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segunda-feira, novembro 08, 2021

POLÍTICA, AUMENTOS E INFLAÇÃO

Estamos todos pendentes de eleições antecipadas no começo do próximo ano, mas antes iremos apreciar o que têm as diferentes formações partidárias a dizer sobre os aumentos dos salários e pensões para 2022, e qual a inflação que vão considerar como real.

O PS tem estado a afirmar que a inflação deste ano será de 0,9% e que as pensões e salários da Função pública devem aumentar os tais 0,9%. Considerando que os membros do executivo dizem que este OE acabado de chumbar era o mais à esquerda de sempre, penso que nada mais há que esperar do PS se for o partido mais votado.

Passando para a oposição, e partindo da premissa que o PSD seria o mais votado e que a direita tinha uma maioria na AR, penso que não se espera nenhuma proposta igual ou superior, até porque os seus possíveis parceiros (não acredito numa maioria absoluta do PSD) não iriam aprovar.

À esquerda do PS as coisas podem estar por clarificar em quase todos os partidos, mas acreditando que a sua posição não mude substancialmente, veremos qual será a sua proposta/reivindicação e qual será o valor da inflação que aceitarão para balizar os seus intentos.

A campanha eleitoral costuma ter pouca influência nas minhas decisões, mas talvez possa ajudar outros, especialmente se a comunicação social souber introduzir as questões realmente essenciais nas entrevistas aos candidatos.


 

domingo, novembro 24, 2019

NO REINO DA ALDRABICE


Portugal continua a ser um país virtual, em que aquilo que consta não bate certo com a realidade do dia-a-dia dos seus habitantes.

Os patrões acham que um ordenado mínimo nacional de 635€ podem ser factor desequilibrador para muitas pequenas e médias empresas nacionais, o que poderia ser prejudicial para muitos trabalhadores dessas empresas. É curioso que num país onde a maioria das 1,2 milhões de empresas nacionais não apresentam lucros, e os seu donos e gestores andam em carros topo de gama, o que não bate muito certo, bem como a baixa produtividade, que com dados martelados só pode mesmo ser baixa.

O Estado que devia ser o exemplo para todos, promete aumentos que deviam cobrir a inflação, afinal use dados de anos anteriores, como se os custos se mantivessem ao nível do modelo utilizado. Também convém recordar que os salários da função pública estão congelados desde 2009, sim, há dez anos.

Se os políticos (e os governantes são políticos), e os patrões usam destes estratagemas para iludir quem trabalha, então é licito dizer que vivemos num país dominado por aldrabões, tanto na política como no patronato.

 


quinta-feira, outubro 11, 2018

A AMEAÇA DAS MÁQUINAS

A ciência concebe e produz cada vez mais máquinas que são usadas em muitas funções, substituindo muitos humanos nos seus postos de trabalho, pelo que muitos profissionais são obrigados a mudar de funções, muitas vezes reciclando conhecimentos. 

Será que todas as actividades são igualmente ameaçadas? Cremos que não, existem "habilidades" que as máquinas ainda não conseguem absorver, ou sequer imitar...


terça-feira, julho 31, 2018

A REALIDADE DEVIA ENVERGONHAR OS POLÍTICOS

Sem qualquer distinção de cores os partidos políticos portugueses, aliás como os estrangeiros, prometem sempre mais justiça social, mais desenvolvimento, melhores condições de vida, melhor gestão dos dinheiros públicos para prover aos mais necessitados, etc, etc.

As sociedades organizaram-se, num passado bem distante, criando estruturas de poder cuja função primordial era a de dar segurança a todos, permitir uma melhor distribuição dos recursos, garantir a justiça, entre outras coisas.

Centrando a atenção em Portugal, que é a nossa prioridade, temos que os 10 mais ricos de Portugal viram a sua fortuna duplicada em apenas 15 anos, e que as 25 famílias portuguesas mais ricas detêm uma fortuna que representa 10% do PIB nacional.

É mais do que evidente que a repartição da riqueza não está a acontecer, que os partidos falharam, que os governos falharam, e que o seu discurso não corresponde às promessas.


Quem se admira com o surgimento de populistas no panorama político? Quem devemos culpar por isso? Continuaremos a aceitar que os governos deixem de cumprir os programas eleitorais?


quarta-feira, outubro 21, 2015

COM AMIGOS ASSIM…

Já todos suspeitavam, e agora foi confirmado, que os governantes portugueses apoiavam a saída da Grécia do euro, o muito falado Grexit, apesar dos desmentidos que fizeram na altura os nossos políticos.

Schäuble revelou agora que apenas a França e a Itália se opuseram a tal solução, e depois lá foi conseguido um acordo com a Grécia, acordo que todos sabem ser impossível de cumprir integralmente.

