Cidadao Completo
Cidadao Completo
Cidadao Completo
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MA UALDA
Ingresse no mundo das radiocomunicaes com sua prpria estao do Servio Rdio do Cidado: como obter a licena, escolha e instalao de estaes fixas e mveis, acessrios, antenas, ajustes, como fazer os comunicados - e tudo o mais para o PX, inclusive r~gulamentao atualizada.
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CI P-Brasil. Catalogao-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ_ Meio, Hilton Andrade de. Manual da Faixa do cidado / Hilton Andrade de Mello. - R io de Janeiro: Antenna .1981 Glossrio Apndice 1. Faixa do cidado 2_ Radioamadorismo I. Ttulo 81-0341 CDD - 621.384166 CDU - 689: 621_396
M485m
ISBN 85-7036-006-' Esta publicao tem seu contedo protegido pelas convenes internacionais e a legislao brasileira de Direitos Autorais, razo pela qual a reprografia, a transcrio ou adaptao, em qualquer pas ou idioma, ainda que parciais ou de circulao restrita (apostilas e usos similares), so expressamente proibidas, 1980 by Antenna Edies Tcnicas Ltda. - R io de Janeiro, Brasil - por contrato celebrado com o autor, Hilton Andrade de Mello.
HILTON A. DE MELLO
MANUAL DA
Ingresse no mundo das radiocomunicaes com sua prpria estao do Servio Rdio do Cidado: como obter a licena, escolha e instalao de estaes fixas e mveis, acessrios, antenas, ajustes, como fazer os comunicados - e tudo o mais para o PX, inclusive regulamentao atualizada.
FAlIA DO CIDADAO
UMA EDiO DE
ANTENNA
EOIOES
TCNICAS
L TOA
Sumrio
Capitulo 1 - INTRODUO S RADIOCOMUNICAES. 13 1.1 - Resumo histrico, 13 1.2 - Conhecimentos bsicos, 14 1.3 - Estudo de um sistema simples de i adiocornunicao, 16 1.4 - Necessidade e tipos de modutaco. 18 1.4.1 - Estudo sucinto da modulao. 18 1.4.2 - Freqncias geradas na modulao em amplitude. 20 1.4.3 - Distribuio de potncia entre a portadora e as faixas laterais. 1.4.4 - Possibilidades prticas de emisso. 22 1.4.4.1 - Amplitude modulada propriamente dita IAMI. 22 1.4.4.2 - Faixa lateral singela (558). 23 1.4.4.3 - Resumo e codificao das emisses. 23 Capulo 2.1 2.2 2.3 2.4 Captulo 2 - O SERViO RDIO DO CIDADO. Generalidades sobre o Servio. 25 Canalizao do Servio, 26 Normas em vigor, 27 Procedimento para licenciamento. 27 3 - DESCRiO MAIS DETALHADA RADIOCOMUNICAO. 29 25
22
DE UM SISTEMA
Ti'PICO DE
Captulo 4 - ESTUDO DETALHADO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA TI"PICO. 31 4.1 - Transceptores, 31 4.1.1 - Generalidades e introduo ao modelo HAM-2950. 31 4.1.2 - Estudo detalhado do painel frontal do modelo HAM-2950. 31 4.1.3 - Estudo detalhado do painel traseiro do modelo HAM-2950. 34 4.1.4 - Dois exemplos de transceptores comerciais para a Faixa do Cidado. 35 4.1.5 - Seleo de um transceptor para a Faixa do Cidado. 36 4.2 - Fontes de alimentao. 36 4.2.1 - Tenso de salda, 37 4.2.2 - Corrente de sada, 31 4.2.3 - Ondulao ("Ripple"), 31 4.2.4 - Regulao de linha e de carga, 38 4.2.5 - Proteo de uma fonte de alimentao, 38 4.2.6 - Fontes para instalaes mveis, 39 4.2.7 - Fontes para instalaes fixas, 39 4.3 - Cabos e conectores coaxiais, 39 4.3.1 - Generalidades, 39 4.3.2 - Caracterrstlces principais dos cabos coaxiais, 43 4.3.2.1 - Impedncia caracterstica, 43 4.3.2.2 - Tenso mxima de operao, 45 4.3.2.3 - Limitao de potncia, 45 4.3.2.4 - Atenuao produzida por um cabo coaxial, 45 4.3.3 - Seleo do cabo coaxial para um sistema da Faixa do Cidado, 48 4.3.4 - Montagem dos conectores coaxiais, 49 4.3.5 - Problemas prticos encontrados no uso dos cabos e conectores coaxiais. 49 4.4 - Antenas, 51
4.4.1 - Introduo, 51 4.4.2 - Noes elementares sobre antenas, 52 4.4.2.1 - O dipolo de meia onda, 52 4.4.2.2 - Resistncia de irradiao de uma antena, 54 4.4.2.3 - Resposta direcional de uma antena, 55 4.4.3 - Classificao das antenas quanto s caractersticas direcionais, 56 4:4.4 - Estudo detalhado das antenas onidirecionais para instalaes fixas, 58 4.4.4.1 - Antena plano de terra, 58 4.4.4.2 - Antena tipo Ringo, 59 4.4.5 - Antenas direcionais para estaes fixas, 60 4.4.5.1 - Antena dipolo bsica, 60 4.4.5.2 - Antena tipo Yagi, 60 4.4.5.3 - Antena quadra, 61 4.4.6 - Comparao entre as antenas para estaes fixas, 63 4.4.6.1 - Escolha de uma antena padro, 63 4.4.6.2 - Grfico comparativo das diversas antenas para estaes fixas, 65 4.4.7 - Antenas para estaes mveis, 67 4.4.7.1 - Generalidades. 67 4.4.7.2 - Exemplos de antenas mveis e acessrios para a Faixa do Cidado, 4.4.7.3 - Diagrama de irradiao de uma antena mvel, 73
70
Captulo 5 - INSTALAO DE UMA ESTAO T(PICA PARA A FAIXA DO CIDADO, 5.1 - Instalao de estaes mveis, 75 5.1.1 - Montagem do transceptor propriamente dito, 75 5.1.2 - Instalao da antena de uma estao mvel. 76 5.2 - Instalao de estaes fixas, 77 5.2.1 - Generalidades, 77 5.2.2 - Instalao de antenas onidirecionais, 78 5.2.3 - Instalao de antenas direcionais, 78 5.2.3.1 - Sistema manual para rotao de uma antena. 79 5.2.3.2 - Sistema automtico para rotao de uma antena, 79 5.2.3.3 - Montagem e ereo de uma antena, 81 5.3 - Cuidados complementares na instalao e manuteno das antenas, 81 Captulo 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 Captulo 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 Captulo 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 6 - AS ONDAS ESTACIONRIAS E O TESTE DE UM SISTEMA, 83 Importncia do teste de um sistema, 83 Generalidades sobre as ondas estacionrias, 83 Rendimento de um sistema em funo da r.o.e., 86 Medio da razo de ondas estacionrias, 87 Ajuste de um sistema para minimizar a r.o.e .. 89 Seqncia completa para o teste de um sistema da Faixa do Cidado, 92 7 - OPERAO DE UM SISTEMA DA FAIXA DO CIDADO, Dos equipamentos e acessrios, 93 Da operao propriamente dita, 93 Exemplo de uma comunicao tpica, 96 ErroS Crassos Observados, 97 Canais com destinaes especficas. 98 93
75
8 - ORIENTAO DE ANTENAS DI RECIONAIS, 99 Generalidades, 99 Determinao precisa do Norte por meio de uma bssola magntica, Determinao aproximada do Norte geogrfico, 102 Orientao exata de uma antena, 102 Orientao aproximada de uma antena, 103 Resumo do procedimento para a orientao de uma antena, 105 Tabela prtica para orientao de antenas, 106
100
9 - ALCANCE DE UM SISTEMA RDIO DO CIDADO, 109 Generalidades, 109 Propagao via ondas terrestres (superficial e espacial), 110 Propagao via ondas ionosfricas, 111 Zona de silncio, 111
Captulo 10 - INTERFER~NCIA EM APARELHOS DE TELEVISO (TVI), 113 10.1 - Generalidades, 113 10.2 - Filtros corretivos contra TVI, 114 Captulo 11 - EQUIPAMENTOS E ACESSRIOS AUXI LlARES, 117 11,1 - Estruturas para casamento de impedncias, 117 11.2 - Rotores para antenas, 117 11.3 - Acopladores de antenas, 118 11.4 - Chaves coaxiais, 118 11.5 - Basesde montagem para antenas mveis, 118 11.6 - Carga simulada ("dummy load"}, 119 11,7 - Medidor de r.o.e., 119 11.8 - Medidor de intensidade de campo, 119 11,9 - Wattmetro, 119 11,10 11.11 11.12 11.13 11,14 Pr-amplificadores para microfones, 119 Compressor para microfone, 120 "Phone-patches", 120 Filtros contra TVI, 120 Acessrios para supresso de rudos, 120
GLOSSRIO, 123 AP~NDICES 1 - C6digo "Q", 134 2 - Codificao de letras, 135 3 - Determinao trigonomtrica exata do ngulo entre duas localidades, definidas por suas coordenadas geogrficas (latitude, longitude), 136 4 - Sede, Diretorias e Agncias do DENTE L, 138 5 - Dispositivos Regulamentares e Normas sobre o Servio Rdio do Cidado, 139
HOMENAGEM
o Instituto de Engenharia Nuclear uma instituio de pesquisa e desenvolvimento, situado no ponto culminante do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como todas as instituies congneres, o IEN tem sofrido as conseqncias do rpido e desordenado desenvolvi mento tecnolgco, que tem marginalizado as instituies de pesquisa do pas, geralmente encaradas como um empecilho j famosa "ABSORO DE TECNOLOGIA". Mquinas, fbricas e projetos compram-se alhures e se transferem para qualquer pas, mas tecnologia e desenvolvimento cientfico so criados e mantidos em instituies como o Instituto de Engenharia Nuclear, ao qual tenho a honra de pertencer desde a sada dos bancos universitrios.
Registro aqui a minha homenagem comunidade tcnico-cientfica e administrativa do IEN, que com perseverana e dedicao tem mantido acesa a chama da pesquisa na rea nuclear.
PREFCIO
A implantao e a regulamentao do "Servio Rdio do Cidado" no Brasil s foi poss/vel graas ao trabalho pioneiro de um grande nmero de radioamadores, que plantaram a semente que frutificou com a Portaria nf! 33, de 26 de janeiro de 1970, do Ministrio das Comunicaes, que regulamentou pela primeira vez esse servio. Posteriormente, essa Portaria foi revogada pela Portaria nP 163, de 14 de maro de 1974, do mesmo Ministrio, a qual passou ento a regulamentar o Servio Rdio do Cidado. Visando dar uma melhor orientao s pessoas f/sicas e jurtdices nesse Servio, o Departamento Nacional de Telecomunicaes (DENTEL) baixou a Portaria nC! 1.198, de 22 de setembro de 1976, obviamente baseada na Portaria ministerial nf! 163, mas apresentando informaes complementares importantes. Entretanto, a fantstica evoluo 'tecnolgica da Eletrnica e, conseqentemente, das comunicaes, exige uma atualizao constante e, de fato, o Ministrio das Comunicaes, dentro de um programa de reestruturao e modernizao, e atendendo aos anseios de milhares de usurios, baixou a Portaria nf! 44, de 5 de maro de 1980 (publicada no Dirio Oficial da Unio de 0610311980), aprovando a Norma 01180, aumentando para 60 (em lugar de 23) o nmero de canais permitidos e passando a potncia de salda para 7 watts em amplitude modulada (em lugar de 5 watts). Posteriormente, a Norma 01/ 80,foi substitu/da pela N-01AI80, com alteraes de pequena monta, e aprovada pela Portaria Ministerial np 218, de 23 de setembro de 1980, em vigor na data em que escrevemos este Prefcio. Essas alteraes devero surtir um enorme efeito, dando aos equipamentos especificamente projetados para utilizao no Brasil as condies necessrias para fazer frente aos equipamentos de procedncia estrangeira. Na realidade, . estamos certos de que o Ministrio das Comunicaes est atento evoluo da Faixa do Cidado nos palses avanados, devendo j ter estudos feitos para um aumento futuro do nmero de canais, quando isto se fizer oportuno. No apndice desta obra so apresentadas cpias integrais das ministeriais, bem como Portarias e Normas complementares baixadas partamento Nacional de Telecomunicaes - DENTEL, e que devem toda a ateno dos usurios do Servio Rdio do Cidado e daqueles desejam ingressar. Portarias pelo Demerecer que nele
De comum acordo com a Editora, resolvemos no mencionar especificamente neste prefcio os referidos Regulamentos e Normas, remetendo o leitor
ao Apndice 5, na parte final deste livro. Nele, alm de um indice relacionando os dispositivos ali reproduzidos, esto publicados na inteqre os respectivos textos. Desta forma, embora haja, no contedo deste livro, ocasionais referncias aos dispositivos vigentes na data em que escrita sua primeira edio, tero os leitores, no referido Apndice, a informao atualizada, na data da impresso, reimpresso ou reedio que tenham adquirido. Como a Portaria n9218 (vigente data em que estamos escrevendo este Prefcio) o indica, o Servio Rdio do Cidado a modalidade de radiocomunicaes de uso compartilhado, para comunicados entre estaes fixas e/ou mveis, realizados por pessoas naturais, utilizando o espectro de freqncias entre 26,96 e 27,61 MHz (I I, tambm conhecido como "Faixa do Cidado". A utilizao, em larga escala, dos circuitos integrados, possibilitou a reduo dos custos e a produo de equipamentos fceis de operar e altamente confiveis, atraindo, conseqentemente, milhares de pessoas sem o necessrio conhecimento tcnico para entrar no Radioamadorismo; na realidade, todas essas facilidades tornaram a operao na Faixa do Cidado um "hobby " atraente e, sem sombra de dvida, extremamente excitante. Por outro lado, embora o uso dos equipamentos comercialmente existentes seja bastante simples, h de se convir que, para um leigo no campo da Eletrnica, soam como extremamente exticas expresses como AM, SSB, ondas estacionrias, linhas de transmisso, etc. Sentindo as dificuldades existentes e cientes da inexistncia de um livrotexto no assunto, resolvemos realizar esta obra, na esperana de apresentarmos um trabalho efetivamente til. Para conciliar os diversos interesses do nosso livro, resolvemos dividi-Io em 3 partes. Na 1! Parte, abordamos todos os tpicos de interesse geral, de forma que qualquer pessoa possa adquirir, licenciar, instalar e operar um sistema da Faixa do Cidado. Na 2! Parte do livro apresentamos um Glossrio para uma rpida orientao dos leitores sobre o significado dos principais termos empregados pelos Operadores da Faixa do Cidado e os Radioamadores, ou relativos aos equipamentos e acessrios por eles utilizados. Finalmente, a Y! Parte foi destinada a uma srie de Apndices, abrangendo os cdigos utilizados, os endereos das Diretorias Regionais e Agncias do DENTEL, bem como, aps o j mencionado ndice dos dispositivos nela includos, a transcrio das Portarias e Normas em vigor, as quais, como h pouco mencionado, manteremos atualizadas medida que forem feitas reedies ou reimpresses deste livro.
(1) MHz = mltiplo da unidade freqncia. o hertz. Corresponde a 1.000.000 de hertz (antes denominado "ciclos por segundo"l.
Para tomar a obra bastante prtica e atraente procuramos ilustr-Ia o mximo poss/vel, contando para isso com a ajuda de vrios fabricantes de equipamentos e acessrios, que cederam o material necessrio e nos deram a devida autorizao para a reproduo dessas informaes. Por esse motivo, somos gratos aos fabricantes relacionados a seguir pela prestimosa colaborao: - Motoradio S,A, Comercial e Industrial - Pirelli S,A. Companhia Indstria Brasileira (KMP Cabos Especiais e Sistemas l.tda.) - Whinner S,A, Indstria e Comrcio - Tri-Ex - American Antenna - Newtronics Corporation - Cornell-Dubilier Electric Corporation - Lafayette Radio Electronics Corporation Agradecemos ainda s inmeras pessoas que nos ajudaram, como o Dr. Jos de Anchieta Wanderley da Nbrega, Chefe da Diviso de Matemtica e Computao do Instituto de Engenharia Nucteer, pela leitura dos originais e crttices importantes, e o EngPArolde de Oliveira, Diretor Regional do DENTEL (RJOJ, pela excepcional acolhida dada ao nosso trabalho, fornecendo todas as informaes necessrias e incentivando-nos com a sua vibrao. Na realidade, motivounos tambm o esforo do Ministrio das Comunicaes no sentido de reestruturar o Departamento Nacional de Tetecomunicees, para que o mesmo possa prestar um papel relevante nao. Agrqcjecimento especial fazemos ao Sr. Antonio Carfos F. da Silva e Sra. Maria Norberta T. Viegas que, nas suas horas de lazer, foram responsveis pelos desenhos e datilografia dos originais, respecti-
vemente.
Finalizando, gostar/amos de registrar que uma obra com a finalidade por ns prevista s poder ter sucesso se introduzirmos nas futuras edies as observaes e sugestes dos nossos leitores. Estamos abertos para qualquer critica ou sugesto, esperando que elas seism enviadas Editora, para a nossa apreciao. Bom proveito, mecenudos! - H/L TON ANDRADE R io de Janeiro Outubro, 1980 DE MELLO
PY1 YHQ/PX1-2950
Introduo s Radiocomunicaoes
1.1 - Resumo Histrico Em todos os campos do conhecimento humano, as bases cient ficas foram sempre estabelecidas por um grande nmero de cientistas, muitos dos quais dedicaram toda uma existncia ao seu trabalho. Assim que cientistas famosos como ANDRf:-MARIE AMPf:RE, ALOISIO GALVANI, ALESSANDRO VOLTA, MICHAEL FARADAY, HEINRICH HERTZ, SAMUEL MORSE, GUGLlELMO MARCONI e outros fizeram contribuies extraordinrias para o desenvolvimento da Fsica e, em particular, da Eletricidade e de suas aplicaes. De fato, em 1837, SAMUEL BREESE MORSE inventou o telgrato, um sistema capaz de transmitir distncia sinais eltricos, que, devidamente interpretados, de acordo com um cdigo por ele criado (Cdigo Morse). permitiam a transmisso de uma mensagem entre dois pontos distantes. Essa descoberta revolucionou o mundo, constituindo a base das telecomunicaes (1) nessa poca. No Brasil, a primeira linha telegrfica foi estabelecida em 1852, ligando o Quartel-General ao Pao Real da Boa Vista. Parecia que o telgrafo com fio seria a soluo para os problemas de telecomunicao, mesmo a longa distncia, ligando continentes, quando surgiram os resultados das experincias de HEINRICH HERTZ, que demonstrou, em 1888, a propagao de ondas eletromagnticas no espao, dessa forma obtendo evidncia experimental para a maravilhosa teoria eletromagntica desenvolvida por JAMES CLAR K MAXWELL. Essas ondas, que se propagam no espao, foram chamadas de ondas hertzianas em homenagem a HERTZ, que deu, sem dvida, o passo decisivo para o desenvolvimento das Radiocomunicaes. Ao gnio inventiva de GUG LI E LMO MARCON I no passaram desapercebidas as potencialidades da propagao das ondas hertzianas; realmente em 1894, MARCONI j ensaiava as suas primeiras experincias, conseguindo um retumbante sucesso em 1901, quando estabeleceu contato atravs do Atlntico, interligando Poldhu (Cornwall, Inglaterra), com St. John's (Newfoundland, Canad). Estavam, portanto, vencidos os grandes obstculos e convencidos todos os cticos da poca da tremenda potencial idade da propagao das ondas eletromagnticas no espao, estabelecendo-se, ento, uma nova era para as Radiocomunicaes e a humanidade.
(1)
Telecomunicaes: comunicaes distncia.
1.2 - Conhecimentos
Bsicos
As ondas eletromagnticas, geradas por um oscilador e irradiadas no espao por uma antena, nele se propagam com uma velocidade igual da luz, isto , de 300.000 km/s (1). Uma visualizao da propagao de uma onda pode ser obtida observando-se as ondas que so formadas quando se lana uma pedra na superHcie de um lago; elas se originam no local da queda da pedra e se propagam, com uma certa velocidade, para a periferia, afastando-se do ponto de origem. Da mesma forma, as ondas eletromagnticas geradas se propagam no espao com uma velocidade que, no espao livre (vcuo), igual velocidade da luz. Na Fig. 1.1 apresentamos uma visualizao da amplitude de uma onda peridica, a fim de podermos definir alguns parmetros importantes.
I
T . PERIOO (~"./ B Mx"",
VELOCIDADE
Por definio, chamamos de perodo T da onda o tempo necessrio para que a sua amplitude mxima se repita, isto , aps um perodo completo, a amplitude da onda ter o mesmo valor anterior. O perodo T est indicado na Fig. 1.1. Durante o perodo T, como a onda se propaga com a velocidade c (igual da luz sefor no vcuo), ela ter percorrido uma distncia , que chamaremos de comprimento de onda, e que ser dado por:
=
--(1 )
14
".i!22&!!!!!!!
Por outro lado, dizemos que entre os pontos A e B h um ciclo da onda, isto , o perodo T o tempo exato para que se complete um ciclo da onda. Chamamos de freqncia da onda (f) o nmero de ciclos por unidade de tempo. Como em T segundos temos um ciclo da onda, a freqncia f ser dada por: f =
+-
e, portanto,
= ~
f
('A. em metros, c em m/s e T em segundas) Nesse ponto, devemos introduzir a unidade de freqncia universalmente aceita. Como vimos, a freqncia expressa em ciclos/segundo. Define-se a freqncia de 1 ciclo/segundo como sendo igual a 1 hertz, em homenagem a RUDOLF HERTZ. Isto , 1 hertz = 1 Hz = 1 ciclo/segundo Por exemplo, a freqncia fornecida pela concessionria de energia eltrica , em muitos lugares, de 60 ciclos/segundo, ou seja, 60 hertz. Outro 27.000.000 exemplo a freqncia utilizada na Faixa do Cidado, ciclos/segundo, ou de 27.000.000 hertz. que de
Por outro lado, para no lidar com nmeros grandes, definem-se os seguintes mltiplos do hertz: 1 quilohertz (kHz) = 1.000 Hz = 103 Hz 1 megahertz (MHz) = 1.000.000 Hz = 106 Hz 1 gigahertz (GHz) = 1.000.000.000 Hz = 109 Hz 1 terahertz (THz) = 1.000.000.000.000 Hz = 1012 Hz
Assim, a freqncia na Faixa do Cidado de 27.000.000 hertz. ou seja, de 27 megahertz (27 MHz); conseqentemente, o comprimento de onda correspondente a essa freqncia de 27 MHz ser, no vcuo, dado por: 'A. (Faixa do Cidado)
c
f
300.000.000 27.000.000
11,11 metros
Da a Faixa do Cidado ser tambm conhecida como faixa dos 11 metros. Conforme verificaremos futuramente, os transmissores utilizados nas radiocomunicaes geram energia eltrica com uma freqncia elevada, a qual transformada em ondas eletromagnticas pela antena do sistema e da irradiada para o espao.
15
Na realidade, o espectro eletromagntico cobre uma faixa imensa de freqncias, mas, evidentemente, para as radiocomunicaes define-se apenas a faixa do espectro de interesse, dando nomes especiais s diversas faixas. Na Tabela 1.1 apresentamos nomes e siglas usuais. o espectro de radiofreqncias com os seus
T ABE LA 1.1 - Espectro de Radiofreqncias FAIXA DE FREQ~NCIAS 3a 30 kHz 30 a 300 kHz 300 a 3.000 kHz 30 MHz 3a 30 a 300 MHz 300 a 3.000 MHz 3a 30 GHz 30 a 300GH~ 300 a 3.000 GHz DESIGNAO DAS FAIXAS Ondas Ondas Ondas Ondas Ondas Ondas Ondas Ondas Ondas Miriamtricas Ouilomtricas Hectomtricas Oecamtricas Mtricas Oecimtricas Centimtricas Milimtricas Decirmllrntrlcas
SIGLAS E NOMES EM INGL~S VLF - Very Low Frequencies LF - Low Frequencies MF - Medium Frequencies HF - High Frequencies VHF - Very High Frequencies UHF - Ultra High Frequencies SHF - Super High Frequencies EHF - Extremely High Frequencies
--------------
As estaes de radioamadores podem trabalhar em diversas dessas faixas, em freqncias atribu das pelo governo para cada uma das classes de radioamadores existentes (A, B ou C). Como vemos na Tabela 1.1, a Faixa do Cidado, correspondendo freqncia de 27 MHz, opera quase no limiar superior da faixa de HF. Uma faixa bastante divulgada atualmente 300 MHz), onde esto tendo um enorme sucesso faixa de freqncias que vai de 144 a 148 MHz ordem de 2 rn). vulgarmente conhecida como faixa a uma
a faixa de VHF (30 a as unidades que operam na (comprimentos de onda da dos 2 metros.
Finalizando essa seo, devemos ter em mente que um sistema para a Faixa de Cidado opera na faixa de HF, com uma freqncia em torno de 27 MHz. 1.3 - Estudo de um Sistema Simples de Radiocomunicao Na Fig. 1.2 ilustramos um sistema simples bidirecional as estaes A e B. de radiocomuni-
caco, interligando
Para descrever o funcionamento de tal sistema, imaginemos que a estao A est transmitindo uma mensagem, a qual est sendo recebida pela estao B. Observe que, nessa situao ilustrada na Fig. 1.2, o "rel de antena" liga a amena da estao A ao seu transmissor (posio para transmitir), enquanto que na estao B o "rel de antena" Iiga a antena da estao B ao seu receptor. O operador da estao A fala ento no seu microfone, que um transdutor que transforma o sinal de voz do operador em sinais eltricos, que so injetados no transmissor dessa estao. O sinal eltrico de sada do transmissor constitu do 16
ANTENA
ANTENA
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RECEPTOR
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TRANSMISSOR
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RELE OE ANTENA
TRANSMISSOR
MICROFONE
ESTAO
ESTAO
FIG. 1.2 - Um sistema simples de radiocomunicao ligando as estaes A e B. Na situao indicada, a estac;o A transmite e a estao B recebe a mensagem.
por um sinal de radiofreqncia, no caso da Faixa do Cidado com uma freqncia em torno de 27 MHz; esse sinal ento transmitido pela linha de transmisso (cabo coaxial) at a antena, e da irradiado para o espao sob a forma de ondas eletromagnticas. As ondas eletromagnticas irradiadas pela antena se propagam no espao e eventualmente atingem a antena da estao receptora B, a qual capta esse sinal e fornece, atravs da linha de transmisso, o mximo de energia para o receptor da estao B. O receptor "processa" esse sinal convenientemente e fornece, no alto-falante (transdutor de sada da estao B), uma rplica da mensagem oriunda do operador da estao A. Guando se deseja inverter o sentido de comunicao, os dois rels so comutados, ligando a antena da estao A ao seu receptor e a antena da estao B ao seu transmissor, devendo o operador da estao B originar no microf.one a mensagem que ser reproduzida no alto-falante da estao A. Um aspecto importante a salientar que, na Fig. 1.2, no representamos, em nenhuma das estaes, as fontes de energia que devem aliment-Ias: as . baterias dos carros se as estaes A e B forem mveis, isto , estaes instaladas em veculos, ou equipamentos adicionais no caso de estaes fixas. A propsito, conveniente entre estaes fixas e mveis. definirmos, de imediato, a diferena existente
As estaes mveis, como o nome indica, so as instaladas em veculos, e destinadas a operarem em movimento ou durante paradas EVENTUAJS. As estaes fixas so aquelas instaladas no domiclio do operador, podendo ser localizadas no domiclio principal ou no domiclio adicional (por exemplo, uma estao fixa no domiclio principal do Rio de Janeiro e uma estao fixa no domiclio adicional, em Terespolis). 17
Um fato importante que, nos equipamentos destinados Faixa do Cidado, raramente so utilizados transmissores e receptores separados, como indicado na Fig. 1.2. De fato, com o avano da tecnologia, principalmente com o advento dos famosos circuitos integrados, foi possvel reunir em unidades compactas e confiveis o transmissor e o receptor, constituindo os equipamentos conhecidos como TRANSCEPTOR ES (1), nome proveniente das palavras TRANSmissor e o reCEPTOR. Na realidade, os prprios rels de antena so incorporados nos transceptores, bem como um alto-falante interno. Obviamente, existem nessestransceptores conectores para as ligaes do microfone, da antena, da alimentao eltrica necessria (bateria no caso de estaes mveis) e, optativamente, de um alto-falante externo. Conforme o leitor pode apreciar na Fig. 1.2, um Sistema de Radiocomunicao um sistema complexo, abrangendo vrios aspectos de engenharia, no sendo portanto nossa inteno formar peritos no assunto, mas sim dar uma viso completa para que o leitor possa sentir a sua responsabilidade na operao de um sistema similar.
18
A primeira idia que normalmente surge aos leitores simplesmente ampliar o sinal produzido pelo microfone e aplicar esse sinal na antena para que a mesma irradie para o espao as freqncias resultantes da voz. Na realidade, essa experincia seria frustrante, pois essas freqncias tm um alcance extremamente reduzido. Ora, o alcance funo da freqncia utilizada e, portanto, surge naturalmente a idia de se gerar um sinal de alta freqncia, e de alguma forma "modular", isto , alterar as caractersticas desse sinal de radiofreqncia, de acordo com o sinal eltrico produzido pelo microfone, o qual foi originado pela voz do operador. Ao sinal de alta freqncia utilizado chamaremos de portadora (em ingls, "carrier") e ao sinal oriundo da mensagem a transmitir chamaremos de sinal modulador; ou seja, a idia "modular" o sinal da portadora por meio do sinal produzido pelo microfone (devidamente amplificado) (1). Na Fig. 1.3 apresentamos um grfico mostrando o aspecto de uma portadora modulada em amplitude, isto , uma portadora (sinal de alta freqncia) cuja amplitude varia de acordo com o sinal produzido pelo microfone (sinal de voz). Observe que o nome portadora para o sinal de alta freqncia provm do fato desse sinal portar (2) a mensagem inicial, na forma de uma variao da sua amplitude.
SINAL MODULADOR ./
/'
(mensagem inicisl)
/'
;'
/
, ,
"
FIG. 1.3 - Aspecto de uma portadora modulada em amplitude.
