A
Lusitânia que convido a visitar é uma viagem no tempo a uma região totalmente
romana que, com o fim das guerras civis internas, a partir do ano 27 a.C., no
reinado do imperador Augusto e “criador” da Pax
Romana, o Império Romano irá ter um longo período de paz e de estabilidade
durante quase dois séculos. A pacificação total da Hispania, designação dada pelos romanos à Península Ibérica, muito
contribuiu para que a vida quotidiana das populações se desenrolasse com paz, tranquilidade
e prosperidade, também será neste período de maior estabilidade que detalhes da
vida quotidiana daqueles que nos antecederam ficaram preservados para a
história, mesmo apesar de não existirem grandes espaços monumentais no nosso
território garanto-vos que vestígios não nos faltam encontram-se é dispersos um
pouco por todo o lado por vezes bem debaixo dos nossos pés. Motivo suficiente
para nos sentirmos pequenos nesta história? Óptimo, a ideia era essa, embarquemos nesta viagem pelos trilhos dos romanos pelo distrito de
Coimbra.
Coimbra
Na margem direita do rio Mondego, cresceu a cidade romana AEMINIUM (hoje
Coimbra) a meio caminho entre as cidades de Bracara
Augusta (Braga) e Olisipo
(Lisboa), da cidade que a actual Coimbra cobriu ficou o criptopórtico que suportava a área do fórum,
presentemente, no Museu Machado de Castro no canto sudeste do edifício.
Os limites da cidade estendiam-se pela margem paralela do rio
compreendendo o traçado da via romana, pela rua Direita, Largo do Poço seguindo
a rua Eduardo Coelho até à Igreja de S. Tiago na Praça do Comércio, continua pelo
lado nascente da Igreja de S. Bartolomeu, rua dos Gatos ao Largo da Portagem,
local da desaparecida Porta de Belcouce
e, travessia do rio Mondego. Admite-se uma outra alternativa a montante para a
travessia do rio junto ao Mosteiro de Santa Clara, após travessia a via romana
a Olisipo rumava a Conímbriga passando nas imediações do
Aeródromo de Coimbra onde estava instalado o acampamento militar de Antanhol.
Museu
Machado de Castro
Criptopórtico
Lápide honorífica dedicada ao imperador Constâncio Cloro I (293-306 d.C.)
Lápide honorífica dedicada ao imperador Constâncio Cloro I (293-306 d.C.)
Miliário dedicado ao imperador Calígula (37-41 d.C.)
Abertura e encerramento
Entrada Gratuita aos Domingos até às 14,00h
Terça-feira: 14,00h - 18,00h
Quarta-feira a Domingo: 10,00h - 18,00h
Duração estimada da visita
2 horas
Classificação
MONUMENTO NACIONAL
Murtede
Ara
Local: interior da Igreja Paroquial, incorporada na pia baptismal
Acesso: Murtede (EN234)
Rota I
Coimbra – Condeixa-a-Velha – Rabaçal (Penela) - Alcabideque
Condeixa-a-Velha
CONIMBRIGA
Terminadas as hostilidades com Cartago, anos
265-146 a.C., Roma iniciou um novo ciclo de campanhas militares cujo objetivo seria
a ocupação da Península Ibérica como já antes o tinham feito, os Gregos, os
Fenícios, os Cartagineses e os Celtas.
Nas campanhas de Decimus J. Brutus Galaico, em 139 a.C., os romanos chegam à “Terra
dos Cónios”, um povo que formaram diversos povoados na região do Mondego antes
de uma tribo celta lhes fazerem guerra e deslocarem-se mais para sul, mas no
povoado continuou a viver-se, tornando-se no mais importante de toda esta larga
zona mas não passava de uma aldeia feita de casas toscas dispostas ao acaso a
vida que se levava era a vida simples e rude de um povo de pastores. O local era
bonito, tinha a forma de cunha e ficava no alto, a oeste avistava-se a planície
verde, a sul e noroeste nas vertentes sul, a rocha que assentava desce quase a
prumo assim para quem aqui vivesse sentir-se-ia protegido, contudo, não era
difícil chegar por onde nasce o Sol.
Os romanos gostaram do local construiram e
fundaram CONIMBRIGA do povoado pré-existente próximo do acampamento
militar em Antanhol. A pacificação da Península, na dinastia de Augusto será “civitas”, mas será nas dinastias imperiais dos Flávios como “municipium” terá um forte impulso urbanístico e arquitetónico com as construções
do fórum, do anfiteatro, das termas, bem
como, na edificação das sumptuosas e faustosas “domus” e “insulae” (áreas
residenciais).
