Heidegger
Heidegger
Heidegger
Correspondência do filósofo alemão com o seu irmão, Fritz, vai ser publicada na
próxima semana na Alemanha.
SÉRGIO C. ANDRADE
13 de Outubro de 2016, 21:49 actualizado a 13 de Outubro de 2016, 19:12
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Martin Heidegger FRITZ ESCHEN/ULLSTEIN BILD VIA GETTY IMAGES
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No final de 1931, Martin enviou ao seu irmão, cinco anos mais novo, um
exemplar do livro Mein Kampf (A Minha Luta), de Adolf Hitler, elogiando,
numa das missivas, “o excepcional e seguro instinto político” do futuro ditador
nazi. Noutra carta, comenta a designada “manobra Papen” – a acção política do
chanceler da República de Weimar, Franz Papen, em 1932, com o objectivo de
impedir a ascensão do partido nazi – como “um complot judeu”.
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RECOMENDAÇÃO
Noutra carta ao seu irmão, o filósofo desculpa as “coisas bastante baixas e pouco
recomendáveis” do novo regime, quando confrontadas com “os grandes
desígnios” do Führer. E, já em 1943, Heidegger lamentava que o “espírito
germânico” corresse o risco de ser destruído pelo “bolchevismo” e pelo
“americanismo”.
Heidegger e o ser-no-mundo
O filósofo alemão Martin Heidegger, falecido em
1976, foi um dos mais influentes pensadores do
século XX. Abandonando a teologia, mergulhou nos
gregos para tentar encontrar neles a substância
que de alguma forma amparasse o homem
contemporâneo num mundo desesperançado de
Deus. Erguendo-se contra a tradição metafísica,
voltou-se para o ser (ontologia), procurando
Martin encontrar um norte num cenário onde os valores
Heidegger (1889- da religião e da metafísica haviam sido abalados
1976)
até as suas raízes.
Nietzsche e Kierkegaard,
uma relação de diálogo crítico e de predecessores de
tentativa de superação que o conduziu à Heidegger
filosofia existencial. Esta ruptura com a ilustre tradição da metafísica
alemã explica-se historicamente: em 1918, o II Reich alemão
sucumbira frente a coligação de impérios e nações a que movera
guerra por quatro anos. Desde então foi como se na Alemanha
tivessem aberto a caixa de Pandora, permitindo que todo os
fantasmas e demônios viessem à luz.
O Caleidoscópio Cultural
Um caleidoscópio que mostrou uma incrível e
inusitada diversidade cultural, onde imagens
tortuosas, deliberadamente deformadas, alternavam-
se com linhas retilíneas, funcionais, onde cenografias
visando a politização intercalavam-se com exposições
filosóficas despolitizantes, tudo isso em meio a muita
briga de rua entre comunistas e nazistas. Neste
cenário confuso, caótico, de descrença absoluta e de
desesperada necessidade de esperança, onde os
extremos ideológicos se enfrentavam em cada esquina
da Alemanha, nasceu o existencialismo de Martin
Brecht no Heidegger.
clima
de Weimar O Menino de Messkirch
Existencialismo e Fenomenologia
Heidegger, para tanto, uniu o existencialismo de
Kierkegaard e a fenomenologia do seu mestre
Husserl, abolindo com os dualismos que
caracterizavam a metafísica clássica (corpo/alma,
interior/exterior, subjetividade/objetividade,
ser/parecer), mantendo porém a irredutível
separação do "eu" com o seu "próximo". Ao
privilegiar no seu famoso livro Zein und Zeit (Ser e
Tempo, 1927), o retorno da filosofia para o ser
(ontologia), imaginou que ele doravante estaria
Da floresta ao aberto, livre, pronto para eleger o que desse e
sol: o ser em viesse. "Ser-no-mundo é morar no mundo", e não
busca da estar tenuamente ligado a ele. "Ser", para
existência Heidegger, como observou Sartre, "é ser as
próprias possibilidades: é fazer-se ser". O que
importava era a autenticidade da decisão tomada. O seu limite era
dado pelo tempo, pelo prazo de vida que cada um tinha, porque era a
morte quem revelava a finitude do ser humano. Não havia mais céu
para acolher a alma, nem o regaço de Deus para depositar-se as
inquietações e as esperanças, o ser estava entregue a si mesmo, ao
nada (niilismo). Uns aceitavam as coisas assim como são, sobrevivem
apenas, "vivem" o seu cotidiano sem grandes inquietações, sem
voltar-se sobre si mesmos. Outros, ao contrário, "existem", testam os
limites da vida, lançam perguntas, indagam, enriquecem o ser,
angustiam-se, querem fugir do tédio e da ansiosidade, sensibilizam-
se.
