O Intermitente<br> (So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

O Intermitente
(So long, farewell, auf weidersehen, good-bye)

sábado, março 27, 2004

A Abstenção, Saramago e Ilda Figueiredo

As três potências do Mal no Liberdade de Expressão.
posted by Miguel Noronha 10:13 da tarde

Reunião Secreta

O Intermitente acaba de chegar de um encontro com um ilustre elemento da blogosfera. Não vou pormenorizar os temas debatidos. Apenas posso adiantar que fiquei com vontade de mandar demolir a Câmara Municipal de Lisboa. De preferência durante uma sessão da vereação.
posted by Miguel Noronha 7:18 da tarde

É de Homem!

Muitos são os que desejam viver à custa dos outros. Poucos, no entanto, o admitem. Celso Martins não gosta de esconder o que pensa.
posted by Miguel Noronha 2:28 da tarde

Saramago

Excerto de "O Ressentimento - 2" no Miniscente.

Ao fim e ao cabo, a luta do ressentido é entre si e as suas feridas, projectando essa dor irradiante e autista na sociabilidade plural que o envolve e onde se vê irreparavelmente obrigado a viver. É também por essa razão que o ressentido não é capaz de escutar um único eco ou conforto para a sua voz amarga. Sobretudo porque o lamento ferido dessa voz se resguarda na sua própria pele acossada, longe da abertura e das possibilidades múltiplas criadas pelos espaços públicos actuais.

O ressentido detesta o debate franco e procura nos mecanismos complexos e variados da democracia todas as chaves do (seu) inêxito e da (sua) injustiça. O ressentido passou até a traçar equivalências delirantes entre a compreensão que sente pelo terrorismo contemporâneo e os males cirúrgicos da democracia que detecta com escalpelo de clara má-fé.

posted by Miguel Noronha 8:03 da manhã

Falta de Memória?

Soares: Portugal vive o pior momento desde o 25 de Abril


posted by Miguel Noronha 7:52 da manhã

sexta-feira, março 26, 2004

A President's Job

Give President Bush's critics credit for versatility. Having spent months assailing him for doing too much after 9/11--Iraq, the Patriot Act, the "pre-emption" doctrine--they have now turned on a dime to allege that he did too little before it. This contradiction is Mr. Bush's opportunity to rise above the ankle biting and explain to the American public what a President is elected to do.

Any President's most difficult decision is how and when to defend the American people. As the 9/11 hearings reveal, there are always a thousand reasons for a President not to act. The intelligence might be uncertain, civilians might be killed, U.S. soldiers could die, and the "international community" might object. There are risks in any decision. But when Presidents fail to act at all, or act with too little conviction, we get a September 11.

This is the real lesson emerging from the 9/11 Commission hearings if you listen above the partisan din. In their eagerness to insist that Mr. Bush should have acted more pre-emptively before 9/11, the critics are rebutting their own case against the President's aggressive antiterror policy ever since. The implication of their critique is that Mr. Bush didn't repudiate the failed strategy of the Clinton years fast enough.

posted by Miguel Noronha 5:18 da tarde

Um Ano



Parabéns ao Fumaças!
posted by Miguel Noronha 12:49 da tarde

União dos Estados Socialistas Europeus

Será, em princípio, anunciada hoje a criação de uma "Comissão de Alto Nível" para dinamizar a aplicação da "famosa" Agenda de Lisboa.

Só na UE (e nos Governos de Guterres - não convém esquecer) é que se pensa que o dinamismo económico é directamente proporcional aos grupos de trabalho criados.
posted by Miguel Noronha 10:02 da manhã

quinta-feira, março 25, 2004

O Caso Microsoft

Artigo de Robert Levy (do Cato Institute ) no Financial Times.

[T]he entire process has been instigated by US-based competitors that have failed repeatedly within the American legal system to accomplish what they have been inept at accomplishing within the global marketplace.

(...)

