A Arte Gótica

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A Arte Gótica

No século XII as cidades fervilham com a inovação e o dinamismo, o que desencadeia


mudanças nos mais diversificadores setores.

A burguesia, muito orgulhosa do seu nome estatuto de importância, contribuí com


exorbitantes quantias para as grandes construções urbanas. A rivalidade e a competição com
as cidades vizinhas vai levar à criação de um novo estilo artístico: o gótico.

No doc_B, para a construção da catedral, o bispo é movido pela fé e pela devoção do


povo que queriam um novo estilo de Igrejas, lembrando que a Igreja assume um papel
identitário e é a matriz da idade média, e pela competição e rivalidade com outras cidadãs ,
uma vez que enquanto a catedral da sua cidade estava velha e degradada, as cidades ao
redor “erguiam as suas torres com todo o brilho”.

A arte gótica permaneceu intimamente ligada à religião e teve na catedral a sua


melhor expressão. Deste modo podemos concluir, que a criação deste novo estilo artístico
surgiu com renascimento das cidades.

A arquitetura gótica tinha as seguintes características:

As catefrais góticas são de imediato identificadas pela sua verticalidade, com exteriores
imponentes e profusamente decoradas.Tinham também um interior amplo e iluminado com
diversos vitrais.
A substituição do arco de volta inteira pelo arco quebrado, conferia à construção
verticalidade e elevação.

Para uma função exclusivamente decorativa utilizavam as abóbodas de cruzamento


em ogivas, os florões, as roséceas, os vitrais, que como referido, serviam para dar ao espaço
mais iluminação e as arcadas.

As paredes eram finas e leves, haviam grandes aberturas e um maior número de janelas e
portas, grande iluminação no interior, e, muitas vezes, a planta arquitetónica era em forma
de cruz latina, composta pela nave central e pelo transepto.

Vale referir que as construções góticas são bastantes altas e pontiagudas, pois é uma
forma que o crente tem de se aproximar do céu, ou seja, de Deus e das santidades.

No século XII a relação arquitetura-escultura é particularemente intensa.A decoração


escultórica das catedrais tem um valor doutrinal, sendo autenticos relatos da vida e das
lendas das santidades, como é bastante perseptivél no túmulo de Inês de Castro, com
narrações sobra a vida e a Paixão de Cristo, uma vez que a maior parte dos crentes não
eram literados.
Ordens mendicantes e confrarias
À medida que as cidades se desenvolviam e se dinamizavam, as atividades económicas
também, atraindo assim para a cidade numerosas gentes do campo que vinham à procura de
fugir ao domínio senhorial e obterem melhores condições de vida. No entanto, os meios
urbanos não eram suficientemente capazes para fazer juz às necessidades de tanta população,
então, este fenómeno acabou por mergulhar muitas famílias na pobreza e na miséria.

Vão então surgir organismos de solidariedade social, que se destinavam à ajuda mútua
e à prática da caridade, como os hospitais, os hospícios, as albergarias e as confrarias,
conforme podemos constatar no documento 7.Também neste documento podemos identificar
a Ordem dos Franciscanos, criada por D.Francisco de Asis, que é um exemplo de ordem
mendicante. Estas ordens mendicantes de solidariedade social que surgem dentro da própria
igreja no contexto da vida opulente e de riqueza que os clérigos levavam, são assim
movimentos de contestação do luxo do clero e de retorno à faternidade e probeza originais.

Os Franciscanos dedicavam-se à ajuda ao outro, fazendo voto de pobreza, vivendo


apenas de esmolas e do seu trabalho, aceitando apenas aquilo que era relamente necessário
para a sua sobrevivência.

Os Dominicanos, ordem criada por S.Domingos , dedicavam-se especialmente à


prepagação e ao estudo da Teologia.

No documento 9, podemos perceber que estas ordens mendicantes, tinham em


comum o renuncio a uma vida luxuosa e de opulência, vivendo apenas com aquilo que era
realmente essencial à sua sobrevivência. Tal como os Franciscanos, os Dominicados apenas
podem receber “objetos de uso pessoal indispensáveis”.

As Universidades
A leitura e a escrita eram inicialmente privilégios exclusivos dos clérigos e dos
monges.Os mosteiros mais conceituadas tinham escolas monascais que se dedicavam ao
ensino e à preparação dos jovens candidatos a monges.

No século XI, com renascer da cidade as escolas urbanas vão multiplicar-se devido às
novas necessidades de administração e economia, no entanto vão continuar sobre a tutela da
Igreja- as escolas catedrais.

As Universidades são uma resposta à evolução da sociedade.


No século XII, algumas escolas catedrais vão obter fama internacional e com isto se vão
deparar com uma necessidade de maior e mais rígida organização, irão assim formar-se as
Universidades.

A primeira universidade portuguesa, o Estudo Geral de Lisboa, foi fundada por D.Dinis
em 1290, com o objetivo de desenvolver a cultura nacional e formar funcionários para o
desempenho de cargos administrativos. Segundo a inquirição feita ao Papa para
estabelecimento desta universidade em Lisboa, justifica-se pois muitos jovens que tinham
interesse em estudar e em ingressar no ensino superior não o podiam fazer devido à
possibilidade de viajar e pelas dificuldades que a viagem acarretava.

Durantes os estudos, os alunos ficavam longe das famílias, como nos é dado a
perceber através do documento 14, uma carta de pai para filho, que se impõe após o
conhecimento do seu comportamento e das suas atitudes.
Cultura leiga e profana nas cortes
régias e senhorias
A partir do século XII a cultura também teve um notável desenvolvimento dentro da
esfera dos privilegiados e das cortes régias. Trata-se da cultura cortesã, ou seja, passa a haver
um gosto pela erudição e por um estilo de vida mais requintado.

Há assim uma renovação dos valores da nobreza, sendo que tendo orgulho no seu
nome e no seu estatuto social que fora herdado pelos os seus antepassados, deve defender e
colocar-se à disposição dos desprotegidos, e deve obdecer a um código de honra, como ser
corajoso, leal, amável, educado…forma-se assim o ideal de cavaleiro, o que exigia uma rigorosa
e minuciosa educação.

Os cavaleiros devem participar em atividades como a caça, os torneios e as justas.

Esta evolução da cultura nas cortes vai permitir um contacto mais direto e delicado nas
cortes senhorias

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