Linhas Abertas
Apesar do envolvimento de Heidegger com o nazismo,
quando o ser-ai dele integrou-se no movimento nacional-
socialista a partir de 1931-2, sua filosofia permitiu uma
abertura de linhas e de decisões tão amplas que os seus
discípulos, admiradores e seguidores, sentiram-se
H.Arendt autorizados a seguir pelas estradas que bem lhes
aprouvessem.
A Revolução Parda
Um Mosteiro de Filósofos
O Fim
Cronologia
Data Acontecimento
1889 Martin Heidegger nasce no dia 26 de setembro em
Messkirch, filho de um sacristão local (região da Floresta
Negra na Suábia)
1903 Bolsista no Ginásio em Constança, preparação para a vida
sacerdotal, envolvido em atividades intelectuais anti-
modernistas
1915 Tese de livre docência sobre Duns Scotus (1266-1308)
1918- Discípulo e assistente de Husserl, rompimento com o
23 catolicismo. Derrota do Reich alemão na Guerra de 1914-18
1923 Início da celebridade devido suas conferencias sobre a
Ontologia, tornando-se "o rei secreto da filosofia alemã"
1927 Edição do "Ser e Tempo", obra que o consagrou como
grande pensador
1929 Confronto com E.Cassirer em Davos: existencialismo x
neokantismo
1933 Nazistas no poder: reitor na Universidade de Friburgo,
afastando-se dela um ano depois
1934 Fracassa sua abadia de sábios em Berlim, retira-se de volta
para a filosofia
1936 Conferências sobre Hölderlin e Nietzsche
1945 Derrota da Alemanha nazista na IIª Guerra Mundial.
Heidegger proibido de lecionar
1953 Reintegrado no clima da Guerra Fria, reinicia sua carreira
filosófica
1976 Morre em 26 de maio, sendo enterrado em Messkirch em
exéquias católicas
Leia mais:
HEIDEGGER
Página de Filosofia
Contemporânea
escrita por Rubem
Queiroz Cobra
(Site original:
www.cobra.pages.nom.br)
//////
FILOSOFIA
FILOSOFIA
Martin Heidegger, existencialismo, conceitos, influências das correntes filosóficas na
criação de abordagens psicológicas.
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O episódio das duas grandes guerras mundiais abalou de maneira intensamente negativa
toda a humanidade; pode-se dizer que os episódios horrendos das guerras abalaram até
mesmo a confiança da humanidade em si mesma. Nesta fase os valores chegaram a ficar
confusos em meio a tanta desgraça. Além disto, as guerras também demonstraram o
vazio que permeava os sistemas filosóficos da época, como o idealismo e o positivismo,
etc; os quais eram limitados no que diz respeito a compreensão de aspectos
fundamentais da humanidade (existência humana) e do mundo. Diante disto percebeu-se
a urgência de novas correntes filosóficas / uma renovação da filosofia. E foi aí que
surgiu o Existencialismo, e, através dele uma nova maneira de ver e interpretar as
coisas, e o sentido da existência.
A corrente existencialista ocupa-se antes, e acima de tudo, do ser humano. Sendo que
suas características fundamentais são: o método fenomenológico (esclarecimentos no
âmbito das experiências / fenômenos tal como ocorrem / de tudo aquilo que somos
conscientes); ponto de partida antropológico; e interação de dimensões do homem. O
Existencialismo é a, segundo Mondin (1977), “corrente de pensamento que concebe a
especulação filosófica como uma análise minuciosa da experiência cotidiana em todos
os seus aspectos, teóricos, e práticos, individuais e sociais, instintivos e intencionais...
da raça humana”.
Este artigo fala sobre o filósofo Martin Heidegger, um dos mais influentes filósofos do
Existencialismo (embora ele tenha negado tal título). O trabalho expõe a época na qual
o filósofo vivia; um pouco de sua história pessoal; suas principais obras; e a forma
como interpretava conceitos por ele criados (por exemplo, o conceito de existências), e
também como interpretava conceitos já existentes (como, ser, ente, existência,
temporalidade, morte, linguagem, e verdade). Tudo com base em material extraído de
livros, do próprio filósofo e também de outros autores.
O objetivo deste artigo é esclarecer dúvidas a respeito dos conceitos citados. E informar
um pouco a respeito do surgimento e dos pressupostos filosóficos da fenomenologia e
do existencialismo. Com o objetivo de possibilitar a compreensão da influência que
estas correntes filosóficas tiveram na criação de algumas abordagens psicológicas.
Conceitos
Segundo Heidegger (2005), “o ser não somente não pode ser definido, como também
nunca se deixa determinar em seu sentido por outra coisa nem como outra coisa. O ser
só pode ser determinado a partir do seu sentido como ele mesmo”. Ou seja, o ser é
autônomo, independente, e indefinível.
O ser nunca se manifesta direta ou imediatamente, mas sim como ser de um ente.
