex.: Ex.: Ela viajou ontem. (VI) Ela est com saudades. (VL) - Verbos relacionais: verbos de ligao ou de estado.

Obs.: Nocional um termo geral que abrange os verbos intransitivos e transitivos, e se ope a verbo de ligao, chamado de relacional. (In: MACAMBIRA, A estrutura morfo-sinttica do portugus. So Paulo: Pioneira, 1982). - Locuo Verbal: a. Conceito: a reunio de dois ou mais verbos a constiturem uma unidade significativa. b. Constituio: Deve ser constituda de, no mnimo, um verbo auxiliar e um verbo principal no infinitivo, no gerndio ou no particpio. A flexo de pessoa, tempo e modo estar sempre no primeiro verbo auxiliar da locuo. Ex.: Eu devo estudar. / Eu quero estudar. Est chovendo./ Comeou a chover. O coordenador foi procurado pelo aluno. I. Identifique os verbos nas oraes abaixo e classifique-os, conforme estejam funcionando como VI (intransitivo), VTD (transitivo direto), VTI (transitivo indireto), VL (de ligao). 1. a. Este homem vive muito mal. b. A modelo vive glamourosa. 2. a. Todos aspiramos a uma vida melhor. b. No aspire esse gs, por favor!

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3.

a. As guas esto poludas. b. As crianas esto no ptio.

4.

a. Vamos continuar o exerccio? b. O Rio de Janeiro continua lindo.

5.

a. A festa virou tragdia. b. O pescador virou o cesto de peixes e o barco virou.

6.

a. Os alunos ficaram no ptio. b. Os alunos ficaram agitados.

7. Esquecia os compromissos maiores, mas no se esquecia da namorada. 8. Lembro-me de tudo, lembro at da expresso dos seus olhos. 10. a. O aluno procedeu corretamente. b. O inspetor procedeu a um exame minucioso do fato, e concluiu que os boatos no procediam.

1.2 Predicado
A. Aspecto semntico: o termo que contm a essncia da comunicao oracional; aquilo que se informa a respeito do sujeito. B. Aspecto morfolgico: O predicado o SV constitudo de verbo e termos anexos, se houver necessidade. C. Aspecto sinttico: a. de colocao: o termo que, numa ordem direta, se apresenta depois do sujeito. b. de concordncia: O verbo que faz parte do predicado, em geral, concorda com o sujeito. c. de regncia: Normalmente, o verbo se subordina ao sujeito. D. Tipos de predicado: - Verbal: o predicado cujo ncleo constitudo de um verbo nocional. Ex.: Os alunos chegaram.

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- Nominal: o predicado cujo ncleo um nome; une-se ao sujeito mediante um verbo relacional. Ex.: Os alunos estavam entusiasmados. - Verbo-nominal: o predicado que tem dois ncleos, um verbo nocional e um nome. Ex.: Os alunos chegaram entusiasmados.

1.3. Predicativo
A. No aspecto semntico: Termo que exprime um estado do sujeito ou do objeto. B. No aspecto morfolgico: Pode se apresentar em um SAdj, um SN ou um SP. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: Numa ordem direta, o predicativo apresenta-se depois do verbo relacional claro ou subentendido. b. de concordncia: O predicativo concorda com o seu subordinante. c. de regncia: O predicativo subordinado ao sujeito ou ao objeto. Ex.: Ela est linda hoje. (predicativo do sujeito)

A moa chegou assustada. (predicativo do sujeito) Ela viu o desastre sozinha. (predicativo do sujeito) Ela viu o carro cado. (predicativo do objeto) O pblico considerou o filme montono. (predicativo do objeto) Todos viram ao espetculo entusiasmados. (predicativo do sujeito)

Predicativo do sujeito x Predicativo do objeto

Exerccio: I. Classifique o predicado das oraes abaixo e quando o predicado for nominal ou verbo-nominal identifique o predicativo do sujeito ou do objeto. 1. Dilma Roussef foi eleita Presidente do Brasil. 2. As pessoas chegaram praa.

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3. As pessoas chegaram eufricas praa. 4. Marta viu o espetculo sozinha. 5. Todo o povo estava de planto. 6. Pela televiso, acompanhvamos os acontecimentos. 7. Alguns a julgam um exemplo. 8. Ns a vemos como uma mulher forte. 9. Os jornalistas foram para as portas do Planalto.

2. Termos integrantes

2.1 Agente da passiva


A. No aspecto semntico: o termo que indica o ser que pratica a ao sofrida pelo sujeito. B. No aspecto morfolgico: O AP vem dentro de um SP e a preposio que comumente o introduz a preposio por e, mais raramente, a preposio de. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: o AP, em uma ordem direta, vem no final da frase e divide a posio com o adj.adv. b. de concordncia: o AP no concorda com outros termos da orao. c. de regncia: o AP subordinado a um verbo apassivado. Exerccios (adaptados de BECHARA, E. Gramtica escolar da lngua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2010). I. Transforme os predicativos em uma s palavra de igual significao: Modelo: Os alunos estavam sem ateno s aulas. Os alunos estavam desatentos s aulas. 1. Os alunos no ficaram ao desamparo. 2. Todos estavam em embarao. 3. Os passageiros saram sem leso. 4. Os problemas pareciam sem soluo. 5. A doente ficou sem sentidos. 6. Estes rapazes eram do nosso tempo.

