segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Magia de Natal

Nesta época de paz e amor, é fundamental dar a devida importância aos pequenos episódios da vida quotidiana que nos aquecem o alma. É com esta ideia em mente que partilho com vocês um momento que, pela sua natureza natalícia, traz à tona o que de melhor há no coração humano.

Numa tarde calma de dezembro, entrei nos armazéns do chiado com o objectivo de despachar algumas prendas de natal fora das horas típicas de frenesim consumista. Ao subir as escadas deparo-me com a figura do Pai Natal, longas barbas brancas, fardado a rigor, alegremente sentado numa grande poltrona com a respectiva criancinha ao colo, e os papás com um sorriso enternecedor/cara de cu, a tirar fotografias. Terminada a sessão, a família vai-se embora visivelmente satisfeita com o seu momento natalício. O Pai Natal, aproveitando o momento de descanso, coça a cabeça por debaixo do gorro e, virando-se para um rapaz que estava ao seu lado, profere as palavras mais enaltecedoras que jamais se houveram ouvido na história da natividade.

- Pá, que horas são isto, meu?

- Quatro e meia.

- Foda-se! Só saio às sete.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Noruega, essa bela localidade...

Finalmente uma mudança verdadeiramente enriquecedora no mundo da arte, em vez de apenas mais um episódio artístico idiota.
Um tribunal norueguês declarou que o strip-tease é uma forma de arte, sendo uma união de dança e representação. A questão foi levantada devido a uma divergência em relação ao pagamento de impostos, mas a verdade é que na noruega a arte acaba de se tornar muito mais interessante que no resto da europa.

Um bom indicador da vontade de portugal em aderir às novas tendências artísticas seria a instalação de varões no centro de arte moderna da Gulbenkian. Quando esse dia chegar serei um incansável apreciador de arte, mas enquanto só houver figuras feiosas com os dois olhos do mesmo lado da cara ou senhoras feitas de gavetas no meio de relógios derretidos, não contem comigo.

A Faculdade de Belas Artes também deveria acolher esta mudança, incluíndo o strip como matéria obrigatória. Mas se calhar o melhor será contratar formadoras externas... com um bom "corpo docente".

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

O Mais Lindo

Para quem acha que eu sempre fui careca, está aqui a prova de que em tempos fui o (in)feliz proprietário de uma farta cabeleira.
Eu sou o puto pequenino da esquerda com cabelo à coninha, o da direita é o meu irmão Ludi.

A minha mãe todos os anos conta-me a história de como eu era o bébé mais lindo da maternidade, o que me leva a pensar que dar à luz afecta profundamente a visão.
Se na verdade era mesmo o mais lindo, e partindo do princípio de que a minha mãe não estava a halucinar sob o efeito das anestesias, então ela deve ter dado à luz num hospital veterinário e ninguém lhe disse. Comparado com os bébézinhos quadrúpedes, os com casca, os com asas e os com escamas, uma bolinha de carne toda roxa cheia de veias era certamente um Adónis em ponto pequeno.

Mas a vida é mesmo assim. Quiz o destino que eu fosse o mais lindo numa idade em que ainda achava que a pila era um resto mal cortado do cordão umbilical. Quando descobri para que servia já era tarde demais, já não era o mais lindo.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Pérola da Comunicação

Provavelmente o logotipo mais infeliz da história do design...

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Pretensiosium Idioticus Artisticus

Não é novidade que o mundo da arte vive de pretensiosismos idióticos. Só deste modo se poderá chamar "arte" a um lavatório partido ou a uma lâmpada fundida.

Como estudante na prestigiada Faculdade de Belas Artes de Lisboa, foi-me administrada a lavagem cerebral que visa transformar jovens criativos em pseudo-intelectuais pedantes, doravante designados por "Pretensiosium Idioticus Artisticus" ou PIA. A formação e renovação das hostes PIA é fundamental para perpetuar o mecanismo social e comercial que permite que avultadas quantidades de dinheiro público sejam gastas na aquisição de obras como o referido lavatório partido, escultura que esteve em exposição no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Este mecanismo opera de forma independente do artista, como terá verificado um convidado de Pablo Picasso quando, de visita a sua casa, lhe perguntou:
“Porque razão não tem obras suas em casa? Não gosta das suas obras?”
Ao que o artista terá respondido:
“Gosto muito, não tenho é dinheiro para as comprar.”