Nos finais
do séc. III d.C., a degradação militar nas fronteiras e a instabilidade interna
do Império, no reinado de Aureliano, anos 270-275 d.C., levou à fortificação de
algumas cidades, em Conímbriga, implicou na redução do perímetro da cidade sacrificando
a parte mais larga da cidade porque não era possível construir à pressa uma
muralha que desse a volta à cidade. As demolições da Casa dos Repuxos, Casa dos
Esqueletos, Casa da Cruz Suástica e de edifícios públicos, como o Anfiteatro e as
Termas da Muralha, foram sacrificadas para obtenção de matéria-prima na
construção duma muralha mais resistente e maior envergadura de 6 metros de
altura para permitir uma guarnição militar permanente, composta por escadas e
passeios de ronda.
No
ano 464, segundo documento escrito pelo Bispo Idácio, os Suevos chegaram à
cidade conseguindo prender toda a família de Cantanber, figura de importância que residia junto à porta
principal da muralha e, quatro anos mais tarde, sob a governação de Severo III,
romperam com a resistência da população entraram traiçoeiramente na cidade
pilharam-na causando grandes estragos a partir daí nunca mais Conimbriga se recobrou
da beleza de outrora. A falta de condições para os habitantes da cidade a única
solução foi a fuga para outros lugares com melhores condições de vida, entre os
quais se contava o Bispo e talvez os mais ricos e notáveis mudaram-se para a cidade
vizinha, Aeminium, bem situada junto
ao Mondego, no século VII, Conimbriga
ficou deserta.
Já
falei da muralha que os habitantes se viram obrigados a erguer ao começar do
século IV, no entanto, a cidade era muralhada anteriormente, em frente, do Museu
ainda há vestígios dessa defesa que deve ter sido ainda feita no tempo de
Augusto, que poderiam os romanos recear na altura? Quem os poderia enfrentar?
Ninguém. Por isso, a muralha servia apenas para dar dignidade à cidade marcando-lhe
os limites, hoje, podemos reconstituir a extensão máxima da cidade dos meados
do séc. I devido a troços existentes da muralha do Alto-Império aberta nas
principais vias de acesso, conhece-se uma Porta
em planta, do final do séc. I d.C. início do séc. II d.C., composta por três
passagens, uma central mais larga lajeada destinada à via e duas estreitas
laterais pedonais.
Muralha do Alto Império (séc. I d.C.) |
Muralha do Alto Império e Porta da cidade |
Mais
tarde, esse paredão antigo foi substituído por uma muralha fortíssima toda
feita em pedra bem ligada por argamassa tão resistente como o cimento de hoje,
construída nos finais do séc. III e inícios do séc. IV. A muralha do
Baixo-Império tinha três aberturas de passagem, a principal era a da entrada
principal, formava passagem abobadada e tinha a defendê-la um torreão de cada
lado e duas portas, a via entrava por aí dobrava junto da estalagem, passava por
baixo do aqueduto e saía a caminho do
norte por outra porta mais simples e desguarnecida, uma terceira abertura, apenas
porta de serviço, abria-se ao fundo perto do recinto militar.
A terra que a cobre deve ser toda retirada
para conhecermos bem o esplendor da cidade de outrora nos seus pormenores, por
ora, só uma pequena parte está a descoberto!
Porta a Norte a BRACARA AUGUSTA |
A
visita inicia-se no final do pequeno troço da via romana,
à direita, junto à muralha e porta principal, pela casa mais emblemática, a Casa dos Repuxos, era uma domus aristocrática, construída na primeira metade do século II d.C. sobre uma edificação anterior do século I, parcialmente aproveitada
e da qual se conservam as caves.
A fachada da casa era porteada,
bem como, o vestíbulo e o peristilium, na
entrada da casa à esquerda, as instalações do guarda, ao meio, o vestíbulo que
nos leva ao peristilo porteado com
colunatas ao redor e lago ornamental, preservando a estrutura original
hidráulica com mais de quinhentos repuxos, todos os pavimentos eram em mosaicos
representando cenas de caças, estações do ano, animais marinhos e passagens da
mitologia; o da representação mitológica do Minotauro, enjaulado no Labirinto de Creta, o mosaico de Perseu
ostentando a cabeça da Medusa.
Entrada da domus (1) |
Peristilo principal (2) |
Mosaico do Minotauro (labirinto de Creta) |
No peristilium
à direita, uma sala espaçosa onde o proprietário da casa recebia as pessoas
com quem tinha negócios a tratar, pavimentada com o mosaico do Centauro, animal de
cabeça e tronco humanos, patas de cavalo e cauda de peixe, ao fundo à esquerda,
a sala de recepção aos convidados e em frente ficava a magnífica sala de
jantar, o triclinium, que se abria para
o peristilium, o chão da sala era em mosaico,
excepto no topo, onde se desenha um U feito de pedra que se destinava aos
leitos, porque os romanos não comiam à mesa como nós mas reclinados em sofás
para tomarem as suas refeições demoradas e alongadas. Esta sala era bem
iluminada recebendo a luz pela porta que entrava do pátio e em cada parede
abria-se uma larga janela por onde entrava não só mais luz mas também a
frescura de um lago que corria fora à volta do salão, pelo contrário, os aposentos
eram fechados e bastante escuros com poucas aberturas para o exterior.
