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MAOMÉ: Vida e Pensamento
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MAOMÉ: Vida e Pensamento
E-book192 páginas2 horas

MAOMÉ: Vida e Pensamento

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Sobre este e-book

A Coleção Vida e Pensamento apresenta a a vida e o legado grandes sábios e pensadores que através dos séculos serão lembrados por virtudes como: bondade, grandeza, liderança, inteligência e sabedoria. Este volume conheceremos a Vida e Pensamento de Maomé; o líder religioso, político e militar árabe que, segundo a religião islâmica é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão. Um sábio que deixou como seu legado a unificação de praticamente todo o território Árabe sob o signo de uma nova religião, o islamismo, sob as normas do alcorão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jun. de 2020
ISBN9786586079258
MAOMÉ: Vida e Pensamento

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    MAOMÉ - Edições LeBooks

    cover.jpg

    Edições LeBooks

    Coleção

    Vida e Pensamento de

    MAOMÉ

    1a edição

    img1.jpg

    Isbn: 9786586079258

    LeBooks.com.br

    A LeBooks Editora publica obras clássicas que estejam em domínio público. Não obstante, todos os esforços são feitos para creditar devidamente eventuais detentores de direitos morais sobre tais obras.  Eventuais omissões de crédito e copyright não são intencionais e serão devidamente solucionadas, bastando que seus titulares entrem em contato conosco.

    Prefácio

    Prezado Leitor

    Seja bem-vindo ao primeiro volume da coleção Vida e Pensamento, onde serão apresentados a vida e o pensamento de grandes sábios e pensadores. Homens que através dos séculos serão lembrados por virtudes como bondade, grandeza, liderança, inteligência e sabedoria.

    Neste volume conheceremos a Vida e Pensamento de Maomé; o líder religioso, político e militar árabe que, segundo a religião islâmica é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão. E que deixou como seu legado a unificação de praticamente todo o território sob o signo de uma nova religião, o islamismo, sob as normas do alcorão.

    Uma excelente e edificante leitura

    LeBooks Editora

    "Se um homem tem pão nas duas mãos, deve trocar um deles por algumas flores, pois o pão alimenta o corpo, mas as flores alimentam a alma."

    Maomé

    Sumário

    Quem foi Maomé

    NOTAS PRELIMINARES:

    CAPÍTULO I - ESBOÇO RESUMIDO DA VIDA DO PROFETA

    CAPÍTULO II - A FÉ EM DEUS

    CAPÍTULO III - A UNIDADE DO GÊNERO HUMANO

    CAPÍTULO IV - A DIGNIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA

    CAPÍTULO V - A PRECE AO SENHOR

    CAPÍTULO VI - O SERVIÇO DA HUMANIDADE

    CAPÍTULO VII A CARIDADE

    CAPÍTULO VIII - A FORMAÇÃO DO CARÁTER

    CAPÍTULO IX - A RIQUEZA

    CAPÍTULO X - O TRABALHO E O ESFORÇO

    CAPÍTULO XI - A VIDA FAMILIAR

    CAPÍTULO XII - O ESTADO

    APRESENTAÇÃO

    Quem foi Maomé

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    Abul Alcacim Maomé ibne Abdalá ibne Abdal Mutalibe ibne Haxim, mais conhecido somente como Maomé - Muḥammad, Mohammad ou Moḥammed; (Nascido em Meca, ca. 25 de Abril de 571 — falecido em Medina, 8 de Junho de 632) foi um líder religioso, político e militar árabe.

    Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão. Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacó, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um califado que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.

    Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos, e o próprio Alcorão o estabelece. Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens a trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse os versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abacar.

    Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, teria declarado que é necessária proteção a estas religiões e informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.

    Porém, isto de acordo com a Enciclopédia Judaica, Maomé tornou-se cada vez mais hostil aos judeus ao longo do tempo quando percebeu que havia diferenças irreconciliáveis entre a religião deles e a sua, especialmente quando a crença em sua missão profética se tornou o critério de um verdadeiro muçulmano.

    Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Iatrebe (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que resultaram em geral na vitória de Maomé e de seus seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente todo o território sob o signo de uma nova religião, o islamismo.

    Prólogo:

    As seguintes páginas contêm um esboço resumido da vida do profeta Maomé, da reforma por ele instaurada e dos grandes princípios por ele dados à humanidade e baseiam-se quase que exclusivamente no Alcorão. O nome mais divulgado do profeta é Maomé, que significa digno de louvor. Era também conhecido por Ahmed, que significa o que louva. Alcorão é o título do livro que contém as Santas Escrituras que o profeta o assegura haverem sido reveladas por Deus. Este título tem, por si só, um sentido muito importante pois que significa: O que é (ou deve ser) recitado. A religião divulgada pelo profeta é a do Islam. Islam significa submissão. O sectário dessa religião é o muçulmano que quer dizer o que é submisso. Os termos maometano e maometismo nunca se popularizaram entre os adeptos dessa religião.

