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terça-feira, 6 de maio de 2008

O barco parado ...

Leito do Rio Judeu

O que mudou nestes dias de silêncio blogosférico? Tudo ou, nada?

No Zimbabué, entre intimidação e violência os resultados das eleições fizeram-se tardar. A custo os resultados fizeram-se anunciar. Sentiu-se o amargo de boca do velho tirano figura emblemática de um movimento de libertação que reduziu o povo à mais profunda miséria. A uma miséria tão profunda que quebrou as amarras do medo e fez com que muitos votassem pela mudança.

Na antiga Birmânia, um ciclone provocou dezenas de milhares de mortos e desaparecidos, obrigando a Junta Militar a quebrar o isolamento internacional e a reconhecer que era incapaz de responder à dimensão da tragédia. Os optimistas, dirão que talvez a entrada das organizações internacionais e de jornalistas, somada ao descontentamento de quatro longos dias de faz-de-conta-que-está-tudo-sob-controle venha a ter alguma repercussão política dada a fragilização do regime. Os pessismistas, dirão que uma catástrofe destas dimensões na “tigela de arroz” da Ásia só poderá ensombrar ainda mais o cenário de fome anunciado pela crise cerealífera.

Enquanto isto, a China, em véspera de Jogos Olímpicos, recebe os enviados do Dalai Lama para discutir assuntos relacionados com o Tibete (?) ao mesmo tempo que edita uma História do Tibete feita à medida das suas conveniências tentando salvar as aparências. Qual o preço que o "império do Centro" estará disposto a pagar para assegurar o êxito dos Jogos Olímpicos e pelo sua afirmação como potência mundial?

Ingrid Bettancourt continua algures na selva colombiana a despeito das Marchas e dos apelos. A sua sorte ainda não mudou.

O petróleo bate todos os dias novos records de tal forma que qualquer dia a notícia sensacional poderá ser que “não houve record nenhum”.

… e dos subterrâneos austríacos saíram agora mais vítimas de uma história que traz à memória o filme de David Lynch, Blue Velvet ou, de como sob superfície normalizada e banal se podem esconder os crimes mais hediondos.

Em Portugal, a demissão de Menezes foi notícia. Agora, fala-se dos sucessores. Fala-se do seu passado, do seu presente do seu futuro. Espero que por uma vez discutam mais ideias e mais projectos. O país está carente de alternativa a Sócrates, de uma alternativa em que se possa confiar. Este é o tempo certo para apresentar as caras e as novas propostas "porque todo o Mundo é composto de mudança" e porque ao país faz falta o verde da esperança.