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Quatro: A Transferência: uma história da série Divergente
Quatro: A Transferência: uma história da série Divergente
Quatro: A Transferência: uma história da série Divergente
E-book53 páginas1 hora

Quatro: A Transferência: uma história da série Divergente

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Sobre este e-book

Um pouco mais sobre Quatro!
Os fãs da aclamada série Divergente, de Veronica Roth - autora bestseller do New York Times -, vão se empolgar com A transferência, a primeira de quatro novas histórias contadas sob a perspectiva de Quatro. Cada breve história explora o mundo da série Divergente pelos olhos do misterioso, mas carismático, Tobias Eaton, revelando facetas desconhecidas de sua personalidade, de seu passado e de seus relacionamentos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de abr. de 2014
ISBN9788581223759
Quatro: A Transferência: uma história da série Divergente
Autor

Veronica Roth

Veronica Roth is the No. 1 New York Times bestselling author of Divergent, Insurgent, Allegiant, and Four: A Divergent Collection. Ms. Roth and her husband live in Chicago. You can visit her online at www.veronicarothbooks.com

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    Quatro - Veronica Roth

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    DIVERGENTE

    INSURGENTE

    CONVERGENTE

    SUMÁRIO

    A Transferência

    Créditos

    A Autora

    A Transferência:

    uma história da série Divergente

    ACORDO DA SIMULAÇÃO com um grito. Meu lábio arde, e, quando afasto a mão dele, há sangue nas pontas dos meus dedos. Devo tê-lo mordido durante o teste.

    A mulher da Audácia que está administrando o meu teste de aptidão – Tori, como disse se chamar – olha para mim com uma expressão estranha ao prender o cabelo preto em um coque. Seus braços são marcados de cima a baixo com tatuagens: chamas, raios de luz e asas de gavião.

    – Enquanto estava na simulação... você tinha consciência de que não era real? – pergunta Tori ao desligar a máquina. Ela soa e age de forma natural, mas sua naturalidade é calculada, resultado de anos de prática. Percebo isso de imediato. Eu sempre percebo.

    De repente, ouço o meu próprio batimento cardíaco. Isso é o que meu pai disse que aconteceria. Ele sabia que me perguntariam se eu estava consciente durante a simulação. E me preparou para o que eu deveria responder.

    – Não – falo. – Se eu estivesse, acha que teria mordido o lábio deste jeito?

    Tori me estuda por alguns segundos, depois morde a argola em seu lábio antes de responder:

    – Parabéns. Você apresentou um resultado típico da Abnegação.

    Faço que sim com a cabeça, mas a palavra Abnegação é como uma corda ao redor do meu pescoço.

    – Não ficou satisfeito? – pergunta ela.

    – Os membros da minha facção ficarão.

    – Não perguntei sobre eles, perguntei sobre você. – Os cantos da boca e dos olhos de Tori desabam, como se carregassem pesos. Como se ela estivesse triste por algum motivo. – Esta sala é segura. Você pode falar o que quiser aqui.

    Eu sabia quais seriam as minhas opções no teste de aptidão antes mesmo de chegar à escola hoje de manhã. Escolhi a comida, e não a arma. Joguei-me na frente do cachorro para salvar a menininha. Eu sabia que depois de fazer essas escolhas o teste terminaria e o resultado seria Abnegação. E não sei se faria escolhas diferentes se meu pai não tivesse me preparado e controlado todos os aspectos do meu teste de aptidão a distância. Então, o que eu estava esperando? Qual facção queria?

    Qualquer uma. Qualquer uma, menos a Abnegação.

    – Estou satisfeito – respondo com firmeza. Não importa o que ela diz. Esta sala não é segura. Não existem salas seguras, assim como não existem verdades seguras ou segredos que possam ser contados com segurança.

    Ainda consigo sentir os dentes do cachorro se fechando no meu braço, rasgando a minha pele. Assinto para Tori e começo a caminhar em direção à porta, mas, antes que eu saia, ela agarra o meu cotovelo.

    – É você quem precisará conviver com a sua escolha – diz ela. – Os outros vão superar, seguir em frente, não importa a sua decisão. Mas você nunca conseguirá fazer isso.

    Abro a porta e saio da sala.

    +++

    Volto para o refeitório e me sento à mesa da Abnegação, entre pessoas que mal me conhecem. Meu pai não permite que eu frequente a maioria dos eventos da comunidade. Ele alega que eu causaria algum transtorno, faria algo para prejudicar a sua imagem. Eu não ligo. Fico mais feliz em meu quarto, na casa silenciosa, do que entre os membros deferentes e obsequiosos da Abnegação.

    No entanto, a consequência da minha ausência constante é que os outros membros da Abnegação desconfiam de mim, convencidos de que há algo de errado

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