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7. Os erros eram sem nmero. 8. Com a notcia ela ficou sem fala. 9. As alegrias dos perversos so de curta durao. 10. O crime ficou sem punio.

II. Indique se o sujeito das seguintes oraes agente (A) ou paciente (P) da ao verbal. 1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. ( 8. ( 9. ( 10. ( ) Nas torres, os atalaias vigiavam atentamente o acampamento. ) Os homens de arma levavam preso Nuno Gonalves. ) A notcia foi sabida de todos. ) O prdio fora destrudo pelo incndio. ) Os convidados no traziam mscaras. ) Os responsveis foram condenados pelo juiz. ) O livro ser lido por todos os alunos. ) As suas ordens no foram obedecidas por ningum. ) O vento soprava nesse dia com violncia. ) Eu o espero.

III. Distinga as oraes de verbo na voz passiva usando (A) das oraes de predicado com predicativo usando (B): 1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. ( 8. ( 9. ( ) O livro est rasgado. ) A casa foi alugada pelo novo proprietrio. ) A cozinheira era estimada por todos. ) Talvez o soldado estivesse ferido. ) O conferencista ficou desiludido. ) A ave foi atacada pelo gato. ) A casa estava cercada pela gua. ) O jardim ficou florido. ) As joias foram roubadas.

2.2 Objeto direto


A. No aspecto semntico: O OD o termo que completa o sentido de um VTD ou VTDI. B. No aspecto morfolgico: O OD, em geral, apresenta-se em um SN; pode se apresentar em um SP, quando for OD preposicionado.

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Em que casos temos OD preposicionado? - Quando o OD for representado pelo pronome pessoal tnico: Ex.: Ele conhece a mim. Ele no entende a mim, nem eu a ele. - Quando o OD for dependente de verbos que expressam sentimentos. Ex.: Ex.: Louvemos a Deus e amemos ao Brasil. Feriu ao leo o caador. Ao animal o caador feriu. - Quando houver construes enfticas (ou idiomticas). Ex.: Come do meu po, bebe do meu vinho; depois, fala mal de mim. Peguei da pena, para escrever estas mal traadas linhas. O soldado puxou da espada. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: Na ordem direta, o OD vem aps o verbo. b. de concordncia: O OD no concorda com nenhum termo da frase. c. de regncia: O OD subordina-se a um VTD ou a um VTDI. Obs.: importante saber reconhecer o ncleo do objeto para fazer as devidas concordncias: Embora desconheam tais estruturas, o docente deve estimul-los para o ato da leitura. E por fim, propomos a produo de um conto aliado charge que ser utilizado na confeco de um mini-livro contendo os trabalhos dos alunos. - Quando houver uma situao de ambiguidade.

2.2.1. Objeto direto pleonstico A. No aspecto semntico: OD pleonstico o termo que repete o objeto direto para enfatizar o que se quer dizer. B. No aspecto morfolgico: O OD pleonstico aparece em SN ou SP. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: o OD pleonstico vem colocado sempre aps o OD. b. de regncia: o OD pleonstico subordina-se ao OD. c. de concordncia: o OD pleonstico concorda com o OD. Ex.: Ele me conhece a mim. A mim, ele me conhece.

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O dinheiro, Jaime o trazia na manga da camisa. O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.

2.3. Objeto indireto


A. No aspecto semntico: O OI o termo que completa o sentido de um VTI ou VTDI. B. No aspecto morfolgico: O OI, em geral, apresenta-se em um SP; apresenta-se tambm em SN, quando for representado pelos pronomes pessoais tonos: me, te se, lhe, nos, vos, lhes. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: Na ordem direta, o OI vem aps o verbo, dividindo essa posio com o objeto direto e o predicativo. b. de concordncia: O OI no concorda com nenhum termo da frase. c. de regncia: O OI subordinado a um VTI ou VTDI. 2.3.1. Objeto indireto pleonstico A. No aspecto semntico: OI pleonstico o termo que repete o objeto indireto para enfatizar o que se quer dizer. B. No aspecto morfolgico: O OI pleonstico aparece em SN ou SP. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: o OI pleonstico vem colocado sempre aps o OI. b. de regncia: o OI pleonstico subordina-se ao OI. c. de concordncia: o OI pleonstico concorda com o OI. Ex.: A mim, ele no me disse nada. Ele no me disse nada a mim. Mas que te importam a ti os assuntos que me so agradveis? (Graciliano Ramos). Exerccios (In: CEGALLA, D. P. Novssima gramtica da Lngua Portuguesa. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008). 1. Destaque os objetos diretos:

