A Arte Gótica
A Arte Gótica
A Arte Gótica
As catefrais góticas são de imediato identificadas pela sua verticalidade, com exteriores
imponentes e profusamente decoradas.Tinham também um interior amplo e iluminado com
diversos vitrais.
A substituição do arco de volta inteira pelo arco quebrado, conferia à construção
verticalidade e elevação.
As paredes eram finas e leves, haviam grandes aberturas e um maior número de janelas e
portas, grande iluminação no interior, e, muitas vezes, a planta arquitetónica era em forma
de cruz latina, composta pela nave central e pelo transepto.
Vale referir que as construções góticas são bastantes altas e pontiagudas, pois é uma
forma que o crente tem de se aproximar do céu, ou seja, de Deus e das santidades.
Vão então surgir organismos de solidariedade social, que se destinavam à ajuda mútua
e à prática da caridade, como os hospitais, os hospícios, as albergarias e as confrarias,
conforme podemos constatar no documento 7.Também neste documento podemos identificar
a Ordem dos Franciscanos, criada por D.Francisco de Asis, que é um exemplo de ordem
mendicante. Estas ordens mendicantes de solidariedade social que surgem dentro da própria
igreja no contexto da vida opulente e de riqueza que os clérigos levavam, são assim
movimentos de contestação do luxo do clero e de retorno à faternidade e probeza originais.
As Universidades
A leitura e a escrita eram inicialmente privilégios exclusivos dos clérigos e dos
monges.Os mosteiros mais conceituadas tinham escolas monascais que se dedicavam ao
ensino e à preparação dos jovens candidatos a monges.
No século XI, com renascer da cidade as escolas urbanas vão multiplicar-se devido às
novas necessidades de administração e economia, no entanto vão continuar sobre a tutela da
Igreja- as escolas catedrais.
A primeira universidade portuguesa, o Estudo Geral de Lisboa, foi fundada por D.Dinis
em 1290, com o objetivo de desenvolver a cultura nacional e formar funcionários para o
desempenho de cargos administrativos. Segundo a inquirição feita ao Papa para
estabelecimento desta universidade em Lisboa, justifica-se pois muitos jovens que tinham
interesse em estudar e em ingressar no ensino superior não o podiam fazer devido à
possibilidade de viajar e pelas dificuldades que a viagem acarretava.
Durantes os estudos, os alunos ficavam longe das famílias, como nos é dado a
perceber através do documento 14, uma carta de pai para filho, que se impõe após o
conhecimento do seu comportamento e das suas atitudes.
Cultura leiga e profana nas cortes
régias e senhorias
A partir do século XII a cultura também teve um notável desenvolvimento dentro da
esfera dos privilegiados e das cortes régias. Trata-se da cultura cortesã, ou seja, passa a haver
um gosto pela erudição e por um estilo de vida mais requintado.
Há assim uma renovação dos valores da nobreza, sendo que tendo orgulho no seu
nome e no seu estatuto social que fora herdado pelos os seus antepassados, deve defender e
colocar-se à disposição dos desprotegidos, e deve obdecer a um código de honra, como ser
corajoso, leal, amável, educado…forma-se assim o ideal de cavaleiro, o que exigia uma rigorosa
e minuciosa educação.
Esta evolução da cultura nas cortes vai permitir um contacto mais direto e delicado nas
cortes senhorias