Escritório e mosaico do Centauro |
Mosaico do Centauro |
Triclinium (3) |
Triclinium (3) |
Triclinium, cozinha e copa |
Salas de recepção com acesso ao triclinium |
Mosaico da sala de recepção |
Mosaico do Outuno |
Ao cimo da habitação à direita, um corredor
que acedia aos quartos de dormir, as cubículas,
abrindo-se para um outro peristilo mas pelo facto de a casa ser muito grande
fizeram-lhe outros peristilos de menores dimensões dos lados, por fim na parte
superior, as instalações dos criados, a copa, a cozinha e um quintal ou jardim.
Por vezes as casas tinham caves para
arrecadar alimentos, lenha, água e outros artigos, nesta habitação situava-se à
esquerda por uma escadaria e nela se encontra a latrina.
Latrina (4) |
O
Sector Sul, junto à muralha e porta
principal à esquerda, foi habitado do século I ao IV e abandonado para a
construção da muralha sobre a rua que lhe dava acesso e convertido em cemitério
durante o século V. Este
sector inclui um edifício comercial com
criptopórtico
e um grande corredor de acesso a várias lojas de um lado e outro da via
contígua à Casa dos Repuxos, a Casa da
Cruz Suástica, devido ao motivo geométrico que decora o pavimento do triclinium, a Casa dos Esqueletos, nome derivado à descoberta de inúmeros
esqueletos nesta casa convertida em necrópole, em comum a ambas as casas é a
preservação do peristilium que se
abre para o triclinium de grande
dimensão e a outros aposentos da casa.
Ao pé
da muralha e cortada por ela as Termas
da Muralha, mais antigas que as restantes e muitas vezes remodeladas destruíram-nas
quando foi preciso reduzir o tamanho da cidade, é um edifício público mal
conservado, diversas transformações e aluimentos do seu subsolo tornam difícil
a identificação dos espaços, encontra-se separada da Casa dos Esqueletos por
uma pequena rua transversal onde se abriam três pequenas lojas comerciais que
faziam parte do edifício da Casa dos Esqueletos mas eram independentes. Ainda
que pequenas indiciam uma utilização simultânea para homens e mulheres, têm
numa extremidade uma piscina, a meio
do edifício, as fornalhas e as salas de banhos quentes e tépidos, e na outra
extremidade uma banheira para banhos quentes talvez destinada ao sexo feminino
junto ao laconicum em forma de círculo
com espaldar, colocada ao centro de uma sala talhada na rocha e revestida de
ricos mármores, dão a noção do luxo deste edifício público.
Natatio (3) |
Natatio (1) |
Lacónico (5) |
Uma
vez transposta a muralha e a porta principal, à esquerda, a Casa de Cantaber, datada provavelmente do século I d.C., durante a dinastia Flaviana,
é uma domus sumptuosa de uma família
rica e distinta da cidade que ocupava todo um quarteirão, era tão grande que
tinha cerca de quatro dezenas de aposentos distribuídos por cinco áreas, todas elas
com peristilos laterais, permitindo
deste modo a entrada de luz aos aposentos.
A
entrada da casa tinha um pórtico monumental virado para uma praça, a entrada da
casa era espaçosa comunicando directamente a um peristilium com colunatas soberbas a rodeá-lo e um majestoso jardim
ornamental, abrindo-se para a sala de jantar, o triclinium.
Entrada da domus |
Peristilo (1) |
Triclinium (sala de refeições) |
Peristilo lateral |
Peristilo lateral |
A
casa possuía ainda termas privativas
cumprindo todos os requisitos satisfazendo todos os desejos e caprichos do modus vivendi dum autêntico romano.
Entrada das termas privativas da domus |
Frigidarium (1) |
Apodyterium (vestiários) e latrina |
Frigidarium (1) |
Caldarium (2) |
Nas
traseiras da Casa de Cantaber, os alicerces de uma Basílica Paleocristã com três naves, adaptada de uma edificação anterior,
conserva a capela-mor de forma rectangular e voltada para nascente, a nave e o
baptistério, a pia baptismal, num aposento muito espaçoso em cujo centro que
mais parece, a quem esteja desprevenido, o tanque de um peristilo.
Altar |
Baptistério |
Na
praça e junto à muralha a continuidade da via romana que vinha de Olisipo e entrava na cidade após a
passagem na porta principal dobrava junto à hospedagem,
passava por baixo do arco do aqueduto a caminho do norte, a Bracara Augusta, por outra porta mais
simples e desguarnecida.
