Lei Estadual 8.544 78 Poluicao

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LEI ESTADUAL N 8544 (Controle de Poluio) DE 17 DE OUTUBRO DE 1978.

Dispe sobre o controle da poluio do meio ambiente. A ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIS, decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1 - Fica institudo o sistema de preveno e controle da poluio do meio ambiente, na forma prevista nesta lei. Art. 2 - Considera-se poluio do meio ambiente a presena, o lanamento ou a liberao nas guas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de matria ou energia, com intensidade, em quantidade de concentrao ou com caractersticas em desacordo com as que forem estabelecidas em lei, ou que tornem ou possam tornar as guas, o ar ou o solo: I - imprprios, nocivos ou ofensivos sade; II - incovenientes ao bem-estar pblico; III - danosos aos materiais, fauna e flora; IV - prejudiciais segurana, ao uso e gozo da propriedade e s atividades normais da comunidade. Art. 3 - Fica proibido o lanamento ou liberao de poluentes nas guas, no ar ou no solo. Pargrafo nico Considera-se poluente toda e qualquer forma de matria ou energia que, direta ou indiretamente, cause poluio do meio ambiente. Art. 4 - A atividade fiscalizadora e repressiva da poluio do meio ambiente ser exercida, no que diz respeito a despejos, pelo rgo estadual incumbido de seu controle em todo e qualquer corpo ou curso da gua situado nos limites do territrio do Estado, ainda que no pertena ao seu domnio e no esteja sob sua jurisdio. Pargrafo nico Para cumprimento do disposto neste artigo, o rgo estadual representar ao federal competente sempre que a poluio tiver origem fora do territrio do Estado, ocasionando conseqncias que se faam sentir dentro de seus limites. Art. 5 - A instalao, a construo ou ampliao, bem como a operao ou funcionamento das fontes de poluio que forem enumeradas no regulamento desta lei, ficam sujeitas prvia autorizao do rgo estadual de controle de poluio do meio ambiente, mediante licenas de instalao e de funcionamento. Pargrafo nico Considera-se fonte de poluio qualquer atividade, sistema, processo, operao, maquinrio, equipamento ou dispositivos, mvel ou no, previsto no regulamento desta lei, que cause ou possa vir a causar a emisso de poluentes. Art. 6 - Os rgos da administrao direta ou indireta do Estado e dos Municpios devero exigir a apresentao das licenas de que trata o

artigo anterior, antes de aprovarem projetos de ampliao, instalao ou construo de fontes de poluio que forem enumeradas em regulamento, ou de autorizarem a operao ou funcionamento dessas fontes, sob pena de nulidade de seus atos. Art. 7 - Os infratores das disposies desta lei, de seu regulamento e das demais normas dela decorrentes, ficam sujeitos s seguintes penalidades: I advertncias; II multa no inferior ao valor de 2 (duas) UPCs (Unidades Padro de Capital) e no superior ao de 20 (vinte) UPCs, por dia em que persistir a infrao; III interdio temporria. 1 - Na aplicao das multas dirias, sero observados os seguintes limites: leves; 1 de 2 (duas) UPCs a 8 (oito) UPCs, nos casos de infraes

2 de 9 (nove) UPCs a 20 (vinte) UPCs, nos casos de infraes consideradas graves. 2 - A penalidade de interdio temporria implica na cassao das licenas de instalao e de funcionamento e ser sempre aplicada nos casos de infraes gravssimas. 3 - O regulamento desta lei estabelecer critrios para a classificao das infraes em leves, graves e gravssimas. Art. 8 - Responder pela infrao quem, por qualquer modo, concorrer para sua prtica ou dela se beneficiar. Art. 9 - Nos casos de reincidncia, a multa ser aplicada pelo valor correspondente ao dobro da anteriormente imposta, podendo, porm, a penalidade consistir na interdio temporria, a partir da terceira reincidncia. Pargrafo nico Caracteriza-se a reincidncia quando o infrator cometer nova infrao da mesma natureza. Art. 10 Imposta qualquer das penalidades previstas nesta lei, poder o apenado apresentar defesa perante a autoridade competente, no prazo de 15 (quinze) dias. Pargrafo nico Da deciso que mantiver a sano imposta caber recurso autoridade imediatamente superior, no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 11 O produto arrecadado das multas decorrentes das infraes previstas nesta lei constituir receita da Superintendncia Estadual do Meio Ambiente. Art. 12 O dbito relativo multa aplicada nos termos do artigo 7, no recolhido no prazo fixado, ficar sujeito: I a correo monetria do seu valor, a partir do segundo ms

