Aprendizagem:

Linguagem Comportamento e Cognio

De A. Charles Catania
Um resumo de Tiago Martins Speckart
Referncia: Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognio de A. Charles Catania. Trad. Deisy das Graas de Souza
(et. a.!. "a ed # $orto %egre: %rtes M&dicas Su' ())). T*tuo origina: Learning
ndice
Parte 1 - ntroduo
Cap!tulo 1 " Aprendizagem e Comportamento $+gina "
Cap!tulo # " $ma ta%onomia do Comportamento $+gina ,
Parte # " Comportamento sem Aprendizagem
Cap!tulo & " '(oluo e Comporamento $+gina )
Cap!tulo ) " Comportamento 'liciado e Comprtamento 'mitido $+gina ((
Parte & " Aprendizagem sem Pala(ras
Cap!tulo * " As Conse+u,ncias do -esponder: -e.oro $+gina (-
Cap!tulo / " As Conse+u,ncias do -esponder: Controle A(ersi(o $+gina .(
Cap!tulo 0 " 1perantes: A 2eleo do Comportamento $+gina ./
Cap!tulo 3 " 1perantes Discriminados: Controle de 'st!mulo $+gina 0.
Cap!tulo 4 " Discriminao Condicional e Classes de 1rdem 2uperior $+gina 0/
Cap!tulo 15 " 's+uemas de -e.oro $+gina ""
Cap!tulo 11 " Com6ia7es de 's+uemas: 2!ntese Comportamental $+gina "/
Cap!tulo 1# " Comportamento -espondente: Condicionamento $+gina -0
2
Cap!tulo 1& " Aprendizagem 2ocial $+gina -)
Parte ) " Aprendizagem com Pala(ras
Cap!tulo 1) " Comportameto 8er6al: A 9uno da Linguagem $+gina 10
Cap!tulo 1* " Comportamento 8er6al e Comportamento :o-8er6al $+gina ,.
Cap!tulo 1/ " Psicolingu!stica: A 'strutura da Linguagem $+gina ,)
Cap!tulo 10 " Aprendizagem 8er6al e ;rans.er,ncia $+gina /-
Cap!tulo 13 " As 9un7es do Lem6rar $+gina /,
Cap!tulo 14 " A 'strutura do Lem6rar $+gina )(
Cap!tulo #5 " Cognio e -esoluo de Pro6lemas $+gina )0
Parte * " Concluso
Cap!tulo #1 " 'strutura e 9uno na Aprendizagem $+gina )-
3
Parte - ntroduo
1 - Aprendizagem e Comportamento
<uais as propostas do li(ro=
Tentar responder as 2uest3es:
(a! 2ua a natureza dos e4entos a 2ue nos referimos como aprendizagem5
(6! 2ua a me7or forma de faar dees5
1 +ue > comportamento=
8Tudo 2ue um organismo faz9
:;o sei o por2ue de o autor n;o ter utiizado uma defini;o mais contepor<nea de
comportamento' =+ 2ue ta defini;o 8tudo 2ue um organismo faz9 & pouco escarecedora' e o
autor posteriormente participou na ea6ora;o de um conceito mais >ti para o 2ue & o
comportamento.
?u utiizarei como defini;o de comportamento uma mais atuaizada' e 2ue incui os 4+rios
fen@menos a6ordados ao ongo do i4ro. Ta defini;o & a 2ue se segue:
Comportamento um sistema
1
de interaes
2
entre valores
3
de variveis de estmulos
antecedentes
4
ue pertencem ! uma mesma classe
"
# valores de variveis de respostas de um
organismo ue pertencem ! uma mesma classe e valores de variveis de estmulos
conseuentes
4
ue pertencem ! uma mesma classe.
(
: Sistema a2ui & entendido como um con=unto de con=untos. :este caso' um con=unto de
con=untos de intera3es. Asto fica me7or representado na figura a6aiBo.
4
.
: Antera;o nesta defini;o ser4e para mostrar 2ue as mudanas n;o s;o unidirecionais' mas
2ue o 2ue modifica tam6&m & modificado' e 4ice#4ersa.
0
: Caores de 4ari+4eis. Cari+4e neste caso 4em D su6stituir a paa4ra propriedade' muito
utiizada neste teBto. $ropriedade n;o est+ errado' o 2ue acontece & 2ue a no;o de 4ari+4e
mostra caramente 2ue n;o estamos idando com propriedades constantes# mas sim com
4ari+4eis 2ue variam (pode parecer redundante' mas & um conceito fundamenta para mostrar a
dinamicidade das intera3es comportamentais!.
"
: %ntecedentesEFonse2uentes nesta defini;o ser4e para especificar me7or o 8meio9 em 2ue a
resposta est+ inserida. G+ um 8meio9 antes da resposta e um 8meio9 ap$s a resposta. %ssim
fica caro 2ue a resposta modifica o meio' e & modificado peo meio.
-
: RespostasE?st*muos pertencentes ! uma mesma classe & diferente de faarmos de classes
de respostas%estmulos. H pro6ema consiste 2ue as intera3es comportamentais n;o ocorrem
entre 8casses9: s;o antes de mais nada com os (4aores de! est*muos e (4aores de!
respostas' ue podem pertencer ou n&o a uma casse. Uma casse & um con=unto' e as
intera3es n;o s;o entre os con=untos' mas sim entre o 2ue est+ contido (est*muos e
respostas! nos con=untos (casses!.
5
1 +ue > aprendizagem=
8Usuamente' & o processo no 2ua um comportamento & adicionado ao repertIrio do
organismo. %prendizagem n;o tem uma defini;o satisfatIria. Se estuda como os organismos
se comportam de maneiras diferentes. %prendizagem significa coisas diferentes em diferentes
momentos para diferentes pessoas.9
H autor tenta n;o definir restritamente a defini;o de aprendizagem para tentar ser o mais
incusi4o poss*4e. H 2ue ocorre' como pode ser 4isto no fina do resumo' & 2ue os fen@menos
da aprendizagem e os procedimentos em 2ue ees ocorrem n;o s;o a6arcados pea paa4ra
aprendizagem.
Jar*amos me7or' ao nos referirmos a um fen@meno de aprendizagem' reaizar uma descri;o
eBausti4a do fen@meno e o procedimento 2ue o faz poss*4e de acontecer. H7ar p+gina )- do
resumo.
Kuais s;o as diferenas entre a inguagem comportamenta e da inguagem cogniti4a5
S;o dois modos diferentes de se faar de e4entos psicoIgicos.
% inguagem Fomportamenta' por eBempo' nega eBpica3es internas' como a mente.
% inguagem Fogniti4a aceita eBpica3es internas.
%s duas idam com 2uest3es diferentes: a primeira com a 'un&o' a segunda com a estrutura.
?strutura: aspectos do est*muo.
Jun;o: a grosso modo' intera3es entre est*muos antecedentes' respostas e est*muos
conse2uentes. (4er o 2ue & comportamento!
?st*muos s;o e4entos no mundo' 2ue assumem aguma fun;o para aguma resposta.
Respostas s;o inst<ncias (uma parte! do comportamento.
% resposta & definida por seu efeito no am6iente.
6
# - $ma ;a%onomia do Comportamento
1 +ue > ta%onomia do comportamento=
TaBonomia & um sistema de cassifica;o. TaBonomia Fomportamenta & um 4oca6u+rio 2ue
permite organizar os 4+rios procedimentos e fen@menos do comportamento.
1 +ue > e +uais so procedimentos comportamentais=
$rocedimento comportamenta & uma opera;o eBperimentaL uma inter4en;o (atera;o de
4ari+4eis am6ientais!.
Hpera3es comportamentais
(a! H6ser4a;o do comportamento.
(6! Hpera;o de apresenta;o de est*muo.
(c! Hpera;o conse2uencia.
(d! Hpera;o sinaizadora ou de controe de est*muos: superposta D apresenta;o de est*muo.
(e! Hpera;o sinaizadora ou de controe de est*muo: superposta Ds conse2uncias.
(f! Hpera;o esta6eecedora.
Descri;o das opera3es
(a! :en7uma inter4en;o
(6! H est*muo % & apresentado
(c! % resposta M tem a conse2uncia F (p.e. um est*muo & produzido ou & terminado!
(d! H est*muo D sinaiza a apresenta;o do est*muo ?.
(e! H est*muo J sinaiza 2ue a resposta M ter+ a conse2uncia G.
(f! N esta6eecida a efeti4idade de uma conse2uncia A como um reforador ou como um
punidor.
:o +ue implica o6ser(ar o comportamento=
% o6ser4a;o por si sI raramente identifica as fontes do comportamento e raramente reso4e
2uest3es. ?m 2ua2uer estudo comportamenta' apresentar 4ari+4eis & ine4it+4e' ogo n;o 7+
o6ser4a;o 8pura9. N necess+rio e4ar em considera;o o efeito da o6ser4a;o no controe do
comportamento do su=eito ao o6ser4+#o.
<ual a .uno de 'st!mulos e Conse+u,ncias numa operao comportamental=
De4e#se manipuar est*muos para identificar 2uais s;o os mais determinantes. Tam6&m de4e#
se aterar as conse2uncias para a4aiar se 7ou4e aprendizado.
7
H 2ue & processo de sinaiza;o5 Kue rea3es ea pode ter5
Hpera3es sinaizadoras O opera3es de controe de est*muos.
?st*muos podem sinaizar tanto outros est*muos 2uanto conse2uncias.
Sinaiza;o de est*muos: refeBos condicionados.
Sinaiza;o de conse2uncias: treino discriminati4o.
(a! 2uando um est*muo & o determinante fundamenta de uma resposta' dizemos 2ue o
est*muo elicia a resposta ou 2ue a resposta & eliciada.
(6! 2uando uma resposta ocorre em presena de um est*muo' por2ue o est*muo sinaiza
aguma conse2uncia do responder' dizemos 2ue o est*muo ocasiona a resposta e 2ue a
resposta & emitida.
Uma discrimina;o onde 7+ (ou n;o! apenas um est*muo discriminati4o se c7ama sucessiva
ou 4ai#n;o#4ai
%2uea em 2ue dois ou mais Sd est;o presentes e em 2ue cada um est+ correacionado a uma
R diferente & denominada discrimina;o simult(nea.
1 +ue so 1pera7es 'sta6elecedoras=
Hpera3es esta6eecedoras ateram o 4aor das conse2uncias. H comportamento decorrente
de uma H? se c7ama evocado. H?s aumentam ou diminuem a pro6a6iidade de resposta.
De4e#se ter cuidado para anaisar o 2ue & H? e o 2ue & Sd. H responder e4ocado por tais
opera3es ocorre em um am6iente reati4amente constante.
Sd evoca R
H? ocasiona R
R ocasionados eEou e4ocados s;o emitidos.
H?s n;o fornecem aprendizagens' mas conteBtos para 2ue esta possa acontecer.
?Bempo de diferena entre Sd e H?: Po;o est+ com sede' aumentando a pro6a6iidade de 2ue
comportamentos 2ue comportamentos 2ue e4em a sacia;o se=am ocasionados. %o a4istar
uma m+2uina de refrigerante (Sd para o saciar a sede! o 4aor reforador de ac7ar uma moeda
& ee4ado (o comportamento de ac7ar uma moeda & portanto ocasionado!.
8
Parte - Comportamento 2em Aprendizagem
& - '(oluo e Comportamento
Conte%tualizao de e(oluo.
Todos os organismos 7o=e s;o parentes so6re4i4entes. ?4ou;o n;o & uma teoria' & um nome
para certos tipos de mudanas 2ue ocorrem com popua3es 6ioIgicas a 2ue denominamos
esp&cie. % see;o natura decorre de 4aria;o e see;o.
%s teorias paraeas D see;o natura foram o (a! lamarc)ismo' a (6! ortog*nese
pre'ormacionista e a (c! com+ina&o gentica mendeliana com muta&o gentica.
Descri;o das teorias:
(a! caracter*sticas aprendidas na ontognese passariam adiante (o 2ue n;o acontecia' como
eBempo mutia3es 2ue n;o eram transmitidas!. $or&m com o con7ecimento pro4ido pea
epigen&tica & poss*4e 2ue agumas atera3es ontogen&ticas podem afetar em agum grau
D:% e ser transmitido a descendentes.
(6! e4ou;o ditada por foras internas' sem rea;o com o am6iente.
(c! o modeo mendeiano n;o eBpica a 4aria;o gen&tica' por isso a =un;o com a teoria da
muta;o' mas este modeo de muta;o era muito radica.
H 2ue & receita e fotocIpia5 H 2ue isso tem a 4er com e4ou;o5
Uma receita & uma se2uncia de procedimentos ou instru3es. ?a descre4e como criar o
produto' mas n;o incorpora' necessariamente' uma descri;o do produto. N pouco pro4+4e
2ue conten7a informa;o so6re sua origem.
Uma fotocIpia geramente n;o mostra como construir a estrutura 2ue ea mostra. N uma
representa;o ou cIpia' mas a receita n;o o &. %s eBpica3es (a! e (6! trata4am o materia
gen&tico mais como fotocIpias do 2ue como receitas.
% 6ioogia moderna encara genes como receitas para o desen4o4imento. S;o receitas para
forma;o de prote*nas' e cont&m pouca informa;o so6re seu passado. (c! contri6uiu com a
see;o natura pea teoria da muta;o' 2ue contri6ui com a 4aria6iidade necess+ria para as
mudanas. $or&m 7o=e sa6e#se 2ue muta3es ocorrem numa escaa 6em menor e em maiores
per*odos de tempo (entretanto mudanas dr+sticas em um am6iente podem seecionar
muta3es mais dr+sticas!.
2eleo, (ariao e e(oluo.
See;o fiogen&tica
Caria;o de comportamentos a6aiBo ou acima da m&dia s;o seecionados pea pro6a6iidade
de ta aspecto aumentar a pro6a6iidade de so6re4i4ncia da esp&cie. % see;o & feita peo
9
am6iente' e ea cria e mant&m caracter*sticas (Irg;os' sistemas' partes! do organismo. %
e4ou;o pode ocorrer graduamente em rea;o D uma media da popua;o ou apIs e4entos
pontuais 2ue produziram grandes mudanas am6ientais.
% see;o n;o su6stitui mecanismos eBistentes com outros 2ue reaizariam a mesma fun;o.
Sistemas de respostas se desen4o4eram antes de sistemas sensoriais. Responder
diferenciamente foi a 6ase para a see;o de sistemas sensoriais (em am6ientes est+4eis!.
Mas nem todos os am6ientes s;o est+4eis. De4e ter sido um passo e4outi4o importante
2uando tais padr3es de comportamento tornaram#se modific+4eis (em outras paa4ras'
tornaram#se capazes de aprender!.
Fontingncias e4oucion+rias seecionaram diferentes tipos de aprendizagem. %gumas
permanentes' outras re4ers*4eisL outras somente em situa3es espec*ficas' outras em
situa3es di4ersasL agumas poss*4eis apenas em certos momentos da 4ida do organismo'
outras poss*4eis ao ongo de sua 4ida.
See;o ontogen&tica (eBporada mais tarde!
Sin@nimo de see;o por conse2uncias (do organismo!. Respostas s;o seecionadas peo
am6iente' de acordo com as conse2uncias.
See;o cutura (eBporada mais tarde!
$r+ticas s;o passadas para outros su=eitos (por imita;o' 4er6amente' etc.!. Hs
comportamentos so6re4i4em os indi4*duos.
H comportamento & em 2ue medida fiogen&tico e ontogen&tico5
?m 2ue medida o comportamento ad4&m da fiogenia ou da ontogenia (aprendizagem!5
?e & produto de am6as' agora o 2uanto cada n*4e de see;o determina o comportamento &
outro pro6ema.
Temos sempre 2ue considerar as 6ases fiogen&ticas do comportamento. H comportamento =+
comea no em6ri;o.
10
) - Comportamento 'liciado e Comportamento 'mitido.
1 +ue > -e.le%o=
Um tipo de rea;o entre e4ento am6ienta (est*muo! e uma mudana resutante no
comportamento (resposta!.
%rco refeBo: rota fisioIgica do refeBo (receptores' sistema ner4oso centra' respostas
ganduares' muscuares' etc.!
Diz#se 2ue um est*muo eicia uma resposta. H est*muo assim & c7amado de estmulo eliciador
e a resposta de resposta eliciada. % rea;o entre est*muo e resposta neste caso & c7amado
de re'le,o.
RefeBo & um su+con-unto de rea3es poss*4eis no comportamento (neste caso' entre
est*muos antecedentes e respostas!.
Kuais as caracter*sticas do comportamento eiciado5
?st*muos precisam atingir um imiar para eiciar a resposta. H imiar & esta6eecido por certos
4aores particuares do est*muo. H tempo transcorrido entre o est*muo e a resposta se c7ama
lat*ncia de resposta. Respostas ocorrem com aguma magnitude e tem aguma dura&o. Fomo
estas trs 4ari+4eis podem co4ariar eas tm rece6ido' as 4ezes' o nome de fora do refeBo.
Jora fraca O imiar ato' atncia ata' magnitude 6aiBa e dura;o 6aiBa.
Jora forte O imiar 6aiBo' atncia 6aiBa' magnitude ata e dura;o ata.
:o refeBo' . 'orte / 'ora de 0 'orte e . 'raco / 'ora de 0 'raca.
1 +ue so pro6a6ilidades ou .re+u,ncias relati(as e pro6a6ilidades condicionais=
$ro6a6iidade ou fre2uncia reati4a
%s rea3es S#R podem ser eBpressas em pro6a6iidade ou fre2uncias reati4as. ?nt;o &
poss*4e definir os efeitos do est*muo comparando a pro6a6iidade de uma resposta 2uando o
est*muo est+ presente ou 2uando o est*muo est+ ausente.
Uma pro6a6iidade ou fre2uncia reati4a & uma propor;o ou raz;o: o n>mero de 4ezes em
2ue o e4ento ocorre' comparado com o n>mero de 4ezes em 2ue ee poderia ter ocorrido.
p(R(!O('Q #R (QQS de emiss;o de R ao apresentar S
p(R.!OQ'1 #R 1QS
p(R0!OQ'Q #R QS
$ro6a6iidade Fondiciona
Fomo medir o refeBo 2uando a resposta ocorre com ata fre2uncia (sem a presena do
est*muo a ser estudado5! eBempo: piscar o o7o (resposta! com e sem presena de um sopro
11
no o7o (com ou sem est*muo!. De4e#se ent;o comparar pro6a6iidades de resposta com o
est*muo e sem o est*muo.
p(RES!O('Q p(REn;oS!OQ'1
$ro6a6iidade Fondiciona & a pro6a6iidade em 2ue seu 4aor & especificado em termos de
presena ou ausncia de um e4ento.
p(%EM!Opro6a6iidade de %' dado ML ou a pro6a6iidade de % a condi;o 2ue M este=a presente.
<uais os tipos de rela7es est!mulo - resposta=
Uma resposta 2ue ocorra sem ser eiciada & emitida. Se uma resposta segue um est*muo'
de4e#se sa6er se um est*muo determinou de fato a resposta.
%s casses de rea3es
(a! S#R. S aumenta a pro6a6iidade de R. p(RES!OQ',- e p(REn;oS!OQ'-
(6! R emitido' sem rea;o com S. p(RES!OQ'.- e p(REn;oS!OQ'.-
(c! S#R. S diminui a pro6a6iidade de R. p(RES!OQ'( e p(REn;oS!OQ')
(d! S#R c7amado de refeBo. p(RES!O('Q e p(REn;oS!OQ'(. ?m termos de pro6a6iidades o 2ue
& e o 2ue n;o & refeBo torna#se mais ar6itr+rio.
?Bcita;o de Resposta: ?st*muo aumenta p da resposta
Ani6i;o de Resposta: ?st*muo diminui p de resposta
Sistemas eBpicati4os 6aseados somente somente no refeBo s;o portanto incompetos.
R emitidas eram c7amadas de Fomportamento Anstrumenta ou Hperante' pois eram
instrumentos para mudar o am6iente ou como opera4am no am6iente.
R eiciado era denominado Fomportamento RefeBo.
8olunt?rio ou n(olunt?rio=
Fomportamento Hperante e Fomportamento RefeBo tem am6os eBempos de serem
4ount+rios e in4ount+rios e ta distin;o n;o & >ti. :em & >ti diferenciar a resposta pea
fisioogia da resposta (se & R es2ue&tico#operante ou se & R aut@nomo#refeBo!.
1 +ue ocorre ap@s elicia7es sucessi(as=
Duas apresenta3es diferentes de um mesmo est*muo podem ter efeitos diferentes. H
responder eiciado fre2uentemente depende do n>mero de apresenta3es do est*muo e de seu
espaamento no tempo.
12
Ga6itua;o ou %dapta;o
N um decr&scimo no responder pea repeti;o constante de est*muo. N uma caracter*stica do
responder eiciado' podendo ser produzida por uma 4ariedade de est*muos. $ode ser um
componente importante no comportamento emociona.
$otencia;o ou Jaciita;o
N um acr&scimo no responder com estimua3es repetidas. N mais pro4+4e com est*muos
a4ersi4os do 2ue com neutros e reforadores. :;o confundir com sensi+ili1a&o' onde os
efeitos eiciadores de um est*muo aumentam como resutado de apresenta;o de agum outro
est*muo (um S aumenta o efeito eiciador de ST!.
H m&todo de apresenta;o de S pode determinar se ocorrer+ 7a6itua;o ou potencia;o.
?feitos do Tempo desde o >timo S ?iciador
Se o est*muo deiBa de ser apresentado por um tempo depois da 7a6itua;o ou potencia;o' a
pro6a6iidade de o responder ser eiciado poder+ retornar a 4aores pr&4ios. %s mudanas no
responder' c7amadas de adapta;o ou potencia;o' n;o s;o permanentesU e' D medida 2ue o
tempo passa' ocorre um retorno para n*4eis pr&4ios.
U$or&m pode ser 2ue casos de potencia;o permanente eBpicariam um responder 4ioento' por
parte do sistema imunoIgico' nas c7amadas aergias.
1 +ue > padro temporal do comportamento=
% apresenta;o de um est*muo pode determinar a se2uncia de respostas 2ue ocorrem ao
ongo de um per*odo eBtenso de tempo. H responder 2ue depende de outro responder &
c7amado de comportamento ad-untivo. Uma resposta acompan7a de modo reguar outra
resposta. ?Bempo: apIs comer' o rato reguarmente 6e6e se poss*4e.
<ual o papel do e%erc!cio=
%ntes de se sa6er so6re o efeito do efeito das conse2uncias so6re o responder' acredita4a#se
2ue a repeti;o do responder mantin7a o comportamento' mesmo na ausncia do est*muo
eiciador. Maseado nisso' pode#se concuir 2ue a eicia;o repetida de uma resposta aumenta a
pro6a6iidade de 2ue a resposta se=a emitida.
H pape da ei do eBerc*cio na $sicoogia da %prendizagem foi deiBado de ado com a escassez
de dados' e com o ad4ento das opera3es cose2uenciadoras. H responder peas conse2ucias
fica mais forte assim 2ue o responder se torna independente de est*muos eiciadores. ?sta
seria uma interpreta;o poss*4e da ei do eBerc*cio.
13
Como .unciona a estampagem=
?stampagem & rea;o resutante de apresenta3es de est*muos. :a estampagem' os efeitos
de apresenta;o inicia do est*muo a ser estampado n;o s;o as mudanas nas pro6a6iidades
do responder. %ntes' s;o as Hpera3es ?sta6eecedoras. ?as mudam a import<ncia do
est*muo. H S estampado ad2uire sua import<ncia para o organismo simpesmente por ter sido
apresentado so6 circunst<ncias ade2uadas. ?Bempo c+ssico: estampagem com patos fi7otes'
onde um est*muo grande 2ue se mo4e (uma m;e pata ou uma caiBa so6re rodas! ter+ seu
4aor aterado drasticamente por ter sido apresentado so6 circunst<ncias ade2uadas (neste
caso' o in*cio da 4ida do patin7o!.
<ual a relao entre opera7es esta6elecedoras e a importAncia de est!mulos=
%s mudanas na import<ncia dos est*muos 2ue ocorrem com as opera3es esta6eecedoras
s;o discutidas em termos de impuso e moti4a;o. ?studos fisioIgicos de moti4a;o
normamente est;o reacionados nas rea3es entre os fatores org<nicos e a import<ncia de
est*muos. ?B: 7orm@nios e comportamento seBua.
% moti4a;o ogo n;o & uma fora ou impuso a ser ocaizada dentro do organismoL antes' &
um termo apicado a muitas 4ari+4eis org<nicas e am6ientais' 2ue tornam 4+rios est*muos
importantes para um organismo.
14
Parte - Aprendizagem 2em Pala(ras
* - As conse+u,ncias do -esponder: -e.oro
-e.oro e '%tino
Va6irintos' cur4as de aprendizagem' c<maras eBperimentais e registros cumuati4os.
H decr&scimo gradua do tempo gasto na reaiza;o de uma tarefa 4eio a se c7amar
aprendizagem por tentati4a e erro. %credita4a#se 2ue a inteigncia de esp&cies poderia ser
medida peo tempo de resou;o de caiBas#pro6ema' a6irintos (como os de T7orndike! e
outros aparatos.
:a &poca se pergunta4a se a aprendizagem ocorria por satos discretos ou eram na 6ase do
tudo#ou#nada (insig7ts!. Hs organismos nestas tarefas aprendiam mo4imentos ou propriedades
dos am6ientes5 De 2ua2uer forma' os eBperimentos indica4am 2ue o responder se torna4a
mais pro4+4e apIs certas conse2uncias.
Fur4as de aprendizagem s;o gr+ficos 2ue mostram como o comportamento muda durante o
eBperimento. Medir tempo de desempen7o n;o especifica4a o 2ue os organismos esta4am
reamente fazendo durante o tempo.
Hcorreram duas ino4a3es na pes2uisa eBperimenta:
#Um apare7o constru*do de ta modo 2ue o organismo podia emitir rapidamente' sem a
inter4en;o do eBperimentador' uma resposta facimente especificadaL diferente de a6irintos e
caiBa#pro6emas.
#Um m&todo de registro' 6aseado diretamente na taBa ou fre2uncia de respostas' em
contraposi;o Ds medidas indiretas deri4adas de se2uncias de respostas ou de grupos de
organismos (m&dias de cur4as de aprendizagem de 4+rios organismos!.
Ano4a3es pensadas para reduzir a manipua;o do organismo' simpificando o tra6a7o do
eBperimentador.
FaiBa eBperimenta O FaiBa de Skinner.
%gumas caracter*sticas de registros cumuati4os:
Kuanto a teBtura ou granua;o:
Registro em degraus # surtos de respostas.
15
Registro iso # respostas constantes
Kuanto D aceera;o:
$ositi4a # poucas respostas no in*cio com um aumento no fina
:egati4a # muitas respostas no in*cio com um decr&scimo no fina
$ara outras caracter*sticas' o7ar p+gina /)
H 2ue & reforo5
Terminoogia do reforo. ?sta terminoogia & ade2uada se' e somente se' esti4erem presentes
as seguintes 0 condi3es: ((! uma resposta produz aguma conse2ucia' (.! a resposta ocorre
com mais fre2uncia do 2ue 2uando n;o produz conse2uncias e (0! o aumento das respostas
ocorre por2ue a resposta tem a2uea conse2uncia.
16
;ermo -estri7es '%emplos
Reforador
(su6stanti4o!
Um est*muo. $eotas de aimento foram empregadas como reforadores para as
press3es D 6arra por ratos.
Reforador
(ad=eti4o!
Uma propriedade de um est*muo. H est*muo reforador era produzido mais fre2uentemente do 2ue
outros est*muos n;o reforadores.
Reforo
(su6stanti4o!
Fomo uma 2pera&o' apresentar
conse2uncias 2uando uma resposta
ocorre.