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1) Os holandeses invadiram a Bahia em 1624. 2) O trabalho produz a riqueza e a felicidade. 3) Fatos impressionantes relatou esse turista. 4) O louvor ganha amigos, a maledicncia inimigos. (Marqus de Maric) 5) Muitos favores j temos recebido desta famlia. 6) No rio das Mortes houve combates sangrentos. 7) Devemos unir o til ao agradvel. 8) Desenhou a casa do Engenho, as rvores, os morros. (Garcia de Paiva) 2. Destaque os objetos indiretos: 1) Assisti a uma cena impressionante. 2) Obedeo a ordens superiores. 3) No aspiro a esse ttulo. 4) Emlia no acredita em horscopos. 5) A polcia interditou a rea a pessoas estranhas ao trabalho. 6) Por acaso necessitam de tanto espao? 7) Aludiu ele minha obra? 8) Tal atitude no convm a um juiz. 3. Circule os objetos diretos e sublinhe os indiretos: 1) O embaixador ofereceu um banquete ao lder poltico. 2) Agradea a Deus o dom da vida todos os dias. 3) Confiei a Vicente meus planos. 4) Pagamos a cerveja ao garom e mostramos as fotos a Denise. 4. Diga se os pronomes oblquos funcionam como objetos diretos ou indiretos. Ns o elogiamos. Eu lhe agradeci muito. Todos a admiram. Joo me persegue. Joo me obedece. Ela te ama. Ela te confessar tudo. Guarde-os na caixa. Vim convidlos. Ele nos estima. Isto nos pertence. Confie em mim. Confie menos em si. Refirome a ti mesmo. Quem vos chamou? Quem vos deu a vida? Beatriz os veste e lhes d comida. Observe a regncia destes verbos: a. Obedecer e desobedecer pedem objeto indireto com a preposio a. Ex.: Os filhos obedecem aos pais. Aqueles que desobedecem aos seus superiores muitas vezes se arrependem. b. Na voz reflexiva, caso dos exemplos sublinhados no exerccio anterior, os pronomes pessoais do caso oblquo me, te, se, nos e vos podem atuar como

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objetos diretos ou como objetos indiretos, de acordo com a transitividade do verbo.: No me considero to importante. - me objeto direto (quem considera, considera algo ou algum) Reservo-me o direito de expressar minha opinio. - me objeto indireto (quem reserva, reserva algo a algum) (Cf. vozes verbais em INFANTE, U. Curso de gramtica aplicada aos textos. So Paulo: Scipione, 1997.)

O, a X lhe

2.4 Complemento Nominal


o termo complementar reclamado pela significao transitiva, incompleta, de certos substantivos, adjetivos, advrbios. Vem sempre regido de preposio. CEGALLA, D. P. Novssima gramtica da Lngua Portuguesa. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, p. 354). A. No aspecto semntico: O CN o termo que completa a significao do nome. B. No aspecto morfolgico: O CN apresenta-se sempre em um SP C. No aspecto sinttico: a. de colocao: O CN vem sempre depois de seu subordinante. b. de regncia: O CN subordinado ao nome, isto , substantivo, adjetivo, ou advrbio. c. de concordncia: O CN no concorda com nenhum termo. *Necessito de sua ajuda. Tenho necessidade de sua ajuda. Ex.: A cofiana na vitria era necessria. Fiquei indiferente a sua desculpa.

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H plantas resistentes seca. O Conselho do Campus votou favoravelmente ao professor.

3. Termos acessrios

3.1 Adjunto Adnominal


A. No aspecto semntico: O AAdn o termo que modifica um substantivo, qualificando-o, especificando-o, determinando-o ou indeterminando-o. B. No aspecto morfolgico: O AAdn pode se apresentar como artigo, numeral, pronome adjetivo, SAdj e SP. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: Se a AAdn for representado pelo artigo, vir antes do nome a que se refere; os demais adjuntos adnominais podem variar de posio. b. de regncia: O AAdn subordinado a um substantivo. c. de concordncia: O AAdn, em geral, concorda com seu subordinante, com exceo do SP. Ex.: O aluno Uma aluna Aquele aluno Ex.: Porta de madeira Casaco de couro Livro de histria Porta da casa Casaco da aluna Livro do aluno

No desfile, duas garotas vestiam calas e camisetas brancas. Pode levar tambm este jornal; meu filho caula j leu o caderno de esportes.