Aquilo que faz presente o ente e que o ilumina, mas que também se faz presente e
manifesta-se no ente. A compreensão do ser está sempre incluída em tudo que se
apropria do ente; porém, o ser não é um ente. Vem daí a confusão básica, e que
precisamos tomar cuidado ao abordá-la, entre ser e ente, e suas compreensões. O ente é
um modo de ser e é determinado por este. O ente é tudo aquilo de que falamos / nos
referimos; diz respeito a muitas coisas e em sentidos diferentes (como um cachorro, um
pássaro, e até mesmo uma cama ou uma cadeira); é o que somos e como somos.
Porém, o homem é o único ente cujo qual podemos ter acesso ao ser, o qual podemos
extrair o sentido do ser; ele é um ente que tem relação singular com seu ser. Portanto,
quando Heidegger aprofunda esta questão do ser e da existência ele parte deste ente
singular e consciente que é o ser humano. A filosofia do ser parte da análise da
existência desta presença.
Heidegger define como existência toda a amplitude das relações recíprocas entre esta
(existência) e ser, e entre esta e todos os entes; através de um ente, que ele julga
privilegiado, que é o homem. E complementa que, de acordo com esse significado, só o
homem existe; que outras “coisas” são, mas não existem. O homem é privilegiado,
segundo Heidegger (2005), devido, “a aceitação do dom da existência que lhe entrega a
responsabilidade e a tarefa de ser e assumir esse dom”. Uma vez que o homem só pode
ser, de acordo com o filósofo, “compreendido a partir da sua existência, da possibilidade
(que lhe é própria) de ser ou não ser ele mesmo”. Abrão (2004) diz que, “a existência é
o modo de ser deste ente que é o homem”.
Através dos conceitos destes dois existenciais percebe-se a relação que o ser tem com o
tempo, devido a sua existência e sua situação no mundo.
Sendo assim, quando se assume a tarefa de elaboração para uma resposta acerca da
questão do ser torna-se precipitado e impossível descrever-se este isoladamente de
outros conceitos; uma vez que o ser está sempre direta ou indiretamente relacionado
com outros destes. De acordo com isto, torna-se possível à compreensão da união, que
Heidegger faz, de ser e tempo, ao abordar essa questão tão complexa da filosofia: os
fenômenos da existência.
A linguagem original exprime diretamente o ser, mostra-o, revela-o e o traz para a luz.
Esta linguagem não se baseia em nenhum sinal particular, num simples conjunto, mas
dela se originam todos os sinais. Quando se considera a estrutura do dizer original, não
é possível atribuir o mostrar nem o operar humano. Heidegger atribui á linguagem
original uma densidade ontológica fundamental. A palavra não é somente o sinal da
“coisa”, mas também aquilo que sustenta o ser de todas as coisas.
Outra questão importante para Heidegger é o que diz respeito à essência da verdade.
Ele deixa de se preocupar com as várias “verdades” abordadas em tantos campos da
vida humana (como, por exemplo, a verdade da pesquisa científica, da filosofia, da
religião ou experiência de vida), mas dirige seu olhar para aquilo que caracteriza
unicamente toda a “verdade” enquanto tal.
O verdadeiro, seja uma coisa verdadeira ou uma proposição verdadeira, é aquilo que
está de acordo, que concorda. Verdade é adequação do conhecimento com a coisa, a
verdade como conformidade; os objetos se conformam de acordo com os nossos
conhecimentos. Sendo assim, necessariamente uma interpretação é relativa a essência
do homem como sujeito que é portador e realizador do intellectus.
Admite-se como igualmente evidente que a verdade tem o contrário, e que a não
verdade pode ser compreendida como não estar de acordo.
A verdade passa a ser agora definida como adequação do olhar ao objeto, como
correspondência entre o modo de ver a natureza da coisa. Encontrado, por exemplo, na
fórmula aristotélico-escolástica; segundo a qual a verdade é a adequação do intelecto
com a coisa. A verdade se torna mais uma relação sujeito-objeto (base de toda nossa
concepção de epistemologia central no pensamento moderno; mas que se origina de
acordo com esta interpretação).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRÃO, Bernadette. História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2004.
(Coleção Os Pensadores).
FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia. 24ª ed. Rio de Janeiro: Agir,
1990.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. 14ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
SCHUTZ, Duane; SCHULTZ, Sydney. História da Psicologia Moderna. 16ª ed. São
Paulo: Cultrix, 1992.
