Teste de Esterilidade
Teste de Esterilidade
Teste de Esterilidade
1 Teste de esterilidade Os testes de esterilidade aplicam-se a insumos farmacuticos, medicamentos e produtos para sade que, de acordo com a Farmacopeia, devem ser estreis, sendo adequados para revelar a presena de bactrias e fungos. Contudo, um resultado satisfatrio indica que no foi encontrado micro-organismo contaminante somente na amostra examinada. A extenso desse resultado ao restante do lote requer a segurana de que todas as unidades do mesmo lote tenham sido preparadas de modo a garantir grande probabilidade de que todo o lote passaria pelo teste. Obviamente, isso depende das precaues tomadas durante os processos operacionais de fabricao, de acordo com as Boas Prticas de Fabricao. PRECAUES DURANTE O TESTE Para a realizao do teste de esterilidade importante que as pessoas sejam adequadamente treinadas e qualificadas. Os testes devem ser realizados sob condies asspticas, utilizando, por exemplo, capela de fluxo laminar classe II tipo A (mximo 3520 partculas 0,5 m/m3 ), que deve estar instalada em sala limpa classe B - ISO 7 (mximo 352 000 partculas 0,5 m/m3 ). Para testes de esterilidade de frmacos oncognicos, mutagnicos, antibiticos, hormnios, esteroides e outros, os testes devem ser realizados na capela classe II tipo B2, que possui sistema de exausto externo ao ambiente do laboratrio. No devem ser realizados testes sob exposio direta de
luz ultravioleta ou em reas sob tratamento com aerossis. As condies devem ser adequadas de forma a evitar contaminao acidental da amostra durante o teste e, tambm, no afetar a deteco de possveis contaminantes. Controles ambientais das reas de trabalho devem ser realizados regularmente (controle do ar e de superfcies, contagens de partculas, determinao de velocidade e direo do fluxo de ar, entre outros). MEIOS DE CULTURA Os meios de cultura utilizados para testes de esterilidade so o Meio fluido de tioglicolato e o Caldo de casenasoja. O primeiro utilizado primariamente para cultura de bactrias anaerbicas, embora, tambm, possa detectar o crescimento de bactrias aerbicas. O segundo adequado para a cultura de leveduras, fungos e bactrias aerbicas. Os meios utilizados devem cumprir com os requisitos dos Testes de promoo de crescimento dos meios de cultura. Preparar os meios de cultura conforme descrito a seguir. Formulaes desidratadas, tambm, podem ser utilizadas, devendo-se demonstrar que, aps reconstituio conforme indicaes do fabricante, os requisitos dos Testes de promoo de crescimento dos meios de cultura sejam cumpridos. Os meios de cultura devem ser esterilizados por processo validado. Meio fluido de tioglicolato L-Cistina 0,5 g Cloreto de sdio 2,5 g Dextrose 5,5 g gar granulado (umidade no superior a 15%) 0,75 g Extrato de levedura (solvel em gua) 5,0 g Casena obtida por digesto pancretica 15,0 g
Tioglicolato de sdio (ou cido tiogliclico) 0,5 g (0,3 mL) Resazurina sdica a 0,1% (p/v) recentemente preparada 1,0 mL gua purificada 1000 mL pH do meio aps esterilizao 7,1 0,2 Misturar a L-cistina, cloreto de sdio, dextrose, extrato de levedura e casena de digesto pancretica com 1000 mL de gua purificada e aquecer at dissoluo total. Dissolver o tioglicolato de sdio ou cido tiogliclico nessa soluo e ajustar o pH com hidrxido de sdio M de modo que, aps a esterilizao, o pH da soluo seja de 7,1 0,2. Se houver necessidade de filtrao, aquecer a soluo novamente, sem deixar alcanar a ebulio e filtrar, ainda quente, em papel de filtro. Adicionar a soluo de resazurina sdica, misturar e distribuir em frascos adequados. O meio deve apresentar uma colorao rsea na sua superfcie que no exceda um tero da altura da sua massa lquida. No caso de se obter um meio com colorao rsea em mais de um tero de sua massa lquida, restaurar o meio por um nico aquecimento em banho-maria ou em vapor fluente. Esterilizar utilizando processo validado. Se no for utilizar imediatamente, estocar em temperatura entre 2 C e 25 C conforme orientao do fabricante. No utilizar o meio por um perodo de estocagem superior quele para o qual ele foi validado. O Meio lquido de tioglicolato deve ser incubado a 32,5 C 2,5 C sob condies aerbicas.