Far from promoting consumer interests, the latest EU order transforms antitrust regulation into a corporate welfare programme for market losers. The implications will not be confined to the Microsoft case. Without some semblance of regulatory consistency, companies competing globally will not be able to satisfy the dictates of divergent legal regimes. That means special interests pursuing their favourite antitrust forum in an effort to exercise the most political clout. The real costs: fewer jobs, less innovation, inferior products and higher prices

posted by Miguel Noronha 5:30 da tarde

PSOE prepara nova resolução para o CS da ONU sobre Iraque

O PSOE está a preparar uma nova resolução para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome as rédeas da situação política no Iraque, permitindo assim que as tropas espanholas destacadas no país actuem sob o mandato da ONU, confirmou em Bruxelas o secretário da Política Internacional do PSOE, Manuel Marín.


O cenário da retirada da tropas espanhola do Iraque parece cada vez mais distante. É significativo que seja o próprio PSOE a envidar esforços para que uma resolução respeitante ao Iraque seja aprovada no CS da ONU.

Agora gostaria que me explicassem quais serão as alterações, no terreno e quanto às ameaças terroristas, subsquentes à "legalização internacional" da intervenção no Iraque. A única que vislumbro será a entrada da França e Alemanha (e provavelmente outros países). Ou seja, uma maior distribuição do esforço que, até agora, tem recaído sobre os EUA e a Grã-Bretanha.


posted by Miguel Noronha 1:57 da tarde

Vale tudo contra Bush

Editorial do Midia Sem Máscara

O processo de filtragem aplicado pela mídia brasileira ao noticiar a política interna americana é uma verdadeira piada. Vale tudo para pintar o presidente George W. Bush com chifres de diabo. Se Bush erra, é porque é burro, obstinado, interesseiro e só pensa em dinheiro e petróleo. Quando acerta, é por motivação puramente eleitoral.

Pois nesta semana mais uma demonstração de ódio antiamericano disfarçado de "notícia" foi ao ar em todos os canais de TV, jornais e portais de internet brasileiros. O ex-conselheiro antiterrorismo da Casa Branca, Richard Clarke (foto), ao promover seu mais recente livro, "Against All Enemies", acusa a administração republicana de subestimar a ameaça representada pela rede terrorista Al-Qaeda antes dos atentados do 11 de Setembro de 2001, "ofuscada pela idéia de derrocar o então presidente iraquiano, Saddam Hussein".

Clarke jura que no próprio 11 de Setembro e no dia seguinte, quando ficou claro que a Al-Qaeda era responsável pelos ataques, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, estava prontinho para atacar o Iraque. "Rumsfeld estava dizendo que precisávamos bombardear o Iraque", contou. "Mas todos dissemos - mas não, não, a Al-Qaeda está no Afeganistão - e Rumsfeld disse - não há nenhum bom alvo no Afeganistão e há muitos bons alvos no Iraque". No programa '60 Minutes' da rede CBS, Clarke reforçou que "nunca" houve "absolutamente nenhuma" conexão entre Saddam Hussein e Al-Qaeda.

A mídia brasileira, tão ocupada que nunca tem tempo para retratar o outro lado da história -- principalmente quando este lado beneficia os republicanos --, não informou ao respeitável público que o mesmo Richard Clarke, em 1999, quando assessorava Bill Clinton, defendeu o ataque a uma indústria farmacêutica no Sudão, dizendo que tinha "certeza" que tal indústria fabricava armas químicas produzidas por especialistas iraquianos em cooperação com a Al-Qaeda. Ou seja, Clarke pessoalmente enxergava relações entre Saddam e Al-Qaeda e nunca voltou atrás.

Esse fato, se revelado ao público brasileiro, seria mais do que suficiente para desmoralizar Richard Clarke e desqualificar suas críticas à administração Bush. No entanto, como imparcialidade jornalística deixou há muito tempo de ser prioridade para a mídia brasileira, vale tudo para sujar a imagem do governo republicano

posted by Miguel Noronha 11:50 da manhã

Commission's Microsoft ruling may drive software prices up

Jonathan Zuck, a leading Washington-based software expert and President of the Association for Competitive Technology takes a different view.