Fomo um 3rocesso' o aumento nas
respostas 2ue resutam do reforo.
H es2uema de reforo em raz;o fiBa programa4a a apresenta;o
de aimento a cada (Q respostas de 6icar.
H eBperimento com macacos demonstrou reforo produzido por
conse2uncias sociais.
Reforar
(4er6o!
Fomo uma 2pera&o' apresentar
conse2uncias 2uando uma resposta
ocorreL respostas s;o reforadas' n;o
organismos.
Fomo um 3rocesso# aumentar o
responder mediante a opera;o de
reforo.
Kuando um per*odo de recreio foi usado para reforar o
cumprimento de uma tarefa escoar' as notas da criana
aumentaram.
H eBperimento foi pane=ado para 4erificar se estreas douradas
reforariam =ogos de coopera;o em aunos de (a s&rie.
$rinc*pio do reforo: o responder aumenta 2uando produz reforadores.
$ro6ema Igico: 2uando uma resposta se torna mais pro4+4e por2ue produziu um S' dizemos
2ue a R foi reforada e 2ue S & reforador. Se os perguntam como sa6emos 2ue S &
reforador' podemos dizer 2ue a R foi reforada. Vogo comeamos a nos repetir.
Uma sou;o seria recon7ecer 2ue o termo re'oro & descriti4o' n;o eBpicati4o. ?e nomeia
uma rea;o entre uma casse de respostas e uma casse de est*muos. % rea;o & composta
peas 0 condi3es da terminoogia do reforo: ((! uma resposta produz aguma conse2ucia'
(.! a resposta ocorre com mais fre2uncia do 2ue 2uando n;o produz conse2uncias e (0! o
aumento das respostas ocorre por2ue a resposta tem a2uea conse2uncia.
Faso o R aumente' & precipitado dizer 2ue R foi reforado antes de a4aiar 2ue outras rea3es
podem ter ocorrido (R pode ter sido eiciado em agum grau p. e.!.
% efic+cia de reforadores & 4ari+4e e conse2uncias podem reforar certas casses de
respostas e n;o reforar outras. (4er reati4idade de reforo!.
H reforo n;o & uma eBpica;o da aprendizagem: antes' faz parte da descri;o do 2ue &
aprendido. Hs organismos aprendem as conse2uncias de seu prIprio comportamento.
H 2ue & eBtin;o5
H responder 4ota aos n*4eis anteriores t;o ogo o reforo se=a suspenso.
Hpera;o: ?Btin;o.
Resutado da opera;o: responder eBtinto.
Hs efeitos do reforo s;o tempor+rios.
17
% redu;o no responder durante a eBtin;o n;o & um processo especia 2ue re2ueira um
tratamento separado' & uma das propriedades do reforo.
Termo em desuso: resistncia D eBtin;o.
$ro6ema: 2ua crit&rio para o6ser4ar a resistncia D eBtin;o5
Tempo sem respostas5
ou tota de respostas acumuadas5
?m contrapartida a resist*ncia a mudana & uma importante propriedade do comportamento.
Fomportamentos resistentes a mudana s;o os 2ue apIs reforos e repetidas pr+ticas s;o
eBecutados com grande eBatid;o e atncia curta' se tornando 'luentes. Kuando fuentes' &
impro4+4e 2ue se=am pertur6ados por mudanas no am6iente ou por outras distra3es.
Kua a diferena entre eBtin;o e ini6i;o5
Se n;o ocorresse a eBtin;o' os efeitos do reforamento seriam permanentes.
$or muito tempo se sup@s 2ue a eBtin;o suprimia ati4amente o responder. %firma4a#se 2ue a
eBtin;o tin7a efeitos ini6itIrios' ao contr+rio dos efeitos eBcitatIrios supostos para o reforo.
$or isto reforo e eBtin;o eram tratados diferenciamente' 2uando 7o=e sa6e#se 2ue s;o dois
aspectos do mesmo fen@meno.
Um eBempo de recupera;o do responder (pre4iamente eBtinto! & a regress;o (ou
ressurgimento!' onde um responder eBtinto tem maior pro6a6iidade de emiss;o de4ido a
eBtin;o de um responder atua.
H 2ue s;o contingncias resposta#reforo e apresenta3es do reforador5
Descontinuar o reforo tem dois efeitos: ((! eiminar a contingncia entre as R e os
reforadores' de modo 2ue (.! os reforadores n;o mais ocorrem. :este conteBto' contingncia
18
descre4e as conse2uncias do responderL a2ui ee indica o efeito de uma resposta so6re a
pro6a6iidade de um est*muo.
H procedimento padr;o de eBtin;o en4o4e a ((! suspens;o da contingncia e (.! das
apresenta3es do est*muo. $or&m suspender a contingncia e manter a apresenta;o de
est*muos tem conse2uncias diferentes da suspens;o tota de ((! e (.!. ?m am6os os casos o
responder reforado diminui. Mas descontinuar (.! atera outra faiBa de respostas. Tomando o
rato como eBempo' ao suspender a apresenta;o de est*muo certas respostas tornam#se mais
pro4+4eis' como comportamentos agressi4os' defecar e urinar.
?stes efeitos (coaterais! n;o s;o decorrentes da suspens;o da contingncia' mas sim da
apresenta;o do est*muo. %s opera3es comportamentais' tem' em gera' mais de um efeito.
H 2ue eBtin;o tem a 4er com supersti;o5
% suspens;o das contingncias sem a suspens;o da apresenta;o de est*muo n;o se tornou
a opera;o usua para se estudar a eBtin;o por poder ocasionar o processo de supersti;o.
Supersti;o neste caso ocorre pea sucess;o acidenta de respostas e reforadores' pois R n;o
gera S (R n;o & contingente D S!' mas o organismo se comporta como se fosse.
H responder supersticioso & um pro6ema na an+ise do comportamento' pois tais
comportamentos podem ocorrer 2uer os reforadores se=am conse2uncias das respostas ou
n;o. %s conse2uncias podem reforar diferentes propriedades das respostas.
1s re.oradores com oportunidades para o comportamento
H 2ue & reati4idade de reforo5
Foo2uiamente c7ama#se reforadores de 8recompensas9' mas isto & um e2u*4oco. Hs
reforadores n;o funcionam por2ue fazem o organismo 8se sentir 6em9. :ossa inguagem
cotidiana n;o captura as propriedades essenciais dos reforadores. %guns e4entos 2ue'
superficiamente' parecem 8recompensadores9 podem n;o funcionar como reforadoresL o
contr+rio tam6&m & 4+ido. Um eBempo s;o 2uedas i4res em 6rin2uedos de par2ues de
di4ers;o' n;o 8recompensadores9' mas muito pro4a4emente reforadores.
% efeti4idade de um reforador depende da sua rea;o com as respostas 2ue o produzem.
Reforadores n;o podem ser definidos independentemente das respostas 2ue reforam.
Reforadores s;o reati4os e suas propriedades importantes s;o 6aseadas nas respostas Ds
2uais ees criam oportunidade de ocorrncia.
% pri4a;o (e aguns tipos de H?s! torna os reforadores mais efeti4os' por2ue a pro6a6iidade
de uma resposta em gera aumenta 2uando a oportunidade de se enga=ar nea fica restrita.
19
H reforo & uma rea;o' 2ue en4o4e o responder' suas conse2uncias e a mudana no
comportamento 2ue se segue.
Fomo um comportamento & ad2uirido5
Fomo um organismo pode ad2uirir respostas por meio do reforo5 Reforo n;o produz
aprendizado' produz comportamento.
%o o6ser4ar se o rato pressiona a 6arra 2uando a contingncia de reforo est+ em opera;o e
n;o na sua ausncia estamos simpesmente interessados em at& 2ue ponto o rato aprendeu as
conse2uncias de sua a;o de pressionar a 6arra. %s conse2uncias do responder s;o cr*ticas
para a aprendizagem n;o por2ue a aprendizagem ocorra a partir deas' mas porue elas s&o o
ue aprendido. Fertas contingncias en4o4em o modo peo 2ua o am6iente & afetado peo
comportamento' sendo' portanto' caracter*sticas importantes do am6iente a serem aprendidas
peos organismos.
H 2ue & aprendizagem atente5
?Bperimentos (em a6irintos! so6re aprendizagem atente mostravam 2ue a aprendizagem
poderia ocorrer 8sem reforo9. $or&m se contra#argumentou 2ue outros reforos n;o pane=ados
esta4am atuando' como os reforos sensIrio#motores' o acesso para a caiBa com aimento e
+gua' etc. % aprendizagem atente portanto deiBou de ser uma 2uest;o teIrica cr*tica' peo
argumento 2ue sempre 7+ uma conse2uncia a resposta' e s;o estas conse2uncias 2ue o
organismo aprende. F7am+#as de reforadores & uma 2uest;o de preferncia.
H 2ue & aprendizagem sensIrio#motora5
% intera;o dos processos sensoriais com o comportamento tem sido uma fonte de
contro4&rsias na $sicoogia da %prendizagem. % aprendizagem & motora ou sensoria5 Hs
organismos aprendem respostas ou rea3es entre est*muos5 %prendem associa3es
resposta#est*muo ou n;o associa3es est*muo#est*muo5
Hs processos sensoriais s;o comportamentais como rea3es entre casses de est*muos e
casses de respostas. H7ar aumenta a pro6a6iidade de 4er' e desta forma o o7ar & mantido
por suas conse2uncias.
Sons' uzes e outros e4entos 6+sicos tem sido descritos como estmulos neutros' mas este
rItuo' em6ora con4eniente' & um nome enganoso. Hs e4entos n;o podem ser
4erdadeiramente neutros se forem conse2uncias do comportamento. %pIs eBperimentos o
fen@meno c7amado re'oro sensorial foi esta6eecido' podendo#se discutir com mais careza a
curiosidade e o comportamento eBporatIrio (podendo o reforo sensoria ser uma poss*4e
conse2uncia determinante de tais comportamentos!.
/ - As conse+u,ncias do -esponder: Controle A(ersi(o
20
Fontroe a4ersi4o O puni;o W reforo negati4o
1 +ue > punio=
Terminoogia da puni;o. ?sta terminoogia & ade2uada se' e somente se' esti4erem presentes
as seguintes 0 condi3es: ((! uma resposta produz aguma conse2ucia' (.! a resposta ocorre
com menos fre2uncia do 2ue 2uando n;o produz conse2uncias e (0! a diminui;o das
respostas ocorre por2ue a resposta tem a2uea conse2uncia.
;ermo -estri7es '%emplos
$unidor (su6stanti4o! Um est*muo. F7o2ues foram empregados como
punidores para as press3es D 6arra por
ratos.
$uniti4o (ad=eti4o! Uma propriedade de um est*muo. H est*muo puniti4o era produzido menos
fre2uentemente do 2ue outros est*muos
n;o puniti4os.
$uni;o (su6stanti4o! Fomo uma 2pera&o' apresentar
conse2uncias 2uando uma resposta
ocorre.
Fomo um 3rocesso' a diminui;o nas
respostas 2ue resutam da puni;o.
H es2uema de puni;o empare7ada
com um es2uema de reforo de raz;o
fiBa (Q programa4a a apresenta;o de
c7o2ues e aimento a cada (Q 6icadas.
H eBperimento com macacos
demonstrou puni;o produzido por
conse2uncias sociais.
$unir (4er6o! Fomo uma 2pera&o' apresentar
conse2uncias 2uando uma resposta
ocorreL respostas s;o punidas' n;o
organismos.
Fomo um 3rocesso# diminuir o
responder mediante a opera;o de
puni;o.
Kuando um castigo foi usado para punir
o cumprimento de uma tarefa escoar' as
notas da criana diminuiram.
H eBperimento foi pane=ado para
4erificar se 6roncas puniriam =ogos de
coopera;o em aunos de (a s&rie.
$uni;o pode se referir a processos e opera3es.
Hpera;o: apresentar conse2uncia puniti4a.
$rocesso: a redu;o do responder.
N mais ade2uado usar puni;o como opera&o' e se referir ao processo peos efeitos diretos
no responder.
Fomo no reforo' s;o as respostas 2ue s;o punidas' n;o organismos.
21
Fomparando Reforo e $uni;o
H efeito da puni;o & o contr+rio do reforo.
?Btin;o: suspens;o do reforo e diminui;o do responder at& a in7a de 6ase.
Recupera;o: suspens;o da puni;o e aumento do responder at& a in7a de 6ase.
$uni;o & inade2uado no controe do comportamento n;o por ser tempor+rio' =+ 2ue segundo
este crit&rio o reforo tam6&m seria inade2uado' =+ 2ue am6os s;o tempor+rios. Cer &tica do
controe a4ersi4o.
Fomo estudar puni;o se n;o 7+ mais o responder5 H 2ue acontece se a recupera;o
utrapassar a 4ida de um organismo5 Hs efeitos da puni;o de4em ser estudados' pois & uma
forma de controe presente e atuante.
Fomo o reforo' o efeito da puni;o de4e depender da rea;o entre as respostas e os
est*muos puniti4os (contingncias! e n;o simpesmente da apica;o de punidores. Cer
reati4idade da puni;o.
H termo puni;o se apica D rea;o entre o responder e a conse2uncia. % 2uest;o &'
principamente' sa6er 2uando a apica;o do termo & apropriada. %m6as as opera3es tem
efeitos tempor+riosL 2uando interrompidas' o responder retorna a n*4eis pr&4ios.
Fomo $uni;o & reati4a5
?Bperimentos com puni;o costumam usar c7o2ues como est*muos por sua rea;o fidedigna
so6re uma 4ariedade de respostas' por&m este & um eBempo eBtremo de punidor.
?sguic7os de +gua podem punir efeti4amente comportamentos autoesi4os fortes' sendo 2ue
um est*muo inofensi4o pode atuar como punidor. Da mesma forma 2ue reforadores'
punidores n;o podem ser especificados em termos a6soutos' nem em termos de 4ari+4eis em
comum. ?es de4em ser a4aiados com 6ase na rea;o entre as respostas punidas e as
respostas ocasionadas peo est*muo puniti4o.
Hs est*muos e as respostas em eBperimentos t*picos de reforo e puni;o tm sido esco7idos
de modo a fazer com 2ue estes eBperimentos funcionem. ?es o6scurecem' assim' a
re4ersi6iidade potencia das conse2uncias como reforadoras ou puniti4as.
H responder pode ser aumentado ou reduzido pea mudana de suas conse2uncias' e esses
efeitos s;o determinados peas propriedades comportamentais' e n;o peas propriedades
f*sicas' das conse2uncias.
Kuais s;o os efeitos eiciadores dos est*muos puniti4os5
?st*muos puniti4os podem ter efeitos independentes de sua rea;o de contingncia com as
respostas. % dificudade em estudar a puni;o & distinguir os diferentes efeitos da puni;o 2ue
n;o tem rea;o com a contingncia.
22
De4emos distinguir os diferentes efeitos da apica;o de est*muos contingentes a resposta das
apica3es n;o contingentes a resposta. N importante recon7ecer os efeitos separados de
contingncias resposta#est*muo e das apresenta3es de est*muo
%s 4ezes & mais apropriado comparar o c7o2ue produzido pea resposta com o c7o2ue
produzido independentemente da resposta do 2ue com uma situa;o sem c7o2ues. H c7o2ue'
por eBempo' eicia respostas manipuati4as (pressionar a 6arra! em macacos. ?stes efeitos
foram o6ser4ados em Anter4ao JiBo - minutos' onde o responder se mante4e ato. $or&m
comparando com outras contingncias outros resutados surgiram. H responder foi menor em
AJ .m' mostrando 2ue o responder aumenta4a com menos est*muos por resposta. ? em
es2uemas onde a puni;o era apicada a cada resposta o responder ficou 6astante reduzido.
?m cotrapartida' o responder do macaco era menor sem puni3es do 2ue no es2uema de AJ
"m.
?sses efeitos eiciadores do c7o2ue podem ser fortes o suficiente para anuar seus efeitos
puniti4os' de modo 2ue pressionar a 6arra ocorre a despeito de' e n;o por causa' da
contingncia puniti4a.
Kuais s;o os efeitos discriminati4os dos est*muos a4ersi4os5
Hutro efeito coatera da puni;o pode ocorrer' por2ue os est*muos puniti4os podem ad2uirir
propriedades discriminati4as' como 2uando uma resposta & reforada apenas 2uando &
tam6&m punida.
Uma anaogia 7umana seria a de uma criana 2ue apan7a pode pro4ocar o pai a ponto de ser
surrada' por2ue a surra geramente & seguida por uma 2uantidade de aten;o do pai
arrependido 2ue & maior do 2ue a aten;o em outros conteBtos. % aten;o pode ser um
reforador poderoso e superar conse2uncias 2ue' de outra forma' ser4iriam de est*muos
puniti4os.
1 +ue > re.oro negati(o=
Defini;o antiga:
Kuando uma resposta termina ou e4ita um est*muo a4ersi4o e' assim' torna#se mais pro4+4e'
o est*muo & denominado re'orador negativo e a opera;o de re'oro negativo. % distin;o
entre reforo positi4o e negati4o depende se uma resposta produz ou remo4e um est*muo
Defini;o contepor<nea:
(. H re'oro faz a resposta reforada aumentar.
.. % puni&o faz a resposta punida diminuir.
0. H ad=eti4o positivo significa 2ue a conse2uncia do responder & a adi;o de um est*muo ao
am6iente do organismo.
". H ad=eti4o negativo signiica 2ue a conse2uncia do responder & a su6tra;o de um est*muo
ao am6iente do organismo.
-. Hs reforadores e punidores s;o est*muos e a n;o ausncia de est*muos (supondo 2ue
se=a poss*4e fazer uma distin;o cara!.
23
H 2ue caracteriza a fuga5
$rocedimento simpes de fuga: a resposta de um organismo suspende um est*muo a4ersi4o.
% terminoogia da fuga e da es2ui4a (4er es2ui4a! & consistente com o uso cotidiano.
% pes2uisa em reforo negati4o & dominada por procedimentos mais compeBos' como a
es2ui4a.
Kua a rea;o entre o responder eiciado e a fuga5
H moti4o da reati4a negigncia em se pes2uisar a fuga & 2ue geramente & f+ci aumentar a
pro6a6iidade de respostas utiizando o reforamento positi4o' mas' Ds 4ezes' & dif*ci fazer
isso' utiizando o reforamento negati4o em procedimentos de fuga.
$arte da dificudade ocorre' em parte' por2ue a rea;o tempora entre as respostas reforadas
e as respostas produzidas por um reforador difere' no reforo positi4o' da2uea produzida no
reforo negati4o.
Tam6&m no reforo negati4o o est*muo est+ presente antes 2ue a resposta a ser reforada
possa ser emitida. ? o est*muo a4ersi4o aumenta a pro6a6iidade de outras resposas
concorrentes com a resposta a ser reforada se=am emitidas' diminuindo a pro6a6iidade de
2ue a resposta a ser reforada se=a emitida.
24
4,emplo5 $ara fugir de uma uz intensa o rato pode fec7ar os o7os e se enco7er em um canto'
sendo 2ue 2ua2uer comportamento 2ue se=a emitido ser+ punido pea uz intensa (en2uanto
2ue se o rato apertasse a 6arra a uz cessaria!.
So6re a am6iguidade da distin;o entre reforo positi4o e reforo negati4o.
Se os est*muos s;o apresentados ou remo4idos' isso pode ser um crit&rio menos importante
na distin;o entre reforo positi4o e reforo negati4o do 2ue se as respostas geradas pelo
re'orador ocorrem em momentos em ue elas podem competir com a resposta re'orada.
$odemos considerar as mudanas no am6iente do organismo 2ue produzem um cont*nuo de
efeitos' 2ue 4ariam entre a2uees em 2ue outras respostas tm ata pro6a6iidade de preceder
e competir com a resposta reforada' at& a2uees em 2ue eas n;o fazem ou ta4ez at& mesmo
contri6uam para um aumento na pro6a6iidade de ocorrncia da resposta reforada.
H 2ue caracteriza a es2ui4a5
:a es2ui4a' o est*muo a4ersi4o n;o est+ presente 2uando a resposta reforada ocorre.
H procedimento simpes de es2ui4a: a resposta e4ita ou atrasa um est*muo a4ersi4o.
%s duas principais 4ariantes da es2ui4a s;o denominadas cancelamento e adiamento.
%naogia para canceamento: matar um perniongo antes 2ue ee pi2ue 4oc.
%naogia para e4ita;o: coocar fic7as em um teefone p>6ico para manter a iga;o.
H comportamento de es2ui4a costuma ser persistente e sua eBtin;o enta. % conse2uncia de
uma resposta de es2ui4a & 2ue nada acontece. ?m6ora se=a f+ci manter a persistncia do
comportamento de es2ui4a' & dif*ci instaar este comportamento.
Asto eBpica por2ue medidas pre4enti4as s;o dif*ceis de modear e manter: eas n;o tem
conse2uncia aparente.
H 2ue s;o rea3es de defesa espec*ficas da esp&cie5
Uma 4antagem dos procedimentos de es2ui4a so6re os de fuga & 2ue a resposta reforada
ocorre na ausncia do est*muo a4ersi4o. %ssim' outras respostas geradas peo est*muo
a4ersi4o n;o compete continuamente com a resposta de es2ui4a. Tam6&m certas respostas
funcionam me7or so6 fuga' outras me7or so6 es2ui4a.
Tem se argumentado 2ue as diferenas surgem por2ue os organismos s;o e2uipados de
maneira 4ariada' com respostas de defesa 2ue s;o espec*ficas da esp&cie. Sendo assim' o
sucesso com procedimentos de es2ui4a depender+ de o eBperimentador esco7er respostas
2ue o organismo puder emitir.
Fertos comportamentos de es2ui4a podem ter tido grande 4aor de so6re4i4ncia no passado'
e por isso' foram seecionados fiogeneticamente. Fomportamentos espec*ficos da esp&cie
imitam o 2ue pode ser aprendido.
Sa6er se o responder de es2ui4a se mant&m por pre4enir a conse2uncia a4ersi4a' ou por uma
resposta da esp&cie' & uma 2uest;o eBperimenta. %gumas diferenas podem tam6&m
depender dos determinantes espec*ficos da esp&cie para o 2ue & a4ersi4o' p.e. o 6aru7o de
correnteza de +gua como est*muo a4ersi4o para castores' sendo este est*muo um poss*4e
determinante para a constru;o de di2ues em rios.
25
Kua & a natureza do reforador na es2ui4a5
Hutra 2uest;o & especificar o 2ue refora o responder na es2ui4a. $or a es2ui4a 6em sucedida
n;o gerar conse2uncias' como pode a ausncia de e4ento reforar o comportamento5
Uma teoria foi formuada a partir de eBperimentos 2ue en4o4iam a sinaiza;o do est*muo
a4ersi4o' sendo 2ue ta est*muo sinaizador ad2uiriria propriedades a4ersi4as ao ser
consistentemente empare7ado com o est*muo a4ersi4o. H t&rmino do est*muo sinaizador
reforaria negati4amente a resposta e4asi4a. Ta concep;o foi denominada teoria dos dois
processos de es2ui4a.
Mas o efeito do reforo 4otou ao de6ate depois 2ue Sidman reaizou seus eBperimentos com
es2ui4a n;o sinaizada.
Tam6&m outro pro6ema surgiu com eBperimentos onde a es2ui4a diminu*a a taBa tota de
est*muos a4ersi4os' mas n;o competamente. (4er p+ginas (.0#(.- para maiores deta7es!.
Hrienta3es molar e molecular em %n+ise do Fomportamento.
Moecuar: ida com o comportamento em termos de se2uncias de e4entos' momento a
momento' em um dado conteBto.
Moar: ida com propriedades 2ue podem ser medidas ao ongo de eBtensos per*odos de
tempo.
%6ordagem molecular da es2ui4a eBamina os inter4aos de tempo indi4iduais 2ue separam
respostas particuares de c7o2ues indi4iduais.
%6ordagem molar da es2ui4a eBamina a rea;o mais gera entre taBas de resposta e as taBas
de c7o2ue ao ongo de uma amostra grande de respostas.
%s propriedades moares e moecuares do comportamento podem ser importantes em
conteBtos diferentes. N razo+4e supor 2ue a e4ou;o e2uipou os organismos com a
capacidade de responder' diferenciamente' a muitas propriedades das situa3es 2ue se
encontram.
% 2uest;o & decidir 2ua a6ordagem & mais apropriada D an+ise de uma dada situa;o.
Kua a rea;o entre eBtin;o' fuga' es2ui4a e reforo negati4o5
Hs efeitos da eBtin;o tam6&m s;o tempor+rios. Hs efeitos de eiminar contingncias de4em
ser distinguidos das de eiminar est*muos a4ersi4os. ?m fuga' o responder cessa pois n;o 7+
mais ocasi;o para responder.
:o entanto' em es2ui4a' desigar a fonte do c7o2ue &' Ds 4ezes' considerado uma opera;o de
eBtin;o.
Se o responder da es2ui4a for mantido por raros est*muos a4ersi4os' o responder continuar+
por um ongo tempo. $or essas raz3es a es2ui4a em sido considerada ree4ante para casos de
comportamento 7umano' como compus3es.
Suspender as apresenta3es do est*muo a4ersi4o tem sido o procedimento de eBtin;o mais
comum em es2ui4a' mas apresentar o est*muo a4ersi4o en2uanto interrompe#se as
contingncias do responder & um paraeo mais prIBimo da eBtin;o apIs reforo negati4o.
26
So6re puni;o positi4a e puni;o negati4a.
Tam6&m & poss*4e distinguir entre puni;o positi4a e negati4a (em6ora a2ui tam6&m se=am
poss*4eis casos am6*guos!. N dif*ci estudar a puni;o negati4a eBperimentamente retirando#se
o reforo positi4oL o 2ue se tem feito & a remo;o de um est*muo na presena do 2ua as
respostas s;o reforadas' o 2ue & um paraeo da nfase na es2ui4a e n;o na fuga' em estudos
de reforo negati4o.
Tais per*odos sem est*muos sinaizadores 2ue ocasionam reforo da resposta s;o c7amados
de suspens&o discriminada das conting*ncias de re'oro' Ds 4ezes' de puni;o por timeout de
reforo positi4o. Hs procedimentos 2ue sinaizam puni;o negati4a tm sido c7amados de
treino de omiss&o.
%ssim como 2ua2uer forma de puni;o' a fun;o principa da puni;o negati4a & reduzir certos
comportamentos' mas ea & fre2uentemente apicada sem uma aten;o para os
comportamentos aternati4os 2ue poderiam ser reforados. % utiiza;o do timeout sem a
compreens;o de suas 6ases comportamentais pode ser contraproducente.
So6re a inguagem e a &tica do controe a4ersi4o.
%o faarmos de est*muos puniti4os' reforadores negati4os e est*muos a4ersi4os' temos 2ue
em6rar 2ue cada um & apropriado em conteBtos diferentes. ?st*muos a4ersi4os foram
apresentados com fen@menos de eicia;o' os est*muos puniti4os foram apresentados durante
a discuss;o de conse2uncias 2ue reduzem o responder e os reforadores negati4os foram
incu*dos como casses de conse2uncias 2ue aumentam a pro6a6iidade de resposta.
Seria con4eniente se pud&ssemos supor 2ue cada termo identifica diferentes aspectos de uma
categoria >nica de e4entos. $ara muitos est*muos' na maior parte do tempo' ta premissa &
possi4emente correta.
Mas de4emos em6rar das diferentes pro6a6iidades de resposta e da reati4idade de
reforadores e punidores. Ta premissa n;o & garantida.
%s propriedades comportamentais do controe a4ersi4o tm impica3es 2ue s;o consistentes
com os argumentos &ticos contra o controe a4ersi4o. % puni;o sI & =ustific+4e em casos
eBtremos' como comportamentos autoesi4os (a puni;o pode pre4enir danos permanentes!.