subseqente ao da lavratura do auto de infrao; II a incidncia de juros taxa de 1% (um por cento) por ms, a partir do ms subseqente ao do vencimento do prazo fixado para o recolhimento da multa. 1 - A correo monetria mencionada no inciso I ser determinada com base nos coeficientes de atualizao adotados pela Secretaria da Fazenda para os dbitos fiscais de qualquer natureza, vigorante no ms em que ocorrer o pagamento do dbito. 2 - O acrscimo referido no inciso II incidir sobre o valor da multa. Art. 13 Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergncia, a fim de evitar episdios crticos de poluio ambiental ou impedir sua continuidade, em casos de grave e eminente risco para vidas humanas ou recursos econmicos. Pargrafo nico Para a execuo das medidas de emergncia de que trata este artigo, podero durante o perodo crtico ser reduzidas quaisquer atividades em reas atingidas pela ocorrncia. Art. 14 Para garantir a execuo do Sistema de Preveno e Controle de Poluio do Meio Ambiente previsto nesta lei, em seu regulamento e nas normas dela decorrentes, ficam asseguradas aos agentes credenciados do rgo competente a entrada, a qualquer dia e hora, e a permanncia, pelo tempo que se tornar necessrio, em estabelecimento pblicos ou privados. Art. 15 Constituiro, tambm, objeto do regulamento desta lei: I - a indicao de rgos da Administrao, direta ou indireta, incumbidos do exerccio da atividade fiscalizadora e repressiva da poluio do meio ambiente; II - a determinao de normas de utilizao e preservao das guas, do ar e do solo, bem como do ambiente ecolgico em geral; III - a enumerao das fontes de poluio e o preo a ser cobrado pelo rgo competente, pela expedio das licenas e do cobrado pelo rgo competente, pela expedio das licenas e do certificado nele previstos; IV - o procedimento administrativo a ser adotado na aplicao das penalidades previstas nesta lei; V - os "Padres de Qualidade do Meio Ambiente", como tais entendidas a intensidade, a concentrao, a quantidade e as caractersticas de toda e qualquer forma de matria ou energia, cuja presena, nas guas, no ar ou no solo, possa ser considerada normal; VI - os "Padres de Emisso", como tais entendidas a intensidade, a concentrao, e as quantidades mximas de toda e qualquer forma de matria ou energia, cujo lanamento, ou liberao, nas guas, no ar ou no solo, seja permitido; VII - os "Padres de Condicionamento e Projeto", como tais entendidas as caractersticas e as condies de lanamento, ou liberao de toda e qualquer matria ou energia, nas guas, no ar ou no solo, bem como as caractersticas e condies de localizao e de utilizao das fontes de

poluio. Art. 16 Somente podero ser concedidos financiamentos com recursos oriundos do Tesouro do Estado, sob forma de fundos especiais ou de capital, ou de qualquer outra, com taxas e condies favorecidas pela instituies financeiras sob controle acionrio do Governo do Estado, a empresas que apresentarem o certificado emitido pelos rgo estaduais de controle da poluio. Pargrafo nico As fontes de poluio que forem enumeradas em regulamento, existentes data da vigncia desta lei, ficam obrigadas a registrarem-se no rgo estadual de controle da poluio do meio ambiente e a deterem licena de funcionamento no prazo que lhe for fixado. Art. 17 Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. PALCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIS, Goinia, 17 de outubro de 1978, 90. da Repblica.

IRAPUAN COSTA JNIOR Sizelzio Simes de Lima Filho

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