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terça-feira, julho 31, 2018

A REALIDADE DEVIA ENVERGONHAR OS POLÍTICOS

Sem qualquer distinção de cores os partidos políticos portugueses, aliás como os estrangeiros, prometem sempre mais justiça social, mais desenvolvimento, melhores condições de vida, melhor gestão dos dinheiros públicos para prover aos mais necessitados, etc, etc.

As sociedades organizaram-se, num passado bem distante, criando estruturas de poder cuja função primordial era a de dar segurança a todos, permitir uma melhor distribuição dos recursos, garantir a justiça, entre outras coisas.

Centrando a atenção em Portugal, que é a nossa prioridade, temos que os 10 mais ricos de Portugal viram a sua fortuna duplicada em apenas 15 anos, e que as 25 famílias portuguesas mais ricas detêm uma fortuna que representa 10% do PIB nacional.

É mais do que evidente que a repartição da riqueza não está a acontecer, que os partidos falharam, que os governos falharam, e que o seu discurso não corresponde às promessas.


Quem se admira com o surgimento de populistas no panorama político? Quem devemos culpar por isso? Continuaremos a aceitar que os governos deixem de cumprir os programas eleitorais?


segunda-feira, agosto 01, 2016

PORQUE FALHAM OS ECONOMISTAS?

A economia já não se esgota apenas nos cálculos matemáticos, nem nas tendências da bolsa, ou nos negócios da moda. Na economia existe uma variável que é completamente imprevisível mas que acaba por ditar o rumo das coisas.

Os economistas fazem cálculos baseando-se no que é conhecido e já foi experimentado, mas o ser humano é muito diverso, bem como o seu pensamento e as suas experiências.

Para obviar à diversidade optou-se pela padronização, ou pela globalização se preferirem, mas o ponto de partida dos povos era muito diferente, e o resultado tem sido muito mau, já que os mais ricos ficaram ainda mais ricos, e os pobres ficaram ainda mais pobres.

As assimetrias que resultam, ou se agravam, com a globalização, que interessa obviamente aos mais poderosos, são o combustível que acabará com a padronização das políticas, da moeda única, das regras iguais para todos, menos para os mais poderosos.

Na Europa, as tensões vão aumentar entre o norte e o sul, países há que vão ter problemas internos com regiões a quererem separar-se de alguns países, com as economias de alguns países a colapsarem completamente, e também veremos problemas crescentes no mercado laboral resultantes da insegurança dos postos de trabalho, e da perda de poder de compra que resulta da pressão sobre os salários, já de si muito degradados.


O que é bom para a Alemanha pode não ser bom para a Grécia, ou para Portugal, e vice-versa, e as contas que resultam num país, podem ser um desastre enorme num outro a pouca distância.

A próxima grande crise Europeia não será política, mas sim social, se a economia ignorar os problemas das populações.


sexta-feira, dezembro 18, 2015

AS DESIGUALDADES



Portugal é um dos países europeus onde as desigualdades são mais gritantes, o que em nada nos beneficia em questões de competitividade, ao contrário do que alguns nos querem fazer crer.

Nesta altura é quase considerado louco quem fale de aumentos salariais, ou de pensões, porque nos dizem que a economia não aguenta, que medidas dessas causariam mais desemprego, etc.


Uma das coisas que me levam a discordar dos diversos executivos, mesmo dos de esquerda, tem sido o modo utilizado para proceder a aumentos, mesmo daqueles que realmente não o são, limitando-se a tentar compensar o que se perde com a inflação.


Sempre fui contra os aumentos percentuais, devido às enormes desigualdades já existentes, pois resultam sempre em mais desigualdade, porque recebe mais quem já recebia mais, como é evidente.


A inflação não atinge mais quem mais ganha, mas cria mais problemas a quem menos ganha, creio que é claro para todos. Quando a intenção é compensar o que se perde com a austeridade, faz todo o sentido que o montante a atribuir deve ser igual para todos, independentemente do que possam auferir, e só quando se pretende recompensar o desempenho é que faz sentido haver aumentos diferenciados, e aí é que se pode admitir as percentagens.


Idade by Palaciano