$or&m a puni;o permanece como uma pr+tica recorrente de controe a7eio' por sua
imediaticidade da diminui;o do responderL o reforo positi4o & mais compeBo de ser apicado
e tem conse2uncias atrasadas.
N necess+rio estudar os mecanismos do comportamento para pre4enir seus maus usos.
27
0 - 1perantes: A 2eleo do Comportamento
1 +ue > modelagem=
Modeagem & o reforamento de respostas 2ue se aproBimem de uma resposta a4o. Modear
impica em um meio termo entre os eBtremos da apresenta;o fre2uente e n;o fre2uente de
reforo. Reforar demais sacia e pode fortaecer respostas n;o pane=adas. Reforar pouco
e4a a eBtin;o.
% modeagem tam6&m pode ocorrer como um resutado de contingncias naturais e tam6&m
pode gerar mudanas 2uaitati4as a6ruptas' ao in4&s de entas aproBima3es de propriedades
de uma casse de respostas (eBempos destes processos na p+gina (0(!.
% modeagem & 6aseada no reforo diferencia: em est+gios sucessi4os' agumas respostas
s;o reforadas e outras n;o. X medida 2ue o responder se atera' os crit&rios para o reforo
diferencia tam6&m mudam.
% propriedade do comportamento 2ue torna a modeagem efeti4a & a 4aria6iidade do
comportamento.
H paradoBo (antigo! da modeagem & 2ue n;o aumentamos a pro6a6iidade de uma mesma
resposta ocorrer por2ue nunca uma resposta & igua a outra. Mas n;o se idam com respostas
singuares' mas sim com diferentes respostas 2ue pertencem a uma mesma casse.
H 2ue s;o casses de respostas e casses operantes5
:;o podemos discutir o comportamento apenas em termos de respostas isoadas. %s
respostas indi4iduais s;o inst<ncias do comportamento' e cada uma pode ocorrer apenas uma
>nica 4ezL as respostas podem ter propriedades em comum' mas n;o podem ser idnticas em
todos os aspectos.
%ssim temos 2ue respostas re'oradas produ1em outras respostas ue n&o a mesma
resposta' mas n&o podemos agrupar respostas sem distin&o# por2ue ficar*amos sem nada a
faar a n;o ser do comportamento em gera.
Um n*4e intermedi+rio de an+ise' 2ue n;o s;o respostas indi4iduais nem o comportamento em
gera' mas sim classes de respostas de'inidas por propriedades em comum.
Se as conse2uncias modificam a pro6a6iidade de respostas de uma casse ea &
denominada casse operante.
Fonceitos antigos reacionados a casse operante: instrumenta' 4ount+rio.
Fomportamentos 8aut@nomos9 podem ser operantes (4er eBempo na p+gina (00!.
28
?ssa defini;o de casses de respostas depende de propriedades comportamentais do
responder e n;o de propriedades fisioIgicas' como a distin;o som+tica#auton@mica.
%s propriedades comportamentais de casses operantes s;o 6aseadas na opera;o
denominada re'oro di'erencial (o reforo de apenas agumas respostas de uma casse de
respostas!. ?sta opera;o torna o responder su6se2uente cada 4ez mais estreitamente
a=ustado Ds propriedades definidoras da casse.
A caracterstica essencial de um operante a correspond*ncia entre uma classe de respostas
de'inida por suas conseu*ncias e o espectro de respostas geradas por essas conseu*ncias.
1 +ue > di.erenciao e induo=
Andu;o: eBtens;o do efeito do reforo a outras respostas n;o incu*das na casse reforadora.
Sin@nimo ocasiona: generaiza;o de respostas.
Diferencia;o: processo de distri6ui;o de respostas emitidas 2ue passa a se circunscre4er
estreitamente aos imites da casse de respostas reforadas. H responder esta6eecido desta
maneira & denominado di'erenciado.
Kuais as diferenas entre topografia e fun;o na casse operante5
Cimos como casses de comportamentos podem ser criadas por meio de reforo diferencia.
Mas eas n;o s;o definidas por sua topografia' mas sim por sua fun;o comum.
Topografia: pisar na 6arra' morder a 6arra para 6aiBo' sentar na 6arra' pressionar a 6arra com
a pata es2uerda' direita ou am6as.
Jun;o comum: todas produzem as mesmas conse2uncias.
Hs operantes s;o definidos por suas fun3es e n;o por suas formas. Respostas com
topografias simiares' mas fun3es diferentes' ser;o agrupadas em diferentes casses.
Reforo diferencia da organiza;o tempora.
%s propriedades temporais do responder incuem a atncia' a dura;o e o ritmo. Kuais2uer
dessas propriedades podem ser4ir de 6ase para o reforo diferencia.
Reforo diferencia de 6aiBas taBas # DRG (Differentia reinforcement of oY response rate!.
?Bempo: DRV(QZ O um rato & reforado pea primeira resposta depois de (Qs' mas se o rato
responder antes 2ue (Qs n;o 7a4er+ reforo e o rato ter+ 2ue esperar (Q segundos a partir da
>tima resposta.
Reforo diferencia de atas taBas # DRG (Differentia reinforcement of 7ig7 rate!. Muitas R em
pouco t para rece6er reforo.
29
?Bempo: DRG(QZE(- responses O um rato de4e apertar a 6arra (- 4ezes dentro de (Q
segundos para rece6er reforo.
% taBa de resposta n;o & uma medida fundamenta do reforo' mas & apenas uma propriedade
do comportamento 2ue pode ser diferenciada.
H responder so6 DRV ocorre a uma 6aiBa taBa' mas & facimente esta6eecida e sustentada.
H responder so6 DRG ocorre a uma taBa ata' mas & dif*ci de se esta6eecer e & fr+gi 2uando
esta6eecido.
Hutras casses de reforo diferencia:
Reforo diferencia de responder espaado: esta6eece imites tanto inferiores 2uanto
superiores para os ART (tempo entre respostas! 2ue precedem uma resposta reforada e 2ue
tende a manter uma taBa de respostas razoa4emente constante.
Reforo diferencia de outro comportamento (DRH!: apresenta um reforador na condi;o 2ue
ocorra um tempo definido sem a resposta especificada. ?ste & o nome t&cnico para o
procedimento geramente usado para programar reforo para comportamentos aternati4os.
A estrutura do operante
:o;o de comportamento compeBo em a6irintos.
%&m de respostas discretas' se2uncias compeBas de respostas tam6&m podem ser tratadas
como casses operantes. ?Bempo: o percurso por um a6irinto pode ser considerado uma
resposta >nica' mas compeBa.
?sco7er os camin7os certos pode ser reforado diferenciamente.
H responder em um a6irinto n;o & fruto de tentati4as e erros' nem de 7ipIteses 2ue o
organismo formua' s;o antes atera3es consistentes no responder integrado de um
organismo.
Se2uncias de respostas: 2ua a diferena entre encadeamento e unidades temporamente
eBtendidas5
Kue6rar uma se2uncia comportamenta pode mostrar uma sucess;o de operantes. ?ste tipo
de se2uncia & denominado cadeia de respostas' onde as respostas tem fun3es dupas: eas
reforam a resposta anterior (4er reforo condicionado! e ser4em de ocasi;o para a prIBima
resposta.
%guns componentes de certas cadeias s;o independentes entre si' mas agumas se2uncias
apresentam outros pro6emas: as respostas s;o se2uncias espec*ficas de respostas
encadeadas ou unidades temporamente eBtendidas' n;o redut*4eis a tais se2uncias5 ?sta &
30
uma 2uest;o eBperimenta' onde am6os os processos podem ocorrer. H desafio & sa6er 2ua
se2uncia est+ em 4igor.
Fasses operantes e comportamento no4o.
%s casses operantes podem ter propriedades mais compeBas' como nos casos de reforo
diferencia' a6irintos e se2uncias de respostas interigadas.
H nosso interesse principa est+ nas dimens3es ao ongo das 2uais o responder se conforma D
casse de respostas 2ue & reforada. % estrutura do comportamento & ta 2ue nem sempre
podemos definir tais dimens3es independentemente das contingncias de reforo.
Tomando o eBempo do treino de gofin7os para diferenciar respostas no4as. Fomo definir ta
casse operante sem ser peo crit&rio de reforo5
H fato de 2ue temos dificudade em medir a originaidade ou outras dimens3es compeBas do
comportamento n;o as eimina como propriedades 2ue possam definir as casses operantes.
Mesmo a 4aria6iidade do responder pode ser tomada como 6ase para o reforo diferencia.
Asto mostra 2ue organismos s;o sens*4eis a popua3es de respostas e conse2uncias ao
ongo de eBtensos per*odos de tempo' e n;o meramente a se2uncias indi4iduais resposta#
est*muo (4er an+ises moares B moecuares!.
31
3 - 1perantes Discriminados: Controle de 'st!mulo
1 +ue so operantes discriminados=
H reforo diferencia tam6&m pode ocorrer com 6ase nas dimens3es em cu=a presena as
respostas ocorrem. Kuando o responder & reforado apenas na presena de aguns est*muos'
dizemos 2ue o reforo & correlacionado com a2uee est*muo. Uma casse de respostas criada
por este reforo diferencia em rea;o Ds propriedades do est*muo & c7amada de operante
discriminado.
N 6em poss*4e 2ue n;o eBista uma casse operante sem est*muos discriminati4os. Mesmo o
am6iente constante de um organismo atua controando seu comportamento.
S
D
s esta+elecem a ocasi&o em 2ue as respostas tm conse2uencias' e diz#se 2ue ees
ocasionam respostas.
:ota;o cient*fica usua:
S
D
: est*muo discriminati4o (ou! S
W
: est*muo positi4o
S
[
: est*muo correacionado com o n;o reforo (ou! S
#
: est*muo negati4o (o mais apropriado
seria S
Q
' pois nada & remo4ido em presena deste est*muo!.
% dispers;o do efeito do reforo na presena de um est*muo para outros est*muos n;o
correacionados com o reforo & denominada generali1a&o.
6iscrimina&o: processo no 2ua est*muos 2ue ocasionam o responder 4ieram a conformar#se
estreitamente com a casse de est*muos correacionada com o reforo. H responder so6 ta
controe de est*muo & denominado de comportamento discriminado.
De4emos recon7ecer duas casses de est*muos:
(. Uma casse correacionada com a contingncia de reforo.
.. Uma casse onde o responder ocorre.
H interesse est+ na correspondncia entre estas . casses.
Hs est*muos esta6eecem a ocasi;o para as respostas pois 2uando uma casse de respostas &
definida pea presena de um est*muo' as respostas nesta casse n;o podem ocorrer 2uando o
est*muo est+ ausente.
Kuando faamos de di'erencia&o e indu&o ou de discrimina&o e generali1a&o' a opera;o
su6=acente em cada caso & o reforo diferencia. Tanto a diferencia;o 2uanto a discrimina;o
en4o4em correspondncias entre as dimens3es so6re as 2uais o reforo diferencia & apicado
e as dimens3es do comportamento resutante.
$or2ue atentar para as propriedades de est*muo5
32
%o discutir a correspondncia entre os est*muos com os 2uais as contingncias de reforo
est;o correacionadas e os est*muos os 2uais o organismo responde' faa#se a partir de um
4aor de est*muo espec*fico. Hs est*muos s;o 4ari+4eis e n;o 7+ garantias 2ue o organismo
responda a apenas um grupo de 4ari+4eis espec*ficas.
%s 4ari+4eis de est*muo Ds 2uais um organismo tende a responder discriminati4amente s;o' Ds
4ezes' denominadas salientes. Mas saincia n;o & uma 4ari+4e de um est*muo' mas sim uma
propriedade do comportamento do organismo com rea;o D a2uee est*muo.
H conceito de aten&o & essencia em um tratamento dos operantes discriminados' por2ue os
organismos tendem a responder a agumas 4ari+4eis de est*muos' e n;o a outras. :a medida
em 2ue atentar para' ou prestar aten;o a uma 4ari+4e ou a outra' & ago 2ue os organismos
fazem' podemos trat+#o como um tipo de comportamento (4er cap*tuo .Q!.
Uma raz;o importante para tratar a aten;o desta maneira & 2ue o atentar (para! pode ter
conse2uencias.
%prendizagem de ugar B %prendizagem de resposta.
% 2uest;o & se os organismos aprendem dimens3es das respostas (uma se2uncia espec*fica
em um a6irinto' por eBempo! ou aprendem dimens3es do est*muo (se mo4imentar em dire;o
a um oca particuar' se mo4imentando em um a6irinto em dire;o D uma =anea' p.e.!.
%s propriedades espaciais do am6iente s;o particuarmente importantes' mas' em
circunst<ncias apropriadas' um rato pode aprender propriedades do am6iente.
Gradientes de controe de est*muo
?m um procedimento de diferencia;o' o organismo determina a ordem das respostas' mas em
um procedimento de discrimina;o o eBperimentador de4e decidir a ordem em 2ue os
est*muos s;o apresentados.
Um eBperimentador 2ue este=a interessado em agum cont*nuo de est*muo (isto &' aguma
dimens;o ao ongo da 2ua os est*muos podem 4ariar' como a intensidade ou a posi;o de
uma uz! de4e preocupar#se com 2uantos est*muos apresentar' por 2uanto tempo de 2ue
forma os est*muos de4eriam ser correacionados com o reforo e com o n;o reforo' para
mencionar agumas das possi6iidades mais importantes.
% seguir' aguns eBempos de poss*4eis gradientes de controe de est*muo.
Gradientes de Generaiza;o
Se uma resposta & reforada durante um est*muo' e aguma propriedade da2uee est*muo
ent;o & 4ariada' o responder pode depender de 2uanto o est*muo mudou.
33
Hs efeitos do reforo na presena do 4erme7o estenderam#se para outras cores.
H gradiente de generaiza;o pode ser afetado por outras 4ari+4eis' como a pri4a;o e
diferentes es2uemas de reforos.
Gradientes de $Is#discrimina;o
Hs gradientes de controe de est*muos podem ser o6tidos apIs uma discrimina;o entre dois
ou mais est*muos ao ongo de uma dimens;o.
?m um treino de discrimina;o' onde S
D
& reforado e S
[
& eBtinto' as respostas tendem a
serem mais fre2uentes em 4aores de est*muos distantes de S
[
.
Um pom6o treinado com S
D
O--Q miimicrons (um comprimento de onda' neste caso de uz! e
com S
[
O-,Q miimicrons responde ma=oritariamente em -"Q miimicrons' distante de S
[
. ?ste
desocamento 4isto num gr+fico de respostas & denominado deslocamento de pico.
Gradientes de Ani6i;o
%2ui os gradientes s;o para a4aiar em 2ue medida um est*muo n;o#correacionado com S
D
ini6e atera o responder. ?m tais gradientes' o responder aumenta 2uanto mais os 4aores do
est*muo correacionado com a eBtin;o se afastam da caracter*stica negati4a (4aor de
est*muo correacionado com a eBtin;o!. N mais f+ci treinar caracter*sticas positi4as (4aores
de est*muos correacionados com o reforo! do 2ue caracter*sticas negati4as.
H 2ue & es4anecimento (fading!5
Do mesmo modo 2ue as propriedades de resposta 2ue definem uma casse operante podem
ser graduamente modificados por meio de procedimentos de modeagem' as propriedades de
est*muo 2ue definem uma casse operante discriminada podem ser graduamente aterados por
procedimentos an+ogos de esvanecimento ou esmaecimento.
34
H treino n;o tem 2ue comear com est*muos 2ue s;o dif*ceis de discriminar. ?e pode
comear com a2uees 2ue s;o f+ceis de discriminar e' ent;o' mudar graduamente para
est*muos mais dif*ceis.
Fomo no caso da modeagem' n;o 7+ regras simpes para determinar 2u;o rapidamente os
est*muos de4em ser graduamente introduzidos (fading in! ou remo4idos (fading out! em
diferentes situa3es.
H es4anecimento re2uer 2ue agum comportamento so6 controe discriminati4o este=a
dispon*4e para ser mudado no controe de uma no4a dimens;o de est*muo.
Como > a terminologia do re.oro di.erencial=
Tanto a diferencia;o 2uanto a discrimina;o en4o4em reforo diferencia. % diferena est+ em
se o reforo diferencia & imposto so6re as propriedades do responder ou so6re as
propriedades do est*muo em cu=a presena o responder ocorre.
% principa impica;o dessa diferena diz respeito ao procedimento: em estudos de
diferencia;o' o eBperimentador de4e esperar peas respostas do organismo' en2uanto em
estudos de discrimina;o o eBperimentador controa a ordem e a dura;o das apresenta3es
de est*muo.
H reforo diferencia pode ser programado para propriedades compeBas dos est*muos 2ue
n;o s;o facimente 2uantific+4eis.
Jre2uentemente' tratamos os est*muos como se fossem restritos a o6=etos concretos ou a
e4entos am6ientais. Mas tam6&m discriminamos entre as caracter*sticas' Ds 4ezes' c7amadas
de a+stratas ou de relacionais 2ue s;o independentes dos o6=etos ou dos e4entos particuares.
H termo est*muo tam6&m funciona no sentido de propriedade de e4entos am6ientais (como
estar a direita ou a es2uerda de ago!.
35
Cognio Animal
Hs estudos so6re cogni;o anima est;o interessados no 2ue os organismos sa6em' e as
eBpica3es' geramente' est;o 4incuadas D estrutura dos est*muos ree4antes. $or eBempo'
se um organismo discrimina entre certos est*muos com 6ase em aguma caracter*stica cr*tica'
um cogniti4ista pode dizer 2ue o organismo representa os est*muos para si mesmo com 6ase
na2uea caracter*stica.
Tais 2uest3es ser;o retomadas no conteBto da memIria e da recorda;o' e no conteBto das
teorias comportamentais e cogniti4as no cap*tuo .Q.
Mapas cogniti4os
% desco6erta de 2ue organismos podem ocaizar uma +rea mesmo 2uando se aproBimam dea
por uma no4a dire;o demonstra 2ue ees podem aprender as rea3es espaciais a&m das' ou
ta4ez em 4ez de tri7as espec*ficas. Asto =ustifica faar de mapas cognitivos.
%gumas 7a6iidades de 8na4ega;o9 s;o aprendidas' e outras foram seecionadas
fiogen&ticamente. Uma an+ise das propriedades do est*muo 2ue determinam o
comportamento & ree4ante tanto para a fiogenia 2uanto para a ontogenia.
Fonceitos naturais e Fasses de est*muo pro6a6i*sticas
$odemos faar de generaiza;o' dentro de uma casse de est*muos' e discrimina;o' entre
casses de est*muos. %ssim' nosso conceito de 4erme7o de4e en4o4er a generaiza;o entre
todos os est*muos a 2ue c7amamos de 4erme7o' e a discrimina;o entre estes est*muos e
todos os outros a 2ue n;o c7amamos de 4erme7o.
?nt;o' os conceitos est;o para casses de est*muos como os operantes est;o para as casses
de respostas.
N dif*ci definir os est*muos por dimens3es f*sicas' se=a a discrimina;o entre etras' n>meros e
o6=etos' por eBempo. H 2ue distingue os cac7orros dos outros animais5
$om6os foram ensinados a discriminar formas 7umanas de n;o 7umanas' e tais
discrimina3es compeBas foram denominadas conceitos naturais.
Hs conceitos naturais s;o eBempos de classes de estmulo pro+a+ilsticas' casses em 2ue
cada mem6ro cont&m agum su6con=unto de caracter*sicas mas nen7um & comum a todos os
mem6ros. Xs 4ezes' estas casses denominadas con=untos imprecisos ou indefinidos (fuzzy
sets! n;o tem imites 6em definidos.
36
%gumas casses de est*muo pro6a6i*sticas s;o definidas por referncia a um prot$tipo. Um
protItipo & um mem6ro t*pico de uma casse pro6a6i*sticaL & deri4ado de uma m&dia
ponderada de todas as caracter*sticas de todos os mem6ros da casse.
?Bempo: os p+ssaros (como casse pro6a6i*stica!' em sua maioria' 4oam' mas aguns dos
mem6ros desta casse n;o (a4estruz' pinguim!.
Hutros tipos de casses de est*muos:
#casses de est*muo poimorfas
#casses de e2ui4ancia (4er cap*tuo )!
% casse de est*muo &' ea prIpria' uma casse de est*muo pro6a6i*stica' no sentido de 2ue
sua defini;o muda D medida 2ue eBpandimos os imites de pes2uisa ree4antes.
Kua a defini;o de Fasses de est*muo5
H pro6ema de definir as casses de est*muo & generaizado. ?a n;o ser+ reso4ido por meio
do apeo a procedimentos de mensura;o f*sica' por2ue a eitura de instrumentos de medida
tam6&m & um comportamento discriminati4o.
37
4 - Discriminao Condicional e Classes de 1rdem 2uperior
Discrimina3es em 2ue o pape de um est*muo depende de outros 2ue forneam o conteBto
para ee s;o denominadas discriminaes condicionais. ?stes procedimentos geram casses de
ordem superior' no sentido de 2ue as casses s;o definidas n;o por est*muos ou respostas
particuares mas por rea3es 2ue incuem tais est*muos e tais respostas como casos
especiais.
1 +ue so as dimens7es relacionais dos est!mulos=
Muitas discrimina3es condicionais en4o4em rea3es ar6itr+rias entre um est*muo
discriminati4o condiciona e as discrimina3es para as 2uais ee esta6eece condi;o. %guns
casos em 2ue tais rea3es n;o s;o ar6itr+rias s;o de interesse especia. Se em uma situa;o
um est*muo & compar+4e' igua' ou diferentes a outros' depende do' ou & condiciona ao'
conte,to na 2ua ee & apresentado.
$or eBempo' se os est*muos % e M s;o azuis e o est*muo F & amareo' ent;o' em rea;o a %'
M & um est*muo igua e F & um est*muo diferente.
?mpare7amento com o modeo' empare7amento por singuaridade e as casses de
e2ui4ancia s;o propriedades de tais discrimina3es condicionais.
Fomo funciona o ?mpare7amento com o Modeo (identidade! e o ?mpare7amento por
Singuaridade5
38
$ode#se dizer 2ue o empare7amento foi 6em sucedido se as respostas forem generaizadas
para outras cores.
Uma 4aria;o de ta empare7amento & o de emparelhamento por singularidade (oddity!' onde
o reforo & programado para 2ue o reforo ocorra no est*muo n;o#empare7ado.
%s rea3es entre os est*muos tam6&m podem impicar no emparelhamento ar+itrrio. ?m um
procedimento pode#se treinar o 6icar no disco 4erde a partir de um modeo 82uadrado9 e o 6icar
um disco 4erme7o a partir de um modeo 8c*rcuo9.
Todas estas tarefas s;o rea3es entre diferentes casses de est*muos.
H 2ue & o Fomportamento Sim6Iico e 2ua o pape das Fasses de ?2ui4ancia neste
comportamento5
$ropriedades das rea3es: refeBidade' simetria e transiti4idade.
%s propriedades re'le,ivas s;o a2ueas em 2ue se mant&m entre um termo e ee mesmo.
?B: %O%
%s propriedades simtricas s;o a2ueas em 2ue a ordem dos termos & re4ers*4e. ?B: se %OM'
ent;o MO%.
%s propriedades transitivas s;o a2ueas em 2ue os temos comuns em dois pares ordenados
determinam um terceiro par ordenado. ?B: se %OM e MOF' ent;o %OF.
%s rea3es de e2ui4ancia s;o a2ueas 2ue tm todas as trs propriedades' e os termos 2ue
entram neas (a2ui' %' M e F! s;o considerados mem6ros de uma Classe de 4uival*ncia.
Hutras rea3es parti7am apenas agumas dessas propriedades. % rea;o de oposi&o &
sim&trica (se D & o oposto de ?' ? & o oposto de D!' mas n;o & refeBi4a (D n;o & o oposto de
si mesmo! nem transiti4a (se D & o oposto de ? e ? & o oposto de J' D n;o & o oposto de J!. ?
uma rea;o de magnitude como maior ue & transiti4a (se G & maior 2ue G e G & maior 2ue A'
ent;o G & maior 2ue A!' mas n;o & nem refeBi4a nem sim&trica.
% figura a6aiBo iustra como os procedimentos de empare7amento de identidade (modeo! e
empare7amento ar6itr+rio podem ser usados para demonstrar as trs propriedades das
rea3es de e2ui4ancia.
39
H teste da >tima in7a com6ina os testes de re4ers;o e de transiti4idade (intensidade e cor!L
ee & denominado teste de euival*ncia' e a rea;o entre os est*muos do teste de
e2ui4ancia & denominada rela&o de euival*ncia. %s rea3es dos testes de re4ers;o e
e2ui4ancia nunca foram eBpicitamente ensinadas. Se ocorre um empare7amento apropriado
nestes testes' as no4as rea3es demonstradas por este comportamento s;o denominadas
rea3es emergentes' no sentido de 2ue emergiram sem um treino eBp*citoL eas s;o eBempos
de comportamento no4o' produzidas por contingncias de empare7amento ar6itr+rio.
:;o pode#se reduzir casses de e2ui4ancia a casses de est*muos discriminati4os. %s
rea3es de e2ui4ancia s;o sim&tricas' mas as rea3es entre os termos de uma contingncia
de trs termos n;o s;o (uma resposta % n;o & igua a um est*muo M' mas os est*muos 2ue
comp3em uma casse de e2ui4ancia s;o sim&tricos entre si' no sentido 2ue um est*muo F &
igua a um est*muo D!.
%s rea3es de e2ui4ancia s;o dificimente (e suspeitosamente! demonstradas por pom6os'
mas s;o facimente geradas em 7umanos. %s rea3es de e2ui4ancia emergentes em
40
7umanos =ustificam nomear tais desempen7os de emparelhamento sim+$lico' e n;o apenas de
empare7amento ar6itr+rio.
:;o 7+ imites I64ios para o n>mero de casses 2ue podem ser criadas ou para o n>mero de
est*muos 2ue podem ser incu*dos em cada casse. H status destes tipos de casses no
comportamento de n;o#7umanos permanece o6=eto de contro4&rsias.
Mas as casses de e2ui4ancia definem comportamento sim+$lico' e assim' pode ser 2ue eas
se=am uma propriedade eBcusi4a do comportamento 7umano (ou tam6&m de seus parentes
prIBimos!. ?as tem grande ree4<ncia no comportamento 4er6a (4er cap*tuos ("' (- e (1!.
1 +ue so comportamentos de ordem superior=
Se demonstramos' por eBempo' um empare7amento por identidade (modeo!' cada
empare7amento espec*fico define uma casse' mas o empare7amento de identidade &' ent;o'
uma classe de ordem superior 2ue incui' como seus componentes' todos os empare7amentos
espec*ficos' ou se=a' casses em6utidas em outras casses.
Um teste para o operante de ordem superior & se as rea3es no4as podem ser demonstradas'
como o empare7amento de outras coresL um outro teste & se todas as su6casses em um
empare7amento se mantm =untas como casse' caso mudemos as contingncias somente
para um su6con=unto deas.
%prender a %prender
% aprendizagem de uma no4a discrimina;o pode depender da2uio 2ue organismo =+
aprendeu (o 2ue no a6oratIrio & c7amado de 7istIria eBperimenta!.
H fen@meno do learning set ocorre 2uando o responder pode depender das rea3es entre as
propriedades do est*muo' independentes de est*muos espec*ficos.
(Fom macacos'! 2uanto mais pro6emas ees 7a4iam aprendido' mais rapidamente ees
reso4iam um no4o pro6ema. H desempen7o depende de rea3es entre os est*muos e suas
conse2uncias correacionadas' a ongo de pro6emas sucessi4os' e n;o de pares particuares
de est*muos 2ue aparecem dentro de pro6emas particuares.