No caso da Faixa do Cidado, a portadora tem a freqncia em torno de 27 MHz, o seu valor exato dependendo do canal selecionado, como veremos futuramente. Por exemplo, para o canal 3, a portadora tem a freqncia de 26,985 MHz.
(1) Vamos estudar apenas a chamada Modulao em Amplitude, que utilizada na Faixa do Cidado. Um outro tipo de modulao extremamente importante a Modulao em Freqncia, que utilizada nas estaes de FM, um exemplo sendo os transceptores para 2 metros, j to conhecidos dos radioamadores. "Portar" em portugus significa "carregar consigo".
(2)
19
E esse sinal complicado de radiofreqncia que levado at a antena pela linha de transmisso e da irradiado para O espao. Claro que, na recepo, o aparelho receptor deve efetuar uma "DEMODULACO", isto . extrair desse sinal composto apenas o sinal correspondente mensagem original. obtendo-se um sinal com as freqncias originais da voz do operador do transmissor. A Fig. 1.4 ilustra esseprocesso inverso.
'$ =
fp
= freq6ncia
aRCU/TO DEMODtl..ADOR -
o:
vQJ).
(e)
GERADAS NA MODULAO
EM AM-
Vimos que, na transmisso em amplitude modulada (AM), o sinal que enviado antena, e da irradiado para o espao, um sinal complexo, como o da Fig. 1.3, em que a amplitude da portadora vai variando, acompanhando exatamente as flutuaes do sinal correspondente mensagem inicial; na recepo h a necessidade de "demodular" essesinal complexo, isto , reproduzir exclusivamente o sinal correspondente mensagem. Lembremos, entretanto, que a portadora tem uma freqncia fp e que a mensagem (sinal de voz) abrange uma faixa de freqncias que vai desde uma freqncia mnima, que chamaremos fmn, at uma freqncia mxima, que chamaremos de fmx. (por exemplo, de 200 Hz a 3.000 Hz). Surge naturalmente uma pergunta: quais sero as freqncias existentes no sinal complexo da Fig. 1.3 que corresponde a uma onda modulada em amplitude? Ao se analisar as freqncias existentes em uma onda modulada, vemos que esto presentes a freqncia da portadora (fp) e mais duas faixas de freqncias, lateralmente dispostas, uma acima e outra abaixo da freqncia da portadora, conforme ilustrado na Fig. 1.5. Em outras palavras, so criadas duas faixas de freqncias; uma com a freqncia menor que a portadora, chamada de Faixa Lateral Inferior; outra 20
fp
freqencia
FIG. 1.5 - Ilustrao das freqncias existentes em uma onda modulada em amplitude.'
com freqncia acima da portadora, conhecida como Faixa Lateral Superior. Alm dessasduas faixas, est presente tambm a prpria freqncia da portadora fp. Ora, como todos os transceptores da Faixa do Cidado operam, de acordo com a legislao em vigor, com amplitude modulada, todos eles geram as freqncias mencionadas. As normas em vigor estabelecem uma separao de 10kHz (10.000 Hz) entre portadoras de canais adjacentes com banda passante no superior a 8.000 Hz, para modu lao em faixa lateral dupla, de modo que, aproximadamente, o leitor pode visualizar na Fig. 1.6 a separao e a largura de cada canal ( I l.
10000 Hz
I
) ~ ~
Q
t mi.
fp+fmin.
10000 Hz
10000 Hz
I
-;~fHZ
~,---~L"'\,--,b
'0-10"/
fp-
/1\ ...
Hz e f rnrn.
Deve-se observar, para que no haja interferncias de um canal com o outro, que as freqncias previstas para cada canal precisam ser rigorosamente respeitadas, resultando da a exigncia da utilizao de cristis nos transmissores. Atualmente, com a reduo do n mero de cristais necessrios,o preo dos equipamentos diminuiu sensivelmente, sendo tal avano devido fabricao
(1) Note que como praticamente dora. fp
==
27.000.000
==
21
integrada dos famosos PLL (1). util izados atualmente no projeto dos transceptores modernos, que permitem gerar vrias freqncias precisas a partir de uma freqncia precisa bsica. .
1.4.3 -
Suponhamos que o transmissor possa fornecer uma potncia P entrada do sistema irradiante; no caso da Faixa do Cidado, o DENTEL especifica, pela Norma N-01 A/80, que a mxima potncia entrada do sistema irradiante de 7 watts eficazes (em AM). Ora, como na modulao em amplitude so irradiadas a portadora e as duas faixas laterais, claro que a potncia disponvel ser distribuda entre a portadora e essas faixas laterais. Na Tabela 1.2 apresentamos a distribu io de potncia entre essas componentes, para um caso tpico de modulao.
TABELA 1.2 - Distribuio de Potncia do Transmissor Entre a Portadora e as Duas Faixas Laterais
% da Energia Irradiada nessa Componente
Componente
Portanto, da potncia total disponvel p, apenas uma frao de 16,67% irradiada em cada uma das faixas, com a maior parte da energia sendo irradiada na portadora (note que a portadora, com freqncia fp, no contm as freqncias da mensagem inicial).
1.4.4 -
Face ao anteriormente exposto, existem dois modos de emisso que so amplamente utilizados nos equipamentos de Radiocomunicao, que so a amplitude modulada propriamente dita e a emisso com faixa lateral singela.
22
barato. Nessecaso, como a maior parte da energia perdida na transmisso da portadora, este tipo de transmisso tem um alcance relativamente curto. 1.4.4.2 - Faixa Lateral Singela (SSB) Ora, como a informao (mensagem) est presente em ambas as faixas laterais, basta, obviamente, transmitir apenas uma das faixas, que estaremos transmitindo toda a mensagem. A esse tipo de transmisso se chama de faixa lateral singela, ou simplesmente SSB, sigla oriunda do nome em ingls "Single Side Band". Nessecaso, h duas possibilidades. Na primeira, elimina-se a portadora e a faixa lateral superior, transmitindo apenas a faixa lateral inferior. A essemodo chama-se de LSB, sigla oriunda do nome em ingls "Lower Side Band". A outra possibilidade eliminar a portadora e a faixa lateral inferior, transmitindo apenas a faixa lateral superior. A esse modo chama-se USB, sigla oriunda do nome em ingls "Upper Side Band". Obviamente, tanto em LSB como em USB toda a energia disponvel do transmissor concentrada na faixa em questo, obtendo-se, conseqentemente, um excepcional alcance. Alm disso, como a influncia do ru do bastante reduzida em SSB (1), resulta uma comunicao de excelente qualidade. 1.4.4.3 - Resumo e Codificao das Emisses A seguir, resumimos na Tabela 1.3 os "modos" de emisso empregados na Faixa do Cidado, dando j os nomes codificados para facilitar o leitor. TABELA
MODO AM
Amplitude Modulada. So transmitidas a portadora e as duas faixas laterais LSB ~ transmitida apenas a faixa lateral inferior ~ transmitida apenas a faixa lateral superior
~Ifa Mike
SSB USB
Um ponto tambm interessante a abordar que, geralmente, os fabricantes fornecem informaes confusas, dizendo, por exemplo, que, se o transceptor tem 60 canais, tendo em vista os trs modos de transmisso (AM, LSB e USB), existiro "virtualmente" 60 x 3 = 180 canais. Na realidade, isto no possvel, pois, na maioria dos casos,quando se est operando em uma das faixas laterais, por exemplo no canal 5, o sinal, embora ininteligvel, ser ouvido neste canal tanto em AM como na outra faixa lateral.
(1) Note que a banda total menor e, portanto, o rurdo menor.
23
o Servio
Rdio do Cidado
2.1 - Generalidades Sobre o Servio Rdio do Cidado consiste na modalidade de radiocomunicapara comunicados entre estaes fixas e/ou mveis realizados por pessoas naturais utilizando o espectro de freqncias compreendido entre 26,960 e 27,610 MHz, tambm chamado de FAIXA DO CIDADO (I). Conforme indica a Norma N-01 A/80, do Ministrio das Comunicaes, as finalidades do Servio Rdio do Cidado so as seguintes A - Proporcionar comunicaes em radioteletonia. em linguagem clara, de interesse geral ou particular. B - Atender situaes de emergncia, como catstrofes, incndios, inundaes, epidemias, perturbaes da ordem, acidentes e outras situaes de perigo para a vida, a sade ou a propriedade. C - Transmitir sinais de telecomando para dispositivos eltricos.
Servio
co de uso compartilhado,
Tendo em vista que a freqncia de operao fica em torno de 27 MHz, que corresponde um comprimento de onda de aproximadamente 11 metros, so comuns expresses como "operar em 11 metros", "operar em 27 MHz", etc.. como alternativas para a expresso operar na " Faixa do Cidado". Um primeiro aspecto extremamente importante a considerar que so estimuladas, no Servio Rdio do Cidado, COMUNICAOES RAPIDAS E A CU RT A DIST NCIA entre estaes fixas e/ou mveis. Isto explica, por exemplo, a limitao da potncia mxima dos aparelhos projetados para a Faixa do Cidado em apenas 7 watts (RMS) entrada do sistema irradiante. Como veremos futuramente, o tipo de emisso conhecido como SSB possibilita, havendo condies favorveis de propagao, a realizao de comunicados a longa distncia, vulgarmente conhecidos como DX. Mas esta, evidentemente, no a finalidade principal do Servio Rdio do Cidado. Este comentrio muito importante, pois vrios operadores desta faixa, no af de conseguirem esses comunicados, utilizam processos ilegais (como amplificadores lineares), perturbando os demais operadores e cau-
(1)
Faixa do Cidado - Em ingls, "Citizens Band", vulgarmente conhecida como CB. Essafaixa chamada tambm de "faixa dos 27 MHz" ou dos "T'l metros".
25
sando tambm srios problemas de interferncia eltrica em aparelhos de televiso. Eventualmente, o leitor ver que, com um sistema bem montado e ajustado, poder fazer uma comunicao a longa distncia, mas este no obviamente o objetivo principal da Faixa do Cidado. Os leitores que efetivamente visam estabelecer comunicados sistemticos a longa distncia devem procurar ingressar no Radioamadorismo propriamente dito, prestando os exames exigidos por lei para acesso s classes C ou B.
Nessa tabela, os canais indicados por 1T, 2T, 3T, 4T e 5T so destinados s estaes de telecomando que, alm desses 5 canais exclusivos, podem tambm usar o canal 24. Portanto, excluindo os cinco canais destinados s estaes de telecomando, restam 60 canais para serem efetivamente utilizados nas comunicaes da Faixa do Cidado. Inicialmente, a Portaria 163, de 14/03/1974, do Ministrio das Comunicaes, estabelecia apenas 23 canais para utilizao na Faixa do Cidado, tendo sido uma grande satisfao para os operadores da faixa a passagem 26
para os 60 canais. Entretanto, devemos estar sempre cientes de que em alguns pa ses mais adiantados j existem estudos para a liberao de um nmero maior de canais, por exemplo 80, como dever acontecer em breve nos Estados Unidos. 2.3 Normas em Vigor
Conforme mencionamos, a Portaria n9218, de 23/09/80, do Ministrio das Comunicaes, se encontra no Apndice 5 da presente obra, e aconselhamos o leitor a estud-Ia cuidadosamente antes propriamente de iniciar qualquer aventura na Faixa do Cidado, tendo em vista as sanes previstas na mesma para as diversas infraes. importante lembrar que, na leitura dessa Norma, alguns termos tcnicos so utilizados, que s sero bem entendidos aps a leitura dos diversos captulos da presente obra. 2.4 Procedimento para Licenciamento
Como a Norma N-01 A/80 indica, a licena de uma estao do Servio Rdio do Cidado o documento emitido peio Departamento Nacional de Telecomunicaes (DENTEL), autorizando a instalao e operao dessa estao. Esse licenciamento obrigatrio para todas as estaes com equipamento de potncia superior a 100 mW (cem miliwatts) e facultativo para os casos em que a potncia igualou inferior a 100 mW. Para cada estao deve ser expedida competncia do Diretor-Geral do DENTEL. uma licena, sendo tal emisso
Ainda de acordo com a Norma N-01 A/80, o pedido de licenciamento para a execuo do Servio Rdio do Cidado far-se- de acordo com OS PR OCEDIMENTOS E FORMULRIOS ADOTADOS PELO DENTEL. Na realidade, um grande esforo vem sendo desenvolvido pelo DENTEL no sentido de desburocratizar o processo de licenciamento e, de fato, j est sendo adotada uma sistemtica computadorizada, nos mesmos moldes utilizados nos pases mais avanados. Em linhas gerais o procedimento ser resumido da seguinte forma: que est sendo implantado no pas pode
1 - Obteno de formulrio oficial estabelecido pelo DENTEL (RE- QUERIMENTO PARA LICENA DO REGISTRO DE ESTAO DO SERViO RADIO DO CIDADO). Esses requerimentos, que na realidade so formulrios com quadros a preencher, devem chegar s mos dos interessados atravs do DENTEL, das Agncias dos Correios, dos fabricantes e das entidades de classe dos operadores (clubes de Px). Instrues detalhadas so dadas no verso desses formulrios, que constam de DUAS VIAS. 2 - Recolhimento da taxa do FISTEL, conforme instrues existentes no verso do formulrio. (Somente nos casos de pedido inicial de licenciamento ou acrscimo de estao com mais de 100 mW.) Para completar esse item necessrio adquirir um Documento de Arrecadao de Receitas Federais
27
(DAR F). que pode ser obtido em papelarias, e preench-Io de acordo com as instrues existentes no mesmo. No momento, o valor dessa taxa correspon1 de a do maior valor de referncia vigente no pas.
3 - Entrega do formulrio, agncia de Correios e Telgrafos, 2~ via do formulrio ser guardada sria, possibilitando o uso imediato
DARF e licenas anteriores, em qualquer que dever autenticar no espao prprio. A pelo interessado e ser a sua licena provida estao.
4 - A licena definitiva ser emitida pelo DENTEL dentro de um prazo de 45 dias. Em caso de no ser recebida nenhuma informao nesse prazo, o interessado deve entrar em contato com o DENTE L em Braslia. importante chamar a ateno que, inicialmente, at que as agncias postais estejam preparadas, as Diretorias Regionais do DENTE L recebero diretamente os formu lrios preenchidos, que sero entregues, ou diretamente pelos interessados, ou por representantes credenciados de PX-Clubes. O sistema extremamente simples, e as entidades de classe dos operadores devero possuir todos os detalhes complementares e estarem capacitadas a esclarecer qualquer dvida para o preenchimento do formulrio. Procura-se nesse momento conscientizar todos os operadores da Faixa do Cidado para que se filiem a entidades da classe, o que possibilitar um intercmbio maior de idias com os rgos governamentais e dar um amparo maior aos futuros usurios do sistema. Apenas para completar a nossa informao, deve ser entendida usurios a diferena entre Licenciamento e Registro de uma estao. pelos
O Licenciamento se aplica sempre que a sua estao tenha equipamento com potncia superior a 100 mW (cem miliwatts). O Registro se aplica quando a estao tem equipamento com potncia inferior a 100 mW. Note, portanto, que, de acordo com a legislao, os "walkie-talkies" que operam na Faixa do Cidado e possuam potncia inferior a 100 mW devero ser REGISTRADOS no DENTEL. Outrossim, deve ficar claro que apenas o registro dessas estaes no implica no pagamento da taxa do FISTE L, que se aplica somente nos casos de pedido inicial ou acrscimo de estao com mais de 100 mW. Finalizando este captulo sobre generalidades do Servio Rdio do Cidado citamos as palavras do Cel. Arolde de Oliveira, Diretor Regional do DENTEL-RJO, em recente encontro com os dirigentes de PX-Clubes: "O Servio Rdio do Cidado deve ser organizado em conjunto com os operadores para cumprir, em harmonia, suas finalidades de recreao, de associao, de aprox imao de pessoas e de ut il idade pbl tca."
28
esquematicamente, os grandes blocos que Na Fig. 1.2 apresentamos, compem um sistema de radiocomunicao. Vamos agora apresentar um esquema mais detalhado, canalizando essa descrio para o caso da Faixa do Cidado. A Fig. 3.1 apresenta uma ilustrao, onde se v a possibilidade de utilizao de estaes fixas e mveis, nada impedindo a comunicao entre uma estao fixa e uma estao mvel. Inicialmente deve ser observado que, para cada tipo de estao, a mesma antena serve para transmitir ou para captar o sinal emitido por outra antena; conseqentemente, o rel que comuta a antena para a sa da do transmissor (transmitindo) ou a entrada do receptor (recebendo) se acha localizado no TRANSCEPTOR que, como o nome indica, a unidade central, o "corao" do sistema, que possui todos os circuitos para TRANSMITIR E RECEBER. Na realidade, o nome TRANSCEPTOR provm da fuso dos nomes TRANSMISSOR e RECEPTOR.
esuso
MVEL
fi)
E/lERGIA II/I/ADIADA
ANTENA
rI
I I
,.----
FONTE DE ALIMeNTAO
FIG. 3.1 - Ilustrao da possibilidade de utilizao de estaes fixas (a) e mveis (b], em um sistema de radiocomunicao.
I I I
I
I
o o
EsrAO FIXA
{o}
29
As unidades bsicas existentes so indicadas a seguir, com comentrios especiais para cada tipo de estao (mveis e fixas). a) - TRANSCEPTOR - Unidade central e "corao" do sistema de radiocomunicao bidirecional. Existem transceptores projetados para estaes fixas j incorporando a sua fonte de alimentao. Os transceptores projetados para instalao mvel requerem uma fonte auxiliar, que a bateria, no caso de veculos, ou uma fonte externa auxiliar, no caso de serem utilizados em uma estao fixa. Muitos operadores utilizam em uma estao fixa uma bateria de carro, provendo meios de recarga para a mesma. b) - MICROFONE - O microfone uma unidade j de conhecimento do leitor, observando-se apenas que ele possui uma chave que tem que ser apertada quando se deseja transmitir. Este tipo de microfone conhecido como "Aperte-para-falar", ou em ingls "Push-To-Talk Microphone". Da muitos operadores designarem o mesmo simplesmente por PTT. c) - FONTE DE ALIMENTAO - Bateria ou uma fonte auxiliar capaz de fornecer a energia necessria para operao do sistema. d) - ALTO-FALANTE - O alto-falante faz normalmente parte do transceptor, mas geralmente h a possibilidade de ser utilizado um alto-falante externo, sendo desconectado, na ocasio, automaticamente, o alto-falante interno. e) - LINHA DE TRANSMISSO - Trata-se, simplesmente, do cabo coaxial que interliga o transceptor antena; geralmente, quando se compra uma antena para estao mvel, esta j vem com o cabo coaxial acoplado e todo pronto para ser simplesmente Iigado ao conector que existe no transceptor. f) - ANTENA - A antena o elemento que irradia as ondas eletromagnticas para o espao, e um dos itens mais complexos para ser abordado. As antenas para estaes fixas podem ser montadas em mastros ou torres e, se forem do tipo direcional, podem ser acopladas a ROTORES para serem devidamente orientadas. As antenas mveis possuem diversas bases para fixao, sendo comuns as antenas magnticas e as antenas com base para montagem em calhas e para-choques dos veculos. Um fato interessante para o leitor observar que nada impede que o transceptor, montado em um veculo, possa ser conectado a uma antena instalada em uma torre ou em um telhado; alis, muitos operadores que possuem residncias fora do domiclio principal operam desta maneira. Na realidade, o inconveniente que existe a possibilidade de descarregamento da bateria do carro, face alta corrente solicitada pelos circuitos de transmisso. Portanto, no aconselhamos mu ito esse procedimento, sendo mais conveniente a compra de uma fonte adequada para funcionar na estao fixa. Agora que os leitores possuem uma viso geral de um sistema utilizado para a Faixa do Cidado, vamos analisar, com detalhes, cada componente do sistema, fornecendo todas as informaes necessrias.
30
Na Fig. 3.1 analisamos sucintamente as unidades que compem um sistema para a Faixa do Cidado, e neste cap tulo vamos estudar detalhadarnente todas essasunidades. 4.1 - Transceptores 4.1.1 - GENERALIDADES HAM-2950 E INTRODUO AO MODELO
Conforme deve ter ficado claro, o transceptor para 27 MHz a unidade bsica de um sistema destinado Faixa do Cidado. Na realidade, a grande simplicidade de operao dos transceptores modernos deve-se a uma cuidadosa engenharia de projetos, aliada tremenda evoluo tecnolgica da Eletrnica nos ltimos anos, principalmente com a utilizao em larga escala de circuitos integrados. Mas claro que, sendo este livro destinado aos "macanudos" em geral, no vamos entrar propriamente nos detalhes tcnicos de Eletrnica, e sim estudar as caractersticas externas globais que so, na realidade, as que interessam ao usurio de tais equipamentos. Por outro lado, existindo centenas de tipos de transceptores para a Faixa do Cidado, no temos obviamente condies de, nesta obra, abordar todos os tipos existentes. Por esse motivo, tivemos a idia de estudar um transceptor "fictcio", o modelo HAM-2950, representando o seu painel frontal e traseiro e, a seguir, apresentando, como ilustrao, as fotografias de dois transceptores comerciais. Nas Figs. 4.1 e 4.3, apresentamos, de modo esquemtico, os controles, conectores, etc., que esto presentes nos painis frontal e traseiro do transceptor HAM-2950, um modelo fictcio por ns criado para ilustrao do leitor. Vamos analisar, separadamente, cada controle, dando a sua funo e fornecendo explicaes complementares. 4.1.2 - ESTUDO DETALHADO DE LO HAM-2950 (1 ) DO PAINEL FRONTAL DO MO-
SELETOR DE CANAL. ("Channel Selector"): Chave que seleciona o canal em que se deseja operar. Normalmente, ao se selecionar um dado canal,
(1) Estam05 tambm indicando, comptetos em ingls. quando usades, as abreviaes em portugus e em ingls e 05 nomes
31
r
TRANSCEPTOR MOD. HAM. a.eo.
SELETOR DE CANAIS TRANSIIIISSOR
C@)
51HTONIA FINA"
.AP
ER
"'"O~"
-LlI
FC
LlIlAR
rj'ISENSOR ~ ILUMINAAo @SWR MEDIDOR
'O'
I
,
O~ ' ,
DESL.
0'0
permitindo a rpida
FIG. 4.1 - Controles, conectores e medidores existentes normalmente no painel frontal de um transceptor tpico para a Faixa do Cidado, no caso o modelo HAM2950, criado pelo autor para fins explanatrios. o nmero verificao correspondente ao mesmo fica iluminado, do canal selecionado, mesmo no escuro.
MICROFONE ("Microphone"): Um grande nmero de microfones para a Faixa do Cidado fornecido com um conector tipo DIN (macho) montado na sua extremidade; esse conector deve ser ligado na entrada para microfone, existente no transceptor. Algumas vezes, esse conector encontra-se situado no no painel frontal, mas em uma das paredes laterais do transceptor. TX: Lmpada ou diodo emissor de luz ("LED") (1), que indica o estado do transmissor. Quando se pressiona a tecla do microfone para transmitir, esta lmpada acende, indicando que o transmissor est ligado. MEDIDOR ("Meter"): Medidor iluminado, que geralmente possui duas escalas, indicando, na transmisso, a potncia relativa de sada e, na recepo, a intensidade do sinal recebido. SINTONIA FI NA (" Fine Tuning" ou "Delta Tuning"): Esse controle permite uma sintonia fina do receptor quando operando em AM, e uma "clarificao" do sinal (torn-lo mais inteligvel) quando operando em SSB. DESLlGA/VOLUME ("Off/Volume"): Controle que liga o transceptor e que, ao mesmo tempo, serve para o controle de volume. Em alguns equipamentos, a chave liga/desliga uma chave de alavanca individual. SILENCIADOR ("SQUELCH"): Este controle usado para "silenciar" o receptor quando no h sinal presente. Ou seja, esse controle ajustado para que o rudo e os sinais indesejveis no sejam ouvidos. ANNCIO PBLICO ADDR ESS - PA / CITIZEN'S
(I)
Sigla utilizada para designar Emitting Diodes".
AP / FAIXA DO CIDADO - FC ("PUBLlC BAND - CB"): Quando esse controle seleciode luz, proveniente do nome em ingls "Light
os diodos emissores
32
nado para FC (CB, em ingls), o transceptor opera normalmente na Faixa do Cidado. Quando selecionada a posio de Anncio Pblico rtraduo literal do ingls "Public Address" - um sistema tambm designado, em portugus, "Fonoclama". expresso aqui evitada para prevenir confuso de sua abreviatura - normalmente FC - com a da Faixa do Cidado, tambm FCL os circuitos de udio so utilizados para o operador poder falar ao pblico que o cerca, utilizando um alto-falante externo conectado em local apropriado, indicado pelo fabricante. Nesse caso, o operador aperta a tecla do microfone como se fosse "transmitir", e a sua voz sai amplificada nessealto-falante externo. CANCELADOR DE RU(DO - CR ("Noise Blanker - NB"): Esse controle, quando ligado, aciona os circuitos que silenciam o receptor DURANTE os picos do rudo, que normalmente esto superpostos ao sinal de interesse. LlMITADOR AUTOMTICO DE RU(DO - LAR ("Automatic Noise Limiter - ANL"): Essecontrole, quando ligado, aciona os circuitos que eliminam automaticamente os picos do rudo que ultrapassam um valor predeterminado, limitando o rudo a essevalor mximo. NOTA: Em muitos transceptores, em vez de duas chaves, uma para o cancelador de rudo (CR) e outra para o limitador automtico de rudo (LAR), uma s chave permite a seleo de um ou outro modo de controle do ru ido. conforme indicado na Fig. 4.2.
CR (NB) FIG. 4.2 - Combinao dos dois modos de controle do rufdo em um s controle: CR (NB) ou LAR (ANL).
LAR(ANL}
GANHO DE RADIOF REQUENCIA: Esse controle, de qrande utilidade, possibilita reduzir o ganho de radiofreqncia, permitindo a recepo de estaes extremamente fortes, que de outra forma saturariam os estgios de entrada produzindo uma recepo distorcida. muito til quando duas unidades esto operando mu ito prx imas. SENSOR DE ILUMINAO (U Auto-Dimmer"): Na realidade esse dispositivo no propriamente um controle, mas urn fotossensor que verifica o nvel de iluminao existente no ambiente onde o transceptor est instalado, e ajusta automaticamente o nvel de iluminao dos mostradores ("displays") que existem no transceptor (essesistema principalmente utilizado nos transceptores com dispositivos de sada digitais). INDICADOR DE ONDA ESTACIONRIA (SWR): Este indicador, normalmente uma lmpada ou um diodo emissor de luz, indica ao operador que 33
l r.o.e (razo de ondas estacionrias) atingiu um valor perigoso para a operao do equipamento (1).
ALIMENTAO
AL TOFALANTES
EXTERNOS
ANT~NA
13,evee
r-----~I\\...--~ FC &~
@
TII&NSCEPTOR. WOD. HAII.2950.
FIG. 4.3 - Controles e conectores normalmente existentes no painel traseiro de um transceptor tpico para a Faixa do Cidado, no caso o modelo HAM-2950, criado pelo autor para fins explanatrios.
DO PAINEL
TRASEIRO
DO
Normalmente, so encontrados no painel traseiro dos transceptores para a Faixa do Cidado os seguintes conectores: ENTRADA DA ALIMENTAO: Geralmente, trata-se de um conector onde ligada a alimentao para o transmissor, oriunda de uma bateria ou de uma fonte de alimentao auxiliar. ALTO-FALANTES EXTERNOS: Estes conectores, geralmente do mesmo tipo utilizado no "egosta" dos rdio-receptores comuns, serve para a ligao de um alto-falante externo. Ao se ligar um alto-falante externo com o conector adequado, automaticamente o alto-falante interno desligado. Geralmente. se o equipamento possui facilidades para anncio pblico, h duas sadas para alto-falantes externos, uma para a Faixa do Cidado e outra para o anncio pblico. ANTENA: Conector tipo UH F destinado ligao da antena do sistema. Uma observao importante que devemos fazer para o leitor que descrevemos apenas os controles "tpicos" de um transceptor para a Faixa do Cidado. mas bvio que, a critrio do fabricante, podem ser introduzidas outras facilidades. Na realidade, vem crescendo no mercado a oferta de unidades digitais, onde h um mostrador digital no qual aparecem iluminados os dgitos que indicam o canal selecionado, existindo normalmente um controle
(I) A Razo de Ondas Estacionrias Ir.o.e.l - em ingls, Standing Wave Ratio, SWR vista no Capo 6; essa Razo na realidade corresponde percentagem de energia que refletida pela antena de volta ao transmissor. Se esse valor for muito elevado, o transmissor poder ser danificado.
34
para a seleo do canal tanto no transceptor como no prprio microfone, facilitando extraordinariamente a operao quando se est mvel. 4.1.4 DOIS EXEMPLOS DE TRANSCEPTORES COMERCIAIS PARA A FAIXA DO CIDADO
Como ilustrao dos tipos de transceptores para a Faixa do Cidado existentes no mercado, apresentamos a seguir duas unidades. O primeiro exemplo uma homenagem nossa primeira indstria brasileira a lanar no Brasil um transceptor com 23 canais, j utilizando os circuitos integrados PLL. Trata-se do FA-M21 da Motoradio S.A. Comercial e Industrial, ilustrado na Fig. 4.4, que opera em AM.
FIG. 4.4 - Transceptor da Motoradio, Modelo FA-M21, com microfone e fonte de alimentao para estaio-base, com 23 canais operando em AM; cortesia da Motoradio S.A. Comercial e Industrial.
O segundo exemplo, ilustrado na Fig. 4.5, o modelo LMS-40 da Lafayette Radio Electronics Corporation, um transceptor de 40 canais que opera tambm em SSB.
FIG. 4.5Transceptor da Lafayene, Modelo LMS-4O, com 40' canais, operando em AM e SSBcortesia da Lafayette Radio . Electronics Corporation.
