Os opostos sempre me atraíram. Gosto muito do conceito de "Sombra" que Jung ofereceu para a psicologia. Assim como gosto muito da idéia do "Inconsciente" de Freud. Gosto de pensar que existem partes em mim que não conheço ou que são inconscientes. Sinto-me desafiada e estimulada e descobrir o que existe por trás das primeiras impressões.
Sempre que conheço alguém ou vivo uma situação diferente na minha vida, gosto de me perguntar sobre os aspectos daquilo que não estou vendo pelo simples fato de estar olhando para aquela face que se mostra.
Sempre que conheço alguém ou vivo uma situação diferente na minha vida, gosto de me perguntar sobre os aspectos daquilo que não estou vendo pelo simples fato de estar olhando para aquela face que se mostra.
A imagem que vi e registrei na foto que publiquei no último post ( O que voce pensa/sente ao ver essa foto? ) foi mobilizadora de muitos conteúdos em mim. Era uma momento simples. Havia levado minha mãe para passear em um zoológico na Alemanha. Nada de muito complexo ou subjetivo naquela experiência, até que me deparei com aquela criança que admirava aquele bicho tão grande. Protegida por um vidro espesso, ela que era tão frágil e parecia tão vulnerável diante daquele animal que provavelmente a destruiria com o próprio peso, me pareceu uma imagem incrível. Fotografei.
Nem lembrava dessa foto até que por conta de um recurso automático e aleatório do facebook, ela apareceu diante de mim, na minha página. Parei pra admirá-la. Confesso que estava sem nenhuma inspiração para escrever para esse blog e tive a idéia de colocá-la aqui com um questionamento. Queria saber se outras pessoas seriam mobilizadas por ela como eu fui, ou de que forma seriam mobilizadas.
Recebi muitos comentários, além dos que ficaram registrados no blog. Pessoas me enviaram emails falando sobre impressões que tiveram. Umas falaram sobre lembranças de quando eram crianças, diante de autoridades, mas a maioria descreveu impressões conceituais de energias e características opostas que sentiam que habitavam suas mentes e suas almas.
Três elementos chamam minha atenção nessa foto. A criança pequena, ingênua e frágil, o animal absurdamente forte, grande mas quieto e, o terceiro elemento, que Helena trás a tona em seu comentário, que é o vidro que separa os dois.
Se penso na criança como a minha mente consciente e o animal como símbolo de conteúdos poderosos e adormecidos, o que seria esse vidro? O que faria essa separação entre o que sabemos de nós, e desse poder absurdo? adormecido ... quieto ... mas vivo, ...ali ... parece que esperando ser despertado. Parecendo um poder que tanto pode ser destruidor como exatamente o oposto. Algo que poderia nos destruir e ao mesmo tempo nos salvar.
Se todos os elementos da foto podem ser vistos e entendidos como partes de mim mesma, o que é esse vidro? O que me mantém separada de uma porção tão poderosa que me pertence? Seria possível rompê-la? Seria possível incorporarmos essa energia? Seria possível trazermos essa porção poderosa para a consciência e nos apropriarmos dela?
Como se esse blog fosse um grande grupo de terapia, quero deixar uma segunda pergunta para vocês:
"Se encararmos o animal como um poder, o que estaria nos separando dele?"
Ludmila Rohr
Nem lembrava dessa foto até que por conta de um recurso automático e aleatório do facebook, ela apareceu diante de mim, na minha página. Parei pra admirá-la. Confesso que estava sem nenhuma inspiração para escrever para esse blog e tive a idéia de colocá-la aqui com um questionamento. Queria saber se outras pessoas seriam mobilizadas por ela como eu fui, ou de que forma seriam mobilizadas.
Recebi muitos comentários, além dos que ficaram registrados no blog. Pessoas me enviaram emails falando sobre impressões que tiveram. Umas falaram sobre lembranças de quando eram crianças, diante de autoridades, mas a maioria descreveu impressões conceituais de energias e características opostas que sentiam que habitavam suas mentes e suas almas.
Três elementos chamam minha atenção nessa foto. A criança pequena, ingênua e frágil, o animal absurdamente forte, grande mas quieto e, o terceiro elemento, que Helena trás a tona em seu comentário, que é o vidro que separa os dois.
Se penso na criança como a minha mente consciente e o animal como símbolo de conteúdos poderosos e adormecidos, o que seria esse vidro? O que faria essa separação entre o que sabemos de nós, e desse poder absurdo? adormecido ... quieto ... mas vivo, ...ali ... parece que esperando ser despertado. Parecendo um poder que tanto pode ser destruidor como exatamente o oposto. Algo que poderia nos destruir e ao mesmo tempo nos salvar.
Se todos os elementos da foto podem ser vistos e entendidos como partes de mim mesma, o que é esse vidro? O que me mantém separada de uma porção tão poderosa que me pertence? Seria possível rompê-la? Seria possível incorporarmos essa energia? Seria possível trazermos essa porção poderosa para a consciência e nos apropriarmos dela?
Como se esse blog fosse um grande grupo de terapia, quero deixar uma segunda pergunta para vocês:
"Se encararmos o animal como um poder, o que estaria nos separando dele?"
Ludmila Rohr