Mr Zuck told the EUobserver that "this represents an unprecedented amount of intervention by regulators into the development of software".

The software expert predicts that the Commission remedies will have exactly the opposite effect: software prices will go up and innovation will be hampered.

"Software developers will now be faced with an enormous amount of uncertainty as to what future operating systems will look like, because any new version of Windows could be declared illegal. There could be a ridiculous number of future Windows versions which software developers have to take into account. This uncertainty will drive prices up and hamper innovation.'

Moreover, Mr Zuck contends that Mr Monti will stimulate "the wrong kind of competition".

He fears that the Commission remedies will in fact prove to be a "deterrent" for Microsoft and will have negative consequences for consumers.

posted by Miguel Noronha 10:44 da manhã

A SATA a Air Luxor e a Bombardier

Foi hoje conhecida a decisão do processo que opunha a Air Luxor ao Estado. Em causa estava a atribuição da rota aerea Lisboa-Ponta Delgada.

Segundo a notícia ficou provado que, mesmo apresentando condições mais vantajosas, a Air Luxor foi preterida em favor da SATA. Ferro Rodrigues na altura Ministro dos Transportes temia a falência desta empresa.

Estivemos assim, nos ultimos tempos, a subsidiar a SATA e a pagar mais do que poderiamos pelo mesmo serviço.

Não vejo que vantagens o país possa ter tirado desta decisão política. Espero que no caso da Bombardier não seja a mesma a solução escolhida.
posted by Miguel Noronha 8:47 da manhã

quarta-feira, março 24, 2004



Cox & Forkum Editorial Cartoons
posted by Miguel Noronha 5:53 da tarde

9/11 Panel: Confusion Curbed CIA Efforts

CIA efforts to stop Osama bin Laden before the Sept. 11 attacks were hindered by confusion over whether intelligence officers were allowed to kill the al-Qaida leader, a federal commission said Wednesday. The CIA also had depended too much on Afghan indigenous groups to attack bin Laden and CIA Director George Tenet understood its chances of succeeding were only 10 percent to 20 percent, the federal commission on the Sept. 11, 2001, attacks said in a preliminary report.


Se a CIA tivesse conseguido eliminar Bin Laden antes do 11/09 provavelmente os EUA teriam sido alvo de uma retaliação de escala comparável ao 11/09.

Confusos?

ADENDA: O De Direita publicou vários excertos das declarações de Donald Rumsfeld perante a comissão do Congresso que investiga o 11/09. Juro que não as tinha lido quando escrevi este post...

"Even if bin Laden had been captured or killed in the weeks before September 11th, no one I know believes that it would necessarily have prevented September 11th ... 9/11 would likely still have happened.

And ironically, much of the world would likely have called the September 11th attack an al Qaeda retaliation for the U.S. provocation of capturing or killing bin Laden."

posted by Miguel Noronha 3:59 da tarde

A Antologia do Disparate - Especial " Globalização Armada"

Esta edição é dedicada exclusivamente ao lançamento do livro "Globalização Armada" de Francisco Louçã e Jorge Costa.

O disparate começa no título do livro. Pelas inanidades que costuma proferir dúvido que Louçã saiba o que é a Globalização. Ao liga-lo à sua risível tese da "Guerra Infinita" o título do livro fica, na sua acepção literal, um disparate pegado.

Segundo o DN, Louçã terá dito, numa "alus[ão] irónica", que José Manuel Fernandes teria vertida «uma lágrima furtiva» aquando da queda de Bagdade. Se pretendia ser irónico terá de se esforçar algo mais. Já a ideia de ver Vasco Rato a passear nú no Rossio é passível de provocar alguma galhofa na plateia. Especialmente se "na primeira fila, est[iver] o presidente do PS, Almeida Santos.

Continuando na senda das gracinhas Louçã comparou José Lamego a Mariana Cascais. Não sei se Almeida Santos acho piada. Eu achava mais sensato que Louçã deixasse o humor para profissionais.