Complemento nominal x Adjunto adnominal

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I.Transforme em substantivos os verbos transitivos destacados. Veja o exemplo: Gostar de estudos O gosto pelos estudos. Observe que os termos que completam os verbos (os objetos) tornam-se, com a transformao, complementos nominais, porque passam a complementar substantivos. a.Combater contra a tirania. b.Confiar em Deus. c.Desagradar aos pais. d.Responder pelos atos praticados. e)Investir em educao e sade. II.Reescreva as frases, transformando o verbo destacado em substantivo. Depois identifique o complemento nominal. Veja um exemplo: doao. CN a)Ele conhece o assunto. b)Somente o professor de Matemtica resolve estes problemas difceis. c)Ela requereu afastamento por motivo de doena. d)Na reunio, o diretor referiu-se ao relatrio anual da empresa. e)O advogado exps seus argumentos ao juiz. (In: CEREJA, W.R.; MAGALHES, T.C. Gramtica reflexiva: texto, semntica e interao. So Paulo: Atual, 2010). A instituio de caridade necessita de agasalhos para doao. A instituio de caridade tem necessidade de agasalhos para

3.2 Adjunto Adverbial


A.No aspecto semntico: o termo que se relaciona com o verbo, para especificar as circunstncias em que ocorre a ao verbal. B.No aspecto morfolgico: O AAdv , geralmente, representado por SAdv ou SP. C.No aspecto sinttico: a. de colocao: O AAdv, na ordem direta, ocupa uma posio final na frase. b. de regncia: O AAdv subordinado a um verbo, a um advrbio ou a um adjetivo. c. de concordncia: O AAdv no concorda com nenhum termo da frase. Ex.: Maria passou muito mal, pois tem trabalhado demais e est muito esgotada.

Meninas brincam de roda, na praa, tarde.

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Algumas circunstncias expressas pelo adjunto adverbial a) afirmao: Sim, efetivamente estive l naquela noite. b) dvida: Talvez a vida melhore. c) fim, finalidade: Preparem-se para o exame. d) meio: Viajei de trem. e) companhia: Foi acampar com alguns amigos. f) concesso: Apesar dos percalos, a democracia vem se consolidando no pas. g) assunto: Conversaram sobre poltica. h) condio: Sem determinao, no se conseguir nada. i) instrumento: Os astronautas agarraram o satlite com as prprias mos. j) causa: Por convico pessoal, no aderi ao movimento. l) intensidade: Tem sido uma crise bastante prolongada. m) lugar: Vou praia. Estou no meu quarto. n) modo: Agiu com determinao. Receberam-nos afetuosamente. o) negao: No se fazem certas coisas. p) tempo: A repartio funciona das 8h s 11h. Partiram em janeiro. (Veja mais sobre o AAdv em INFANTE, U. Curso de gramtica aplicada aos textos. So Paulo: Scipone, 1997.) I. Nas frases a seguir, destaque os adjuntos adverbiais e identifique a frase em que o adjunto adverbial expressa o valor semntico de instrumento. a)Ele ficou sozinho no meio da praa. b)Ontem, fui de metr ao colgio com meu melhor amigo. c)Consegui abrir a caixa de madeira com um canivete. d)No segundo bimestre, no haver mudanas muito radicais na fbrica. e)Hoje, despertei preguiosamente s dez horas. (In: CEREJA, W.R.; MAGALHES, T.C. Gramtica reflexiva: texto, semntica e interao. So Paulo: Atual, 2010).

3.3 Aposto
A.No aspecto semntico: O aposto o termo que se junta ao seu subordinante, termo que geralmente o antecede, para explic-lo, ampli-lo, resumi-lo ou identific-lo. B.No aspecto morfolgico: Apresenta-se em SN ou SP. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: O aposto em geral aparece depois de seu subordinante. b. de regncia: O aposto se subordina a um substantivo ou a um pronome.

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c. de concordncia: O aposto concorda com seu subordinante. Tipos de aposto: - Explicativo: D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sbio. - Enumerativo: Ele trouxe vrios mantimentos: arroz, feijo, acar e caf. - Resumitivo: Casas e pastos, rvores e plantaes, tudo foi destrudo pelas guas da enchente. - Especificativo: Avenida Santa Tecla Minha prima Carla Ms de maio O aposto especificativo normalmente um substantivo prprio que individualiza um substantivo comum.

4. Vocativo
A. No aspecto semntico: Palavra ou expresso por meio da qual chamamos ou interpelamos nosso interlocutor. B. No aspecto morfolgico: O vocativo apresenta-se em um SN. C. No aspecto sinttico: a. de colocao: O vocativo apresenta-se em diferentes posies na frase, sempre separado por vrgula. b. de regncia e de concordncia: o vocativo relaciona-se, s vezes, com um elemento da orao. Ex.: Voc viu, doutor, que notcia agradvel! filho, me ajude a carregar as compras. Meu Deus, quanta misria existe no mundo. Meninos, estudem! Exerccios: I. Identifique o aposto nas oraes abaixo. 1)O poema Vou-me embora pra Pasrgada do grande poeta Manuel Bandeira. 2)S jantava comidas leves: uma salada, uma sopa de legumes, um caldo de carne. 3)Os rapazes eram dois bons profissionais, um em informtica e o outro em engenharia. 4)Casa, famlia, amigos, tudo lhe era negado. 5)O rio Amazonas o maior do mundo.

