Isto não está para graças. Só para pinguins, bichinhos que eu nunca vi senão em cima do frigorífico da minha avó. Se a memória não me falha, tinha um chapelinho preto. O pinguim, claro. Dizem que no Oceanário de Lisboa há animaizinhos destes. Mais para o Verão hei-de lá ir. Mas o friozinho, que dizem? E o fim de semana comprido, sem graça nenhuma? Vi mais televisão nestes dias que em todo o ano que agora está a findar. Enchi o papinho, como se costuma dizer. Ofereceram-me (já sabem quem, não é?) uma caixa de chocolates lindos, em forma de conchinhas e cavalos marinhos e estrelas do mar e assim. Pois olhem, entre as notícias dos nevões, os programas da Dona Catarina, da Dona Sílvia, Do Senhor Malato e outros, e outros, lá se foram os primores do mar. E agora? Agora saladinhas e frutinha e leitinho magro e... só se for uma entremeada que não deixa de ser um inocente grelhadinho. E a conta de electricidade que aí há-de aparecer? Com o aquecedor ligado todo o santo dia vai ser lindo, vai. Se me vir muito aflita, falo com os senhores do Banco deste País e talvez me concedam um aval caucionado pelos meus activos de forma a garantir a sustentabilidade da minha performance face à conjuntura dos mercados caracterizada pela volatilidade das massas e a instabilidade das famílias. Isto digo eu que aprendi com os muitos comentadores especialistas em economia e finanças que enxameiam os nossos mídia.
Então o Cristiano ganhou a bota de ouro? Mas porquê só uma? O piqueno é coxo, porventura? Tá bem, tá. Com umas pernocas daquelas...
Fico por aqui hoje que a mãozinha que pega no rato está a ficar engadanhada. Brrrr....