Convidados por uma amiga, lá fomos nós, eu,
Ela (
quem se interrogar sobre a razão de a tratar sempre por Ela, tem a resposta se ouvir isto) e a referida amiga, passar o fim-de-semana a
Bajouca. Perguntam vocês: Onde fica
Bajouca? O que me parece incompreensível, pessoas cultas como vocês não saberem onde fica
Bajouca. Porque toda a gente sabe que fica no
Concelho de Leiria, por ali, para aqueles lados, percebem? Óptimo. O objectivo era passarmos uns dias afastados da civilização, numa "
casinha" no meio de um pinhal. O que me pareceu relativamente bem. No sábado saímos de manhã, frio, sono…
Chegados a
Leiria rumamos ao restaurante
Tromba Rija. Conhecem? Pá, se não conhecem, começo a duvidar que sejam as pessoas cultas, inteligentes e vividas por quem sempre vos tomei. Quem é que não conhece o
Tromba Rija?!
Bajouca ainda vá lá, agora o
Tromba Rija?! É só um dos templos gastronómicos de
Portugal, fica ali em
Marrazes, onde quem tem a sorte de lá acabar, se curva perante o espaço acolhedor e tipicamente português, a (muita) comida magnificamente confeccionada, o atendimento que para além de competente roça o carinhoso e acaba por abrigar-se numa orgia alimentícia. Após três horas e momentos orgásmicos, saímos com a alma feliz e o corpo “
cansado” de tanta fartura.
Chegados à “casinha”, pertença da família da nossa amiga, desfrutamos do crepitar da lareira, do silêncio do pinhal que circundava a casa, da dita que parecia ter parado no tempo dos nossos avós, dos cheiros que só ali existem e pensamos que a vida pode ser boa. Aprendi entre outras coisas como acender uma lareira: Agarrem em duas pinhas, aticem-lhe fogo aos "cus"e coloquem por debaixo da lenha… é remédio santo! Depois desfrute da quentura que retempera, do “perfume” da madeira a arder… Não esquecerei que grelhar carne nas brasas deixadas pela lenha, garante paladar tão diferente como delicioso. As conversas, os risos, os olhares, as gentes calorosas e simpáticas, as minhas tentativas de fotografar o que vivemos, a partilha. Memórias que ficam e que guardamos embrulhadas em saudade.
P.S. Ana… repetimos um dia destes?
E se o Pl@ka falou...tá falado!