35
r
Com a moderna tecnologia dos circuitos integrados PLL, no existe nenhuma d ificu Idade sria para o projeto e construo dessesaparelhos, podendo o Brasil vir a adotar um nmero de canais superior aos 60 atualmente em vigor. Conforme o leitor pode verificar, todos os controles nessesdois equipamentos comerciais foram descritos no nosso modelo FICTfCIO HAM-2950, no havendo necessidade de nenhum comentrio adicional. 4.1.5 - SELEO DE UM TRANSCEPTOR PARA A FAIXA DO CIDADO Conforme verificamos, os recursos existentes em um transceptor so funo da faixa de mercado a que o mesmo se destina, pois, obviamente, quanto mais sofisticado o equipamento maior o seu custo. De imediato, aconselhamos o leitor que tenha disponibilidade financeira
4.2 - Fontes de Alimentao Embora se trate de um assunto simples, as fontes de alimentao constituem sempre um problema srio para o "macanudo" que se inicia no assunto. De imediato, deve ser claro que, do mesmo modo que um toca-fitas ou um rdio necessita receber uma alimentao de energia, o transceptor tambm necessita de uma fonte de energia para sua operao. Vamos agora indicar e fazer alguns comentrios sobre as caractersticas principais que devem ser consideradas na escolha de uma fonte de alimentao para um transceptor para a Faixa do Cidado.
36
4.2.1 - TENSO DE SArDA Geralmente os transceptores para a Faixa do Cidado especificam uma tenso de alimentao de 13,8 V (tenso contnua), indicando tambm a faixa de variao permissvel para essatenso. Por exemplo, o transceptor Stingray-11 da Unimetrics especifica uma tenso nominal de 13,8 V, indicando ainda a faixa de 11,6 a 15,6 V C.C. como sendo a faixa de operao segura. J o FA-M21 da Motoradio especifica a mesma tenso nominal (13,8 V C.C.). indicando a faixa de operao normal como sendo de 11,7 V a 15,9 V C.C. Apenas para referncia do leitor, deve ser lembrado que esse valor de 13,8 V no vem por acaso, mas na realidade esse o valor da tenso nominal das baterias utilizadas nos veculos. De fato as baterias que o leitor normalmente tem chamado de baterias de "12 volts" utilizadas nos veculos, por causa do efeito de carga e da ao do regulador de tenso, apresentam uma tenso aproximadamente de 13,8 V C.C. Portanto, se o transceptor for instalado no veculo, ser obviamente alimentado pela bateria; por outro lado, se o transceptor for utilizado em uma estao-base, nesse caso ser necessrio utilizar uma "fonte de alimentao" suplementar, e essafonte dever ter uma tenso nominal de 13,8 V. 4.2.2 - CORRENTE DE SAfDA
o leitor que porventura j esqueceu o seu rdio transistorizado em um veculo, ligado, deve ter verificado que a corrente consumida por esseaparelho to baixa (da ordem de 0,3 A) que nada de srio acontece,no chegando a descarregar a bateria do veculo. Por outro lado, um transceptor para a Faixa do Cidado absorve correntes que vo de 0,2 A (estao recebendo) a correntes da ordem de 1,5 A ou mesmo 2 A (estao transrnitindo). Conseqentemente, as fontes de alimentao para a Faixa do Cidado so geralmente projetadas para trabalharem com uma corrente nominal mxima da ordem de 3 A.
Reunindo as duas especificaes anteriores, as fontes de alimentao para a Faixa do Cidado (geralmente chamadas fontes para PX) so caracteri. zadas por apresentarem o seguinte bi nm io: 13,8 V C.c. X 3 A. 4.2.3 - ONDULAO ("RIPPLE") (1)
As fontes de alimentao so geralmente feitas retificando e filtrando a tenso fornecida pela concessionria de energia eltrica local, que uma tenso alternada, normalmente com a freqncia de 60 Hz. Por causa .das imperfeies nos circuitos de retificao e filtragem, de se esperar que existam na tenso produzida pela fonte "ondulaes", que se forem exeessivas podem provocar anomalias no funcionamento do transceptor (por exem(lI "RIPPLE" o nome correspondente em ingls, e Que se pronuncia "Rlpol".
37
quase ininteligvel
a men-
Geralmente no difcil, para a tenso de 13,8 V C.C. utilizada, conseguirmos uma fonte que apresente um "ripple" total (pico a pico) digamos menor que 0,02 V, ou seja, menor que 20 mV.
4.2.4 -
REGULAAO
DE LINHA E DE CARGA
Para ilustrar esses parmetros apresentados pelas fontes de alimentao, analisemos a Fig. 4.6, onde apresentamos uma fonte alimentando um transceptor.
1( ra'NUM 0,2 a 2 A J
RE DE LOC AL
I/~ V ( mpIoJ
FONTE
DE
ALlMEN TAO
I"'''':
I
TRANSCEPTOR
Define-se como regulao de linha a capacidade da fonte de alimentao manter a tenso de sada constante (Vo = 13,8 V), a despeito das variaes da tenso da rede local; isto , se o valor de 115 V variar dentro de certos limites, a fonte deve manter constante o valor de Vo 13,8 V.
Define-se como regulao de carga a o manter a tenso de sada constante variaes da corrente fornecida pela fonte; o transmisso, a tenso fornecida pela
capacidade da fonte de alimenta(Vo 13,8 V). a despeito das isto , quando se passa da recepfonte deve permanecer constante.
Geralmente os transceptores tm uma lmpada (ou "LE D"), que indica quando o transmissor est operando; se por acaso esta lmpada ou "LED" comear a piscar ao se modular, um sinal tpico de que a fonte de alimentao no est agentando a corrente solicitada pelo transmissor.
4.2.6 -
Em se tratando de instalaes mveis, obviamente a fonte de alimentao ser a prpria bateria do veculo, devendo ser observados os seguintes aspectos: a) Verifique cuidadosamente a polaridade da bateria para a ligao ao transceptor; sempre o terminal (+) da bateria ligado ao terminal vermelho do transceptor e o terminal ( - ) da bateria ao terminal preto do transceptor. Geralmente, a ligao inversa danifica o transceptor. b) Lembre que na transmisso consumida uma corrente de cerca de 2A e que, portanto, a ligao deve ser feita em um ponto do circuito eltrico do carro que suporte a passagem dessa corrente. Alm disso, face a esse elevado consumo de energia, a bateria do automvel, principalmente se no estiver em boas condies, pode ser rapidamente descarreqada se o veculo estiver parado, isto , se a bateria no estiver sendo recarregada. No vamos tecer consideraes adicionais sobre as baterias, pois esse um item j bastante familiar para os que possuem veculo e, alm disso, normalmente o proprietrio. ao adquirir o veculo, evidentemente no pode escolher a sua marca preferida. 4.2.7 FONTES PARA INSTALAOES FIXAS
Por causa da enorme divulgao da Faixa do Cidado no Brasil, j existem no mercado inmeras fontes de alimentao, e ficar a cargo do leitor ir a uma loja especializada. verificar os diversos tipos e, baseado nas informaes dadas, escolher a fonte que mais lhe convm. O leitor deve, entretanto, ter em mente que esse um item de grande importncia, devendo a escolha ser criteriosa. mais conveniente esperar "0 prximo ms" e adquirir uma fonte bem projetada do que comprar qualquer fonte barata para iniciar a modular. E lembre: se uma fonte estiver adequadamente projetada para a Faixa do Cidado, ela no deve trabalhar muito quente. e nem deve fazer com que o brilho da lmpada que indica "transmissor ligado" fique variando de acordo com a sua modulao, ou que a iluminao dos mostradores do transceptor varie sensivelmente.
4.3 - Cabos e Conectores Coaxiais 4.3.1 - GENERALIDADES Conforme verificamos anteriormente, os cabos coaxiais (caso particular das linhas de transmisso) tm a importante tarefa de transportar a enerqia que gerada pelo transmissor at a antena, para da ela ser irradiada para o espao. Na recepo, o fluxo de energia inverso, isto , a antena capta os
39
~_...:-.-
FIG. 4.7 - Dois tipos de cabos coaxiais fabricados no Brasil: (a) RG-58 C/U e b) RG-213/U. Cortesia da Pirelli S.A. (KMP Cabos Especiaise Sistemas ltda.).
sinais irradiados pela outra estao, e o cabo coaxial at os circuitos receptores do transceptor.
transporta fabricados
A Fig. 4.7 apresenta dois tipos de cabos coaxiais expondo as diversas camadas internas.
Observando atentamente a Fig. 4.7, verifica-se a existncia de um condutor central (fios tranados de cobre), de um dieltrico (polietileno), que tem o aspecto branco leitoso, de uma malha tranada que a blindagem do cabo (cobre estanhado), e de uma cobertura que protege o cabo externamen te (pirevinil), de cor preta. Na Tabela 4.1 so apresentados os cabos mais comumente utilizados com as especificaes mais importantes, que sero estudadas na seo 4.3.2. Por outro lado, a utilizao de tais cabos exige o uso de conectores especiais, que so montados nas extremidades do cabo, permitindo desse modo a interligao das diversas unidades que compem um sistema de radiocomunicao. Na Faixa do Cidado so universalmente utilizados os conectores da srie UHF, sendo apresentados na Fig. 4.8 os diversos conectores e acessrios desta srie, fabricados no Brasil pela Whinner S.A. Indstria e Comrcio.
:..:.
'~.' '."-"'-".,
...
..
,~~~
QM2
QF3
QJ3
QAI
QJIO
FIG. 4.8 - Conectores e acessrios da srie UHF. Cortesia da Whinner S.A. Indstria e Comrcio.
40
z
oc( t).-..
w ...I
00
< <
zJ:
4IJ~
~z
TIPO
wa:: ~w_
g~iL 52 350 350 260 2 4,3 4 5 5 3,7 1,8 1,8 8,7 10 1'0' 6,7 3,1 3,1 7,3 190 94 94 94 137 350 450 3,8 1,8 3,4 6,2 8 13,8 1516' 16 12,7 6,3 6,3 6,2 52 75 95 53,5 1900 1900 1900 2300 5000 5000 50 50 75 50 50 1000 5000 5000 5000 1.8 3,4
!~~
~~
10MHz 30MHz 100 MHz
200MHz
400MHz
RG8/U
10,3
8.8 8,8 11 17 23 25 25 17 10 9
RG-8A/U
10,3
RG-l1 A/U
TCS-70
10,3
-.
RG-22 B/U
TCO-50
10,7
RG-58/U
5,0
RG-sSA/U
5,0
FiG-58'c/tI
TC:S:95
s.o'
RG-59 B/U
TFS-70
6,2
RG-213/U
10,3
RG-213 B/U
TCS-100
10,3
OBSERVAES
1 - Todos os valores foram aproximados 2 - Em todos os casos, o dieltrico o polietileno 3 - Caso necessite a atenuao para outras freqncias, faa uma interpolao
A seguir, apresentamos na Tabela 4.2 a correspondncia entre os cdigos da Whinner, Militar e Amphenol, provavelmente de conhecimento do leitor tcnico. T ABE LA 4.2 - Correspondncia
DESCRiO Macho Fmea Adaptador fmea/fmea
QJ-3
PL-258
83-1J
OA-1
UG-176/U
83-168
OJ-lO
83-1AC
A Fig. 4.9 apresenta um cabo coa x ial, tendo montados dades conectores tipo QM-2 (macho).
FIG_ 4.9 - Aspecto final de um cabo 58/U com conectores tipo QM-2 (macho) montados
42
Na seo 4.3.4 ser vista a montagem dos conectores nos cabos coaxiais e na 4.3.5 os problemas prticos encontrados no uso e manuseio desses componentes. 4.3.2 CARACTERISTICAS XIAIS (1) PRINCIPAIS DOS CABOS COA-
Na Tabela 4.1 foram apresentados alguns parmetros dos cabos coaxiais e nessaseo passamosa analis-los. 4.3.2.1 - Impedncia Caracterstica Provavelmente, essa caracterstica a mais conhecida dos "rnacanudos", pois desde que comeou a se interessar pelas radiocomunicaes escutou falar de cabos coaxiais de 50 ohms. 75 ohms, etc. Vamos procurar ilustrar direito o que significa a impedncia caracterstica de um cabo coaxial. Na Fig. 4.10 apresentamos de forma esquemtica os dois condutores existentes em um cabo coaxial (condutor central e blindagem), no caso de uma linha infinita, isto , uma linha cujo comprimento infinito.
CONDUTOR CENTRAL
~---------"7\
_
I'
00
\ 1 ._. _ ._._.--'t"-:..-BLINDAGEM
Se medirmos a impedncia entre os pontos A e B, obteremos um determinado valor, que chamaremos Zo. Essa impedncia, que seria obtida se a linha fosse infinita. chamada de IMPEDNCIA CARACTER(STICA da linha. Por exemplo, o cabo coaxial 213/U tem uma impedncia caracterstica' de 50 U. Vamos analisar uma propriedade importantssima referente impedncia caracterstica de uma linha de transmisso. Suponhamos que temos uma linha com uma impedncia caracterstica Zo; isto . quando esta linha tem um comprimento infinito, a sua impedncia Zo. O que acontece quando, a um pedao dessa linha, isto , a um comprimento determinado, ligamos uma impedncia de carga? Na Fig. 4.11 ilustramos essa situao.
(1)
43
FIG 4.11 - Pedao de linha, com !.ma carga ZL conectada na sua extremidade.
Pode-se provar que, se a carga ZL for exatamente igual ao valor da impedncia caracterstica Zo (ZL = Zo), a impedncia "vista" na entrada ser exatamente igual a esse valor Zo. A Fig. 4.12 ilustra a condio em que ZL = Zo e, portanto, Z = ZL = Zo.
correspondente
Diz-se nessecaso que a linha est CASADA na sua extremidade, e essa a condio que sempre se procura manter em um sistema de radiocomunicaco. Na realidade, conforme verificamos anteriormente, a linha de transmisso interliga o transceptor antena e, portanto, a condio ideal que a linha esteja casada nas suas duas extremidades, conforme ilustrado na Fig. 4.13.
TRANSCEPTOR
Zo
-'-
::}
. ---'~
ZL -carga
(ANTENA)
FIG. 4.13 - Ilustrao do casamento enf;e transceptor, cabo coaxial e antena. Procura-se obter ZT Zo ZL'
Nessecaso, procura-se fazer com que a impedncia de sada do transceptor (ZT) e a carga (antena) estejam casados com a linha coaxial, isto , a situao ideal caracterizada por Z.r = Zo = ZL. Na Faixa do Cidado extremamente comum esse valor "mgico" ser de 50 ohms, isto , tanto a antena quanto o transmissor so ajustados para que apresentem, na freqncia de 2"'1 MHz (Faixa do Cidado), uma impedncia igual impedncia caracter sticada linha de 50 ohms. O que acontece quando no h um CASAMENTO perfeito entre as unidades que compem um sistema de radiocomunicao com o utilizado na Faixa do Cidado? Verifica-se que em toda interface onde h um descasamento, h uma REFLEXO DE ENERGIA, isto , a energia refletida de volta, o que pode chegar a destruir o transm issor utilizado. Esse assunto to importante que devotamos a ele um captulo especial, o Captulo 6, onde so apresentados todos os detalhes sobre o assunto.
44
cabo coaxial
-p
FlG. 4.14 - Ilustrao da atenuao produzida por um cabo coaxial. Por causa das perdas, a potncia forneci da antena menor que a gerada pelo transceptor.
Nesse ponto devemos introduzir uma unidade nova, que o decibel, e como essa unidade ser tambm utilizad.a no estudo das antenas, vamos analis-Ia com algum detalhe. Na Fig. 4.15, ilustramos um sistema qualquer no qual entra a potncia PE (E de entrada) e sai a potncia Ps (S de sada).
-1,--_SI_S_TE_M_A_~ Ps
G (dB)
10 log ~ PE
45
Nessaexpresso, o termo log significa logaritmo na base 10. Vrios exemplos ilustram esseclculo. 1) PE = 0,001 watt e Ps = 1 watt G (dB) 10 log _1_ 10 log 1000 0,001
= 10 x 3 = 30 decibels
2) PE G
= 14,77 decibels
3) Pe exemplo 1) G (dB)
=
=
10 x 109 0,001
= -
30 decibels
(Lembre que o logaritmo de um nmero menor que 1 negativo) Portanto, surgem logo as seguintes concluses: 1) Sempre que a razo Ps for maior do que 1, ou seja, quando houver
PE
efetivamente um GANHO, isto , quando a potncia de sada for MAIOR que a potncia de entrada, o ganho expresso em decibels ser POSITIVO. 2) Sempre que a razo ~ for menor do que 1, ou seja, quando houver
PE
efetivamente uma reduo de potncia, isto , quando a potncia de sada for MENOR do que a potncia de entrada, o ganho expresso em decibels ser NEGATIVO. Nesse caso, em vez de se falar em ganho negativo, comum a expresso ATENUAO. Como o clculo do ganho (ou da atenuao) em decibels envolve o clculo do logaritmo decimal de um nmero, e muitos leitores podem no estar familiarizados com esse clculo, apresentamos na Tabela 4.3 diversos valores do ganho em decibels em funo de Ps. O leitor deve apenas lembrar
PE
que, sempre que houver um aumento de potncia (por exemplo, em um amplificador Ps maior do que PE), o valor em decibels ser positivo; por outro lado, sempre que a potncia de sada for menor do que a de entrada (por exemplo, a potncia que sai de um cabo coaxial menor que a potncia que entra), o valor em decibels ser negativo, e haver uma ATENUAO do sinal.
46
Ps / PE 1000000 100000 10000 1000 500 400 200 100 80 60 40 20 10 8 6 4 2 1,58 1,25 1
Ganho em Decibels 60 50 40 30 27 26 23 20 19 18 16 13 10 9 8
6
3 2 1 O - 1
!
<
0,79 0,63 0,50 0,25 0,167 0,125 0,100 0,050 0,025 0,0167 0,0125 0,0100 0,0050 0,0025 0,0020 0,0010 0,0001 0,00001 0,000001
-2
-3 -6 -8 -9 -10 - 13 - 16 -18 -19 -20 - 23 -26 - 27 - 30 -40 -50 -60
TABE LA 4.3 - Ganhos em decibels para diversos valores da razo entre a potncia de sada e de entrada (Ps I PE). Note que quando Ps I PE menor do que 1, o ganho em dB nega tivo (ATENUAO). 47
Vamos agora aplicar essas noes e resolver um problema prtico. Suponhamos que um transceptor da Faixa do Cidado ligado a uma antena, por meio de um pedao de cabo coaxial RG-58 CIU com 30 metros de comprimento. Se o transceptor fornece ao cabo a potncia de 5 watts, qual a potncia que ser fomecida antena? Ora, trata-se apenas do cabo RG-58 C/U.
pelos 30 metros
Na Tabela 4.1, obtemos, para o cabo RG-58 a atenuao de 10 d B por 100 m, isto : dB
10~
100
= 01
'
30 m x 0,1
dB
3 dB
porque se trata de uma = 0,5 e
3 dB (negativo para -
obtemos
3 dB
o valor -
Ps
PE
Como
PE
7 watts,
Ps
4.3.3 -
SELEO DA FAIXA
PARA
UM SISTEMA
Na Tabela 4.1 apresentamos algumas caractersticas dos cabos coaxiais, e a seleo de um tipo para trabalhar em qualquer aplicao se baseia obviamente nas mesmas. De in cio, deve ser observado que os transceptores da Faixa do Cidado so todos projetados para apresentar uma impedncia de sada de 50 u. Conseqentemente, para um casamento perfeito, a linha de transmisso deve ter uma irnoedncia Zo de 50 n e a antena deve ser sintonizada para apresentar, em 27 MHz, uma impedncia de 50 U.
48
Quanto mxima tenso de operao, os valores permissveis so muito acima dos utilizados nos equipamentos da Faixa do Cidado e, portanto, no uma especificao que afete a escolha. Quanto potncia, verifique que na Tabela 4.1 foi dada a potncia para uma freqncia de 400 MHz, e para 27 MHz o cabo pode suportar uma potncia maior que a indicada na tabela. Como os equipamentos da Faixa do Cidado esto limitados a 7 watts (21 watts PEP em SSBl, este outro parmetro pouco importante para o caso. Portanto, sobram vrias opes para os "rnacanudos". e entre os cabos fabricados no Brasil temos o RG-58 C/U e o RG-213/U, sendo que este ltimo, tendo um dimetro de quase o dobro do primeiro, apresenta uma atenuao bem menor. O que se pode, ento, usar o RG-58 CIU para quase todos os casos, procurando utilizar o cabo RG-213/U, que por ser mais grosso mais caro e mais difcil de trabalhar, apenas quando a distncia entre o transceptor e a antena for demasiadamente longa. Conforme vimos no exemplo, cerca de' 30 metros do cabo RG-58 C/U produzem, na freqncia de 27 MHz, uma atenuao de 3.dB, que corresponde praticamente a uma perda da metade da potncia fornecida pelo transceptor, o que uma perda razovel. 4.3.4 MONTAGEM DOS CONECTORES COAXIAIS
Conforme verificamos, os conectores da srie UHF, Iistados na Tabel a 4.2, so os normalmente utilizados na Faixa tio Cidado, e esses conectores devem ser montados nas extremidades dos cabos coaxiais. Nas Figs. 4.16 e 4.17 apresentamos as instrues para a montagem dos conectores QM2, respectivamente sem e com o adaptador QA 1; esse adaptador util izado quando o cabo fino como o RG-58 CIU, pois, sem o mesmo, o cabo ficaria com uma grande folga no conector, o que poderia acarretar esforos diretos sobre a solda da malha. Quando o leitor montar um sistema mvel ver que as antenas mveis j vm normalmente com o cabo coaxial e conectores montados, bastando apenas encaixar o conector-macho existente no cabo no conector-fmea existente no transceptor. Por outro lado, nas antenas para estaes fixas geralmente existe na base um conector UH F fmea (QF-3) e, nesse caso, utilizado um cabo com dois conectores-macho (QM-2), sendo que uma das extremidades do cabo ligada antena e a outra ao transceptor. Embora as instrues dadas nas Figs. 4.16 e 4.17 sejam detalhadas, aconselhamos o leitor no familiarizado com soldas a procurar o auxlio de um tcnico para a montagem dessesconectores. 4.3.5 - PROBLEMAS PRATICaS ENCONTRADOS NO USO DOS CABOS E CONECTORES COAXIAIS A seguir relacionamos alguns lembretes importantes que os "macanudos" devem ter em mente ao lidarem com cabos e conectores coaxiais.
Ali
--
--
-----:-
--
~~~~ti/6
~
-- --
f-
28,6-~
~/5,9--1
FIG. 4.16 - Montagem de um conector OM2 na extremidade de um cabo coaxial, sem adaptador (cabo grosso). Cortesia da Whinner S.A. Indstria e Comrcio. (Cotas em milmetros.)
FIG. 4.17 - Montagem de um conector OM2 na extremidade de um cabo coaxial, com adaptador OA 1. Cortesia da Whinner S.A. Indstria e Comrcio. (Cotas em milmetros.)
50
a} O mximo cuidado deve ser dispensado aos conectores coaxiais; conectores oxidados, midos, sujos. etc. so uma tremenda fonte de absoro de energia. Quando, em uma estao mvel, a antena for retirada. deixando exposto o conector coaxial, proteja-o com uma tampa de plstico.
o) No faa dobras no cabo coaxial com ngulos muito acentuados. para evitar o esmagamento do mesmo, o que alteraria completamente as caractersticas da estrutura coaxial.
c} Em uma instalao fixa. utilize um vedante (por exemplo, borracha de silicone} para proteger todos os pontos onde a malha coaxial exposta. impressionante como a umidade pode penetrar nessa malha e aumentar enormemente a atenuao do cabo para radiofreqncias.
Conforme mencionamos anteriormente, a antena em um sistema de radiocomunicao o elemento que tem a funo de irradiar para o espao (na transmisso) e de captar (na recepo) as ondas eletromagnticas 998 "transportam" a mensagem. . Conseqentemente, o que se espera de uma boa antena que ela irradie o mximo de energia possvel na transmisso, e reforce o mximo possvel os sinais recebidos de outra estao. Na realidade, o estudo terico das antenas bastante complicado, de forma que no temos a inteno de formar especialistas no assunto, mas apenas possibilitar a escolha, baseada nos dados tcnicos mais importantes, do tipo de antena mais conveniente para .9 leitor. Deve-se. portanto, ter em mente que sero apresentados apenas casos tpicos. pois as variveis so tantas que, por exemplo, uma antena do tipo "plano de terra", extremamente simples, pode ter suas caractersticas completamente alteradas, mudando-se o comprimento do irradiador, o dimetro dos tubos de alum nio utilizados, o comprimento e a inclinao dos radiais, etc. No nosso caso, a idia simplesmente chegar-se a uma tabela onde possam ser comparadas as antenas mais comuns, admitindo-se que elas estejam devidamente projetadas e instaladas. De fato, o projeto, construo e instalao de uma antena, realizados por uma pessoa que no esteja realmente a par de todos os problemas tcnicos envolvidos. pode resultar num sistema irradiante que pode, na prtica, at atenuar o sinal gerado pelo transmissor. Vamos inicialmente recordar alguns aspectos importantes relacionados com as ondas eletromagnticas, que so necessriospara a compreenso desta seo.
51
SOBRE ANTENAS
4.4.2.1 - O Dipolo de Meia Onda Observando as antenas de televiso que Ihes so familiares, os leitores devem ter percebido que elas so constitu das por um ou um grupo de condutores (barras, tubos, fios, etc.l, adequadamente dimensionados e posicionados uns em relao aos outros. Portanto, ao observar uma antena externa de televiso, deve ser notado que as dimenses e disposio dos tubos de aium nio no so obras do acaso, mas sim resultantes de clculos feitos pelo projetista da antena. Suponhamos, ento, que um determinado transmissor esteja emitindo um sinal de radiofreqncia, com uma determinada freqncia, digamos 27 MHz, para nos situarmos na Faixa do Cidado. A forma mais fundamental da antena que existe o chamado DIPOlO MEIA ONDA, que consiste de um fio condutor com um comprimento igual metade do comprimento de onda do sinal a ser captado. A Fig. 4.18 ilustra tal fato.
DE
$INAL DE RF
FIG. 4.18 - Dipolo de meia onda, uma antena cujo comprimento igual metade do comprimento de onda do sinal a ser captado.
De imediato, observa-se que a antena pode estar horizontalmente ou verticalmente situada, e nesse caso dizemos que ela est, respectivamente, horizontalmente ou verticalmente polarizada. Alm disso, importante lembrar que h a necessidade de se fazer a ligao da linha de transmisso (cabo coaxiai) antena para que a mesma possa ser ligada ao transceptor. Na Fig. 4.19 so ilustradas duas antenas dipolo de meia onda, uma horizontal e a outra verticalmente polarizada, ambas seccionadas em duas tmrtes, para a ligao da linha de transmisso (alimentao central). Na prtica, a antena dipolo de meia onda e as antenas dela derivadas so bastante utilizadas nas radiocomunicaes e procuraremos, nas seesseguintes, ilustrar os diversos tipos existentes. Antes, entretanto, tendo em vista que vamos utilizar valores diversos do comprimento de onda e fraes do mesmo, vamos verificar essesvalores para a Faixa do Cidado. 52
(o)
(b)
b) horizontlltWente
de
)..=
comprimento ou
300.000.000
f (Hz)
de onda (metro)
)..= comprimento
300 f (MHz)
Na Tabela 4.4 apresentamos o valor do comprimento de onda, e de vrias fraes do mesmo, para o caso da Faixa do Cidado, em que f = 27 MHz.
TABELA 4.4 - Fraes do comprimento de onda para o caso da Faixa do Cid~, supondo a onda se deslocando no v6cuo (velocidade da luz). ~.
"
Valor em m
x x -4 x -2
5>"
11,11
.,
2,78
,..,
Meio comprimento
de onda
5,55
6,94
53
Lembramos, mais uma vez, que esses valores do comprimento de onda e fraes se referem onda se deslocando no vcuo, pois nesse caso a propagao se realiza com a velocidade da luz. Quando a onda se desloca em um outro meio, por exemplo em um cabo coaxial, ou nas barras de alum nio que constituem uma antena, a velocidade de propagao reduzida, e, portanto, necessrio introduzir fatores corretivos no projeto da antena; mas esse detalhe s importante para os projetistas de antenas, e no para os que apenas vo utilizar sistemas j projetados e constru dos. Chamamos a ateno desse fato para que o leitor no se preocupe quando notar pequenas diferenas entre os valores tericos apresentados na Tabela 4.4 e os valores realmente encontrados na prtica. 4.4.2.2 Resistncia de I rradiao de uma Antena
No estudo das linhas de transmisso, vimos o que chamamos de impedncia caracterstica da linha, por exemplo 50 n para-o cabo coaxial tipo RG-58 C/U. Para as antenas, define-se um termo chamado de Resistncia de Irradiao, um parmetro que indica as propriedades de irradiao de uma antena. A resistncia de irrad iao a "resistncia equivalente" que dissiparia a potncia que a antena irradia, com uma corrente passando por ela igual mxima corrente da antena; isto , se a antena fosse substituda por essa resistncia equivalente, o transmissor e a linha de transmisso no notariam a mudana, porque a resistncia equivalente absorveria a energia vinda do transmissor, exatamente como a antena o faria. A Fig.4.20 ilustra esse conceito.
ANTENA
Re::RES.OE IRRAOIAO ~
LJ---<~
LT
ENERGIA.
Por exemplo, a resistncia de irradiao de um dipolo ideal, no espao livre, alimentado pelo centro, de aproximadamente 73 n; nos casos prticos, encontram-se valores na faixa de 60 a 70 n dependendo da altura em que a antena esteja situada com relao terra. Essa resistncia muito importante porque, como vimos, todas as resistncias (impedncias) devem estar casadas num sistema timo, isto , a impedncia de sada do transmissor, a impedncia caracterstica da linha e a 54
impedncia da antena devem ser iguais (casamento) para que toda a potncia dispon vel do transm issor seja irrad iada para o espao. Exemplos complementares da util izao desse parmetro das antenas sero dados no decorrer deste captulo. 4.4.2.3 - Resposta Oirecional de uma Antena Na Fig. 4.19 apresentamos uma antena dipolo de meia onda, e uma pergunta imediata que podemos formu lar se essasantenas irradiam igualmente em todas as direes do espao. Na realidade, todas as antenas prticas apresentam caractersticas especficas direcionais e o leitor deve entender bem esseassunto para tirar o mximo proveito de seu sistema irradiante. Na Fig. A.21 apresentamos as caractersticas direcionais de irradiao do dipolo de meia onda, vertical e horizontalmente polarizado.
~~
~A
(o)
FIG.4.21 - Diagramas direcionais de irradiao do dipolo de meia onda: a) polarizao vertical; bl polarizao horizontal.