No decurso da minha formação em Design de Comunicação e Pretensiosismo Idiótico, estudei matérias fundamentais, como Antropologia, onde aprendi tudo sobre o papel do pente cerimonial nos hábitos de acasalamento da tribo Wai-Wai.
No quinto e último ano do curso até os enunciados pareciam trechos de Der Ursprung des Kunswerks, de Heidegger. Aquilo é que foi “conceptualizar” e “problematizar”. Quanto melhor fosse a lábia intelectualóide, menos esforço se teria que dispensar a executar alguma coisa de interessante. Daí se explica porque razão o plano curricular previa três anos de Estética, mas apenas um mês de Web Design, leccionado por formadores externos em formato de workshop extra-curricular. O facto do Web Design ser uma das áreas com maior potencial de emprego para o jovem designer é irrelevante, o importante é saber proferir frases como “A verdade é não-verdade, na medida em que lhe pertence o domínio da proveniência do ainda não desocultado, no sentido da ocultação.”

Sempre resisti à doutrina PIA o melhor que pude, mas confesso que certa vez me “prostituí” para salvar um trabalho que sem o pretensiosismo idiótico iria para o lixo, arrastando consigo parte da minha média. O projecto em questão requeria que se explorasse o Macromedia Flash (software de animação e interacção para a web). Como sempre, havia que problematizar e conceptualizar até não poder mais. Uma semana e quatrocentos desenhos mais tarde, o vosso blogger favorito tinha explorado com sucesso as potencialidades de animação tradicional em Flash, apresentando uma curta animação de um cigano a tocar violino, tudo com um invulgar aspecto plástico e texturado. Avaliado o trabalho, o veredicto foi: “Ó Bruno, o teu trabalho está uma bela porcaria, não tem interactividade nem profundidade nenhuma”. Face a esta sentença, a solução era óbvia: intelectualóidar aquilo até ao tutano! Cinco minutos de downloads ilegais e tinha três ou quatro filmes tirados da Getty Images, ainda com a marca de água e a informação do copyright. Mais cinco minutos de Action Script e lá tinha o meu violinista com uns botões por cima da cabeça, mãos, e respectivo violino, que ao toque do cursor faziam aparecer os filmes de uma forma completamente aleatória e profundamente irritante. Nos dez minutos seguintes elaborei a lábia: “As imagens surgem como memórias libertadas dos objectos, que assumem características intrinsecamente cognitivas, provocadas por vivências impregnantes manifestadas intermitentemente como que rasgos de uma consciência colectiva que se concentrou numa só entidade” ...ou uma merda assim parecida. Foi um sucesso. Feitas as contas a semana intensiva de ilustração e animação valeu 8 valores, a lábia valeu 7.

Do último trabalho do curso, um vídeo de caracter pessoal, disseram o seguinte quando apresentei o conceito: “Não faças isso, isso não é muito interessante.” Interessante porventura não será, mas foi precisamente este o trabalho que me valeu o meu emprego actual, embora não me lembre de na entrevista me terem perguntado para que servia o pente cerimonial dos Wai-Wai...

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

The Second Best Art Critique Ever

Check out the Best Art Critique Ever here.

Turner Prize winner Douglas Gordon once installed a neon “Empire” sign with a faulty bulb on a wall of a pub in Glasgow, as a part of a municipal art project. The sign was a £200.000 (300.000€) art piece that had the letter “p” deliberately wired to blink in a way that matched that of the Empire hotel in the Hitchcock film Vertigo.
As Mr. Gordon explained, the installation aims to show that “what happens in real life is a reflection of what happens in the cinema”.

