[1] O documento discute os conceitos de comportamento reflexo e operante, distinguindo-os. Comportamento reflexo é involuntário e envolve uma relação direta entre estímulo e resposta, enquanto comportamento operante produz efeitos no ambiente e depende de consequências.
[2] Conceitos como intensidade, magnitude, limiar e latência são explicados em relação a estímulos e respostas no comportamento reflexo. Intensidade do estímulo determina a magnitude e velocidade da resposta.
[3] A diferença fundamental
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
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[1] O documento discute os conceitos de comportamento reflexo e operante, distinguindo-os. Comportamento reflexo é involuntário e envolve uma relação direta entre estímulo e resposta, enquanto comportamento operante produz efeitos no ambiente e depende de consequências.
[2] Conceitos como intensidade, magnitude, limiar e latência são explicados em relação a estímulos e respostas no comportamento reflexo. Intensidade do estímulo determina a magnitude e velocidade da resposta.
[3] A diferença fundamental
[1] O documento discute os conceitos de comportamento reflexo e operante, distinguindo-os. Comportamento reflexo é involuntário e envolve uma relação direta entre estímulo e resposta, enquanto comportamento operante produz efeitos no ambiente e depende de consequências.
[2] Conceitos como intensidade, magnitude, limiar e latência são explicados em relação a estímulos e respostas no comportamento reflexo. Intensidade do estímulo determina a magnitude e velocidade da resposta.
[3] A diferença fundamental
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[1] O documento discute os conceitos de comportamento reflexo e operante, distinguindo-os. Comportamento reflexo é involuntário e envolve uma relação direta entre estímulo e resposta, enquanto comportamento operante produz efeitos no ambiente e depende de consequências.
[2] Conceitos como intensidade, magnitude, limiar e latência são explicados em relação a estímulos e respostas no comportamento reflexo. Intensidade do estímulo determina a magnitude e velocidade da resposta.
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Introdução
Pode-se chamar de comportamento reflexo o comportamento não
voluntário, no qual há um estímulo e uma resposta determinando a relação entre organismo e ambiente. O objetivo da presente pesquisa é apontar os principais conceitos acerca do comportamento reflexo, em geral, distinguindo-o do conceito de comportamento operante de B. F. Skinner.
Desenvolvimento
O comportamento reflexo
Sabe-se que, no desenvolvimento das espécies, tanto em animais infra-
humanos, como nos próprios humanóides, o repertório comportamental herdado durante tal percurso, veio se evoluindo como necessidade da sobrevivência da espécie, ou seja, organismos que não herdaram alguns deles tiveram menos possibilidades, tanto em sua reprodução como para sua sobrevivência (CATANIA, 1999). Todo ser humano necessita de um mínimo de habilidades, que garanta a sua sobrevivência e a sua interação com o ambiente em que está inserido, ao nascer. Estas habilidades estão presentes em espécies humanas e não- humanas desde a vida intra-uterina e são chamadas de comportamento inato, reflexo ou respondente. Por exemplo: quando um bebê recém nascido suga o leite do seio de sua mãe ele está efetuando um comportamento inato. São considerados como comportamentos inatos todo o repertório comportamental biologicamente desenvolvido na espécie, ou seja, não precisou ser aprendido. Imagine se precisássemos ensinar um bebê recém nascido a sugar o leite materno (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). A primeira idéia sobre comportamento reflexo foi sugerida por Descartes quando afirmou que o comportamento podia ser iniciado por uma ação externa. “A primeira grande prova de que ele havia imaginado corretamente a possibilidade de um controle externo surgiu dois séculos mais tarde com a descoberta de que a cauda de uma salamandra, quando uma parte fosse tocada ou perfurada, mover-se-ia mesmo que a cauda já tivesse sido cortada do corpo. [...] Se o movimento da cauda amputada podia ser controlado por forças externas, seria este comportamento de natureza diferente quando efetuado pela salamandra intacta? Se não, que dizer das causas internas usadas até então para explicá-lo? Como resposta sugeriu-se seriamente que a ‘vontade’ deveria coexistir com o corpo e que alguma parte dela ainda estaria investida na parte amputada. Mas o fato de que se tinha identificado um evento externo que poderia substituir, como na arrojada hipótese de Descartes, a explicação interior permaneceu.” (Skinner, 1953, p. 51).