No artigo aparece ainda, como verdadeira a afirmação que "Os autores citaram as recentes eleições legislativas em Espanha como um bom exemplo de alteração política por vontade popular". Presumo que as restantes (incluindo aquelas em que o BE não consegue eleger mais de três deputados) não contem.

Para terminar a sessão o arquitecto Nuno Teotónio Pereira declarou que se desenrola hoje no Iraque "uma tragédia de sangue". Imagino que no tempo de Saddam estivessem sempre em festa.
posted by Miguel Noronha 2:40 da tarde

Objectividade Vital

Num post a propósito da morte do Sheikh Ahmed Yasin Vital Moreira qualifica-o como "chefe espiritual (mas não operacional) do Hamas" o que o parece ilibar de qualquer culpa.

Já o Primeiro-Ministro israelita Ariel Sharon (que não é, admito, um nenhum anjo) é qualificado como "carniceiro" e "um perigo maior para a paz e a segurança no Médio Oriente e no Mundo".

Penso que estamos elucidados acerca da objectividade de Vital Moreira.
posted by Miguel Noronha 12:41 da tarde

Artigo

Paulo Gorjão (do Bloguitica) comenta no Público as polémicas declarações de Mário Soares.

Infelizmente, por muito que nos custe, a guerra contra o terrorismo internacional terá de prosseguir até que a Al-Qaeda seja eliminada. Um político com a experiência de Mário Soares deveria saber que o diálogo é uma ilusão

posted by Miguel Noronha 11:10 da manhã

A Cleptocracia Angolana e os Seus Amigos

Um relatório da Global Witness, que hoje é divulgado por esta organização não governamental com sede em Londres, apresenta novas provas sobre os esquemas ilícitos, que em Angola permitiram que a compra de armas, a negociação da redução da dívida à Rússia e o recurso a empréstimos com garantia de petróleo resultassem em avultadas transferências para contas bancárias privadas.

Segundo o documento, os beneficiários são altos dirigentes angolanos e russos, para além de pessoas que, a título individual, ou em nome de empresas, como a petrolífera francesa Elf Aquitaine (depois da aquisição pela TotalFina, transformada em Total), tornaram possíveis essas lucrativas operações.

in PUBLICO.PT - Última Hora

posted by Miguel Noronha 9:59 da manhã

É Hoje

Após três dias a provocar as hostes o Pedro Mexia revelou finalmente o segredo. Trata-se do Fora do Mundo. Os autores não necessitam de apresentação: Pedro Mexia, Pedro Lomba e Francisco José Viegas.
posted by Miguel Noronha 8:40 da manhã

terça-feira, março 23, 2004

Inacção de Clinton e Bush permitiu 11-S, diz comissão

A comissão do congresso norte-americano para investigar os ataques do 11-S acredita que a acção das Administrações de Bill Clinton e de George W. Bush, no sentido de procurar soluções diplomáticas contra a al-Qaeda, permitiu aos terroristas que levaram a cabo os ataques em Nova Iorque e Washington escapar à captura várias vezes anos antes dos atentados


Parece que afinal o 11/09 apenas foi possível devido ao "excesso de diplomacia". É claro que ainda há quem defenda que esta é a melhor opção para lidar com o terrorismo...
posted by Miguel Noronha 6:00 da tarde

Are We Serfs?

Mais um artigo comemorativo do 60ª aniversário da 1ª edição do livro "The Road to Serfdom" de Hayek. Neste artigo Robert L. Formaini tenta explicar o paradoxo do crescimento económico no actual clima de sobreregulação.

Economists and other social thinkers may have underestimated the market's ability to adapt to, and to avoid, regulation.1 Many regulations, although they might well continue to do long-run economic harm, become obsolete -- often quickly -- as technology and markets adapt and/or avoid their impact. Many regulations are not enforced, and many are only slightly enforced. Markets are very dynamic and capable of dodging regulation as easily and as often as good halfbacks shed even the most determined tacklers. In other words, as Stigler also pointed out, regulation on paper and regulation in practice are two very different things. If this is not true, then how has our economy been able to absorb, with relative ease, the tens of thousands of regulations passed in just the past decade or so?