In July 2003, real life happened, in the form of a repairman that fixed the blinking light bulb, without knowing it was a valuable piece of “art”. About time too, the stupid thing was blinking since 1998.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Tinta Digital

Estou rendido à pintura digital.
Comprei uma Intuos 3, uma das tablets mais recentes da wacom. Com uma definição de 200 linhas por milímetro e uma àrea útil ligeiramente maior que um A4, a tablet permite tanto um desenho gestual com movimentos do braço, como um trabalho minucioso de pormenor, capacidades que testei mais a fundo numa ilustração que fiz originalmente em aguarela e tinta-da-china, mas que nunca ganhou o impacto e dramatismo que eu pretendia. Usando o belo do Photoshop adicionei atmosfera, luz, pormenor e correcção de cor, e em cerca de 4 horas de trabalho descontraído resolvi todos os problemas que me atormentaram inicialmente na ilustração.

Como game artist numa pequena empresa de jogos, tive igualmente a oportunidade de experimentar a tablet num ambiente de produção para esboçar rapidamente diferentes conceitos para gráficos e ilustrações de jogos. A pintura digital permite manter as ilustrações completamente ajustáveis e editáveis até mesmo ao final do processo, o que é fundamental (mesmo quando o nosso director artístico somos nós próprios).
Claro que, tendo sido formado na ilustre Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, estou certamente a praticar a suprema heresia em trair assim o papel e o carvão. Mas quando se tem que ilustrar 600 cartinhas num mês, o papel e o carvão só servem mesmo para limpar o cú e acender o churrasco, respectivamente.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Arte, tradição, e o Sr. João Merda

Arte e tradição têm a irritante mania de se colarem uma à outra quando lhes convêm.
Temos a "arte da cozinha tradicional", a "arte dos pauliteiros", a "arte da renda de bilros", a "arte das caldas". Enfim, até temos a "arte de andar vestido à mariconço a espetar ferros em touros para gáudio de uma cambada de labregos pedantes".

Esta última parece que se chama tauromaquia, e também foi elevada a estatuto de arte pelo peso da tradição. Aparentemente, se suficientes pessoas travestidas torturarem touros durante um longo período de tempo, a actividade torna-se artística.
Isto é fabuloso, na medida em que abre um extraordinário potencial artístico para a nossa grande nação, que tem tradições que nunca mais acabam.

Assim de repente ocorre-me uma... Durante 150 anos mandámos para a fogueira milhares de epilépticos e senhoras com gatos pretos. Até aqui tudo bem, afinal somos cristãos. Mas olha que agradável seria, volvidos 330 anos, poder ainda passar um sábado ou um domingo com família e amigos, a beber uma bjeca, e a ver um puto epiléptico a arder no espeto na gloriosa praça de touros do campo pequeno. Não me digam que não era divertido. Ok, não tem o cavalo a ser esventrado, mas lembrem-se que quando se queima uma senhora, queima-se também o gato. É o dobro da diversão!

Há no entanto um forte potencial de entretenimento na possibilidade de um cavaleiro ou bandarilheiro ser empalado pelo touro. É improvável, porque na corrida à portuguesa cortam as pontas aos animais, mas ainda assim, a ideia de um Pedrito de Portugal ou um Joaquim Bastinhas a ser privado das suas entranhas por uma cornada vigorosa traz-me um sorriso enternecedor aos lábios.

Venham-me agora dizer que a tauromaquia é uma arte, completamente distinta de qualquer tipo de diversão bárbara, e eu conto-vos a anedota do sujeito que queria mudar de nome.

- Bom dia, o meu nome é João Merda, e queria mudar de nome.

- É natural Sr. João! Percebo o seu problema. E queria mudar para que nome?

- Pedro Merda.

Meus amigos, a merda mantêm-se.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Krippmeister nas bancas

Se alguma vez se sentiram vazios e sem propósito. Se se olharam ao espelho apenas para se confrontarem com um reflexo apagado. Se a vossa vida se precipitou para um vórtice de entropia mórbida que vos definha a alma...
...é porque nunca modelaram uma bola de futebol em Max 8! Mas não se preocupem, estou cá para vos salvar.

Está à venda o número 24 da revista CAD Project que contém um tutorial de três páginas, elaborado pelo vosso blogger favorito, ensinando passo a passo a modelar uma bola de futebol realista e suficientemente pormenorizada para ser usada em planos aproximados ou de pormenor.

sábado, 2 de setembro de 2006

The lights going on and off

In 2001 artist Martin Creed was awarded the prestigious Turner Award for excellence in the visual arts, for his work entitled "The lights going on and off". The masterpiece was a completely empty room with a faulty ceiling light that went on and off.