$odemos definir o operante discriminado (no eBperimento com os macacos! como se segue: se
a resposta de seecionar um dos o6=etos & reforada na primeira tentati4a de um no4o
pro6ema' seecione a2uee o6=eto em todas as tentati4as su6se2uentes. :a aprendizagem de
pro6emas sucessi4os' esse & o desempen7o 2ue & reforado e & nisso 2ue o comportamento
do organismo se transforma. %ssim' a correspondncia entre as contingncias de reforo e o
comportamento gerado por essas contingncias permanece como um crit&rio apropriado para
essa casse operante.
41
%prende a aprender 2uaifica#se como uma casse de ordem superior' por2ue & definida por
essas rea3es' e n;o peos est*muos e peas respostas a 2ua2uer pro6ema particuar.
Um fen@meno 2ue pode ser 4isto como uma 4aria;o de learning set & o desamparo aprendido.
Ratos 2ue rece6eram c7o2ues e&tricos inescap+4eis e ine4it+4eis em uma situa;o tendem a
n;o aprender uma resposta de es2ui4a 2uando esta se torna dispon*4e' ao contr+rio dos ratos
2ue nunca foram eBpostos a ta situa;o. %2ui' no4amente' & dif*ci definir a casse de
respostas' eBceto se notarmos 2ue os ratos 2ue rece6eram c7o2ues ine4it+4eis e inescap+4eis
aparentemente aprenderam 2ue suas respostas n;o tin7am conse2uncias importantesL o
comportamento gerado por essas contingncias se transfere para situa3es nas 2uais o
responder poderia ter conse2uncias.
Ta4ez o desamparo aprendido' como uma casse de ordem superior' pudesse ser coocado
so6 controe de est*muos discriminati4os' por meio de contingncias diferenciais.
H learning set iustra a ampitude e a compeBidade do 2ue os organismos podem aprender.
$ropriedades de casses de ordem superior
Sempre 2ue as contingncias 2ue mantm uma casse de ordem superior s;o diferentes das
2ue mant&m uma ou mais de suas su6casses' podemos nos perguntar 2uais das
contingncias pre4aecer;o.
?n2uanto a casse de ordem superior mant&m sua integridade' suas su6casses s;o mantidas
=untamente com os outros mem6ros' mesmo 2ue n;o este=am consistentemente en4o4idas nas
continncias 2ue mant&m as outras. Kuando isso acontece' as su6casses de ordem inferior
parecer;o insens*4eis Ds mudanas nas contingncias 2ue s;o programadas para eas.
Kuando programamos no4as contingncias para as su6casses das casses de ordem superior'
geramente' esperamos 2ue a2ueas su6casses' e4entuamente' se=am diferenciadas das
outras. Mas se as su6casses se superp3em de di4ersas maneiras com outras casses 2ue
parti7am de outras contingncias' isso pode n;o acontecer.
Muito do comportamento 7umano compeBo pare de 2ue ordens de casses superiorL como
regras' princ*pios' estrat&gias e simiaresL s;o mantidas por contingncias sociais. Tentar
eBpicar o comportamento 7umano apenas por rea3es est*muo#resposta' sem e4ar em
considera;o as casses de ordem superior' gerar+ eBpica3es fa7as e incompetas.
Hrigens da ?strutura
% maior parte das casses consideradas at& agora tem sido as casses estruturais. %s
propriedades 2ue as definem n;o eram ar6itr+rias' mas sim deri4adas de rea3es sistem+ticas
entre as propriedades de e4entos am6ientais (p.e. empare7amento' a singuaridade' a
simetria!.
42
$or&m casses ar6itr+rias tam6&m podem ser criadas' onde uma casse de est*muos' se for
sistematicamente contingente com o reforo' ter+ a fun;o de uma casse de ordem superior. %
diferena entre esta estrutura e as outras & 2ue n;o 7+ entre os mem6ros da casse uma
propriedade em comum entre os est*muos 2ue comp3em a casse.
%s casses operantes s;o criadas n;o por conse2ucias comuns' mas sim por conseu*ncias
comuns ue dependem de conting*ncias comuns. Desta forma um operante discriminado pode
ser criado a partir de est*muos sem propriedades em comum (ar6itr+rio!' 6aseado apenas em
contingncias comuns.
Asto & para contrapor a eBpica;o de operantes discriminados compeBos 2ue se 6aseiam
apenas nas rea3es entre o est*muo e a resposta' sem atentar para as contingncias 2ue
determinaram ta rea;o.
% estrutura do comportamento & determinada por contingncias' mas as contingncias s;o
determinadas' por sua 4ez' pea estrutura am6ienta.
<uais as .ontes do comportamento no(o=
%t& ent;o 4imos:
\ Modeagem (cap. ,!
\ ?s4anecimento (cap. /!
\ :o4idade e 4aria6iidade como propriedades das respostas' poss*4eis de serem
reforadas.
\ Rea3es 2ue emergem sem treino eBp*cito' a partir de casses de e2ui4ancia (2ue
s;o tam6&m casses de ordem superior!
% no4idade 2ue tem origem na =un;o de operantes separados tem sido denominada adu&o.
43
15 - 's+uemas de -e.oro
?s2uemas de reforo s;o arran=os 2ue especificam 2ue respostas' dentro de uma casse
operante' ser;o reforadas.
Hs trs tipos 6+sicos de es2uema s;o:
\ 4suemas de 0a1&o5 a2uees 2ue permitem 2ue uma respostas se=a reforada depois
de agum n>mero de respostas.
\ 4suemas de 7ntervalo5 os 2ue permitem 2ue uma resposta se=a reforada depois de
um tempo transcorrido' desde agum e4ento anterior.
\ 4suemas ue re'oram di'erencialmente a ta,a ou o tempo entre as respostas5
a2uees 2ue permitem 2ue uma resposta se=a reforada' dependendo da taBa ou do
espaamento tempora das respostas pr&4ias.
Como .uncionam os es+uemas de -azo 8ari?(el e nter(alo 8ari?(el=
:o es2uema de raz;o 4ari+4e (CR!' a apresenta;o de um reforador depende da emiss;o de
um n>mero 4ari+4e de respostas' independente da passagem de tempo.
:o es2uema de inter4ao 4ari+4e (CA!' a apresenta;o de um reforador depende da passagem
de um per*odo 4ari+4e de tempo e da emiss;o de uma ]nica respostaL as respostas 2ue
ocorrem antes do fina do inter4ao n;o tem efeito.
H 2ue s;o es2uemas de Reforo e Fausa;o5
Hs efeitos dos reforadores dependem das respostas Ds 2uais se seguem' mas e4entos
reforadores podem se seguir a respostas 2uando produzidos por respostas ou 2uando
apresentados independentemente deas.
Hs diferentes efeitos dos reforadores dependentes e independentes das respostas dependem'
de uma forma compeBa' de como as correa3es entre e4entos s;o integrados no tempo.
Hs =ugamentos so6re a causaidade dependem n;o de con=un3es constantes de e4entos'
mas de uma amostragem de contingncias 2ue' Ds 4ezes' s;o muito compeBas.
%s pes2uisas so6re os efeitos de contingncias mostra o 2uanto os organismos s;o sens*4eis
Ds contingncias de seu prIprio comportamento. ?ssa sensi6iidade pode depender das
rea3es deta7adas ou moecuares entre as respostas e os reforadores ou das propriedades
go6ais ou moares de taBas de resposta e de reforadores' e mesmo am6as as com6ina3es.
Como .uncionam os es+uemas de -azo 9i%a e nter(alo 9i%o=
Se a pro6a6iidade de uma resposta ser reforada for maior em aguns momentos de 2ue em
outros' & pro4+4e 2ue a taBa de respostas se=a maior nestes momentos do 2ue nos outros.
44
Uma propriedade importante dos es2uemas fiBos & 2ue ees introduzem per*odos
discrimin+4eis' durante os 2uais n;o ocorrem reforadores.
:a raz;o fiBa (JR! a >tima resposta de uma s&rie fiBa & reforada. :estes es2uemas costuma
ocorrer uma pausa apIs o reforo (post8re'orce period# 3039 2ue aumenta a dura;o com o
aumento da JR. H grau de coes;o com o 2ua o responder em JR se mant&m de4e ser
encarada como uma unidade comportamenta em si mesma e n;o apenas uma sucess;o de
respostas. $ara 4er a rea;o de JR com es2uemas de ordem superior' 4er p+gina (/,.
:o inter4ao fiBo (JA! uma resposta & reforada apenas apIs a passagem de um per*odo
constante de tempo' a partir de agum e4ento am6ientaL as respostas 2ue ocorrem antes deste
momento n;o tem 2ua2uer efeito.
H 2ue & o atraso do reforo5
% cur4atura de JA (desen7o a6aiBo! mostra uma crescente taBa de resposta na dire;o no
momento onde a resposta ser+ reforada. Asso e4anta a 2uest;o de por2ue as respostas antes
da resposta reforada n;o s;o eBtintas' =+ 2ue n;o produzem o reforo.
% resou;o dessa 2uest;o pro4a4emente en4o4e agum gradiente de atraso de re'oro. Asto
impica 2ue o reforo produzido pea >tima de uma se2uncia de respostas tem efeitos 2ue
dependem de sua rea;o com todas as respostas precedentes' e n;o simpesmente com
a2uea 2ue o produziu.
%o interpretarmos os efeitos dos es2uemas' precisamos conferir a forma do gradiente de atraso
de reforo.
45
?ntender os efeitos do reforador de ta maneira tem grandes impica3es pr+ticas. H professor
2ue reforce um acerto apIs uma s&rie de erros estar+' ao mesmo tempo' reforando (mesmo
2ue em graus menores! os erros.
H idea seria um professor 2ue n;o fizesse o auno errar' para e4itar ao m+Bimo reforar os
erros precedentes.
A terminologia dos es+uemas de re.oro.
%guns eementos da terminoogia dos es2uemas s;o Igicos' mas outros s;o admitidamente
idiossincr+ticos. $or eBempo' os nomes dos es2uemas de JA e CA vesus JT e CT s;o
ar6itr+rios (cada par poderia' com igua faciidade' ser denominado dura;o fiBa e dura;o
4ari+4e' supostamente a6re4iadas com o JD e CD!.
%&m disso nomes diferentes s;o correacionados com contingncias muito diferentes. ?m6ora
os es2uemas de JA' DRV e JT re2ueiram iguamente a passagem de um tempo constante' o
2ue as respostas podem produzir & diferente em cada um dees. Um es2uema de JA n;o imp3e
restri3es so6re o responder durante o inter4ao' mas uma resposta de4e ocorrer no fina dee.
Um es2uema em DRV eBige 2ue se passe um tempo espec*fico 2ue ocorra sem respostas' e
ent;o a prIBima resposta & reforada. ?m um es2uema em JT o reforador & apresentado ao
fina do inter4ao especificado' independente da resposta. :este es2uema as respostas nunca
tem efeito. ?stes nomes de es2uemas surgiram incidentamente' D medida 2ue a pes2uisa
e4ouiu' e agora est;o t;o 6em esta6eecidos 2ue seria dif*ci mud+#os.
's+uemas B?sicos
:ome
A6re(ia
o
Conting,nciaC Coment?rio
Anter4ao 4ari+4e
(inter4ao rand@mico!
CA
(RA!
t s' ent;o ( resposta t 4ariaL com inter4aos rand@micos' a
taBa de respostas & aproBimadamente
constante
Anter4ao fiBo JA t s' ent;o ( resposta t constanteL gera cur4aturas de JA
Raz;o 4ari+4e
(raz;o rand@mica!
CR
(RR!
n respostas n 4ari+4eL taBas de respostas atas e
constantes' entretanto n grande pode
produzir distens;o de raz;o
Raz;o fiBa JR n respostas n constanteL produz pausa pIs#reforoL
pausas seguidas por taBas atas
Tempo 4ari+4e CT t s t 4ari+4eL reforadores independentes
de resposta
Tempo fiBo JT t s t constanteL reforadores
independentes de resposta
Reforo cont*nuo (JR (! ( resposta Todas as respostas s;o reforadasL
tam6&m a6re4iado como FRJ
?Btin;o ?^T # Fomo procedimento' fre2uentemente
usado mesmo 2ue a resposta nunca
ten7a sido reforada.
Fonten;o imitada (limited
hold9
VG Reforo canceado se
nen7uma resposta
t constante' se n;o for especificadoL
VG' sempre adicionado a outro
46
reforada ocorrer em t s es2uema' n;o pode ocorrer sozin7o
Reforo diferencia de 6aiBas
taBas (ou ART ongo!
DRV t s sem resposta' ent;o
( resposta
Mant&m o responder facimenteL
redu;o no responder aumenta o
reforo e' assim' pre4ine a eBtin;o
Reforo diferencia de atas
taBas (ou ART curto!
DRG ( resposta dentro de t s
ou menos de t s da
>tima resposta
%ternati4amente' peo menos n
respostas em t sL agumas 4ezes &
dif*ci de ser mantido' por2ue o
decr&scimo do responder reduz o
reforo
Reforo diferencia de
responder espaado
DR$ ( resposta entre t e t:s
da >tima resposta
?sta6eece imites' inferior e superior'
das taBas de respostas refor+4eis
Reforo diferencia de outro
comportamento
DRH t s sem respostas Um procedimento de omiss;o ou de
puni;o negati4aL geramente reduz a
taBa de resposta esco7ida
C t s D tempo em segundosE n D nFmero de respostas
H 4oca6u+rio da ta6ea tam6&m pode ser estendido a es2uemas de puni;o' tendo em 4ista a
simetria entre reforo e puni;o 4ista no cap*tuo 1.
47
11 - Com6ina7es de 's+uemas: 2!ntese Comportamental
?s2uemas podem se aternar uns com os outros' com est*muos correacionados a cada
es2uema (esuemas m;ltiplos! ou n;o (esuemas mistos!. % conse2uncia de competar um
es2uema pode ser o in*cio de um outro es2uema' com est*muos correacionados (esuemas
encadeados! ou sem ees (esuemas tandem!L em ta conteBto' um es2uema pode ser a
unidade comportamenta so6re a 2ua outro es2uema opera (esuema de ordem superior!. Hs
es2uemas podem operar ao mesmo tempo' para respostas diferentes (esuemas
concorrentes! ou para uma mesma resposta (esuemas con-ugados!L os es2uemas 2ue
operam concorrentemente podem produzir outros es2uemas (esuemas encadeados
concorrentemente!.
Hs es2uemas encadeados est;o correacionados a pro6emas 2ue ti4eram import<ncia
7istIrica' como a aprendizagem de discrimina;o (esuemas m;ltiplos!' o reforo condiciona
(esuemas de segunda ordem e esuemas encadeados! e a esco7a (esuemas concorrentes
e cadeias concorrentes!.
% decomposi;o (an+ise! comportamenta de comportamentos compeBos pode ser 4aidada
pea s*ntese comportamenta' 2uando suas partes funcionais anaisadas (es2uemas de
reforamento! s;o sintetizadas em com6ina3es de es2uema. Se a s*ntese for 6em sucedida a
cadeia comportamenta foi anaisada corretamente.
1 +ue se estuda com es+uemas mFltiplos e mistos=
Jaa#se de es2uemas m>tipos com eBempos de controe de est*muos. Dois es2uemas se
aternam' cada um correacionado com um est*muo est*muo diferenteL faamos de controe de
est*muos 2uando o desempen7o apropriado a cada es2uema ocorre em presena do est*muo
correspondente.
1 +ue so respostas de o6ser(ao=
Hs est*muos discriminati4os s;o efeti4os apenas se o organismo o o6ser4a. % efeti4idade
reforadora de um est*muo discriminati4o n;o depende do car+ter informati4o' mas' muito mais
das conse2uncias particuares com as 2uais est+ correacionado. %ssim' um pro6ema centra
na aprendizagem da discrimina;o pode ser simpesmente o de e4ar o organismo a o6ser4ar
os est*muos ree4antes. ?Bempos: a 7esita;o em procurar diagnIsticos e o tratamento infeiz
dado a mensageiros com m+s not*cias.
% efeti4idade de uma mensagem depende mais de se seu conte>do & reforador ou a4ersi4o'
do 2ue se est+ correta ou incompeta.
48
1 +ue > o contraste comportamental=
?m es2uemas m>tipos' o comportamento em um componente & fre2uentemente afetado peo
2ue acontece em outro componente. $or eBempo' se o es2uema 2ue mant&m o
comportamento de um pom6o de 6icar o disco em presena de um est*muo (S
a
! & aterada de
Reforo em CA' para ?Btin;o' en2uanto o Reforo em CA continua durante o segundo est*muo
(S
6
!' a redu;o de 6icar o disco na presena de S
a
& fre2uentemente acompan7ada de um
aumento em presena de S
6
' mesmo 2ue o es2uema programado durante S
6
manten7a#se
inaterado.
<uais os e.eitos dos es+uemas encadeados, tandem e de segunda ordem=
?st*muos >nicos em es2uemas (tandem! produzem mais responder do 2ue diferentes
est*muos em cada componente de um es2uema encadeado. $or eBempo::
.QQ JA: tandem' mais respostas' um S
-Q JA' -Q JA' -Q JA' -Q JA: encadeado' menos respostas' " S U
UHs est*muos sI tem 4aor de reforo condicionado no fim da cadeia.
Hs est*muos nos es2uemas encadeados podem torar#se reforadores condicionados' mas
seus efeitos como reforadores se com6inam com os efeitos discriminati4os' de forma 2ue o
responder & atenuado. $or&m este resutado parece inconsistente com os efeitos de aguns
est*muos 2ue ad2uirem propriedades reforadoras.
$or&m est*muos 6re4es em es2uemas de segunda ordem aumentam o responder. ?m
es2uemas de segunda ordem' competar um es2uema & considerado como uma unidade
comportamenta reforada de acordo com outro es2uema. ?Bempo:
\ JR (Q (JR"QQ: uz!: a cada "QQ respostas se rece6e uz' e depois de (QB"QQ resposas
("QQQ R! se rece6e o reforo.
Hs es2uemas encadeados e de segunda ordem com est*muos 6re4es en4o4em os
reforadores condicionados' mas seus efeitos opostos iustram 2u;o criticamente os efeitos dos
es2uemas dependem de rea3es deta7adas entre os est*muos' as respostas e as
conse2uncias.
1 +ue so es+uemas concorrentes=
?s2uemas concorrentes s;o es2uemas programados' simut<neamente' para duas ou mais
respostas
Dois eBempos de desempen7os em es2uemas concorrentes
% ei da iguala&o afirma 2ue a fre2uncia reati4a de uma resposta iguaa a fre2uncia reati4a
dos reforos produzidos por a2uea resposta.
49
<a,imi1a&o ocorre 2uando' com duas ou mais respostas dispon*4eis' se emite as respostas
com a maior pro6a6iidade de reforo.
% maBimiza;o a n*4e moecuar pode e4ar a iguaa;o a n*4e moar.
Hs es2uemas concorrentes coocam conse2uncias diferentes simut<neamente dispon*4eis
pro4endo procedimentos de in7a de 6ase apropriados para o estudo de esco7a ou
preferncia.
Como .uncionam es+uemas encadeados concorrentes=
Uma programa;o para estudar a preferncia & o procedimento de es2uemas encadeados
concorrentes.
4,emplo de esuema encadeado concorrente. =icar na esuerda ou na direita de I produ1
esuema di'erentes. A pre'er*ncia pode ser medida pelas pro+a+ilidades relativas de +icar em
I.
%s cadeias concorrentes mostraram 2ue a taBa de reforo & um determinante mais importante
da preferncia do 2ue o n>mero de respostas por reforo.
?s2uemas concorrentes tam6&m s;o utiizados na compreens;o do comportamento compeBo'
onde cada componente mais simpes da cadeia pode ser anaisado. Mais deta7es na p+gina
.Q0.
Hutro determinante da preferncia & a livre escolha. Joi demonstrado 2ue 7+ preferncia por
es2uemas onde 7+ duas ou mais respostas poss*4eis de serem reforadas' do 2ue apenas
uma. Ta preferncia pea esco7a i4re pode ter ma 6ase fiogen&tica' indicando 2ue nosso
conceito de i6erdade tem 6ases 6ioIgicas.
% esco7a i4re n;o consiste apenas na disponi6iidade de duas ou mais respostasL am6as
de4em ser capazes de produzir um reforador.
50
Hutro fen@meno estudado por meio de es2uemas encadeados concorrentes & o autocontrole.
Tipicamente 2uest3es de autocontroe en4o4em duas ou mais conse2uncias do responder'
se=am eas reforadoras ou a4ersi4as.
H autocontroe em 7umanos pode en4o4er componentes compeBos' como o comportamento
4er6a' mas o estudo do autocontroe' do compromisso e da impulsividade (4er pg. .Q1! em
animais fornece uma 6ase essencia para o estudo de ta fen@meno dos es2uemas de
reforamento no controe do comportamento 7umano.
Concluso
H estudo de es2uemas de reforamento & reati4amente no4o' e as com6ina3es de es2uemas
simpes em compeBos n;o se encerram nos 2ue foram estudados neste cap*tuo. Cer p+gina
.Q, para 4er outros eBempos de es2uemas com6inados.
H es2uemas com6inados s;o nossas ferramentas. Uma 4ez 2ue empregamos de es2uemas
para eBporar as propriedades de comportamentos compeBos por meio de uma an+ise do
comportamento' podemos estar na posi;o de utiizar esses instrumentos para recoocar as
partes anaisadas em uma s*ntese comportamenta. $or eBempo' podemos testar nossa
interpreta;o do comportamento compeBo em um ha+itat natura ao tentar reunir seus
componentes em um am6iente de a6oratIrio.
:;o podemos criar uma s*ntese comportamenta sem tornar eBp*citas nossas suposi3es
so6re as propriedades do comportamento 2ue tentamos sintetizar. $or isso' 2uando tentamos
sintetizar' pro4a4emente' gan7amos mais de nossas fa7as do 2ue de nossos sucessos. De
fato' pode ser um princ*pio gera de pes2uisa cient*fica' 2ue aprendemos mais 2uando nossos
eBperimentos produzem dados 2ue n;o esperamos. %fina' 2ua a 4antagem de reaizar
eBperimentos' se sa6emos eBatamente no 2ue ees resutar;o5
's+uemas Com6inados
's+uema De.inio
1
'%emplo Gcom A6re(iaoH
#
M>tipo %' durante S
%
' aterna com M' durante S
M
(%! CA durante uz 4erme7a se aterna com
(M! ?^T durante uz 4erde (mult CA ?^T!
Misto % e M se aternam (como nos es2uemas
m>tipos' mas sem est*muos diferentes!.
(%! DRV aterna com (M! JA' sem est*muos
correacionados (mi, DRV JA!
?ncadeado Durante S
%
' competar % produz S
M
L
durante S
M
' competar M produz reforador.
Fompetar (%! CR em presena de uz azu'
produz uz amareaL competar (M! JR a uz
amarea' produz comida (chain CR JR!
>andem Fompetar % produz ML competar M produz
o reforador (como no encadeado' mas
sem est*muos diferentes!
Fompetar (%! CR produz (M! DRG e
competar DRG produz comida' na ausncia
de est*muos correacionados (tand CR
DRG!
51
Foncorrente % opera para uma respostaL
simut<neamente M opera para outra
resposta.
(%! Um es2uema CA 4igora para 6icadas no
disco da es2uerda e (M! outro CA opera para
6icadas no disco da direita (conc CA CA!
Fon=ugado % e M operam ao mesmo tempo' mas
independentemente' com uma >nica
resposta (como no concorrente' mas sem
respostas concorrentes!.
(%! CA e (M! es2ui4a operam'
simut<neamente' para press3es em uma
>nica 6arra. (con-t CA ?s2ui4a!
De segunda ordem Fompetar % & reforado de acordo com M
(reforar um es2uema de segunda ordem'
de acordo com um terceiro es2uema' F'
cria um es2uema de terceira ordem e assim
por diante!.
(%! JRs sucessi4as s;o tratadas como
unidades de respostas reforadas de acordo
com (M!' um es2uema de JA (JA _JR`!.
%ternati4o H reforador depende de competar
eBigncias de % ou de M.
H responder & reforado ao satisfazer as
contingncias de (%! CR ou de (M! CA' o 2ue
ocorrer primeiro (altern CR CA!
Fon=unti4o H reforador depende de competar
eBigncias tanto de % 2uanto de M.
H responder & reforado ao satisfazer
am6as as cotingncias de (%! JR e de (M!
JA' em 2ua2uer ordem (con-unc JR JA!.
Antercruzado H reforador depende de competar aguma
fun;o com6inada de % e M
H responder & reforado 2uando (%! a soma
das respostas mais (M! o n>mero de
segundos decorridos' acanam agum 4aor
constante (7nter JR JT!
$rogressi4o %guns par<metros do es2uema mudam'
sistematicamente' ao ongo de reforos
sucessi4os ou para 6ocos de reforadores.
Depois de cada en&simo reforador' t s s;o
adicionados ao JA (3rogressive JA!
(
$or con4enincia' cada caso & definido em termos de apenas dois es2uemas componentes ar6itr+rios'
% e M' mas com6ina3es de es2uemas podem incuir 2ua2uer n>mero de componentes. Hs est*muos
s;o designados por S' com um so6rescrito 2ue identifica o es2uema 2ue o est*muo acompan7a.
.
:T. %s a6re4ia3es dos es2uemas foram mantidas no origina' em ings.
52
1# - Comportamento -espondente: Condicionamento
<ual a de.inio de -e.le%o Condicional=
RefeBo condiciona (ao in4&s de condicionado! pois designa refeBos condicionais a relaes
entre est*muos am6ientais. H condicionamento respondente & uma inst<ncia de controe
controe de est*muos apicado em 4ez de contigncias en4o4endo opera3es de
conse2uencia;o. ?m 4ez de sinaizar conse2uncias' sinaiza a apresenta;o de outro
est*muo.
H conceito de casse tam6&m & apic+4e a tais respostas' pois eas 4ariam. $ortanto' &
apropriado estender a inguagem de casses de modo a a6ranger tam6&m as respostas
definidas peos est*muos 2ue as produzem. ?ssas casses' denominadas respondentes'
correspondem ao comportamento anteriormente denominado eiciado ou refeBo.
$roduzimos comportamento respondente atra4&s da apresenta;o de est*muos e modificamos
o comportamento respondente atra4&s de modifica3es em tais est*muos. G+ imites na
eBtens;o pea 2ua podemos modificar o comportamento respondente. :;o 7+ um paraeo da
modeagem' =+ 2ue o comportamento respondente & determinado por seus est*muos
eiciadores. Mas podemos aterar os efeitos eiciadores dos est*muos.
Kuando um :S (estmulo neutro! passa a ter fun;o eiciati4a' tornando#se um FS (estmulo
condicionado!' formou#se uma no4a casse responde' entre o US (estmulo incondicionado!' o
FS e a FR (resposta condicionada!' sendo denominada a rea;o entre FS e FR de re'le,o
condicional' pois esta rea;o & condiciona a uma rea;o pr&4ia entre FS (antes :S! e FR.
Uma FR n;o & meramente uma UR (resposta incondicionada! eiciada por um no4o est*muoL o
condicionamento respondente n;o pode ser interpretado como uma su6stitui;o de est*muo'
por eBempo' o c;o n;o tenta come a campain7a (FS!. Um FS pode afetar uma ampa faiBa de
respostas' a&m da2ueas 2ue se asseme7am D resposta eiciada pea US.
H condicionamento foi demonstrado com 4+rias respostas fisioIgicas' como o meta6oismo
condicionado a am6ientes friosE2uentes e rea3es do sistema imunoIgico.
Fom aguns tipos de US' o condicionameno e4a a FSs 2ue eiciam respostas compensatIrias'
como por eBempo respostas compensatIrias ao usar certas drogas' 2ue eBpicam
parciamente a toer<ncia e um aumento do efeito destas drogas ao se aterar o am6iente'2ue
funciona4a como FS para as FR compensatIrias.