Ocupando
todo este quarteirão, a Ínsula do
Aqueduto, um edifício comercial e residencial tinha pelo menos três pisos, na
zona central a cisterna, o Castellum, que abastecia a cidade, de
planta quadrangular. A água vinha de longe, duma nascente em Alcabideque, a
cerca de três quilómetros, onde ainda se conserva a torre que a captava, daí
seguia por um canal subterrâneo e por uma conduta aérea em forma de arcaria (aqueduto) que atravessa a muralha do
lado norte, formando sobre a via romana um elegante Arco para despejar a água num depósito que a decantava, aí começava
a ser feita a distribuição através de uma rede subterrânea de canos de chumbo pelos
diferentes bairros, termas e fontes da cidade. Em muitos pontos da cidade
topa-se com os respiradores dos colectores que eram cobertos com uma tampa de
pedra na qual se desenhava uma roseta pode-se ver uma destas rosetas no chão em
frente à Casa de Cantaber.
Castellum (reservatório de água) |
Encostado
ao Aqueduto as Termas do Aqueduto,
um conjunto balnear público de pequena dimensão, típico do século IV d.C., correspondem
a uma remodelação posterior daquilo que tinha sido originalmente, um edifício
público muito maior que teve de ser sacrificado para a construção da muralha.
Das
termas adossadas ao aqueduto resta apenas o frigidarium
e as infra-estruturas de aquecimento. A entrada deste complexo termal devia
efectuar-se pela via a oeste a qual contornava uma área residencial. O acesso,
não é muito claro, seria efectuado após passagem pelos vestiários, o apodyterium, passando uma porta
conduz-nos ao frigidarium delimitado
a sul pela parede do aqueduto, de seguida, poderia se deslocar à natatio, a Este, decorada com uma
pequena abside ladeada pela escadaria de acesso, ou aceder às salas aquecidas através
de uma porta com recorte em abside. As duas absides opostas mais próximas do
frigidário deveriam ser a sala de banhos tépidos, o tepidarium, e a seguir a sala de banhos quentes, o caldarium, aquecidas através de um
sistema de aquecimento, assente sobre suspensurae
(arcos em tijoleira), o hypocaustum,
onde circulava o ar quente proveniente das praefurnia
(fornalhas) sobre as quais eram colocadas as caldeiras geralmente de bronze
onde a água aquecida era conduzida através de canalizações em chumbo às salas
dos banhos quentes.
Forum, Templo e Basílica
A praça pública, o templo, mercado e tribunal, foram construídos no tempo do
imperador Augusto, um segundo fórum foi
em parte construído sobre o anterior durante a dinastia dos Flávios, anos
69-96, através dos reinados de Vespasiano e seus dois filhos Tito e Domiciano, e
dedicado quase exclusivamente à função religiosa do culto imperial.
Desde
a morte de Augusto que os imperadores tentaram a sua permanência no poder pela
assunção divina e o culto imperial tornou-se no principal meio de coesão do
império, deste modo, no local do antigo fórum
cívico era construído um grande santuário dedicado ao culto imperial centrado
num templo e pórticos monumentais a diferentes alturas a rodeá-lo, na praça
central estariam monumentos honoríficos aos habitantes e magistrados da cidade.
A
praça pública era o centro de qualquer cidade romana dela
partiam e a ela vinham dar as ruas da cidade, o local de encontro da população,
das decisões a tomar, onde se afixavam editais públicos ou eram lidos, em voz
alta, as decisões emanadas do senado, em Roma. A Basílica no tempo de Augusto era um edifício comprido ocupando toda
a parede leste do fórum com duas
fiadas de colunas a dividir o grande espaço em três naves, no interior
situavam-se várias repartições ao exercício da justiça e às operações
monetárias, é provável que o edifício tivesse um piso superior no formato de
galeria. Em frente da basílica,
abria-se, junto das lojas, uma larga escada de pedra que nos conduz à cripta do
Templo do fórum ocupando todo o lado norte, coexistiu com o bairro indígena
cujos vestígios se conservam.
Entrada para a praça pública do forum |
Ínsula a oeste do forum |
Ínsula a norte das termas |
Casa do medianum
absidado
– edifício comercial e residencial, que deve o seu nome ao pátio central, que
dava ar e luz às habitações.
As Termas de Trajano, localizadas a sul do
fórum, era um edifício imponente localizado
a sul do fórum tinha duas áreas
abertas nas extremidades e uma fechada destinada aos banhos na parte central.
A
entrada do complexo termal era aberta, centrada numa grande natatio, para aceder ao interior do
edifício fazia-se por duas portas de acesso a uma sala com dupla
funcionalidade, de vestiário (apodyterium)
deixando os seus pertences em nichos reconstituídos na parede sul da sala e de frigidário
(frigidarium), ladeada por dois
tanques de água fria, nesta sala existiriam duas portas, uma à direita e outra
à esquerda, ambas acediam a uma sala rectangular de banhos tépidos, o tepidarium, daqui podia optar passar à
sala do caldário (caldarium) ladeado
por dois tanques de água quente ou ao lacónico (laconicum), a Este do tepidário.