My guess is that he left his studio in a hurry and forgot to take the real artwork; he then showed a profound understanding of the art world by coming up with a completely uninteresting piece that was nonetheless the perfect submission for the exhibition.

People who were outraged by the amount of public money being spent on the exhibition protested with flashlights, which they turned on and off. Little did they know that the previous prize winner was some dude that painted a canvas with elephant dung...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Icon And The Black Roses

Icon And The Black Roses - an extraordinary but short-lived band whom I had the pleasure of meeting. I was also fortunate enough to have had the opportunity to design the cd cover and booklet, along with some talented artists who provided line-art, photography, and 3D logo.

Their sound was really getting around, having aired on Best Rock FM and other stations as well. Sadly, the band split up after their first glorious album "Icon And The Black Roses".

So there you have it. I don’t care if you go buy the cd or shamelessly download it from the internet (like I do all the time) just listen to it, and if you don’t like it you can always post your opinion here where no one gives a shit about what everybody else thinks.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Faz a veia!

Clique na imagem para perder 10 segundos da sua vida a ver um careca anormalóide aos gritos...

domingo, 6 de agosto de 2006

Panaka e Ca.

Há muito, muito tempo, numa galáxia distante...

... viviam uns quantos heróis galácticos que nem imaginavam a sorte que tinham por não viver em nenhum país lusófono.

Começo por esclarecer que sou um fã da saga Star Wars. Tenho os filmes em dvd, fiz as belas das maratonas em que um grupo de amigos se reúne para fritar os olhos durante várias horas a ver os filmes todos de seguida, tenho a Marcha Imperial a tocar no telemóvel, e também fico a espumar da boca quando me dizem "eh - Star Wars ou Star Trek é a mesma coisa." Mas a questão é incontornável. Existe um grupo de personagens cujos nomes não inspiram coragem nem determinação, e tão pouco heroísmo, pelo menos na perspectiva do espectador lusófono. São eles Panaka e Ca.

George Lucas claramente não pensou no mercado português quando decidiu que no Episódio I - A Ameaça Fantasma, o chefe de segurança da raínha de Naboo se chamaria Panaka. Mais, o senhor Panaka, tendo já acumulado gloriosos anos ao serviço de sua majestade, ostenta a patente de capitão, daí o seu curioso nome - Capitão Panaka. Nome talvez mais indicado para um super-herói que em pequenino tenha sido mordido por um José Castelo Branco radioactivo.

Sua Majestade a Raínha Amidala também não está muito melhor. Ainda que "amígdala" seja menos depreciativo que "panaka", não é um nome digno de uma alteza real. A menos que seja alguma alcunha... aí abre-se um maravilhoso leque de possíveis interpretações.

A seguir temos o antagonista do episódio II, o Conde Dooku. Mestre Jedi convertido ao lado negro da força que assume o nome Sith, Darth Tyrannus. O que é bom, porque "Conde do Ku" não lhe traz imponência nenhuma perante o público lusitano, quanto muito pode é arranjar-lhe um contracto com a Endemol...

O quarto elemento desta companhia é o misterioso mestre Jedi Sifo-Dyas. No Episódio II, Sifo-Dyas é apenas uma referência, relacionado com a origem do exército dos clones, mas o seu nome sonante presiste na memória do portuga. Sifodias... Sifodias... Se o Luke Skywalker se tivesse chamado H. Ramos ou Óscar Alho também não teria vingado no mercado português. Digo eu...

Mas o George tá desculpado. Como é que ele é suposto saber que no rego do mundo o Conde do Ku é um travesti degradado com um programa de televisão? Eu até sou da opinião de que os nomes dos personagens da saga Star Wars são muito mais interessantes e criativos que por exemplo os do Star Trek - nada de Klingons e Borgs e merdas acabadas em Ongs e Bongs e o caneco.
Estou confiante que se o George tivesse um assistente de produção português que o alertasse para estas questões, não iria cometer o erro Grossmaniano* de ignorar o seu impacto na obra.


*Pedro Grossmann, um grande amigo que tinha um personagem de Dungeons & Dragons chamado Canníbis, e que ficava muito espantado quando lhe chamávamos Canábis.
Se chamarem Fída-se ao vosso filho, qual é que acham que vai ser a alcunha dele na escola?

