Civitas Dei Medieval

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A CIVITAS DEI MEDIEVAL

Realidade Social e Realidade Urbana Em 410, Roma foi tomada pelos Brbaros e o imprio foi abalado. Os cristos foram responsabilizados. Santo Agostinho redigiu ento De civitatis Dei, obra grandiosa que define a redeno de Cristo e no a glria de Roma como centro e chave de toda a histria da humanidade. A cidade de Deus, civitas Dei, que no concreta, mas sim uma ideia de organizao territorial, influencia o mundo ocidental durante toda a Idade Media. E a hierarquia organizadora tem importncia singular na sua realidade territorial. Com a queda do Imprio Romano, os habitantes se dispersaram das runas de suas cidades e um novo sistema urbano foi surgir novamente somente no ano 1000, quando as cidades voltam a se desenvolver e aumentam sua populao. Dessa vez, a burguesia feudal, setor no relacionado com a terra, formada pelos artesos e comerciantes, no mais por nobreza e clero. A cidade medieval uma cidade fechada, ainda que suas relaes econmicas e polticas possam se estender a escala regional ou mundial.

O MONASTRIO, A PRIMEIRA CIVITAS DEI MEDIEVAL

A inspirao para realizar a cidade de Deus sobre a Terra tem sua primeira expresso medieval no monastrio.

Tambm deve ser destacada a importncia religiosa que adquirem nesta poca as peregrinaes. Ao longo dos antigos caminhos de peregrinao, surgem monastrios mais ou menos importantes que acolhem o peregrino ao final de cada dia de viagem. Os monastrios de Obona e Valdedis, so exemplos de manifestaes dessas srie de cenbios e albergues, correspondem ao tipo monstico de peregrinao, sendo a soma de duas peas perfeitamente diferenciadas: ncleo eclesistico e ncleo do convento. No ncleo do convento, h um grande ptio, que serve como elemento central ao monastrio. Nas galerias deste claustro, desembocam as principais dependncias: sala do Captulo, biblioteca e refeitrio. Em lugares mais afastados, distribuem-se diferentes espaos residenciais: celas para os monges, dormitrio e hospedaria. Em dependncias auxiliares encontram-se armazns, celeiro, adega, estbulos e oficinas.

A CIVITAS DEI E A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL

A cidade medieval uma populao e um lugar, ambos limitados por uma muralha. O dentro era comunicado com o fora pela rede viria. Os caminhos externos e as vias internas so elementos caracterizadores da cidade medieval. Esta uma rede muitas vezes irregular, mas sempre organizada, formando um sistema unitrio. Alguns exemplos de cidades episcopais de base romana: Florena, Barcelona, Len, Colnia, Viena, entre outras. Outra cidades se apoiam em abadias e monastrios preexistentes, sendo chamadas de cidades monsticas. Essas cidades novas crescem sobre os vestgios antigos, mas com um carter social e arquitetnico diferente que destaca o carter espontneo da construo e da organizao urbana. As cidades de fundao se vinculam diretamente ao renascer comercial. So cidades comerciais e universitrias. um exemplo, a cidade de Paris.

A ALTERNATIVA ISLMICA

Entendida como alternativa urbana, a cidade islmica um tema de grande importncia na histria da arquitetura europeia e especialmente espanhola. Trata-se de uma cidade que imaginada e tambm descrita no Alcoro em sua totalidade, tamanho, extenso e forma, mas que na transposio do ideal para a realidade assimilar as estruturas urbanas anteriores (Jerusalm, Damasco, etc).

A CABANA CRIST

Para determinar movimento arquitetnico, costuma-se considerar seus edifcios mais importantes, mas na idade mdia, cada obra arquitetnica considerada como parte e a continuidade. Enquanto a cabana clssica uma construo isolada, a cabana crist se combina com outras construes e se prolonga nelas, apresentando um carter orgnico de expanso e articulao dos edifcios. A igreja medieval pode ser definida como a cabana crist. Mas se a primeira cabana era um objeto plstico, um volume escultrico, a segunda um objeto escavado, uma caverna onde o espao interior predominante e condiciona a expresso externa.

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