Natatio exterior ao edifício |
Entrada do edificio e os tanques do frigidarium |
Tanque da direita |
Tanque da esquerda |
Áreas do tepidarium e caldarium |
Da natatio, por um pórtico situado a oeste ia-se
para outra área aberta do complexo termal, a palaestra ou ginásio, descendo-se uma monumental escadaria.
Quando
os romanos pretenderam ampliar o povoado pré-romano de Conímbriga para o transformarem
na cidade que idealizavam, deixaram dentro do perímetro da muralha do
Alto-Império uma larga extensão de terreno incluindo um vale profundo, não
adequado à construção de habitações, crê-se desde logo que foi destinado para a
construção do grande edifício para espectáculos – o Anfiteatro. A sua importância não impediu que, em finais do século
III, tivesse que ser demolido para fornecer matéria-prima à construção da
muralha. Desta grandiosa construção tão importante para a vida da cidade de Conimbriga
quase ou nada se sabe por enquanto, sabemos que tinha uma planta elíptica e o
sítio onde ficavam as entradas e o tamanho que tinha, o resto desapareceu para
sempre ou é ainda, em parte, guardado pela terra.
Museu Monográfico de Conímbriga
Ficha
técnicaAbertura
e encerramentoEntrada
Gratuita aos Domingos até às 14,00hTerça-feira:
14,00h - 18,00hQuarta-feira
a Domingo: 10,00h - 18,00hDuração
estimada da visita
2
horas
Classificação
MONUMENTO NACIONAL
Miliários (2) a Constâncio CloroMiliário a TácitoMiliário a Galério Maximiano
Alcabideque (Condeixa-a-Nova)
Castellum e Tanque
Os romanos aproveitaram uma nascente próxima para abastecimento de água à cidade de Conímbriga, a cerca de 3 quilómetros, construindo um castellum e um aqueduto, em finais séc. I a.C., designado Caput Acquae, actual topónimo de Alcabideque, uma arabização do nome latino.
Dessa
época preservou-se a torre que
protegeu a nascente e o tanque
semicircular, sob a torre de captação é possível ver o poço de decantação
das águas e partia o aqueduto que abastecia a cidade para a época este era de
pequena dimensão, distinguindo-se dos demais pela capacidade técnica porque
grande parte do traçado é subterrâneo a uma profundidade de sete metros,
emergindo em alguns troços aéreos ao aproximar-se da cidade.
Coordenadas:
40º 06´23.4” N 8º 27´54.6” W
Rabaçal (Penela)
Villa Romana do Rabaçal
A poucas milhas romanas de Conimbriga
na via romana entre Olisipo e Bracara Augusta uma prestigiada família
fixou a sua residência permanente ao construir uma faustosa villae, isto é, o que se designa como uma
vila áulica. Este género de construções multiplicaram-se essencialmente, a
partir dos séculos III e IV, no movimento que tem sido identificado como da fuga para o
campo levando a que grandes senhores se refugiem no campo mercê das turbulências
sociais mais frequentes nos grandes centros urbanos.
A villa romana do Rabaçal, datada do século IV d.C., possuiu, a pars rústica (alojamento dos servos e escravos), a pars frumentaria, armazéns de apoio à agricultura (celeiro, lagar), a pars urbana (residência do proprietário), separada por um valado dominando uma ligeira elevação, a norte, da área dos balneários, como preceitua Vitrúvio, no século I a.C., cumprindo uma das normas fundamentais de segurança na prevenção contra incêndios, o afastamento e separação da área residencial dos balneários onde funcionavam as fornalhas a lenha para aquecimento da água para os banhos, conhece-se a pars rustica, a pars urbana e os balneários mas somente a área visitável é a pars urbana (residência senhorial).
A villa romana do Rabaçal, datada do século IV d.C., possuiu, a pars rústica (alojamento dos servos e escravos), a pars frumentaria, armazéns de apoio à agricultura (celeiro, lagar), a pars urbana (residência do proprietário), separada por um valado dominando uma ligeira elevação, a norte, da área dos balneários, como preceitua Vitrúvio, no século I a.C., cumprindo uma das normas fundamentais de segurança na prevenção contra incêndios, o afastamento e separação da área residencial dos balneários onde funcionavam as fornalhas a lenha para aquecimento da água para os banhos, conhece-se a pars rustica, a pars urbana e os balneários mas somente a área visitável é a pars urbana (residência senhorial).
A villa tinha acesso ao exterior através
de duas entradas, uma entrada, em forma octogonal, torre de vigia, comunicando também com a outra entrada, talvez a
principal da residência, por uma porta aí existente, à esquerda, ambas
passariam junto às instalações do guarda da casa e transposta a entrada conduz-nos
a um peristilo central octogonal, porteado,
todo ele rodeado por colunatas, embelezado com jardim e fonte interior a
ornamentá-lo, permitindo a entrada de luz natural e arejamento aos aposentos,
porque os romanos não apreciavam o contacto com a rua.