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Opinião Pública

Desde que começei a escrever nesta calote da blogosfera* que me vejo assombrado com uma terrível dúvida - escrever em inglês ou em português? Ou ambos? Ou apagar o blog e abandonar a ilusão de que sei escrever seja o que fôr?

The truth is that some posts pop into my mind in english, others in portuguese. And I don´t want to delete my blog because the web needs a site with a background that looks like the wallpaper in a whore house.

Vai daí que a questão se divide em quatro categorias principais:

1 - Tás em portugal, és português, portanto escreves em português e não choras!

2 - O blog é um habitante da World Wide Web, portanto há que internacionalizar. Inglês!

3 - Se és cobardolas e nem esta decisão consegues tomar sozinho, então escreve nas duas línguas, a ver se eu me importo...

4 - Por mim até podias escrever em chinaburguês ó careca mongodebilóide! Não é por isso que esta merda de blog vai passar a ser interessante.

And there it is. Leave your valuable comment and help me make a better blog.


* O conceito inicial previa o termo "cantinho da blogosfera", que para além de ser nítidamente amaricado não é aplicável, visto que as esferas não têm cantos.
Calote é o termo correcto para designar uma porção de uma esfera. Com a vantagem de ser um termo muito mais viril e que me faz parecer mais inteligente...

terça-feira, 18 de julho de 2006

Some Expensive S**t

Some art pieces are crap, but this one is plain shit. Piero Manzoni´s shit, to be exact.

In 2002 the Tate Gallery paid 22,300£ for a work by the late Italian artist Piero Manzoni, which a gallery official declared "a very important purchase for an extremely small amount of money".
The piece, labeled "Artist’s Shit", was a 30 gram tin can containing a sample the artist’s freshly preserved feces.
As the gallery itself acknowledged, Manzoni "placed his excrement in fancy cans and proclaimed it art simply as a satirical joke against the idiotic pretensions of the art world."

As it turns out Piero, the art world is too full of itself to even care about its idiotic pretensions and paid a hefty amount (or should I say a shitload?) of money for your rectal art all the same.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

The Laughing Head

Mr. David Hensel is an artist in dismay. He labored away for two months to carve a laughing head, a sculpture that was to be a part of the summer exhibition at the Royal Academy of Arts. But when he saw a preview of his work on display, he wasn’t laughing.

The sculpture was packed separately from its base to protect it during shipment, and so arrived at the academy in two parts - the laughing head and the plinth (the support where the head rests). The judging panel assumed the two pieces were separate submissions and decided the support was better.

You can judge for yourself. The images below show the original sculpture, and the plinth as it was displayed at the Academy, complete with the little piece of wood that would supposedly hold the real sculpture.


As with most things in the art world, aesthetics, reason, and common sense are as important as having a parachute on the Titanic. It’s a bit like drawing masterful pieces that aren’t worth shit, and then selling ugly distorted paintings for obscene amounts of money. No, wait a minute! I think that one is called Picasso.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Fitas

Ah... a tradição académica... Há lá coisa mais divertida que andar todo vestido de preto cheio de capas e camisas e gravatas sob um sol abrasador a passear uma pastinha atafulhada de fitas de cetim amaricadas? Aparentemente não, porque todos os anos lá vão milhares de finalistas tipo ovelhinhas negras pastar para o relvado da Avenida da Cidade Universitária.

Já alguém me disse que a malta vai pelo convívio, mas uma cerimónia religiosa ao ar livre onde as miúdas envergam 2o kilos de roupa complicada não me parece o sítio ideal para conviver.

No entanto, apesar da cerimónia me parecer tão apelativa como uma ida a um dentista estrábico com Parkinson’s, tenho muito gosto em escrever ou decorar fitas de quem comete a insensatez de gastar comigo um pedaço perfeitamente bom de cetim. De vez em quando só me dá para desenhar bonecada, e saem coisas como esta.

