quarta-feira, novembro 29, 2006
Nunca pensei que um Papa se prestasse a servir de calçadeira para a entrada de um país islâmico na União Europeia.
terça-feira, novembro 28, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
Meia rua
Era Verão. Israel invadiu o Líbano, Israel saiu do Líbano. O Verão deu lugar ao Outono e daqui a nada estamos no Inverno e no Natal. Mas a Rua António Enes, em Lisboa, onde se localiza a Embaixada de Israel, ainda continuava parcialmente fechada à circulação de moradores e de habitantes do bairro este fim-de-semana. Será esquecimento? Será excesso de zelo? Ou será abuso de privilégios diplomáticos?
sexta-feira, novembro 24, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
Ainda bem que não sou monárquico
Lembram-se daquele velho anúncio do Restaurador Olex: «Um preto de cabeleira loira? Um branco de carapinha? Não é natural!»? Pois foi exactamente dele que me lembrei quando vi o Manuel Alegre a apresentar um livro sobre D. Duarte.
quarta-feira, novembro 22, 2006
O tubarão
Ontem, ouvi de passagem a notícia que um tubarão enorme tinha sido apanhado em Portugal. Fiquei impressionado. Mas afinal, era mesmo um tubarão do mar e não um potentado da banca, um cacique da política ou um mafioso do futebol.
Turismo
Não estava bonito o nosso ministro Luís Amado em Israel, de tampa respeitosa na cabeça, a enfiar a touca da arenga do sinistro Ehud Olmert e muito convencido de que este ligou alguma coisa ao "empenho" de Portugal na paz israelo-palestiniana? E andamos nós a pagar este turismo diplomático.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Vamos citar
«A tendência das democracias, em todas as coisas, é para a mediocridade.»
(James Fenimore Cooper)
(James Fenimore Cooper)
domingo, novembro 19, 2006
Os tolerantes
Passando no outro dia em frente da televisão ligada, pareceu-me ouvir dizer que o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, aquele organismo que zela para que os portugueses tenham cada vez menos direitos em relação àqueles que não o são e se instalam em Portugal, ia organizar uma Semana da Tolerância. O quê, mas ainda querem mais?
sexta-feira, novembro 17, 2006
Pound, o maldito
Ezra Pound, o poeta que os "democratas" e "libertadores da Europa" aprisionaram numa jaula no final da II Guerra Mundial, lê uma das passagens mais célebres do seu 'Hugh Selwyn Mauberley'.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Uma dúvida
A Croácia ganhou 4-3 a Israel em futebol. Será que derrotar o «povo eleito» na bola já é anti-semitismo, ou ainda não se lembraram dessa?
terça-feira, novembro 14, 2006
Paradoxal
Não façam confusões, eu até sou do Benfica, mas se o Mantorras diz que tem muito orgulho em ser preto, porque é que está tão incomodado por lhe terem chamado o que é?
A agitadora
A harpia Câncio volta hoje a cuspir veneno sobre a igreja a propósito do aborto, nas páginas do DN. Se é verdade que muitos membros da hierarquia católica portuguesa se põem mesmo a jeito para ser farpeados, não é menos verdade que a obsessão abortista da mulherzinha já roça os limites do tolerável. Aquilo não é jornalismo, é 'agit-prop'.
domingo, novembro 12, 2006
LA por James Ellroy
Com a passagem a filme do romance de James Ellroy “A Dália Negra”, o «Courrier Internacional», na sua última edição, iniciou a publicação de um artigo que o romancista escreveu a pedido do «Los Angeles Times», onde descreve a sua obsessão pela cidade e os motivos do seu regresso. Uma leitura que aconselho, enquanto espero pela segunda parte, para a semana. Entretanto, não resisto a transcrever uma passagem “politicamente incorrecta”, que muito contrasta com as apregoadas maravilhas da utopia multiculturalista hoje tão em voga: “Os bairros burguesinhos degradavam-se progressivamente, em diversos cambiantes. Os negros viviam a sul, os mexicanos a leste, os brancos estavam por toda a parte. Nós éramos protestantes brancos e tínhamos o mundo nas mãos. E, para mim, LA era o mundo inteiro. Descrever LA impôs-se-me desde bastante cedo. O Sunset Strip – um antro escandaloso de celebridades dissolutas. Zona das praias – imbuídas de más vibrações. Negros e mexicanos conviviam em bandos e levantavam a areia com os pés, quando passavam. Eu estava de olho neles. Ainda miúdo, tormei-me racista e xenófobo. Eram intrusos de outro mundo. Na sua vastidão, LA era o planeta Terra. Eles eram humanóides vindos de satélites chamados “Watts” e “Boyle Heights”. O meu pai explicou-me as leis da geografia. LA era um bolo muito apetecível. Todos queriam experimentá-lo e não se lhes podia levar a mal. Mas os bolos acabam sempre por se estragar. Demasiadas pessoas desejam a mesma coisa – e quando se trata de um lugar para viver, há problemas. Presciente previsão. Expansão, excesso de população, ódio racial. Dias conspurcados por “smog” num buraco infernal ressoando buzinadelas – usufruam deste local enquanto ainda podem. Foi o que fiz.”