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II. Compare os termos sublinhados nas frases seguintes e explique por que o da 1 aposto e o da 2 adjunto adnominal. O escritor Machado de Assis trabalhou a maior parte da sua vida como funcionrio pblico. Os romances de Machado de Assis aprofundam a anlise psicolgica das personagens e so renovadores do ponto de vista da linguagem. (Adaptado de CEREJA, W.R.; MAGALHES, T.C. Gramtica reflexiva: texto, semntica e interao. So Paulo: Atual, 2010).

5. Pontuao perodo Simples


Pontuao no simplesmente o procedimento de assinalar as pausas do enunciado. preciso ter em mente que pontuar do modo adequado um dos requisitos para uma boa escrita uma questo de domnio da estrutura sinttica da frase. NO se pontua na ordem direta: Sujeito + verbo + Predicativo do sujeito + (Adjunto adverbial) ou Sujeito + verbo + complemento verbal (OD ou OI) + (Adjunto adverbial) Ele contou a verdade ao rapaz naquele momento. O trabalho foi realizado pelo acadmico com grande rapidez. A garota saiu apressada da sala. NO se separa: Sujeito do predicado Verbo do objeto Nome do complemento nominal Todos os componentes da mesa recusaram o projeto. Faltavam cinco minutos para sua chegada. Aconteceram desastres grandiosos no ms de janeiro. A crtica do jornalista ao jogador foi exagerada. SEPARA por vrgula: Adjunto adverbial deslocado (para o de pequena extenso o uso da vrgula facultativo) Naquele momento, ele contou a verdade ao rapaz. Ontem(,) ele contou a verdade ao rapaz. Adjunto adverbial intercalado Ele contou, naquele momento, a verdade ao rapaz. Termos de mesma funo sinttica Crianas, jovens, adultos manifestam sua opinio. Expresses explicativas (ou seja, isto , ou melhor) Darei mais alguns exemplos, ou melhor, mais um exerccio.

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Vocativo Menino, cuide-se! Cuide-se, menino! Aposto O Seu Antnio, o av do Nicolas, foi hospitalizado. OD/OI repetidos (pleonasmo): Iluses, j no as tenho. Elipse do verbo: Ns nos referimos a fatos. Vocs, a hipteses. Exerccio: I. Pontue as frases e justifique a pontuao empregada: 1. H cinco dias nasceu seu filho Carlos. 2. Esperou durante duas horas a chegada das crianas. 3. O Executivo o Legislativo e o Judicirio so os trs poderes da Repblica. 4. A viso daquela famlia desfeita deixou-a comovida. 5. A assembleia docente ser realizada amanh s no auditrio principal. 6. Todo homem tem direito vida liberdade e segurana pessoal. 7. noite s vezes fazia frio. 8. Paris a capital da Frana uma das cidades mais visitada pelos turistas brasileiros. 9. As palavras leva-as o vento. 10. Com lgrima nos olhos Maria a esposa do falecido abriu a porta. 11. Atento e dedicado dava sempre o melhor de si.

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ANLISE SINTTICA EXTERNA 1. ORGANIZAO DO PERODO COMPOSTO


De acordo com o estudo dos Padres Frasais, frases simples combinadas formam perodos compostos, atravs de dois processos: Coordenao e Subordinao.

1.1 ORAES COORDENADAS


No perodo composto por coordenao, as oraes se ligam pelo sentido, mas no existe dependncia sinttica entre elas. As oraes coordenadas podem ser sindticas, isto , ligadas por conjunes; ou justapostas, colocadas lado a lado, sem um conetivo para encade-las; nesse caso, so chamadas assindticas. Modelos de conjunes coordenativas: aditiva: e, nem adversativa: mas alternativa: ou conclusiva: portanto explicativa: porque Oraes coordenadas Sindticas: 1- Aditiva: ideia de adio, acrscimo. Principais conjunes usadas: e, nem, (no somente) ...como tambm. Ex.: O professor no somente elaborou exerccios como tambm uma extensa prova. 2- Adversativa: ideia de contraste, oposio. Principais conjunes usadas: mas, contudo, entretanto, porm... Ex.: O professor elaborou um exerccio simples, mas a prova foi bastante complexa. 3- Alternativa: ideia de alternativa, excluso. Principais conjunes usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou. Ex.: Ou o professor elabora o exerccio ou desiste de aplicar a prova. 4- Conclusiva: ideia de deduo, concluso. Principais conjunes usadas: portanto, pois, logo etc. Ex.: O professor no elaborou a prova, logo no poder aplic-la na data planejada. 5- Explicativa: ideia de explicao, motivo. Principais conjunes usadas: pois, porque. Ex.: O professor no elaborou a prova, porque ficou doente. Obs.: A conjuno pois pode introduzir oraes conclusivas ou explicativas.Quando tiver dvidas, procure substitu-la por outras conjunes. I. Reelabore, num s perodo, as ideias dadas, obedecendo s indicaes: II. Justifique a pontuao adotada: 1. A. Aquele foi um janeiro quente e ensolarado. B. No pudemos tirar frias. (B oposio a A) 2. A. Ele estuda. B. Ela trabalha. (B adio a A)