Se lhes parecer que vale a pena gastar pixels para ver a imagem ampliada, é só clicar...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

The Standard Catholic Church Funeral Pack

Being alive means a lot of things, one of which is you’re going to die.
Dying is an important moment in life, whether you believe in heaven or reincarnation, a heavenly orgy with 70 virgins or nothing at all, it’s a big deal, and we should have some say on the manner in which we are laid to rest.
Sadly we don’t, at least not the average dead person (filthy rich people don’t count). There is very little about your own funeral you can really control, and I don’t mean just because you’re dead. You get the standard ceremony your community’s religion dictates and that’s it, instant satisfaction for everybody except the dead guy.

I live in Portugal, so I guess I get the catholic church funeral pack - a priest I’ve never seen in my life telling everybody what an amazing, fabulous and unbelievably good guy I was; at least five really old ladies no one knows crying their eyes out; me dressed in a suite I never wore; a statue of a guy pinned to a cross hanging on a wall; and tons of flowers stinking the place up more than my rotting corpse. Not the farewell party I had in mind.

It’s not that I don’t appreciate the church’s commitment on saving my soul and renting me a nice little place to rot, but if I may, I would rather have a funeral with lesbian strippers doing a coffin dance, a half-naked girl band singing Queen´s greatest hits and a barbecue.

Does that sound more fun than being stuck in a dark room with a dead guy or what?

terça-feira, 6 de junho de 2006

South Park Studio

If I was a South Park character...


Check out the South Park Studio by Zwerg-Im-Bikini at http://www.sp-studio.de/

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Krippmeister’s Series of Unfortunate Events

Dying is a great career move for artists.
The dead artist is like any other dead person, the greatest most incredible and amazing human being on earth (at the time of the burial), with the added bonus that his work is now worth ten times more. Of course, the problem of dying is that you get dead, and that may pose a bit of a complication when collecting the money for the artwork.
So the question is: Is there a middle ground where the artist can boost his value and get a shitload of money for crappy artwork without having to jump off a building? Maybe there is.

One solution is to become a socialite like Andy Warhol. Andy got recognition through social engineering. Lots of parties, sex, studios in New York and a ridiculous hairdo were the most important aspects of his art, those colorful paintings called pop-something were just props.
The other solution is something much more appealing than wearing a stupid wig. Promote your injuries. The concept is not entirely new, but as a certain Mr. Gogh discovered, chopping off an ear doesn’t quite cut it (so to speak). You have to be a bit more creative and dramatic than that. This is where the piece Krippmeister’s Series of Unfortunate Events comes in. It is a satellite view of my neighborhood where I’ve marked a few of the many injuries sustained during a normal childhood jumping barbed wire fences, crashing bikes, trespassing, climbing rooftops... In short, all the things normal children did before there was free porn on the internet.

So there you have it! It’s not as good as dying, but then again, not as inconvenient. It has dramatic and narrative interest and is a great excuse for all of you loaded pitiful pseudo-intellectuals to pay lots of cash for my artwork and feel important for it.

Just click on the picture to see it full size.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Aviso à navegação

Avisam-se todos os interessados que este blog vai passar a ter posts em português e em inglês, conforme me der na cabeça.
Não só porque pareço mais inteligente, mas também porque segundo alguns especialistas as pessoas bilingues têm mais hipóteses de conseguir sexo descomprometido. Aparentemente há muita gente que pensa que um bilingue é um homem com duas línguas...

Momento Literário

Isto dos blogs é novo para mim. E até me queria parecer que o KrippArt se integrava bastante bem na blogalhada de tendências artísticas e culturais, quando na verdade percebo que falta algo fundamental... O post do momento literário! Ou o pensamento do dia ou o que lhe queiram chamar.
Este é o post que pretende indicar uma forte entrega ao profundo, ao conceptual, ao romântico, mas que na verdade só indica uma forte entrega ao copy-paste de material fatela para encher um post em menos de 3 minutos.

Vejamos alguns exemplos típicos:

A primavera é o tónico da alma...

ou

O sol da vida é o sorriso de quem ama...

O facto de não fazer sentido nenhum garante um maior impacto cultural, e as incontornáveis reticências no final dão-lhe o genuíno toque bucólico. E claro, tem que ser em português.

Posto isto é com muito prazer que vos apresento o meu post literário.
Felicidades!