De imediato, devemos observar que os diagramas da Fig. 4.21 so figuras espaciais e que lembram a forma de uma "rosca". Nos diagramas da Fig. 4.21 foi feito um corte por um plano e retirada a parte da frente da "rosca", para uma melhor visualizao do leitor. Alm disso, importante frisar que esses diagramas se referem a um dipolo que esteja suficientemente afastado (alguns comprimentos de onda) da terra ou qualquer outro objeto. Ora, o diagrama espacial muito difcil de ser utilizado e visualizado e, por esse motivo, extremamente conveniente apresentar apenas o seu aspecto quando cortado por planos espaciais. Por exemplo, cortando os diagramas espaciais da Fig. 4.21 (a) e (bl por um plano horizontal que passa pelo centro do dipolo, obtemos respectivamente as Figs. 4.22 (a) e (b). Em termos prticos, os desenhos das Figs. 4.21 e 4.22 foram feitos considerando-se o valor OA como correspondente mxima intensidade de sinal fornecida peja antena; desse modo, se verifica que o valor 08, correspondente a uma outra direo, apresenta um valor menor do que o equivalente mxima irradiao. 55
NULA
r-----~~----~A o
MA X. _
r---------,.iF--r-----tA-+
MAX.
otrot:o
NULA (a)
/RRAD/AAo
MA'X/MA
ts )
FIG. 4.22 - Cortes feitos nos diagramas espaciais de irradiao dos dipolos vertical (a) e horizontalmente polarizados (b), por um plano horizontal que passa pelo centro do dipo10. Observando-se as Figs.4.21 e 4.22 vemos que, na direo do eixo do dipolo. a irradiao sempre nula, sendo mxima no plano que passa pelo centro, e perpendicular ao dipolo. Alm disso, notamos claramente, observando-se as Figs. 4.22 (a) e (b). que o dipolo VERTICAL apresenta a mesma resposta para todas as estaes ao seu redor, enquanto que o dipolo horizontal apresenta posies horizontais de mxima irradiao. Da os dipolos verticais e antenas dele derivadas serem utilizadas para cobertura global, "captando" e "irradiando" para todas as estaes ao seu redor, enquanto que os dipolos horizontais e antenas dele derivadas serem antenas utilizadas para concentrarem a sua irradiao em direes determinadas e aumentarem, conseqentemente, o alcance nessa direo.
4.4.3 -
QUANTO
S CARAC-
Conforme verificamos, todas as antenas apresentam caractersticas prprias de irrad iao, e acabamos de analisar o comportamento do dipolo vertical e horizontal. Observando-se novamente o dipolo vertical, vemos que, apenas para baixo e para cima do dipolo, a irradiao ser nula, e desse modo todas as estaes em torno do dipolo. no situadas diretamente no seu eixo, recebero uma parcela da energia irradiada pela antena; ora, na realidade, as direes diretamente acima do eixo do dipolo e diretamente abaixo no so direes importantes e, conseqentemente, para todos os fins prticos, o dipolo vertical pode receber e transmitir para todas as estaes sua volta. Por outro lado, observando-se o dipolo horizontal laterais, ao longo do eixo do dipolo, no recebero Irradiao. v-se que as estaes nenhuma parcela de
56
Portanto, sob o ponto de vista prtico, o dipolo vertical uma antena ONIOI RECIONAL, isto , uma antena que irradia em todas as direes (de interesse! ). Por outro lado, o dipolo horizontal uma antena OIRECIONAL, caracterizando o fato de que nem todas as estaes ao seu redor so passveis de serem atingidas. Tendo em vista esta classificao, apresentamos na Fig. 4.23 os tipos de antenas mais comumente utilizados, e que sero estudados com mais detalhes.
PLANO DE TERRA (GROUND PLANE) ESTA(jES FIXAS RINGO {
ANTENAS
D/POLO HORIZONTAL
DIREC/ONAIS
YAGI
QUADRA
direcionais de irradia
De imediato, vemos que as antenas direcionais so normalmente utilizadas para estaes fixas. pois no caso das estaes mveis geralmente se quer receber e ser recebido por qualquer estao. pois no seria prtico tentar orientar um veculo para receber uma determinada estao. As excees para esse caso seriam unidades mveis utilizadas na LOCALIZAO, por exempio. de estaes ilegais; mas como esse no o caso comum utilizado na Faixa do Cidado. no mais nos estenderemos sobre o assunto.
67
4.4.4 - ESTUDO DETALHADO DAS ANTENAS NAIS PARA INSTALAOES FIXAS 4.4.4.1 - Antena Plano de Terra (I )
ONIDIRECIO-
A antena plano de terra, graas sua simplicidade, , sem sombra de dvida, uma das mais difundidas antenas da Faixa do Cidado. A Fig. 4.24 ilustra uma antena plano de terra, onde vemos que tudo se passa como se o dipolo tivesse sido dividido em duas partes, uma vertical, o elemento irradiante propriamente dito, e a outra horizontal, constitu da pelos chamados RADI AIS, que servem para criar um plano de terra artificial para a antena. ,"
FIG. 4.24 - Diagrama esquemtico de uma antena plano de terra. Cortesia da Tri-Ex.
O comprimento exato do irradiador e dos radiais e a prpria inclinao dos radiais mudam as caractersticas da antena. Um projeto muito difundido aquele em que os radiais so inclinados de 450, para deixar a antena com uma impedncia bem prxima de 50 n,
(1)
Em inglh. "ground plane".
58
para que se possa utilizar diretamente uma linha de 50 nenhum casamento adicional.
n, sem necessidade de
Quanto s caractersticas de irradiao, a antena plano de terra irradia em todas as direes, exceto na direo ao longo do irradiador. Portanto, trata-se de uma antena extremamente til para "cobertura global" .. 4.4.4.2 - Antena Tipo Ringo Esse tipo de antena foi inicialmente projetado pela Cush-Craft Corp., que lhe deu esse nome. No Brasil, ela fabricada por vrias indstrias, algumas mantendo essa denominao original. Esse nome Ringo provm do fato dela apresentar um sistema de sintonia na sua base, que lembra um anel, "ring" em ingls. Na Fig. 4.25 ilustrada a antena Ringo modo R-27 CB, da Tri-Ex.
Trata-se de uma antena com um comprimento de aproximadamente meio comprimento de onda (/2), possuindo um sistema de sintonia extremamente original, na sua base, que atua tambmcorno um plano de terra para a antena. Quanto s caractersticas de irradiao, a antena emite em todas as direes, com exceo do seu eixo vertical, do mesmo modo que a plano de
59
terra, servindo, portanto, para uma "cobertura global". Essa antena, se bem projetada, apresenta um desempenho melhor do que a plano de terra, sendo, entretanto, um pouco mais cara. 4.4.5 - ANTENAS OlRECIONAIS PARA ESTAOES FIXAS
4.4.5.1 - Anten Dipolo Bsica A antena direcional bsica uma antena horizontal com aproximadamente meio comprimento de onda, o conhecido dipolo de meia onda, ilustrada na Fig. 4.19 (b). Conforme Severifica na Fig. 4.21, o dipolo de meia onda tem sua direo preferencial no plano perpendicular aos elementos do dipolo e irradiao mnima da direo dos seus elementos. Obviamente, necessrio orientar esta antena de modo que a direo de mxima irradiao aponte para a estao com que se quer manter contato. Esta uma antena tambm extremamente simples, e nessa forma rudimentar recebe, na gria, o nome de antena tipo bigode. 4.4.5.2 - Antena Tipo Yagi Mui to parecidas. na sua forma. com as antenas para televiso. as antenas tipo Yagi utilizam, alm do dipolo bsico. elementos chamados "PARASITAS", cujo efeito global reforar a irradiao em determinadas direes. em detrimento de outras. Sem sombra de dvida. a antena Yagi mais utilizada a antena com 3 elementos. esquematizada na Fig. 4.26 juntamente com o seu diagrama de irradiao.
FIG. 4.26 - Antena Yagi com tfts elementos_ seu di de irradillio (corte em um plano horizontal).
t~
fI/N. (b
60
o elemento central, que alimentado pela linha de transmisso, o :rradia dor; o elemento maior o refletor e o menor o chamado diretor. No diagrama de irradiao dessa antena o leitor verifica a presena de um lbulo principal de irradiao, exatamente na direo do diretor. Essa a direo privilegiada da antena, que deve ser "apontada" na direo da outra estao. Nessa direo, a antena apresenta o ganho OA, que chamado de ganho "frontal" da antena. Por outro lado, na direo do lbulo secundrio, a antena apresenta o ganho 08, chamado ganho "traseiro" da antena, ou ganho de "costas", como alguns autores preferem.
Na realidade, todas as antenas direcionais apresentam esses ganhos, e define-se a relao OA (expressa em decibels) como sendo a razo entre os 08 ganhos frontal e traseiro da antena em questo. Por exemplo, um valor tpico dessa razo para uma antena tipo Yagi com 3 elementos de 25 decibels. Esse o tipo de antena direcional mais utilizado pelos aficionados da Faixa do Cidado, por apresentar uma boa conciliao entre preo e desempenho e ser fabricado por vrias indstrias no Brasil. claro que essa antena exige um sistema adequado para a sua rotao, que pode ser um simples sistema mecnico manual, ou um rotor automtico. Esse tpico ser amplamente abordado no estudo da instalao das antenas.
4.4.5.3 - Antena Quadra (1 ) Entre as antenas direcionais, uma antena de excepcional desempenho a chamada antena quadra, originando-se esse nome do formato quadrado dos seus elementos. A Fig. 4.27 apresenta o elemento bsico de uma antena quadra, sendo ilustrado em que ponto deve ser feita a conexo da linha de transmisso, para se ter polarizao horizontal ou polarizao vertical.
r~ll
LT
lI
b} POLARIZAO
J
VERTICAL
FIG.4.27 - Elemento bsico (quadrado) de uma antena quadra; a) polarizaio b) polarizalo vertical. (LT = Linha de Tranunisslo.)
(1) Em ingls, designada como "Quad antenna"; em portugus quadro" (como, por exemplo, cbica de quadro, ate.l.
horizon1al;
61
Deve ser observado que o comprimento total do elemento aproximadamente igual ao comprimento de onda, significando que o lado do quadrado de aproximadamente um quarto do comprimento de onda (~). .. 4 Conforme se verifica na Fig.4.27, quando se deseja a polarizao horizontal, a alimentao feita em um dos braos horizontais, e quando se deseja a polarizao vertical, a alimentao feita em um dos braos verticais. Na realidade, pode-se usar apenas um elemento, como ilustrado na Fig.4.27, apresentando j alguma vantagem sobre o dipolo de meia onda. Mas, na prtica, todos os que se aventuram a construir ou adquirir uma antena quadra geralmente preferem logo uma com vrios elementos, por exemplo com 4, a qual, se bem projetada e constru da, apresenta um desempenho fantstico, sendo mesmo considerada a "rainha" das antenas para a Faixa do Cidado. Na Fig. 4.28, a e b. ilustramos uma antena desse tipo, com um elemento irradiador, um elemento refletor e dois elementos diretores, e, na Fig. 4.29, o respectivo diagrama de irradiaco.
RFLETOR IRRADIA DOR DIRTOR# I DIRETOR# 2
---------+
(a)
(b)
62
Um fato interessante a ser observado que uma antena quadra, com apenas 2 elementos, forma no .espao uma figura cbica, e, por esse motivo, essa antena, ilustrada na Fig.4.30, conhecida como antena quadra cbica (1 ).
FIG. 4.30 - Antena quadra cbica. Observe que, <Se todas as extremidades da armao ~a antena fossem ligadas, resultaria a figura de um cubo.
4.4.6 - COMPARAO
OES FIXAS
ENTRE
AS
ANTENAS
PARA
ESTA-
63
Pr
.c;.
FIG. 4.31 - Comparao entre uma antena qualquer com uma an1ena-padrio.
A/IITE/IIA ./IIDO
USTADA
No estudo das linhas de transmisso, definimos a unidade DECIBEL e aqui usaremos novamente essa unidade; de fato, o ganho da antena de teste com relao antena-padro expresso em decibels pela seguinte frmula: Ganho em dB = 10 109 PT Pp
o
Pr
PT Por exemplo, se Pp
2, teremos
= 3 dB, uma vez que log 2 ~O,3 suponhamos que PT =.l = 0,5, isto Pp 2
nessecaso teremos:
, que a antena
Ganho em dB
=-
1 ""2 == -
0,3.
Em outras palavras, sempre que o ganho em decibels for positivo, a antena sendo testada produzir um sinal mais intenso que a antena-padro. No caso oposto, em que o ganho em decibels for negativo, a antena sendo testada fornecer um sinal mais fraco que o da antena-padro. Na Tabela 4.3, o leitor pode verificar o valor do ganho em decibels para vrias razes PT /P p
o
interessante observar que, quando pT = Pp' isto , quando a antena em estudo exatamente a antena-padro, o ganho em decibel ser: Ganho em decibet = 10 109 1 pois 109 1 = O 64
t:
= O dB,
O decibel
No nosso caso, vamos usar como padro a antena dipolo de meia onda que, conforme verificamos, um elemento bsico de sistemas mais cornplexos; isto , vamos considerar o dipolo de meia onda com o ganho de zero decibel. Na Fig. 4.32, apresentamos em forma bem ilustrativa a comparao entre os ganhos das diversas antenas estudadas, chamando a ateno que, no caso das antenas direcionais, o ganho est sendo indicado na sua direo de mxima irradiao.
+ +
I /I
ANTENA QUADRA COM 4 ELEMENTOS ANTENA QUADRA COM 3 ELEMENTOS E YAGI COM 4 ELEMENTOS
+ 101+--+ 5)
FIG. 4.32 - Grfico comparativo dos ganhos das antenas mais importantes para instalaes fixas.
+81+-------
+T
+6
+5
+4
+3
+2
1,2-----J.--
dB _RINGO
PLANO DE TERRA
-2
importantes,
utilizando
os resulta-
Normalmente, a diferena de 1 decibel praticamente impercept vel e no vale a pena grandes sacrifcios para se conseguir uma melhoria desse tipo. Somente uma variao de ganho acima de 2 decibels comea a ter algum 65
significado, podendo mesmo considerar-se que somente variaes maiores que 3 decibels valem realmente a pena. importante lembrar que quando o ganho varia de +3 d8 significa que a potncia dobrou, e quando o ganho varia de - 3dB significa que a potncia se reduziu metade. Com os dados da Fig. 4.32, observamos a excepcional substitumos, por exemplo, uma antena plano de terra por com 3 elementos, pois enquanto esta tem um ganho de 8 antena-padro, a antena plano de terra tem um ganho de to, a diferena total entre as duas ser de 9,8 decibels! A Fig. 4.33 ilustra esseclculo. melhora quando uma antena Yagi d8 em relao 1,8 dB e, portan-
!:
+8dB
TOTAL= 9,8 dB
d8 ( padroa) -1,8 d8
REFERNCIA
Ora, calculando inversamente, podemos verificar que 9,8 dB corresponde a uma razo de potncia de 9,55; de fato: Ganho = 10 log 9,55 = 9,8 dB Suponhamos que o leitor esteja usando um transceptor da Faixa do Cidado, com uma potncia disponvel de 7 watts com uma antena tipo plano de terra. Caso essa antena seja substitu da por uma antena Yagi com 3 elementos, a estao receptara sentiria essa ao como se a potncia do transmissor fosse multiplicada por 9,8, isto , como se a potncia do transmissor subisse para 9,8 x 7 = 68,6 watts! Portanto, caro leitor, pense bem antes de tentar I LEGALM ENTE aumentar sua potncia usando um amplificador linear que, alm de gerar normalmente uma tremenda interferncia em aparelhos de televiso, pode causar srias conseqncias legais. Procure melhorar a sua antena e obter resultados espetaculares. Vejamos um outro exemplo. Suponhamos que estamos usando uma antena dipolo de meia onda e mudamos para uma antena quadra com 4 elementos; o efeito seria como se tivssemos multiplicado a potncia por aproximadamente 16, o que equivaleria praticamente a utilizar um amplificador linear de quase 100 watts para fazer o mesmo efeito! Verifique isto usando os dados da Fig. 4.32. 66
A Fig. 4.32 contm a mais importante informao comparativa necessria para os usurios da Faixa do Cidado. Com essa tabela, o leitor pode se livrar das antenas mgicas apregoadas por pessoas que, realmente no possuindo os conhecimentos necessrios sobre o assunto, afirmam que a antena A melhor que a antena B. importante frisar que a Fig. 4.32 expressa o comportamento tcnico de diversos tipos de antenas fixas, mas o que acontece que, durante o projeto detalhado e a instalao de uma antena, erros podem ser cometidos, podendo fazer com que uma antena quadra apresente um desempenho pior que uma simples antena dipolo. necessrio, portanto, ser bastante cauteloso, escolhendo a antena que melhor se adapte s disponibilidades financeiras, mas adquirindo-a de um fabricante conceituado, e exigindo uma cuidadosa instalao. Caso exista disponibilidade financeira, uma idia interessante instalar duas antenas, uma onidirecional, para cobertura global, e outra direcional, para a realizao de comunicaes a longa distncia. Nesse ponto temos que fazer uma declarao muito importante. Temos observado, na prtica, que alguns "macanucos" perdem inteiramente o bom senso ao falarem sobre antenas, procurando sistemas mirabolantes, de forma que o seu sinal "possa atingi r as mais remotas regies" I Para esses "rnacanudos", deve ser lembrado que o objetivo fundamental da Faixa do Cidado no so os comunicados de longa distncia. Se esse o seu interesse principal, deve imediatamente se preparar e fazer exame para ingressar no Radioamadorismo nas classes C ou B. 4.4.7 ANTENAS PARA ESTAOES MOVEIS
4.4.7. 1 -
Genera Iidades
Do estudo das antenas para instalaes fixas, deve ter ficado bvio para o leitor que as dimenses utilizadas no possibilitam que essas antenas sejam utilizadas em estaes mveis, existindo, portanto, antenas especificamente projetadas para tal aplicao. A antena que considerada bsica para as estaes mveis deriva-se da plano de terra anteriormente estudada. Nessa antena, verificamos que o seu elemento irradiador tem um comprimento de aproximadamente terra utilizar artificial ~,e
que os elementos
um elemento
comprimento
carroceria do automvel para fornecer o plano de terra para a antena. Em outras palavras, o sistema global consiste da antena propriamente dita e da prpria estrutura do veculo. De fato, isto importante, e pode ser facilmente verificado se o leitor observar que as caractersticas da antena variam ao se abrir a porta do carro, 67
encostar a mo na carroceria, etc. A Fig. 4.34 ilustra como a antena mvel bsica de /4 pode ser considerada oriunda da antena plano de terra anteriormente estudada.
PLANO
DE TCRRA
}!
PLANO
DE TCRRA
FIG. 4.34 - Ilustrao do fato das antenas mveis derivarem da antena plano de terra.
no
= 2,78
'extremamente inconvenientes; claro que, tendo em vista a altura do prprio veculo, seria impraticvel a sua colocao no seu topo; por esse motivo, a antena de ~ geralmente colocada no pra-choque traseiro e, mesmo assim, devido sua grande elasticidade, surgem problemas da mesma oscilar e atingir pessoase outros veculos, bater em rvores, em garagens, etc. Por essagrande elasticidade da antena, devido ao seu grande comprimento, a antena de ~ popularmente conhecida como "maria-mole". A Fig.4.35
Quanto resistncia de irradiao, a antena de ; apresenta um valor em torno de 40 n, o que significa que podemos us-Ia, com resultados satisfatrios, com u ma linha de transmisso de 50 .n, sem necessidade de nenhum casamento adicional. Ou seja, as antenas com um comprimento integral de ~
no necessitam nenhum dispositivo especial para a sua sintonia, sendo conhecidas como antenas NO-BOBINADAS. Acontece que, face aos problemas causados pelas dimenses dessa antena, foram lanadas no mercado um grande nmero de antenas com um comprimento menor que ~ , bem mais prticas, mas que obviamente exigem uma bobina, sendo essas
Na realidade, imensa a variedade de antenas bobinadas, variando o comprimento da antena vertical de cerca de 40 cm at cerca de 150 cm (1 metro e meio); o que a bobina existente na antena faz artificialmente "completar" o comprimento necessrio para sintonizar a antena (lembre que o comprimento total devia ser ~ A Fig. 4.36 ilustra essefato.
= 2,78 ml).
FIG. 4.36 - Ilustrao do uso da bobina sintonizadora para suprir artificialmente o comprimento que falta; a) antena no-bobinada; b] antena bobinada.
/
lIE1iOIf
olle .
1
BAse (. )
----------
BOBINA SINTONIZAOORA
BAse
ts )
A primei ra pergunta que se poderia fazer sobre o posicionamento da bobina; de fato sob o ponto de vista terico possvel colocar a bobina em qualquer posio da antena. Entretanto, a eficincia da antena varia com a posio da bobina, aumentando medida que a bobina se afasta da base. importante salientar que, para cada posio da bobina, os seus detalhes construtivos so diferentes. De um modo geral, o projeto da antena com 69
a bobina na base o mais popular,por causa das facilidades de montagem e fabricao e porque a antena fica mais estvel mecanicamente, por ter esse peso adicional na sua base. Por outro lado. em uma antena bem projetada. a utilizao da bobina central pode conduzir a um aprecivel aumento da eficincia do sistema. Mas lembre sempre a nossa mxima: mais vale uma antena simples bem projetada e instalada. do que uma antena teoricamente excepcional. mas cujo projeto e instalao deficientes podem conduzir a resultados catastrficos. De qualquer forma. um fato insofismvel para o leitor ter em mente que, obviamente. qualquer bobina. colocada com a finalidade de sintonizar uma antena cujo irradiador mais curto, introduz perdas no sistema. de modo que a antena mais eficiente de todas as mveis aqui discutidas a antena integral de ~ . a famosa maria-mole. Portanto. se voc est disposto a assumir
os inconvenientes de ordem mecnica dessa antena {bater em rvores, garagem, fios, etc.). no resta dvida que, sob o ponto de vista de transmisso/recepo, estar fazendo a melhor escolha. Caso voc seja mais conservador. escolha uma antena mais curta obviamente. bob inada! l. procu rando identificar as boas marcas existentes mercado. (e, no
importante nunca se basear em folhetos de propaganda, mas efetivamente procurar saber de outras pessoas que possuam a antena em questo detalhes sobre a sua operao.
M.9~~rS:.~,;:A,ffi~~,~ri9~;.P
Existe, no mercado.vjm: grande ntnero de f~b;~i~~~tes"d~::~~t~n~s. e, conseqentemente, um grande nmero de antenas e acessrios especializados para a sua instalao. .No captulo de Instalao de Antenas, damos todos os detalhes para a instalao de um sistema, :de modo que, apenas como ilustrao, apresentarnos.mas Figs. 4.37 a 4.43, uma srie de antenas e acessrios de extrema utilidade 'para os aficionados da Faixa do Cidado, muitos dos qUais"jifai'spon veis no Brasi I. . Comentrio especial vamos fazer, apenas, sobre a antena com base magntica, que possui na sua base um forte Irn, sendo amesma colocada no topado v culo, passando o cabo pela janela ou pela borracha de vedaco-de um dos vidros laterais 'do ve'culo. Essaentena retiradarquandoseoelxa veculo/podendo; ser guardada dentro do mesmo; ouefetivementadesliqada; desatarraxando-se o.,cabo-coaxial ido .transceptor elevando-se aantena para casaEssa.antena.nustrada na F:ig. .4.;37,; . ' ;,;. . 70:
I
FIG. 4.39Antena bobinada Hustler RM-11S. Cortesia da Newtronics Corporation.
FIG. 4.37Antena bobinada com base magntica para colocao no topo do veculo.
~ '" ,-:.
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FIG.4.40Antenabobinada Hustlr, modelo RFG, com base d~t ontagem de m colocao rpida nas calhas de veculos. Cortesia da Newtronics Corporation.
71::
The~
SPEEDY SEIZERTM SPS
CBantenna
PATENT PENDING
:(1 ..
4.42
FIG. 4.41 - Base de montagem Hustler, modelo Hot, para rpida instalao na borda do porta-malas do carro. O boto existente na base, ao ser girado, fixa a mesma na borda do porta-malas. Cortesia da Newtronics Corporation. FIG. 4.42 - Base de montagem Hustler, modelo SPS, montada em bordas verticais (por exemplo, portas) e em bordas horizontais (por exemplo, porta-malas). Cortesia da Newtronics Corporation. FIG. 4.43 - Bases de montagem Hustler, modelos GCM-1 (esquerda) e TGM-1 (direita), para calha lateral e porta-malas. Cortesia da Newtronics Corporation. 72
4.43
~>
Conforme o leitor verifica, so extremamente amplas as possibilidades de instalao de antenas em veculos, podendo ser instaladas nos pra-choques, nas calhas laterais, nas bordas do porta-malas, no topo do veculo, etc. Evidentemente, qualquer que seja o sistema de montagem adotado, vital que a instalao seja bem feita e que estejamos cientes das limitaes e problemas inerentes a cada montagem. Um dos aspectos importantes , sem sombra de dvida, a caracterstica de irradiao de cada tipo de montagem, principalmente no que diz respeito s direes privilegiadas do sistema. 4.4.7.3 Diagrama de Irradiao de uma Antena Mvel
leitor atento j observou, nos carros sua volta, a grande variedade de solues utilizadas para montar a antena em um veiculo. Tendo em vista que a estrutura do carro faz parte do sistema da antena, claro que as caracterlsticas de irradiao se alteram quando se comparam antenas instaladas em pontos diferentes do veculo. A Fig. 4.44 ilustra trs pontos de montagem bem comuns, que so a colocao no topo do veculo, na mala traseira ( esquerda), e no para-choque traseiro ( esquerda).
(o)
FIG. 4.44 - Diagramade irradiao tpico de uma antena instalada em pontos diferentes de um veculo.
73
De imediato, observa-se que a melhor colocao , sem sombra de dvida, no topo do veculo, pois nesse caso a antena se comporta aproximadamente como onidirecional. Para os outros pontos de instalao, comea a haver uma deformao maior dos diagramas de irradiao, surgindo direes privilegiadas. Obviamente, como ningum vai furar o topo do seu veculo para colocar uma antena da Faixa do Cidado, as antenas normalmente utilizadas no topo so as com base magntica, conforme j explicamos; as outras antenas so normalmente fixadas nos pra-choques, nas calhas laterais ex istentes para colher a gua da chuva e nas bordas do porta-malas. A antena maria-mole, por causa do seu grande comprimento, geralmente montada no pra-choque traseiro por essa ser a parte mais baixa e vivel para instal-Ia, visando urna reduo da altura total.
~:- ~ ..
,.,> ._.;
74',
Nos captulos anteriores estudamos todos os componentes de um sistema para a Faixa do Cidado, de modo que agora vamos admitir que o leitor j adquiriu um sistema completo e deparou-se com o problema de sua instalao.
De imediato, deve ser verificada a localizao do transceptor para possibilitar uma operao segura, observando-se, principalmente, que os cabos e fios no devem atrapalhar a direo do veculo. Sente no seu veculo e SIMULE o posicionamento e a operao do transceptor, at certificar-se de que achou uma boa posio no painel dianteiro. propriamente do transcepton., eles so geralmente com uma braadeira, a-qual fixada, na.parte .inferiordo painel; o transceptorfixaoo a essa, braadeira' por meio-de parafusos que so removfveis, de forma a que ele possa ser retirado do carro com facilidade. " fornecidos,
, i. " : - ~ :. , '. '. .:' -. :. .. ; ; .' : :'. " :. _ -. '':
Ouanto instalao
retirar-dianeenente o transceptct.dovefculoracooselharnos a utilizao de, uma.estrutura.destizante.como a. usada oarardiose toca-fitas (bandeja deslizantel.i.Nessetipode montagem, existe uma barrade. contatos deslizantes para energizar o transceptor: obviamente, o leitor .noPQ~ d~r?; ~e: esquecer de, antes de.ipuxar . O transceptor; desconectar ,P. "ABO . CPAXJA,,- que liga antena <;10 Jl;1esmo., ",' ,,:: " .,: " ,,'"
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A seguir, acrescentaremos algumas, recomendaes. nadas com a instalao do transceptor no, veculo,
! . ,. " " :' ' : '. , ., __.'
importantes;
"
relacio-
i~ '..
';,
oper-ar enerqizado
b) O transceptor, quando transmitindo, consome uma elevada cotrente geralmente situadaventre. 2, e 2~5,:A. Ele, vem normalmente protegido por fLisJve,isi; que ,geralmente :seatham iriseridosna . prpria fiao.. No se-deve ligar os fios de alimentao .do ,transceptor: em qualquer-ponto da caixa-de ligao do veculo, pois.ipoderemos estar utilizandO'wffi'terminal que no: suporta a corrente.indicada. Em.caso dedvfda, consulte-um eletricista-Instalader ' ,"~o,; :,';_, '''' "">;",:,, :~',\ :' t,: ;',', :"',' , . ):':';l.':.:
75\
c) Normalmente, fornecida pelo fabricante do receptor uma braadeira para suporte do microfone. Coloque esse suporte em local de fcil acesso, sempre se preocupando em no dificultar a direo segura do veculo .
. 5.1.2 - INSTALAO
VEL
DA ANTENA
DE UMA ESTAO M-
No estudo que fizemos sobre antenas mveis, verificamos os vrios tipos existentes e, quanto instalao, poder ramos agrup-Ias do seguinte modo:
1) Antenas
bobinadas
2) Antenas no-bobinadas
(maria-mole)
As antenas com base magntica so simplesmente colocadas no centro do teto do carro, externamente, fixando-se ao mesmo exclusivamente pelo efeito de atrao do poderoso m existente na sua base. Essa, obviamente, uma instalao extremamente simples, pois essas antenas j vm com o cabo coaxial pronto para ser ligado ao transceptor. Para tal instalao, devemos colocar a antena no meio do teto, externamente, e passar o cabo coaxial pelo local que se julgar mais conveniente, at ao transceptor. efetuando-se, ento, a ligao do conector-macho existente na ponta do cabo coaxial ao conector-fmea existente no transceptor. A vantagem desse tipo de antena que ela extremamente simples de instalar, mesmo por um leigo no assunto. Quando deixamos o veculo, simplesmente retiramos a antena do teto e a colocamos dentro do carro, sem desconectar o cabo coaxial, ou ento desligamos o cabo coaxial do transceptor e levamos a antena para casa. Muitos "macanudos" acham inconveniente o uso da antena com base magntica, preferindo utilizar a antena fixada na calha lateral existente na maioria dos veculos ou na borda do porta-malas. Na realidade, existem antenas que so fornecidas com 2 ou 3 tipos de suportes diferentes, para que o proprietrio escolha o modo de fixao que pretende uti Iizar. Nas antenas instaladas em calhas, pra-choques e porta-malas, os suportes para a antena e os cabos coaxiais ficam definitivamente instalados, no Sendo novamente removidos, como no caso das antenas magnticas. Geralmente, o operador retira apenas a antena propriamente dita, com a sua bobina, que rosqueada na base. No devemos nos esquecer de proteger o conector existente na base de montagem, para evitar que gua e poeira se
76
depositem no mesmo, o que poderia provocar perdas elevadas de energia de radiofreqncia. Ora, nessa instalao, como o cabo coaxial vai ficar definitivamente instalado, necessrio providenciar uma penetrao adequada do cabo para dentro do veculo. Nas calhas, o cabo coaxial pode penetrar por um dos cantos da janela, forando um pouco a borracha de vedao do vidro, mas essa passagem deve ser feita de tal modo que o vidro no ESMAGUE o cabo coaxial quando for fechado. Na borda do porta-malas e no pra-choque, geralmente temos que passar o cabo para a mala e da penetrar no interior do veculo, sendo essa instalao mais traba"osa. Em qualquer caso, nunca deixe de vedar adequadamente com borracha de sil icone, ou outro material vedante, qualquer penetrao feita no seu veculo, para evitar a entrada de gua. De qualquer maneira, se o leitor no tiver nenhuma habilidade manual, nem ferramentas adequadas, sempre aconselhvel recorrer a uma mo-deobra especializada para a realizao de tal servio.