53
<uais so os tipos de condicionamento=
Rea3es temporais podem ser programadas de 4+rias maneiras.
\ Fondicionamento simult(neo: tempo entre FS e US menor ou igua a - segundos.
\ Fondicionamento de trao: tempo entre FS e US maior' com apresenta;o r+pida do
FS
\ Fondicionamento de atraso: tempo entre FS e US maior' onde FS permanece em
apresenta;o at& a apresenta;o de US.
\ Fondicionamento temporal: apresenta3es reguares de US criam um FR ao tempo.
\ Fondicionamento reverso: US antes de FS. $ouco efeti4o' particuarmente com US
a4ersi4os.
\ Fondicionamento di'erencial: procedimento no 2ua um est*muo torna#se um FS por
meio de sua rea;o com o US' en2uanto um segundo est*muo n;o se torna um FS'
por2ue nunca precede o US.
<ual a relao entre contiguidade e condicionamento=
H condicionamento respondente =+ foi considerado como o processo 2ue esta4a na raiz de toda
a aprendizagem' e foi assumido 2ue ee ocorria meramente atra4&s da contiguidade temporal
de e4entos' ou se=a' de sua ocorrncia con=unta no tempo. Tenta4a#se interpretar o
comportamento operante como sendo gerado por processos respondentes.
$arte do pro6ema era 2ue as contiguidades entre os est*muos n;o eram ade2uadamente
distinguidos das conting*ncias estmulo8estmulo. % contiguidade & definida por pareamentos
est*muo#est*muo' ou se=a' o n>mero de 4ezes em 2ue ees ocorrem =untos. $or&m' mesmo
2uando o n>mero de est*muos permanece constante' as rea3es de contingncia entre FSs e
USs podem 4ariar. % 6ase apropriada para cassificar os procedimentos de condicionamento &
a rea;o condiciona entre os dois est*muos (contingncia!' e n;o o n>mero de pareamentos
(contiguidade!.
Como .uncionam as com6ina7es de est!mulo no condicionamento=
H fato de um est*muo tornar#se ou n;o um FS efeti4o depende do conteBto de est*muos em
2ue ee apareceL um est*muo n;o#famiiar ou um est*muo famiiar em uma situa;o n;o#usua
tem maior pro6a6iidade de tornarem#se efeti4os do 2ue um est*muo famiiar em uma situa;o
famiiar. Xs 4ezes' o prIprio conteBto pode tornar#se efeti4o como um FS' sendo um eBempo a
c<mara eBperimenta atuar como uma contingncia para 2ue ocorra a efeti4idade das rea3es
FS#FR. :o condicionamento respondente' tais est*muos tm sido denominados
esta+elecedores de ocasi&o' no sentido 2ue ees esta6eecem a ocasi;o na 2ua a contingncia
est*muo#est*muo operar+.
54
H esta6eecimento de ocasi;o & uma das muitas poss*4eis fun3es de est*muo 2ue podem ser
produzidas por com6ina3es de est*muos no condicionamento respondente. % seguir'
eBempos de agumas outras fun3es.
Som6reamento e Mo2ueio
Kuando os est*muos de um composto n;o se tornam iguamente efeti4os como FSs' diz#se
2ue o est*muo mais efeti4o som+reia o menos efeti4o. H som6reamento & ta procedimento.
Kuando um est*muo =+ tem uma 7istIria de condicionamento anterior e impede o
condicionamento de outro est*muo no4o' diz#se 2ue o primeiro +loueou o condicionamento do
segundo est*muo. ?ste procedimento & o 6o2ueio.
?st*muos Ani6itIrios em Fompostos
Hs est*muos podem sinaizar tanto omiss3es 2uanto apresenta3es de outros est*muos. Hs
est*muos 2ue sinaizam a omiss;o de outro est*muo' podem ad2uirir' Ds 4ezes' a capacidade
de reduzir a efeti4idade de outros FSs e s;o descritos como ini+it$rios.
Asto demonstra 2ue os organismos podem responder diferenciamente n;o apenas a est*muos
indi4iduais' mas tam6&m a rea3es entre ees.
<ual a di.erena entre contiguidade e conse+u,ncia=
N preciso atentar para as poss*4eis conse2uncias 2ue o condicionamento produz e a4aiar
como estas conse2uncias interferem na pro6a6iidade de resposta.
H ugar do condicionamento respondente na Teoria da %prendizagem comeou com as
tentati4as de reduzir todas as inst<ncias de aprendizagem operante a casos especiais de
condicionamento respondente' mas a percep;o das conse2uncias re4iraram a situa;o ao
contr+rio. Todas as inst<ncias de condicionamento respondente podiam ser interpretadas em
termos de conse2uncias 2ue n;o 7a4iam sido perce6idas anteriormente. $ortanto' o status
do condicionamento respondente 4eio a depender de demonstra3es de condicionamento 2ue
n;o pudessem ser interpretadas com 6ase nas conse2uncias do responder. (4er eBperimentos
nas p+ginas ... e ..0!
% distin;o entre operante e respondente tem muitas e4idncias' sendo 2ue foram infrut*feras
as tentati4as de reduzir um condicionamento a outro . % 2uest;o crucia' ao idar com operantes
e respondentes' & distinguir 2ua & 2ua.
Como a interao entre 1perantes e -espondentes aIudam a e%plicar a emoo=
Hs processos operantes e respondentes podem interagir' 2uando os procedimentos
respondentes s;o com6inados com procedimentos operantes. Um est*muo 2ue precede
sistematicamente um c7o2ue pode n;o apenas aiciar as feB3es: pode tam6&m interferir no
55
comportamento 2ue este=a sendo mantido por suas conse2uncias' como o pressionar a 6arra
mantido por reforo aimentar.
Fomportamentos compar+4eis s;o o6ser4ados em 7umanos com 6ase no medo ou na
ansiedadeL assim tais procedimentos s;o considerados ree4antes para o estudo da emo;o.
<ual a relao entre condicionamento e emoo=
Hs est*muos 2ue sinaizam a apresenta;o de outros est*muos podem ser superpostos so6re
in7as de 6ase de comportamento operante. $ress3es D 6arra mantidas por reforo aimentar
podem ser reduzidas pea apresenta;o de um tom 2ue sinaiza um c7o2ue. ?ste fen@meno
tem rece6ido di4ersos nomes: ansiedade# supress&o condicionada e resposta emocional
condicionada ?C409. ?sta contingncia n;o afeta apenas a resposta de press;o D 6arra' mas
uma grande faiBa de respostas.
?stamos mais propensos a in4ocar a inguagem da emo;o 2uando um e4ento afeta uma
ampa casse de respostas diferentesL por isso ficamos tentados a faar do medo ou da
ansiedade por parte do rato. :;o seria =ustific+4e dizer' depois' 2ue o rato parou de pressionar
a 6arra por2ue esta4a com medoL o efeito do tom em primeiro ugar nos e4a a faar de medo
no rato.
:ossa inguagem de emo3es & compicada. Jaamos de nossas emo3es e das dos outros
com 6ase tanto em situa3es 2uanto no comportamento 2ue ocorre nessas situa3es. $or&m
nomear emo3es n;o eBpica o 2ue as causou' pois isto n;o passa de uma descri;o de uma
casse de comportamento.
<ual a utilidade dos conceitos de est!mulos pr>-a(ersi(os e pr>-apetiti(os=
?m6ora a inguagem das emo3es se=a importante em nossas rea3es com outras pessoas'
ea n;o tem sido muito >ti para uma an+ise comportamenta dos efeitos de est*muos pr&
a4ersi4os. %o contr+rio' as intera3es entre o condicionamento respondente e o
comportamento operante' por eBempo' 2uando est*muos pr&#a4ersi4os ou r&#apetiti4os s;o
superpostos ao responder reforado' tm sido anaisadas de modo mais efeti4o com 6ase em
par<metros eBperimentais' tais como o es2uema de reforo da in7a de 6ase' a taBa de
respostas' etc.
Um moti4o disso & 2ue descre4er comportamento pea emo;o supersimpifica contingncias
2ue nem sempre o6edecem a descri;o do responder pea emo;o. $or eBempo' nem sempre
o responder aumenta pea apresenta;o de est*muos pr&#apetiti4os' 2ue seria interpretado
como aegria.
H responder na presena de um est*muo sinaizador & afetado pea sua rea;o com o
est*muo 2ue ee sinaiza. :o caso pa4o4iano c+ssico' parecia de in*cio 2ue um est*muo
funciona4a como su6stituto do outro' mas com os est*muos pr&#a4ersi4os e pr&#apetiti4os
4imos no4amente 2ue os fen@menos respondentes n;o podem ser tratados como uma
56
su6stitui;o do est*muo. Hs est*muos podem ter 4+rias fun3es' dependendo das
contingncias.
<uais so os limites 6iol@gicos da aprendizagem=
%s origens fiogen&ticas e ontogen&ticas podem impor restri3es ou imites n;o apenas so6re
os est*muos e as respostas 2ue entram nas contingncias operantes e respondentes' mas
tam6&m so6re as rea3es 2ue podem ser esta6eecidas entre os est*muos e as respostas. %
seguir' aguns eBempos.
Vimites sensoriais
%gumas das restri3es mais I64ias so6re a aprendizagem dependem dos sistemas sensoriais
dos organismos. $om6os perce6em est*muos 4isuais me7or 2ue morcegos' en2uanto
morcegos perce6em me7or est*muos sonoros 2ue pom6os. ?m eBperimentos de4e#se atentar
para est*muos 2ue sI o organismo perce6e' como o odor em a6irintos.
Vimites motores
Hs imites anat@micos so6re o responder n;o apresentam pro6emas. :Is n;o esperamos 2ue
o 4@o se=a simiar em pom6os' morcegos e a6e7as (e nem consideramos a possi6iidade do
rato 4oar!. %s diferenas entre esp&cies em rea;o Ds capacidades motoras tem maior
pro6a6iidade de suscitar 2uest3es 2uando eas n;o tem uma 6ase anat@mica cara.
%s contingncias podem afetar a dire;o na 2ua a pessoa ada' mas n;o as coordena3es
deta7adas de seus m>scuos e =untas 2uando ee anda. Muitos aspectos dessas coordena3es
operam independentemente do am6iente' sendo denominados programas motores.
H 4@o em p+ssaros =+ 4em com as coneB3es prontas ao nascimento' eas s;o pr&#
programadas (pre8@ired!L esses aspectos =+ 4m constru*dos no 4@o do p+ssaro. $or&m o
am6iente ainda tem pape predominante' se=a na see;o natura de ta programa;o' se=a na
determina;o da dire;o do 4@o.
%s esp&cies diferem de 4+rias maneiras' e as restri3es so6re a topografia n;o de4em ser
confundidas com certas restri3es nas fun3es destas respostas.
Vimites so6re as conse2uncias
Hs est*muos tam6&m 4ariam em capacidade de reforar ou de ser4ir de US' em diferentes
esp&cies. P+ & sa6ido 2ue a efeti4idade dos reforadores tem uma 6ase fiogen&tica. Mas
propriedades mais sutis do am6iente tam6&m podem ser importantes' tais como as
conse2uncias sensoriais 2ue mant&m o comportamento eBporatIrio ou as conse2uncias
no4as 2ue podem tornar um organismo cauteoso ao pro4ar uma comida descon7ecida em um
oca descon7ecido.
57
Dado 2ue as rea3es de reforo s;o 6aseadas em pro6a6iidades reati4as de respostas' as
diferentes 7ierar2uias comportamentais de diferentes esp&cies ine4ita4emente imitam o 2ue
eas podem aprender. Uma parte essencia da an+ise da aprendizagem & eBporar tais imites.
$repara;o
Fertas restri3es podem en4o4er tam6&m as rea3es entre os est*muos e as respostas 2ue
entram em contingncias operantes e respondentes. %gumas rea3es entre os est*muos
discriminati4os e as respostas podem ser mais f+ceis de aprender 2ue outras.
%s contingncias fiogen&ticas podem ter preparado os organismos para aprender apenas
agumas das muitas rea3es poss*4eis entre os est*muos e as respostas nos procedimentos
operantes e respondentes. H conceito de prepara;o surgiu a partir da o6ser4a;o de 2ue a
aprendizagem discriminati4a pode ser uma fun;o do conteBto de respostas e reforadores dos
2uais ea ocorre.
58
1& - Aprendizagem 2ocial
%t& agora foram a6ordados os comportamentos 2ue surgem pea see;o fiogen&tica' a
see;o 2ue ocorre em popua3es de organismos ao ongo de gera3es sucessi4as. Hutra
4ariedade estudada & a 2ue ocorre em uma popua;o de respostas de um organismo' dentro
do tempo de 4ida deste organismoL este n*4e de see;o & o ontogen&tico.
% partir de agora ser+ estudada uma terceira 4ariedade de see;o' 2ue opera so6re o
comportamento' mas em mais de um organismo. % partir da aprendizagem socia este n*4e de
see;o se tornou poss*4e. %ssim' o comportamento so6re4i4e no 2ue os outros fazem' ta4ez
n;o apenas no comportamento de seus descendentes' mas mesmo no comportamento de
outros n;o geneticamente reacionados.
<uais so os tipos de conting,ncias sociais=
Muito do comportamento 7umano compeBo & aprendido com os outros ' mas resta a pergunta:
em 2ue ponto aguns organismos comearam a aprender a fazer coisas simpesmente
o6ser4ando o 2ue acontecia' D medida 2ue outros organismos faziam estas mesmas coisas5
% aprendizagem por o6ser4a;o n;o & t;o 6ana 2uanto parece. Mas n;o & caro 2uanto desta
aprendizagem ocorre em mam*feros e p+ssaros' e dificimente 7+ e4idncia de o6ser4a;o em
in4erte6rados' entretanto & 6em e4idente esta aprendizagem em primatas.
H comportamento 2ue & sociamente transmitido so6re4i4e por causa de suas conse2uncias.
% so6re4i4ncia de outros padr3es de comportamento pode en4o4er contingncias compeBas.
:as discuss3es iniciais das duas primeiras 4ariedades de see;o natura e see;o operante'
notamos 2ue a e4ou;o e a modeagem dependiam de popua3es 4ari+4eis so6re as 2uais a
see;o pudesse operar. Restri3es seme7antes eBistem no n*4e de see;o cutura. $or
eBempo' as pr+ticas cuturais 2ue fa4oreciam a di4ersidade &tnica podem ter 4antagens so6re
outras 2ue n;o fa4oreciam ta di4ersidade' simpesmente por2ue eas permitiam ta
4aria6iidade.
Como se aprende so6re os outros=
?m muitas situa3es' os est*muos discriminati4os fornecidos por outros organismos s;o mais
importantes do 2ue a2uees fornecidos por o6=etos inanimados e e4entos. ?m muitos
organismos' tais propriedades s;o correacionadas com as caracter*sticas anat@micas (p. eB.'
pumagem coorida em p+ssaros!L mas fre2uentemente' o comportamento & a dimens;o
crucia.
H estudo da comunica;o anima est+ interessado nas maneiras peas 2uais os organismos
produzem os est*muos 2ue afetam o comportamento de outros organismos. Seria mais
59
apropriado faar de tais est*muos com 6ase em seus efeitos comportamentais' mais do 2ue na
informa;o 2ue transmitem. Do mesmo modo 2ue pode ser enganoso dizer 2ue os genes
carregam a informa;o so6re as contingncias fiogen&ticas (DaYkins!' pode ser enganoso
faar dos est*muos sociais como carregadores de informa;o (4er. cap. ("!.
Hs est*muos i6eradores e os padr3es fiBos de a;o fornecem muitos eBempos de efeitos de
est*muos sociais. ?B.: 8estouro de 6oiada9' mo4imento de cardumes. :;o confundir com
imita;o' pois tais comportamentos s;o imitados por casses de est*muos e casses de
respostas espec*ficas.
Discriminar o comportamento de outros organismos' se=am ees da prIpria esp&cie ou de
outras esp&cies' cem caras 4antagens e4outi4as.
%s discrimina3es do comportamento socia podem se tornar t;o importantes 2ue so6repu=am
outros tipos de discrimina3es.
% discrimina;o do comportamento de outros est;o no cerne de nosso conceito de
intencionaidade. %s discrimina3es intra#esp&cies tem muitas fun3es' e em primatas eas
eBpicam a coopera;o e a empatia.
Como se aprende com os outros=
Uma coisa & aprender so6re os outros organismos' outra coisa & aprender ago com ees.
%gumas 4ezes o comportamento de um organismo possi6iita 2ue um outro organismo a=a com
6ase nos est*muos dispon*4eis somente ao primeiro' como 2uando o c7amado 4oca de um
macaco fa4orece 2ue um outro macaco fu=a de um predador 2ue ee n;o 7a4ia 4isto.
%prendizagem por o6ser4a;o
% aprendizagem 6aseada na o6ser4a;o do comportamento do outro organismo & denominada
aprendizagem por o6ser4a;o (outro termo & aprendizagem 4icariante!.
Ta aprendizagem foi demonstrada em macacos rhesus' onde fi7otes 2ue o6ser4a4am seus
pais se es2ui4arem de co6ras tam6&m passa4am a se es2ui4ar deas. Sem ta aprendizagem'
os macacos eram indiferentes Ds co6ras.
:o m*nimo' a aprendizagem por o6ser4a;o de4e incuir discrimina3es sutis das a3es de m
outro organismo e de seus resutados' e aguma 7istIria com rea;o aos efeitos de a3es
reacionadas por parte do o6ser4ador. Kuando anaisamos a aprendizagem por o6ser4a;o'
de4emos determinar seus componentes' em 4ez de us+#a para eBpicar outros tipos mais
compeBos de comportamento.
60
Amita;o
% diferena mais importante entre a aprendizagem por o6ser4a;o e a imita;o & 2ue na
imita;o o comportamento do o6ser4ador corresponde ao comportamento 2ue o organismo
o6ser4ou. % imita;o n;o impica em 2ue o organismo 2ue imita ten7a aprendido aguma coisa
so6re as contingncias' de modo 2ue nem todas as imita3es s;o 4anta=osas.
Denominamos o responder de imitativo 2uando um organismo dupica o comportamento
modeado por um outro organismo. % imita;o generaizada & um comportamento de ordem
superior' diferenciamente reforado' 2ue consiste de um responder imitati4o generaizado para
no4as situa3es. H imitar generaizado consiste em uma supementa;o efeti4a para a
modeagem.
%s origens sociais da inguagem
Uma outra maneira de aprender com outro organismo & por meio do comportamento 4er6a:
4oc pode ser informado so6re as contingncias' em 4ez de o6ser4+#as. Mas o
comportamento 4er6a n;o pode ter surgido desta maneira' =+ 2ue tais descri3es re2uerem
sentenas competas' e as formas primiti4as comearam com paa4ras isoadas.
% fun;o mais simpes e mais I64ia do comportamento 4er6a & a instruciona: & uma maneira
pea 2ua um organismo e4a outro a fazer aguma coisa. %o faar' mudamos o comportamento
uns dos outros. Se a fun;o prim+ria da inguagem & a de ser uma maneira eficiente pea 2ua
um indi4*duo pode mudar o comportamento do outro' segue#se 2ue esse comportamento &
essenciamente socia e pode emergir apenas em organismos cu=o comportamento =+ se=a
sens*4e a contingncias sociais.
$ara um cen+rio 7ipot&tico e deta7ado da e4ou;o do comportamento 4er6a e sua
aprendizagem' 4er p+gina ."(.
Como se aprende so6re si pr@prio=
:a discuss;o so6re o imitar' uma rea;o do comportamento dos outros com o nosso' esta4a
imp*cita a sugest;o de 2ue aprendemos a discriminar as propriedades do nosso prIprio
comportamento no conteBto de aprender com os outros.
H caso & ainda mais I64io com o comportamento 4er6a' por2ue aprendemos com os outros a
inguagem com 2ue descre4emos nosso prIprio comportamento. H 2ue sa6emos so6re nIs
mesmos & um produto socia.
:;o 4emos nIs mesmos como os outros nos 4emL 4emos a nIs mesmos como 4emos os
outros. Do mesmo modo 2ue =ugamos os outros com 6ases na o6ser4a;o de seu
comportamento' tam6&m nos =ugamos com 6ase nas o6ser4a3es de nosso prIprio
comportamento.
61
Discriminando as propriedades de nosso prIprio comportamento
% capacidade de discriminar as propriedades do nosso prIprio comportamento & importante em
muitos tipos de comportamento 7umano. %s discrimina3es de nosso prIprio comportamento
muito fre2uentemente tem origem no conteBto do comportamento socia. Dois eBempos destas
discrimina3es & o =ugamento de 2u;o 6em estudamos um teBto (superficiamente'
profundamente! e a percep;o de diferentes n*4eis de +coo no sangue (2ue pode determinar
se o su=eito ir+ para casa de carro ou se pedir+ para ir de carona' por eBempo!.
%s contingncias 2ue geram estas discrimina3es s;o compeBas e pro4a4emente en4o4em o
comportamento 4er6a.
62
Parte 8 - Aprendizagem Com Pala(ras
1) - Comportamento 8er6al: A 9uno da Linguagem
Vinguagem & comportamento. $or&m nossa inguagem cotidiana usa paa4ras como
8inguagem9 e 8paa4ra9 (fazer uso das paa4ras! como se fossem coisas.
% inguagem da significa;o & outra compica;o. Dicion+rios n;o cont&m significados de
paa4ras definidasL ees apenas contm outras paa4ras. Jaamos metafIricamente' 2uando
dizemos 2ue as paa4ras contm significados' e 2ue levamos esses significados para os outros
atra4&s da inguagem (4er cap. (1!. % met+fora das paa4ras como recipientes do significado
tem estado em toda a parte 7+ muito tempo' se a inguagem transmite ago' esse ago & o
prIprio comportamento 4er6a. Fomparti7amos nosso comportamento 4er6aL ee &' acima de
tudo' um comportamento socia.
Uma tarefa primordia da an+ise da inguagem & cassificar o comportamento 4er6a. Mas
nossa taBonomia de4e ser funciona' e n;o estrutura ou gramatica. ?Bpica3es funcionais do
comportamento 4er6a eBaminam o 2ue as respostas 4er6ais fazem. Fomo no comportamento
n;o#4er6a' as eBpica3es funcionais e estruturais da inguagem se compementam umas Ds
outras' ao in4&s de serem incompat*4eis como parecem na 7istIria da $sicoogia (Skinner B
F7omsky!.
%s respostas 4er6ais s;o distinguidas peas ocasi3es nas 2uais eas ocorrem e peas
conse2uncias 2ue produzem. $odem ser ocasionadas tanto por est*muos n;o#4er6ais como
por est*muos 4er6ais e podem ter conse2uncias tanto 4er6ais 2uanto n;o#4er6ais.
<ual a correspond,ncia entre as classes (ocais e as classes escritas.
:ossas comunidades 4er6ais modeam as correspondncias entre as coisas e seus nomes'
entre as paa4ras e suas defini3es' entre o 2ue fizemos e o 2ue dissemos 2ue far*amos' entre
o 2ue prometemos e o 2ue cumprimos' etc.
% maneira pea 2ua aprendemos as correspondncias e as condi3es de sua manuten;o
podem determinar como eas funcionam em nosso comportamento 4er6a. Hs primeiros
eBempos a serem a6ordados a seguir s;o entre as rea3es 4er6ais formais entre casses
4ocais e casses escritas.
H termo ver+al & um termo gen&rico e apica#se D inguagem em 2ua2uer modaidadeL ser+
distinguido do termo vocal' 2ue & espec*fico para a inguagem faada. $oder*amos eBtender a
eBpana;o para outras modaidades (p. eB. modaidade gestua da inguagem de sinais!' mas
restringiremos nossa aten;o Ds casses 4ocais e escritas do comportamento 4er6a.
Ser;o estudadas as " correspondncias entre est*muos 4ocais e escritos e respostas 4ocais e
escritas: de 4oca para 4oca (comportamento ecIico!' de escrito para escrito (transcri;o!' de
escrito para 4oca (comportamento teBtua! e de 4oca para escrito (ditado!.
63
Fomportamento ecIico
% imita;o de agumas propriedades dos est*muos 4ocais & uma casse de rea3es 4er6ais
denominada ec$ica. H comportamento ecIico & imita;o 4oca generaizada. H comportamento
ecIico n;o & definido pea correspondncia ac>stica: ee & definido peas correspondncias das
unidades fon&ticas. H comportamento ecIico depende' ao menos em parte' da modeagem de
articua3es peas suas conse2uncias 4ocais.
%s 4ocaiza3es podem ser reforadas' e as 4ocaiza3es de crianas s;o engendradas e
mantidas peo 2ue eas ou4em dizendo a si mesmasL sem essas conse2uncias auditi4as' o
comportamento n;o se desen4o4e.
H comportamento ecIico n;o impica 2ue o faante ten7a entendido a2uio 2ue ecoouL o
significado n;o entra na defini;o de comportamento ecIico.
Transcri;o
Hs est*muos e as respostas 4er6ais tam6&m podem corresponder 2uando est;o escritos. ?m
tais casos' o comportamento & c7amado de transcri&o. % transcri;o depende de
correspondncias de propriedades 4er6ais e n;o#4isuais. Uma sentena escrita D m;o pode ter
uma aparncia muito diferente do teBto impresso do 2ua ea foi transcrita' =ustamente peas
diferenas nas formas das etras em cada tipo de escrita. Fontudo' escre4er a sentena
2uaifica#se como transcri;o' se a sentena manuscrita corresponder D impressa 2uanto D
soetra;o' ordem das paa4ras e pontua;o.
Da mesma forma 2ue unidades de comportamento ecIico podem 4ariar' desde fonemas
indi4iduais at& frases ou sentenas competas' as unidades de transcri;o podem 4ariar de
caracteres indi4iduais at& passagens eBtensas.
% transcri;o difere da cIpia nas unidades comportamentais dos dois tipos de cIpia. :a
primeira' 2uem transcre4e est+ so6 controe das unidades 4er6ais (etras' paa4ras' sentenas'
etc.!L na segunda' 2uem copia est+ so6 controe de propriedades geom&tricas e das marcas
produzidas peo ca*grafo.
Fomportamento teBtua
Kuando um est*muo 4er6a escrito esta6eece a ocasi;o para uma resposta 4oca
correspondente' o comportamento & te,tual. :o comportamento teBtua' a correspondncia
ar6itr+ria entre os est*muos e as respostas & mais I64ia 2ue no comportamento ecIico ou na
transcri;o' por2ue os est*muos e as respostas est;o em modaidades diferentes.
N necess+rio distinguir comportamento teBtua de outros tipos de respostas a est*muos 4er6ais
escritos. Ver um sina de diz 8$%R?9 em 4oz ata & comportamento teBtua' mas parar n;o.
64
% eitura com compreens;o incui outros comportamentos com ou sem faa 4oca ou su64oca'
assim ea & mais (pro4a4emente muito mais! do 2ue simpesmente um comportamento teBtua.
Ditado
%ssim como um est*muo escrito pode esta6eecer a ocasi;o para uma resposta 4oca' um
est*muo 4oca pode esta6eecer ocasi;o para uma resposta escrita. ?ssa casse de
comportamento 4er6a & c7amado de ditado.
Fomo acontece com o comportamento teBtua' o ditado en4o4e est*muos e respostas de
modaidades diferentes. %s ocasi3es para o ditado s;o mais imitadas do 2ue para o
comportamento teBtua' por2ue' ao contr+rio do nosso aparato 4oca' os instrumentos para a
escrita n;o s;o parte de nossa anatomia.
Rea3es entre as casses
?nsinar a er e a escre4er & ensinar e2ui4ancias entre as modaidades 4oca e escrita do
comportamento 4er6a.
Hutras modaidades 4er6ais podem esta6eecer rea3es com outras modaidades. Tam6&m
outras rea3es podem ser esta6eecidas na mesma modaidade: um estudante 2ue aprendeu a
traduzir do aem;o para o ings pode te dificudade para traduzir na dire;o oposta.