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3. A. Venha me visitar. B. Quero estar com voc algum tempo. (B explicao de A) 4. A. Muito me engano. B. Escrevi uma carta desnecessria. (B alternativa de A) 5. A. No compareci reunio. B. No posso opinar sobre o assunto. (B concluso de A)

6. A. Esperarei alguns instantes. B. Telefonarei para ela. C. Marcarei um encontro para a tarde. (B justaposio a A; C adio a B)

7. A. Os turistas chegam. B. Os turistas olham. C. Os turistas perguntam. D. Os turistas prosseguem. (A, B e C justapostas; D adio a C)

8. A. No veio. B. No mandou representante. C. Foi informado da denncia. (B adio a A; C oposio a A e B)

9. A. Ela dobrou o tecido. B. Deve ter guardado o tecido. C. Eu no vi o tecido. (B adio a A; C explicao de A e B)

10. A. Gazeia o curso. B. Fica doente. C. No tem condies de aprender. (B alternativa de A; C concluso de A e B)

1.2 ORAES SUBORDINADAS


No perodo subordinado, existem pelo menos uma orao principal e uma subordinada. A orao principal sempre incompleta, ou seja, alguma funo sinttica est faltando. As oraes subordinadas desempenham a funo sinttica que falta na principal: objeto direto, indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal etc. Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele. Orao principal: O rapaz gostava Orao subordinada: de que todos olhassem para ele.

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SINTAXE
H trs tipos de oraes subordinadas: Substantivas = na maioria das vezes, as oraes subordinadas substantivas so introduzidas por conjuno subordinada integrante, sendo as principais a partcula QUE e a SE. Tais oraes so assim denominadas porque exercem funo sinttica prpria de substantivo. Adjetivas = so introduzidas por pronomes relativos, sendo o mais comum o relativo QUE quando substituvel por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS, sem alterar o sentido do perodo. Tais oraes exercem a funo de adjuntos adnominais. Como a funo de adjunto adnominal prpria de adjetivo, a orao do mesmo valor chama-se adjetiva. Adverbiais = estas exercem a funo de adjuntos adverbiais. Excetuando-se as conjunes subordinativas integrantes QUE e SE, as demais conjunes subordinativas introduzem as oraes subordinadas adverbiais no perodo, as quais se classificam de acordo com a classificao da prpria conjuno subordinativa. Modelos de conjunes subordinativas: Integrante: que comparativa: como consecutiva: to... que, tamanho... que, tanto... que) conformativa: conforme proporcional: medida que

causal: porque concessiva: embora condicional: se final: para que temporal: quando

No processo de subordinao, h uma hierarquia entre as oraes, por isso uma ser chamada principal e a outra, subordinada. As subordinadas exercem vrias funes na orao principal, dividem-se em substantivas, adverbiais e adjetivas e podem se apresentar na forma desenvolvida ou reduzida.

Anotao

1.2.1. ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS As oraes substantivas exercem a funo de sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal ou aposto da principal. So introduzidas pelas conjunes integrantes que, se e, mais raramente, como. Exerccio: I. Transforme as expresses grifadas em oraes subordinadas substantivas.

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1. Pressentimos a chegada do inverno. 2. Tudo depende do meu esforo. 3. Sou favorvel condenao do ru. 4. O importante a sua vinda. 5. No careo de sua ajuda. 6. Anunciaram a sua partida. 7. Lamentei teu pouco interesse pelo assunto. 8. Apresentou uma soluo: minha desistncia do concurso. 9. til o teu auxlio agora. 10. Dei-lhe uma tarefa: a correo das provas. 11. O lgico seria a tua sada. 12. Os candidatos aspiravam aprovao no concurso. 13. Ficou provada a tua inocncia. 14. Todos exigiam a apurao dos resultados.

1.2.2. ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As oraes adverbiais exercem a funo de ajunto adverbial da orao principal; so introduzidas pelas conjunes subordinativas, excetuando-se as integrantes e, em geral, podem ser deslocadas no perodo. I. Reelabore, num s perodo, as ideias dadas, obedecendo s indicaes:

1. A) A criana chorava. B) Apagavam a luz. (B condio de A)

2. A) Os alunos chegavam atrasados. B) Chovia. (B tempo de A)

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3. A) Ele comeu. B) Ele bebeu. (B comparao de A)

4. A) A casa era muito velha. B) A casa precisava ser demolida. (B consequncia de A)

5. A) Contava histrias de sua infncia. B) Caminhava. (B proporo de A)

6. A) A temperatura cair muito. B) O Servio meteorolgico Informa. (B conformidade de A)

7. A) Desesperou-se. B) Faltaram-lhe recursos financeiros. (B causa de A)

8. A) O chefe no antecipou suas frias. B) Usei vrios argumentos. (B oposio a A)

9. A) Devemos formar um time de futebol. B) Assim, poderemos participar dos vrios campeonatos estudantis. (B finalidade de A)

1.2.3. ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS As oraes adjetivas exercem a funo de adjunto adnominal de um substantivo da orao anterior; so introduzidas pelo pronome relativo que pode ser precedido de preposio, dependendo da regncia do verbo. I. Reelabore, num s perodo, as ideias dadas, de modo que se obtenham oraes adjetivas: 1. J li o livro. Voc me indicou o livro.