5.2 Instalao de Estaes Fixas
5.2.1 - GENERALIDADES
Os problemas de ordem prtica so normalmente mais severos em uma instalao fixa, principalmente porque a queremos a mais perfeita possvel, para possibilitar a realizao de comunicados a longa distncia (DXl. Conforme verificamos, o sistema se compe, basicamente, de uma fonte de alimentao para alimentar o transceptor, do transceptor propriamente dito, e de uma antena adequada. Vamos admitir que estamos de posse de todo o material, tendo optado por utilizar uma fonte para PX com capacidade, digamos, de 3 A (13,8 V X 3 A), para alimentar o transceptor. Inicialmente devemos observar que a tenso de entrada da fonte deve ser compatvel com a tenso da rede local (115 V ou 220 V). Estude inicialmente o local onde pretende colocar a antena, verificando a rea disponvel, o acesso,proximidade com a rede de energia eltrica, espao para a antena girar (no caso de uma antena direcional). etc. Evidentemente, devemos ter em mente o local da casa em que pretendemos operar, pois, para evitar perdas, a linha de transmisso que conecta a antena ao transmissor deve ter o menor comprimento possvel. Lembre que, uma vez instalada, a antena ficar no alto, sendo ligada ao transceptor pelo cabo coaxial. Um outro ponto importante a considerar a altura para a instalao da antena. No Capo4, verificamos, nas Figs. 4.21 e 4.22, os diagramas de irradiao de dipolos horizontal e verticalmente polarizados e vimos a influncia da altura na resposta direcional para diversos ngulos de incidncia da onda de rdio. Como geralmente procura-se melhorar o desempenho da antena para ngulos pequenos de incidncia (ou seja, que pouco se afastam
77
da horizontal). verifica-se que a antena deve ser instalada a uma altura maior que, digamos, ),,/2, ou seja, uma altura maior do que aproximadamente 6 m em relao terra, sempre que isto for possvel. 5.2.2 INSTALAO DE ANTENAS ONIDIRECIONAIS
Vamos supor que optamos por antena do tipo Ringo. Ora, como essa antena vai ficar fixa, a instalao bastante simples, iniciando-se. com o procedimento de se "chumbar" no telhado um pedao de cano galvanizado com o dimetro indicado pelo fabricante da antena. A seguir, a antena montada conforme as instrues fornecidas pelo fabricant~ e encaixada no tubo de cano galvanizado. (Normalmente, h um parafuso para fixao.) Este tipo de antena tem, na sua base, um conector coaxial UHF fmea, onde se deve encaixar o conector-macho existente no cabo coaxial, Desa com o cabo coaxial, providenciando braadeiras para que o mesmo no fique balanando com o vento e, portanto, forando a montagem do conector coaxial. Conduza o cabo at o local onde ficar instalado o transceptor; encaixe o conector-macho existente na outra extremidade do cabo coaxial, na entrada para a antena existente no transceptor. Como os conectores UHF no so prova d'gua, e como as linhas coaxiais podem absorver umidade, aumentando as suas perdas, extremamente importante a vedao de todas as ligaes, conexes, etc., utilizando, por exemplo, a borracha de silicone j amplamente difundida no Brasil. Proteja as cabeas de parafusos, porcas, etc., porque assim procedendo evitar problemas de oxidao. Voc estar pronto, ento, para ligar a sua fonte, ligar o transceptor e escutar todo o mundo na redondeza, pois lembre que estamos neste exemplo usando uma antena onidirecional, tipo RINGO. Mas antes, extremamente conveniente utilizar um medidor de r.o.e. e verificar se a sua instalao est perfeita, sendo este assunto abordado no Cap tulo 6.
5.2.3 -
INSTALAO
DE ANTENAS
DIRECIONAIS
A instalao de uma estao fixa, com uma antena direcional, complicase pela necessidade de utilizao de um sistema para a rotao da antena, a fim de orientar a sua direo privilegiada no sentido da estao desejada. Uma antena direcional muito utilizada a do tipo Yagi com 3 elementos. O fabricante da antena geralmente a fornece desmontada, mas com um sistema de identificao das partes (cores, nmeros, etc.). de forma a no haver dvidas quanto montagem e a fim de que a antena seja montada exatamente como foi testada e sintonizada na fbrica. Quanto ao mecanismo' para a rotao, podemos utilizar um sistema manual, puramente mecnico, ou um sistema constitu do por um rotor eltrico.
78
5.2.3.1 - Sistema Manual para Rotao de uma Antena Muitos "macanudos". que no querem fazer o investimento para ter um sistema com um rotor automtico, utilizam uma montagem mecnica acionada do cho; evidentemente, esse sistema tem o grande inconveniente de, cada vez que queremos girar a antena, termos que deixar o local onde est o transceptor e ir at o "quintal" gir-Ia manualmente. Alm disso, bvio que tal sistema impraticvel de ser usado, por exemplo, em um edifcio, onde a antena est no seu topo e estamos modulando do 1> andar! De qualquer forma, um sistema que pode ser utilizado em residncias, e a forma qtre este. tipo de instalao apresenta depende das condies do local onde o mesmo vai ser instalado e da engenhosidade do instalador. Um caso comum aquele em que so fixadas braadeiras na parede, tendo as mesmas orifcios por onde passa o cano galvanizado que ir suportar a antena. Na base, esse cano pode ser apoiado em uma bucha, por exemplo, de bronze, e estando o sistema bem lubrificado, facilmente se consegue girar a antena, atuando sobre uma alavanca afixada no cano. Obviamente, necessrio prover marcas adequadas de referncia para que se possa orientar a antena. Alm disso, pode-se prever um pino de fixao para impedir que a antena gire pela ao do vento. Como se v, esse tipo de instalao manual exige um estudo para se verificar o sistema mecnico mais conveniente. 5.2.3.2 - Sistema Automtico para Rotao de uma Antena
A primeira idia normalmente que surge a adaptao de um motor comum com um sistema de reduo adequado para se tentar girar uma antena. Na realidade, vrios tipos "caseiros" de rotores j foram tentados, mas a nossa opinio de que no devemos improvisar nenhum rotor, mas sim adquirir diretamente uma unidade comercial adequadamente projetada e constru da. Existem vrios fabricantes de reteres e nas Figs. 5.1 e 5.2 apresentamos dois tipos fabricados pela Cornell-Dubilier, apenas como uma ilustrao para o leitor. Conforme se verifica nas figuras, o sistema compe-se de duas unidades, o rotor propriamente dito e a unidade de controle que possui um mostrador graduado com as direes correspondentes aos pontos cardeais. O rotor propriamente dito feito de alum nio fundido, e os dois sistemas ilustrados so alimentados com 120 V C.A. (60 Hz), existindo um cabo com 5 condutores interligando o rotor unidade de controle. Para cada sistema especificada a carga mecnica mxima que o mesmo pode suportar pela ao do vento, e esse fato explica por que um rotor simples projetado para girar antenas leves de FM no pode ser utilizado para girar uma antena pesada e de grande rea de um radioamador. A montagem do conjunto simples, devendo ser o rotor propriamente dito encaixado e preso em um tubo galvanizado, com a altura desejada. A 79
_~~~rl~~~
F IG. 5.1 - Rotor modelo AR-40 para grandes antenas de FM e de televiso e sistemas comunicao de pequeno porte. Cortesia da Cornetl-Dubilier Electric Corporation.
de
para sistemas
de radiocornuni-
~CORNHlIiIIUiIDUBllIER
BigTalk" Communcations Rotor-Model BT1
80
antena ento montada no mastro, e esse encaixado e preso na parte superior. Durante a operao, estando o sistema corretamente ligado, sempre que a antena no telhado girar de um determinado ngulo, em um dado sentido, o ponteiro da unidade de controle girar exatamente da mesma forma. O que se faz, no incio, ajustar o sistema, orientando a antena, e fazendo que o ponteiro da unidade de controle acuse exatamente essa indicao. A partir da, o sistema estar orientado e bastar olhar o ponteiro para se saber exatamente a posio da antena no telhado.
5.2.3.3 - Montagem e Ereo de uma Antena
Uma vez feita a opo por um sistema puramente mecnico ou um sistema com rotor, suponhamos que o leitor j possua todos os componentes para a sua instalao. Inicialmente, deve ser montada toda a estrutura mecnica de suporte necessria ou do rotor, se for o caso. Monte a antena de acordo com as instrues do fabricante, Iigue o cabo coaxial no ponto ind icado pelo mesmo, proteja todas as ligaes, juntas, conexes com borracha de silicone, erija a antena e acople-a ao sistema mecnico que voc idealizou ou ao rotor adquirido pronto. No caso do sistema manual mecnico, s o cabo coaxial vem do telhado para ligao ao transceptor. No caso do rotor, alm do cabo coaxial existem os fios de ligao entre as duas unidades que compem o sistema (lembre que a unidade indicadora de direo ficar junto ao transceptor).Desa com o cabo coaxial e com os fios de intercomunicao das unidades do rotor at o local onde ser instalado o transceptor e faa as conexes indicadas pelo fabricante do rotor.
claro que a instalao de um sistema dessetipo no pode ser feita por uma pessoa inteiramente leiga e, geralmente, mesmo para a ereo da antena, preciso mais de uma pessoa. O aconselhvel o leitor que se prope a fazer tal instalao pedir a ajuda de pessoa com experincia nessecampo.
Aps toda a instalao estar pronta, no esquea de medir a r.o.e., para verificar se o sistema est funcionando perfeitamente.
No devemos nos esq.uecer de que a antena ficar sujeita s intempries e que todos os cuidados tomados na fase de instalao sero altamente recompensados. Por esse motivo, resumimos a seguir algumas recomendaes importantes que devem ser observadas. 1) Use material de boa qualidade, evitando materiais enferrujados, dados, cabos antigos, etc.
81
OXI-
I'" 2) Aps fixar os conectores (por exemplo, em uma antena tipo Ringo) ou ligar o condutor central e a malha nos pontos corretos (por exemplo, numa antena direcionall, proteja todas as conexes e todos os pontos onde a malha ficar exposta com borracha de silicone. NO DEIXE, em hiptese alguma, nenhuma possibilidade para o cabo coaxial absorver umidade, pois as suas perdas aumentaro, diminuindo o seu sinal. 3) Se estiver em reas em que a atmosfera seja extremamente corrosiva (prximo a praias, por exemplo), d uma pintura na sua antena. Tome cuidado apenas para no pintar nenhum material isolante utilizado na antena (por exemplo, em uma antena direcional, os diretores geralmente encaixam em dois suportes isolantes, montados no brao de sustentao), pois a tinta pode diminuir a impedncia desses materiais e causar problemas no seu sistema. 4) Desa os cabos coaxiais mantendo-os sempre presos por presilhas ou braadeiras, para evitar que eles oscilem com o vento e acabem partindo na conexo com o conector ou com a antena. 5) Se possvel, mantenha um medidor de r.o.e. permanentemente na sua instalao, pois assim qualquer anomalia no seu sistema irradiante poder ser imediatamente detectada.
82
Nos captulos anteriores. verificamos como selecionar e instalar um sistema para a Faixa do Cidado, tanto para estaes fixas como para estaes mveis. Nesse ponto, estar amos prontos para iniciar as nossas atividades operando uma estao, mas fundamental que uma srie de testes sejam realizados para verificar o funcionamento correto de todo o sistema. Sem sombra de dvida, um dos aspectos mais importantes a medida da Razo de Ondas Estacionrias (r.o.e.lt") que, em ltima essncia, indica a percentagem de energia gerada pelo transmissor EFETIVAM ENTE irradiada pel antena. Por exemplo, quando a r.o.e. igual a 3,0, apenas 75% de energia efetivamente irradiada pela antena, sendo refletidos 25% dessa energia. Por outro lado, quando a r.o.e. igual a 5,0, por exemplo, apenas 56% da energia irradiada, retornando 44% da energia, o que poder at danificar alguns componentes do transmissor, alm de diminuir brutalmente o alcance, pela reduo da energia irradiada. Alm disso, quanto maior for a r.o.e.. maiores sero as perdas no cabo, diminuindo mais ainda a energia efetivamente irradiada. Portanto, torna-se vital, em qualquer sistema, verificar a r.o.e., alm de outros detalhes importantes.
6.2 - Generalidades
Seguindo a linha que adotamos at agora, vamos procurar dar aos nossos leitores uma noo do que efetivamente entendemos por r.o.e. No Captulo 4, tivemos a oportunidade de estudar o parmetro conhecido como "irnpedncia caracterstica" de uma linha de transmisso e, na Fig. 6.1, ilustramos as impedncias que normalmente esto em jogo em um sistema da Faixa do Cidado. INTERFACE I
INTERFACE 2
DE ,
TRANSMISSO ANTENA
~======1l l/==.==========~
Zo
ZA
83
Como vemos, ZT a impedncia de sada do transmissor, Zo a impedncia caracterstica da linha de transmisso e ZA a impedncia da antena. A situao ideal aquela em que essas 3 impedncias so iguais, isto , em que ZT = Zo = ZA' Nesse caso, toda a energia gerada pelo transmissor integralmente irradiada pela antena (desprezando-se as perdas na linha de transmisso. 50
n, que
A Fig. 6.2 ilustra esse fato importante, considerando o casamento o valor normalmente utilizado na Faixa do Cidado.
INTERFACE
I
I
com
INTERFACE
I I I
TRANSCEPTOR
LINHA
OE TRANSMISSO
ZT: 50
F=======~l F===========~
Zo = $0 Q
ANTENA
ZA
$0
irradiada
Por outro lado, o que acontece quando no existe o interfaces do transmissor com a linha coaxial, ou da linha antena, ou ambos? Prova-se, matematicamente, embora isto deste livro, que, em cada interface em que h DESCASAM REFLEXO de energia.
Essa energia refletida se superpe, na linha de transmisso, energia que incide no sentido transmissor-antena, e dessa composio surgem ao longo da linha "ondas estacionrias" que aumentam a perda na Iinha de transmisso. A Fig. 6.3 ilustra a reflexo que ocorre quando h, por exemplo, um descasamento entre a linha e a antena.
TRANSCEPTOR
LINHA
DE TRANSMiSSO
ANTENA
z,
= 50Q
I
Zo
I
= $OQ I
ZA = 70Q
--
-----+ - - -- ---------+f ~I
I
p.
I I I
'
Pj 4 Pr
I I
I
FIG.6.3 - Reflexo ocorrendo na interface linha de transmisso/antena. incidente na interface e Pr a energia refletida.
Pj a energia
Chamamos de Razo de Ondas Estacionrias (abreviada por r.o.e.l a razo entre as duas impedncias que convergem na interface, sempre se dividin-
84
do a maior delas pela menor. A Fig. 6.4 ilustra vrios exemplos do clculo da r.o.e.. observando-se que as impedncias usadas devem ser sempre expressas em ohms. Deve ser notado que, em todos os casos, dividimos a impedncia maior pela menor.
soQ
r.o.e.
s:
75 50 "1,5
Zo
"50S?
] ]
:j
75Q
75 r.o.e. "50:
1,5
30Q
r.o.e.
" -;O"
50
1,67
,.oQ
FIG. 6.4 - Clculo da Razo de Ondas Estacionrias em uma interface. No caso de existir descasamento em mais de uma interface, os resultados devem ser compostos, como indicado a seguir, referindo-se Fig. 6.5.
INTERFACE I INTERFACE 2
I
I
I
I
TRANSCEPTOR
LINHA
DE !RA
NSMISSO
ZT : 50Q
,,
Zo " 7SS?
ANTENA
ZA
90Q
FIG.6.5
Na interface
1, teremos:
(r.o.e. )1
~= 50
1,5
Na interface
2, teremos:
(r.o.e.lg =
75
90
= 1,2
85
r
I
A r.o.e. total ser a soma dos valores anteriores calculados, isto : (r.o.e)Total= (r.o.e.l +(r.o.e')2= 1,5+1,2= 2,7
= Rendimento = [ , - ( r.o.e. - 1 )j
em % r.o.e. +'
100
x
1 -
(2+1) 2
,
2 -1
x 100 = [ 1 -
(3) 2
1 00 =
= [ , -
9]
x '00
= 9x
100
88,9%
Ou seja, quando a r.o.e. igual a 2, cerca de 89% da energia disponvel irradiada, sendo refletida 11% dessa energia. Na realidade, esse um valor bastante razovel para ser considerado como limite, devendo-se procurar reduzir o valor da r.o.e., para irradiar o mximo possvel de energia; claro que quando a r.o.e. = 1, temos a situao ideal em que no h descasamento e, nessecaso, fi = 100%, indicando que toda a energia irradiada. Para evitar clculos desnecessrios,apresentamos na Tabela 6.1 a correspondncia direta entre diversos valores de r.o.e. e de rendimento. Nesse ponto, vale a pena lembrar que, em ingls, a Razo de Ondas Estacionrias conhecida como "Standing Wave Ratio" e, por esse motivo, nos equipamentos importados, o leitor encontrar a sigla SWR em lugar da sigla r.o.e. TABELA 6.1 - Relao entre a r.o.e. e o Rendimento* r.o.e. (SWR)
1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 10,00 20,00 50,00
00
RENDIMENTO
100 96 89 82 75 69 64 60 56
(%)
33
18 8
(*)
Os valores do rendimento
foram aproximados
86
6.4 - Medio da Razo de Ondas Estacionrias A medio da razo de ondas estacionrias facilmente feita com um pequeno aparelho chamado de "medidor de r.o.e." (I) e, na Fig. 6.6, apresentamos o aspecto tpico dessemedidor; na realidade, em alguns transceptores mais sofisticados, o medidor de r.o.e. j est incorporado ao equipamento, dispensando o uso de um aparelho adicional.
qlJtJ
3)
OIR
INV
o
TRANSMISSOR
A utilizao do medidor de r.o.e. extremamente simples, devendo ser observada esta seqncia: a) Desconecte o cabo coaxial que liga a antena ao transceptor desatarraxando o conector coaxial correspondente. b) Introduza o medidor de r.o.e. entre o transmissor e a antena, como. esquematizado na Fig. 6.7.
E claro que, para ligar o transmissor ao medidor de r.o.e., deve ser utilizado um cabo curto com dois conectores UHF macho. Atente que no h erro na conexo, pois o medidor de r.o.e. tem dois conectores onde esto
(1) Em portugus, tambm conhecido como "Refletmetro"; em ingls designado "SWR meter".
87
ANTENA
LINHA
DE TRANSMISSO
~ TRANSCEP TOR
MEDIDOR
DE
r.o.e.
@j
indicados "TRANSMISSOR" (para ser ligado ao transmissor por meio do cabo curto mencionado) e "ANTENA" (para ser ligado diretamente ao cabo coaxial que vem da antena). c) Ligue o transceptor e selecione um canal VAGO (certifique-se de que no h ningum modulando).
d) Coloque a chave deslizante que existe no medidor de r.o.e. na posio da esquerda, DIR. (abreviatura de DIRETA). e) Aperte a tecla do microfone, passando a transmitir, e ajuste o boto rotativo existente no medidor de r.o.e. para que o seu ponteiro fique exatamente no final de escala do medidor.
fl Comute, aqora.. a chave deslizante para a posio indicada INV. (abreviatura de INV ERSA), e leia diretamente no medidor a relao de ondas estacionrias. Chamamos a ateno que, nos medidores estrangeiros, normalmente as palavras utilizadas no medidor de r.o.e. so as seguintes: DIR.: INV.: ANTENA: TRANSM ISSOR: r.o.e.: FRW (de "forward") REV (de "reverse") ANTENNA TRANSMITTER SWR' (de "Standing Wave Ratio")
A seguir apresentamos um exemplo ilustrativo. Suponhamos que, aps o item f, o medidor de r.o.e. esteja indicando como na Fig. 6.8. Nessecaso diz-se que estamos com r.o.e. = 2e, consultando a Tabela 6.1, podemos verificar o rendimento da instalao; no caso, para r.o.e. = 2,77= 890/0 portanto, 11 % de energia que sai do transceptor refletida. 88
ANTENA
r.o.e.
leitor verificar que no medidor de r.o.e. existe uma faixa vermelha correspondente a valores de r.o.e. acima de 3. A razo que, para r.o.e. = 3, 1'/ = 75% e, portanto, 25% da energia forneci da pelo transceptor refletida, colocando em R ISCO o prprio transceptor. No conveniente a utilizao de um transmissor com uma r.o.e. maior que 3. Em um sistema bem instalado, deve-se procurar obter uma r.o.e. sempre menor que 1,5. . .
DIR
INV
o
TRANSMISSOR
6.5 - Ajuste de um Sistema para Minimlzar a r.o.e. Supondo que toda a instalao e todo o sistema estejam funcionando adequadamente, imprescind vel que seja feita a medida da r.o.e.. e o seu ajuste, quando for o caso. De fato, a maioria das antenas mveis pode ser ajustada simplesmente diminuindo ou aumentando ligeiramente o comprimento do irradiador. Por esse motivo, os fabricantes de antenas mveis fornecem chaves especiais para que, afrouxando determinados parafusos, o operador possa regular a altura do irradiador e, conseqentemente, variar a r.o.e. Lem. bre que, quando fizer esse teste, as portas do veculo devem estar fechadas, exatamente como estaro quando em operao, pois, como expl icamos antes, a carroceria do veculo faz parte do sistema irradiante. Na Fig. 6.9 ilustramos como feito o ajuste da altura do irradiador. Quanto s antenas para estaes fixas, o problema da sintonia um pouco mais complexo, e que normalmente ocorre que o fabricante da antena pr-ajusta-a na fbrica, de modo que normalmente o instalador no mexe nesse ajuste.
No caso em que a antena no esteja realmente sintonizada, aconselhvel consultar um tcnico especializado no assunto, pois, se voc for um leigo
89
FIG. 6.9 - Ajuste do comprimento do irradiador de uma antena mvel para minimizar as ondas estacionrias.
CHAVE A
PARA AFROUXAR
ANTENA
na matria, poder complicar mais a situao do seu sistema irradiante. Um bom tcnico possui o que chamamos de CARGA SIMULADA (1 ), que uma resistncia no-indutiva de 50 n, que pode ser usada para o teste completo do sistema usando o medidor de r.o.e. A idia substituir partes do sistema pela carga simulada e tirar a concluso sobre que parte do sistema est defeituosa. Inicialmente, desconectamos a antena e ligamos nos terminais do cabo a carga simulada de 50 n. Ora, se todo o resto do sistema estiver correto, o medidor, colocado entre o transmissor e a linha, indicar uma r.o.e. praticamente igual a 1. Caminhando do final do sistema (antena) para o incio (transceptor) possvel, ento, identificar exatamente qual a origem do problema no seu sistema. A Fig. 6.10 ilustra o primeiro passo para esse procedimento. Nas estaes fixas, muito comum e ACONSELHVEL manter um medidor de ondas estacionrias permanentemente conectado ao sistema. Antes de comear a operar, devemos fazer sempre um teste do sistema, o que leva poucos segundos, e qualquer decrscimo na potncia de sada ser imediatamente detectado observando-se a indicao do medidor de r.o.e. no sentido direto ("forward"). Um aspecto muito importante a salientar que impossvel conseguir um valor de r.o.e. igual a 1 PARA TODOS OS CANAIS. De fato, como cada
(1) Tamb4m chamada ~carga fictrcia"ou "artificial". Ainda chamada, impropriamente, "carga fantas ma", traduo incorreta de "dummy losd".
90
rRANse,pro.
!F=====:;I/2F====== __
( o)
A_N_T_E_N_A_ .
I~
TRANSCEPTOR
i
, I
CABO
r.o.e.
l=========~
ts )
ARL=50Q
CARGA SIMULADA
CURTO
PERFEITO
FIG.6.10 - Primeiro passo para a identificao do item defeituoso, usando uma carga simulada e um medidor de r.o.e.; (a) sistema original; (b) a substituio da antena pela carga simulada.
canal utiliza freqncia diferente (veja a Tabela 2.1), cada um tem ajuste diferente. Na prtica, o que normalmente se obtm uma curva como a da Fig. 6.11, em que se procu ra igualar a r.o.e. nos canais extremos obtendo um valor mnimo para um canal intermedirio. Portanto, quando estiver fazendo o ajuste, varie lentamente o comprimento do irradiador (sistemas mveis), at melhorar o mximo possvel a resposta indicada na Fig.6.11.
r.o.e. r.o.e.
+
I
I
I I I I
I
."
I I
I I
2
1,5 - __ . __
-;:_-=_-=_~_..,._..,..
=_:::: ::. __ - -
-1/,5
, I
I I
10
1$ 20 Z$
so
3$ 40
4$ $0
ss
60
FIG.6.11 - Ilustrao da curva obtida quando se indica em um grfico o valor da r.o.e. em funo do canal. Observe que a figura indicada corresponde a um sistema em que a mxima r.o.e. igual a 2 nos canais extremos, e da ordem de 1,5 nos canais centrais.
91
6.6 - Seqncia Completa para o Teste de um Sistema da Faixa do Cidado Agora que j acabamos todos os detalhes tcnicos sobre o teste de um sistema, podemos fazer um roteiro, dando as etapas principais envolvidas. a) Faa uma reviso completa de sua instalao, verificando se todas as conexes esto corretas, se o cabo coaxial no tem esmagamentos evidentes, se a antena est bem fixada, se h espao suficiente para o deslocamento da antena (no caso de antenas direcionais). etc. b) Verifique a funcionalidade da posio dos equipamentos e, no caso de sistemas mveis, CERTI FIQUE-SE de que o cabo do microfone no atrapalha a direo segura do veculo. c) Em especial, verifique se os terminais da alimentao (terminais da bateria, no caso de estaes mveis, ou da fonte auxiliar, no caso de estao fixa) no esto invertidos, pois isto poderia danificar seriamente o transceptor. d) Em especial, verifique se o cabo da antena est efetivamente conectado ao transmissor (ou ao medidor de ondas estacionrias), pois existe o risco de danificar o transceptor se o mesmo for operado com a antena desconectada. (Isso equivale a um elevado valor para a r.o.e.) e) Se todas as condies anteriores foram verificadas, estamos, ento, prontos para energizar a fonte de tenso e ligar o transceptor. f) Verifique inicialmente as suas condies de recepo simplesmente correndo vrios canais e verificando como est recebendo as diversas estaes que esto operando. g) Certifique-se de que todos os circuitos de recepo esto operando e de que os controles respectivos do transceptor tambm; passe para os testes de transmisso, percorrendo diversos canais (certifique-se de que eles esto vazios!) e medindo a razo de ondas estacionrias. h) Trace o diagrama da razo de ondas estacionrias em funo do canal (Fig. 6.11) e, caso haja ajuste possvel (por exemplo numa antena mvel), realize esse ajuste, procurando otimizar esta curva para ter valores idnticos nos canais extremos e valor mnimo no canal central. i) Se a r.o.e. estcom valores razoveis (abaix o de 2!) , o seu diagrama est OK e voc pode iniciar a operao rotineira.
j) Lembre que, quando se est transmitindo, o consumo de corrente da fonte aumenta bruscamente (por exemplo 0,6 A na recepo e 2,5 A na transmisso); caso note que a lmpada que indica que o transmissor est em operao comea a piscar, um sinal de que a fonte no est OK, isto , no est agentando a carga do transmissor. I) Num sistema mvel no muito prtico deixar o medidor de r.o.e. permanentemente instalado (falta de espao), mas em uma instalao fixa bastante aconselhvel assim proceder, pois qualquer anomalia no sistema ser imediatamente determinada pelo medidor de r.o.e. Habitue-se com as indicaes normais do seu medidor de r.o.e. e ter um valioso auxiliar, monitorando continuamente qualquer anomalia do seu sistema. 92
a) Lembre que ILEGAL o uso de qualquer amplificador linear para aumentar a potncia do seu transmissor, que est fixada pela Norma N-01A/80, item 6.7. Penseantes na melhoria do seu sistema irradiante. b) Verifique, periodicamente, o estado do seu equipamento, sendo conveniente, nas instalaes fixas, manter um medidor de r.o.e. constantemente ligado ao sistema. Dedique ateno especial manuteno do seu ROTOR, principalmente em regies onde a atmosfera ambiente muito corrosiva (por exemplo na orla martima). c) Nas instalaes mveis, limpe periodicamente o conector onde ligada a antena, procurando sempre deix-to protegido com a tampa que normalmente fornecida pelo fabricante da antena. d) Antes de efetivamente ligar o seu equipamento, leia o manual fornecido pelo fabricante, pois, embora tenhamos procurado abranger (no modelo fictcio HAM-2950 por ns idealizado) os controles normalmente existentes, pode ser que o seu equipamento seja mais sofisticado e possua controles e acessrios adicionais.