(...)

Apparently, firms have the capacity to avoid, or to deflect many regulations even as they continually cut their costs and squeeze out ongoing productivity increases. This avoidance technique can involve many behaviors, but the most common seem to be technological advances (or apparent advances) that change market definitions just enough to enable firms to evade existing regulation, the outsourcing of capital and/or jobs to cut overall production costs, and the inventive use of existing technologies to improve the efficiency of firms' supply chains. More drastically, firms can sometimes move their operations altogether to avoid taxes and regulations. The world is now, whether it wants to be or not, a set of competing nations much as America is a set of competing states and localities; the major competition is for capital. The tools used are the same as well: tax cuts and subsidies, cheap resources, and cheap labor.

posted by Miguel Noronha 4:51 da tarde

Link

Os Animais Evangélicos é um blogue colectivo onde também participa o autor do excelente Voz do Deserto.

[Neste] conjunto humilde de articulistas não existe um diapasão único. Desde a esquerda moderada à direita calvinista, passando pelo anarquismo de uso privado, há de tudo um pouco. Uma convicção e uma crença comum, todavia. Um conceito decente de pecado.

posted by Miguel Noronha 3:15 da tarde

Paradoxo

No PUBLICO.PT - Última Hora

O secretário de Estado do Desporto, Hermínio Loureiro, afirmou hoje que "há Estado a mais no desporto" em Portugal e defendeu a necessidade de uma nova lei de bases para "enquadrar e actualizar" a actividade deste sector.


Pensei que a melhor forma de "destatizar" o desporto fosse acabar com as regulamentações impostas pelo Estado. Pelos vistos...
posted by Miguel Noronha 2:15 da tarde

Mais Uma Pérola de Filipe Moura

Citado pelo Rua da Judiaria.

É por causa desta duplicidade de critérios, deste complexo do Holocausto que o Ocidente tem em relação a Israel, que houve o 11 de Setembro, o 11 de Março e há-de haver mais. Quando é que o Ocidente se aperceberá de que antes os israelitas do que nós?

posted by Miguel Noronha 12:01 da tarde

A Constituição Que Temos

O Presidente da República voltou ontem a apelar à estabilidade constitucional, rejeitando o argumento avançado por alguns empresários de que a lei fundamental portuguesa constitui um entrave ao desenvolvimento económico do País. Este argumento é, de resto, bastante utilizado por um dos partidos da coligação do Governo, o CDS.

«A sistemática invocação do pretenso obstáculo que a nossa Constituição colocaria às necessidades de desenvolvimento não pode senão contribuir para minar essa força normativa e, em última análise, gerar a desconfiança nas instituições do Estado de Direito»

in Diário Notícias


Pela minha parte questiono-me o que têm mais de metade dos artigos incritos na nossa Constituição a ver com o Estado de Direito.
Citando o De Direita (que por sua vez cita Medina Carreira): «"a Constituição não paga pensões"...por mais que o Dr. Jorge Sampaio o deseje».
posted by Miguel Noronha 10:59 da manhã

O Anti-Semitismo Explicado aos Simples

Filipe Moura no BdE - Blogue de Esquerda (II)

Os judeus americanos são, em conjunto com Rupert Murdoch, responsáveis por uma grande parte do estado de intoxicação informativa em que o povo americano vive.

posted by Miguel Noronha 9:02 da manhã

segunda-feira, março 22, 2004

Re: Festejar a morte

Caro Daniel, penso que não preciso de lhe explicar a natureza do Hamas. Julgo que também terá conhecimento das atentados suicidas por ele praticados. De qualquer forma o De Direita (que injustamente esqueceu na sua invectiva) poderá ajuda-lo a clarificar certas dúvidas.