Vários dirigentes gregos afirmaram que o governo português era um dos mais “ferozes” no intuito de obrigar a Grécia a submeter-se às exigências europeias, não mostrando qualquer flexibilidade, como seria de esperar dum país que passara por um processo tão doloroso para os seus cidadãos.


A figura do ministro das Finanças alemão, que é simplesmente detestável, mostrou agora que a cumplicidade portuguesa, necessária na altura, pode ser descartada quando deixa de ter qualquer utilidade.

Fotografia

quarta-feira, novembro 05, 2014

CHAMAR OS BURROS PELOS NOMES

Ouvir falar em "ajustamentos" na Segurança Social, para justificar a "dispensa" de perto de 700 funcionários, é revoltante.

O que chega mesmo a enojar é ouvir o titular da pasta dizer que não é um despedimento, mas sim uma "oportunidade" para os ditos funcionários, pois podem ficar aptos para outros trabalhos noutros serviços. 

Dando os nomes verdadeiros às coisas, o ministro tenta aldrabar a malta e estamos perante um dos maiores despedimentos colectivos neste país, em que a entidade empregadora é o Estado, que não hesitou em alterar a natureza dos vínculos dum modo unilateral, despedindo sem justa causa.

Resta aos portugueses "despedir" o governo com a mesma falta de respeito que ele demonstra ter por todos nós...

quinta-feira, agosto 07, 2014

O ALGODÃO NÃO ENGANA



A frase publicitária aplica-se no que respeita aos dados que vão sendo conhecidos, relativamente a quem foi responsável em larga medida pela triste situação em que o país se encontra.

Durante vários anos acenaram-nos com as tretas de que estávamos a viver acima das nossas possibilidades, que éramos pouco produtivos, que queríamos viver só de subsídios, que muitos não queriam trabalhar, mas tudo isto era para esconder uma realidade muito mais negra, que nem o poder económico nem o político queriam revelar.

É pois sem surpresa que lemos títulos como: “Ajudas à banca explicam mais de 20% da dívida pública”, “Algum défice e muita dívida e garantias para proteger a banca”, ou “Estado deu o braço à banca em vez de lhe estender a mão”.

Hoje já são poucos os que se atrevem a voltar ao antigo discurso, pelo menos nos dias mais próximos, enquanto o caso BES estiver na berlinda, mas a memória costuma ser curta…



sábado, agosto 02, 2014

DE BARRETE EM BARRETE…



Já estamos habituados a que Passos Coelho diga hoje uma coisa, e pouco tempo depois faça o seu contrário, como aconteceu desde a promessa de que não cortaria vencimentos aos funcionários públicos, na campanha eleitoral anterior à sua tomada de posse como 1º ministro.

Há poucos dias, o 1º ministro, dizia que não seriam usados dinheiros públicos na crise do BES, e que os prejuízos do banco seriam suportados pelos accionistas do dito, mas como já se tornou um mau hábito, o Estado (nós) prepara-se para acudir ao banco em falência.

Ainda não nada oficialmente assumido, mas agora já não se ouvem vozes ligadas ao poder a negar a mais do que provável entrada do Estado no capital do BES. O que ainda reforça mais esta ideia é o facto de alguns “analistas” ligados ao poder, virem afirmar que a capitalização do banco poderá ser feita com recurso ao fundo da troika, como se não fosse o Estado (nós) o responsável por essa linha de recapitalização.

Como tem sido um hábito recorrente, uns enchem-se com estas maroscas bancárias, e os que nem sequer petiscam, pagam o banquete daquela malandragem. Um dia a casa ainda vem abaixo…



quarta-feira, março 20, 2013

FRASE ASSASSINA



Vítor Gaspar já soma diversos defeitos dos quais não pode fugir, pois o seu trajecto enquanto ministro das Finanças é esclarecedor. É claramente um mau ministro, que errou todas as previsões feitas até agora, mas sobretudo é o “pai” da estratégia seguida por este governo, que tão maus resultados tem dado.

Um defeito agora demonstrado, era absolutamente escusado para a opinião que muitos já dele têm, que é o de demonstrar um cinismo absolutamente revoltante, quando afirmou que “as autoridades cipriotas propuseram neste contexto a introdução de uma contribuição dos depósitos bancários…”,  justificando assim ter sido um dos que aprovaram esta medida para o resgate de Chipre.

Bem pode Vítor Gaspar vir clamar que uma solução semelhante à de Chipre “está fora de questão” para Portugal, porque a sua palavra de nada vale, pois também nunca admitiu que grande parte das medidas que estão a ser impostas em Portugal também foram sugeridas pelo governo de que faz parte. Nós, nas costas dos outros vemos também as nossas…