7.2 - Da Operao Propriamente Dita
Sempre que possvel, opere com o seu veculo estacionado, lembrando que
infrao de trnsito conduzir o veculo com uma nica mo. Lembre tambm
93
do perigo do cabo do microfone se enrolar no volante, o que poder acarretar a perda da direo do seu veculo. Lembre-se de que o canal 9 destinado exclusivamente a atender ao trfego de mensagens de emergncia em TODO O TERRITRIO NACIONAL. Veja, no final deste captulo, outros canais com destinaes especficas. H uma tendncia do iniciante da Faixa do Cidado querer usar todas as codificaes existentes e usar abusivamente de grias. Assim, so comuns expresses como "um chutam bao nas canelas", "um reco-reco nas costelas", etc. Na realidade, esse um pssimo hbito e todos devem evitar essasgrias que tiram toda a beleza da operao. Restrinja-se s grias j consagradas no Radiomadorismo, onde voc eventualmente ingressar (classe C ou B), e assim conseguir manter o esprito criativo e aventureiro dos precursores do Rdio. Lembre-se tambm de que, de acordo com o item 20, letra c, da Norma N-01A/80, constitui infrao pun vel com a cassao da licena da estao a utilizao de qualquer cdigo de transmisso diverso do cdigo O, constante do apndice. Nunca se esquea de, ao efetuar um "break" (I l. dar o seu indicativo (2); faa uma interrupo simples, por exemplo "break para PXl-2950", ou "oportunidade para PXl-2950". Obviamente, quando voc est em um OSO, deve dar oportunidade para os demais companheiros, dando um intervalo para as devidas entradas; se voc entra no ar logo que o outro operador desaciona o PTT, os demais companheiros de freqncia ficam impossibilitados de solicitarem oportunidade, e esta tem sido a causa de grandes desentendimentos na Faixa do Cidado. Lembre-se de que o item 15, letra e, da Norma N-01A/80, estabelece que: "Nenhuma transmisso entre estaes exceder durao de 3 (trs) minutos, exceto nos casosde emergncia.
11
Nunca faa testes em um canal que est ocupado. Certifique-se de que o mesmo est desocupado e faa o seu teste o mais breve possvel. Por um acordo de cavalheiros, sempre que for operar em SSB, procure utilizar os canais mais altos (acima de 30), deixando os canais mais baixos para operao em AM. Mas lembre que isto no nenhuma lei e deve ser entendido que no h nada que obrigue esse "acordo" a ser cumprido. Em outras palavras, de acordo com a Norma N-Ol A/BO, voc poder operar em SSB
(1) "Break " - Palavra que em ingls significa interromper, "interromper" uma comunicao. quebrar; nas radiocomunicalles usada para
(2)
Indicativo de chamada o termo correto do conjunto de letras e algarismos que identificam uma estao de radiocomunicaes; todavia. na linguagem corrente dos radioperadores. comum dizer-se "prefixo". Na realidade "prefixo" apenas a parte inicial de um indicativo de chamada. como. por exemplo: PX1. PX5. PY3. PT2. etc. O indicativo completo abrange o prefixo e um sufixo (Ex.: PX1-2950. PY1YHOl.
94
em qualquer canal, sugerindo-se a utilizao dos canais altos para beneficiar os "macanudos" que s tm aparelhos de AM, exatamente mais utilizados no per metro da cidade. Jamais entre no ar em um canal para procurar um outro companheiro, dizendo: "Fulano est por freqncia 7 ", Aguarde a oportunidade adequada, faa o seu "break" corretamente e ento pergunte aos colegas. Quando eventualmente pedir a um colega, que esteja solicitando oportunidade, para aguardar (QRX "break"!), no se esquea de que ele ficar aguardando essa oportunidade; abrevie a sua mensagem e imediatamente d entrada ao mesmo. Essa outra fonte sria de desentendimentos na Faixa do Cidado, onde alguns operadores querem monopolizar o uso de um dado canal. No se esquea de que, face s condies de propagao, voc pode no notar que um certo canal est ocupado, pois pode acontecer, por exemplo, de voc no "copiar" um dos elementos da "roda". Assim, se na hora em que voc verifica o canal essapessoa estiver modulando, voc ter a impresso de que o canal est vago e ento lanar, talvez, uma chamada geral. No devemos, pois, ficar surpresos se recebemos de imediato uma informao de que o canal est ocupado e que estamos atrapalhando a modulao. Inversamente, quando formos ns os prejudicados, devemos saber que isso pode ocorrer involuntariamente, e dizer rapidamente, com toda a educao: "PX '-2950 operando no canal. Aguarde oportunidade." Nunca saia da freqncia sem avisar ao operador de outra estao (ou estaes) que assim vai proceder, pois isto , no mnimo, considerado falta de educao. Ao se despedir de um colega da faixa no faa uma despedida muito longa com diversos cmbios s para dizer "Tchau, tchau"! Seja breve e eficiente: "PXl-2950 se despede de Paulo, PX1B-7606, com um abrao, e faz QRT. Cmbio final." Caso voc se depare com uma situao de emergncia (catstrofes, incndios, inundaes, perturbaes da ordem, acidentes de trnsito e outras situaes que atentem contra a vida ou a propriedade), proceda da seguinte forma: a) Verifique sea situao realmente de emergncia e sej no esto sendo tomadas as medidas necessriaspelas autoridades competentes. b) Sendo necessria a operao do seu rdio, no caso de estar mvel proceda do seguinte modo: 1 - Pare seu veculo fora do leito carrovel da via e fora do acostamento, pois o estacionamento no acostamento para modulao, alm de infringir as normas do trnsito, geralmente muito perigoso, expondo O seu carro a uma coliso traseira, alm de estreitar a rea til da estrada.
95
2 - Nunca opere com o veculo em movimento, pois ter que dirigir com uma nica mo, o que infringe as normas do trnsito; alm disso, h o grande perigo do cabo do microfone enrolar-se no volante, o que poder ocasionar um grave acidente. E mais, a operao com o veculo parado sempre conduz a melhores resultados do que com o carro em movimento. 3 - Antes de acionar a rede de emergncia, verifique rapidamente o local exato do evento, e quais so as medidas imediatas necessrias (assistncia, corpo de bombeiros, etc.). 4 - Se possvel, oriente o seu carro da melhor forma, tendo em vista o diagrama de irradiao do seu sistema. 5 - Sintonize no canal 9 (canal de emergncia), verifique se est havendo modulao e, caso positivo, aguarde a sua oportunidade; NO FIOUE NERVOSO E INTERROMPENDO UM OUTRO COMUNICADO, POIS ELE PODE ESTAR SALVANDO UMA VIDA Na sua oportunidade, entre da seguinte forma: "PXl-2950 COM OTC." 6 - Seja preciso, no repita vrias vezes sem necessidade e lembre que a sua calma de vital importncia no cmbio. Ouando do estabelecimento de uma comunicao, observe estritamente o estabelecido no item 15 da Norma N-01 A/80, regras a at e. Em especial, observe que, sempre em uma passagemde cmbio, devem ser mencionados os indicativos de ambas as estaes; por exemplo, se PX 1-2950 passou o cmbio. para a rede de emergncia do Rio de Janeiro (PX1-07001. isto poder ser simplesmente feito do seguinte modo: "PXl-2950
I PX1-0700."
7.3 - Exemplo de uma Comunicao Tpica Suponhamos que o Hi Iton, PXl-2950, com tempo dispon vel, resolveu estabelecer um OSO com qualquer amigo da Faixa do Cidado. Inicialmente, aps ligar o equipamento, o PX 1-2950 fez uma verificao nos diversos canais, procurando achar um que estivesse livre (com exceo dos canais 9 e 19). Digamos que o canal 7 estava livre e que o nosso amigo resolveu tentar estabelecer um comunicado nessecanal. "PXl-2950 ta. ) "OK, PXl-2950 - Aqui PX1B-7606, ORA - Paulo, operando base na Muda. Boa tarde para voc e os seus familiares . . . . e com prazer vou sua escuta. PX1B-7606/PX1-2950." "PX 1-2950 de PX 1B-7606. Obrigado, Paulo, pela sua contestao. O meu ORA Hilton e
96
- CHAMADA
GERAL."
E desse modo se d a seqncia de cmbios entre PX1-2950 (Hilton) e PX 1 B-7606 (Paulo); mas lembre que, de acordo com o item 15, regra e da Norma N-01 Al80, "nenhuma transmisso entre estaes exceder durao de 3 (trs) minutos, exceto nos casos de emergncia". Seja conciso nas suas transmisses, evitando dizer coisas bvias e tambm utilizar grias estpidas como "Reco-Reco nas Costelas", "Chutambao nas Canelas", "Modular uma Loura Suada", "Modular um Bom Banho", etc. Suponhamos que, nesse exato momento, algum "macanudo", o PX 1-0799, por exemplo, estava interessado em falar com o PX1-2950 e descobriu que ele estava modulando com o PX 1B-7606. O que ele deve fazer aguardar o momento exato em que haja a passagem do cmbio e ento pedir oportunidade, do seguinte modo: " ... PX 1B-7606/PX PX1-2950) "Oportunidade "PX1-2950 1-2950" (Passagem de cmbio de PX 1B-7606 para
de PX1B-7606.
A partir desse momento, PX1-2950 tem a grande responsabilidade de ter deixado um operador aguardando na freqncia. Portanto, PX 1-2950 deve rapidamente fazer a .sua mensagem para o PX 1B-7606 e dar entrada a PX1-0799, procedendo, talvez, dessa forma: " ... OK. Paulo, com a sua permisso, PX1-0799, que enriquecer esse nosso OSO." "PX1-2950/PX "PX1-0799 1-0799" de PX1-2950, na companhia de PX1B-7606. Boa tarde ... " vamos dar entrada ao Srgio,
E, dessa forma, num alto grau de compreenso e de participao mtua, os trs "macanudos" partilham o mesmo canal, passando momentos agradabiI ssimos e sempre prontos a darem oportunidade a um novo "rnacanudo" que queira se apresentar.
7.4 -
Vamos, nesses comentrios finais sobre operao, ilustrar algumas falhas graves normalmente cometidas no mundo da Faixa do Cidado. Um ponto importante a salientar a interrupo desnecessria de um OSO entre dois outros operadores; se voc efetivamente no tem interesse direto na conversa desses operadores, deixe-os modular em paz, evitando fazer uma interrupo s para dizer: "OK; estava rodando os canais e resolvi deixar o meu boa noite amigo, e desde j solicito minhas liberdades ... " Ora, para fazer tal interrupo, era melhor que o "macanudo" no tivesse interrompido o OSO entre as duas estaes. Alm disso, temos presenciado as mais diversas maneiras de passar a palavra a outro operador. Um modo preciso e simples indicar o seu indicativo e o indicativo para quem o cmbio est sendo passado, como fizemos anterior97
r
I
I
mente. Outros utilizam a palavra cmbio no final, mas isto realmente desnecessrio. Da mesma forma, no h nenhuma coerncia em se usar a expresso "ROGER" no final de um cmbio; na realidade, essa palavra usada nas comunicaes em ingls, indicando que o cmbio foi compreendido. Finalmente, vital entender-se que erro crasso a interrupo de uma comunicao simplesmente dizendo, como j bastante familiar na Faixa do Cidado: "Break! Break! Break!" Aguarde o momento oportuno e simplesmente pea: "oportunidade para PXl-2950". Um dos objetivos do nosso livro conscientizar os operadores da Faixa do Cidado de que devem ser seguidas normas adequadas durante a operao, para que todos possam se beneficiar do encantamento e o grande sentido comunitrio que pode ser desenvolvido entre os aficionados da Faixa.
98
f
___ MAX.
-0
MIN.
FIG.8.1 - Uma antena direcional com 3 elementos, orientada na direo da estao receptora (RI.
~ claro que, de imediato, o leitor no familiarizado pode pensar em simplesmente ficar girando a antena, at conseguir o sinal mais forte; entretanto, se o operador de uma antena direcional no possui nenhuma noo sobre a orientao de sua antena, poder perder um tempo precioso para otimizar um determinado OSO. Por exemplo, suponhamos que o operador est no Rio e quer falar com uma localidade perto de Fortaleza; de imediato, ele orientar a sua antena para Fortaleza e, depois, com pequenos deslocamentos da antena, otimizar essaorientao. Portanto, importante que o leitor saiba como orientar a sua antena para que a mesma irradie (e receba) a mxima energia em uma direo determ inada. 99
Outrossim, quando estudamos os rotores, verificamos que o ponto de partida para a orientao de uma antena a determinao da direo correspondente ao Norte Geogrfico, sendo todos os ngulos estabelecidos tomando essa direo como referncia. Por esse motivo, a nossa preocupao inicial ser a determinao da direo correspondente ao Norte Geogrfico. 8.2 - Determinao Precisa do Norte por Meio de uma Bssola Magntica primeiro esclarecimento importante que devemos fazer a respeito da diferenca entre os chamados NORTE GEOGRAFICO e NORTE MAGNt=TICO. Na Fig.8.2 apresentamos esquematicamente a Terra, com o seu eixo de rotao" caracterizando os chamados NORTE e SUL GEOG RAFICOS, isto , os pontos de superfcie da Terra que se encontram exatamente sobre o seu eixo de rotao. Em outras palavras, a Direo NORTE-SUL GEOGRAFICA define a direo do eixo de rotao da Terra.
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Por outro lado, a direo NORTE-SUL MAGNTICA a direo indicada pela agulha imantada de uma bssola, e que dependente do magnetismo terrestre. A Fig. 8.3 ilustra o aspecto de uma bssola, para os leitores no familiarizados com a mesma.
FIG. 8.3 - Aspecto de uma bssola. Observe que a ponta da agulha aponta na direo do NORTE MAGN~TICO.
100
Na realidade, a direco NORTE-SUL GEOGRAFICA no coincide com a direo NORTE-SUL MAGNTICA, existindo um determinado ngulo en; tre essas direes. Essengulo chamado de DECLINAO MAGNTICA e varia de local para local. Por exemplo, para o Rio de Janeiro, na poca em que esse livro est sendo escrito, a declinao magntica aproximadamente de 19 graus, conforme ilustrado na Fig. 8.4.
NM (BlJsSOLAJ NG
d=
DECLINAO
MAGNTICA
= -180!J8'
O ngulo negativo indica apenas que o NM (Norte Magntico) est esquerda do Norte Geogrfico. Uma vez determinado o Norte Magntico (NM), basta girar 19 graus para a "direita" e obter-se- o Norte Geogrfico, que o indicado nos Mapas, Globos, etc. Na Tabela 8.1 apresentamos as declinaes magnticas correspondentes ao ano de 1980. Como se v, a declinao magntica varia com o tempo, mas como essa variao lenta, podemos utilizar os valores aproximados fornecidos nessatabela. TABELA 8.1 - Declinaes Magnticas Aproximadas de Algumas Cidades Brasileiras para o Ano de 1980{*)
Cidade Aracaju B. Horizonte Curitiba Fortaleza Manaus Porto Alegre Recife Rio de Janeiro Salvador So Paulo
(*) Dados fornecidos pelo Observatrio Nacional - Observatrio
Declinao Magntica - 22011' -19022' -15023' - 210 40' - 100 10' -11 48' - 22 20' -1904' - 22 12' -16046'
Magntico de Vassouras.
101
Um fato que deve ser observado pelo leitor o de que, para que uma bssola fornea uma boa indicao da direo Norte Magntica, ela deve ter um tamanho razovel e estar afastada de estruturas metlicas, ms, etc. Portanto, ao comprar uma bssola, evite adquirir uma muito pequena, pois com ela seria difcil a definio da direo Norte-Sul Magntica.
8.3 - Determinao Aproximada do Norte Geogrfico
Mesmo que no disponhamos de uma bssola, podemos ainda obter uma indicao aproximada da direo Norte-Sul Geogrfica simplesmente observando as regies do nascimento e ocaso do Sol, conforme aprendemos na nossa infncia. Para tal, devemos nos posicionar no ponto desejado, e ficarmos de modo que o Sol nasa na direo do nosso brao direito, e tenha o seu ocaso na direo do brao esquerdo. Procedendo desse modo, na nossa frente ficar o Norte Geogrfico e s nossas costas o Sul Geogrfico. A Fig. 8.5 ilustra esse procedimento.
o
FIG. 8.5 Sol. Determinao aproximada dos pontos cardeais pelo nascimento e ocaso do
Suponhamos, agora, que j determinamos a direo do Norte Geogrfico, e que, se estamos usando um rotor automtico com indicao remota, j alinhamos o ponteiro do medidor de forma que, sempre que a antena girar, o ponteiro indicar exatamente a posio da antena que est, por exemplo, no telhado. Como, agora, posicionaremos a nossa antena, para que a direo de mxima irradiao aponte para uma determinada localidade?
8.4Orientao Exata de uma Antena
Na realidade, existem frmulas matemticas que permitem calcular o ngulo de uma localidade em relao a outra, em funo das coordenadas de cada uma das localidades (latitude e longitude); trata-se de um clculo trigonomtrico, que no difcil, mas que foge ao escopo desta obra, sendo por esse motivo, apresentado no Apndice 3, para os "macanudos" que possuam o necessrio conhecimento matemtico.
102
E possvel, porm, fazer os clculos exatos para uma determinada localidade e apresentar grficos que do diretamente os ngulos de orientao. No nosso livro, vamos apresentar um mtodo prtico, aproximado, usando um mapa, e fornecer tambm uma tabela contendo os ngulos de orientao entre algumas cidades brasileiras.
8.5 - Orientao Aproximada de uma Antena
Quando mencionamos o mtodo matemtico para o clculo do ngulo entre duas cidades, na realidade esse mtodo no completamente exato, porque, para os clculos matemticos, supe-se que a Terra ESFRICA, o que , de fato, uma aproximao. Por outro lado, uma diferena da ordem de 10 no chega a causar nenhum problema de orientao, a no ser para trabalhos profissionais especiais. Surge, portanto, a necessidade de se utilizar um mtodo aproximado prtico, o que pode ser conseguido utilizando-se um simples mapa geogrfico, sendo obtidos melhores resultados com mapas de boa qualidade. claro que, sendo os mapas planos, os ngulos esto deformados, mas na prtica os resultados so perfeitamente satisfatrios, como veremos oportunamente. Para ilustrar esse procedimento aproximado, suponhamos que estamos no Rio e queremos orientar a nossa antena para Fortaleza. Devemos proceder do seguinte modo, referindo-nos Fig. 8.6: a) Localizamos no mapa as duas localidades, no caso Rio e Fortaleza. b) Marcamos levemente o meridiano que passa pela nossa localidade (Rio) e traamos a tangente a esse meridiano no Rio. c) Ligamos Rio a Fortaleza pela circunferncia de um crculo mximo; ou, para facilitar ainda mais, traamos simplesmente um segmento de reta, ligando Rio a Fortaleza. d) Medimos com um transferidor, a partir da direo do Norte Geogrfico (direo da tangente ao meridiano do Rio), o ngulo at o segmento de reta que une as cidades. Esse o ngulo de rotao desejado. Observe que podemos considerar o ngulo para a direita (na direo Leste), ou para a esquerda (na direo Oeste). No caso, obtemos aproximadamente 130, que pode ser comparado com o valor de 130 53' obtido pelo mtodo matemtico. Evidentemente, essa preciso obtida mais do que satisfatria para os trabalhos amadores, de forma que o que aconselhamos a usar. Obviamente, o leitor ter esse trabalho somente uma vez e poder construir uma tabela com as posies de todas as localidades com que normalmente entra em contato. Como exemplo final, vamos supor que estamos com uma antena direcional em Recife, e queremos orient-Ia para Braslia, utilizando o mtodo aproximado do mapa; para tal, procedemos como na Fig. 8.7, obtendo o valor
103
O~L
70"
-------+-------+----I
EQUADOR
I I I
I O"
PARALELOS
MERIDIANOS
F IG. 8.6 - Ilustrao da detenninao aproximada do ngulo entre duas localidades. No exemplo dado (Rio/Fortaleza). devemos girar a antena aproximadamente 130 para a direi'ta. a partir do Norte GeogrMico (direo do meridiano).
de 2380 Leste (ou 1220 Oeste), que pode ser comparado com o valor, obtido matematicamente, de 237034' Leste.
104
O~L
FIG. 8.7 - lIustraIo de orientalo de uma antefUI de Recife ara.raia. Obaerw q partir do Norte Geogr6fico, devemOl girar 2380 na dinslo Lea1e ou ando 1UO na dilelo Oeste.
p,,,
8 Orientalo
de uma Antena
a) Determinamos a direo do Norte Magntico usando uma bssola. b) Determinamos o Norte Geogrfico levando em conta a declinao magntica local (Tabela 8.1). Caso no se possua uma bssola, determinamos aproximadamente os pontos cardeais observando o nasclrnento do Sol, como ilustrado na Fig. 8.5. 105
c) Orientamos o sistema de rotao da nossa antena de modo que o ponteiro do indicador aponte o Norte Geoqrfico quando a antena estiver efetivamente apontando nessa direo. d) Determinamos o ngulo de rotao a ser dado utilizando o clculo matemtico (Apndice A3), o mtodo aproximado do mapa, ou simplesmente consultando a Tabela 8.2, fornecida no final deste captulo. e) Apertamos o boto que aciona o rotor (ou giramos manualmente a antena), exatamente dessengulo, a partir do Norte Geogrfico. 8.7 - Tabela Prtica para Orientao de Antenas Para que o leitor possa fazer outros exemplos e conferir seus resultados, ou mesmo usar os dados diretamente, apresentamos na Tabela 8.2 os ngulos de orientao entre algumas cidades brasileiras. Deve ser lembrado que em nossa tabela L significa Leste e O significa Oeste, isto , 150 L significa girar 150 no sentido Leste, a partir do Norte Geogrfico, e 200 O significa girar 200 no sentido Oeste, a partir do Norte Geogrfico. A Fig. 8.8 ilustra essaconveno. N ~ I
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(o) (b)
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5
FIG.8.8 - (a) 150 L significa girar 150 no sentido' Les1e a partir do Nor1e Geogn\fico; (b) 2()O O significa girar 200 no sentido Oeste a partir do Norte Geogrfico.
Por exemplo, entrando na Tabela, vemos que, para orientar para Braslia uma antena localizada no Rio, devemos girar 330 O, a partir do Norte Geogrfico, conforme ilustrado na Fig. 8.9.
106
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TABELA 8.2 - ngulos entre algumas cidades brasileiras. O = Oeste; L = Leste. Os valores foram aproximados para os nmeros inteiros mais prximos.
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ARACAJU BEL~M B. HORIZONTE BRASIUA CURITIBA FORTALEZA MANAUS P.ALEGRE RECIFE RIO DE JANEIRO SALVADOR SO PAULO
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o ~ :::l -c o I
Q..
cn
510 130 L 37 L 14 O 67 L 41 L 20 2 L
116 o 143 o
120
740
37 L 155 o 1450
1480
167 L 178 L 1780 430 138 L 43 L 1620 8 L 143 O 1560 1390 1730
116 L 167 L 140 L 173 L 38 L 167 L 60 L 149 L 41 L 67 L 37 L 1570 74 L 165 L 41 L 1800 61 L 1610
169 L 770
140 L 1670
109 L 81 L 137 L 136 L 156 L 38 L 6 L 35 L 1450 14 O 13 L 1220 330 21 L 143 o 116 O 143 O 1200
14 L 430 OL 680
1480 1440
20 L 380
107
No estamos interessados aqui em UWl' estudo profundo dessascamadas, mas apenas apresentar os fatos mais importantes .. A troposfera a camada imediata que nos cerca. atingindo a uma altura de cerca de 8 a 15 km. A seguir, vem a estratosfera. situada aproximadamente na faixa de 15 a 80 km. surgindo. ento. uma regio extremamente importante para as radiocomunicaces, chamada de ionosfera (1 l. porque se trata de uma camada onde h abundncia de ons e elctrons. fornecendo uma camada realmente IONIZA DA. A importncia dessa camada que. em condies adequadas. a mesma
(1) A lonosfera . na realidade. constitulda por divel'lllS c:anadas Individuais. que reQlbern denoml ne8es eSplcieis. como c:anada E. camada F. ate. .
109
A propagao das ondas de rdio pode se dar de diversos motlos,'Oe uma. forma geral, chamamos de ondas terrestres aquelas que permanecem f)f'ximas , Terfa;interagindci apenas com ap~0pria superfcie da Terra ou com a troposfera. Por outro lado, as ondas chamadas de ionosfricas 'so as que interagem com a ionosfera, sendo refletidas de volta Terra pel-a mesma. Na Fig. 9.2 apresentamos um diagrama simples ilustrando essestipos de propagao.
TERRA
(o)
(b)
,,
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"-
-,
FIG. 9.2 - Ilustrao dos tipos de propagao: aI onda terrestre "espacial"; b) onda terrestre "superficial"; c) onda "ionosfrica".
TERRA
fe}
;. O leitor nota' que O nome genrico "terrestre" se aplica tambm s ondas resultantes quando as antenas esto face a face, como na Fig. 9.2a, que chamamos especificamente de "espacial". Atente que essa onda "espacial", composta das componentes direta (antena/antena) e refletida na Terra, no deve ser confundida com as ondas ionosfricas resultantes de reflexes nas camadas da ionosfera. . 9.2 - Propagao Via Ondas Terrestres (Superficial e Espacial)
alcance das ondas terrestres depende, fundamentalmente, da altura da antena e das condies topogrficas da regio entre as antenas. Assim sendo, quanto mais alta a antena, maior o alcance e, obviamente, do mesmo modo que ocorre com sua televiso, morros, edifcios, etc., podem diminuir a inten110 .
sidade e mesmo bloquear completamente a comunicao entre duas estaes. Na realidade, entre estaes fixas no impossvel comunicados a distncias da ordem de 80 km, com antenas direcionais; mas essa uma situao muito rara e, normalmente, no se deve esperar comunicados a distncias maiores que 30 km com antenas simples. Entre estaes mveis na cidade, face ao grande nmero de edifcios existentes, no surpresa o alcance ser apenas da ordem de 2 a 3 km. De qualquer maneira, lembre-se de que a finalidade bsica da Faixa do Cidado so os comunicados a curta distncia, e o leitor no deve ir para essa faixa querendo sistematicamente fazer um comunicado Rio-Fortaleza, que corresponde a mais de 2000 km em linha reta.
9.3 - Propagao Via Ondas lonosfricas
Conforme mencionamos, dependendo da freqncia e do estado da ionosfera (1), os sinais de rdio podem ser refletidos pela mesma de volta Terra, atingindo pontos longnquos, constituindo uma verdadeira maravilha para os aficionados da Faixa do Cidado. Infelizmente, as caractersticas da ionosfera (estado de ionizao) variam com a hora do dia, com a atividade solar, etc. e, portanto, no temos nenhum controle sobre a sua situao. Em sistemas profissionais de radiocomunicao existem mapas indicando as melhores condies para a utilizao eficiente da ionosfera, mas na Faixa do Cidado, onde a freqncia fixa, isto no tem sentido, e ficamos inteiramente ao sabor do "estado da ionosfera", ouvindo frases interessantes como "a propagao est fechada", para designar aqueles momentos em que impossvel a utilizao da ionosfera, ficando as comunicaes limitadas apenas s curtas distncias, resultantes da propagao das ondas terrestres (superficial e espacial). Notamos que realmente fascinante que, com um simples transmissor de 7 watts, via ionosfera, possamos fazer um comunicado com estaes situadas a centenas, e mesmo a alguns milhares, de quilmetros. Mas lembre-se novamente de que a utilizao da ionosfera, embora fabulosa, no o objetivo principal da Faixa do Cidado, e tal feito deve ser encarado meramente como uma "benesse" do sistema, no havendo nenhum controle por nossa parte. Se voc quiser realmente dominar essecampo, dever fazer exame de habilitao para o Radioamadorismo e efetivamente selecionar a faixa que melhor lhe convm para o comunicado escolhido. O Sistema Rdio do Cidado , em princpio, limitado exclusivamente s ondas terrestres, mas importante que saibamos utilizar, quando possvel, as "benesses" oferecidas pela propagao via ionosfera.
9.4 - Zona de Silncio
Para finalizar esse captulo sobre o alcance da Faixa do Cidado, apresentamos, na Fig. 9.3, um diagrama em que ilustramos que existe uma regio,
(1) A ionosfera influenciada diretamente pela atividade Solar.
111
para um dado sistema e uma dada freqncia (no caso, 27 MHz), com a qual
TERRA
LIMITE VIA SUPfiRFICIAL
A B
PRIMEIRA IONOSFiRICA
REFLEXO
Como se v nessa figura, a primeira onda a ser refletida pela ionosfera atinge o ponto B e o comunicado mais longe que se pode fazer pela onda terrestre correspondente ao ponto A. Ento, obviamente, a regio situada entre A e B, denominada de Zona de Silncio, no poder ser atingida nem por ondas terrestres, nem por ondas ionosfricas. Esse fato expl ica por qUE conseguimos, s vezes, comunicados com localidades a centenas de quilmetros, via ionosfera, e no atingimos regies bem mais prximas.
112
Harmnicos Gerados por um Transceptor da Faixa do Cidado. ORDEM Fundamental 2<?harmnico 3<?harmnico 4<? harmnico
(*) A sigla TVI oriunda do nome em ingls "TELEVISION
FREQU~NCIA
(MHz)
1 x 27 = 27 2 x 27 = 54 3 x 27 = 81 4 x 27
= 108
INTERFE RENCE".
113
Quanto MAIOR a ordem do harmnico, MENOR a sua amplitude e, conseqentemente, o harmnico com a freqncia de 54 MHz o mais crtico. De fato, como a freqncia de portadora de imagem do canal 2 se situa em 55, 25 MHz, geralmente no canal 2 que se manifestam as interferncias causadas pelos transceptores da Faixa do Cidado. Na prtica impossvel projetar e construir um transceptor que no gere nenhum harmnico, e os transceptores bem feitos e ajustados minimizam a amplitude dos harmnicos, utilizando filtros especiais. Alis, um teste feito pelo DENTEL, bastante simples, quando h uma reclamao de TVI, unicamente inserir um filtro externo, entre o transmissor e a antena do transceptor sob suspeita. Esse filtro, estando bem projetado, bloquear os harmnicos indesejveis e, se com a sua introduo no sistema desaparecer a interferncia, no restar dvida de que os filtros do transceptor no esto bloqueando os sinais harmnicos. Nesse caso o DENTEL tirar a estao do ar, exigindo a sua reparao. Portanto, no seja negligente, e quando algum vizinho reclamar de TVI, procure realmente analisar o seu equipamento para ver se, de fato, est inadequadamente ajustado. Alis, nesse ponto, vale a pena salientar que o uso de amplificadores linearesgeralmente cria srios problemas de TVI, pois, evidentemente, as amplitudes dos harmnicos sero tambm maiores.