Torre de vigia, entrada da villa e poço (à esquerda) |
Toda
a área residencial se desenvolve em torno do peristilo, a copa e a cozinha, os quartos (cubículas), as instalações dos criados, contudo, duas grandes salas
sobressaem, o triclinium triabsidado,
a sala de jantar onde eram servidas as refeições com que presenteava os seus convidados
em requintados banquetes e a sala de recepção, a sala destinada ao convívio e
confraternização.
Triclinium |
Quarto principal |
Pavimento
das salas em mosaicos policromáticos com motivos geométricos e figurativos, o mais
significativo que retracta as quatro estações do ano, representadas por quatro
nobres damas com influência europeia, africana e oriental, está no corredor
oeste do peristilo, desde logo seria
motivo de atracção mas fica a frustração pois estão cobertos.
Museu do Rabaçal
Está
patente uma exposição permanente contendo elementos da cultura material romana,
constituída por peças recolhidas aquando dos trabalhos de escavação na villa, por diversas cerâmicas, metais,
epígrafes, moedas, objetos de adorno, vidros e decorações parietais de mármore,
a colecção é dividida em vários temas: epigrafia, quotidiano, atividade
económica e arquitectura.
Miliário ao imperador Décio (249-251
d.C.) da milha VIII a
Conímbriga
Ficha
técnicaAbertura
e encerramentoVisita
é acompanhada no localTerça-feira
a DomingoManhãs:
10,00h – 13,00hTardes:
14,00h -18,00hEncerra:
Segunda-feira e FeriadosDuração
da visita
30
minutosClassificação
IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICOCoordenadas:
40º 02´14.2” N 8º 27´30.6” W
Ficha técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
40,7 Kms
Duração recomendada
1 dia
Rota II
Coimbra – Oliveira do Hospital – Travanca
de Lagos – Lagares da Beira - Lourosa
Oliveira do
Hospital
BOBADELA “SPLENDIDISSIMAE CIVITATIE”
Bobadela, hoje é uma freguesia de Oliveira de Hospital mas há dois mil
anos foi local privilegiado onde os romanos fundaram uma cidade, ainda hoje desconhece-se
qual seria o seu nome original latino por não ter sido descoberta qualquer referência
que esclareça a dúvida apenas se conhece que seria “splendidissimae civitas”,
pela inscrição na fachada da Igreja Matriz sobre a porta principal, da tradução
do texto poderá depreender-se que Julia
Modesta, esposa de C. Cantius
Modestinus, refez as portas do fórum
às suas expensas. Outras duas inscrições são ainda observáveis na torre sineira da Igreja Matriz:
Inscrição
SPLENDIDISSIMAE CIVITATI E A JÚLIA MODESTA
NEPTVNALE
Inscrição
IULIAE
GNE FLAVINA
I
IULIUS RUFUS PATRONAE
D D
A existência de um acampamento militar a
cerca de 30km, perto de Secarias (Arganil), aliada à riqueza de recursos
naturais em muito terá contribuído para o desenvolvimento económico e social da
civitas e municipium já na dinastia dos Flávios, anos 69-96 d.C., no reinado
de Vespasiano e seus dois filhos Tito e Domiciano. Do esplendor temos o privilégio de conhecermos a
localização do fórum, o espaço
nevrálgico da capital de civitas que
teve a partir da época Julio-Claudiana
um importante surto de obras que atingiram o seu auge na época flaviana ou mesmo Trajaniana.
No início o fórum de Bobadela era todo um
grande complexo monumental isolado por um muro do resto da cidade, ainda se
pode observar partes desse muro, que terá adotado o modelo de basílica, isto é,
situada no lugar mais quente para dar abrigo aos comerciantes no Inverno, segundo
o arquiteto e engenheiro Vitruvio, o
fórum era a grande praça pública
rodeada por pórticos e edifícios que frequentemente se encontrava próxima da
confluência de duas vias principais de uma cidade romana, o cardus maximus e o decumanus maximus. Mais tarde, na época posterior à municipalização
da cidade, o interior do forum
comportava um templo principal
consagrado ao culto imperial, desconhecendo-se quaisquer estruturas relativas à Curia ou à Basílica.
Na praça encontra-se um dos dois ex-líbris da antiga cidade, o Arco Romano, corresponderia muito provavelmente uma das entradas, o acesso nascente ao fórum para a praça pública ainda mantendo um pequeno troço de calçada, entre os inúmeros achados um dos mais notáveis é a cabeça monumental de um imperador romano mas devido à sua degradação é difícil a sua identificação, Tibério (14 d.C.-37 d.C.) ou Domiciano (81 d.C.-96 d.C.), a original encontra-se no Museu Machado de Castro, em Coimbra.