    O Alcorão foi revelado ao profeta, trecho por trecho e sua revelação durou vinte e três anos. Maomé começou a ser instruído com a idade de quatro anos e sua educação durou até o fim de sua vida. O Alcorão é dividido em 114 suratas. As mais longas foram subdivididas em seções (rukui). Cada capítulo é composto de um determinado número de versículos. Os capítulos são de comprimento desigual e os mais longos constituem aproximadamente uma décima segunda parte de todo o Alcorão: o mais curto é composto de apenas três versículos. Vários capítulos foram revelados de uma só vez, porém os mais longos foram revelados em vários anos.

    Alguns capítulos mais curtos foram revelados em. diversas vezes. Quando a revelação era feita parceladamente, o profeta indicava sempre o lugar exato dos versículos novamente revelados. Foi o profeta que no curso de cada capítulo dispôs os versículos como iremos encontrá-los. A disposição dos capítulos também é atribuída ao profeta. Logo após a revelação, cada trecho era anotado por escrito e decorado pelos companheiros do profeta. O Alcorão inteiro ficou gravado na memória dos seus discípulos e logo após a sua morte, os manuscritos existentes foram reunidos em ordem, pelo primeiro sucessor do profeta que foi Abu Bakr. Esta é a razão por que existe um só Alcorão para todos os muçulmanos do mundo.

    Aproximadamente dois terços do Alcorão foram revelados ao profeta em Meca, onde passou treze anos depois do Apelo. A outra terça parte lhe foi revelada em Medina, onde passou os últimos anos de sua vida. Na ordem em que foram deixados pelo profeta, os capítulos revelados em Meca juntam-se aos que foram revelados em Medina. A seguinte tabela dará ao leitor uma ideia aproximada da ordem cronológica dos capítulos conforme sua numeração atual:

    O Alcorão é, na opinião geral, a fonte principal e mais segura de todos os ensinamentos do profeta, pois nele se encerram todos os princípios. A Sunna, que significa caminho, lei, ou norma, que é a prática do profeta, constitui uma fonte secundária de sua doutrina. O Hadith, que significa coisa dita" e é, no senso técnico, a narração, a notação da Sunna. De fato, a Sunna e o Hadith abrangem os mesmos domínios do profeta: entretanto, o Hadith contém um tema mais desenvolvido, pois que além das ações do profeta, discorre sobre elementos de profecia e história. Desde o princípio, a Sunna e o Hadith foram reconhecidos como roteiros em matéria de religião. A necessidade, a força das leis e a conservação dos dogmas neles contidos datam da vida do profeta, apesar de somente muito mais tarde ter aparecido uma compilação do Hadith em forma de livro.

    A compilação do Hadith foi feita em cinco etapas antes de tomar a verdadeira forma do Musnad e do Djami. Este último completa e aperfeiçoa o conhecimento do Hadith, não somente por serem os dados nele contidos classificados por assunto, mas também por terem um sentido de crítica mais apurado. Nessa categoria, seis compilações foram reconhecidas pela ahl alsuima, como dignas de fé. São elas, o Bukhari, o Muslim, o Abu Dawud, o Tirmidhi, o Ibn Madja e Nasai. Entre eles, o Bukhari, primeiro colocado na ordem cronológica, é incontestavelmente o mais completo e na presente exposição, será frequentemente citado, mais do que qualquer outra compilação. Algumas vezes citaremos o Mishkat que contém um resumo do Hadith, extraído dos seus trabalhos acima mencionados e de alguns outros como o Baihaqui, o Dar Qutni etc., que também foram traduzidos para o inglês.

    Todas as referências feitas a seguir, sem indicação de nome, se reportam ao Alcorão. O primeiro algarismo representa o número do capítulo e o segundo o do versículo. As outras referências indicam o trabalho. Nas observações citadas nas compilações do Hadith, o primeiro algarismo representa o número do volume e o segundo, o do capítulo.