10.2 - Filtros Corretivos Contra TVI
Uma soluo para os equipamentos que esto gerando TVI adicionar um filtro externo, entre o transceptor e a antena, para impedir que os harmnicos sejam irradiados. Existem vrios esquemas de filtros para esse fim, mas aconselhamos o leitor no-tcnico a pedir conselhos ou encomendar um desses filtros (se
ANTENA FIG. 10.1 - Ilustrao do uso simultneo de um filtro contra TVI e de um medidor de ondas estacionrias.
LINHA
DE TRANSMISSO
TRANSCEPTOR
t-----I
MEDIDOR
t------I
FILTRO
r----'
CB
r.o.e.
P/
TVI
114
necessrio!) a um tcnico com experincia no campo, porque um filtro mal projetado e ajustado pode bloquear a sada do sinal desejado. Essesfiltros so chamados de filtros passa-baixas, no sentido de que deixam passar a freqncia fundamental (27 MHz) e barram as freqncias mais elevadas dos harmnicos. Na Fig. 10.1 ilustramos a posio de um filtro deste tipo em uma instalao tpica, sendo tambm indicada a colocao de um medidor de ondas estacionrias entre o transceptor e o filtro. De um modo geral, os filtros passa-baixas, se bem projetados, podem corrigir as anomalias do transmissor, evitando que os harmnicos gerados pelo mesmo sejam irradiados pela antena. Um outro problema que pode existir o sinal do transceptor ser tremendamente mais alto do que o sinal de TV, significando que a fundamental com 27 MHz, em reas onde o sinal recebido de TV seja muito fraco, pode criar srios problemas. Isto se deve ao fato dos circuitos do televisor no conseguirem rejeitar esse sinal de 27 MHz, por causa da sua elevada amplitude. Uma idia, ento, utilizar um filtro diretamente na entrada do aparelho do televisor, o qual deixa passar apenas as freqncias acima de 54 MHz (incio da faixa de televiso), eliminando as freqncias inferiores. (Trata-se de um filtro passa-altas.) Novamente recomendamos a aquisio desse filtro a um tcnico competente, para evitar surpresas desagradveis. A Fig. 10.2 ilustra a colocao de um filtro sinais com freqncia abaixo de 54 MHz.
TERMINAIS DE ENTRADA
1/ ,/
TELEVISOR
FILTRO SUPRESSOR
LINHA DE 300
---..
ANTENA
FIG. 10.2 - Ilustrao do uso de um filtro diretamente ligado ao televisor para eliminar todas as freqncias abaixo da freqncia do canal 2 (canal de freqncia mais baixa).
115
Indubitavelmente, as unidades indispensveis para se montar um sistema para a Faixa do Cidado so o transceptor, a antena e a fonte de alimentao que, no caso do sistema mvel, a prpria bateria do veculo e, nas instalaes fixas, normalmente uma unidade adicional. Entretanto, ao comear a operao do seu sistema, geralmente o irticiante fica perplexo, devido ao grande nmero de acessrios de que escuta falar, que no so imprescindveis, mas que podem trazer alguns benefcios para a operao tima do seu sistema. Nessecaptulo procuramos resumir a ao de algumas dessas unidades, para completar as informaes dadas aos nossos leitores. 11.1 - Estruturas para Casamento de Irnpedncias Verificamos, no estudo das antenas, a necessidade de casamento entre a antena e a Iinha de transm isso e entre o transceptor e a Iinha de transrn 15so. Quando essescasamentos no so adequados, acarretando um alto valor para a relao de ondas estacionrias (maior, por exemplo, do que 1,5), [i)dem ser utilizados acessrios conhecidos como "casadores para antenas", qlfe possuem botes no seu painel para o devido ajuste. Um tipo comum de ff~trutura para casamento o transformador de impedncias, utilizado para casar uma antena de 75 n com uma linha de 50 n, conforme esquematizado na Fig. H. L
ISOLADOR
JI
:,.
ANTENA O/POLO
/SOL,:"~
+---CA80 ct1AXIAL
RG-II/#i(tfiQJ
11.2 -
Essesacessrios foram estudados na Seo 5.2.3 e se destinam a ~ssibilitar a rotao e a devida indicao remota da orientao de uma antena direcional.
117
11.3 -
Acopladores
de Antenas
So acessrios destinados a permitir que dois transceptores possam compartilhar a mesma antena; obviamente, um sistema desse tipo deve permitir que ambos possam receber simultneamente a estao que est transmitindo, mas quando urna das estaes compartilhadas quer transmitir, uma chave acionada no acoplador conectando apenas a sada desse transceptor antena, e desconectando, automaticamente, o outro transceptor. 11.4 Chaves Coaxiais
Muitos aficionados da Faixa do Cidado possuem, na sua estao-base, duas antenas, por exemplo uma para cobertura global, como a Ringo ou a plano de terra, e outra direcional, como por exemplo uma tipo Yagi com 3 elementos. Para selecionar uma antena ou outra, extremamente til uma chave, chamada de "chave coaxia!", que possui normalmente uma conexo para o cabo que vai ao transceptor e mais duas conexes, uma para cada antena. A Fig. 11.2 ilustra o uso de uma chave coaxial para comutar duas antenas.
ANTENA
ANTENA
CABO PARA
COAXIAL
o TRANSCEPTOR
CHAVE COAXIAL
((I )
(6)
FIG. 11.2 - (a) Ilustrao do uso de uma chave coaxial para comutar uma antena tipo Rtngo ou antena Yagi; (bl aspecto fsico de uma chave coaxial. .
t claro que nada impede que haja chaves coaxrars para um nmero . maior de antenas, obedecendo ao princpio ilustrado na Fig. 11.2.
11.5 Bases de Montagem para Antenas Mveis
Essesacessrios se destinam fixao das antenas mveis nos veculos, existindo uma imensa variedade de tipos, alguns dos quais foram estudados no Captulo 5.
118
11.6 -
Load") (1 )
Esse acessrio muito importante e j foi mencionado no estudo do teste de um sistema. Trata-se de uma resistncia de, por exemplo, 50 n, noindutiva, com a dissipao adequada, para substituir a antena durante o teste de um sistema. Por exemplo, retirando-se a antena e colocando-se a carga simulada de 50 n, se o restante do sistema estiver perfeito, o medidor de ondas estacionrias instalado logo na sada do transmissor dever indicar um valor prximo de 1. r= importante o leitor lembrar que no pode utilizar nesse teste uma resistncia qualquer de 50 n, pois, por causa da freqncia em jogo (27 MHz), ela deve ser NO-INDUTIVA. Alm disso, no deve ser esquecida a dissipao exigida para a mesma, pois o transceptor pode fornecer 7 watts entrada do sistema irradiante.
11.7 Medidor de r.o.e.
Sem sombra de dvidas, esse acessrio, j devidamente estudado, pode prestar um auxlio inestimvel, e o seu custo relativamente baixo, de modo a justificar que todos os aficionados da Faixa do Cidado adquiram uma dessas unidades. Como vimos, ele permite determinar o grau de descasamento do sistema, que est intimamente ligado com o rendimento de uma instalao.
11.8 Medidor de Intensidade de Campo
Este permite determinar a intensidade relativa do sinal irradiado por uma antena. Muitos medidores de r.o.e. so acoplados a um medidor de intensidade de campo. Esses acessrios so muito teis, por exemplo, para se verificar o diagrama de irradiao de uma antena, isto , saber a intensidade relativa para cada direo em torno da antena.
11.9 Wattmetro
Os wattmetros so aparelhos utilizados para medir a potncia de sada dos transceptores e, normalmente, s so adquiridos pelos "rnacanudos" realmente interessados em detalhes tcnicos e que possuem, portanto, os fundamentos para a sua utilizao correta. .
11.10 Pr-Amplificadores para Microfones
Normalmente, ao se adquirir um transceptor, ele vem com o seu microfone, tendo sido o projeto feito para que o microfone fornecido seja conectado diretamente ao transceptor. Muitas vezes, porm, ao se utilizar um outro microfone, talvez de melhor qualidade (e menos sensvel), necessrio introduzir um pr-amplificador, entre ele e o transceptor, para situar o sinal fornecido pelo microfone no nvel adequado. Mas, se voc leigo no assunto,
(1) Outra designao usual "carga no irradiante"; tambm chamada, impropriamente, "antena fantasma".
119
consulte um tcnico antes de fazer qualquer aquisio ou fazer qualquer mudana no seu sistema.
11.11 Compressor para Microfone
Ao se visualizar a forma de onda (tenso) produzida por um microfone quando um operador fala no mesmo, obtm-se uma onda com picos elevados quando algumas letras so pronunciadas e, de um modo geral, com um baixo valor mdio. Ora, como especificada a potncia mxima que pode ser lanada no sistema irradiante, durante apenas os pontos de pico se obteria essa energia mxima. Surge, ento, a idia de comprimir os picos de onda, aumentando o valor mdio do sinal e, conseqentemente, obtendo-se maior potncia mdia de sada do transmissor, sem ultrapassar os valores especificados por lei. Os acessrios que fazem isto so chamados de "compressores para microfone", "compressores de voz" ou outros nomes populares. H vrios tipos de circuitos possveis e muitas unidades lanadas no mercado que apresentam um desempenho PSSIMO. Se voc quiser usar um compressor, consulte um tcnico sobre o assunto, pois um compressor mal projetado pode solicitar potncia demasiada do transmissor, ou mesmo ultrapassar os limites legais estabelecidos.
bvio que, usualmente, os transceptores, no seu estgio de entrada, possuem algum grau de compresso, mas muitos "macanudos" tentam aumentar a compresso para obter maior potncia de sada. Mas muito cuidado deve ser tomado nessas adaptaes, principalmente se feitas por leigos no assunto. 11.12 "Phone-Patches"
Os "phone-patches" so acesscnos que permitem a conexo de um transceptor ao sistema telefnico local. No Brasil, no momento em que este livro est sendo escrito, esto proibidos todos os tipos de "phone-patches", e, por esse motivo, no nos estenderemos sobre o assunto, ficando apenas registrado que, nos pases avanados, essaadaptao legal, possibilitando a ligao direta via rd ia/telefone entre uma pessoaem um verculo e a sua residncia.
11.13 -
Esses filtros foram estudados no Captulo 10 e se destinam a reduzir a interferncia produzida em aparelhos de televiso, principalmente evitando ou atenuando a irradiao de 54 MHz, que se situa na faixa de freqncias atriburdas ao canal 2.
11.14 Acessrios para Supresso de Rudos
O ru do gerado nos veculos, por exemplo devido ignio, pode causar problemas em um sistema da Faixa do Cidado, sendo s vezes necessrio
120
introduzir resistores, e mesmo capacitares, adequadamente localizados tema eltrico do veculo, para atenuar a influncia desses rudos. Tambm nesses casos conveniente um problema desse tipo no seu veculo. consultar um tcnico
no sis-
se voc tiver
121
Glossrio
c.A.l.
11
Current"
A.F. - Abreviatura de audiofreqncia, isto , uma freqncia situada na faixa sensvel ao ouvido humano. "AGC" - Abreviatura de "Automatic Gain Control". Veja C.A.G. ALINHAMENTO - Ajuste de dois ou mais circuitos sintonizados para freqncias idnticas. (Nota: tambm usado genericamente para ajustes de freqncias, ainda que no idnticas.) ALTO-FALANTE das sonoras. - Um dispositivo que transforma sinais eltricos em on- A sigla resulta do nome em ingls
AMPI:RE (A) - Unidade usada na medida da corrente eltrica. Por exemplo, um transceptor da Faixa do Cidado, quando est transmitindo, solicita da fonte uma corrente de 2 a 3 arnpres, AMPLI FICADO R nvel de um dado sinal. Um aparelho eletrnico cuja funo aumentar o
AMPLIFICADOR LINEAR - Um amplificador que apenas eleva o nvel do sinal, mantendo intactas as demais caractersticas do sinal. "ANL" - Abreviatura de "Automatic Noise Limiter", isto , de "limitador automtico de ru do"; geralmente, um controle existente na parte receptora de alguns transceptores, o qual, quando ligado, aciona circuitos existentes no transceptor, que eliminam automaticamente os picos de rudo que ultrapassamum valor predeterminado. ANTENA - O elemento irradiante de um sistema de radiocomunicao, consistindo de uma estrutura metlica, normalmente com fios ou barras. ANTENA DI RECIONAL - Uma antena que refora a irradiao e a captao de sinais em determinadas direes, atenuando-as em outras. ANTENA ANTENA FANTASMA Designao (imprpria) de Antena Simulada. FICTrCIA - Veja Antena Simulada. Uma antena que irradia igualmente em
123
ANTENA SIMULADA - Uni dispositivo usado para absorver a potncia emitida pelo transmissor sem irradiar para o espao, sendo extremamente til no teste de um sistema. ANNCIO PBLICO - Como os transceptores possuem circuitos de udio, existe a possibilidade de usar esses circuitos e o microfone para gerar mensagens que so transmitidas ao PBLICO por meio de alto-falantes externos conectados aos transceptores. Chama-se a esseprocedimento de "Anncio Pblico", ou tambm "Fonoclama". "AUDIO FREQUENCY" - Veja "Freqncia de Audio" .
BANDA PASSANTE - Chama-se "banda passante" a faixa compreendida entre as freqncias que delimitam os pontos em que se inicia a atenuao de um filtro passa-faixa. Veja Filtros. Exemplo: a banda passante de um filtro destinado a selecionar as freqncias da Faixa do Cidado ir, aproximadamente, de 26,965 a 27,610 MHz. "BEAM ANTENNA" "BREAK" - Veja Antena Direcional. - Pedir oportunidade para modular.
C.A. - Abreviatura de Corrente Alternada. C.A.G. - Controle Automtico de Ganho - Um circuito que mantm constante o sinal de sada, a despeito das variaes do sinal de entrada. Em ingls, diz-se "Automatic Gain Control - AGC". CAMBIO - Esta palavra termina uma mensagem, transferindo a oportunidade de falar para o outro operador. CAMBIO ESPADA - Na gria utilizada, significa uma modulao durante um tempo muito longo. CARVO - Gria que significa marido. "CB" - Abreviatura de "Citizen's Band", Faixa do Cidado (FC). C.C. - Abreviatura de Corrente Cont nua. CIRCUITO INTEGRADO - Um dispositivo miniaturizado que contm, em um mesmo invlucro, todos os componentes necessrios a um dado circuito. CLARIFICADOR - Em ingls "Clarifier". Trata-se, normalmente, de um controle existente em um transceptor com SSB, que serve para efetuar uma sintonia fina e, conseqentemente, "clarificar" o sinal recebido. COAXIAL - Cabo coaxial: um cabo constitudo de dois condutores concntricos, sendo um interno, denominado "vivo" ou "alma", e outro externo, geralmente chamado "malha". Utiliza-se normalmente como linha de transmisso para interligar o transeeptor antena.
124
COMPRESSOR DE VOZ - A voz humana apresenta picos elevados, e um baixo valor mdio. Um compressor de voz um dispositivo que atenua esses picos, fornecendo um valor mdio mais elevado; sua funo semelhante do chamado Compressor de Volume, termo mais utilizado quando o dispositivo destina-se reproduo de msica. COMPRIMENTO DE ONDA - A distncia que uma onda caminha durante um tempo equivalente a um, perodo (um ciclo). Geralmente representado pela letra grega . CORUJAR - Ficar na escuta. C.p.s. - Abreviatura de "ciclos por segundo"; hoje, como unidade de freqncia, foi padronizado o hertz (abreviatura Hz}, CRISTAL - Gria que significa esposa. CRISTAL - Componente piezeltrieo (geralmente cristal de quartzo) que utilizado em um circuito eletrnico para fornecer uma elevada estabilidade na freqncia de um oscilador. CRISTALINA CRISTALOIDE - Gria que significa filha. - Gria que significa filho.
dB - Abreviatura de decibel, unidade utilizada na medida da razo de duas grandezas, tais como potncia, tenses, ete. DECLINAO MAGN~TICA - O ngulo que o Norte Magntico (indicado pela bssola) faz com o Norte Geogrfico. Esse ngulo varia com o local e a poca, existindo mapas do mesmo levantados pelo Observatrio Nacional. DIPOLO - Antena Dipolo - Uma antena com dois elementos, cujo comprimento normalmente igual metade;:io comprimento de onda da irradiao sendo captada ou irradiada." "DUMMY ANTENNA" - Veja Antena Simulada.
li
ESTAO-BASE - Tipo de estao tambm conhecida como estao fixa e que consiste de uma estao instalada em uma posio fixa, na residncia do operador. ESTATICA - Rudo que escutado em um receptor, devido a perturbaes atmosfricas.
FCC - Abreviatura de " Federal Communications Cornrnission". a entidade mxima nos Estados Unidos que regula todos os sistemas de comunicaes.
125
FET - Abreviao de "Field Effect Transistor", ou seja, transistor de efeito de campo, um tipo de transistor amplamente utilizado nos receptores modernos. F IL TROS - So dispositivos que possibilitam a passagem de sinais com freqncia abaixo de uma freqncia determinada (filtro passa-baixas). acima de uma freqncia determinada (filtro passa-altas), ou entre freqncias determinadas (filtro passa-faixa). FONOCLAMA - Veja Anncio Pblico. FONTE DE ALIMENTAO - Equipamento que fornece ao transceptor toda a energia necessria para a sua operao; nas unidades mveis, a prpria bateria do veculo. FREOUENCIA DE AUDIO - A faixa de freqncias que normalmente podem ser percebidas pelo ouvido humano; situa-se, aproximadamente, entre 20 Hz e 20.000 Hz. FUSrVEL - Um dispositivo de proteo, normalmente constitu do por um fio, que se funde, interrompendo o circuito quando a corrente atinge um valor especificado.
GANHO DE ANTENA - Geralmente expresso em decibel, um parmetro que indica o desempenho, em ganho, de uma antena quando comparada com uma antena-padro. GANHO DE RADIOFREOUENCIA - Trata-se normalmente de um controle, existente em alguns transceptores, que permite reduzir o ganho de radiofreqncia, conseguindo-se a recepo de sinais intensos, que de outra forma saturariam os estgios de entrada, distorcendo a recepo. "GROUND" - Veja "Terra". "GROUND-PLANE" - Veja "Plano de Terra". "GROUND WAVE" - Veja "Onda Terrestre" .
HARMONICOS - So sinais indesejveis, com uma freqncia mltipla da freqncia fundamental. Por exemplo, o 2>harmnico correspondente freqncia fundamental de 27 MHz tem 54 MHz (54 = 2 x 27). e esse harmnico, caso no seja bem filtrado, pode causar srias interferncias no canal 2 de televiso, que abrange a faixa de 54 a 60 MHz. HERTZ - A unidade de freqncia que corresponde a um ciclo por segundo (abreviatura Hz).
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"IGNITION
IMPEOANCIA - Uma generalizao do conceito de resistncia eltrica. Quando esto presentes elementos reativos (capacitares e indutores). utiliza-se a denominao genrica de impedncia em lugar de resistncia. INTERFERI:NCIA - O distrbio causado na recepo de um determinado sinal, por sinais indesejveis. IONOSFERA - Camada ionizada da atmosfera que pode refletir as ondas de rdio constituindo as chamadas ondas ionosfricas.
JACK - Um soquete, como o existente nos rdios de pilha, onde introduzida a pea-macho, chamada de "Pluq", Exemplo tpico o "Jack" onde conectado o "Egosta". Nota: Na literatura tcnica em portugus costume grafar "jaque" e "pluque", em lugar da grafia inglesa.
LAYERS"
kHz - Abreviao de quilohertz, a unidade de freqncia equivalente a 1.000 ciclos/segundo. kW - Abreviao de quilowatt, 1.000 watts. a unidade de potncia equivalente a
"LEO" - Abreviao de "Light Emmitting Diode", ou seja, de um diodo fotemissor; trata-se de um componente bastante utilizado na sinalizao moderna, sendo exemplo tpico o LED que indica, em um transceptor, que o mesmo est transmitindo. LlMITAOOR AUTOMATICO OE auroo - Em ingls "Automatic Noise Limiter" (ANL), o circuito utilizado para reduzir rudo ou interferncia causados pelo sistema de ignio de um veculo ou por outros ru idos eltricos transientes. "LSB" - Abreviatura de "Lower Sid Band", ou seja, Faixa Lateral Inferior. Diz-se do modo de transmisso em que apenas a faixa lateral inferior transmitida. ~ um caso particular de SSB (Faixa Lateral Singela).
li
MACACO PRETO dizer "telefone". Gria utilizada pelos radioamadores, que quer MACAN UOO - Gria utilizada "sujeito bacana", "legal". pelos radioamadores, que quer dizer 127
MARIA-MOLE mveis.
Antena flexvel,
MEDIDOR DE r.o.e. - Aparelho para medir a Razo de Ondas Estacionrias (r.o.e.) em um dado sistema de radiocomunicao. Tambm chamado refletmetro. . MEGA -. Prefixo que significa "um milho". significa 106 hertz. Por exemplo, megahertz
MHz - Mltiplo da unidade de freqncia, o hertz. Corresponde a 1.000.000 de hertz (antes denominado "ciclos por segundo"). MICROFONE - 'Um dispositivo que converte ondas sonoras (sinal de voz) em sinais eltricos. MI LI significa 1 Prefixo, que significa "um milsimo". watt. 1 1000 Por exemplo, miliwatt
o~o
ampre.
MODULAR - Falar no microfone, colocando, portanto, uma informao de voz em um sinal de radiofreqncia. MUL TiMETRO - Um instrumento medir tenses, correntes e resistncias. de teste com vrias escalas, para
MUNHECA - Gria.utilizada pelos radioamadores, que quer dizer "principante". "operador que comete erros". MUNHECAR - Gria utilizada "errar", "cometer enganos" . Pelos radioamadores, que quer dizer
NEGATIVO Terminal negativo - Normalmente o terminal aterrado da bateria ou de uma fonte de alimentao. "NOISE BLANKER" - Veja "Supressor de Ru do". "NOISE LlMITER" - Veja "Limitador Automtico de Rudo" .
ONDAS CURTAS - So as ondas de radiofreqncia, que se situam acima das estaes de radiodifuso comuns, na faixa de 3 a 30 MHz. ONDAS IONOSFt:RICAS ionosfera. Ondas de rdio que so refletidas pela
128
ONDA TERRESTRE - Uma onda de rdio que se desloca junto superfcie da Terra. ONIDIRECIONAL (ANTENA) - Diz-se de uma antena cujas caractersticas de irradiao so iguais em todas as direes.
PI: DE BORRACHA - Gria que significa veculo. "PEP" - Abreviatura de "Peak Envelope Power", ou seja, potncia contida nos picos do sinal. Por exemplo, o DENTEL especifica que em SSB os transceptores devero apresentar no mximo 21 watts PEP entrada do sistema irradiante. PIXI RICA - Gria que significa antena, aparelhagem. PLANO DE TER RA - Antena plano de terra. Tipo de antena para estao de base extremamente popular na Faixa do Cidado. "PLL" - Abreviao de "Phase Locked Loop". Trata-se de circuitos integrados especiais, utilizados modernamente na gerao das freqncias necessriaspara os diversos canais de um transceptor. "PLUG" - O terminal-macho que feito para ser encaixado em um "Jack". (Nas publicaes em nosso idioma usual grafar-se "plugue" e "[aque'"l PORTADORA - Em ingls, "carrier". O sinal de radiofreqncia que "porta" a mensagem a ser transmitida, ou seja, o sinal de R.F. no. modulado, produzido por um transmissor. "POWER SUPPL Y" - Veja "Fonte de Alimentao". PIEZELETRICIDADE - Chama-se fenmeno piezeltrico ao aparecimento de tenses eltricas em um cristal quando o mesmo submetido a esforo mecnico e vice-versa. O quartzo, amplamente utilizado na fabricao de cristais para aplicaes eletrnicas, exibe essapropriedade. "PTT" - Microfone - Abreviatura de "Press-To-Talk microphone", isto , de um microfone como o utilizado nos transceptores modernos, que tem uma tecla que deve ser apertada ("Press") quando se quer transmitir. "PUBLlC ADDRESS" - Veja Anncio Pblico.
Cdigo Q - Um sistema codificado de trs letras, iniciando pela letra O, cada grupo tendo um significado prprio. Veja o Apndice 1.
Q -
11
OSL - Carto que trocado entre os radioamadores para confirmar o contato estabelecido entre duas estaes. QUARTZO - Material cristalino, abundante no Brasil, muito utilizado na fabricao de "cristais piezeltricos" para aplicaes eletrnicas
129
REFLETOMETRO
r.o.e. - Razo de ondas estacionrias. Trata-se de um parmetro que indica o grau de descasamento de um sistema, dando uma medida da percentagem de energia refletida de volta ao transceptor. RUfDO DE FUNDO - Perturbao permanente, de baixo nvel, em um canal ou freqncia, podendo ser causada por interferncias de outras estaes fracas, esttica, ou, ainda, rudos originados na parte receptora do prprio transceptor, sob a forma de ch iado, etc. RufDO DE IGNiO - Interferncia produzida pelas descargas existentes nas velas dos veculos .
SELETOR DE CANAIS - Chave que util izada em um transceptor para selecionar o canal a ser utilizado. SENSIBILIDADE - Indica o valor mnimo do sinal que deve chegar ao receptor para produzir um sinal adequado na sada do alto-falante, com uma dada relao sinal/rudo. Por exemplo, para o transceptor Motoradio FA-M21 especificada uma sensibilidade de 0,7 J1. V para uma relao sinal/ru do de 10 decibels. SILENCIADOR - Controle usado para "silenciar" no h sinal presente no canal selecionado. o receptor quando
SINTETIZAO DE FREQENCIA - Significa a gerao de freqncias a partir de outras freqncias. Por exemplo, 10 freqncias diferentes (10 cristais) podem gerar todas as freqncias necessriaspara um transceptor de 23 canais. Atualmente, com o advento dos PLL, basta apenas um cristal, sendo as outras freqncias todas sintetizadas. SINTONIA - O ajuste de um circuito, em termos de freqncia, para obter o melhor desempenho possvel. "SKY WAVE" - Veja "Onda lonosfrica", "SPEAKER" - Veja "Alto-Falante". "SQUELCH" - Veja "Silenciador". "S/RF METER" - Medidor usado nos transceptores para indicar a intensidade do sinal recebido (S) e fornecer uma indicao da potncia de sada de radiofreqncia (R.F.). SSB - Abreviatura de "Single Side Band", ou seja, Faixa Lateral Singela. Diz-se do modo de transmisso em que apenas uma das faixas laterais geradas na modulao em amplitude transmitida. "STATIC" - Veja "Esttica". SUPRESSOR - Dispositivo usado em veculos para reduzir a interferncia gerada pelo seu sistema de ignio. SUPRESSOR DE RufOO - Trata-se de um controle existente em certos
130
transceptores que, quando ligado, aciona circuitos que silenciam o receptor DURANTE os picos de rudo. "SWR" - Abreviao de "Standing Wave Ratio". Ondas Estacionrias). Veja r.o.e. (Razo de
TERRA - Uma conexo feita com o sistema de aterramento de um equipamento, para manter um potencial eltrico nulo. "TRANSCEIVER" - Veja "Transceptor", TRANSCEPTOR - Nome resultante da contrao dos nomes "Transmissor" e "Receptor", significando unidades que possuem todos os circuitos para transmisso e recepo. "TUNING" - Veja "Sintonia". "TVI" - Abreviao de "Television Interference". Diz-se que uma estao est provocando TVI quando ela causa interferncia nos aparelhos de televiso localizados prximos a ela.
"UHF" -
"USB" - Abreviatura de "Upper Side Band", ou seja, Banda Lateral Superior. Modo de transmisso em que apenas a faixa lateral superior transmitida. t: um caso particular de SSB (faixa lateral singela).
"VHF" - Abreviao de "Very High Frequency", qncia situada entre 30 e 300 MHz.
VOLT - Unidade de medida da tenso eltrica ("voltagem"). plo, a bateria de um carro tem o valor nominal de 12 volts.
"WALKI E-TALKI E" - Um sistema de radiocomunicao porttil. WATT - Unidade para a medida da potncia eltrica. Por exemplo, a Norma N-01A/80 estabelece que os equipamentos da Faixa do Cidado devem ter em AM uma potncia mxima de 7 watts. "WAVELENGTH" - Veja "Comprimento de Onda". "WHIP ANTENNA" - Antena vertical do tipo usado nos carros, consistindo de uma vareta vertical (normalmente possuindo ajuste para minimizao da r.o.e.). montada em uma base.