Muralha envolvente à praça pública e forum |
Busto do imperador Domiciano |
O segundo, o Anfiteatro, edificado nos inícios do
século II d.C., mas durante o século IV é abandonada a sua utilização devido à crise
interna instalada, em Roma. Tinha uma ampla arena de formato elíptico com bancadas
de madeira e amovíveis permitindo uma variedade de espectáculos, hoje em dia
designámos por pavilhão multiusos, as entradas para o recinto era pelas extremidades
norte e sul, tinha seis compartimentos quadrangulares, os cárceres, de dimensões distintos para os gladiadores e para os
animais.
Percorrer a pé as pequenas ruelas é o mais
aconselhado, pois vestígios romanos não faltam espalhados nesta povoação à
porta das casas ou a servir de apoio a quintais aos alpendres, observar-se-ão capitéis, colunas e silhares na rua
Emília Pestana Coelho, ao meio da rua à direita, um capitel colocado em posição invertida permitindo o repouso e a contemplação, para terminar no caminho para o cemitério, a ponte romana sobre o rio Cavalos que servia a via romana de ligação
ao litoral, Mealhada a Coimbra e, ao interior, Viseu a Mangualde.
Ponte Romana de Bobadela
Via romana: Coimbra a Bobadela
Acesso: Bobadela, junto ao cemitério
Museu
Dr. António Simões Saraiva e Centro InterpretativoFicha técnicaAbertura e encerramentoQuarta-feira a Sexta-feira: das 14,00h às
17,00hSábados e DomingosManhãs: das 10,00h – 12,00hTardes: 14,00h – 17,00h**No Verão encerra às 18,00hEncerra: Segundas, Terças e FeriadosDuração estimada da visita
Museu
Dr. António Simões Saraiva e Centro InterpretativoFicha técnicaAbertura e encerramentoQuarta-feira a Sexta-feira: das 14,00h às
17,00hSábados e DomingosManhãs: das 10,00h – 12,00hTardes: 14,00h – 17,00h**No Verão encerra às 18,00hEncerra: Segundas, Terças e FeriadosDuração estimada da visita
30 minutos
Coordenadas: 40º 21´37.2” N 7º 53´33.9” W
Anta Pinheiro dos Abraços
Ficha
técnicaLocalEstrada
a Bobadela de Oliveira Hospital – sinalizada na estrada nacionalDistância
percorrida3,0 Kms
Duração
da visita
15 minutosClassificaçãoIMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICOCoordenadas:
40º 22´01.5” N 7º 52´46.4” W
Travanca de Lagos
(Oliveira do Hospital)
Ponte das Roçadas “Romana”
Via
romana: Viseu a Bobadela
Acesso:
Andorinha (CM1313), a partir do Largo José
Pais, seguir rua dos Outeirinhos alcatroada até ao seu termo, num pequeno largo
o caminho faz-se em terra batida a descer, passa-se habitação com estruturas em
ruínas, aqui o caminho bifurca, à esquerda e depois à direita até à ponte.
Coordenadas: 40º 24´34.6” N 7º 54´36.6” W
Coordenadas: 40º 24´34.6” N 7º 54´36.6” W
Lagares da Beira (Oliveira
do Hospital)
Calçada Romana (pequeno troço)
Via
romana: Viseu a Bobadela
Acesso:
Lagares da Beira (EM502), sinalizada na estrada, o
troço inicia-se pouco baixo de habitação particular e algum cuidado com os cães
pois costumam estar soltos
Coordenadas: 40º 23´46.3” N 7º 52´05.1” W
Coordenadas: 40º 23´46.3” N 7º 52´05.1” W
Lourosa
(Oliveira do Hospital)
Coordenadas: 40º 19´03.3” N 7º 55´55.8” W
Ficha técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
88,2 Kms
Duração recomendada
1 dia
Rota III
Coimbra – Tábua - Midões
Tábua
Ponte Antiga
Estado de conservação: submersa pela Barragem da Agueira
Via
romana: Coimbra a Bobadela
Acesso:
Tábua (EN234-6)
Coordenadas: 40º 22´21.4” N 8º 03´18.6” W
Coordenadas: 40º 22´21.4” N 8º 03´18.6” W
Calçada Romana da Pedra da Sé
Construção:
séc. I d.C.
Via
romana: Coimbra a Bobadela
Acesso:
Tábua (EN234-6), junto ao rio Mondego e
antiga ponte ou Pedra da Sé
Classificação: Imóvel de
Interesse Público
Coordenadas: 40º 22´20.7” N 8º 03´15.9” W
Coordenadas: 40º 22´20.7” N 8º 03´15.9” W
Midões
(Tábua)
Alguns
historiadores defendem que um célebre, C.