Penso que o Alberto acertou em cheio no seu post. Embora (e infelizmente) a morte do odioso Sheik signifique, certamente , um aumento do número de atentados suicidas, não vigorava nenhuma trégua entre o Hamas e o povo israelita. Para o Hamas a trégua só entrará em vigor quando nada restar do Estado de Israel.

Como para a Al-Qaeda, nenhuma trégua é possível nem nenhuma cedência é suficiente. Só nos resta (a Israel, isto é) combate-lo.

É claro que se podem minimizar os efeitos das suas acções. O muro de segurança é uma excelente iniciativa. Mas parece que para vocês é pior que o Hamas.


Quanto ao post seguinte. Não sei tem conhecimento da existência de umas "Brigadas Mártires Al-Aqsa" que já reivindicaram atentados suicidas (quer sózinhos quer em conjunto com o Hamas). Que as tais "Brigadas..." pertençam à Fatah não deixa de ser significativo quando a procuramos qualificar como "laica e moderada"...
posted by Miguel Noronha 8:51 da tarde

Outra Vez a Bombardier

O ministro dos Transportes vai reunir-se em breve com os responsáveis portugueses da Bombardier. Carmona Rodrigues acredita que a fábrica ainda pode ser salva porque pode garantir encomendas até 2020.

in Dinheiro Digital


Cada vez mais me convenço mais que o "caso Bombardier" nada mais é que uma tentativa de chantagear o Estado.

Ao ameaçar com o encerramento da actividade em Portugal, a empresa, pretende que o Governo lhe atribua, à margem da lei, preferência nos concursos públicos (e possívelmente a antecipação de certas encomendas).

O clima criado pela (previsível) reacção histérica da oposição e dos orgãos de comunicação social vão no sentido de dar à empresa tudo o que ela pretende.

Como anteriormente já afirmei o Governo não deve intervir neste "caso". As relações entre este e a Bombardier devem ser apenas as que existem entre um cliente e um fornecedor. Se este último cessar a actividade nada mais resta ao cliente senão procurar quem o substitua. Tomando como verdadeiras as propostas de compra existentes para a unidade da Amadora tal não deve constituir uma tarefa difícil.
posted by Miguel Noronha 7:23 da tarde

(Ainda) Sobre Yassin

Leiam o que escreve o Bruno no Desesperada Esperança
posted by Miguel Noronha 5:39 da tarde

Edmund Burke

Christopher Hitchens escreve sobre o livro "Reflections On The Revolution In France" de Burke na The Atlantic.
posted by Miguel Noronha 4:30 da tarde

A Morte do Sheikh Ahmed Yasin

David Frum na National Review Online.

Not that we don't want to extirpate those terrorists when we can. To absorb the full two-facedness of the support of many of our European allies for the man-hunt approach, listen to what the European foreign ministries are saying about the Israeli killing of Sheikh Ahmed Yasin, the mass-murdering chief of Hamas. The disconnect from reality is almost hallucinatory.

European Union foreign policy chief Javier Solana wins the prize: The killing, he said, is "very, very bad news for the peace process." One has to echo Lucky Jim: The what process? The peace what?

There is no peace process: only an ongoing Palestinian terror war against Israel. There never was a peace process: only a political campaign by Yasser Arafat to accumulate as many strategic assets as possible against Israel before recommencing his terror war.

(This by the way is the same Solana who last week cautioned Europeans against "over-reacting" to the Madrid attacks. "Europe," he said, "does not find itself at war." Clearly not.)

But here's maybe the larger meaning of those words: If the European allies cannot accept the killing of the head of Hamas, who has already murdered hundreds of people, it is very hard to imagine that those same European allies would have accepted the assassination of Osama bin Laden before 9/11. And since the defining idea of American liberal Democrats is the paramount need for European approval of major American actions - then there's really no mystery at all about why the Clintonites behaved as they did before 9/11. They didn't want to upset anyone. So they did nothing. And now they're engaged in the one foreign-policy activity at which they are truly expert: blame-shifting.

posted by Miguel Noronha 3:27 da tarde

A Questão Francesa

O Winds of Change publica um extenso artigo sobre as razões que conduzem a França a uma permanente confrontação com os EUA em questões de polítca externa.
posted by Miguel Noronha 12:34 da tarde

As Mentiras Sobre o 11 de Março

Numa entrevista publicada Domingo no jornal El Mundo Alfredo Pérez Rubalcaba, o futuro porta-voz do grupo parlamentar do PSOE, alterou de forma subtil, mas significativa, as suas alegações.