O vilão que era pintor e poeta
O ar ameaçador, a cara talhada a escopro, os traços mongólicos, a voz de gravilha pisada e o papel de um pistoleiro que mata a sangue-frio um homem desarmado em 'Shane', de George Stevens (1953), destinaram Jack Palance, nascido Vladimir Palahnuik na Pensilvânia, numa família de imigrantes ucranianos, a uma carreira cinematográfica feita na maior parte de papéis de vilão, de personagens exóticas mas quase sempre negativas, como Átila, ou de monstro, como Jack, o Estripador ou Drácula. Até quando entrou em O 'Desprezo', de Jean-Luc Godard (1963), fez o papel de um produtor comercialão, cheio de desprezo pelos filmes de "arte".
Mas Palance, que morreu na sexta-feira, aos 87 anos, na sua casa na Califórnia, era o contrário dos muitos "maus" que interpretou. Pintor e poeta, só tarde na vida revelou esta faceta artística, com a publicação, em 1996, de 'Forest of Love', um poema em prosa ilustrado com desenhos seus, inspirados na natureza que rodeava a sua quinta na Pensilvânia natal.
Palance sempre achou que tinha talento para a comédia, mas os seus primeiros papéis no cinema levaram-no na direcção oposta. Só em 1992, com 73 anos, ao receber o Óscar de Melhor Actor Secundário (à terceira nomeação) pelo seu 'cowboy' veterano de 'A Vida, o Amor... e as Vacas', teve o seu grande (e espontâneo) momento de comédia, quando se pôs a fazer flexões com uma só mão, para espanto de Billy Crystal, apresentador da cerimónia e seu colega no filme. O gesto fez sensação, entrou para a história dos Óscares e valeu ao actor uma série de papéis mais amenos e de anúncios em que parodiava a sua imagem de mauzão.
O jovem Jack Palance foi mineiro e pugilista (com o nome de Jack Brazzo). Alistou-se na Força Aérea em 1942 e um ano depois deixou o serviço, após um acidente que o obrigou a fazer cirurgia plástica. Estudou jornalismo na Universidade de Stanford mas acabou formado em Arte Dramática. Começou a fazer teatro nos anos 40, foi o substituto de Marlon Brando em 'Um Eléctrico Chamado Desejo' e sucedeu-lhe no papel. Em 1950, Elia Kazan abriu-lhe as portas do cinema, em 'Pânico nas Ruas'.
Palance não tinha a sua carreira no cinema em grande consideração. "A maior parte do que faço é lixo", disse certa vez a um jornalista. E acrescentou: "Muitos dos realizadores com quem trabalhei nem o trânsito eram capazes de dirigir".
(Obituário publicado na edição de hoje do DN)
sexta-feira, novembro 10, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Os ratões
Entretanto, o "núcleo duro" étnico "neocon" - Feith, Frum, Perle, Ledeen, Wolfowitz... - já se tinha posto ao fresco há algum tempo. Os outros que aguentem agora com as culpas do desastre eleitoral, que eles ficam de lado a assobiar e a olhar para cima, como se nunca tivesse sido nada com as suas pessoas. A metralha pode cair toda em cima do "schlemiel" do Texas e dos seus tontos fiéis "goy". Uns ratões! De sinagoga.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Futebolizados
Foi impressão minha, ou hoje de manhã, a SIC Notícias - não a TVI, não a RTP, não a SIC -, em dia de eleições nos EUA e de discussão do Orçamento de Estado, abriu um noticiário com a saída do treinador do Sporting de Braga?
Futebolizado
Já repararam que o baladeiro de intervenção Sérgio Godinho, que cantava sobre "o trator da cooperativa" e a "boca do lobo a morder na nuca do povo", entre outros refrões revolucionário-abrileiros, também já foi futebolizado e agora é comentador da bola num programa da RTP? Só falta mesmo aparecer o Otelo na TVI a discorrer sobre tácticas, golos e cartões amarelos.
terça-feira, novembro 07, 2006
domingo, novembro 05, 2006
Vítimas da extrema-direita
«Amem a França ou deixem-na (...) Voto no Front Nacional desde 1995 (...) Estou farto de ver mesquitas em todas as esquinas, farto que as raparigas sejam o alvo dos islamitas, farto de ser solicitado para fazer casamentos arranjados (...) Le Pen, depressa!»
Quem disse isto? Um «fascista e racista», militante do Front Nacional? Um típico francês, «xenófobo e intolerante»? Não: são declarações feitas à revista 'Le Point' desta semana por Karim Hamdi e Abdallah Bourkaba, dois imigrantes argelinos de primeira geração residentes em França, ambos militantes do partido de Jean-Marie Le Pen desde os anos 90. O Front National deve ter-lhes feito uma lavagem ao cérebro, com certeza. Pobres vítimas da extrema-direita!
Quem disse isto? Um «fascista e racista», militante do Front Nacional? Um típico francês, «xenófobo e intolerante»? Não: são declarações feitas à revista 'Le Point' desta semana por Karim Hamdi e Abdallah Bourkaba, dois imigrantes argelinos de primeira geração residentes em França, ambos militantes do partido de Jean-Marie Le Pen desde os anos 90. O Front National deve ter-lhes feito uma lavagem ao cérebro, com certeza. Pobres vítimas da extrema-direita!
Saddam Hussein
E quem é que vai ser condenado à morte pelo crime contra a humanidade da morte de dezenas e dezenas de iraquianos todos os dias, desde que os EUA e a Grã-Bretanha invadiram o Iraque em busca de "armas de destruição maciça" que nunca existiram?