2. Conheo o professor. Todos se referem ao professor.

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3. Tenho as revistas. Extra estas poesias das revistas.

4. Apresentou-me garota. Quero falar com a garota.

5. Escutei o discurso. No concordo com o discurso.

6. Muitas crianas deveriam estar na escola. Essas crianas esto hoje nas ruas.

7. Muitos jovens poderiam tornar-se bons profissionais. Aos jovens no se oferecem oportunidades de desenvolvimento pessoal.

1.2.4. ORAES REDUZIDAS Chamamos de oraes reduzidas as subordinadas que apresentam o verbo no infinitivo, no gerndio ou no particpio. Para cada uma delas, h uma desenvolvida equivalente. Observe: REDUZIDAS DE GERNDIO: a. Estudando, conseguirei boas notas. b. Saindo do restaurante, encontrei um velho amigo. c. L estava a mulher, falando sem parar. REDUZIDAS DE PARTICPIO: a. Assisti ao filme recomendado pela crtica. b. Passado o temporal, os convidados foram embora. c. Executadas aquelas obras, o municpio ficaria inadimplente. REDUZIDAS DE INFINITIVO: a. necessrio estabelecer um projeto para o pas. b. Foi o ltimo a apresentar o trabalho. c. Ao voltar, percebeu que tudo havia mudado.

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Anotao

Quando falta a orao principal: Leia os trechos abaixo e reescreva-os de acordo com a norma padro escrita: 1. No trecho abaixo, a definio de educao lingustica, que deveria ser lembrada pelos docentes e pela escola, como um processo de aquisio, desenvolvimento e ampliao do conhecimento de sua lngua materna e de outras.

2. Acreditando que, atravs desta atividade, eles possam produzir um texto, sem seguir um modelo de escrita, exigido pelos exerccios propostos no cotidiano escolar.

3. Dessa forma, sendo enfatizada a importncia do trabalho de reescrita. 4. E por fim, a proposta de produo de causo aliada da charge que culminar em uma confeco de um mini-livro contendo os trabalhos dos alunos.

2. Pontuao perodo composto


Ordem direta: Orao principal + orao subordinada FACULTATIVO o uso da vrgula: Para a orao subordinada adverbial na ordem direta Com orao coordenada alternativa SEPARA da orao principal por vrgula:

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Orao subordinada adverbial deslocada ou intercalada Orao subordinada adjetiva explicativa Oraes coordenativas conclusiva, adversativa e explicativa Orao aditiva cujo sujeito seja diferente do sujeito da orao principal Exerccio: I. Volte aos exerccios de construo de perodos compostos e veja se a pontuao est adequada. II. Pontue os perodos abaixo: 1. Todos o detestam porm gostam de sua irm. 2. Fica atento pois podes cair. 3. A chuva cai e a plantao cresce. 4. Deus me ps na rede e o diabo me fez dormir. 5. Ele conhece o assunto devemos portanto contat-lo. 6. Entregas o trabalho ou ters a avaliao comprometida. 7. Quando as aulas recomearem faremos uma janta da turma. 8. Se tudo der certo ano que vem viajarei para o Japo.

3. Regncia
a relao de dependncia que se estabelece entre dois termos. Pode ser verbal ou nominal.

3.1 Regncia verbal


Agradar = acariciar VTD: sem preposio. Ex.: Helena agradou o esposo. Agradar = ser agradvel a VTI: com preposio a. Ex.: Helena agradou a todos. Aspirar = almejar VTI: com preposio a. Ex.: Aspiro ao sucesso. Aspirar = cheirar VTD: sem preposio. Ex.: Aspire o perfume das flores. Assistir = ver, presenciar VTI: com preposio a. Ex.: Assisti ao espetculo. Assistir = cuidar, dar assistncia VTD: sem preposio. Ex.: O mdico assistiu as vtimas do acidente. Obedecer e desobedecer VTI: com preposio a. Ex.: No desobedea a seu pai. Preferir VTI: com preposio a. Ex.: Prefiro inverno a vero. Querer = desejar VTD: sem preposio. Ex.: Quero a aprovao.

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SINTAXE
Querer = estimar, gostar VTI: com preposio a. Ex.: Quer a mim como a todas as outras.