Alfredo Pérez Rubalcaba, que anteriormente dissera ter tido acesso a informações seguras do CNI que o PP tinha mentido acerca da autoria dos atentados, afirmou agora que a sua acusação se baseara nas informações que estavam a ser forncedidas pelas edições online, na "lógica" e "nas pistas" que estavam a ser divulgadas.

Tenho poucas dúvidas que o futuro Governo do PSOE não avançará com nenhuma investigação destinada a clarificar estas alegações. A mentira já se transformou, entretanto, em "versão oficial".
posted by Miguel Noronha 11:05 da manhã

O Iraque e John Kerry

Citação na FrontPage Magazine.

"If Saddam Hussein is unwilling to bend to the international community's already existing order, then he will have invited enforcement, even if that enforcement is mostly at the hands of the United States, a right we retain even if the Security Council fails to act." (John Kerry, Op-Ed, "We Still Have A Choice On Iraq," The New York Times, 9/6/02)


É claro que, entretanto, o candidato democrata à Casa Branca já alterou a sua opinião, pelo menos, duas vezes. Julgo que agora defende a permanência das tropas americanas.
posted by Miguel Noronha 10:06 da manhã

domingo, março 21, 2004



Cox & Forkum Editorial Cartoons
posted by Miguel Noronha 8:19 da tarde

Faltas de Comparência

No Diario de Notícias.

(...) com menos gente que os protestos do ano passado contra a intervenção no Iraque - a PSP aponta para cinco mil pessoas - e com notória escassez de notáveis de primeira grandeza. Não estiveram, agora, Mário Soares, Maria de Lurdes Pintasilgo, António Guterres ou Ferro Rodrigues.


Terá sido por falta de tempo ou será que não tinham saldo no telemóvel?
posted by Miguel Noronha 1:25 da tarde

A Oposição

Excerto do artigo de António Barreto no Público.

Do lado da oposição, não estamos em melhor estado. A fuga de Guterres não retirou ao partido as suas, boas ou más, ideias políticas. Mas destruiu-lhe a fibra moral e a confiança. E fez com que os seus Barões se entregassem aos supremos prazeres do canibalismo e da traição. Quando não do silêncio assassino. Peritos, há anos, em oposição, os socialistas nem sequer desempenham agora um papel relevante. Além de entregar o governo aos seus adversários, o abandono de Guterres deixou-os traumatizados. Perderam a cabeça com o processo dito da pedofilia. Têm vindo a agravar o estilo arruaceiro e as políticas demagógicas de que se pretendem orgulhosos autores. Estão cada vez mais híbridos e descaracterizados. Não perceberam as razões por que perderam. Não reconheceram os erros cometidos. São incapazes de criticar o universo de desperdício e facilidade que criaram. Continuam a pensar que gastar e distribuir, sem poupar nem produzir, é o modelo de política responsável. Persistem em crer que se pode e deve viver com as finanças públicas em perpétuo estado de bancarrota. A convite de Chirac e Soares, do Bloco e do PCP, enveredaram por estranhos caminhos de política europeia e externa. Adoptaram o estilo do PCP que, há quase trinta anos, berra no Parlamento e na rua, exigindo a demissão de cada um e de todos os ministros. Por este andar, os socialistas merecem um longo estágio na oposição.

posted by Miguel Noronha 10:09 da manhã

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"A society that does not recognize that each individual has values of his own which he is entitled to follow can have no respect for the dignity of the individual and cannot really know freedom."
F.A.Hayek

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