H comportamento 4er6a 6i*ngue poderia ser me7or caracterizado em termos do grau em 2ue
as casses de e2ui4ancia se estendem para am6as as *nguas.
Como .unciona o comportamento intra(er6al=
%s casses 4er6ais formais en4o4em respostas 4er6ais ocasionadas por est*muos 4er6ais.
$or&m' aprendemos muitas rea3es 4er6ais 2ue n;o en4o4em tais correspondncias formais.
Tais casos s;o c7amados de intraver+ais.
:o comportamento intra4er6a' um est*muo 4er6a esta6eece a ocasi;o para outra resposta
4er6a. % rea;o entre um est*muo e uma resposta & ar6itr+riaL n;o 7+ nen7uma
65
correspondncia sistem+tica entre ees. % associa;o i4re e recitar o afa6eto s;o eBempos
deste comportamento.
H comportamento intra4er6a est+ en4o4ido apenas em casos 2ue as partes sucessi4as de
uma eBpress;o ser4em como est*muos discriminati4os para as partes su6se2uentes. Unidades
4er6ais independentes' como m+Bimas' n;o s;o comportamentos intra4er6ais.
Como se d? o contato do comportamento (er6al com o am6iente=
H comportamento 4er6a nunca teria e4ou*do se ti4esse feito apenas contato com outro
comportamento 4er6a. ?m agum ponto' ee de4e fazer contato com os e4entos am6ientais.
F7amamos esse contato de tatoL um tato & uma resposta 4er6a ocasionada por um est*muo
discriminati4o. H tato n;o en4o4e 2ua2uer processo no4oL & apenas um nome para o controe
do est*muo 2ue entra no comportamento 4er6a.
Tato n;o & nomea&o. $or um ado' o tato &' Ds 4ezes' um componente da nomea;o.
Diferente da nomea;o' no entanto' ee pode ocorrer apenas na presena do est*muo tateado.
$odemos nomear um o6=eto ausente' mas n;o podemos tate+#o.
An>meros aspectos do am6iente podem ser tateados: o6=etos' coisas 4i4as' ati4idades' etc.
%guns s;o gen&ricos (7omem' mu7er! e outros s;o mais restritos a situa3es espec*ficas (o
nome de agu&m!. % ri2ueza dos tatos dispon*4eis pode ser tomada como uma caracter*stica
not+4e da inguagem 7umana' mas ta ri2ueza n;o de4e o6scurecer a rea;o simpes 2ue
define um caso de tato. % rea;o entre um tato e ago tateado & precisamente a mesma
rea;o entre um est*muo e a resposta 2ue ee ocasiona' em uma contingncia de trs termos.
%6stra;o
:o comportamento 4er6a' fre2uentemente estaremos interessados no responder ocasionado
por propriedades do am6iente' e n;o por determinados est*muos ou casses de est*muos
particuares. F7amamos a discrimina;o 4er6a 6aseada em uma >nica propriedade de
a+stra&o.
% propriedade tateada & definida peas pr+ticas da comunidade 4er6aL n;o dependem de
termos aguma medida f*sica independente para ea. %s discrimina3es costumam ser
ar6itr+rias em agum grau' por isso dimens3es costumam ser ar6itr+rias em agum grau' por
isso dimens3es f*sicas n;o s;o crit&rio para a propriedade tateada.
Muitas 4ezes n;o podemos definir t;o eBpicitamente a 6ase de muitos de nosso tatos. $or
eBempo' n;o podemos dizer eBatamente 2ue propriedades fazem de um o6=eto uma cadeira'
=+ 2ue eBistem cadeiras com fun3es di4ersas' formatos' materiais' etc.' nen7uma comum a
todas as cadeiras (este pensamento contrasta com o essenciaismo de $at;o!.
66
$odemos tatear propriedades eBtremamente sutis dos e4entos. ?as incuem rea3es entre os
est*muos' como acima' a+ai,o' perto' longe. H tatear reaciona ocorre 2uando 4oc diz 2ue
dois o6=etos s;o seme7antes ou diferentes ou 2uando 4oc nota 2ue um item de um con=unto
& um item estran7o. Tais termos raramente se sustentam por si sIs' e consideramos sua
dependncia de outras propriedades de e4entos e de outras respostas 4er6ais 2uando
a6ordamos as rea3es 4er6ais c7amadas autoclticas. Tam6&m tateamos e4entos compeBos
2uando diferenciamos autores por suas o6ras de arte.
Xs 4ezes' as propriedades 2ue ocasionam um tato podem ser identificadas mais com o prIprio
comportamento do faante do 2ue com 2ua2uer caracter*stica do am6iente. Se uma o6ra de
arte ocasiona a paa4ra maravilhosa' esse tato depende mas das respostas geradas no faante
do 2ue em propriedades da o6ra.
Dizer 2ue um comportamento & 4ount+rio ou in4ount+rio' depende pro4a4emente do 2ue
sa6emos so6re os antecedentes e conse2uentes de ta comportamento' como se ee foi
eiciado ou coagido.
Kuando se diz 2ue uma paa4ra est+ na ponta da lngua' est+ se tateando a disponi6iidade
prIBima do imiar de uma resposta apropriada em um prIprio comportamento 4er6a. Xs 4ezes'
podemos mesmo reatar as propriedades de uma paa4ra n;o em6rada' como seu taman7o ou
parte de sua ortografia.
% terminoogia da emo;o est+ simiarmente 6aseada em rea3es compeBas en4o4endo
situa3es e comportamento. Tatos de amor' Idio' aegria e pesar' 2uer em si mesmo ou em
outras pessoas' dependem de manifesta3es 4is*4eis como risos ou +grimas e das
circunst<ncias 2ue geraram o comportamento 2ue o6ser4amos.
Se n;o fosse assim' ma comunidade 4er6a n;o poderia manter 2ua2uer consistncia em seu
4oca6u+rioL a 4aria6iidade da inguagem das emo3es &' em si mesma' uma e4idncia da
sutieza das rea3es 2ue tateamos. Cer mais impica3es na p+gina .10.
% eBtens;o das casses 4er6ais
H tato & uma rea;o feB*4e. ?m agumas comunidades 4er6ais' as propriedades do est*muos
2ue ocasionam o tato s;o definidas nitidamente. Ta precis;o & menos fre2uente no discurso
cotidiano. Jre2uentemente tateamos propriedades do comportamento de nossos con7ecidos'
mas as condi3es so6 as 2uais dizemos 2ue agu&m & caoroso ou reser4ado' interessante ou
c7ato' etc.' 4aiam considera4emente de um faante para outro.
?m discrimina3es en4o4endo o comportamento n;o#4er6a' dizemos 2ue uma resposta se
generaizou se a resposta mantida durante um est*muo ocorre 2uando um no4o est*muo &
apresentado. Uma generaiza;o seme7ante de respostas 4er6ais para no4os est*muos
ocorre no tato estendido. %s compara3es e met+foras s;o eBempos de tais generaiza3es:
ele esperto como um gato (compara;o! ou ele um lo+o (met+fora!.
67
Hutro tipo de eBtens;o do tato ocorre 2uando no4as paa4ras s;o formadas pea com6ina;o
de outras =+ eBistentes (eB.: lavar# louas5 lava8loua!.
%s maneiras peas 2uais os tatos podem ser estendidos s;o t;o 4ariadas 2ue uma eBpica;o
deta7ada n;o & poss*4e.
H tato de4e ocorrer na presena de' ou ogo apIs' o e4ento tateado. Unidades po*ticas' posses
ou d*4idas' processos como a cria;o ou a e4ou;o' meses e dias da semana' desta forma'
n;o s;o tate+4eis' pois eas n;o eBistem em uma forma 2ue possa ser tateada. Tais entidades
de4em entrar em nosso comportamento 4er6a de outras maneiras.
% inguagem dos e4entos pri4ados
Hutra eBtens;o importante do tato & a dos e4entos pri4ados. Hs est*muos tateados s;o' Ds
4ezes' acess*4eis apenas para o faante' 2uando' por eBempo' dizemos 2ue estamos com uma
dor de ca6ea. Tais tatos dependem da comunidade 4er6a para sua origem e manuten;o. H
pro6ema & como a comunidade 4er6a pode criar e manter essas respostas' 2uando n;o tem
acesso aos est*muos.
?m se tratando de e4entos pri4ados' o 4oca6u+rio pode ser ensinado somente pea eBtens;o
de tatos' com 6ase em e4entos aos 2uais a comunidade 4er6a tem acesso. Uma criana sa6e
dizer 2ue est+ com dor pois seus pais ti4eram acesso a manifesta3es p>6icas de dor.
$ro4a4emente' ac7amos 2ue os e4entos pri4ados' como nossos sentimentos e pensamentos'
s;o a2uees aos 2uais temos acesso pri4iegiado e' portanto' um con7ecimento especia so6re
ees. :o entanto' aprendemos as paa4ras ree4antes a partir dos outros' e tudo a 2ue ees
ti4eram acesso ao ensin+#as para nIs foram correatos p>6icos.
%gumas respostas 4er6ais 2ue' superficiamente' parecem tatear e4entos pri4ados podem ser
ocasionados' por&m' peas situa3es em 2ue nosso comportamento ocorre. %o perce6er a
4oracidade com 2ue comeu uma comida' 4oc pode dizer 8?u de4ia estar com muita fome9'
mesmo n;o tateando os e4entos internos coreatos D fome.
(para mais impica3es do tato pri4ado' 4er p+gina .1-!
%s rea3es de tato em si mesmas s;o apenas uma parte do comportamento 4er6a' mas' por
meio deas' o comportamento 4er6a entra em contato com o am6iente. Sem essas rea3es'
n;o 7a4eria nada so6re o 2ue pud&ssemos faar.
Fasses 4er6ais e nomea;o
% nomea;o pode incuir o tatear como um de seus componentes' mas n;o & apenas isso. %
nomea;o & uma casse de ordem superior 2ue en4o4e casses de est*muos ar6itr+rios
(o6=etos ou e4entos com nomes particuares! e topografias 4er6ais correspondentes (as
paa4ras 2ue ser4em como nomes!' em uma rea;o funciona.
68
Superficiamente' isso parece com uma rea;o de e2ui4ancia ou' ao menos' com uma
rea;o de simetria. Mas isso & supor muito' por2ue' ao contr+rio das 6icadas de um pom6o em
um est*muo modeo e um est*muo de compara;o' um o6=eto 4isto n;o pode ser permutado
com ee' e uma paa4ra ou4ida n;o pode ser permutada com uma faadaL a rea;o entre um
nome e o 2ue ea nomeia & fundamentamente assim&trica.
% nomea;o tem uma outra caracter*stica. Se uma criana =+ faz aguma nomea;o' mas ainda
n;o aprendeu o nome luva' poder*amos pegar uma luva e dizer 8Asto & uma luva9' a criana
poderia imediatamente dizer 8luva9 e apontar para ea. ?nt;o' n;o de4er*amos nos surpreender
se' um pouco mais tarde' a criana apontasse para a luva 2uando pergunt+ssemos 8onde est+
a u4a59. %s respostas da criana a perguntas diferentes en4o4endo a u4a s;o eBempos de
comportamentos no4os' e a nomea;o como uma casse de ordem superior possi6iita a
emergncia dees.
% nomea;o & gerada a partir de intera3es usuais entre as crianas e a2uees 2ue cuidam
deas. Uma 4ez 2ue este=a dispon*4e como uma casse de ordem superior na criana' a
nomea;o permite eBpans3es do 4oca6u+rio nas 2uais a introdu;o de no4as paa4ras em
rea3es funcionais particuares (tais como o tato!' en4o4e a2ueas paa4ras em uma gama de
outras fun3es emergentes (incuindo comportamento intra4er6a' comportamento ecIico e se
orientar em dire;o a ou apontar para os o6=etos nomeados!.
Como .unciona o comportamento (er6al condicional a outro comportamento (er6al=
H comportamento 4er6a' como 2ua2uer outro e4ento' pode ser tateado. :en7um no4o tipo de
rea;o est+ en4o4ido' mas as compeBidades geradas 2uando o comportamento 4er6a &
constru*do a partir de outro comportamento 4er6a eBigem um coment+rio especia. 2
comportamento ver+al depende de outro comportamento ver+al e ue modi'ica os e'eitos de
outro comportamento ver+al chamado de autocltico. ?e incui tanto a com6ina;o e o arran=o
de unidades 4er6ais' como na adu;o (cap. )!' como os usos 4er6ais 2ue modificam o efeito de
outro comportamento 4er6a so6re o ou4inte.
Hs comportamentos autoclticos relacionais en4o4em a2ueas unidades 4er6ais 2ue n;o
podem ficar sozin7as' por2ue de4em estar coordenadas a outro comportamento 4er6aL os
autoclticos descritivos en4o4em discrimina3es do nosso prIprio comportamento 4er6a. Hs
intraver+ais tam6&m dependem de outro comportamento 4er6a' mas n;o s;o autoc*ticos pois
est;o imitados Ds rea3es 4er6ais se2uenciais e n;o re2uerem discrimina3es do nosso
prIprio comportamento.
%utoc*ticos reacionais: a con=un;o das unidades 4er6ais.
%gumas respostas 4er6ais especificam certos e4entos somente por meio de suas rea3es
com outras respostas 4er6ais. $aa4ras como acima# antes e de n;o s;o simpesmente tatos de
e4entos particuares. ?as 2uase sempre ocorrem em com6ina;o com outras respostas
4er6ais e dependem de outras respostas 4er6ais 2uanto a seus efeitos.
69
Muitos comportamentos 4er6ais importantes s;o deri4ados de outro comportamento 4er6a.
Mencionamos o pro6ema de entidades 2ue n;o podem ser tateadas ('iloso'ia# psicologia9.
$odemos progredir a partir de indi4*duos' do 2ue ees fazem e onde os encontramos' para
grupos' ati4idades mais gerais e +reas maiores' at& faarmos de institui3es acadmicas'
go4ernos' etc. Tais deri4a3es s;o' muitas 4ezes' pouco definidas' e possi4emente as
correspondncias entre o mundo e o 2ue dizemos a respeito dee se tornam menos confi+4eisL
D medida 2ue nosso comportamento 4er6a se afasta da2uees pontos de contato direto com o
am6iente.
H comportamento 4er6a deri4ado tam6&m nos permite responder a propriedades do mundo Ds
2uais n;o podemos responder de outras maneiras. :;o podemos tatear o meio dia' os
s+6ados' o 0 de Je4ereiro ou o s&cuo ^^A. ?es eBistem apenas em 4irtude dos reIgios e
caend+riosL n;o podem eBistir independentemente do comportamento 4er6a.
%utoc*ticos descriti4os: discriminando nosso prIprio comportamento 4er6a
Muitas respostas 4er6ais tateiam as condi3es so6 as 2uais outro comportamento 4er6a &
emitido e' portanto' modificam as respostas dos ou4intes. Fonsideremos as frases 4u duvido e
4u estou certo em 84u duvido ue o ca' este-a pronto9 e 84u estou certo ue o ca' este-a
pronto9. Fada uma modifica a pro6a6iidade do ou4inte agir so6re a decara;o de 2ue o caf&
est+ pronto.
%gora considere o faante. H 2ue 4u duvido ou 4u estou certo tatearam5 :;o pode ser
simpesmente o fato do caf& estar pronto. De4e ser aguma propriedade da prIpria tendncia
do faante dizer 82 ca' est pronto9' e a rea;o da2uea decara;o com o estado rea do
caf&. SI & poss*4e usar 4u duvido e 4u estou certo se 4oc puder discriminar seu prIprio
comportamento.
:;o tateamos tudo o 2ue 4emos e' in4ersamente' Ds 4ezes' respondemos com se
esti4&ssemos tateando apesar do est*muo estar ausente.
% asserti4a' assim como a nega;o' tam6&m & um autoc*tico' mas a forma 4er6a ser4e para
muitas fun3es:
\ Tato: isto um livro.
\ ?2ui4ancia entre respostas 4er6ais: o homem um +pede implume.
\ $ropriedades temporais: est 'rio agora ?it is cold no@9.
% fun;o espec*fica de depende de outras respostas 4er6ais' ou em outras paa4ras' do
conteBto.
H mais importante & 2ue os autoc*ticos descriti4os demonstram 2ue a an+ise do
comportamento 4er6a & uma 2uest;o de comportamento' n;o de Igica. Dizer 87sto assim.A#
ou 8B provvel9' ou ainda 83ode ser9 & um comportamento 4er6a a respeito de outro
comportamento 4er6a. Reduzir tais sentenas D Igica sim6Iica ou a matem+tica da
70
pro6a6iidade pode ser >ti na sou;o de pro6emas de Igica ou de matem+tica' mas essa
redu;o eimina uma caracter*stica crucia da inguagem 7umana. %s discrimina3es do nosso
prIprio comportamento s;o pr&#re2uisitos para o 2ue c7amamos de conscincia ou de auto#
conscincia' e de4emos essas discrimina3es D comunidade 4er6a.
71
1* - Comportamento 8er6al e Comportamento :o-8er6al
Fom eBce;o do tato' as casses 4er6ais do cap*tuo (" reaciona4am principamente as
respostas 4er6ais umas Ds outras. $ara ser funciona' o comportamento 4er6a de4e ser capaz
de fazer coisas. %s casses discutidas at& agora s;o apenas a mat&ria#prima 2ue & com6inada
no comportamento 4er6a funciona.
H comportamento 4er6a' em si mesmo' n;o faz coisas. ?e & efeti4o pea media;o de outras
pessoas. Mas a media;o por outras pessoas & caracter*stica de todo comportamento socia'
ent;o' de4emos acrescentar uma outra condi;o. %s contingncias sociais 2ue modeam o
comportamento 4er6a n;o criam apenas as condi3es para a faaL eas tam6&m criam
repertIrios 4er6ais com uma propriedade especia. ?m um di+ogo comum' na medida em 2ue
o faante se torna ou4inte e 4ice#4ersa' o comportamento do ou4inte refora o comportamento
do faante. ?m aguns aspectos' todas as cuturas 4er6ais s;o sociedades de reforo m>tuo.
H comportamento 4er6a en4o4e tanto o comportamento do ou4inte' 2ue & modeado peos
seus efeitos so6re o comportamento do faante' 2uanto o comportamento do faante' 2ue &
modeado peo comportamento do ou4inte. Tais reciprocidades definem o comportamento
4er6a. H comportamento 4er6a &' pois' modeado e mantido peas pr+ticas de uma
comunidade 4er6a' e este cap*tuo far+ agumas considera3es so6re agumas das 4+rias
conse2uncias 2ue resutam dessas pr+ticas.
%o definirmos o comportamento 4er6a desse modo' por sua fun;o' o distinguimos de
inguagem e de *ngua. Uma *ngua & definida & definida pea estrutura' n;o pea fun;o. %s
defini3es' ortografias e pron>ncias de um i4ro de gram+tica descre4em a estrutura padr;o de
4+rias unidades 4er6ais em uma *ngua. Jazendo isso' tanto dicion+rios 2uanto os i4ros de
gram+tica resumem agumas propriedades estruturais de pr+ticas de uma comunidade 4er6a.
H comportamento 4er6a de um faante ocorre no conteBto dessas pr+ticas' mas as pr+ticas
mantenedoras' ou se=a' a inguagem' n;o de4e ser confundida com o 2ue eas mant&m' 2ue & o
comportamento 4er6a.
Como os operantes (er6ais so mantidos por suas conse+u,ncias=
H comportamento 4er6a tem conse2uncias. Fomo & um operante' & afetado por tais
conse2ucias. Muitas 4ezes as conse2uncias para 2uem faa s;o simpesmente o
comportamento 4er6a su6se2uente de 2uem ou4e. %ssim' podemos dizer 2ue as respostas do
ou4inte reforam o comportamento 4er6a do faante.
Uma das conse2uncias mais gerais do comportamento 4er6a & 2ue' por meio dee' um
faante pode mudar o comportamento de um ou4inte.
%s conse2uncias 2ue podem ser4ir de reforadores para o comportamento 4er6a s;o
numerosas e 4ariadas. $odem ser 4er6ais o n;o' espec*ficas ou a6rangentes' e pro4a4emente
72
4+rios s;o reforadores generaizados (8o6rigado9' 8de nada9!. %&m disso' a tendncia a faar
pode depender de agumas conse2uncias' en2uanto o 2ue & faado pode depender de outras.
Fertas respostas 4er6ais especificam seus reforadores' sendo tais respostas denominadas
mandos. $edidos e ordens s;o mandos' =+ 2ue especificam um comportamento conse2uente
no 2ua o ou4inte de4e se enga=ar. H mando n;o consiste apenas de di4ersas casses de
respostas correspondendo a di4ersas conse2uncias 2ue poderiam ser o6=eto do mandoL o
mando & uma casse >nica de respostas 2ue se caracteriza por incuir a resposta 4er6a 2ue'
em outras circunst<ncias' tateia as conse2uncias reforadoras. ?m outras paa4ras' o mando
& um operante 4er6a de ordem8superior.
Dentro da casse dos mandos' agumas su6#casses especificam os est*muos (83or 'avor# me
d* o lpis9!L outras especificam o comportamento do ou4inte (83or 'avor# espere por mim9!L
outras ainda' c7amadas perguntas' especificam o comportamento 4er6a do ou4inte (8Cual o
seu nomeD9!.
?ssas casses podem ser su6di4ididas de acordo com suas caracter*sticasL faamos de dicas
(prompts! 2uando uma resposta 4er6a =+ & con7ecida do faante e de sonda (pro+e! 2uando &
descon7ecida.
:a inguagem do dia#a#dia' diferenciamos mandos de acordo com as diferentes contingncias
2ue ees sinaizam. Um su6orno especifica as conse2uncias para o comportamento de
cumpicidade' en2uanto uma ameaa especifica as conse2uncias para o comportamento de
n;o#su6miss;o.
Fausa;o m>tipa
Um pro6ema do comportamento 4er6a & 2ue as topogra'ias 4er6ais particuares (eB: paa4ras!
podem ter 4+rias fun3es diferentes. $otenciamente' 2ua2uer topografia 4er6a pode fazer
parte de 2ua2uer fun;o 4er6a. %&m disso' pro4a4emente nen7uma inst<ncia do
comportamento 4er6a & determinada por apenas uma >nica 4ari+4e. Kuando dois ou mais
e4entos atuam determinando' ao mesmo tempo' um comportamento' faamos do seu efeito
com6inado de causa&o m;ltipla.
Um eBempo de causa;o m>tipa encontra#se no tatear' pois depende do est*muo tateado e
depende de uma audincia para ou4ir a resposta tateada. ?Bistem in>meros eBempos
poss*4eis' e a grande maioria dos comportamentos' se n;o todos' s;o muti#determinados.
1 +ue > o comportamento go(ernado (er6almente e o comportamento modelado por
conting,ncias= Como estes controles a.etam o comportamento (er6al=
H comportamento 4er6a pode apresentar tanto conse2uncias 4er6ais 2uanto n;o#4er6ais'
mas de uma forma ou de outra' a conse2uncia & geramente uma mudana no
comportamento do outro. % comunidade mant&m certas correspondncias entre o
comportamento 4er6a e os e4entos am6ientais. H ou4inte pode atuar so6re o comportamento
73
4er6a do faante apenas se essas correspondncias forem consistentes. H conto do 8Menino e
o Vo6o9 iustra como o controe peo comportamento 4er6a do faante pode enfra2uecer se ee
tateia de forma in4eross*mi.
%gumas 4ezes' o 2ue as pessoas fazem depende da2uio 2ue eas foram instru*das a fazerL as
pessoas fre2uentemente seguem instru3es. H comportamento governado ver+almente (ou
tam6&m c7amado de governado por regras! & a2uee determinado principamente por
antecedentes 4er6aisL as propriedades diferem das do comportamento governado por
conting*ncias ou modelado por conting*ncias' 2ue & o comportamento modeado o suas
conse2uncias.
Fontroe instruciona
% fun;o mais ampa da inguagem & a instru;oL dizemos uns aos outros o 2ue fazer e o 2ue
dizer. % inguagem n;o & um 4e*cuo da 4erdadeL essas propriedades s;o apenas coro+rias de
sua fun;o prim+ria' a mudana do comportamento do ou4inte. ?sse controe passa facimente
desperce6ido 2uando o comportamento instru*do tam6&m & 4er6a (um roteiro & um con=unto
de instru3es para um ator!. Um professor 2ue define um termo est+ especificando as
circunst<ncias em 2ue o termo e sua defini;o ser;o empregados apropriadamente peo
estudante no futuro.
Uma caracter*stica importante da instru;o & 2ue ea su6stitui as contingncias naturais por
antecedentes 4er6ais. %o con4idarmos amigos para 4isitar a nossa casa' entregamo#7es nosso
endereo' em 4ez de deiB+#os procurar o camin7o por si sIs.
%ntecedentes 4er6ais nem sempre s;o est*muos discriminati4os: Ds 4ezes' instru3es ateram
a fun;o de aguns est*muos. Uma instru;o 8E&o toue no 'ogoF9 atera a fun;o do fog;o
en2uanto est*muo' tornando#se um est*muo discriminati4o sinaizador de 2ueimadura.
%s contingncias operam so6re o ato de seguir instru3es. Fomo comportamento de ordem#
superior' seguir instru3es geramente & mantido por contingncias sociais e 4er6ais' por&m
instru3es espec*ficas podem ser go4ernadas por contingncias n;o#4er6ais. Sodados no
2uarte o6edecem as ordens de seus superiores mediante contingncias sociais ongas e
poderosas' geramente por meio da apica;o do controe a4ersi4o. $or&m em uma guerra'
seguir ordens tem 4aor de so6re4i4ncia.
H termo aGiesc*ncia tem sido sugerido para denominar o seguimento de instru3es 2ue
depende de contingncias sociais' e o termo rastreamento' para contingncias instrucionais
2ue en4o4em o comportamento 4er6a e os e4entos am6ientais. %gumas instru3es tam6&m
funcionam como opera3es esta6eecedoras (eB: 2uando uma propaganda 2ue mostra
fotografias de comida torna mais pro4+4e o comportamento de comer!.
De4ido Ds 4antagens pr+ticas das instru3es' a comunidade 4er6a modea o comportamento
de seguir as instru3es por meio de uma ampa gama de ati4idade' a ongo de parte
74
su6stancia de nossas 4idas. Asso sI pode acontecer se as contingncias 2ue mantm o
comportamento de seguir instru3es forem mais poderosas do 2ue as contingncias naturais'
Ds 2uais as instru3es s;o contrapostas. Desta forma' as instru3es podem comear a superar
as contingncias naturais: as pessoas passam a fazer coisas' 2uando instru*das' 2ue =amais
fariam se fossem eBpostas Ds contingncias naturais.
Ansensi6iidade Ds contingncias
H comportamento go4ernado 4er6amente pode ser insens*4e Ds contingncias' na medida em
2ue seguir a descri;o de uma contingncia (instru;o! n;o cooca o indi4*duo em contato com
as contingncias presentes. H comportamento 7a6iidoso' em contrapartida' de4e ser
modeado peas contingncias.
Jre2uentemente' fazemos suposi3es acerca de situa3es no4as' e nossas suposi3es muitas
4ezes tomam a forma de regras' formadas por nIs mesmos. Mas' por 4ezes' nossas
suposi3es se interp3em na situa;o de ta forma 2ue fazem nosso comportamento tornar#se
insens*4e a agumas contingncias 2ue' de outra forma' poderiam modear e manter o
comportamento em 2uest;o.
Geramente n;o 2ueremos 2ue outros faam o 2ue dizemos' simpesmente' por2ue dizemos.
Xs 4ezes' instru3es afastam o instru*do das contingncias naturais as 2uais eas se
reacionam. :;o eBiste uma sou;o f+ci para este pro6ema. De4emos sempre esco7er entre
os efeitos imediatos e a con4enincia das instru3es e seus efeitos a ongo prazo so6re a
sensi6iidade do aprendiz Ds conse2uncias do comportamento.