Cantius Modestinus, possuidor de uma fortuna que ultrapassava o censo
equestre de 400.000 sestércios relacionada à exploração aurífera ou por se
tratar dum cavaleiro, mandou construir no séc. I d.C. quatro pequenos Templos ou Templetes, dois em Bobadela, com duas inscrições dedicadas, a Vitoria e
ao Genio do
Municipium, e outros dois em Idanha-a-Velha, a Venus, conhecida deusa do Amor e da
Beleza e, a Marte,
deus da Guerra e filho de Jupiter, semelhante ao que se encontra na ponte romana de Alcántara, em Espanha.
Através destas construções quis aliar a Beleza e a Paz, replicando a recente
conquista do território pelo Império Romano. Pouco se sabe desta personagem, se
casou, se teve filhos e quantos, mas sabe-se que teria o mesmo nome de seu pai
por uma inscrição romana que pode ser
vista, em Idanha-a-Velha na fachada lateral da Basílica.
As
duas inscrições dos dois templos
construídos que existiram, em Bobadela, encontram-se na Capela de S. Sebastião,
em Coito de Midões, visíveis na
parede exterior do lado sudeste, em baixo, duas belas pedras, cada uma com sua
epígrafe, assinalando a sua construção.
Epígrafe
Local: Encastrada em
muro de habitação, na rua Engenheiro Macedo dos Santos nº 119 (indicia a
edificação de uma ponte ou fonte em honra ao imperador Tito) –
pouco perceptível
Acesso:
sentido Midões e seguir a Póvoa de Midões
Ponte de S. Geraldo
Via
romana: Viseu a Bobadela por
Ferreirós do Dão
Acesso:
Coito de Midões a S. Geraldo (CM1304) a uma centena de metros da ponte romana de Sumes
Coordenadas: 40º 22´15.8” N 7º 57´11.1” W
Coordenadas: 40º 22´15.8” N 7º 57´11.1” W
Ponte Romana de Sumes
Via
romana: Viseu a Bobadela por
Ferreirós do Dão
Acesso:
Coito de Midões a S. Geraldo (CM1304), sinalizada na estrada, por caminho
de terra batida
Classificação:
Imóvel de
Interesse Público
Coordenadas: 40º 22´15.2” N 7º 57´16.5” W
Coordenadas: 40º 22´15.2” N 7º 57´16.5” W
Ficha técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
70,2 Kms
Duração recomendada
1 dia
Rota IV
Coimbra – Penacova – Vila
Nova de Poiares - Moura Morta
Penacova
Epitáfio de Frontoni
Local: Encastrado
na parede de um compartimento da sacristia da Igreja Matriz
em
breve (imagens)
Vila Nova de Poiares
Ponte Romana-Medieval de
Mucela
Via
romana: Condeixa-a-Velha (Conimbriga) a Bobadela
Acesso:
Ponte de Mucela (EN17)
Coordenadas: 40º 15´11.2” N 8º 11´58.5” W
Coordenadas: 40º 15´11.2” N 8º 11´58.5” W
Moura Morta
Ponte Antiga
Estado
de conservação: pedonal – vestígios (origem romana?)
Via
romana: Condeixa-a-Velha (Conimbriga) a Bobadela
Acesso:
Moura Morta, desvio na Ponte de
Mucela
Coordenadas: 40º 14´38. 4” N 8º 11´45.6” W
Coordenadas: 40º 14´38. 4” N 8º 11´45.6” W
Ficha técnica
Época
recomendada
TODO
O ANO
Distância
percorrida
55,8
Kms
Duração
recomendada
1
dia
Rota V
Coimbra – Góis - Secarias – Coja - Avô
Coja
Miliário ao imperador Teodósio I (379-395 d.C.)
Local: Capela da Sra. da Ribeira
Acesso: Coja em direção a Vale, a Capela fica do lado esquerdo
Acesso: Coja em direção a Vale, a Capela fica do lado esquerdo
Secarias
Castellum da Lomba do Canho
Acampamento Militar junto ao rio Alva
Classificação: Imóvel de Interesse Público
Avô
Calçada Romana
Característica: falta reconhecer o local
Via
romana: Viseu
a Bobadela
Acesso: Avô, ligando à Aldeia das Dez
Acesso: Avô, ligando à Aldeia das Dez
Coordenadas: ---
Calçada Romana
Calçada Romana
Calçada do Bairro de Stº.
António
Característica: falta
reconhecer o local
Via
romana: Viseu
a Bobadela
Acesso: Avô
Acesso: Avô
Coordenadas: ---
Góis
Calçada Romana
Característica:
calçada ao
cemitério – falta reconhecer o local
Via
romana: Coimbra a Bobadela
Acesso: Góis
Acesso: Góis
Coordenadas: ---
em
breve (imagens)
Ficha técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
78,4 Kms
Duração recomendada
1 dia