O fator externo veio a ser denominado estímulo (S) e o comportamento
controlado pelo fator externo veio a ser denominado resposta (R). A interação entre os dois veio a ser chamada de reflexo – “segundo a teoria de que os distúrbios causados pelos estímulos passavam pelo sistema nervoso central e eram ‘refletidos’ outras vez para os músculos” (SKINNER, 1953, p. 51). Logo foi visto que os reflexos se relacionam com partes do cérebro e são estimulações que inevitavelmente causam reações. Ivan P. Pavlov, fisiologista russo, recebeu o Prêmio Nobel por desenvolver o conceito do “reflexo condicionado” afirmando ser uma “substituição de estímulos”. Pavlov, primeiramente, eliciou uma resposta de salivação na boca de um cachorro usando como estímulo um alimento, logo depois, ao apresentar o alimento novamente, ao mesmo tempo Pavlov, disparava um som. Depois de algumas repetições Pavlov deixou de apresentar o alimento, mas continuou disparando o som, assim, constatou que deixando de apresentar o alimento, mas apresentando o som o cachorro continuava a salivar. Reflexo condicionado é a relação entre estímulos que apresentam uma resposta que, quando repetidamente pareados com “estímulos controláveis” pode se chegar a resposta excluindo os primeiros estímulos e deixando permanecer somente os estímulos controláveis (SKINNER, 1953). J. B. Watson incluiu o método do reflexo condicionado na sua lista de métodos objetivos rígidos de investigação. Watson foi responsável por ampliar a aplicação do método do reflexo condicionado às pesquisas psicológicas americanas (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009). B. F. Skinner utiliza o conceito desenvolvido por Pavlov sobre os reflexos inatos que ele denomina comportamento respondente. Desta maneira, Skinner elabora um conceito que se difere do comportamento respondente, denominado comportamento operante. Skinner, neste conceito, dedica-se ao estudo das respostas e considerava que o que acontecia na relação entre estímulo e resposta não era o tipo de dado que ele considerava objetivo (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009). A principal diferença entre os comportamentos respondente e operante é que este último opera no ambiente do organismo, sendo que ao operar (R) no ambiente as conseqüências (C) das respostas podem ou não retroagir sobre o organismo e, assim, podendo ou não aumentar a probabilidade do comportamento ocorrer novamente.
“Um comportamento simples, como estender o braço, produz a
conseqüência de pegar (alcançar) um saleiro (mudança no ambiente: o saleiro passa de um lugar para o outro). Em vez de estender o braço e pegar o saleiro, é possível emitir outro comportamento que produzirá a mesma conseqüência: pedir a alguém que lhe passe o saleiro. No primeiro exemplo, o comportamento produziu diretamente a mudança de lugar do saleiro. No segundo exemplo, o comportamento modificou diretamente o comportamento de outra pessoa e produziu a mudança de lugar do saleiro” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 48).
Neste sentido, mesmo tratando de uma relação, que a primeiro
momento apresenta uma relação aparentemente simples, suas particularidades são imprescindíveis para uma melhor compreensão do comportamento humano. Desta maneira, o presente trabalho apresentará alguns conceitos que circundam tal fenômeno, como: Estímulo, resposta, intensidade, magnitude, limiar e latência.
Estímulo e Resposta
O comportamento reflexo é uma relação entre ambiente e organismo,
onde o ambiente elicia (força) uma resposta do organismo. Portanto, é uma relação unidirecional entre um estímulo (S) que causa uma resposta (R). Quando falamos em comportamento inato, “(...) esses termos adquirem significados diferentes: estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente; resposta é uma mudança no organismo” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 18). Por exemplo, quando olhamos para uma luz intensa e a nossa pupila se contrai, a luz é o estímulo e a contração na pupila é a resposta.
Intensidade e Magnitude
Quanto mais intensidade no estímulo maior será a magnitude da
resposta. Os termos “intensidade” e “magnitude” são conceitos utilizados na Análise do Comportamento na qual significam “quanto de estímulo” e “quanto de resposta” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
Latência
O tempo de intervalo entre um estímulo e uma resposta é um conceito
chamado de latência e esta relacionado com a intensidade do estímulo, ou seja, quanto maior a intensidade do estímulo menor o tempo de latência ou mais rápido eliciará a resposta (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
Limiar
Há também o conceito de limiar que consiste na existência de um
mínimo de intensidade necessária para a eliciação da resposta. Se não houver um mínimo de intensidade não haverá a eliciação de uma resposta (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Por exemplo, quanto maior a intensidade da luz mais a pupila se contrairá e em menos tempo. Se não houver um mínimo de intensidade na luz suficiente para contrair a pupila não haverá a eliciação de uma resposta.
Conclusão
Diante os conceitos apresentados, conclui-se que os comportamentos
reflexos referem-se principalmente à fisiologia interna do organismo e não causam nenhum efeito sobre o ambiente, portanto, nota-se a diferença com o comportamento operante que produz algum efeito no mundo ao redor. A apresentação dos conceitos de comportamentos respondente e operante evidencia que é fundamental entendermos estes conceitos para compreendermos como aprendemos nossas habilidades e nossos conhecimentos.