    Mohammed Ali

    CAPÍTULO I - ESBOÇO RESUMIDO DA VIDA DO PROFETA

    O Profeta Mohammed nasceu no ano 571 da era cristã, no dia 12 de mês lunar Rabi’t. Pertencia a uma das mais nobres famílias da Arábia, a dos Koraischitas, honoráveis guardas da casa sagrada de Meca, a Kaba, que era então o centro espiritual de toda Arábia. Na época de seu nascimento a Arábia estava mergulhada na mais profunda idolatria que até então reinara em qualquer país. A própria Kaba estava repleta de ídolos e em todas as moradias eram encontrados objetos de culto. Adoravam pedras naturais, monte de areia etc. Além dessa desenfreada idolatria universal e profundamente enraizada, os árabes eram, conforme observou Bosworth Smith, excessivamente materialistas.

    Tomai e bebei! Era o grito da maior parte dos poemas encontrados. Faltava toda crença numa existência além da morte e as criaturas não tinham nenhum sentimento de responsabilidade pelos seus atos. Todavia, os árabes acreditavam na existência dos demônios e atribuíam as moléstias à influência dos maus espíritos. A ignorância reinava em todas as classes e os meios nobres ousavam até se orgulhar dela. Não existia código sobre a moralidade e todos os vícios imperavam na Arábia. As práticas sexuais eram livres e nas assembleias públicas recitavam-se poemas obscenos. O adultério não era punido nem mesmo reprovado. A prostituição era aceita e até os notáveis exploravam os lupanares.

    As mulheres se encontravam na mais aviltante das situações, pior até da que lhes era atribuída pelas leis de Manou, no Industão. A mulher era simplesmente um bem móvel e longe de ter direito à herança, ela própria fazia parte dessa herança tendo os herdeiros direitos de dispor dela como bem lhes aprouvesse, mesmo que não quisessem tomá-la por esposa. O país não tinha governo fixo, não tinha leis e a força não se distinguia do direito. Os árabes pertenciam a uma única raça e falavam o mesmo idioma: todavia eram acentuadamente desunidos. Pelo menor pretexto se empenhavam em lutas, tribo contra tribo, família contra família. Os fortes calcavam sob os pés os direitos dos fracos e os fracos não encontravam nunca quem lhes fizesse valer os direitos. As viúvas e os órfãos estavam completamente desamparados e impotentes, os escravos eram tratados da maneira mais cruel.

    Foi dentre esse povo que nasceu Mohammed.

    Órfão de pai desde o nascimento, ficou órfão de mãe aos seis anos de idade. Descendia de uma das mais nobres famílias, a dos Koraischitas, mas nem ele nem seus companheiros sabiam ter ou escrever. Durante algum tempo Mohammed foi pastor de rebanhos, que era então uma das mais nobres ocupações. Adolescente ainda, posse a trabalhar no comércio e dada a sua elevada moralidade logrou destacar-se muito cedo entre seu povo. O Alcorão, que contém a descrição mais verdadeira e digna de fé da vida do profeta nos diz que ele possuía uma moral sublime. Mohammed levava uma vida retirada e só tinha por amigos homens que todos admiravam pelas suas grandes qualidades de espírito. Temos testemunhos fidedignos do seu grande amor pela verdade. Os mais arraigados inimigos de Mohammed foram desafiados e não encontraram um só erro que pudesse desaboná-lo durante os quarenta anos que passou entre eles antes de receber o Apelo de Deus. Desde a infância recebeu a alcunha de Al Almin, o fiel, dada a pureza de sua alma imaculada e o seu apego à verdade. Educado num país onde o culto aos ídolos era um dos fundamentos da vida social, Maomé, desde a infância, detestava a idolatria e o Alcorão nos afirma que jamais inclinou a cabeça diante de um ídolo. O próprio Sir William Muir confirma a beleza d’alma do jovem. Todas as informações obtidas concordam em atribuir ao jovem Mohammed uma modéstia de atitudes sem par e uma pureza bem rara nas criaturas de Meca. Em outra parte diz: Dotado de um gosto apurado e de um espírito sutil, reservado e meditativo, vivia sempre em retrospecção e sem dúvida encontrava intenso prazer em preencher com sábias reflexões as horas que os mais boçais consagravam aos divertimentos brutais e ao deboche. A boa reputação e a conduta impecável desse jovem modesto conquistaram a estima dos seus concidadãos e foi de comum acordo que lhe concederam a alcunha de Al Almin, o fiel".

    Nem ele nem seu melhor amigo de juventude, Abu Bakr, apesar de viverem num país onde imperava a embriaguez, davam-se ao vício da bebida e nunca tragaram uma gota sequer de álcool. O povo de Meca s:e distraía com jogos de azar. Mohammed nunca se interessou pelo jogo. Seu país era dado a guerras e à embriaguez: ele repudiava

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