3.2 Regncia nominal


Acessvel - a Acostumado - a, com Alienado - a, de Avesso - a Curioso - de, para, por Devota - a Confiante - em Imune - a Incompatvel - com Nocivo - a Passvel - de Propenso - a, para Residente - em

Anotao

4. Crase
a fuso do "a" artigo (a ou as) com o "a" preposio diante de palavra feminina, ou com o "a" dos pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aquilo. Ex.: H limites tolerncia humana. Essa substncia causa efeitos negativos s pessoas. Permaneceu indiferente quele barulho. Observaes sobre o emprego da crase: NO vai crase diante de palavras masculinas, verbos e pronomes pessoais, indefinidos, relativos e os demonstrativos (exceto aquele, aquela e aquilo). Ex: Desagradou a todos. A crase facultativa diante dos pronomes possessivos. Ex: Obedea a (ou ) sua me. Tambm facultativa a crase aps a preposio at. Ex.: Receber o trabalho at (ou a) manh de quinta-feira.

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SINTAXE
Com nomes de lugares: Irei a Paris (sem crase quando puder substituir por "voltei de Paris") Irei Argentina (com crase quando puder substituir por "voltei da Argentina")

5. Concordncia

5.1 Concordncia verbal


REGRA GERAL: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e nmero. Ex.: O homem dorme. Os homens dormem. Dormem os homens. 5.1.1 Casos particulares: 1. Sujeito formado por expresso partitiva: uma poro de, a maioria de etc. Sujeito Verbo

Expresso partitiva + substantivo ou pronome

Singular ou plural

A maior parte das indstrias no preserva o meio ambiente. A maior parte das indstrias no preservam o meio ambiente. 2. Sujeito formado pela expresso mais de um: Sujeito Verbo

Mais de um + substantivo
Mais de um concorrente desistiu do concurso.

Singular

3. Sujeito formado por nmero percentual ou fracionrio: Sujeito

Verbo

Nmero percentual ou fracionrio + substantivo

Concorda com o numeral

35% dos funcionrios foram demitidos por justa causa. 2/3 dos entrevistados no souberam responder s questes. 4. Verbo haver no sentido de existir permanece no singular. Houve vrias reunies ms passado. Haver mais reunies este ms. H vrias reunies durante o ano. Deve haver mais reunies este ms. 5. Verbo SER indicando horas concorda com o nmero de horas: So treze horas. uma hora da tarde.

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SINTAXE

6. Verbo SER ainda pode concordar com o predicativo do sujeito: Isso so mentiras. Nem tudo so flores. Um exemplo disso so os jogadores de futebol.

5.2 Concordncia nominal


REGRA GERAL: os termos (artigos, adjetivos, pronomes, numerais) concordam em gnero e nmero com o substantivo ao qual esto subordinados. O mamfero / Esse belo mamfero / Os mamferos / Dois mamferos 5.2.1 Casos particulares: 1. Adjetivo referindo-se a mais de um substantivo de gneros diferentes: fica no masculino plural ou concorda com o mais prximo. Ex.: Tinha competncia e talento extraordinrios. Tinha competncia e talento extraordinrio. Tinha talento e competncia extraordinria. 2. Alerta e menos so palavras invariveis: Ex.: Fiquem alerta. Vieram menos pessoas do que espervamos. 3. Tambm invarivel o advrbio meio no sentido de mais ou menos: Estou meio cansado. Estou meio cansada.

Meio = mais ou menos

invarivel Fica no singular

Comeu meio bolo. Comeu meia torta.

Meio = metade

varivel Concorda com o nome

4. proibido / necessrio/ bom/ preciso, etc. Se o substantivo no vier determinado por artigo a expresso fica invarivel. bom cerveja. proibido entrada. Se o substantivo vier determinado por artigo a expresso concorda com ele. boa a cerveja. proibida a entrada.

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SINTAXE

6. Colocao pronominal
Os pronomes oblquos tonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes) podem ocupar trs posies com relao aos verbos. a) prclise (antes do verbo): Isso me interessa. b) mesclise (no meio do verbo): Far-me- esse favor? c) nclise (aps o verbo): D-me um sinal. 6.1 PRCLISE: 1. Com expresso de valor negativo (no, nunca, jamais, nada, ningum etc.) No te conheo. Ningum o viu hoje. 2. Com expresso de valor circunstancial (finalmente, ontem, tarde, quando, porm etc.) Enfim te abrao. Quando o vir, eu te aviso. 3. Com pronomes indefinidos: Tudo se passou como da primeira vez. Vrios me contaram a mesma histria. 4. Com "em se tratando": Em se tratando de mulheres, sou perito. 5. Com que introduzindo oraes subordinadas: Preste ateno no que lhe digo. 6.2 MESCLISE: 1. Com o verbo no futuro do presente do indicativo: Convid-lo-emos nossa confraternizao. 2. Com verbo no futuro do pretrito do indicativo: Convidar-te-ia, caso estivesse na cidade. 6.3 NCLISE: 1. Com verbo iniciando a frase; D-me sua mo. 2. Com verbos no gerndio desde que no venham precedidos da preposio "em": No basta castig-lo, trancando-o num quarto. preciso saber am-lo, para o educar. 3. Com verbo no infinitivo pessoal: Para entender os mistrios da poesia, preciso descobri-los em si mesmo.

Anotao

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