131
1 - Cdigo "0"
Pg.134 Pg.135
2 - Codificaio de letras
3 - Determinao trigonomtrica exata do ngulo entre duas localidades, definidas por suas coordenadas geogrficas (latitude, longitude) 4 - Sede, Diretorias e Agncias do DENTE L
133
Apndice 1
Cdigo
"Q"
Abaixo, uma relao simplificada das abreviaturas do Cdigo "O", tal como usadas pelos operadores da Faixa do Cidado. O Cdigo "O" aprovado pelas convenes internacionais muitssimo mais extenso e complexo do que esta lista simplificada.Os .que tiverem necessidade de conhec-Ia com exatido (para a prestao de exames para radioamador, por exemplo), devero consultar as publicaes oficiais (tais como as dos Ministrios da Marinha e da Aeronutica), ou a divulgada na revista "Eletrnica Popular", edio de abril de 1980. OAP - Permaneo na escuta ORA - Nome da estao ou do operador OR G - Freqncia ORL - Estou ocupado ORM - Interferncia provocada por outra estao ORN - Interferncia produzida por efeito atmosfrico (esttica) ORT - Parar de transmitir ORV - Estou atento ORX. - Aguarde um instante ORZ - Ouem est chamando? OSB - Seu sinal est diminuindo ("fading") OSL;- Confirmo recepo da sua mensagem osa - Comunicado entre estaes OSP - Retransmisso de uma mensagem (fazer uma ponte entre 2 estaes) OSJ - Dinheiro, taxa OSY - Transmitir em outra freqncia (mudar de canal) OTe - Mensagem de importncia OTH - Local ou endereo da estao OTR - Hora certa
134
Apndice 2
Codificao de Letras
INTERNACIONAL A B C O E F G H I - ALFA - BRAVO - CHARLlE - DELTA - ECHO - FOXTROT - GOLFO - HOTEL -INDIA J - JULlET K - KILO L - LIMA M - MIKE N - NOVEMBER O - OSCAR P - PAPA Q - QUEBEC R - ROMEO S - SIERRA T - TANGO U - UNIFORM V - VICTOR W - WHISKEY X - X-RAY Y - YANKEE Z - ZULU
(lTU) (1)
TERMOS GEOGRAFICOS A - AM~RICA B - BRASIL C - CANADA O - DINAMARCA E - EUROPA F - FRANA G - GUATEMALA H - HOLANDA I -INDIA J - JAPO K - KENIA L - LONDRES M - M~XICO N - NORUEGA 0OCEANIA P - PORTUGAL Q - QUEBEC R - ROMA S - SANTIAGO T - TORONTO U - URUGUAI V - VENEZUELA W - WASHINGTON X - XINGU Y - YUCATAN Z - ZANZIBAR
(1)
135
----------------------
Apndice 3
Determinao Trigonomtrica Exata do ngulo Entre Duas Localidades, Definidas por suas Coordenadas Geogrficas (Latitude, Longitude)
Consideremos duas localidades A 1 e A2 definidas pelas coordenadas geogrficas, a saber: AI: latitude
=(kl ;
longitude
= f3I
A2:
latitude
a2;
longitude = f32
A conveno de sinais a seguinte: Latitudes Norte positivas Latitudes Sul negativas Sendo 8 a diferena de LONGITUDE entre a estao AI (onde estamos) e a estao A2' e O a distncia angular entre as duas localidades, expressa em minutos, -podemos escrever: cos O = sen aI sen a2 + cos sen C
ai
cos a2 cos 8
onde C o ngulo desejado entre as duas localidades. Vejamos um exemplo de aplicao; suponhamos que estamos no Rio de Janeiro e queremos apontar nossa antena para Fortaleza. Nossa estao (Rio):
aI
=-
=-
f32 = 38,5230
temos, ento:
= 131
136
e, portanto: cos D = sen (- 22,907) sen (- 3,763) x cos 4,65 cos D = 0,9415 Conseqentemente, D
19,6980
sen C
= 0,239
e,finalmente, C
13,8860
Portanto, a partir da direo do Norte Geogrfico, a antena deve ser girada de 13,886, ou seja, de aproxirnaarnente 1353'.
137
Apndice 4
DEPARTAMENTO NACIONAL DE TELECOMUNICAOES
Endereo: Esp. dos Ministrios, BI. "R" - 4~andar Braslia, DF C.E.P. 70044 Telefone: (061) 226-6335 Telex: 061 1175
DIRETORIAS
1.
REGIONAIS
MANAUS: (DR/MNS - DENTELl Jurisdio: Estados do Amazonas e Acre e Territrios de Roraima e Rondnia Endereo: Rua Barba, 698 - Cachoeirinha Manaus, AM C.E.P. 69000 Telefone: (092) 234-6356 Telex: 092 2230 BELM: (DR/BLM - DENTELl Jurisdio: Estados do Par e Maranho e Territrio do Amap Endereo: Av. Senador Lemos, 1749 - Bairro Telgrafo Belm, PA C.E.P. 66000 Telefone: (091) 223-6600 Telex: 091 1059 FORTALEZA: (DR/FZA - DENTE L) Jurisdio: Estados do Cear e Piau Endereo: Av. Estados Unidos, 2500 Fortaleza, CE C.E.P. 60000 Telefone: (085) 227-8117 Telex: 085 1129 RECIFE: (DR/RCE - DENTELl Jurisdio: Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraba e Rio Grande do Norte e Territrio de Fernando de Noronha
2.
3.
7. SO PAULO: (DR/SPO - DENTELI Jurisdio: Estado de So Paulo Endereo: Rua Costa, 55 - Consolao So Paulo, SP C.E.P. 01304 Telefone: (011) 256-1522 Telex: 011 23618 8. CURITIBA: (DR/CTA - DENTELl Jurisdio: Estado do Paran Endereo: R. Des. Otvio F. do Amaral, 279 Curitiba, PR C.E.P. 80000 Telefone: (041) 233-5122 Telex: 041 5264
4.
138
9. FLORIANOPOLlS: (DR/FNS - DENTELl Jurisdio: Estado de Santa Catarina Endereo: Rua Saldanha Marinho, 3A Florianpolis, se e.E.p.88000 Telefone: (048) 222-9675 Telex: 048 2276 10_ PORTO ALEGRE: (OR/PAE - DENTELl Jurisdio: Estado do Rio Grande do Sul Endereo: Rua Duque de Caxias, 1297 Porto Alegre, RS c.e.r. 90000 Telefone: (051) 221-4533 Telex:0511181 11. BELO HORIZONTE: (OR/BHE - DENTE Ll Jurisdio: Estado de Minas Gerais Endereo: Rua Timbiras, 1778
Belo Horizonte, MG C.E.P. 30000 Telefone: (031) 222-5066 Telex: 031 1329 12_ GOINIA: (DR/GNA - DENTE Ll Jurisdio: Estado de Gois Endereo: Rua'13, n!>618 - Setor Oeste Goinia, GO C,E.P 74000 Telefone: (062) 225-3930 Telex: 062 2119 13_ CAMPO GRANDE: (DR/CGE - DENTEU Jurisdio: Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Endereo: Rua Quinze de Novembro, 544 - Centro Campo Grande, MS C,E_P.79100 Telefone: (067) 383-1651 "telex: 0672371
AG~NCIAS
Pode o Diretor-Geral do DENTE L instituir Agncias em qualquer parte do territrio nacional, at o limite de 20 dessasunidades. As Agncias so rgos representativos e auxiliares das Diretorias Regionais_ Encontram-se em funcionamento as seguintes Agncias: 4. 1. SO (AG/SLS - DENTE Ll Endereo: Rua da Virao, 111 - Remdios So Lus, MA c.s.e. 65000 Telefone: (098) 222-6399 Telex: 098 2362 ARACAJU: (AG/AJU - DENTELl Endereo: Av. Pedra Calazans, 978 - Centro Aracaju, SE C.E.P. 49000 Telefone: (079) 222-1659 VITORIA: (AGIVTA - DENTELl Endereo: Rua Castelo Branco, 1279 - Vila Velha Vitria, ES C.E.P. 29000 Telefone: (027) 229-5035 PORTO VELHO: (AG/PVO - DENTELl Endereo: R. Riachuelo, 473 Porto Velho, RO C.E.P. 78900 telefone: (069) 221-5787 Rua Jundia, 381 - Trreo - Ed. EMBRATE L Natal, RN C.E.P. 59000 Telefone: (084) 222-2201 - Ramal 160 Telex: 084 2301
uns.
5.
2, TERESINA: (AG/TSA - DENTELl Endereo: Rua Coelho Rodrigues, 1266 Sala 102 Teresina, PI C.E.P. 64000 Telefone: (086) 222-1023 3. NATAL: (AG/NTL - DENTELl Endereo:
6.
139
ndice d6 Apndice5
Portaria nP785 de 19 de Setembro de 1979 Portaria nP2.144 de 24 de Dezembro de 1979-. pubJicada no DOU de 28 de Dezembro de 1979 Portaria nP070 de 07 de Abril de 1980, Portaria nP598 de 09 de Abril de 1980 Portaria nP218 de 23 de Setembro de 1980
Pg. 142
141
Apndice 5
PORTARIA N9785 DE 19 DE SETEMBRO DE 1979
- Fornecer, ao Ministrio das Comunicaas informaes que se fizerem necessrias as atividades de seus associados no que se execuodo Servio;
4 - Solicitar, ao Ministrio das Comunicaes, todos os elementos que dele dependam para a completa realizao de suas finalidades; 5 - Representar, ao Ministrio das Comunicaes, quando comprovada a prtica de infrao cometida por usurios do servio prevista na legislao especifica; 6 - Promover, por todos os meios ao seu alcance; o aprimoramento dos conhecimentos tcnicos dos seus associados e divulgao de instrues que visem a utilizao racional e eficiente dos canais destinados ao Servio Rdio do Cidado e 7 - Manter, sempre que possfvel, estaes destinadas escuta dos chamados de emergncia, no canal 9. IV - Determinar que:
1 - O reconhecimento no torna obrigatbria, e sim optativa, a filiao dos executantes ou pretendentes execuo do Servio Rdio do Cidado a essas enti dades; e 2 - O ato de reconhecimento dessas entidades poder, a qualquer termo, ser revogado se for verificado, pelo Ministrio das Comunicaes, que no esto sendo mantidas em condies que justificaram o referido reconhecimento. V - Esta Portaria sua publicao. entra em vigor na data de
que as entidades
1 - Manter relacionamento oficial com o MInistrio das Comunicaes nos assuntos pertinentes ao Servio Rdio do Cidado e de interesse de seus associados; 2 - Cooperar com o Ministrio das Comunicaes para a fiel observncia, pelos seus associados, das normas pertinentes ao Servio Rdio do Cidado;
142
2.1 - O relacionamento oficial com o Ministrio das Comunicaes, nos assuntos pertinentes ao Servio Rdio do Cidado e de interesse dos seus associados; 2.2 - A cooperao, com o Ministrio das Comunicaes, para a fiel observncia, pelos seus associados, das normas pertinentes ao Servio Rdio do Cidado; 2.3 - A Representao ao Ministrio das Comunicaes, ~ando comprovada a prtica de infrao cometida por usurios do Servio, prevista na legislao especffiCla; 2.4 - A promoo, por todos os meios ao seu alcance, do aprimoramento dos conhecimentos tcnicos dos seus associados, e a divulgao de instrues que visem a utilizao racional e eficiente dos canais destinados ao Servio Rdio do Cidado; 2.5 - A manuteno, sempre que posslvel, de estaes destinadas escuta dos chamados de emergncia no canal 9. 3 - CJetenham as entidades, como um dos seus objetivos principais, o desenvolvimento de atividades de utilidades pblicas. 1\ - O DENTEL considerar, alm dos critrios estabelecidos nos itens 1, 2 e 3 desta Portaria. a convenincia e a oportunidade de reconhecimento das entidades proponentes. 111- A presente Portaria entrar em vigor na data de sua publicao.
- a Norma N-01/80 - Servio Rdio do Cidado relaciona as caractersticas tcnicas de um novo modelo de equi .pamento a ser desenvolvido pela indstria nacional; - a Norma de Homologao e Registro de Equipamentos para uso nos Servios de Teleco,nJOicaes, aprovada pela Portaria Ministerial n? 903/76, estabelece que s podem ser instalados e utilizados em todo o Territrio Nacional
143
1.2 - As empresas Que comercializam este tio- CACEXdestinada ilJ1)ortao de equipamentos po de equipamento ao solicitarem o registro, idnticos ou similares. Tal condiO dever ser cladevero comprovar a importao regular' QU a ramente expressa nos registros. compra no mercado interno. 2 - Baixe as instrues complementares deta1.3 - As comunicaes de registro sero expe- lhando os procedimentos a serem seguidos no didas com validade de at 3 (trs) anos. cumprimento desta Portaria. 1.4 - As comunicaes de registro contero. o HAROLDO CORR~A DE MATTOS sufixo "R" (de restrito). significando que as Ministro de Estado das Corronicaes_ mesmas no so vAlidas para obteno de guia ne
o DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TELECOMUNICAOEs - DENTEL. no uso de suas atribuies e tendo em vista o que estabelece a Portaria Me n? 70. de 7 de abril de 1980.
RESOLVE: Determinar que 05 interessados obteno de registro, jooto a este Departamento, de equipamento de origem estrangeira destinado ao Servio Rdio do Cidado, adotem o seguinte procedimento: 1. - O pedido de Registro dever ser entregue na Diretoria Regional ou na Sede do DENTE L, em Brasllia - DF, de acordo com a sua jurisdio e conforme modelo anexo. 1.1 - O pedido de registro poder ser feito por entidade de classe devidamente reconhecida ou pelos prprios usurios do servio, em requeri mento individual ou coletivo, quando a solicitao for relativa a registro de equipamentos de mesmo modelo. 1.2 - Ao referido pedido dever ser anexado o catlogo original do equipamento (manual de especificaes tcnicas) ou, em sua falta, laudo de ensaio emitido por laboratrio credenciado pelo DENTEl ou por engenheiro habilitado. 1.3 - Caso as especificaes constantes do catlogo no atendam aos requisitos do item 6 da Norma n~l/80, aprovada pela Portaria Me n?44/80, devem ser apresentado o laudo ele enseio das caracterfsticas desconhacidas. 2 - Ser admitida a modificao das caraeterfsticas de freqncia e potncia de salda nos modelos originalmente registrados, obed&cidos os limites estabelecidos pelo mencionado item 6 da Norma n? 1/80. 2.1 - A comprovao do atendimento ao exigido no Item 2 acima ser feita atralls de laudo de ensaio individual e, comprovado esse atendimento, ser expedidll a comunicao de registro Individual. 3 - A comprollllo a que se refere o subo item 1.2 da Portaria Me n? 70/80 ser feita atra-
vs de documento de importao ou de nota fiscal de compra, conforme o caso especffico. ANTONIO FERNANDES NEIVA Diretor-Geral do DENTE l
(PEDIDO DE REGISTRO DE EQUIPAMENTO ESTRANGEIRO PARA USO NO SERViO RA010 DO CIDADOl:
limo. Sr. Diretor da Diviso de Fiscalizao do Departamento Nacional de Telecomunicaes: Nos termos da NG-05/76 - Homologao e Registro de Equipamentos para Uso nos Servios de Telecomunicaes, aprovada pela Portaria Ministerial n? 903/76, solicito o registro do equipamento estrangeiro abaixo mencionado, colocando o mesmo disposio desse Departamento para qualquer exame que julgue necessrio, bem como anexando os seguintes documentos:
. .
NOT A - Nas Portarias N9070 e N9598, as reterencias N-01/80 e Portaria Me N!144/80 correspondem, respectivamente, Norma N-01A/80 e Portaria N!1218, de 23/09/1980 - pois, segundo informe do MinC9ffl, o D. Oficial divulgar uma retificao quanto a estas referlncias, ratificando os demais dispositivos de ambas.
144
o MINISTRO OE ESTADO DAS COMUNICACES, no uso de suas atribuies e, considerando as sugestes de interessados no aperfeioamento da Norma 01/80, conforme previsto pela Portaria n9 044, de 5 de maro de 19SO, que a aprovou,
RESOLVE: I - Aprovar a Norma 01A/SO - SERViO RDIO DO CIDADO, que a esta acompanha, estabelecendo as condies para execuo daquele servio. II - Determinar que o Departamento Nacional de Telecomunicaes - DENTE L baixe os atos complementares que se fizerem necessrios apcao da Norma. III - Manter o prazo de dois anos, a partir de 6 de maro de 1980, para que as pessoas [urfdicas atualmente executantes do Servio Rdio do Cidado se enquadrem no Servio Limitado, sob pena de cancelamento das licenas. IV - Esta Portaria entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas a Portaria n9044/80, de 5 de maro de 1980 e as disposies em contrrio.
FINALIDADE
- atender a situaes de emergncia, como catstrofes, incndios, inundaes, epidemias, perturbaes da ordem, acidentes e outras situaes de perigo para a vida, a sade ou a propriedade; - transmitir sinais de telecomando para dispositivos eltricos. 2.1 - ~ proibido cobrar qualquer espcie de remunerao ou retribuio pela execuo do Servio. CANALIZAO 3 - A faixa do espectro de radiofreqncias entre 26,96 MHz e 27,61 MHz est dividida em 65 canais com separao de 10kHz entre portadoras adjacentes, com largura de faixa ocupada de 8 kHz por canal, de acordo com a seguinte canalizao: CANAL FREa~NCIAS (MHz) 26,965 26,975 26,985 26,995 27,005 27,015 27,025 27,035 27,045 27,055 27,065 27,075 27,085 27,095 27,105 27,115 27,125 27,135 27,145 27,155 27,165 27,175 27,185 27,195 27,205 27,215 27,225 27,235
N~
HAROLDO CORRIOA DE MATTOS Ministro de Estado das Comunicaes NORMA N9 OlA/ao CIDADO DEFINiO 1 - O SERViO RDIO DO CIDADO o servio de radiocomunicaes de uso compartilhado para comunicados entre estaes fixas e/ou mveis, realizados por pessoas naturais, utilizando o espectro de freqncia compreendido entre 26,96 MHz e 27,61 MHz. 1.1 facultada a execuo do Servio s associaes representativas de seus usurios, reconhecidas pelo Ministrio das Comunicaes, bem como aos Corpos de Bombeiros, Secretarias de Segurana Pblica, Polfcas Civis e Militares, Policia Rodoviria e demais 6rgos pblicos ou entidades que, a critrio do Departamento Nacional de Telecomunicaes - DENTEL, possam atender a situaes de emergncia. 1.2 - ~ facultado o uso dos canais 59127,595 MHz),60 (27,605 MHz). 09127,065 MHz - emergncia) e 19 127,185 MHz - uso em rodovias) s pessoas jurfdicas, em atendimento a usurios do Servio Rdio do Cidado. 1 DO
SERViO
RDIO
2 3
1T 4 5 6 7 2T
8 9
10 11 3T 12 13 14 15 4T 16 17 18 19 5T 20 21
t:
22
23
145
CANAL N~ 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 .52 53 54 55 56 57 58 59 60
FREQENCIAS (MHz) 27,245 27,255 27,265 27,275 27,285 27,295 27,305 27,315 27,325 27,335 27,345 27,355 27,365 27,375 27,385 27,395 27,405 27,415 27,425 27,435 27,445 27,455 27,465 27,475 27,485 27,495 27,505 27,515 27,525 27,535 27,545 27,555 27,565 27,575 27,585 27,595 27,605
4.5 - As estaes de telecomando podero uti lizar qualquer um dos seguintes canais: 1T, 2T, 3T, 4T e 5T. 4.5.1 - O canal 24 (27,245 MHz) poder tambm ser utilizado para telecomando. 4.6 - s estaes de telecomando no permitida a transmisso de qualquer outro tipo de informao. EQUIPAMENTOS 5 - Na execuo do Servio Rdio do Cidado somente sero utilizados equipamentos homologados pelo Ministrio das Comunicaes. 5.1 - No caso de comprovada necessidade, ser permitida a utilizao de equipamentos registrados pelo Ministrio das Comunicaes.
CARACTERSTICAS
TCNICAS
6 - Todos os equipamentos destinados ao Servio Rdio do Cidado devero satisfazer, pelo menos, aos seguintes requisitos: 6.1 - Os transmissores devero ser modulados em amplitude e a mxima largura de faixa ocupada pelas emisses em fonia no dever exceder a 8 kHz para modulao em faixa lateral dupla e a 4 kHz para modulao em faixa lateral singela com portadora suprimida; 6.1.1 - A banda passante de udio dever iniciar o corte em 2,5 kHz com 15 dB/oitava com o ndice mnimo. 6.2 - A atenuao do segundo harmnico ou de outras emisses esprias iguais ou maiores dever ser superior a 60 dB, em relao portadora para emisses em faixa lateral dupla, ou em relao potncia de pico de envoltria para emisses em faixa lateral singela com portadora suprimida. 6.3 - A atenuao das demais emisses esprias dever ser superior a 40 dB, em relao portadora para emisses em faixa lateral dupla, ou em relao potncia de pico de envoltria para emisses em faixa lateral singela com portadora suprimida. 6.4 - A atenuao da portadora e da faixa lateral no desejada, para equipamentos que utilizem emisso em faixa lateral singela com portadora suprimida, dever ser maior do que 40 dB em relao faixa lateral desejada. 6.5 - Os transmissores para telecomando devero ser modulados em amplitude empregando tons ou telegrafia por onda contnua, devendo a mxima largura de faixa ocupada no exceder a 8 kHz e a atenuao de emisses no essenciais ser superior a 40 dB, em relao portadora. 6.6 - A estabilidade de freqncia dever ser igualou melhor que 0,005% para variaes de
3.1 - Os canais compreendidos na faixa de 26,957 MHz a 27,283 MHz, devem aceitar qualquer interferncia prejudicial que possa ser causada pelas emisses utilizadas com fins industriais cient ficos e mdicos. ' 4 - As estaes podero operar livremente em qualquer dos canais citados nesta Norma, excetuando-se os destinados a atender situaes de emergncia, a chamada e escuta, ao uso em rodovias ou transmisso de sinais de telecomando. 4.1 - I vedada a utilizao simultnea mais de um canal por qualquer estao. 4.2 - O canal 9 (27,065 MHz) restrito trfego de mensagens referentes a situaes emergncia em todo o Territrio Nacional. de ao de
4.3 - O canal 19 (27,185 MHz) restrito ao uso em rodovias em todo o territrio nacional. 4.4 - O canal 11 (27,085 MHz) restrito a chamada e escuta em todo o territrio nacional.
146
temperatura de - SOC a + .500 C e para variaes lS% da tenso nominal de alimentao. 6.7 - A potncia transmissor ser de: mdia permitida
IDENTIFICAO
DAS ESTAES
sada do
7VV para telecomando - potncia da portadora; 7VV para emisses em faixa lateral dupla-potncia da portadora; 7W (21 W PEP) para emisses em faixa lateral singela com portadora suprimida. COMPET~NCIA PARA FISCALIZAO Rdio do Cida-
14 - As estaes licenciadas sero identificadas por um indicativo de chamada, composto do prefixo PX, do nmero correspondente reljio do Brasil e de complemento alfanumrico. 14.1 - Para este efeito, nas seguintes regies: o Brasil est dividido
UNIDADE Espfrito
DA FEDERAO
CDIGO
So Paulo RIO Grande do Sul Minas Gerais Paran e Santa Catarina Bahia e Sergipe Alagoas, Cear, Paralba, Pernambuco e Rio Grande
8 - Licena de Estao o documento emitido pelo Departamento Nacional de Telecomunicaes - DENTEL, pelo qual fica autorizada a instalao e operao da estao do Servio Rdio do Cidado. 8.1 - Compete ao Diretor-Geral expedir Licena de Estao. 8.2 Licena. Para cada estao ser do DENTEL excedida uma
3
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do Norte
9 - O licenciamento obrigatrio para todas as estaes com equipamento de potncia superior a 100 mW (cem miliwansl. 9.1 - ~ facultado ao interessado requerer o licenciamento opcional das estaes com potncia igualou inferior a 100 mW (cem miliwattsl. 10 - A Licena de Estao ser expedida a titulo precrio, podendo ser cancelada por necessidade tcnica ou convenincia do servio, suspensa ou cassada, sem qualquer direito a indenizao. 11 - O pedido de licenciamento para a execuo do Servio Rdio do Cidado far-se- de acordo com os procedi mentos e formulrios adotados pelo DENTEL. 11.1 - Os pedidos de licenciamento para menores, com idade entre 10 e 18 anos, devero ser feitos pelo seu responsvel legal. 12 - O licenciado que tiver cassada sua licena s poder pleitear novo licenciamento aps o decurso do prazo de 2 (dois) anos.
Acre, Amazonas, Maranho, Par, Piaul, Amap, Rondnia e Roraima Distrito Federal, Gois, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Fernando de Noronha e Ilhas Ocenicas
OPERAO
15 - Na operao das estaes, obedecidas as seguintes regras: a) antes de transmitir, o operador o canal est livre;
b) nenhuma chamada ser repetida mais de trs vezes consecutivas passando o operador imediatamente escuta;
c) uma vez estabelecida a comunicao, em cada ernbio, dever ser mencionado o indicativo de chamada de ambas as estaes em contato; d] o indicativo de chamada rado completo, sem supresses qualquer espcie; ser sempre declaou acrscimos de
TAXAS
DE FISCALIZAO
13 - ~ devido pagamento das taxas de Fiscalizao de Telecomunicaes pela execuo do Servio Rdio do Cidado. 13.1 - O valor das taxas equivale quinta parte do maior Valor de Referncia vigente no Pas. 13.2 - So isentas destas taxas as estaes de potncia inferior ou igual a 100 mW (cem miliwatts), no licenciadas.
e) nenhuma transmisso entre estaes exceder du rao de 3 (trs) minutos, exceto n os casos d emergncia. 15.1 - As estaes de telecomando esto dispensadas das presentes regras, devendo seus operadores limitar as transmisses ao tempo estritamente necessrio ao controle dos dispositivos. PENALIDADES so: E INFRAES por infrao desta Norma
16 - As penalidades
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a) advertncia; b) multa, at 1/10 (um dcimo) ximo atualizado; c) suspenso 30 (trinta) dias; da execuo do do valor mservio. at
b) tratar. nas transrnrssoes , de assunto polttico, religioso ou racial ou quaisquer outros que possam dar motivo a polmica; c) utilizar cbdigo "Q"; d) proferir em desacordo cdigo de transmisso diverso do
dl
16.1 - Quando houver a prtica de duas ou mais infraes. idnticas ou no. as penalidades sero cumulativamente aplicadas, no podendo, no total. ultrapassar o grau mximo previsto. 16.2 - No concurso de infrao a esta Norma e de crime ou contraveno, o processo penal ter precedncia sobre o administrativo. 16.3 - Se o DENTEL constatar a ocorrncia de crime ou contraveno praticado na execuo do servio. a representao ser dirigida Policia Federal no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
e) operar em freqncias diferentes das previstas nesta Norma ou provocar interferncias propositais; fi cobrar ou receber qualquer espcie de remunerao em razo de servios prestados a terceiros; g) impedir ou dificultar lizador do DENTEL; a ao do agente fisca-
h) praticar ou permitir que se pratique crime ou contraveno mediante a utilizao de transmisses originrias da estao;
17 - A advertncia ser aplicada. por escrito, quando o descumprimento de disposio desta Norma seja capaz de desvirtuar a correta utilizao do servio e no estiver capitulado em penalidade mais grave.
18 ta: a) omitir o lndicativo de chamada 10 com supresses ou acrscimos; ou declarConstituem infraes pun veis com mul
21 - Na aplicao ou na fixao da penalidade, sero considerados antecedentes, bem como a intensidade do dolo ou grau de culpa. e os motivos. circunstncias e conseqncias da infrao. 22 - A aplicao e fixao previstas nesta Norma competem: das penalidades
b) no portar o original da licena ou no conserv-to em local visvel. junto estao; c) no cumprir, no prazo estipulado, feitas pelo DENTEL; exigncias
I - Aos Diretores Regionais do DENTEL, a advertncia. a multa e a suspenso da execuo do servio, at 10 (dez) dias; 11 - Ao Diretor da Diviso de Fiscalizao do DENTEL, a suspenso de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; 111 - Ao Diretor-Geral sao da licena de estao. do DENTEL, a cas-
d) reincidir em situao que j tenha motivado a aplicao de advertncia. 19 - Constituem infraes pun veis com suspenso da execuo do servio: a) transmitir msica. discursos. disputas esportivas ou gravao magnetofnica de qualquer natureza; as gravaes podero ser admitidas nos casos de emergncia; b] intercomunicar-se taes no licenciadas; deliberadamente com es-
c) introduzir modificao tcnica no equipamento ou realizar transmisso em carter experimental. de modo a prejudicar a operao de outras estaes; dl conectar o equipamento
23 - A aplicao da penalidade ser precedida de parecer do rgo competente do DENTEL, notificado previamente o infrator para exercer o direito de defesa no prazo de 5 (cinco) dias. contados da data do recebimento da notificao por carta registrada com aviso de recebimento.
RECONSIDERAO
E RECURSO
1
linha telefnica;
da taxa de fiscalique j tenha motipunveis com cas-
24 - Da aplicao de penalidade caber pedido de reconsiderao e, em se~ida, recurso para a autoridade imediatamente superior, apresentados no prazo de 30 [trinta] dias. contados da data de recebimento da respectiva notificao por carta registrada com aviso de recebimento. 25 - O pedido de reconsiderao e o recurso tm efeito suspensivo, a no ser no caso da aUnea h do item 20 desta Norma.
superior
permitida;
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o Servio Rdio do Cidado das mais empolgantes atividades do mundo atual: entretenimento, comunicao, iniciao e adestramento em Eletrnica, segurana no Lar, no automvel, nibus ou caminho; so novas e agradveis amizades locais ou a grandes distncias - e um servio de ajuda comunitria, em situaes normais ou de emergncia, usando-se apenas um transceptor compacto, econmico, utilizvel por qualquer pessoa e em qualquer local. A Pol cia , os Bombeiros, as Patrulhas Rodovirias mantm escuta permanente para qualquer emergncia dos usurios; h canais para informaes sobre o trfego rodovirio, condies meteorolgicas regionais e auxlio aos motoristas.
Este livro explica o que todos querem saber sobre o Rdio do Cidado, mas no encontram de maneira adequada em outras publicaes, Comea com introduo s Radiocomunicaes e conhecimentos bsicos dos sistemas utilizados, Da, passa s particularidades do Servio Rdio do Cidado, finalidades, caractersticas, procedimentos para licenciamento, descriode um sistema tpico, exemplo de transceptores comerciais e critrios para selecionar o equipamento a ser adquirido. A importncia da antena, seus tipos principais, como instalar estaes fixas ("base") ou em veculos (mveis), a manuteno e o teste de um sistema so explicados detalhadamente. Os temas seguintes so os procedimentos para operar corretamente uma estao da Faixa do Cidado, como orientar antenas direcionais, qual o alcance obtido nas comunicaes, a preveno e correo de problemas de interferncia na TV, os equipamentos e acessrios para melhorar o desempenho na transmisso e recepo. Em apndices, est a reproduo integral dos regulamentos e normas sobre o Servio Rdio do Cidado - de forma completa e atualizada, e outros dados teis para os usurios da "faixa de 11 metros". . Concluindo, Antenna, editora desta obra, declara - sem falsa modstia: CiBi um livro que no tem similar, em abrangncia e acessibilidade, em toda a vasta literatura mundial sobre a Faixa do Cidado,
DADOS DO AUTOR:
o Engenheiro Hilton Andrade de Mello formou-se em Eletrnica em 1962 pela "Escola Nacional de Engenharia" da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ingressando desde entlio no Instituto de Engenharia Nuclear, um dos Institutos da Comisso Nacional de Energia Nuclear.
Fez os cursos de Graduao na Universidade de Stanford (Califrnia - USA), onde obteve os ttulos de Mestre em Cincias e "Engineer", e vrios estgios em laboratrios em outros pases, como Alemanha e Inglaterra. autor de vrios trabalhos cientficos e de vrios livros didticos publicados no Brasif, como Circuitos Integrados, Dispositivos Semicondutores, e lntroduo Fsica do Estado Slido, essesdois ltimos em
co-sutorie.
atualmente responsvel geral pela rea de InstrumentalJo e Controle do Instituto de Engenharia Nuclear.