Num dia de folga conheci a Olga,
Metemos conversa num tapete persa,
Num bar muita feio apalpei-lhe um seio,
Já com um grão na asa, levei-a pra casa,

Olga! Olga! mas que grande folga!
Olga! Olga! mas que grande folga!

Ená Pá 2000

sábado, 27 de maio de 2006

Super Bock Super Rock

Super Bock Super Rock is one of the most anticipated rock festivals in Portugal. It is a major cultural event, organized by a beer company, which brings together people from all around the world (I base this statement on the fact that I heard a Spannish guy ask for a “cerveza”).

Having studied arts, I’m all cultural and shit. So off I went.

As I was waiting in line for a hot dog, I thought "cultural event my ass! At best this is a cultural way of packing thousands of people in one place and sell them shitloads of beer till they drop! oh... and there’s music too". Fortunately, I couldn’t care less about the reasons behind the festival, I was just there for the Placebo concert, so I navigated through the culturally drunk and wasted people and made my way to another really amazing performance by Placebo.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

The tortured artist

Someone once looked at this illustration and said to me "you must have had a miserable childhood..." Wrong. I had a wonderful childhood thank you very much. In fact it was so good I’m still having it.

A miserable childhood would certainly have been much more artistic. It would explain the twisted monstrosities I like to paint, and fit nicely in the tortured artist stereotype. As it turns out, I paint monsters because it is fun, and occasionally because someone pays me to.

So, there you have it. I’m not chopping my ear off anytime soon. I’m fairly sane and also completely bald, so I figure having one ear would look a bit awkward. Getting laid is hard enough as it is... oh, and I have a small nose and need both my ears to hold the sunglasses.

I am however missing half an eyebrow, does that count?

terça-feira, 23 de maio de 2006

Not an ass

That’s right. If you see an ass in an art page, it’s not an ass; it’s a "nude".

sábado, 20 de maio de 2006

Check out my stuff

Can’t stand my stupid remarks but still think I’m a good artist? I’ve got just the thing for you. Check out my online portfolio at: http://krippa.planetaclix.pt/

I’ll also be posting some of my work here on a regular basis, just in case some of you dig my art, as well as my stupid remarks...

The Best Art Critique Ever

My blog does have the word "Art" in the name, so I guess I owe my visitors some thoughts about art. Contemporary art, to be precise.
As it turns out, I have no thoughts about contemporary art other than "I hate it, I hate all those people that stare and nod at it for hours, and you can only tell it is art because it is usually ugly as hell and worth obscene amounts of money".

Having studied at the Fine-Arts Faculty in Lisbon, I was often fed the pseudo-intellectual babble meant to convince me that a white ball floating nervously against a black background is in fact a "manifestation of the deconstructed sub conscience subjected to the cognitive reality" or some crap like that.
Well, that never turned me to the dark side, but it did piss me off. So when I read the news about an incident involving a piece of contemporary art at the CAE in Figueira da Foz, I realized it was the Best Art Critique Ever.

The piece was a sculpture named "The Phrases", by artist Jimmie Durham. As you may have guessed by the name, it was a bathroom sink with a broken corner and the pieces lying on the floor next to it.
Enter the cleaning lady... (In my book the most respected art critic ever) Broom in one hand, shovel and trash bag in the other, no doubt horrified by the broken pieces of the otherwise perfectly good bathroom equipment, she picked them up and threw them in the trash.

Later, the Administrator of the art center stated that "an inquiry has been organized to ascertain responsibilities". Well, don’t blame the cleaning lady, she went above and beyond the call of duty when she produced the Best Art Critique ever.
It’s not Jimmie’s fault either. He needed the money, found some portuguese dickheads willing to pay thousands of euros for a piece of art, so he artistically hammered his sink and sold it. That leaves you Mr. Administrator, but don’t worry, you can make the cleaning lady part of the masterpiece. All you have to do is call it a "performance". (Getting someone to nod at it for hours also helps)

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Wellcome

Let me see if I got this Blog thing right...

I write a bunch of stupid posts about whatever I feel like, and you guys write some comments and we all feel a lot smarter and educated for beeing part of something called the Blogosphere. Well, I sure as hell need to feel smarter and educated. See how I even used the term "Art" in the blog title? So let´s get this show on the road... sorry, on the net... uh, on...line.