%guns eBempos onde a instru;o dificuta a aprendizagem na p+gina .,).
Fonse2uncias intr*nsecas versus conse2uncias eBtr*nsecas
%s instru3es tem um pape importante na distin;o entre os reforadores intrnsecos e
e,trnsecos. %guns reforadores s;o instr*nsecamente eficazes' ao passo 2ue a efic+cia de
outros de4e ser esta6eecida. Muitas 4ezes' a inefic+cia de um reforador eBtr*nseco est+
sendo determinada n;o peo fato de onde 4em o reforo' mas sim por uma insensi6iidade Ds
contingncias gerada pea instru;o' 2ue conse2uentemente reduz o 4aor reforador de um
reforador intr*nseco.
%t& 2ue o comportamento produza conse2uncias naturais' o professor n;o tem esco7a a n;o
ser programar conse2uncias artificiais' fazendo eogios ou outros reforadores eBtr*nsecos. H
argumento' ent;o' & de 2ue & responsa6iidade do professor acrescentar reforadores
eBtr*nsecos apenas 2uando n;o 7+ 2ua2uer reforador intr*nseco na situa;o ou 2uando ees
n;o est;o funcionando.
75
Como se do as correspond,ncias entre Dizer e Fazer=
%s comunidades 4er6ais esta6eecem certas correspondncias entre as paa4ras e os e4entos.
%s correspondncias operam em am6as as dire3es' como nas casses de e2ui4ancia. Hutra
correspondncia importante & a entre o 2ue dizemos e o 2ue fazemos. ?sta correspondncia
tam6&m pode atuar em am6as as dire3es: se fizemos aguma coisa' podemos dizer 2ue a
fizemos' e se dissermos 2ue faremos ago' ent;o poderemos faz#o.
:a medida 2ue a comunidade 4er6a esta6eece certas contingncias para tais
correspondncias' podemos modificar o comportamento n;o apenas por meio de instru3es'
mas tam6&m modeando o 2ue se diz acerca do mesmo. Se forem reforados tanto o dizer
2uanto a correspondncia entre o dizer e o fazer' o fazer poder+ ocorrer. $or meio de tais
contingncias' o prIprio comportamento 4er6a de cada um pode se tornar eficaz como
est*muo instruciona.
Modeagem do comportamento 4er6a
% modeagem do comportamento 4er6a & uma t&cnica potente para modificar o
comportamento 7umano' especiamente' sa6endo#se 2ue a distin;o entre comportamento
go4ernado 4er6amente e comportamento go4ernado por contingncias & ree4ante tanto para o
comportamento 4er6a 2uanto para o n;o#4er6a. H comportamento 4er6a modeado ou
go4ernado por contingncias &' como todo comportamento n;o#4er6a modeado' sens*4e a
suas conse2uncias' mas &' tam6&m' acompanhado pelo comportamento n&o8ver+al
correspondenteH se o ue di1emos modelado# 'a1emos o ue di1emos. $or outro ado' o
comportamento 4er6a instru*do ou go4ernado 4er6amente &' como o comportamento n;o#
4er6a instru*do' reati4amente insens*4e a suas conse2uncias' mas & menos
sistematicamente acompan7ado peo comportamento n;o#4er6a correspondenteL se nos
dissermos o 2ue temos 2ue dizer' o 2ue fazemos n;o decorre necessariamente do 2ue
dizemos' mesmo 2uando faamos eBatamente o 2ue nos disseram para fazer.
%s impica3es pr+ticas disso & 2ue pode ser mais 'cil mudar o comportamento humano
modelando auilo ue algum di1# do ue modelado auilo ue esse algum 'a1. H
comportamento 7umano n;o#4er6a & fre2uentemente go4ernado 4er6amente' mas o
comportamento 4er6a & geramente modeado por contingncias (ta4ez por2ue n;o se=a
comum faarmos so6re as 4ari+4eis 2ue determinam nosso comportamento 4er6a!. %ssim' um
terapeuta pode' muitas 4ezes' ser eficiente simpesmente modeando a2uio 2ue o ciente faa.
%s terapias 2ue fazem referncia D modifica;o do comportamento cogniti4o' ou a efic+cia
cogniti4a' dizem modificar o comportamento do ciente pea mudana de suas cogni3es' mas
isso & feito' de um modo gera' pea mudana do comportamento 4er6a do ciente' tanto por
meio de instru3es como por meio da modeagem 4er6a (pro4a4emente mais incidenta do
2ue dei6erado!. Tais terapias agumas 4ezes s;o efeti4as' mas pro4a4emente por raz3es
outras 2ue n;o a2ueas programadas.
76
?m educa;o' Ds 4ezes' ensinamos' modeando o 2ue nosso estudantes dizem' por meio de
2uest3es e discuss;o. Mais fre2uentemente' ensinamos n;o por meio da modeagem' mas da
instru;oL nas auas dizemos aos estudantes o 2ue dizer nos eBames. Se os cursos n;o
incuem um contato direto com o o6=eto de estudo' o primeiro tipo de ensino tem maiores
c7ances do 2ue o segundo de ter agum efeito so6re o comportamento do auno' fora da saa.
Como ou(intes ou leitores se comportam=
Dado 2ue o comportamento 4er6a do faante proporciona est*muos discriminati4os ao ou4inte'
o comportamento do ou4inte & o 2ue & ocasionado por estes est*muos. %s respostas do
ou4inte podem ser t;o 4ari+4eis 2uanto as respostas a 2uais2uer outros tipos de e4ento.
Hs ou4intes n;o s;o passi4os' e muitas 4ezes comportam#se 4er6amente ao mesmo tempo
2ue o faante' dizendo coisas para si mesmos' pane=ando r&picas' etc. %gumas 4ezes' agimos
como nossos prIprios ou4intes: ao prestar aten;o cuidadosamente ao 2ue faamos ou 2uando
emos o 2ue nIs mesmos escre4emos.
Mesmo 2ue se diga 2ue o ou4inte compreendeu ago' parece impro4+4e' contudo' 2ue
possamos oferecer uma eBpica;o ade2uada da resposta do ou4inte recorrendo simpesmente
ao empare7amento de paa4ras a paa4ras (como 2uando se d;o defini3es! ou de paa4ras a
e4entos (como 2uando se ensinam tatos!. 2 pro+lema do signi'icado deve residir# pelo menos
em parte# nas propriedades das respostas do ouvinte a estmulos ver+ais. Uma propriedade
cr*tica pode ser as correspondncias entre as respostas ocasionadas por uma paa4ra ou a
eBpress;o e a2ueas ocasionadas por e4entos n;o#4er6ais 2ue a paa4ra ou eBpress;o
normamente tateia.
Significados como e2ui4ancias
%o tratar das rea3es formais' argumentamos 2ue a simetria das reaaes entre o est*muo e a
resposta fa4orecem um 4oca6u+rio em termos de paa4ras' em 4ez de em termos de
modaidades orais ou escritas espec*ficas.
?Bistem correspondncias seme7antes nas rea3es entre tatos e e4entos am6ientais. ?as
podem ser importantes 2uando se faa de significado' por2ue a inguagem do significado &
independente de se as paa4ras funcionam como est*muos ou como respostas. ?ssa pode ser
a forma mais importante como casses de e2ui4ancia entram no comportamento 4er6a.
Segue a6aiBo um eBempo de ta e2ui4ancia
77
% maioria das rea3es en4o4endo c7u4a como um est*muo 4er6a e c7u4a como uma
resposta 4er6a na figura est;o entre os crit&rios necess+rios para faar de nomea;o' mas
a2ui' 7+ muito mais en4o4ido 2ue simpesmente nomea;o. ?nt;o' parece 2ue =ugamos a
compreens&o ou o signi'icado n;o por uma >nica rea;o entre os est*muos e as respostas
mas' ao contr+rio' pela integridade dos tipos de relaes ilustradas da 'igura
Dizemos 2ue agu&m compreendeu o 2ue foi dito 2uando esse indi4*duo repetir o 2ue foi dito
n;o por2ue agu&m o disse' mas peas mesmas raz3es peas 2uais o outro indi4*duo disse o
mesmo.
78
1/ - Psicolingu!stica: A 'strutura da Linguagem
?ste cap*tuo tratar+ da estrutura do comportamento 4er6a. $odemos ordenar as paa4ras em
sentenas e podemos o6ser4ar o 2uanto certas paa4ras s;o seme7antes ou n;o em rea;o
ao significado. ?sses s;o os tIpicos da sinta,e e a sem(ntica.
$ergunta da sem<ntica: 2ue propriedades do comportamento 4er6a nos e4am a dizer 2uais
paa4ras articuares est;o reacionadas 2uanto ao significado5
% psicolingustica ida com o 4oca6u+rio do faante' com 6ase no l,ico desse faante' 2ue & o
dicion+rio de paa4ras dispon*4eis no seu repertIrio 4er6a. Kuando os efeitos das di4ersas
caracter*sticas da sintaBe e da sem<ntica foram demonstradas no comportamento 4er6a'
essas caracter*sticas foram como tendo realidade psicol$gica. Jaamos de reaidade
psicoIgica de di4ersas propriedades estruturais da inguagem 2uando podemos mostrar 2ue
eas fazem diferena no comportamento do faante ou do ou4inte.
Como a linguagem se estrutura gramaticalmente=
Fomo paa4ras s;o organizadas em sentenas5 $odemos contar ou cassificar e podemos
discriminar entre sentenas gramaticamente corretas ou n;o. $odemos cassificar sentenas
gramaticamente corretas em categorias' como 4oz ati4a' 4oz passi4a' passado' etc.
Mas como definirmos as dimens3es nas 2uais estamos fazendo estas distin3es5 $recisamos
de uma descri;o eBausti4a dos tipos de sentenas. :a inguagem da psicoingu*stica'
faar*amos em escre4er uma gram+tica com um n>mero finito de regras.
Re4isaremos duas teorias so6re as reguaridades estruturais das sentenas gramaticais. %
primeira descre4e as estruturas com 6ase em seus constituntes ou componentes. % segunda
eBamina a trans'orma&o 2ue mostram como a estrutura de uma sentena est+ reacionada D
outras.
$or eBempo' considere a frase 8Kuem 7esita est+ perdido9. Kuando estudamos como as
partes da frase 4m a ser denominadas su=eitos e predicados' ou pronomes e 4er6os' estamos
idando com os constitu*ntes. Kuando descre4emos as rea3es desta frase com par+frases
como 8?st+ perdido 2uem 7esita9' estamos idando com as transforma3es gramaticais.
Fonstituintes e estrutura da frase
Determinamos os constituintes da sentenas' o6ser4ando como suas partes se reacionam.
:omear um constitu*nte isoadamente & pro6em+tico como 2uando sua cassifica;o depende
da rea;o com os outros constitu*ntes. SI & poss*4e est;o cassificar os constitu*ntes a partir
de suas rea3es com os outros constitu*ntes da sentena' ou identificar a estrutura da
sentena.
79
Fomo poderemos ent;o descre4er a estrutura de uma sentena5 % resposta & 2ue as
consistncias da estrutura da sentena n;o s;o paa4ras em particuar ou se2uncias de
paa4rasL eas residem' ao contr+rio' nos 4+rios tipos de coordena3es entre as paa4ras.
$odemos cassificar as paa4ras de uma sentena como tipos particuares de constituintes'
por2ue =+ aprendemos as estruturas t*picas (p. eB. padr3es de concord<ncia entre su6stanti4os
no singuar' no pura e nos 4er6os!.
%s cassifica3es gramaticais das paa4ras n;o dependem dos e4entos am6ientais a 2ue nos
referimos. Dependem das estruturas das sentenas dentro das 2uais as paa4ras aparecem.
Hs 4er6os' por eBempo' n;o s;o definidos como a casse de paa4ras 2ue apresenta uma
a;oL s;o definidas com 6ase na con=uga;o e em outras propriedades gramaticais.
Asso n;o significa 2ue o conteBto nunca afete nossos =ugamentos so6re a estrutura. ?e
determina as estruturas de frases am6*guas' 2uando desconteBtuaizadas.
Fa*mos em um paradoBo. $or um ado' eBistem sentenas 2ue nos permitem nomear seus
constituintes sem con7ecer as circunst<ncias nas 2uais foram proferidasL por outro ado' 7+
sentenas cu=as estruturas n;o nos permitem nomear seus constituintes a menos 2ue
con7eamos as circunst<ncias em 2ue foram pronunciadas. Kua2uer an+ise da gram+tica 2ue
se=a eBcusi4amente estrutura ou eBcusi4amente funciona & necessariamente incompeta.
De4emos 6asear nossa an+ise da estrutura gramatica e ago mais do 2ue a capacidade de
nomear os componentes ou diagramar as estruturas. De4emos demonstrar a rea;o entre as
propriedades da sentena e o comportamento do faante ou do ou4inte. ?studos 2ue procuram
demonstrar tais rea3es est;o interessados na reaidade psicoIgica dessas dimens3es da
inguagem.
Transforma3es
%gumas sentenas dizem coisas diferentes' en2uanto 2ue outras dizem a mesma coisa de
maneiras diferentes. %o fazer tais =ugamentos' fazemos uma discrimina;o das rea3es entre
as sentenas.9Kuem 7esita ri por >timo9 e 8Ri por >timo 2uem 7esita9 diferem 2uanto a ordem
das paa4ras' mas as rea3es estruturais entre seus componentes s;o as mesmas.
F7amamos' por isso' a segunda sentena de uma trans'orma&o da primeira.
%s transforma3es descre4em mudanas na estrutura da sentena 2ue preser4am
determinadas rea3es entre os constitu*ntes. Kuando transformamos uma sentena da 4oz
ati4a para a passi4a' mantemos a rea;o su=eito#o6=eto entre os su6stanti4os e os 4er6os.
Kuando faamos de transforma3es 2ue reacionam uma sentena a outra' estamos
discriminando agumas caracter*sticas estruturais 2ue as sentenas comparti7am.
%s transforma3es s;o propriedades do comportamento 4er6a' mas n;o eBpicam o
comportamento 4er6a. Descre4er as propriedades estruturais das sentenas gramaticais & o
o6=eti4o da gram+tica' mas descre4er uma sentena n;o diz como ea foi produzida ou
80
compreendida' nem sua produ;o ou compreens;o re2uer um =ugamento da gram+tica da
mesma.
Hrganiza;o 7ier+r2uica
%s transforma3es mudam n;o apenas a forma das sentenas' mas tam6&m as maneiras
peas 2uais as sentenas ou suas partes podem ser com6inadas entre si. 8H can+rio canta4a9 e
8H gato comeu o can+rio9 podem se com6inar em 8H gato comeu o can+rio 2ue canta4a9 .
?ssas estruturas s;o c7amadas recorrentes' por2ue a adi;o de segmentos pode ocorre
continuamente.
$odemos eBpandir sentenas' acrescentando frases no seu in*cio ou no seu fim' 2uando suas
estruturas s;o c7amadas de recorrentes ! esuerda ou ! direita' ou acrescentando partes
dentro ou em torno da sentena' 2uando suas estruturas s;o c7amadas de auto8em+utidas ou
auto8envolventes. 8H can+rio 2ue o gato comeu canta4a9' est+ em6utida na sentena 8% m>sica
2ue o can+rio 2ue o gato comeu canta4a era desafinada9' 2ue est+ en4o4ida por 8% m>sica era
desafinada9.
% an+ise da estrutura 7ier+r2uica & um pro6ema gera: ee foi considerado em nossa
discuss;o so6re as casses de ordem superior (cap. )!. Diferentes unidades entram em
diferentes n*4eis de an+ise no comportamento 4er6a. Vetras e fonemas com6inam#se em
morfemas e paa4ras' 2ue por sua 4ez' formam frases e sentenas 2ue' por sua 4ez' agrupam#
se em par+grafos e teBtos' e assim por diante. :ossa preocupa;o a2ui foi' principamente com
a estrutura das sentenas' mas tais an+ises poderiam ser feitas com estruturas de unidades
maiores e menores.
%s estruturas de sentenas tm ma import<ncia comportamentaL na medida em 2ue as
transforma3es descre4em o 2ue fazemos 2uando faamos' ou4imos' emos ou escre4emos'
eas correspondem a aguns processos autoc*ticos.
Como a sinta%e nos aIuda a entender o pro6lema do signi.icado=
?studar sem<ntica & tra4a uma 6ata7a com o pro6ema do significado. :osso tratamento so6re
o comportamento 4er6a apontou 2ue o 4oca6u+rio tradiciona do significado e referncia pode
ser enganoso. $arte do pro6ema & 2ue a produ;o do comportamento 4er6a por um faante
ou por um escritor pode ser distinto da compreens;o deste comportamento por um ou4inte ou
eitor. H decorrer norma do desen4o4imento da inguagem cria correspondncias entre a
produ;o da inguagem e a compreens;o da mesma' entretanto n;o de4emos toma#as como
certas.
:osso tratamento da sem<ntica der+ nfase D compreens;o: o 2ue acontece 2uando se diz
2ue agu&m compreendeu uma paa4ra ou uma sentena5
81
Kuando faamos de transforma3es' faamos do conceito de estrutura profunda (este & o nome
para a2ueas propriedades de uma sentena 2ue permanecem constantes ao ongo de 4+rias
transforma3es. %2uio 2ue mantemos constante 2uando ateramos a estrutura sint+tica de
uma sentena & sua estrutura sem<ntica.
% mensura;o do significado
?studos em sem<ntica costumam tra6a7ar com o significado de paa4ras isoadas. %s
defini3es produzidas por associa3es de paa4ras ou peo diferencia sem<ntico (p. .)/! n;o
nos permitem dizer muita coisa so6re o significado comportamenta dos significados. Hs
significados n;o s;o propriedades das paa4ras em siL s;o propriedades de nossas respostas
Ds paa4ras.
% sem<ntica en4o4e mais do 2ue as prIprias paa4rasL en4o4e a correspondncia entre as
paa4ras e as casses de est*muo. Kuando estas casses n;o tem imites 6em definidos' eas
s;o eBempos de classes de estmulo pro+a+ilsticas (con=untos difusos' cap. ,!. % an+ise da
estrutura sem<ntica n;o eBpica as casses de est*muo pro6a6i*sticasL ea define agumas de
suas propriedades.
Met+fora
% met+fora demonstra outro aspecto da estrutura sem<ntica. :o cap. ("' a met+fora iustrou a
eBtens;o do comportamento 4er6a para e4entos no4os. Uma 4ez 2ue determinadas met+foras
se tornem eficientes dentro de uma comunidade 4er6a' eas tm maior pro6a6iidade de
e4ouir' interagir e se eBpandir para uma 4ariedade de situa3es. Met+foras comuns:
Vinguagem como comunica;o de id&ias: id&ias e significados s;o o6=etos
transformados em paa4ras 2ue s;o' ent;o' transmitidos a outras pessoas.
Tempo como din7eiro
Fompreender como 4er
Mais como acimaL menos como a6aiBo
Hs sistemas de met+foras podem ser coordenados entre si. Dizer 2ue um argumento teIrico
pode ser demoido' atacando seus pontos fracos' com6ina a met+fora da discuss;o como
guerra e com a met+fora da edifica;o.
?m tarefas de =ugamento sem<ntico' os tempos de rea;o s;o fre2uentemente menores para
usos metafIricos do 2ue para usos iterais. % met+fora n;o & apenas mat&ria#prima da poesiaL
& um aspecto fundamenta do comportamento 4er6a.
% caracter*stica mais importante da met+fora & 2ue ea nos permite idar com o a6strato a partir
do concreto. % inguagem de dimens3es a6stratas' como 6om#mau ou feiz#triste transformam#
se em uma inguagem com dimens3es mais acess*4eis' como cima#6aiBo. %man7;#ontem se
torna em frente#para tr+s.
82
Referimo#nos a casses de respostas em termos de operante e a casses de est*muo em
termos de conceitos. %s paa4ras podem funcionar tanto como respostas 2uanto como
est*muos' assim' & razo+4e 2ue faemos de casses sem<nticas de paa4ras em termos de
significado.
Algumas propriedades da linguagem
% propriedades 2ue' supostamente' s;o caracter*sticas de todas as inguagens 7umanas tem
sido denominadas universais lingusticos. Todas as *nguas 7umanas tem a estrutura su=eito#
predicado' distinguem o singuar do pura e s;o imitadas 2uanto Ds transforma3es 2ue
podem operar so6re as estruturas em6utidas.
H in4erso da 2uest;o dos uni4ersais ingu*sticos & a relatividade da linguagem. :;o &
surpreendente 2ue os 4oca6u+rios correspondem Ds casses de e4entos funcionamente
importantes em diferentes comunidades ingu*sticas. % reati4idade da inguagem apresenta
maior interesse 2uando parece en4o4er rea3es gramaticais poss*4eis ao in4&s de categorias
de inguagem. $or eBempo' *nguas em 2ue su6stanti4os e 4er6os s;o permut+4eis
(pensamento#pensar! podem e4ar a diferentes tratamentos dos e4entos e das a3es do 2ue
*nguas onde isso n;o e poss*4e.
:a medida em 2ue a inguagem & comportamento' *nguas particuares ine4ita4emente ter;o
propriedades funcionais diferentes. % reati4idade da inguagem em6ra#nos 2ue de4emos idar
com cada inguagem no conteBto am6ienta dentro do 2ua ea foi modeada.
GistIria acerca do de6ate so6re o Desen4o4imento da Vinguagem
Se a inguagem & inata ou aprendida' a concus;o razo+4e & 2ue am6as' fiognese e
ontognese' contri6uem. $or&m & impro4+4e 2ue ten7amos estruturas inatas' pois a
inguagem em nossa esp&cie & muito recente.
Mesmo 2ue fosse pro4ado 2ue as crianas n;o tm 2ue aprender todos os deta7es da
gram+tica' por2ue aguns est;o constru*dos nea' isso n;o significaria 2ue n;o 7+ muitas outras
coisas so6re o comportamento 4er6a 2ue eas ten7am ainda 2ue aprender. G+ e4idncias 2ue
am6ientes 4er6ais ricos fazem diferena grande e duradoura na competncia 4er6a dessas
crianas. %s contigncias tm import<ncia..
DeiBis
Uma caracter*stica significati4a do desen4o4imento da inguagem da criana & a e4ou;o de
4oca6u+rio d*iticoL os diticos s;o ocasionados n;o por propriedades intr*nsecas de e4entos
ou o6=etos' mas antes por sua rea;o com o faante ou ou4inte. ?Bempos: aui8l' isto8auilo
e ! 'rente8atrs. ?m cada caso' o termo apropriado depende de onde a pessoa est+ situada.
83
% a2uisi;o dos dei,is acompan7a de perto a de outros 4oca6u+rios reacionais (grande#
pe2ueno!. ?m com6ina;o com os pronomes' as fun3es dos diticos na inguagem s;o
an+ogos Ds das 4ari+4eis em +ge6raL podemos faar de coisas mesmo 2ue n;o possamos
nome+#as (2ue & isto5 2uem esta4a +5!.
$ronomes pessoais s;o um caso especia de 4oca6u+rio ditico. %s crianas geramente
aprendem isto antes de eu ou voc*' e as distin3es entre a primeira e a segunda pessoa
emerge antes de distin3es dentro desta casse (me8meu8minha e voc*8seu8sua!. Mas eu e me
n;o s;o aprendidos como nome pessoaL agu&m c7amado de voc* e n;o de eu ou me 2uando
a ee nos dirigimos. Fomo' ent;o' as crianas passam a dizer eu e me' apropriadamente'
2uando se tornam faantes em 4ez de ou4intes5
N dif*ci o6ser4ar as condi3es so6 as 2uais esta caracter*stica da inguagem se desen4o4e.
$odemos descre4er como esse dom*nio e4ouiL mas n;o sa6emos deta7es o 6astante para
dizer 2ue aspectos do am6iente 4er6a da criana s;o cruciais para esta e4ou;o. Tais
propriedades 2ue e4am a deiBis s;o pro4a4emente comuns a todos os am6ientes 7umanos.
Hs pronomes pessoais e o 4oca6u+rio ditico en4o4em discrimina3es entre e4entos
reacionados a si mesmos' e assim' est;o supostamente reacionados de perto a
discrimina3es do prIprio comportamento da pessoa' assim se reacionando com o conteBto
dos processos autoc*ticos e com o conceito de auto#conscincia. ?ssas caracter*sticas de
desen4o4imento da inguagem sugerem 2ue a inguagem 7umana e a autoconscincia est;o
associadas de maneira insepar+4e.
$roduti4idade
Hutra caracter*stica importante da inguagem & sua no4idadeL 2uando escre4emos uma
sentena' & pro4+4e 2ue ea se=a diferente de 2ua2uer outra 2ue =+ ten7amos escrito antes.
?ssa caracter*stica da inguagem & c7amada de produtividade (a inguagem comparti7a essa
propriedade com o comportamento n;o#4er6a!. $odemos idar com a no4idade em termos de
caracter*sticas 2ue a no4a sentena comparti7a com as sentenas anterioresL as no4as
produ3es en4o4em com6ina3es de no4as casses sint+ticas e sem<nticas =+ esta6eecidas
(adu;o' cap. )!
:o caso da estrutura sint+tica' s;o aprendidas paa4ras espec*ficas e se2uncias de paa4ras'
mas 2ue' em seguida' comeam a dominar unidades maiores' como as casses de purais' e
onde podem deri4ar purais de paa4ras de paa4ras pouco con7ecidas ou at& descon7ecidas.'
H mesmo se apica a estruturas sem<nticas. ?4entos em um conteBto no4o podem ocasionar
no4as eBpress3es gramaticais mas as eBpress3es tam6&m podem ser semanticamente no4as.
Referimo#nos a tais casos com 6ase nas met+foras e nas anaogias.
84
10 - Aprendizagem 8er6al e ;rans.er,ncia
?ste cap*tuo eBaminar+ 2uatro casses principais de procedimentos de aprendizagem 4er6a.
Depois' ser;o eBaminados aguns pro6emas de transferncia de aprendizagem' 2uando o 2ue
& aprendido afeta futuras aprendizagens.
<uais so os procedimentos de aprendizagem (er6al= Como eles .uncionam=
Fasses de $rocedimentos da %prendizagem Cer6a
:ome Descrio '%emplos
%prendizagem Seria Hs itens de uma se2uncia s;o aprendidos
em ordem
%prender a recitar o afa6eto ou os meses
do anoL aprender a recitar um poema
%prendizagem de
pares associados
Fada um dos 4+rios est*muos 4er6ais
ocasiona uma resposta 4er6a diferenteL a
ordem dos pares est*muo#resposta podem
4ariar
Dado o nome de um estado' nomear a
capitaL dada uma paa4ra em outra *ngua'
fornecer o e2ui4aente em portugus
Recorda;o i4re Hs itens de uma ista s;o nomeados sem
e4ar em conta a ordem
:omear os times de fute6o de um
campeonatoL nomear os =ogadores de um
determinado time.
Discrimina;o 4er6a %s respostas s;o ocasionadas peas
casses em 2ue os est*muos 4er6ais se
en2uadramL em outras paa4ras' uma
discrimina;o em 2ue as dimens3es do
est*muo & 4er6a
Adentificar os su6stanti4os de um par+grafo
ou teBtoL dados aguns nomes num
fic7+rio' separar cart3es em um con=unto
com os nomes femininos e outro com os
nomes mascuinos.
Recon7ecimento
4er6a
Um caso especia de discrimina;o 4er6a.
% propriedade 2ue define a casse
discriminada & se o item 4er6a apareceu
em um conteBto ou ista anterior
especificada.