Índice
[esconder]
1Biografia
2Filosofia
3Conceitos fundamentais
o 3.1Dasein
o 3.2Neokantismo
o 3.3Husserl
3.3.1Fenomenologia
o 3.4Dilthey
o 3.5Kierkegaard
4Estudiosos lusófonos da obra de Heidegger
5O pensamento de Heidegger e a psicoterapia
6Publicações
7Bibliografia
8Ver também
9Referências
10Ligações externas
Francisco Rüdiger
António Caeiro
Mário Jorge de Carvalho
Benedito Nunes
Ernildo Stein
Emmanuel Carneiro Leão
Jeannette Antonios Maman
Zeljko Loparic
Gilvan Fogel
Marco Antonio Casanova
Mafalda Faria Blanc
Marcos Aurélio Fernandes
Wikipédia
Wikimedia Commons
Obras[editar]
Atribuídas[editar]
QUA
28
set
2005
Home ≫ Filosofia Contemporânea, Heidegger, Textos Introdutórios, Trabalhos
Acadêmicos Ensaios e Artigos.
Autor:Isabel Maia
Índice
Notas
Heidegger
e a Filosofia da Irrupção
A Filosofia da Irrupção
Afastado da reitoria de Freiburg em
abril de 1934 e preterido da "abadia"
do mosteiro científico que pretendia
instalar em Berlim,
a Dozentakademie, fracassada sua
incursão pela política, Heidegger
refluiu para a filosofia. Desejou
preservá-la como um espaço
especial, colocando-a à disposição do
"espírito da irrupção" que estava Hitler, cavaleiro
andante
ocorrendo na Alemanha com a
ascensão do nacional-socialismo. Para tanto era
preciso uma nova metafísica - "uma nova experiência
fundamental do seyn" (neologismo heideggeriano
para dizer da experiência vivida, daquilo que já foi
experimentado e incorporado ao ser). Hitler, para
Heidegger, era o guia-mestre que por meio da
audácia arrancara o povo alemão da caverna (a
barafunda e o Kulturpessimismus da República de
Weimar), trazendo-o para a claridade e a plenitude
do völkisch Staat, do Estado
A face da nazista. Heidegger aprofunda então
filosofia da seus estudos sobre dois paradigmas do
irrupção novo regime, os poetas-filósofos
Hölderlin e Nietzsche, querendo
estabelecer uma ponte, em suas conferências sobre a
dupla, entre a literatura anti-racionalista - elegendo-
os como pilares da Nova Ordem -, e a situação de
euforia e mobilização coletiva em que se encontrava o
país. Porém, nuvens se acumulavam no horizonte,
ameaçando e cerceando o espírito da irrupção: ao
oeste, a América bramia a técnica, ao leste, a URSS
era uma intimidação econômica.
Um Diagnóstico do Tempo
A era moderna caraterizava-se,
segundo ele, pela derrubada do
poder do espírito (entendida como
"a morte de Deus", como o colapso
da metafísica clássica, ou ainda o
impotência da teologia, etc.). E isso
deu-se em razão do que? Porque o
espírito no nosso tempo fora
capturado pela razão instrumental,
deixando-se tomar de assalto ou ser
seduzido pela "inteligência
O homem puro
calculadora" - expressão de contra a técnica
interesses em geral espúrios (sejam
ideológicos ou lucrativos). Além disso, colocou-se à
disposição de uma Weltanchauung, de uma visão de
mundo marcadamente ideológica (o liberalismo, o
marxismo), ao mesmo tempo em que - tanto a
versão marxista como a positivista - voltou-se quase
que exclusivamente para as coisas vulgares, terrenas,
como a regulamentação e o "domínio das condições
de produção material". A crítica de Heidegger à
modernidade, que ele via como uma espécie de
doença dos tempos, indutora da desumanização do
homem, retoma assim as antigas bandeiras do
romantismo (valorizando a intuição, o sentimento, o
desprendimento, o "verde" da vida) contra a razão
(planejamento, previsão, interesse, utilidade,
precisão, o "cinza", enfim), ressurgindo como uma
confirmação, em linguagem mais rebuscada e
obscura, da célebre frase de Goethe ("Cinza é o
conhecimento, verde é a árvore da vida").
O Escurecimento do Mundo
"Quem quer que use máquinas ganha um coração de máquina."
Paul Ernst - Der Zusammenbruch des deutchen idealismus, 1918
A instrumentalização da razão operava-se pela
adoção da técnica. As máquinas eram as principais
responsáveis pela "desumanização" e pelo
crescente "escurecimento do mundo", fazendo com
que se desse o fenômeno do que Ernst Niekisch
chamou de Menschenfressen Tecnick, a tecnologia
que devora os homens. A mentalidade tecnológica
havia posto em fuga os deuses, provocava a
destruição da terra, massificava os seres humanos
e perseguia tudo o que fosse realmente criativo e
livre. O céu, morada do divino, dos mitos, dos
Indústria, um espectros heróicos do passado, fora varrido do
vulcão poluidor imaginário do homem moderno devido à "fúria da
técnica" então desencadeada e pelas ilimitadas
possibilidades de organização - a excessiva divisão do trabalho - do
ser humano comum.