Dada uma ista de nomes' dizer 2uais s;o
a2uees 2ue 4oc con7ece' dstinguir entre
termos t&cnicos antigos e no4os ao er um
teBto
?ste tIpico' no i4ro' constitui de um minucioso e4antamento de eBperimento 7istIricos
en4o4endo este processo. %o fazer isso' Fatania argumenta como tas eBperimentos tem
desempen7os esta6eecidos somente por instru3es' n;o e4ando em considera;o as
contingncias.
H su=eito' em tais eBperimentos' en2uanto aprende as tarefas' faz muito mais 2ue o esperado.
Dessa forma' parece inapropriado encarar as associa3es meramente como se2uncias
4er6aisL o comportamento 4er6a 7umano tem outras propriedades estruturais' a&m do
ordenamento tempora dos e4entos.
Tais procedimentos de aprendizagem 4er6a de4em ser reacionadas com o conteBto de seu
desen4o4imento. %2uees procedimentos foram ea6orados a ser4io de eBpica3es de
aprendizagem 4er6a em termos de associa3es. ?ssas eBpica3es pressupun7am 2ue a
aprendizagem 4er6a esta6eecia rea3es est*muo#resposta nas 2uais determinados est*muos
4er6ais passa4am a ocasionar determinadas respostas 4er6ais. Mas as rea3es esta6eecidas
85
na aprendizagem 4er6a ine4ita4emente esta6eecia outras rea3es entre os itens 4er6ais.
Ceremos agumas impica3es desta a6ordagem nos cap*tuos () e ()' so6re memIria.
1 +ue > a ;rans.er,ncia= Como +ue aprender um conIunto de materiais (er6ais a.eta a
aprendizagem de outros materiais=
H dom*nio de uma *ngua c+ssica como o grego ou o atim faciitam a aprendizagem de
?conomia' GistIria ou Socioogia5 $ode o aprendizado de Matem+tica fazer agu&m pensar de
forma mais Igica5 H estudo da m>sica ou da arte faz ad2uirir 7a6iidades 2ue seriam >teis
para o estudo de grandes o6ras de iteratura5
% transferncia de aprendizagem de um assunto para outro & de dif*ci an+ise. N razo+4e
pressupor 2ue agumas 7a6iidades de estudo se generaizam de um curso para outro. Mas o
eBame de como uma *ngua c+ssica pode infuenciar o progresso de um estudante de
Matem+tica' Fincias ou Jiosofia re2ueriria procedimentos eBperimentais 2ue possi4emente
n;o seriam nem pr+ticos' nem aceit+4eis' em uma institui;o educaciona t*pica.
% pes2uisa so6re a transferncia concentrou#se em tarefas mais simpes' o 2ue ta4ez fosse
ine4it+4e' como a transferncia de uma ista de pares associados para outra.
Transferncia positi4a: 2uando a aprendizagem de ^ faciita a aprendizagem de b.
Transferncia negati4a: 2uando a aprendizagem de ^ dificuta a aprendizagem de b.
$ara ocorrer transferncia tanto 4er6a 2uanto n;o 4er6a. % transferncia pode a=udar a
esta6eecer agumas rea3es formais entre os est*muos e respostas faadas e escritas (cap.
("!.
Kuando a aprendizagem de ((! afeta a aprendizagem de (.' denomina#se esse efeito de
proativo' por2ue a dire;o do efeito & de uma tarefa anterior ara uma posterior. Kuando (.!
afeta ((!' denomina#se esse efeito de retroativo.
?Bempo de proa;o: 2uando a prepara;o em +ge6ra afeta o dom*nio em c+cuo.
?Bempo de retroa;o: 2uando o 4oca6u+rio t&cnico aprendido em um curso a4anado em
cincias afeta a terminoogia aprendida em um curso introdutIrio.
86
13 - As 9un7es do Lem6rar
H estudo do em6rar est+ interessado em como uma resposta de um organismo' neste
momento' pode ser ocasionada por e4entos passados' 2uando' por eBempo' um atraso &
imposto entre um est*muo e uma oportunidade de responder.
%s eBpica3es acerca do em6rar fre2uentemente c7amam o 2ue o organismo faz 2uando o
est*muo & apresentado de arma1enamento de mem$ria' o tempo inter4eniente de per*odo de
reten&o e a2uio 2ue o organismo faz 2uando a resposta ocorre mais tarde de recupera&o de
mem$ria.
Fom pom6os' um atraso entre um est*muo discriminati4o e a resposta de at& . segundos n;o
costuma afetar o desempen7o. $or&m a partir de - segundos o desempen7o tende a ir ao
acaso. $or&m' se ensinarmos um comportamento mediador (4er goss+rio! ao pom6o' o atraso
pode ser de at& . minutos. %ssim' o em6rar do pom6o depende de seu comportamento
mediador.
Tam6&m modificamos nosso em6rar a partir de nosso comportamentoL ensaiamos um n>mero
2ue 2ueremos em6rar mais tarde' e a capacidade de em6rarmos deste n>mero depende de
nosso comportamento.
1 +ue so sistemas mnemJnicos=
Hs sistemas mnem@nicos s;o t&cnicas (csses de comportamentos! para aumentar a
pro6a6iidade do em6rar. H em6rar pode en4o4er a persistncia do comportamento ao ongo
do tempo' como no ensaio' mas isso & apenas uma parte da 7istIria.
H uso de sistemas mnem@nicos torna o aprendiz menos dependente do ensaio' 2ue & o
principa componente da memoriza;o por repeti;o.
Hutra t&cnica mnem@nica simpes & a con4ers;o de s*m6oos em uma sentena: ?GMDJ
(notas musicais! se tornam ?sta Grande Moa D+ Jogo.
Hutros eBempos s;o o sistema loci (de oca!' de rima e a de tradu;o de n>meros em etras.
?stas t&cnicas mostram como s;o 4ariados os fen@menos do em6rar. ?es s;o casses de
comportamento 2ue podem ser aprendidos e mostram o 2ue o aprendiz em6ra depende do
2ue ee faz.
An?lise das met?.oras do armazenamento, da reteno e da recuperao.
Um episIdio de em6rar & definido por trs componentesL a aprendizagem inicia de um item' a
passagem do tempo e ent;o a oportunidade para o em6rar. :a iteratura de pes2uisa so6re a
memIria' um tratamento metafIrico destes trs componentes tem e4ou*do graduamente para
87
uma inguagem t&cnica. Diz#se 2ue o arma1enamento do item resuta da aprendizagem inicia'
2ue determina como o item & retido ao ongo do tempoL um per*odo de reten&o & seguido pea
oportunidade de recordarL o recordar o item & ent;o c7amado de recupera&o do
armazenamento. Diz#se 2ue um item 2ue foi armazenado est+ disponvel' mas somente
acessvel se puder ser recuperado.
% inguagem do armazenamento e da recupera;o & uma anaogia eficiente do 2ue acontece
no em6rar' mas de4emos recon7ecer seu status metafIrico. De fato' um dos o6=eti4os de
agumas pes2uisas so6re a memIria & eBpicar as propriedades funcionais do em6rar'
determinando a gama de condi3es ao ongo das 2uais a met+fora & 4+ida.
%rmazenamento: codifica;o e n*4eis de processamento
Kuando 4oc em6ra um est*muo' o 2ue 4oc em6ra n;o & tanto o est*muo em si' mas sim
sua resposta ao mesmo. Ta resposta ine4ita4emente difere do est*muo' mesmo 2uando ees
pertenam a mesma modaidade (como 2uando 4oc repete em 4oz ata um item 4er6a
ditado!.
Fomo na an+ise do controe de est*muo' o pro6ema do em6rar n;o ser+ reso4ido tentando
seguir o est*muo dentro do organismoL em 4ez disso' de4emos desco6rir como caracterizar o
comportamento do organismo em rea;o ao est*muo.
H comportamento do aprendiz no 2ue diz respeito ao est*muo a ser em6rado & denominado
codi'icar (encoding!. % codifica;o pode depender de apenas uma 4ari+4e do est*muo ou de
casses compeBas' dependendo de como 7ou4e a codifica;o. %2ui se faz uso de sistemas
mnem@nicos. Fertas propriedades do est*muo tem maior pro6a6iidade de ocasionar respostas
2ue outrasL as paa4ras escritas muito pro4a4emente s;o determinantes para 2ue ocorra o tipo
de codifica;o c7amada eitura.
Mesmo a nomea;o pode ser um tipo de codifica;o. Asso pode eBpicar' em parte' por2ue
temos menor pro6a6iidade de em6rar de nossa inf<ncia do 2ue de momentos posteriores de
nossas 4idas.
H n*4e de processamento & um conceito descriti4o 2ue reaciona 8profundidade de
processamento9 com a pro6a6iidade de em6rar. %ssim a pro6a6iidade de em6rar 4ariam em
diferentes tipos de codifica;o.
Reten;o: a 2uest;o da reorganiza;o da memIria
% met+fora da reten;o e do armazenamento n;o nos a=uda muito' =+ 2ue n;o armazenamos
os est*muos. Ta4ez se=a mais ade2uado eBpicar o em6rar n;o como um processo
reprodutivo' mas sim como um processo reconstrutivo' em 2ue aspectos de e4entos passados
s;o deri4ados ou reconstru*dos a partir do 2ue foi codificado.
88
Dado 2ue podemos afetar o em6rar interrompendo ou interferindo so6re o ensaio ogo depois
de um e4ento' n;o de4er*amos fiar surpresos por tam6&m faz#o' distorcendo#o ou interferindo
so6re ee mais tarde. %gumas distor3es do em6rar podem estar 6aseadas nas rea3es
temporais entre o e4ento em6rado e a recorda;o posterior 2ue introduziu ago no4oL o
dom*nio de um so6re o outro pode se re4erter dependendo da sua separa;o no tempo' em
rea3es reminicientes dos e4entos' mas essa re4ers;o se d+ na dire;o tempora oposta das
re4ers3es de preferncia em procedimentos de autocontroe.
H desen4o4imento de fasas memIrias podem ter origem em uma modeagem do
comportamento 4er6a' modificando os 8em6rares9 anteriores' podendo estas fasas#memIrias
se tornarem at& mais duradouras. N preciso produzir con7ecimento so6re este fen@meno para
2ue possamos inter4ir 2uando em6ramos (em reatos poiciais' por eBempo! sem e4antar
2uest3es egais ou &ticas.
Recupera;o: dependncia de pistas e acessi6iidade
:;o 7+ 2ua2uer pro6a6iidade de em6rar um item ou e4ento na ausncia de est*muos
discriminati4os correacionados com agumas propriedades do item ou e4ento a ser em6rado.
% caracter*stica nucear da recupera&o & a produ;o de condi3es simiares D2ueas 2ue
eBistiam durante a codifica;o e o armazenamento. Tais condi3es podem ser propriedades de
est*muos' propriedades reacionais entre est*muos e respostas e at& mesmo o conteBto. $or
eBempo' caso se codifi2ue ago 2uando 66ado' & mais pro4+4e recuperar 2uando 66ado do
2ue 2uando sI6rio.
$ro6emas da met+fora da 6usca:
\ %t& 2ue ponto a met+fora ida com a rapidez e a precis;o com 2ue os 7umanos podem
discriminar entre con7ecer aguma coisa e descon7ec#a5
\ $or2ue a 6usca de4eria e4ar mais tempo 2uando um item apropriado eBiste para ser
encontrado do 2ue 2uando n;o eBiste' e portanto 2uando a 6usca de4e eBaminar cada
item no armazenamento metafIrico5
%&m do pro6ema da rapidez com 2ue podemos dizer n;o con7ecer ago' a met+fora tam6&m
parece forada pea 4asta capacidade da memIria 7umanaL se n;o por 2ua2uer outro moti4o'
uma 6usca no aruivo da memIria a cada 4ez 2ue se 2ueira em6rar parece ineficiente. %
dependncia de pistas sugere uma 6usca mais restrita' imitada peas condi3es no momento
da recorda;o.
1 +ue > a metamem@ria=
H em6rar & um comportamento e o em6rar pode ser aprendido. :;o apenas aprendemos
padr3es de ensaio ou repeti;o e as t&cnicas mnem@nicas' mas tam6&m aprendemos a =ugar
as propriedades de nosso prIprio em6rar. H 2ue fazemos ao em6rar depender+' ao menos
parciamente' de conse2uncias passadas do nosso em6rar. $odemos' portanto' definir a
metamemIria com 6ase na diferencia;o e na discrimina;o do nosso prIprio em6rar.
89
MemIria corrente ou memIria de tra6a7o
%s atuaiza3es cont*nuas do 2ue & em6rado' pea eimina;o de aguns itens e acr&scimo de
outros' &' Ds 4ezes' c7amada de mem$ria corrente ou mem$ria de tra+alho (running ou Yorking
memory!.
% atuaiza;o constante do 2ue pode ser es2uecido e do 2ue de4e ainda ser em6rado & crucia
para um garom' por eBempo.
H em6rar discriminado
Hs aprendizes podem n;o apenas aprender a em6rar e a es2uecer de modo diferencia' por
eBempo' 2uando ees apresentam maior pro6a6iidade de em6rar tarefas inaca6adas do 2ue
de tarefas aca6adas' mas podem tam6&m discriminar entre as propriedades de seu prIprio
em6rar.
Kuando a paa4ra est na ponta da lngua' 4oc fre2uentemente pode mencionar sua etra
inicia' o n>mero de s*a6as' ou aguma outra propriedade' e tam6&m pode recon7ec#a
2uando se deparar com ea.
Tanto no armazenamento como na recupera;o' os aprendizes podem estimar a pro6a6iidade
do em6rarL geramente ' ees podem tam6&m discriminar entre nunca ter aprendido ago e ter
aprendido e depois es2uecido.
90
14 - A 'strutura do Lem6rar
:o cap*tuo anterior o interesse era como ea funciona4a' mas neste cap*tuo estaremos
interessados no 2ue & em6rado. %s an+ises do 2ue & em6rado' como as an+ises dos efeitos
do reforo' podem nos dizer ago acerca das propriedades das casses do comportamento.
G+ dois crit&rios para cassificar os comportamentos de em6rar: uma casse & definida peo
perodo de tempo no ual algo em6rado' a outra & peo ue em6rado.
% dura;o do comportamento de em6rar pode ser di4idida em trs fen@menos: ((! a
persistncia reati4amente 6re4e dos efeitos dos est*muosL (.! a manuten;o do responder
ocasionado por um est*muo' como no ensaioL e (0! em6rar apIs agum tempo decorrido' sem
ensaio. ?ssas casses tem sido respecti4amente c7amados de (! memIria ic@nica' (.! memIria
de curto prazo e (0! memIria de ongo prazo.
H 2ue & em6rado tam6&m ser+ eBaminado. ?Bempos de componentes desta casse s;o a
memIria episIdica ou auto6iogr+fica e a memIria sem<ntica.
Kem@ria cJnica
Hs efeitos de um est*muo podem continuar mesmo depois do t&rmino de sua apresenta;o.
Hs pIs#efeitos persistentes de est*muos 4isuais s;o c7amados de cones' e o tIpico c7amado
de mem$ria icInica trata de seu uso tempora. H eBperimento da p+gina 0"0 mostra 2ue os
efeitos sensoriais de um est*muo continuam por um 6re4e espao de tempo depois 2ue o
est*muo ten7a sido remo4ido. Hs efeitos dos est*muos auditi4os (mem$ria ec$ica! tendem a
diminuir mais entamente 2ue os efeitos dos est*muos 4isuais.
$or&m estes efeitos pouco eBpicam so6re o em6rar ao ongo de minutos ou dias.
Kem@ria de curto prazo
% propriedade definidora deste em6rar & 2ue a resposta & ocasionada por um comportamento
mediador' ta como o ensaio. Fom 6ase em eBperimentos' a dura;o dea & de curta dura;o
(de (Q a .Q segundos' p. eB.! e imitada a aproBimadamente - a ) itens.
Kem@ria de longo prazo
% memIria de ongo prazo ocorre depois da codifica;o e da recapitua;o eEou apresenta3es
m>tipas dos itens' e' assim' tem capacidade e dura;o iimitadas.
A estrutura da mem@ria
%gora cassificaremos os diferentes tipos de em6rar de acordo com a estrutura do 2ue &
em6rado. % rea;o entre o 2ue aconteceu e o 2ue & em6rado define a estrutura do em6rar.
91
MemIria de processamento e memIria decarati4a
Vem6rar de como as coisas s;o feitas & c7amada de memIria de processamento. % memIria
motora & um eBempo. % memIria motora pode ser distinguida em outras . casses: as
7a6iidades discretas' como datiografar e trocar a marc7a de carros com c<m6io manuaL e as
7a6iidades cont*nuas' como nadar ou dirigir um carro. Ga6iidades discretas tem maior
pro6a6iidade de serem es2uecidas do 2ue 7a6iidades cont*nuas.
% memIria declarativa & o em6rar 4er6a' em contraste com a memIria de procedimento' pois
& o em6rar 4er6a de como s;o feitas as coisas.
MemIria imp*cita e memIria eBp*cita
%guns tipos de em6rar n;o podem ser a4aiados simpesmente perguntando o 2ue agu&m
em6ra. ?sta & a 6ase para distinguir entre a memIria implcita e e,plcita. ?sses dois tipos de
em6rar est;o geramente integrados em adutos normais' por&m em pessoas com afasia a
dissocia;o & mais e4idente. :ees' est*muos 4er6ais podem ter efeito so6re o comportamento
4er6a su6se2uente (impicitamente em6rado! mesmo 2uando n;o podem ser reatados mais
tarde (n;o s;o eBpicitamente em6rados!.
MemIria episIdica e memIria sem<ntica
% memIria epis$dica ou auto+iogr'ica & a2uea 2ue en4o4e a recorda;o de episIdios de
nossa prIpria 4ida. H em6rar no cotidiano geramente en4o4e essa casse do em6rar.
% memIria sem(ntica & o em6rar de propriedades da inguagem: o emprego de paa4ras' os
idiomas e os aspectos funcionais da gram+tica.
?stas casses n;o s;o eBausti4as' e eBistem outras casses do em6rar. Cer p+gina 0-..
92
#5 - Cognio e -esoluo de Pro6lemas
1 +ue so processos cogniti(os=
:;o podemos 4er o 2ue agu&m est+ pensando ou imaginando. Mas assim como andar e faar'
imaginar & ago 2ue fazemos' e de4em ser tratados como comportamento' =+ 2ue operantes
n;o s;o definidos por sua topografia. N paus*4e supor 2ue ta comportamento tem ago em
comum com o comportamento de o7ar para e4entos no am6iente (podemos discriminar nosso
imaginar de nosso 4erL 2uando fa7amos em fazer isso' diz#se 2ue aucinamos!.
Um e4ento pri4ado &' por defini;o' acess*4e apenas D pessoa 2ue se comporta' mas a
inguagem de e4entos pri4ados de4e ser 6aseada' em agum grau' na2uio 2ue & pu6icamente
acess*4e D comunidade 4er6a. %ssim' as consistncias no reato dos e4entos pri4ados de4em
depender das consistncias nas rea3es entre os 4oca6u+rios pri4ados e p>6icos.
Kuando o comportamento n;o en4o4e um mo4imento' podemos registrar outras propriedades
do comportamento' como a dura;o ou a atncia. Um eBperimento acerca da mudana de
aten;o na p+gina 0-1 eBempifica esta afirma;o.
Amagina;o 4isua
Amaginar & um comportamento 4isua na ausncia do est*muo 4isua' e o 2ue se faz ao
imaginar & e2ui4aente ao 2ue se fez anteriormente com o6=etos reais.
Tratar o imaginar como um comportamento ao in4&s de ago 2ue a pessoa 8tem9 ou 8n;o tem9
e4anta a possi6iidade de 2ue o 4isuaizar possa ser ensinado. $or&m fatam estudos
sistem+ticos de tais fen@menos.
Simua3es
:osso imaginar n;o se imita D modaidade 4isua. :Is n;o apenas 4isuaizamosL mantemos
con4ersas imagin+rias' em6arcamos em 4iagens imagin+rias e desempen7amos a3es
imagin+rias. Todas essas s;o simua3es' imita3es na ausncia da estimua;o ree4ante de
agumas partes do comportamento 2ue podem ocorrer em 4+rias situa3es.
Representa3es mentais
H desen4o4imento de estruturas cogniti4as pode ser considerado como o desen4o4imento de
correspondncias entre a estrutura do am6iente e a estrutura do comportamento. %n+ises de
aprendizagem de conceito e estrat&gias est;o' Ds 4ezes' 6aseadas na demonstra;o de tais
correspondncias.
93
%s representa3es n;o eBistem nas pessoas eBceto em um sentido metafIricoL eas eBistem
em nosso prIprio comportamento discriminati4o 2uando o6ser4amos a pessoa se
comportando' e correspondem Ds correspondncias 2ue o6ser4amos nea ou em seu
comportamento.
-esoluo de pro6lemas
% an+ise de resou3es de pro6emas tm sido tratadas por a6ordagens cogniti4istas com
nfase so6re a estrutura do pro6ema. Mas ta an+ise tam6&m e4anta 2uest3es funcionais'
2uando' por eBempo' consideramos as condi3es 2ue podem tornar a sou;o de um pro6ema
mais ou menos pro4+4e.
% resou;o de pro6emas por m+2uinas & imitado ao 2ue o programador consegue programar:
apenas o comportamento go4ernado 4er6amente' como um sistema de regras ou orienta3es.
$or&m m+2uinas ainda n;o s;o modeadas peo am6iente' e seu desempen7o nunca acanar+
o desempen7o de comportamentos 2ue n;o podem ser 4er6aizados.
%ssim' estudos de resou3es de pro6emas em 7umanos en4o4em os efeitos da 7istIria do
soucionador de pro6emas na resou;o de pro6emas.
JiBa;o funciona
Fasos de fa7a em reso4er um pro6ema 2ue re2uer um uso incomum de materiais e
ferramentas comuns s;o' Ds 4ezes' descritos como eBempos de 'i,a&o ou rigide1 'uncionalL
os o6=etos ocasionam respostas apropriadas as suas fun3es cotidianas' mas n;o respostas
no4as apropriadas D sou;o do pro6ema (cap. (-: insensi6iidade Ds contingncias!.
% constru;o de sou3es
% resou;o de pro6emas & um comportamento. %s caracter*sticas discriminati4as da situa;o
definem o pro6ema. Jre2uentemente reso4emos pro6emas manipuando est*muos: fazer
uma consuta' con4erter um pro6ema 4er6a em uma e2ua;o matem+tica' etc. N importante
recon7ecer como podemos aterar nosso prIprio comportamento ao atera o am6iente.
94
Parte 8 - Concluso
#1 - 'strutura e 9uno da Aprendizagem
% maior parte da a6ordagem do i4ro cassificou os fen@menos da aprendizagem de acordo
com as opera3es eBperimentais. Fontudo' n;o 7+ garantias de 2ue a imposi;o de um
procedimento espec*fico a um dado comportamento de um organismo ser+ eficaz. Um
procedimento 2ue e4e um organismo a aprender pode n;o ser eficaz com outro' e um
organismo 2ue aprenda so6 um procedimento pode n;o aprender so6 outro. Tais resutados
n;o in4aidam nossa taBonomia comportamenta' por2ue as cassifica3es s;o meras formas
de nomear os fen@menos e reacion+#os uns com os outros. Asso n;o seria assim se
supus&ssemos 2ue toda a aprendizagem & 6aseada em um processo apenas ou em um
reduzido n>mero de processos 2ue atuam so6re todos os organismos e procedimentos.
Duas Psicologias da Aprendizagem, um resumo hist@rico
Hs procedimentos de aprendizagem n;o podem ser eBausti4amente eBpicados por um >nico
processo. %ssim' a 7istIria da psicoogia da aprendizagem' uma no4ea de confus3es e
contro4&rsias' tem sido contada' fre2uentemente' mais so6 um prisma dos teIricos e de seus
sistemas do 2ue em termos dos fen@menos da aprendizagem.
Fatania faa 2ue 7istoricamente 7ou4eram . psicoogias da aprendizagem: uma preocupada
com o condicionamento e aprendizagem anima' e outra preocupada com a aprendizagem
7umana e a memIria. $or&m as duas n;o de4eriam ser separadas:os fen@menos da
aprendizagem estudados com animais tam6&m ocorrem no comportamento 7umanoL a
natureza da aprendizagem 7umana compeBa & escarecida por an+ises com 6ase nos
processos eementaresL e' ta4ez o mais importante' o comportamento 7umano & caracterizado'
principamente' peo interc<m6io entre as respostas 4er6ais e n;o#4er6ais' cu=as origens ainda
estamos por entender.
N preciso identificar n;o apenas as propriedades de nosso comportamento 2ue s;o unicamente
7umanas' mas tam6&m a2ueas 2ue temos em comum com outros organismos.
N necess+ria uma >nica psicoogia da aprendizagem 2ue a6ran=a todos os tipos de
aprendizagem anima e 7umana.
2o6re 'strutura e 9uno, para construir uma psicologia da educao +ue integre estes
dois pro6lemas
Uma an+ise estrutural considera as rea3es entre os est*muos as respostas 2uest;o
mantidas constantes' en2uanto 4ariam propriedades crticas de um e de outro. H6ser4amos as
propriedades das unidades 4er6ais' as organiza3es 7ier+r2uicas na estrutura do teBto e as
correspondncias entre estrutura do est*muo e da resposta.
95
Uma an+ise 'uncional mant&m constantes os est*muos e as respostas de interesse en2uanto
4ariam as relaes entre os mesmos. ?studamos as intera3es entre comportamento e o
am6iente com 6ase nas rea3es de contingncia entre os est*muos discriminati4os' as
respostas e as conse2uncias.
Hs pro6emas estruturais e funcionais est;o fre2uentemente interreacionados' e n;o s;o
eBcudentes. Fontudo' na e4ou;o da $sicoogia' a distin;o entre as a6ordagens estrutura e
funciona tornou#se correacionada com outra distin;o' a2uea entre as inguagens da
$sicoogia cogniti4a e a do Me7a4iorismo.
:a Mioogia 7+ a distin;o entre estrutura' %natomia' e fun;o' Jisioogia' mas n;o 7ou4e um
cisma e2ui4aente ao da $sicoogia' por2ue as inguagens n;o di4ergem. H pro6ema da
estrutura e da fun;o' na Mioogia' foi reso4ido com o recon7ecimento de 2ue estrutura e
fun;o s;o am6as determinadas pea see;o. Seria rico para a $sicoogia da %prendizagem
se os pro6emas estruturais e funcionais fossem tratados como compementares' assim como
na Mioogia.
Aprendizagem e '(oluo
%s anaogias entre o comportamento e a Mioogia sugerem 2ue agumas sou3es apropriadas
D Mioogia ser;o apropriadas D %n+ise do Fomportamento. Cimos a import<ncia das descri3es
do 2ue ocorre na aprendizagem e demos prioridade a essas descri3es em detrimento de
teorias' mecanismos ou modeos.
% $sicoogia da %prendizagem procurou eBpicar a aprendizagem procurando fontes de
respostas (traos neurais' associa3es' estruturas cogniti4as!. Mas isso resutou em
retrocesso. De4er*amos utiizar o desen4o4imento do comportamento para definir as casses
comportamentais: e4ando em considera;o de onde 4ieram e como foram aprendidas.
1 termo LAprendizagemM
H termo aprendi1agem perde sentido frente a mutipicidade de fen@menos e procedimentos
onde ocorre a aprendizagem' especiamente por ee ser um conceito 2ue raramente se refere a
tais fen@menos. $odemos modificar 7ierar2uias comportamentais' modear no4as respostas'
construir casses de ordem superior' gerar discrimina3es' formar casses de e2ui4ancia'
reso4er pro6emas e criar no4os comportamentos por meio da adu;o.
H desen4o4imento da compreens;o destes fen@menos depende' em agum grau' de
desen4o4ermos uma inguagem consistente com eesL ta inguagem se desen4o4er+ com o
progresso das pes2uisas.
96